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Toda a informação atualizada sobre o concelho de Oeiras reunida em livro. Os bons indicadores de desenvolvimento de Oeiras têm aqui manifestação: neste documento estão presentes as melhores escolas públicas do País, o primeiro Concelho a erradicar as barracas, a mais elevada remuneração em Portugal, uma das mais baixas taxas de desemprego, o melhor Concelho para trabalhar e o Concelho no qual as crianças são mais felizes.
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EDIO DO MUNICPIO DE OEIRAS
001-007-cap I_F.indd 3 01/09/13 11:12
EdioMunicpio de Oeiras
ProduoMunicpia, SA
FotografiasAlbrico Alves, CMOCarlos Santos, CMOCarmo Montanha, CMOArquivo CMO
Fotografia AreaMunicpia, SA
CartografiaMunicpia, SA
OrtofotomapasMunicpia, SA
Bases de dadosMunicpia, SA
Sistemas de Informao GeogrficaMunicpia, SA
TextosMunicpia, SA Gabinete de Desenvolvimento Municipal, CMOGabinete de Sistemas de Informao Geogrfica, CMO
RevisoGabinete de Desenvolvimento Municipal, CMOGabinete de Sistemas de Informao Geogrfica, CMO Gabinete de Comunicao, CMO
DesignBlue Hub Design
ImpressoSig, Lda
Tiragem1 000 exemplares
ISBN978-989-608-163-8
1. edioSetembro 2013
Depsito Legal363 746/13
Municpio de Oeiras
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Ao longo dos anos o Municpio de Oeiras tem pro-movido a publicao do OEIRAS, FACTOS E NMEROS. Fazemo-lo, essencialmente, por duas razes: em pri-meiro lugar, porque acreditamos na bondade das nossas polticas e, consequentemente, acreditamos que as mesmas tm correspondncia nestes factos e nmeros.
Por outro lado, sempre defendemos que a Boa Governana depende, bem como as boas polticas, do conhecimento fatual da realidade concreta do terreno. Isto , apesar de na Poltica haver sempre lugar s ideias e s propostas, as mesmas devem assentar na realidade concreta e no numa qualquer realidade construda.
Assim, para alm de se constituir enquanto um importante instrumento de in-formao populao, este documento , tambm, um reservatrio do essencial da informao para os decisores.
Os bons indicadores de desenvolvimento de Oeiras tm aqui manifestao: neste documento esto presentes as melhores escolas pblicas do Pas, o primeiro Conce-lho a erradicar as barracas, a mais elevada remunerao em Portugal, uma das mais baixas taxas de desemprego, o melhor Concelho para trabalhar e o Concelho no qual as crianas so mais felizes.
Estes factos e estes nmeros so o resultado de dcadas de uma estratgia de desen-volvimento que venceu o atraso e o subdesenvolvimento que grassava neste territrio.
Estes factos e estes nmeros so a vitria de uma comunidade e o orgulho de todos os oeirenses.
O Presidente da Cmara Municipal de Oeiras
Paulo Vistas
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811
121216
18
21212224262830
32323336
38
41
44
4650525456586062646872
I. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO ENQUADRAMENTO GEOGRFICO ENQUADRAMENTO REGIONAL E METROPOLITANO PESSOAS E TERRITRIO EMPRESAS
II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE CARACTERIZAO BIOFSICA GEOLOGIA GEOMORFOLOGIA HIDROGRAFIA E HIDROGEOLOGIA SOLOS CLIMA VALORES NATURAIS E CONSERVAO DA NATUREZA AMBIENTE QUALIDADE DO AR RUDO ENERGIA
III. HISTRIA E GEOGRAFIA POLTICA HISTRIA DE OEIRAS EVOLUO ADMINISTRATIVA HISTRIA E GEOGRAFIA POLTICA PS 1974 1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009
IV. DEMOGRAFIA, POVOAMENTO E SISTEMA URBANO DEMOGRAFIA EVOLUO POPULACIONAL DINMICA TERRITORIAL ESTRUTURA ETRIA E GNERO ESTRUTURA FAMILIAR ORIGEM DA POPULAO RESIDENTE E FLUXOS MIGRATRIOS NDICES DEMOGRFICOS POVOAMENTO E SISTEMA URBANO POVOAMENTO STIOS E LUGARES DE OEIRAS UNIO DAS FREGUESIAS DE ALGS, LINDA-A-VELHA E CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO ALGS CRUZ QUEBRADA E DAFUNDO LINDA-A-VELHA MIRAFLORES UNIO DAS FREGUESIAS DE CARNAXIDE E QUEIJAS CARNAXIDE GANDARELA LINDA-A-PASTORA OUTURELA/PORTELA QUEIJAS UNIO DAS FREGUESIAS DE OEIRAS E SO JULIO DA BARRA, PAO DE ARCOS E CAXIAS CACILHAS CAXIAS FIGUEIRINHA LAVEIRAS MEDROSA MURGANHAL NOVA OEIRAS OEIRAS E SANTO AMARO PAO DE ARCOS TERRUGEM FREGUESIA DE BARCARENA BARCARENA FBRICA DA PLVORA LECEIA QUELUZ DE BAIXO QUINTA DA MOURA TERCENA VALEJAS FREGUESIA DE PORTO SALVO CASAL DA CHOCA LAGE LEIO PORTO SALVO TALADE VILA FRIA
111
79798286909092
969698
98100102104
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IV. DEMOGRAFIA, POVOAMENTO E SISTEMA URBANO DEMOGRAFIA EVOLUO POPULACIONAL DINMICA TERRITORIAL ESTRUTURA ETRIA E GNERO ESTRUTURA FAMILIAR ORIGEM DA POPULAO RESIDENTE E FLUXOS MIGRATRIOS NDICES DEMOGRFICOS POVOAMENTO E SISTEMA URBANO POVOAMENTO STIOS E LUGARES DE OEIRAS UNIO DAS FREGUESIAS DE ALGS, LINDA-A-VELHA E CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO ALGS CRUZ QUEBRADA E DAFUNDO LINDA-A-VELHA MIRAFLORES UNIO DAS FREGUESIAS DE CARNAXIDE E QUEIJAS CARNAXIDE GANDARELA LINDA-A-PASTORA OUTURELA/PORTELA QUEIJAS UNIO DAS FREGUESIAS DE OEIRAS E SO JULIO DA BARRA, PAO DE ARCOS E CAXIAS CACILHAS CAXIAS FIGUEIRINHA LAVEIRAS MEDROSA MURGANHAL NOVA OEIRAS OEIRAS E SANTO AMARO PAO DE ARCOS TERRUGEM UNIO DAS FREGUESIAS DE BARCARENA BARCARENA FBRICA DA PLVORA LECEIA QUELUZ DE BAIXO QUINTA DA MOURA TERCENA VALEJAS UNIO DAS FREGUESIAS DE PORTO SALVO CASAL DA CHOCA LAGE LEIO PORTO SALVO TALADE VILA FRIA
V. ECONOMIA, EMPREGO E COMPETITIVIDADE PROTAGONISMO EMPRESARIAL DE OEIRAS NO PAS ESTRUTURA ECONMICA
EMPREGO E DESEMPREGO TURISMO
VI. INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS COLETIVOS ABASTECIMENTO DE GUA
SANEAMENTO BSICO
RESDUOS SLIDOS EDUCAO
SADE SOLIDARIEDADE E SEGURANA SOCIAL DESPORTO CULTURA PATRIMNIO CULTURAL HABITAO JUSTIA E SEGURANA MOBILIDADE E TRANSPORTES INVESTIMENTO MUNICIPAL
VII. USO DO SOLO E DINMICAS TERRITORIAIS EVOLUO DO USO DO SOLO REGENERAO E REQUALIFICAO URBANAS ESTRUTURA VERDE DINMICAS TERRITORIAIS
VIII. ESTRATGIAS DE DESENVOLVIMENTO TENDNCIAS E FUTURO
BIBLIOGRAFIA
162
165
168
172
178
180
183
186
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192
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253
256
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I.
16%Entre 2001 e 2011 o nmero de famlias clssicas em Oeiras aumentou, atingindo, no seu conjunto o valor de 71.584
ALGS , DESDE 1993, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME
LUGAR SITUADO NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE ALGS
MIRAFLORESVALEJAS UM LUGAR QUE APRESENTA UMA CONFIGURAO LINEAR, OCUPANDO HOJE UM TERRITRIO QUE ESTENDE POR DUAS FREGUESIAS: BARCARENA E CARNAXIDE
LOCALIZA-SE A NOROESTE DE LINDA-A-PASTORA
QUEIJAS
UM LUGAR SITUADO NA FREGUESIA DE BARCARENA
QUELUZ DE BAIXO MURGANHALLUGAR SITUADO NO
EXTREMO NORDESTE DA FREGUESIA DE CAXIAS CARNAXIDE
PERTENCEU AO REGUENGO DE ALGS, DOMNIO QUE SE ESTENDIA ENTRE A RIBEIRA DE ALCNTARA E O REGUENGO DE OEIRAS
BARCARENA BERQUARENA BARQUERENA BRACARENA
TERCENA UM DOS LUGARES QUE COMPEM A FREGUESIA DE BARCARENA
OEIRAS E SANTO AMAROLUGAR SEDE DE FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO NUM TERRITRIO DE DECLIVE SUAVE, NA MARGEM DIREITA DO RIO TEJO, EM FRENTE DA TORRE DE S. LOURENO OU FAROL DO BUGIO.
PORTO SALVO LOCALIZA-SE PRATICAMENTE NO CENTRO DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LEIO DEVE A SUA ORIGEM (SCULO XVI), A UM CONJUNTO DE CONSTRUES QUE SE FORAM ERGUENDO AO LONGO DAS PRINCIPAIS VIAS DE COMUNICAO DA REA
URBANIZAO CABANAS GOLF PERTENCE FREGUESIA DE BARCARENA
PAO DE ARCOS UM LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME, QUE SE ENCONTRA LIMITADA A SUL PELO RIO TEJO
NOVA OEIRASLUGAR SITUADO NO EXTREMO OESTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
TALADELUGAR PERTENCENTE FREGUESIA DE PORTO SALVO
QUINTA DA MOURATRATA-SE DE UM DOS MAIS RECENTE LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS
CASAL DA CHOCA ERA INICIALMENTE UM PEQUENO BAIRRO SITUADO A NOROESTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
FIGUEIRINHALUGAR DA FREGUESIA DE OEIRAS
CRUZ QUEBRADA LOCALIZA-SE JUNTO AO VALE DO RIO JAMOR
TERRUGEMPEQUENO AGLOMERADO, QUE ETIMOLOGICAMENTE SIGNIFICA FILHA DA TERRA
LUGAR SITUADO NO EXTREMO SUL DA FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS
MEDROSALINDA-A-PASTORAA ORIGEM DO TOPNIMO PRENDE-SE PROVAVELMENTE COM O FACTO DE ESTE LUGAR SE ENCONTRAR LOCALIZADO SOBRE UMA ENCOSTA EM ANFITEATRO DE UM MONTE ELEVADO E PEDREGOSO CAXIAS
PROVAVELMENTE DO LATIM QUASSINA
LAVEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO JUNTO A CAXIAS
OUTURELA-PORTELA LOCALIZA-SE NA PARTE ORIENTAL DA FREGUESIA DE CARNAXIDEGANDARELA
LOCALIZA-SE NA FREGUESIA DE CARNAXIDE
VILA FRIAA PRIMEIRA REFERNCIA A ESTE LUGAR DATA DE 1754
CACILHAS ERA UM PEQUENO LUGAR QUE SE LOCALIZA NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
LAGE FAZ PARTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LINDA-A-VELHA , DESDE 1993, SEDE DE UMA FREGUESIA COM O MESMO NOMELECEIA
PERTENCE FREGUESIA
DE BARCARENA
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ENQUADRAMENTO GEOGRFICO
3.500 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM RADIAO NA CLASSE DOS 1400KWH/M2 POR ANO.
