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Ocupação Antrópica e problemas de ordenamento

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Ocupação Antrópica e problemas

de ordenamento

Bacias HidrográficasRios ou Ribeiros – cursos de água superficiais e regulares que podem desaguar num outro rio, num lago ou no mar.Bacia hidrográfica área na qual as águas, seguindo uma direcção convergente e alimentam o rio.Rede Hidrográfica (Rio principal e afluentes).Leito – terreno coberto pelas águas, quando não influenciado por cheias.

Factores condicionantes da acção geológica dos rios

• Erosão: Fundo e nas margens do rio;

• A agua desloca-se por acção da gravidade, sendo o declive do leito um factor importante no comportamento do rio;

• D (débito:m3/s)= A (área de secção do leito:m2) x V (velocidade média- m/s);

• A(área do leito)= L (largura) X P (profundidade);

• Competência do Rio- quantidade de sedimentos transportados por unidade de volume, contribui para a função erosiva do Rio. Quanto maior a carga maior será a capacidade erosiva.

Erosão e sedimentação dos riosÉ condicionada pela:

- Velocidade das águas, depende do declive, da forma e constituição do leito (normalmente é maior no centro que nas margens e à superfície que em profundidade)- Competência: Transporte de sedimentos por:

- Rolamento- Arrastamento- Saltação- Suspensão - Dissolução

Sedimentação• Detritos depositados: areia e

cascalho.• Bancos - amontoados de

sedimentos ao longo do leito.• Quando o declive e a velocidade

diminuem e varia na razão directa da densidade dos detritos.

• Formação de meandros –simultânea erosão na parte côncava de uma curva de um rio e a sedimentação na parte convexa da mesma.

Evolução dos rios• Fase juventude. Domina a erosão e o transporte; perfil irregular, declive

acentuado e formação de rápidos;

• Fase de maturidade : grande capacidade de transporte, declive menos acentuado, vales profundos e apertados, perfil mais regularizado;

• Fase de senilidade: vales amplos, vertentes afastadas e degradadas, domina a sedimentação.

Estas fases podem ser alteradas devido a :- uma descida ou subida do nível do mar;- alterações climatéricas; elevação dos vales fluviais.

Os rios terminam no mar:- estuários: constituem o troço final

dos rios sujeitos a acções continentais e marinhas. A sedimentação é determinada pela inversão do sentido das marés, duas vezes por dia, de que resulta a alternância de fenómenos de erosão e sedimentação.

- delta, onde o rio mistura-se com o mar através de vários canais ou braços. No entanto, um delta pode considerar-se também uma região estuariana.Ex: Delta do Nilo, Ria de Aveiro.

Factores de risco associada às bacias hidrográficas

Cheias• Fenómenos naturais extremos e

temporários, devido a precipitações moderadas e prolongadas ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade; ou ainda por fusão de grandes concentrações de gelo;

• Aumento do caudal de extravasamento do leito normal e inundação das áreas circunvizinhas.

Formas de prevenir as cheias

- Ordenar e controlar as acções humanas nos leitos das cheias;

- Implementar medidas que impeçam a construção e a urbanização de potenciais zonas de cheias;

- Construir sistemas integrados de regularização dos cursos de água com a construção de barragens. (Embora acarrete outro problema que éredução da quantidade de sedimentos transportados e depositados por um rio).

Construção de barragens

- Diminuição drástica do fluxo de partículas sedimentares ao litoral;

- Acumulação a montante e deficiente sedimentação a jusante;

- Albufeiras acabam por ser convertidas em áreas de deposição de inertes- gera actividade económica de alguma controvérsia: a extracção de areias do leito do rio

Queda da Ponte Hintze-Ribeiro

Extracção de inertes• Em Portugal é um negócio fácil e

muito rentável;• Utilidade: construção civil;• Pode causar:

a) alterações nas correntes e noutros aspectos hidráulicos;b) redução na quantidade de sedimentos que chegam à foz de um rio;c) redução da fertilidade de algumas espécies de peixes nos estuários fluviais; modificações irreversíveis a nível dos ecossistemas.

Zonas Costeiras• Zonas privilegiadas para

actividades culturais, desportivas, económicas, turísticas e de lazer;

• 80% da população mundial encontra-se nestas zonas;

• Portugal 900km de costa.

Transição do continente para o oceano - Arribas

. As costas são constituídas por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada;

• Dizem-se vivas quando predominam fenómenos de abrasão marinha, quando deixa de ser trabalhada pela acção do mar diz-se morta ou fóssil.

• É possível observar: plataforma de abrasão (superfícies aplanadas e irregulares muito próximas do nível do mar), as cavernas, os leixões e os arcos litorais.

• Nas plataformas de abrasão encontram-se blocos e outros sedimentos de grandes dimensões.

Transição do continente para o oceano - Praias

• Local de acumulação de sedimentos de variados tamanho e formas;

• Geologicamente e ecologicamente são mais frágeis do que as arribas;

• Impedem o avanço das águas do mar para o interior;

Dinâmica faixa litoralFenómenos naturais

• A alternância entre regressões e transgressões marinhas;• A alternância entre períodos de glaciações e interglaciações;• A deformação das margens dos continentes, devido a movimentos

tectónicos.Fenómenos antrópicos

• Agravamento do Efeito de Estufa, (queima de combustíveis fósseis e desflorestação)

• Ocupação da faixa do litoral com estruturas de lazer e de engenharia;• Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral;• Destruição das defesas naturais (devido ao pisoteio das dunas,

construção desordenada, arranque da cobertura vegetal e a extracção de inertes para a construção civil).

Medidas de prevenção• Obras de engenharia:

enrocamentos ou paredões, quebra-mares e molhes ou esporões;

• Alimentação artificial em sedimentos em certas praias;

• POOC (Planos de Ordenamento da Orla costeira): Identificar áreas de risco, promover a reabilitação, requalificar as praias balneares, estabelecer regras para a utilização da orla costeira.

• FINISTERRA- Programa de Intervenção na Orla Costeira

Zonas de vertenteLocais de erosão rápida e intensa, provocada:a) pela água das chuvas: Erosão lenta e gradual, os materiais arrancados às vertentes são, quase sempre, em pequena quantidade e de pequenas dimensões.b) por movimentos de terreno -movimentos em massa: movimentação brusca e inesperada, ao longo de uma vertente.

Causas dos movimentos em massa- Força da gravidade;

- Geologia (características das rochas: orientação e inclinação das camadas, grau de alteração e facturação) e geomorfologia (grau de inclinação dos terrenos) do local;

- Precipitação;

- Ocorrência de sismo;

- Acção do Homem (destruição do coberto vegetal, remoção de terrenos para abertura de estradas ou construções)

Medidas de prevenção dos movimentos em massa

• Estudo das características geológicas e geomorfológicas de um local;

• Elaboração de cartas de ordenamento do território (zonas habitacionais, zonas agrícolas, zonas ecológicas, vias de comunicação, etc);

• Elaboração de cartas de risco geológico;

• Construção de muros de suporte, pregagens, plantação de arbustos.

O Homem não teceu a rede da vidaEle é só um dos seus fiosAquilo que ele fizer à rede da vidaEle o faz a si próprio.

Chefe Seattle