(PAESO) = PLANO DE ACO ENERGIA SUSTENTVEL PARA OEIRAS
OEIRAS = 46 Km2ALGS, BARCARENA, CARNAXIDE, CAXIAS, CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO, LINDA-A-VELHA, OEIRAS E S. JULIO DA BARRA, PAO DE ARCOS, PORTO SALVO E QUEIJAS
2011 = 172120 HABITANTES
SERRA DE CARNAXIDE ALTO DA MAMA SUL ALTO DOS BARRONHOS ALTO DO MONTIJO ALTO DAS CONFEITEIRAS ALTO DE ALFRAGIDE OU LECEIA
CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA INSTITUTO DE SOLDADURA E QUALIDADE;CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA DE UNIVERSIDADES UMIC AGNCIA PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO I.P.;INSTITUIES DE INVESTIGAO INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA E INSTITUTO GULBENKIAN DE CINCIA;INSTITUTO DE NOVAS TECNOLOGIAS INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA;LABORATRIO ASSOCIADO INSTITUTO DE TECNOLOGIA QUMICA E BIOLGICA;LABORATRIO DO ESTADO DIREO GERAL DE PROTEO DAS CULTURAS;UNIDADES DE INVESTIGAO CENTRO DE BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, GENTICA E DESENVOLVIMENTO DA TOLERNCIA NATURAL, INSTITUTO DE TECNOLOGIA BIOMDICA E UNIDADE DE I&D EM ANLISE DE CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E COMPONENTES INDUSTRIAIS SOLDADOS.
OS DECLIVES MDIOS DO CONCELHO SITUAM-SE ENTRE OS 6% E 12%
CLIMA TEMPERADO COM VERO SECO E TEMPERADO
SUPERDISTRITO OLISSIPONENSE
Em janeiro de 1977 TOMAVAM POSSE OS PRIMEIROS EXECUTIVOS CAMARRIOS ELEITOS DEMOCRATICAMENTE, BEM COMO AS RESPETIVAS ASSEMBLEIAS MUNICIPAIS E JUNTAS DE FREGUESIA
OEIRAS COMO TERRITRIO DE OPORTUNIDADES
459
13% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS ESTO OPTIMAMENTE ORIENTADAS
PARA O APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR, RECEBENDO EM
MDIA MAIS DE 1600KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR,
LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
2.700 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM
RADIAO NA CLASSE DOS 1600KWH/M2 POR ANO
52% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS RECEBEM EM MDIA ENTRE 1400 E 1600 KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR, LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
APENAS AS RIBEIRAS DE PORTO SALVO, DE ALGS E DA JUNA NASCEM NO INTERIOR DO CONCELHO. O RIO JAMOR E A RIBEIRA DE BARCARENA TM A SUA ORIGEM NO CONCELHO DE SINTRA E A RIBEIRA DA LAGE NO CONCELHO DE CASCAIS.
Em dezembro de 1976 REALIZOU-SE O PRIMEIRO ATO ELEITORAL PARA AS AUTARQUIAS LOCAIS DE TODO O PAS
OEIRASUM DOS MELHORES
CONCELHOS DO PAS PARA MORAR,
TRABALHAR E ESTUDAR
EMPRESAS
SOLOS CALCRIOS PARDOS
SOLOS CALCRIOS VERMELHOS
SOLOS LITLICOS NO HMICOS
SOLOS MLICOS
VEGETAO CLIMCICA TERMO-MEDITERRNICA
5 FREGUESIAS
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ENQUADRAMENTO GEOGRFICO
ENQUADRAMENTO REGIONAL E METROPOLITANO
FRANAALEMANHA
REINO UNIDOIRLANDA
ESPANHA ITLIA
I. PESSOAS E TERRITRIO EMPRESAS
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11
FRANAALEMANHA
REINO UNIDOIRLANDA
ESPANHA ITLIA
O Concelho de Oeiras tem uma rea aproxi-mada de 46 Km2 e encontra-se inserido na rea Metropolitana de Lisboa. Situa-se na margem norte do rio Tejo, sendo delimitado a Norte e Po-ente pelos Concelhos de Sintra e Cascais, a nas-cente pelos Concelhos de Lisboa e Amadora e a Sul pela barra do rio Tejo, perfazendo uma frente ribeirinha com cerca de 9 Km de extenso.
Em cumprimento da Lei n. 11-A/2013 de 28 de janeiro, o Municpio de Oeiras passou a ser cons-titudo por 5 freguesias: Unio das Freguesias de Algs, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada/Dafundo, Unio das Freguesias de Carnaxide e Queijas, Unio das Freguesias de Oeiras e S. Julio da Barra, Pao de Arcos e Caxias, Barcarena e Porto Salvo que constituam em 2011 um total populacional de 172120 habitantes1.
O territrio do Concelho de Oeiras apresen-ta caractersticas paisagsticas especficas que o identificam e singularizam. A sua paisagem pautada pelos vales das ribeiras que nele correm de norte para sul e desaguam no Rio Tejo, nome-adamente as Ribeiras de Algs, Barcarena, Porto
1 Durante o presente documento, e uma vez que a maioria da informa-o trabalhada referente a datas anteriores publicao da Lei n. 11-A/2013 de 28 de janeiro Lei de Reorganizao Administrativa cons-tam referncias s freguesias antigas.
Salvo, Lage e Rio Jamor. Aos vales formados por estas ribeiras que vincam a paisagem, devem-se ainda acrescentar outros elementos paisagsti-cos marcantes tais como a Serra de Carnaxide, o Alto da Mama Sul, Alto dos Barronhos, Alto do Montijo, Alto das Confeiteiras e o Alto de Alfragi-de ou Leceia.
As excelentes condies naturais do Conce-lho, nomeadamente a qualidade dos solos de produo agrcola, associado proximidade do mar foram desde sempre fatores determinantes na evoluo da ocupao humana. At h pou-cas dcadas o Concelho de Oeiras era marcada-mente rural, existindo ainda hoje algumas reas, designadamente no interior, que demonstram tal facto. Esta situao tem vindo a alterar-se sig-nificativamente nos ltimos anos, fruto de uma localizao privilegiada face a Lisboa e de uma dinmica de crescimento mpar que permitiu um desenvolvimento sustentvel onde coabitam lado a lado Parques de Tecnologia com algumas atividades agrcolas. O crescimento e expanso dos aglomerados em sintonia com o desenvolvi-mento incutido na ltima dcada tornaram-no num Concelho de caractersticas marcadamente urbanas, colocando Oeiras num elevado pata-mar de desenvolvimento.
OEIRAS
Pgina anteriorParque dos Poetas
ENQUADRAMENTO GEOGRFICO
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 12
PESSOAS E TERRITRIOO Concelho de Oeiras pertence NUT III Grande
Lisboa, NUT II rea Metropolitana de Lisboa e ao distrito de Lisboa. A Grande Lisboa a sub-re-gio Norte da rea Metropolitana a qual engloba 18 Concelhos, 9 da Grande Lisboa e 9 da Penn-sula de Setbal, na nova composio territorial constante da Lei 46/2008 de 27 de agosto que estabelece o Regime Jurdico das reas Metro-politanas de Lisboa e Porto, criadas em 1991 pela Lei n. 44/91 de 2 de agosto. Distribudos entre as duas margens do Rio Tejo, a norte temos os Con-celhos da Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira e a sul os Concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesim-bra e Setbal.
Fisicamente a Grande Lisboa ocupa a Penn-sula de Lisboa, unidade territorial que envolve o stio de Lisboa e que se estende a Oeste do Vale do Tejo, entre o esturio e a Costa Atlnti-ca. Em toda a sua extenso sobressai um relevo a NW, a Serra de Sintra com altitude na ordem dos 400 metros, tradicionalmente a rea que concentra maior humidade e precipitao.
ENQUADRAMENTO REGIONAL E METROPOLITANO
CARACTERSTICAS GERAIS DOS CONCELHOS DA AMLFonte: INE, Censos, 2001 e 2011
Zona Geogrfica Populao Territrio Densidade Populacional
Total em 2001
Peso na AML em 2001
Total em 2011
Peso na AML em 2011
Variao 2001/2011
rea Total 2001 2011
N. % N. % % % Hab/km2 Hab/km2
Grande Lisboa 1947249 73,2 2042477 72,4 4,9 1376,7 45,86 1414 1484
Amadora 175872 6,6 175136 6,2 -0,4 23,8 0,79 7394 7363
Cascais 170683 6,4 206479 7,3 21,0 97,4 3,24 1752 2120
Lisboa 564657 21,2 547733 19,4 -3,0 85,0 2,83 6645 6446
Loures 199061 7,5 204461 7,2 2,7 169,1 5,63 1177 1209
Mafra 54358 2,0 76685 2,7 41,1 291,7 9,72 186 263
Odivelas 133846 5,0 145142 5,1 8,4 26,5 0,88 5042,5 5468
Oeiras 162124 6,1 172120 6,1 6,2 45,9 1,53 3533 3751
Sintra 363740 13,7 377835 13,4 3,9 319,2 10,63 1139 1184
Vila Franca de Xira 122908 4,6 136886 4,9 11,4 318,1 10,60 386 430
Pennsula de Setbal 714589 26,8 779399 27,6 9,1 1625,3 54,14 440 480
Alcochete 13010 0,5 17569 0,6 35,0 128,4 4,28 101 137
Almada 160826 6,0 174030 6,2 8,2 70,2 2,34 2291 2479
Barreiro 79011 3,0 78764 2,8 -0,3 36,4 1,21 2171 2164
Moita 67446 2,5 66029 2,3 -2,1 55,3 1,84 1221 1195
Montijo 39168 1,5 51222 1,8 30,8 348,6 11,61 112 147
Palmela 53352 2,0 62831 2,2 17,8 465,1 15,49 115 135
Seixal 150272 5,6 158269 5,6 5,3 95,5 3,18 1574 1657
Sesimbra 37567 1,4 49500 1,8 31,8 195,5 6,51 192 253
Setbal 113937 4,3 121185 4,3 6,4 230,3 7,67 495 526
Total da AML 2661838 - 2821876 - 6,0 3002,0 - 887 940
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I. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO 13
Habitantes/Km2
< 200
[200 1000[
[1000 2000[
[2000 4000[
[4000 8000[
%[-18 0[
[0 5[
[5 15[
[15 45[
[45 60[
Zonas Hmidas de Importncia Internacional
Zonas de Proteo Especial (Diretiva Aves)
Stios de Importncia Comunitria (Diretiva Habitats)
reas Protegidas
Minutos
20 25
15 20
10 15
5 100 5
45 60
30 45
25 30
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
0 10 20 Km
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORA
LISBOAOEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXALBARREIRO
MOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORA
LISBOAOEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXALBARREIRO
MOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRA
LOURES
ODIVELAS
AMADORA
LISBOAOEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXAL
BARREIRO
MOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORALISBOA
OEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXALBARREIRO
MOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
DENSIDADE POPULACIONAL1976 Fonte: INE, Censos, 2011
VARIAO DA POPULAO ENTRE 1991 E 2011 Fonte: INE, Censos, 1991 e 2011
ACESSIBILIDADE RODOVIRIA DISTNCIA TEMPO A LISBOA Fonte: Municpia, EM, SA, 2013
CONDICIONANTES TERRITORIAIS REDE NATURA 2000 E REAS PROTEGIDAS Fonte: ICNF, vrios anos
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 14
Em contraponto, na Pennsula de Setbal encontra-se a Serra da Arrbida, tipicamente mediterrnica e por isso, paisagisticamente muito diferente da Serra de Sintra.
O rio Tejo e o seu esturio marcam deter-minantemente a paisagem da AML e definem, no s uma diviso fsica entre os dois grupos de Concelhos, mas tambm uma diviso entre comportamentos demogrficos e sociais.
No territrio da AML existem 5 reas Prote-gidas: os Parques Naturais de Sintra-Cascais e da Arrbida, as Reservas Naturais dos Esturios do Tejo e do Sado e ainda a Paisagem Protegida da Arriba Fssil da Costa da Caparica. Na AML cerca de 34% da ocupao do solo urbana, valor que ultrapassa claramente a mdia nacio-nal e que refora a importncia do edificado no modelo de desenvolvimento da regio. Sendo a mais ocidental das reas metropolitanas euro-peias, a AML ocupa uma posio relativamente perifrica em relao aos grandes eixos urba-nos e metropolitanos europeus.
Porm, tal situao perifrica no a priva de assumir caractersticas semelhantes a outras reas urbanas, ou seja, de se constituir como um espao onde se conjugam novos estilos de vida urbana e uma nova dinmica de transfor-mao do territrio que origina estrangulamen-tos relacionados com uma forte presso para o crescimento urbano. Esta dinmica vanguardis-ta acarreta questes como o incorreto uso de solo, carncias habitacionais e de equipamen-tos, degradao do parque urbano existente e deficiente ou ineficaz sistema de transporte, problemas comuns que preocupam polticos e tcnicos de todos os municpios da AML.
A rea Metropolitana de Lisboa ocupa uma rea de cerca de 3000 km2 distribudos nas duas margens do rio que a separa (1376 km2 para a margem direita Grande Lisboa e 1625 km2 para a margem esquerda Pennsula de Setbal). O Concelho que apresenta maior rea Palmela e o menor Amadora, com 465,1 e 23,8 km2 respetivamente.
Apesar de ocupar apenas 3,5% do territrio nacional, a AML detm, com os seus 2682676 habitantes, 26% da populao nacional. Esta Litoral de Oeiras
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I. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO 15
Forte do Bugio
relao de foras mostra-nos claramente a im-portncia desta rea metropolitana no pas, as-sim como o grau de concentrao populacional a existente.
Em termos de distribuio interna da po-pulao, a NUT III Grande Lisboa continua a ser preponderante na AML (72,4%), apesar de ter visto a sua posio enfraquecida na ltima dcada. Podemos destacar os Concelhos lim-trofes de Lisboa, incluindo tambm a prpria capital, como detentores do maior peso popu-lacional no mbito da AML (Lisboa, Sintra, Cas-cais e Loures).
Em seguida encontra-se um grupo de 7 Con-celhos geograficamente prximos da capital que apresentam efetivos populacionais que oscilam entre os 4 e 6% da populao da AML (valores superiores a 100 mil habitantes), onde se encontra o Concelho de Oeiras com 6%. Por ltimo, apresentam-se os Concelhos mais peri-fricos com valores compreendidos entre os 0,6 e os 3%.
Na ltima dcada a populao residente na AML registou um aumento de 6%, valor supe-rior variao intercensitria nacional (2%). Este crescimento da populao verificado nos ltimos dez anos deveu-se predominantemente a um saldo migratrio positivo, uma vez que o saldo natural (nmero de nascimentos menos o nmero de bitos) deu um reduzido contri-buto para este crescimento. Os Concelhos mais prximos da capital so os que registam maio-res dinmicas demogrficas. A Grande Lisboa cresceu menos que a Pennsula de Setbal, en-quanto os ncleos urbanos mais antigos e mais centrais (Lisboa, Amadora e Barreiro) comeam a perder populao relativamente a novas cen-tralidades urbanas geograficamente perifricas capital. Sinal dessa preponderncia demons-trado no ltimo recenseamento o facto de 4 Concelhos da AML estarem posicionados den-tro dos 10 Concelhos a nvel nacional que regis-taram maior crescimento de populao (Alco-chete, Mafra, Montijo e Sesimbra).
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 16
EMPRESASAs atividades econmicas constituem um
excelente indicador da vitalidade das cidades. O perfil de especializao, os padres de localiza-o das empresas e o posicionamento nos merca-dos internacionais refletem as oportunidades que as aglomeraes urbanas criam s pessoas e organizaes que a desenvolvem a sua ativida-de. Deste ponto de vista, a rea metropolitana de Lisboa acumula uma srie de vantagens nicas ao nvel nacional: capital do pas, principal acumu-lao geogrfica de recursos estratgicos para o desenvolvimento, atrao de pessoas e ativida-des qualificadas de outros pases, presena rele-vante em redes supranacionais de cooperao e intercmbio. Por sua vez, o Concelho de Oeiras representa um polo de atividade econmica e de consumo de valia internacional, desempenhan-do um papel fundamental de intermediao en-tre o conjunto do pas e o mundo.
Os padres de localizao das empresas indiciam o incio da superao do modelo me-tropolitano excessivamente dependente de um polo central, assistindo-se consolidao de novas centralidades perifricas capazes de
atrair e incubar iniciativas inovadoras. O re-foro da abertura ao exterior, refletida na ex-panso recente de investimentos e atividades de vocao internacional, confirma o sentido positivo das alteraes anteriores. O Concelho de Oeiras constitui um territrio de perfil ps--moderno com visibilidade prpria nos mapas econmicos da Pennsula Ibrica, da Europa e mesmo do mundo.
A estrutura produtiva do concelho revela uma grande capacidade de atrair no s as empre-sas de maior dimenso a nvel nacional, mas as maiores empresas de servios avanados e tecnolgicos, que normalmente so detidas por entidades externas.
Face ao referencial nacional, Oeiras apresen-ta uma preponderncia superior no setor dos servios, nomeadamente comrcio, tecnolo-gias de informao e comunicao, atividades financeiras e imobilirias, alugueres e servios prestados s empresas.
Encontram-se localizados em Oeiras um con-junto alargado de infraestruturas de investigao e tecnologia afetas a uma grande diversidade de
reas do conhecimento que garantem uma boa oferta deste tipo de servios de suporte ativi-dade empresarial, como so os casos:
Centro de Transferncia de Tecnologia Instituto de Soldadura e Qualidade;
Centro de Transferncia de Tecnologia de Universidades UMIC Agncia para a Sociedade do Conhecimento I.P.;
Instituies de Investigao Instituto de Biologia Experimental e Tecnologia e Instituto Gulbenkian de Cincia;
Instituto de Novas Tecnologias Instituto de Biologia Experimental e Tecnologia;
Laboratrio associado Instituto de Tec-nologia Qumica e Biolgica;
Laboratrio do Estado Direo Geral de Proteo das Culturas;
Unidades de investigao Centro de Biologia do Desenvolvimento, Gentica e Desenvolvimento da Tolerncia Natural, Instituto de Tecnologia Biomdica e Uni-dade de I&D em Anlise de Ciclo de Vida de Produtos e Componentes Industriais Soldados.
Lagoas Park
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I. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO 17
Milhes
< 1500
[1500 4000[
[4000 10000[
[10000 25000[
[25000 90000[
Milhes
< 100
[100 500[
[500 1000[
[1000 2000[
[2000 4000[
Empresas / 10000 habitantes< 842
[842 1040]
[1041 1373][1374 1824[
N. de Empresas< 250
[250 500[
[500 1000[
[1000 3500[
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORALISBOA
OEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXAL
BARREIROMOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORALISBOA
OEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXAL
BARREIROMOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORALISBOA
OEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXAL
BARREIROMOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
ALCOCHETE
MAFRA
SINTRALOURES
ODIVELAS
AMADORALISBOA
OEIRASCASCAIS
ALMADA
SEIXAL
BARREIROMOITA
MONTIJOMONTIJO
PALMELA
SESIMBRA
SETBAL
VILA FRANCA DE XIRA
0 10 20 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
UNIDADES EMPRESARIAIS POR 10 000 HABITANTES EM 2010 Fonte: Anurio Estatstico da Regio de Lisboa 2011, INE, 2012
CONSTITUIO DE PESSOAS COLETIVAS E ENTIDADES EQUIPARADAS EM 2012 Fonte: Direco-Geral da Poltica de Justia, 2013
VOLUME DE NEGCIOS DAS EMPRESAS NO FINANCEIRAS EM 2011 Fonte: INE, Sistema de Contas Integradas das Empresas 2012
VALOR DOS BENS EXPORTADOS PELAS EMPRESAS EM 2009 Fonte: INE, Estatsticas do Comrcio Internacional de Bens, 2010
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16%Entre 2001 e 2011 o nmero de famlias clssicas em Oeiras aumentou, atingindo, no seu conjunto o valor de 71.584
ALGS , DESDE 1993, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME
LUGAR SITUADO NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE ALGS
MIRAFLORESVALEJAS UM LUGAR QUE APRESENTA UMA CONFIGURAO LINEAR, OCUPANDO HOJE UM TERRITRIO QUE ESTENDE POR DUAS FREGUESIAS: BARCARENA E CARNAXIDE
LOCALIZA-SE A NOROESTE DE LINDA-A-PASTORA
QUEIJAS
UM LUGAR SITUADO NA FREGUESIA DE BARCARENA
QUELUZ DE BAIXO MURGANHALLUGAR SITUADO NO
EXTREMO NORDESTE DA FREGUESIA DE CAXIAS CARNAXIDE
PERTENCEU AO REGUENGO DE ALGS, DOMNIO QUE SE ESTENDIA ENTRE A RIBEIRA DE ALCNTARA E O REGUENGO DE OEIRAS
BARCARENA BERQUARENA BARQUERENA BRACARENA
TERCENA UM DOS LUGARES QUE COMPEM A FREGUESIA DE BARCARENA
OEIRAS E SANTO AMAROLUGAR SEDE DE FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO NUM TERRITRIO DE DECLIVE SUAVE, NA MARGEM DIREITA DO RIO TEJO, EM FRENTE DA TORRE DE S. LOURENO OU FAROL DO BUGIO.
PORTO SALVO LOCALIZA-SE PRATICAMENTE NO CENTRO DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LEIO DEVE A SUA ORIGEM (SCULO XVI), A UM CONJUNTO DE CONSTRUES QUE SE FORAM ERGUENDO AO LONGO DAS PRINCIPAIS VIAS DE COMUNICAO DA REA
URBANIZAO CABANAS GOLF PERTENCE FREGUESIA DE BARCARENA
PAO DE ARCOS UM LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME, QUE SE ENCONTRA LIMITADA A SUL PELO RIO TEJO
NOVA OEIRASLUGAR SITUADO NO EXTREMO OESTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
TALADELUGAR PERTENCENTE FREGUESIA DE PORTO SALVO
QUINTA DA MOURATRATA-SE DE UM DOS MAIS RECENTE LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS
CASAL DA CHOCA ERA INICIALMENTE UM PEQUENO BAIRRO SITUADO A NOROESTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
FIGUEIRINHALUGAR DA FREGUESIA DE OEIRAS
CRUZ QUEBRADA LOCALIZA-SE JUNTO AO VALE DO RIO JAMOR
TERRUGEMPEQUENO AGLOMERADO, QUE ETIMOLOGICAMENTE SIGNIFICA FILHA DA TERRA
LUGAR SITUADO NO EXTREMO SUL DA FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS
MEDROSALINDA-A-PASTORAA ORIGEM DO TOPNIMO PRENDE-SE PROVAVELMENTE COM O FACTO DE ESTE LUGAR SE ENCONTRAR LOCALIZADO SOBRE UMA ENCOSTA EM ANFITEATRO DE UM MONTE ELEVADO E PEDREGOSO CAXIAS
PROVAVELMENTE DO LATIM QUASSINA
LAVEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO JUNTO A CAXIAS
OUTURELA-PORTELA LOCALIZA-SE NA PARTE ORIENTAL DA FREGUESIA DE CARNAXIDEGANDARELA
LOCALIZA-SE NA FREGUESIA DE CARNAXIDE
VILA FRIAA PRIMEIRA REFERNCIA A ESTE LUGAR DATA DE 1754
CACILHAS ERA UM PEQUENO LUGAR QUE SE LOCALIZA NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
LAGE FAZ PARTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LINDA-A-VELHA , DESDE 1993, SEDE DE UMA FREGUESIA COM O MESMO NOMELECEIA
PERTENCE FREGUESIA
DE BARCARENA
II.
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3.500 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM RADIAO NA CLASSE DOS 1400KWH/M2 POR ANO.
(PAESO) = PLANO DE ACO ENERGIA SUSTENTVEL PARA OEIRAS
OEIRAS = 46 Km2ALGS, BARCARENA, CARNAXIDE, CAXIAS, CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO, LINDA-A-VELHA, OEIRAS E S. JULIO DA BARRA, PAO DE ARCOS, PORTO SALVO E QUEIJAS
2011 = 172120 HABITANTES
SERRA DE CARNAXIDE ALTO DA MAMA SUL ALTO DOS BARRONHOS ALTO DO MONTIJO ALTO DAS CONFEITEIRAS ALTO DE ALFRAGIDE OU LECEIA
CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA INSTITUTO DE SOLDADURA E QUALIDADE;CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA DE UNIVERSIDADES UMIC AGNCIA PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO I.P.;INSTITUIES DE INVESTIGAO INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA E INSTITUTO GULBENKIAN DE CINCIA;INSTITUTO DE NOVAS TECNOLOGIAS INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA;LABORATRIO ASSOCIADO INSTITUTO DE TECNOLOGIA QUMICA E BIOLGICA;LABORATRIO DO ESTADO DIREO GERAL DE PROTEO DAS CULTURAS;UNIDADES DE INVESTIGAO CENTRO DE BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, GENTICA E DESENVOLVIMENTO DA TOLERNCIA NATURAL, INSTITUTO DE TECNOLOGIA BIOMDICA E UNIDADE DE I&D EM ANLISE DE CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E COMPONENTES INDUSTRIAIS SOLDADOS.
OS DECLIVES MDIOS DO CONCELHO SITUAM-SE ENTRE OS 6% E 12%
CLIMA TEMPERADO COM VERO SECO E TEMPERADO
SUPERDISTRITO OLISSIPONENSE
Em janeiro de 1977 TOMAVAM POSSE OS PRIMEIROS EXECUTIVOS CAMARRIOS ELEITOS DEMOCRATICAMENTE, BEM COMO AS RESPETIVAS ASSEMBLEIAS MUNICIPAIS E JUNTAS DE FREGUESIA
OEIRAS COMO TERRITRIO DE OPORTUNIDADES
459
13% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS ESTO OPTIMAMENTE ORIENTADAS
PARA O APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR, RECEBENDO EM
MDIA MAIS DE 1600KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR,
LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
2.700 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM
RADIAO NA CLASSE DOS 1600KWH/M2 POR ANO
52% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS RECEBEM EM MDIA ENTRE 1400 E 1600 KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR, LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
APENAS AS RIBEIRAS DE PORTO SALVO, DE ALGS E DA JUNA NASCEM NO INTERIOR DO CONCELHO. O RIO JAMOR E A RIBEIRA DE BARCARENA TM A SUA ORIGEM NO CONCELHO DE SINTRA E A RIBEIRA DA LAGE NO CONCELHO DE CASCAIS.
Em dezembro de 1976 REALIZOU-SE O PRIMEIRO ATO ELEITORAL PARA AS AUTARQUIAS LOCAIS DE TODO O PAS
OEIRASUM DOS MELHORES
CONCELHOS DO PAS PARA MORAR,
TRABALHAR E ESTUDAR
EMPRESAS
SOLOS CALCRIOS PARDOS
SOLOS CALCRIOS VERMELHOS
SOLOS LITLICOS NO HMICOS
SOLOS MLICOS
VEGETAO CLIMCICA TERMO-MEDITERRNICA
5 FREGUESIAS
CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA AMBIENTEGEOLOGIA GEOMORFOLOGIA HIDROGRAFIA E HIDROGEOLOGIASOLOS
CLIMA VALORES NATURAIS E CONSERVAO DA NATUREZA
QUALIDADE DO ARRUDOENERGIA
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21
GEOLOGIA O Complexo Vulcnico de Lisboa, com origem
no Neocretcico, a unidade geolgica mais re-presentativa no Concelho de Oeiras, ocupando grande parte do territrio, distribuindo-se de nor-te a sul at frente ribeirinha. Seguem-se as for-maes sedimentares, com origem no Halocnico (aluvies e areias), no Miocnico (formaes cal-crias, arolas e argilas) e no Cretcico-Cenoma-niano (formaes calcrias de Bica e Caneas).
De acordo com as pocas e idades geolgicas mais marcantes a geologia do Concelho de Oei-ras assim caracterizada:
Cenomaniano inferior e mdio (Bela-siano) representado pelos calcrios da formao de Caneas sendo caracterizado pela alternncia de nveis calcrios margosos, calcrios micrticos, margas e grs calcrio.
Cenomaniano superior So representa-tivos os calcrios recifais (Formao da Bica) com elevado nvel de fracturao, po-dendo originar carsificao.
Neocretcico Este perodo caracteriza-do por diversos episdios de atividade gnea meso-cenozoica, h cerca de 70 M.a., entre o Cretcico Superior e o Eocnico Inferior. Apresenta uma complexidade de estruturas (chamins, escoadas, soleiras e diques) e de rochas (basaltos, piroclastos
Pgina anteriorRibeira de Barcarena
CARACTERIZAOBIOFSICA
e brechas), que caracterizam o Complexo Vulcnico de Lisboa (CVL).
Miocnico Caracterizam este perodo as formaes calcrias de entre-campos (argi-las e argilocalcrios), arelas de Estefnia (margas com seixo calcrio gressoso, calc-rio concrecionado e terra rossa) e as argilas dos Prazeres (alternncia de argilas e argi-localcrios).
Holocnico Este perodo est associado ao aparecimento dos vales das ribeiras, com aquferos pequenos de fraca qualidade fsi-co-qumica devido aos elevados teores de contaminao. As formaes aluvionares constituem aquferos porosos livres esta-belecendo uma relao hidrulica com a rede hidrogrfica.
0 1 Km
Aluvies
Areias de Praia
Formao dos Calcrios de Entre-Campos
Formao das Areolas de Estefnia
Formao das Argilas dos Prazeres; Neognico, Formao das Argilas dos Prazeres (MI): argilitos e calcrios
Complexo Vulcnico de Lisboa
Formao de Bica
Formao de Caneas
Files e massas de traquibasalto
Gabro e Gabro Diorito
Plano de gua
FalhaFalha provvel
Outros sinais convencionais
Files e Massas
Cretcico Cenomaniano
Neocretcico
Miocnico
Holocnico
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
GEOLOGIA Fonte: D.G.M.S.G., 1980
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 22
GEOMORFOLOGIA Do ponto de vista geomorfolgico, o conce-
lho caracteriza-se por um ondulado suave de baixas altitudes. A amplitude altimtrica no con-celho varia entre os 0 m, na extensa frente ribei-rinha com cerca de 10 km, e os 197 m, na Serra de Carnaxide. As classes hipsomtricas modais situam-se entre os 50 m e os 100 m, registando--se uma altitude mdia da ordem dos 74 m.
A superfcie topogrfica constituda por uma rede de interflvios com orientao norte--sul, sendo interrompida por cinco cursos de gua principais/ribeiras, tributrios do rio Tejo, definindo vales encaixados e de traado sinuo-so, em particular na parte setentrional do con-celho, que encaixam na fracturao do Comple-xo Vulcnico de Lisboa. Nos troos das linhas de gua junto respetiva foz, os vales tomam formas mais abertas dando lugar a terrenos aluvionares relativamente extensos, com cotas prximas de zero.
Os planaltos so as formas de relevo mais caractersticas dessa rede se interflvios, com declive inferior a 15%, onde se destacam pontu-almente, alguns topos de importncia relativa, configurando reas de conteno visual em direo aos quatro quadrantes, com extenso at ao cabo Espichel e Serra da Arrbida em Se-simbra e Setbal, respetivamente, o Palcio da Pena em Sintra e a ponte 25 de abril e Cristo Rei, em Lisboa e Almada, respetivamente.
As reas de relevo mais vigoroso localizam--se a norte e nordeste do concelho estando associadas s formaes geolgicas do Neo-cretcico originadas pelas sucessivas fases do complexo vulcnico de Lisboa. Na parte me-ridional, de formao essencialmente sedi-mentar, contrastam formas residuais de rocha vulcnica resultantes das escoadas lvicas do CVL.
As reas mais declivosas coincidem com as vertentes orientadas a nascente e a poente dos vales semi-encaixados, nas reas a montante das bacias hidrogrficas, onde assumem pen-dentes mais elevadas, em regra superiores a 18%. Os declives mdios do concelho situam-se entre os 6% e 12%.
Serra de Carnaxide
Vale da Ribeira da Lage
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 23
Altitude (m)343
0
Classes de declive (%)
< 5
[5 10[
[10 30[[30 45[>= 45
Exposio
Plano
N
NE
ESE
S
SO
O
NO
0 1 Km
TERCENA(159,5)
S. MIGUEL(174,8)
PENAS ALVAS( 105,4)
CASTELO 1(129,3) LINDA-A-PASTORA
(159,5)
ESTEIRO (CAXIAS)(81,7)
SANTA CATARINA(110,4)
ALGS T.L.(84,5)
MAMA SUL(158,9)
MONTIJO(133,9)
S. JULIO(41,9)
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
ORIENTAO DAS ENCOSTAS Fonte: Municpia, EM.,S.A., 2011
RELEVO SOMBREADO Fonte: Municpia, EM.,S.A., 2011
HIPSOMETRIA Fonte: Municpia, EM.,S.A., 2011
DECLIVES Fonte: Municpia, EM.,S.A., 2011
Altitude (m)343
0
Classes de declive (%)
< 5
[5 10[
[10 30[[30 45[>= 45
Exposio
Plano
N
NE
ESE
S
SO
O
NO
0 1 Km
TERCENA(159,5)
S. MIGUEL(174,8)
PENAS ALVAS( 105,4)
CASTELO 1(129,3) LINDA-A-PASTORA
(159,5)
ESTEIRO (CAXIAS)(81,7)
SANTA CATARINA(110,4)
ALGS T.L.(84,5)
MAMA SUL(158,9)
MONTIJO(133,9)
S. JULIO(41,9)
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 24
HIDROGRAFIA E HIDROGEOLOGIAA rede de drenagem pluvial do concelho
desenvolve-se em terrenos essencialmente ba-slticos do complexo vulcnico de Lisboa, com espessura mdia da ordem dos 70 cm, sobre ter-renos calcrios margosos e recifais, cuja meteo-rizao conduz formao de solos argilosos.
A rede hidrogrfica, envolvida por um sistema de interflvios, apresenta-se dendrtica sendo constituda por cinco cursos de gua principais, todos tributrios do rio Tejo, com sentido de es-corrncia de norte para sul, exceo do rio Tejo cujo caudal se direciona de leste para oeste.
Das principais ribeiras do concelho apenas a de Porto Salvo nasce no interior do concelho. O rio Jamor e a ribeira de Barcarena tm a sua origem no Concelho de Sintra e a ribeira da Lage no Concelho de Cascais.
As bacias hidrogrficas por estes definidas, com drenagem todo ano, de reduzida dimenso, so alimentadas por pequenos tributrios cujos troos urbanos se encontram em regra artificia-lizados.
CLASSIFICAO DECIMAL DOS CURSOS DE GUA
Designao do curso de gua Classificao decimal
Rio Tejo 301
Rio Jamor 301 08
Ribeira da Lage 301 02
Ribeira de Porto Salvo 301 04
Ribeira de Algs 301 10
Ribeira de Barcarena 301 06
RIBEIRA DE ALGS
Origem/Foz Orientao da escorrncia
Altimetria Extenso do curso de gua principal
Superfcie/extenso territorial
Nascente Bairro do Zambujal, Concelho da Amadora Foz esturio do Tejo
NE > SO Cota mxima 215m Altura mdia 103m Cota mxima curso gua principal 88m Declive mdio curso gua principal 1.9%
5Km rea total 14 Km2, com 5.35 Km2 no Concelho de Oeiras Abrangncia territorial Concelhos de Amadora, Lisboa e Oeiras
RIBEIRA DE BARCARENA
Origem/Foz Orientao da escorrncia
Altimetria Extenso do curso de gua principal
Superfcie/extenso territorial
Nascente Serra da Carregueira, Sintra Foz esturio do Tejo
N > S Cota mxima 332m Altitude mdia 103m Declive mdio curso gua principal 1.4%
10.5 Km rea total 34.7 Km2, com 10.5 Km2 no Concelho de Oeiras Abrangncia territorial Concelhos Sintra e Oeiras
RIO JAMOR
Origem/Foz Orientao da escorrncia
Altimetria Extenso do curso de gua principal
Superfcie/extenso territorial
Nascente Serra da Carregueira, Sintra Foz esturio do Tejo
N > S Cota mxima 342m Altitude mdia 169m Cota mxima curso gua principal 221.7mm Declive mdio curso gua principal 1.6%
15Km, com 7.3 km no Concelho de Oeiras
rea total 144.7 Km2, com 9.2 Km2 no Concelho de Oeiras Abrangncia territorial Concelhos de Amadora, Sintra e Oeiras
Fonte: Estudo Hidrolgico e Hidrulico, 2011
BACIAS HIDROGRFICAS Fonte: Municpia, E.M.,S.A., CMO, LNEG, 2011
Aptido AquferaAquferos fracturados, carsificados com comportamento livre, podendo apresentar-se confinado nos locais onde coberto pelos CVL
Bacias Hidrogrficas
Aquferos porosos livres com relao hidrulica com a rede hidrogrfica
Formao com reduzida aptido aqufera, podendo localmente apresentar pequenos nveis aquferos limitadosFormao essencialmente improdutiva, sem aquferos escala do municpio0 1 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 25
So conhecidas algumas dezenas de poos no concelho constituindo uma rede de captao de gua com caudais apreciveis, dependendo das es-truturas geolgicas de que so originrios.
A heterogeneidade das formaes geolgicas do Cenomaniano inferior e mdio (Belasiano) per-mite captaes com um dbito de caudais desde os 0.3 l/s e os 25 l/s.
A notcia explicativa da Carta Geolgica refere um aproveitamento hidrogeolgico e geotrmico pelos Servios Sociais das Foras Armadas1, em Oeiras, tendo sido executado um furo de 475m, com captao de gua a 30 C, no aqufero Aptiano--Albiano, cujo caudal de 6 l/s.
Existem caudais da ordem de 1 l/s entre os nveis de materiais piroclastos e o material vulcnico do Neocretcico e nalgumas estruturas de basaltos fra-turados conseguem-se alguns caudais apreciveis da ordem dos 3.5 l/s.
A diversidade de formaes geolgicas presen-tes no Concelho de Oeiras proporcionaram condi-es naturais para a instalao de quatro sistemas aquferos, designadamente:
1. Aquferos fraturados, carsificados com comportamento livre, podendo apresen-tar-se confinado nos locais onde coberto pelo CVL Complexo Vulcnico de Lisboa;
2. Aquferos porosos livres com relao hi-drulica com a rede hidrogrfica;
3. Formao com reduzida aptido aqufera, podendo localmente apresentar pequenos nveis aquferos limitados;
4. Formao essencialmente improdutiva, sem aquferos escala do municpio.
1 Ramalho, M. M., et al, (2001), Carta Geolgica de Portugal, Notcia Explicativa da Folha 34-C Cascais, Anexo Notcia, DG/IGM, Lisboa, pg 70.
RIBEIRA DA LAGE
Origem/Foz Orientao da escorrncia
Altimetria Extenso do curso de gua principal
Superfcie/extenso territorial
Nascente Mem Martins, Sintra Foz esturio do Tejo
N > S Cota mxima bacia hidrogrfica 228m Altitude mdia 103m Cota mxima curso gua principal 202m Declive mdio curso gua principal 1.1%
14.8 Km, com 5.7 km no Concelho de Oeiras
rea total 41 Km2, com 9.2 Km2
no Concelho de Oeiras Abrangncia territorial Concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras
RIBEIRA DE PORTO SALVO
Origem/Foz Orientao da escorrncia
Altimetria Extenso do curso de gua principal
Superfcie/extenso territorial
Nascente Leio, Oeiras Foz esturio do Tejo
N > S Cota mxima bacia hidrogrfica 150m Cota mxima curso gua principal 108m Declive mdio curso gua principal 3%
7.3 Km rea total 5 Km2 no Concelho de Oeiras Abrangncia territorial Concelho de Oeiras
Fonte: Estudo Hidrolgico e Hidrulico, 2011
Rio Jamor
Ribeira da Lage Ribeira de Porto Salvo
Ribeira de Barcarena
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 26
SOLOSDo ponto de vista pedolgico o Concelho de
Oeiras apresenta como solos mais representa-tivos os solos barros castanho-avermelhados, os aluviossolos modernos e os solos calcrios pardos. Os primeiros esto presentes nas exten-sas reas do complexo vulcnico de Lisboa, en-quanto que os restantes coincidem com as reas sedimentares e de maior ocupao urbana, a sul da autoestrada Lisboa-Cascais (A5).
Da diversidade de solos presentes podemos agrup-los nas seguintes famlias:
Aluviossolos Modernos: Solos Incipientes no hidromrficos, constitudos por dep-sitos estratificados de aluvies que rece-
PRINCIPAIS SOLOS Fonte: Carta de Solos; SROA/CNROA (DRAP), 1971
Famlias de Solos Tipos de Solos
Afloramentos Rochosos Afloramentos rochosos ou doleritos ou outras rochas eruptivas bsicas afins
Aluviossolos Modernos Solos Incipientes Aluviossolos modernos, calcrios (para-solos calcrios), de textura mediana
Solos Incipientes Aluviossolos modernos, calcrios (para-solos calcrios), de textura pesada
Solos Incipientes Aluviossolos modernos, no calcrios, de textura pesada Aa
Barros Castanho-avermelhados Barros castanho-avermelhados no-calcrios, de basaltos ou doloritos ou outras rochas eruptivas ou cristaloflicas bsicas
Barros castanho-avermelhados, no-calcrios, no descarbonatados, de basaltos ou doleritos ou outras rochas eruptivas ou cristaloflicas bsicas associados a clcrio frivel, fase delgada
Coluviossolos Solos Incipientes Solos de baixa (coluviossolos), calcrios, mlicos, de textura pesada
Solos Incipientes Solos de baixa (coluviossolos), calcrios, para-solos calcrios, de textura mediana
Solos Incipientes Solos de baixa (coluviossolos), calcrios, para-solos calcrios, de textura pesada
Litossolos Solos Incipientes Litossolos de climas de regime xrico, de basaltos, ou doleritos ou outras rochas eruptivas bsicas afins
Solos Calcrios Pardos Solos calcrios, pardos dos climas de regime xrico, para-barros, de materiais coluviados de solos calcrios
Solos calcrios, pardos dos climas de regime xricos, normais, de margas e calcrios compactos inter-estratificados
Solos calcrios, pardos dos climas de regime xricos, para-barros, de margas ou materiais afins
Solos calcrios, pardos dos climas de regime xricos,para-barros, de margas e calcrios compactos inter-estratificados
Solos Calcrios, prados dos climas de regime xrico, para-litossolos, de outros calcrios compactos
Solos Calcrios Solos calcrios, vermelhos dos climas de regime xrico, normais, de calcrios
Vermelhos Solos calcrios, vermelhos dos climas de regime xrico, para-barros, de materiais coluviados de solos calcrios
Solos Litlicos no Hmicos Solos Litlicos, no hmicos, pouco insaturados, normais, de basaltos, doleritos ou outras rochas eruptivas bsicas
Solos Litlicos, no hmicos, pouco insaturados, normais, pardos de arenitos finos e grosseiros inter-estratificados
Solos Mediterrneos, vermelhos ou amarelos
Solos argiluviados pouco insaturados Solos Mediterrneos, vermelhos ou amarelos, de materiais calcrios, normais, de calcrios compactos ou dolomias
Solos aregiluviados pouco insaturados Solos Mediterrneos, pardos, de materiais no calcrios, para-solos hidromrfi-cos, de arcoses ou rochas afins
Solos Argiluviados pouco insaturados Solos Mediterrneos, pardos, de materiais no calcrios, normais, de arenitos finos, argilas ou argilitos
Solos Mlicos Solos Mlicos castanozemes (no argiluviados), rendziniformes, de basaltos ou doleritos ou outras rochas eruptivas bsicas
bem periodicamente adies de sedimen-tos aluvionares.
Barros Castanho-avermelhados: Tambm designados vertissolos. So solos evolu-dos de natureza argilosa de cor castanho--avermelhada, onde abunda os filossilica-tos de montmorillonite.
Coluviossolos: Solos Incipientes de origem coluvial e localizados em vales, depresses ou na base das encostas.
Litossolos: Solos Incipientes derivados de rochas consolidadas, de espessura efectiva normalmente inferior a 10 cm; encontram--se predominantemente em reas sujeitas
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 27
a eroso acelerada ou a eroso geolgica recente.
Solos Calcrios Pardos: Solos pouco evo-ludos de cor pardacenta, de perfil AC ou A(B)C, formados a partir de rochas calc-rias, com percentagem varivel de carbo-natos ao longo de todo o perfil.
Solos Calcrios Vermelhos: Solos pouco evoludos de cor avermelhada, de perfil AC ou A(B)C, formados a partir de rochas calcrias, com percentagem varivel de carbonatos ao longo de todo o perfil.
Solos Litlicos no Hmicos: Solos pouco evoludos, de perfil A(B)C ou AC, forma-
dos, em geral, a partir de rochas no cal-crias.
Solos Mediterrneos, vermelhos ou ama-relos: Solos argiluviados, pouco insatu-rados de cor avermelhada ou amarelada nos horizontes A ou Bt.
Solos Mlicos: So solos evoludos de per-fil AC ou ABC com horizonte A mlico e horizonte B cmbico ou rgico.
Esto ainda presentes afloramentos rocho-sos ou doleritos ou outras rochas eruptivas b-sicas afins.
Terrenos cultivados na Lage
Terrenos cultivados em Barcarena
TIPOS DE SOLOS Fonte: DRAP, 1971
Afloramentos Rochosos
Solos Calcrios Vermelhos
Solos Mediterrneos, vermelhos ou amarelos
Solos Mlicos
Barros Castanho-avermelhados
Aluviossolos Modernos
Solos Litlicos no Hmidos
ColuviossolosLitossolos
Solos Calcrios Pardos
rea Social
0 1 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 28
CLIMAA localizao do Concelho de Oeiras no ex-
tremo SW da pennsula de Lisboa confere-lhe uma posio de transio entre o clima tempe-rado mediterrnico, caracterizado por um vero quente e seco e um inverno ameno e pluvioso de carter irregular e o clima temperado medi-terrnico de feio atlntica, com vero mode-rado e inverno suave e hmido.
Segundo a classificao de Kppen o clima de Oeiras encontra-se na transio entre o Cli-ma temperado com vero seco e quente (Csa), cuja temperatura mdia do ms mais quente superior a 22 C e o clima temperado com vero seco e temperado (Csb), cuja temperatura mdia do ms mais quente igual ou inferior a 22 C e quatro meses com temperatura mdia superior a 10 C.
As massas de ar ao deslocarem-se influen-ciam o estado do tempo em regies muito afas-tadas da sua origem, tornando-se mais hmidas, secas, frias ou quentes consoantes os locais em que vo passando.
As massas de ar polar martimo e tropical martimo so as que mais influenciam os estados de tempo nas latitudes mediterrnicas. As massas de ar polar martimo transportam ar frio e h-mido, com origem no oceano rtico. No Inverno
desloca-se para sul. Quando provm de NW tra-zem frio, aguaceiros e originam cu com aber-tas. Quando provm de SW trazem frio hmido e do origem a cu muito nublado. Quando pro-vm de NE trazem tempo muito frio e aguacei-ros (neve ou saraivadas). So acompanhadas de vento frio de norte.
As massas de ar tropical martimo transpor-tam ar quente e hmido. Provm do Atlntico a SW dos Aores. No Inverno originam cu muito nublado e temperaturas amenas. No Vero es-tabelecem-se sobre a Europa e originam tempo seco e cu limpo.
O confronto entre as massas de ar polar e tropical originam frentes. A frente polar a que mais influencia o estado de tempo na Europa. No Vero sobe a norte das Ilhas Britnicas e no Inverno desce at Europa mediterrnica sen-do responsvel pelos invernos pluviosos em Portugal.
A nortada um fenmeno atmosfrico tpi-co de vero que se caracteriza pela circulao intensa do vento (moderado a forte) de norte para sul, ao longo da costa portuguesa. Resulta da circulao cruzada do ar proveniente do cen-tro anticiclnico dos aores, situado ao largo do oceano Atlntico, e de um centro de baixas pres-
JUL AGO SET OUT NOV DEZ
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Min Mdia Mx
NORMAL CLIMATOLGICATEMPERATURA ESTAO DE SASSOEIROS
MDIA DOS VALORES EXTREMOS MENSAIS
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
JUL AGO SET OUT NOV DEZJAN FEV MAR ABR MAI JUN
Mdia das temperaturas mnimas mensais Mdia das temperaturas mximas mensais
-5,0
45,0
40,0
35,0
PRECIPITAO MDIA MENSAL(mm) ESTAO DE SASSOEIROS
JUL AGO SET OUT NOV DEZ
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Precipitao mdia mensal (mm) Temperatura mdia mensal (C)
ses de origem trmica formado no interior da pennsula Ibrica. Esta circulao regional do ar afeta grande parte da faixa atlntica, em es-pecial a Pennsula de Lisboa, estando associada aos nevoeiros de adveo e ao arrefecimento das guas do mar junto costa, devido ao designado fenmeno upwelling que consiste na reciclagem das guas profundas do oceano na provncia ne-rtica, trazendo nutrientes e pescado para junto da costa.
Ao longo dos ltimos 30 anos, verificou-se uma amplitude trmica mdia na ordem dos 10 C, tendo-se registado como extremos, valores m-dios mensais que em alguns anos atingiram os -1 C nos meses de dezembro e janeiro e 42,3 C nos meses de junho1.
Relativamente precipitao mdia mensal para o mesmo perodo evidenciam-se como valo-res mximos os registos correspondentes aos meses de novembro que ultrapassaram os 100 mm, tendo como oposto os valores corres-pondentes aos meses de vero e em particular os referentes aos meses de julho e agosto. A mdia
1 As normais climatolgicas existentes para o Concelho de Oeiras referem-se estao de Sassoeiros (Lat: 3842N, Long: 0919W, Alt: 50m), em funcionamento entre 1961 e 1970.
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 29
VENTOS
0
5
10
15
20
25
N
S
EW
NW NE
SW SE
dos registos para esse perodo de 30 anos, situa--se nos 55,4 mm de precipitao anual.
Quanto ao regime de ventos, verifica-se uma predominncia dos ventos do quadrante Norte, nomeadamente de Noroeste, Norte e Nordeste, bem como na direo Sudoeste e cujos valores mais altos de velocidade mdia e frequncia se registaram maioritariamente durante os meses de vero2.
2 Os dados correspondem a medies feitas durante o perodo de 1981 a 1990.
Cheias no jardim de Oeiras
Precipitao (mm)
< 700
[700 800[
[800 900[
[900 1000[
0 1 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
PRECIPITAO MDIA ANUAL 1958-1988 Fonte: IM Normais Climatolgicas, 1991
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 30
VALORES NATURAIS E CONSERVAO DA NATUREZAO territrio a norte da parte terminal do vale
do Tejo, no qual est inserido o Concelho de Oeiras, designa-se em termos biogeogrficos por Superdistrito Olissiponense, sendo tambm a vegetao natural potencial do Concelho de Oeiras muito influenciada pelas caractersticas edficas prevalecentes deste Superdistrito.
Destaca-se a vegetao climcica termo-me-diterrnica em vertissolos olissiponenses, cons-tituda por um zambujal arbreo por vezes em associao com alfarrobeiras traduzida pela s-rie de vegetao potencial Viburno tini Oleetum sylvestri e que corresponde a cerca de 2/3 do ter-ritrio municipal. Nas reas onde ocorrem cal-crios e formaes sedimentares em solos b-sicos, a srie florestal potencial a do carvalhal cerquinho Arisaro-Querceto broteroi, onde atu-almente proliferam os tojais e manchas carras-cais (Quercus coccifera) com alguma expresso. Destaca-se tambm, pela importncia que toma no mosaico paisagstico das reas agrcolas a
norte da A5, a compartimentao por sebes de Prunus spinosa subsp. Insititioides, muito tpica desta regio, Costa et al (1998). Igualmente im-portante pela existncia de 5 ribeiras principais que atravessam o territrio de municipal, so as matas ribeirinhas remanescentes compostas predominantemente por freixo (Fraxinus angusti-folia). No entanto a vegetao arbrea caracters-tica dos vales encaixados e aluvies das ribeiras de Oeiras foi quase integralmente substituda no decurso dos ltimos milnios, sobretudo por campos agrcolas.
As espcies invasoras (como o Arundo donax) e as doenas (designadamente a grafiose, que eli-minou quase completamente os povoamentos de ulmeiro) fazem parte das causas que, nas lti-mas dcadas, criaram um quadro de empobreci-mento significativo da flora ribeirinha. Junto ao litoral, numa estreita faixa essencialmente em zo-nas arenosas e nas arribas rochosas, teria abun-dado vegetao halfita, sendo esta a sua matriz
potencial, com associaes de espcies como o estorno (Ammophila arenaria), o cardo-martimo (Eryngium maritimum), a sabina-da-praia (Juni-perus turbinata) e a tamargueira (Tamarix sp.). A importncia na recuperao e restauro das galerias ribeirinhas multiestratificadas e bem de-senvolvidas, traduz-se para alm da valorizao cnica dos vales dos cursos de gua, na melhoria da qualidade da gua atravs de aes de de-purao, permitindo tambm a manuteno de corredores ecolgicos com interesse para a diver-sificao da fauna e flora do concelho.
A fauna terrestre do Concelho de Oeiras no especialmente rica em espcies com valor para a conservao, uma vez que os habitats naturais foram sofrendo ao longo dos sculos profundas transformaes. As espcies que aqui ocorrem so aquelas que se adaptaram a meios substan-cialmente artificializados e que suportando um amplo leque de condies ambientais, toleram uma forte presena humana. Destacam-se as
Vegetao na serra de CarnaxideVegetao na serra de CarnaxideVegetao na serra de Carnaxide
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 31
espcies que se adaptam bem a ambientes muito humanizados e com isso beneficiam do mosaico resultante de terrenos urbanizados, agrcolas e florestais, como o caso do pintassilgo (Carduelis carduelis), do verdilho (Carduelis chloris), do morcego-ano (Pipistrellus pipistrellus) e da la-gartixa do mato (Psammodromus algirus).
A fauna marinha do concelho apresenta uma aprecivel diversidade e tem beneficiado do re-sultado das medidas anti-poluio aplicadas na rede hidrogrfica e nas guas ocenicas. Na orla ribeirinha do Concelho de Oeiras abundam espcies de peixes, crustceos, equinodermes, moluscos, aneldeos e cnidrios, contabilizan-do-se cerca de uma centena e meia de esp-cies que ocupam habitats muito diversificados, como areias, rochas, enrocamentos e a prpria coluna de gua.
A nvel nacional, os princpios e objetivos de conservao da natureza e da biodiversidade, consubstanciam-se na Rede Fundamental de
Conservao da Natureza, estabelecida na Estra-tgia Nacional para a Conservao da Natureza e Biodiversidade (ENCNB) e regulada no Regime Jurdico da Conservao da Natureza e da Biodi-versidade. Entre estas reas destacam-se no con-celho as reas de Reserva Ecolgica Nacional, Reserva Agrcola Nacional e outras reas classifi-cadas ao abrigo de compromissos internacionais tais como alguns habitats com interesse comuni-trio, traduzidas pela existncia de determinadas manchas de vegetao como o zambujal.
Os espaos livres que possam e devam ser paisagisticamente renaturalizados oferecem-se como excelentes suportes para a salvaguarda dos habitats e das espcies. Assim Oeiras, atra-vs de um trabalho urbanstico aturado e eru-dito, poder contribuir para a rede de espaos de conservao da natureza, criando nichos de particular beleza paisagstica que abrigaro es-pcies animais e vegetais de interesse para as polticas de salvaguarda dos recursos naturais.
Estao Agronmica NacionalEstao Agronmica Nacional
Estao Agronmica Nacional
Estao Agronmica Nacional
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 32
preensvel, desenvolvida para poder traduzir a qualidade do ar, especialmente das aglomeraes existentes no pas, mas tambm de algumas re-as industriais e cidades. O ndice contempla cinco classes, de acordo com intervalos de valores fixos para cada um dos poluentes e assumindo a pior classificao verificada entre os cinco poluentes considerados (para mais informaes sobre o ndi-ce de Qualidade do Ar consultar www.qualar.org):
Verifica-se que o ndice de Qualidade do Ar relativo aos dados da Estao de Monitorizao da Quinta do Marqus se apresentou como Bom para os anos de 2003 a 2010, sendo o trfego ro-dovirio a principal fonte poluidora existente no concelho.
AMBIENTE QUALIDADE DO ARA avaliao da qualidade do ar no Concelho de
Oeiras pode ser realizada atravs da anlise dos dados de monitorizao em contnuo de cinco po-luentes na Estao de Monitorizao da Quinta do Marqus, integrada desde 2002 na rede de moni-torizao da qualidade do ar da rea Metropolita-na de Lisboa Norte:
Monxido de carbono (CO); Dixido de azoto (NO
2);
Ozono (O3);
Partculas inalveis (PM10), e
Dixido de enxofre (SO2).
A integrao dos dados estatsticos das medi-es desses parmetros no ndice de Qualidade do Ar constitui uma classificao simples e com-
NDICE DE QUALIDADE DO AR NA ESTAO DE MONITORIZAO DA QUINTA DO MARQUS
Mau Fraco Mdio Bom Muito Bom
CAMPANHA PARA AVALIAO DA QUALIDADE DO AR Fonte: Municpia, E.M, S.A., CMO, 2003
2010
2002
Bom
Mdio
2009 Bom
2008 Bom
2007 Bom
2006 Bom
2005 Bom
2004 Bom
2003 Bom
Dixido de Azoto (NO2)
Dixido de Enxofre (SO2)
Ozono (O3)
ug/m3
< 20
20,01 26
< 3
1,301 2,000
> 2,0001
0 70
70,01 80
0 1 Km
Oeiras e So Julio da Barra
Pao de Arcos
Porto Salvo
CaxiasCruz Quebrada/Dafundo
Queijas
Carnaxide
Barcarena
Linda-a-Velha
Algs
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 33
RUDOO rudo ambiental uma preocupao das
autoridades a todos os nveis de deciso (euro-peia, nacional e local), porque os seus efeitos so-bre a sade so muito significativos. Estima-se que a nvel dos pases da Unio Europeia e de outros pases da Europa ocidental o rudo seja causa de perda de capacidade expressa em anos de vida (disability-adjusted life-years DALYs) da ordem de 61.000 anos para as doenas coro-nrias, 45.000 anos para a perda de capacidade cognitiva pelas crianas, 903.000 anos de per-turbaes do sono, 22.000 anos para perda au-ditiva e 654.000 anos pelo incmodo causado pelo rudo, sendo a principal causa o rudo de trfego rodovirio1.
1 WORLD HEALTH ORGANIZATION REGIONAL OFFICE FOR EUROPE (2011) Burden of disease from environmental noise. Quantification of healthy life years lost in Europe. Disp. em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0008/136466/e94888.pdf, cons. junho de 2013.
Tal como nos outros fatores ambientais, o controlo da poluio acstica requer uma ava-liao objetiva dos nveis de rudo ambiental existentes, e uma definio de medidas de pro-teo e controlo que permitam dar s popula-es os nveis de conforto necessrios a uma vida saudvel.
Assim, definem-se como reas que devem ser protegidas do rudo excessivo aquelas em que as atividades so mais sensveis aos seus efeitos negativos, particularmente as reas resi-denciais, que so especialmente vulnerveis no perodo da noite, as reas de lazer, e os equipa-mentos de ensino e de sade.
com vista a definir essa diferenciao da proteo dos usos do solo mais vulnerveis ao rudo que a legislao em vigor (Regulamen-to Geral do Rudo Decreto-Lei n 9/2007 de 17 de janeiro) requer que os municpios deli-
mitem e classifiquem as reas como zonas mistas ou zonas sensveis, de acordo com essa preocupao, conforme os valores limite apresentados no quadro seguinte, expressos em Decibel A dB(A).
No Concelho de Oeiras, todas as reas inte-gradas em solo urbano esto classificadas como zonas mistas. Ficam excludas de classificao as reas rurais, visto que no comportaro ne-nhum dos usos do solo considerados sensveis ao rudo.
VALORES LIMITE DE EXPOSIO AO RUDO
Lden
dB(A) Ln dB(A)
Zonas mistas
OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 34
Por forma a avaliar os atuais nveis de poluio acstica, so produzidos os Mapas de Rudo, que estimam os valores mdios anuais do rudo am-biental, em funo das fontes de poluio acsti-ca; no caso de Oeiras estas fontes so as vias rodo-virias, as ferrovias e instalaes industriais.
Esses valores mdios so avaliados de forma integrada para o perodo de um dia pelo parme-tro L
den e de modo particular tambm para o per-
odo noturno pelo parmetro Ln.
O Concelho de Oeiras enquadra-se na defini-o de aglomerao constante do Decreto-Lei n 146/2006 de 31 de julho, que determina a obrigato-riedade de se elaborarem Mapas Estratgicos de Rudo, tendo como referncia para essa caracte-rizao o ano de 2011. Os mapas esto represen-tados nas duas figuras seguintes, respetivamente para o parmetro L
den e L
n.
O artigo 8 do Decreto-Lei n 9/2007 de 17 de janeiro sujeita, as zonas sensveis ou mistas com ocupao expostas a rudo ambiente exterior su-perior aos valores limite, a planos municipais de reduo de rudo, sendo estes da responsabilida-
de das entidades concessionrias das Grandes In-fraestruturas de Transporte (como as auto-estra-das, estradas nacionais e ferrovias) na sua rea de influncia e da responsabilidade das cmaras mu-nicipais nas restantes reas de conflito. No caso do Concelho de Oeiras a sntese dessa situao apresentada pela figura na pgina ao lado (Mapa de Conflito), onde se assinalam as reas onde os nveis de rudo excedem os limites estabelecidos para as reas classificadas como zonas mistas.
De acordo com a avaliao atrs efetuada, 22,1% da rea do concelho est acima do limite mximo para zonas mistas, para o parmetro L
den
(> 65 dB(A)).O quadro referente percentagem de rea
contaminada com rudo por escales e para o pa-rmetro L
n mostra que 27,3% da rea do concelho
est acima do limite mximo para zonas mistas, para o parmetro L
n (>55 dB(A)).
As fontes de rudo que mais contribuem para a perturbao do ambiente sonoro no concelho so claramente as Grandes Infraestruturas de Trans-porte, nomeadamente:
A5; A9; IC 19; EN249; Linhas de comboio Lisboa Cascais
e Lisboa - Sintra; EN6 (Marginal) e EN 6-3; EN 117.
Por forma a avaliar o impacte efetivo dos n-veis acsticos estimados pelos mapas de rudo sobre a populao, procedeu-se determinao dos valores de rudo ambiental junto s fachadas dos edifcios e quantificao do nmero de ha-bitantes expostos aos diversos nveis de rudo, conforme se apresenta no Quadro 3.
Os resultados mostram que h um total esti-mado de 13.279 habitantes expostos a nveis de rudo excessivos no perodo da noite - L
n, 8% do
total da populao residente - e que se prev que existam 10.101 habitantes expostos a valores de rudo excessivos no perodo do dia L
den, cerca de
6% da populao residente.
% DE REA CONTAMINADA COM RUDO POR ESCALES E PARA O PARMETRO Lden
Gama de valores de rudo em dB(A) At 55 55-60 60-65 65-70 Sup. 70
% de rea do concelho 34,2 26,5 17,1 11,4 10,7
valores acima do limite legal
Fonte: Municpia, E.M, S.A., CMO/GDM, 2013
% DE REA CONTAMINADA COM RUDO POR ESCALES E PARA O PARMETRO Ln
Gama de valores de rudo em dB(A) At 45 45-50 50-55 55-60 Sup. 60
% de rea do concelho 22,0 30,2 20,4 13,8 13,5
valores acima do limite legal
Fonte: Municpia, E.M, S.A., CMO/GDM, 2013
NMERO DE HABITANTES EXPOSTOS AOS DIFERENTES NVEIS DE RUDO AMBIENTAL
Gama de valores de rudo em dB(A) > 35-40 > 40-45 > 45-50 > 50-55 > 55-60 > 60-65 > 65-70 > 70-75 > 75-80 > 80
Ln
22572 40465 26636 12295 10190 3000 89 0 0 0
Lden
0 4701 34719 37279 18022 11137 8114 1983 4 0
valores acima do limite legal
Fonte: Municpia, E.M, S.A., CMO/GDM, 2013
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II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 35
Lden dB(A)
> 70
]65 70]
Sem uso sensvelUso misto
]60 65]]55 60]
15
60
]55 60]
]550 55]
]45 50]
70
]65 70]
Sem uso sensvelUso misto
]60 65]]55 60]
15
60
]55 60]
]550 55]
]45 50]
OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 36
ENERGIAA Unio Europeia (UE) definiu metas bastante
ambiciosas em matria de gesto energtica, fa-zendo aprovar, em dezembro de 2008, o Pacote Clima-Energia (metas 20-20-20):
Reduo das emisses de Gases de Efeito de Estufa (GEE) em, pelo menos, 20% rela-tivamente aos nveis de 1990, at 2020;
Aumento da utilizao das energias re-novveis (elica, solar, biomassa, outras) para 20% da produo energtica total, at 2020;
Reduo do consumo de energia em 20%, mediante um aumento da eficincia ener-gtica, at 2020.
Embora as aces conjuntas da UE sejam mais eficazes a nvel internacional, contribuin-do para a maximizao da eficcia de qualquer medida a adoptar, cada Estado Membro tem a responsabilidade de internamente, criar meca-nismos e orientaes que limitem a emisso de GEE e aumentem a eficincia energtica.
Neste sentido, com o intuito de consubstan-ciar o Pacote Clima-Energia, a Comisso Euro-peia (CE) lanou, em 2009, o Pacto dos Autarcas,
uma iniciativa que pretende envolver as auto-ridades regionais e locais no combate s altera-es climticas, ajudando-as na implementao de polticas de sustentabilidade energtica.
Esta iniciativa baseada num compromisso voluntrio, no mbito do qual os signatrios vo ao encontro e tentam exceder as metas 20-20-20 preconizadas pela UE, transpondo-as para o seu territrio de jurisdio.
O PLANO DE ACO ENERGIA SUSTENTVEL PARA OEIRAS (PAESO)O Municpio de Oeiras, ciente da importncia
das questes energticas em contexto local e do papel crucial que as autarquias podem desempe-nhar enquanto atores decisivos no combate s al-teraes climticas, aderiu ao Pacto de Autarcas, submetendo CE, em janeiro de 2010, o Plano de Aco Energia Sustentvel para Oeiras (PAESO).
A elaborao deste plano de aco partiu de uma forte reflexo sobre Oeiras, os seus secto-res de actividade consumidores de energia, bem como as tendncias dos padres energticos do concelho nos ltimos anos. Foi, tambm, realiza-
do um levantamento de boas prticas energti-cas junto de algumas das principais empresas de Oeiras, bem como dos prprios servios da Autarquia, para avaliao das aces que pudes-sem contribuir para as metas 20-20-20.
Assim sendo, o PAESO representa a estratgia local em termos de sustentabilidade energtica e combate s alteraes climticas, integrando 78 medidas, com um horizonte de implementao at 2020, distribudas por 8 sectores principais, designadamente:
1. Edifcios, equipamentos/instalaes e indstrias
2. Transportes3. Produo local de electricidade4. Produo local de calor/frio5. Planeamento e ordenamento do territrio6. Compras pblicas de bens e servios7. Trabalho com os cidados e actores locais8. Outros sectoresSalienta-se que o cumprimento das metas
do PAESO est muito dependente de decises e condies exteriores ao Municpio, particu-larmente:
2011
CONSUMO TOTAL DE ENERGIAFINAL PER CAPITA (TEP/HAB) Fonte: www.dgeg.pt
2006 2007 2008 2009 2010
NacionalOeiras
0,00
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
2,00
1,80
1,60
1,29
1,85
1,32
1,80
1,32
1,77
1,32
1,70
1,26
1,68
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA FINAL POR TIPO DE ENERGIA (TEP) Fonte: www.dgeg.pt
o 250.00050.000 100.000 150.000 200.000
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Gs NaturalElectricidade GasleoPropano e Butano Outros CombustveisGasolina
1,10
1,64
018-037-capIII_F.indd 36 01/09/13 11:14
II. CARACTERIZAO BIOFSICA E AMBIENTE 37
Potencial Solar (kWh/m2)>= 2,250
[2,000 2,250[
[1,750 2,000[
[1,500 1,750[
[1,250 1,500[
< 1,250
0 1 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
Oeiras e So Julio da Barra
Pao de Arcos
Porto Salvo
CaxiasCruz Quebrada/Dafundo
Queijas
Carnaxide
Barcarena
Linda-a-Velha
Algs
CARTA DE POTENCIAL SOLAR ANUAL Fonte: Municpia, E.M.,S.A., 2012
1. As polticas nacionais de energia e a evo-luo do mix energtico nacional;
2. A promoo de legislao, polticas e siste-mas de incentivo e apoio aos atores locais;
3. A adeso dos agentes econmicos e dos muncipes aos investimentos em ener-gias renovveis, novos equipamentos e viaturas com menores emisses de CO2
e alterao de comportamentos que con-duzam a maior eficincia energtica.
Como pode verificar-se no quadro 1, relativo capitao do consumo total de energia final (integra electricidade, gs natural e combust-veis), esta tem vindo a diminuir a partir de 2009, acompanhando a tendncia nacional, muito mo-tivada pela conjuntura econmica e pela retrac-o do consumo energtico.
O consumo total de energia final reduziu-se em cerca de 10% nos ltimos 6 anos, de 208.467 ktep em 2006 para 189.130 ktep em 2011 (dados publi-cados pela Direco-Geral de Energia e Geologia).
A frao do consumo de energia final representada pelos combustveis rodovirios gasleo e gasolina corresponde a cerca de
51% do consumo total, sendo a electricidade a segunda componente de maior expresso, com 33% do total; o gs natural representa 13% e o butano, propano e outros combustveis so uma frao residual, de 3% do total.
Esta distribuio permite claramente identi-ficar o sector dos transportes como aquele em que as polticas de eficincia energtica pode-ro ter maior impacte, seguido do sector dos edifcios, no que diz respeito melhoria da efici-ncia da utilizao da electricidade e, eventual-mente, tambm produo descentralizada de energia elctrica a partir de fontes renovveis, o que confirmado pela figura seguinte, onde se observa a responsabilidade de cada sector de actividade no consumo de energia final.
A Carta de Potencial Solar de Oeiras, repre-senta a simulao da radiao incidente ao longo de um ano, considerando tambm a en-volvente dos edifcios na identificao de som-breamentos que reduzam a disponibilidade solar. A Carta de Potencial Solar de Oeiras, sin-tetiza o enorme potencial do municpio, verifi-cando-se que:
13% dos edifcios de Oeiras esto optima-mente orientados para o aproveitamento da energia solar, recebendo em mdia mais de 1600kWh/m2 por ano de radiao solar, livres de obstculos e sombreamentos;
Cerca de 2.700 edifcios tm disponveis mais de 100m2 de coberturas com radia-o na classe dos 1600kWh/m2 por ano;
52% dos edifcios de Oeiras recebem em mdia entre 1400 e 1600 kWh/m2 por ano de radiao solar, livres de obstculos e sombreamentos;
Cerca de 3.500 edifcios tm disponveis mais de 100m2 de coberturas com radia-o na classe dos 1400kWh/m2 por ano.
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA FINAL EM 2011 POR SECTOR (%) Fonte: www.dgeg.pt
49%
28%
16%
6%
ServiosTransportes IndstriaResidencial AgriculturaOutros
1%
Potencial Solar (kWh/m2)>= 2,250
[2,000 2,250[
[1,750 2,000[
[1,500 1,750[
[1,250 1,500[
< 1,250
0 1 Km
Sistema de Referncia: ETRS89/PT-TM06Projeo: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
Oeiras e So Julio da Barra
Pao de Arcos
Porto Salvo
CaxiasCruz Quebrada/Dafundo
Queijas
Carnaxide
Barcarena
Linda-a-Velha
Algs
018-037-capIII_F.indd 37 01/09/13 11:14
III.
16%Entre 2001 e 2011 o nmero de famlias clssicas em Oeiras aumentou, atingindo, no seu conjunto o valor de 71.584
ALGS , DESDE 1993, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME
LUGAR SITUADO NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE ALGS
MIRAFLORESVALEJAS UM LUGAR QUE APRESENTA UMA CONFIGURAO LINEAR, OCUPANDO HOJE UM TERRITRIO QUE ESTENDE POR DUAS FREGUESIAS: BARCARENA E CARNAXIDE
LOCALIZA-SE A NOROESTE DE LINDA-A-PASTORA
QUEIJAS
UM LUGAR SITUADO NA FREGUESIA DE BARCARENA
QUELUZ DE BAIXO MURGANHALLUGAR SITUADO NO
EXTREMO NORDESTE DA FREGUESIA DE CAXIAS CARNAXIDE
PERTENCEU AO REGUENGO DE ALGS, DOMNIO QUE SE ESTENDIA ENTRE A RIBEIRA DE ALCNTARA E O REGUENGO DE OEIRAS
BARCARENA BERQUARENA BARQUERENA BRACARENA
TERCENA UM DOS LUGARES QUE COMPEM A FREGUESIA DE BARCARENA
OEIRAS E SANTO AMAROLUGAR SEDE DE FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO NUM TERRITRIO DE DECLIVE SUAVE, NA MARGEM DIREITA DO RIO TEJO, EM FRENTE DA TORRE DE S. LOURENO OU FAROL DO BUGIO.
PORTO SALVO LOCALIZA-SE PRATICAMENTE NO CENTRO DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LEIO DEVE A SUA ORIGEM (SCULO XVI), A UM CONJUNTO DE CONSTRUES QUE SE FORAM ERGUENDO AO LONGO DAS PRINCIPAIS VIAS DE COMUNICAO DA REA
URBANIZAO CABANAS GOLF PERTENCE FREGUESIA DE BARCARENA
PAO DE ARCOS UM LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS, SEDE DA FREGUESIA COM O MESMO NOME, QUE SE ENCONTRA LIMITADA A SUL PELO RIO TEJO
NOVA OEIRASLUGAR SITUADO NO EXTREMO OESTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
TALADELUGAR PERTENCENTE FREGUESIA DE PORTO SALVO
QUINTA DA MOURATRATA-SE DE UM DOS MAIS RECENTE LUGAR DO CONCELHO DE OEIRAS
CASAL DA CHOCA ERA INICIALMENTE UM PEQUENO BAIRRO SITUADO A NOROESTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
FIGUEIRINHALUGAR DA FREGUESIA DE OEIRAS
CRUZ QUEBRADA LOCALIZA-SE JUNTO AO VALE DO RIO JAMOR
TERRUGEMPEQUENO AGLOMERADO, QUE ETIMOLOGICAMENTE SIGNIFICA FILHA DA TERRA
LUGAR SITUADO NO EXTREMO SUL DA FREGUESIA E DO CONCELHO DE OEIRAS
MEDROSALINDA-A-PASTORAA ORIGEM DO TOPNIMO PRENDE-SE PROVAVELMENTE COM O FACTO DE ESTE LUGAR SE ENCONTRAR LOCALIZADO SOBRE UMA ENCOSTA EM ANFITEATRO DE UM MONTE ELEVADO E PEDREGOSO CAXIAS
PROVAVELMENTE DO LATIM QUASSINA
LAVEIRAS ENCONTRA-SE LOCALIZADO JUNTO A CAXIAS
OUTURELA-PORTELA LOCALIZA-SE NA PARTE ORIENTAL DA FREGUESIA DE CARNAXIDEGANDARELA
LOCALIZA-SE NA FREGUESIA DE CARNAXIDE
VILA FRIAA PRIMEIRA REFERNCIA A ESTE LUGAR DATA DE 1754
CACILHAS ERA UM PEQUENO LUGAR QUE SE LOCALIZA NO EXTREMO NORTE DA FREGUESIA DE OEIRAS
LAGE FAZ PARTE DA FREGUESIA DE PORTO SALVO
LINDA-A-VELHA , DESDE 1993, SEDE DE UMA FREGUESIA COM O MESMO NOMELECEIA
PERTENCE FREGUESIA
DE BARCARENA
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39
HISTRIA E GEOGRAFIA POLTICA
3.500 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM RADIAO NA CLASSE DOS 1400KWH/M2 POR ANO.
(PAESO) = PLANO DE ACO ENERGIA SUSTENTVEL PARA OEIRAS
OEIRAS = 46 Km2ALGS, BARCARENA, CARNAXIDE, CAXIAS, CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO, LINDA-A-VELHA, OEIRAS E S. JULIO DA BARRA, PAO DE ARCOS, PORTO SALVO E QUEIJAS
2011 = 172120 HABITANTES
SERRA DE CARNAXIDE ALTO DA MAMA SUL ALTO DOS BARRONHOS ALTO DO MONTIJO ALTO DAS CONFEITEIRAS ALTO DE ALFRAGIDE OU LECEIA
CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA INSTITUTO DE SOLDADURA E QUALIDADE;CENTRO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA DE UNIVERSIDADES UMIC AGNCIA PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO I.P.;INSTITUIES DE INVESTIGAO INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA E INSTITUTO GULBENKIAN DE CINCIA;INSTITUTO DE NOVAS TECNOLOGIAS INSTITUTO DE BIOLOGIA EXPERIMENTAL E TECNOLOGIA;LABORATRIO ASSOCIADO INSTITUTO DE TECNOLOGIA QUMICA E BIOLGICA;LABORATRIO DO ESTADO DIREO GERAL DE PROTEO DAS CULTURAS;UNIDADES DE INVESTIGAO CENTRO DE BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, GENTICA E DESENVOLVIMENTO DA TOLERNCIA NATURAL, INSTITUTO DE TECNOLOGIA BIOMDICA E UNIDADE DE I&D EM ANLISE DE CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E COMPONENTES INDUSTRIAIS SOLDADOS.
OS DECLIVES MDIOS DO CONCELHO SITUAM-SE ENTRE OS 6% E 12%
CLIMA TEMPERADO COM VERO SECO E TEMPERADO
SUPERDISTRITO OLISSIPONENSE
Em janeiro de 1977 TOMAVAM POSSE OS PRIMEIROS EXECUTIVOS CAMARRIOS ELEITOS DEMOCRATICAMENTE, BEM COMO AS RESPETIVAS ASSEMBLEIAS MUNICIPAIS E JUNTAS DE FREGUESIA
OEIRAS COMO TERRITRIO DE OPORTUNIDADES
459
13% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS ESTO OPTIMAMENTE ORIENTADAS
PARA O APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR, RECEBENDO EM
MDIA MAIS DE 1600KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR,
LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
2.700 EDIFCIOS TM DISPONVEIS MAIS DE 100M2 DE COBERTURAS COM
RADIAO NA CLASSE DOS 1600KWH/M2 POR ANO
52% DOS EDIFCIOS DE OEIRAS RECEBEM EM MDIA ENTRE 1400 E 1600 KWH/M2 POR ANO DE RADIAO SOLAR, LIVRES DE OBSTCULOS E SOMBREAMENTOS
APENAS AS RIBEIRAS DE PORTO SALVO, DE ALGS E DA JUNA NASCEM NO INTERIOR DO CONCELHO. O RIO JAMOR E A RIBEIRA DE BARCARENA TM A SUA ORIGEM NO CONCELHO DE SINTRA E A RIBEIRA DA LAGE NO CONCELHO DE CASCAIS.
Em dezembro de 1976 REALIZOU-SE O PRIMEIRO ATO ELEITORAL PARA AS AUTARQUIAS LOCAIS DE TODO O PAS
OEIRASUM DOS MELHORES
CONCELHOS DO PAS PARA MORAR,
TRABALHAR E ESTUDAR
EMPRESAS
SOLOS CALCRIOS PARDOS
SOLOS CALCRIOS VERMELHOS
SOLOS LITLICOS NO HMICOS
SOLOS MLICOS
VEGETAO CLIMCICA TERMO-MEDITERRNICA
5 FREGUESIAS
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SINTRA
AMADORA
CASCAIS
LISBOA
ALMADA
BARCARE NA
CARNAXIDEPORTO SALVOLVOLV
CAXI ASALGALGAL S
QUEIJASJASJA
OEIRAS E SO JULIO DA BARRA
PAPAPAPAPAPA OO D DE E AARCORCO SS
LINDA-ANDA-ANDA -VELHA
CRUZ QUEBRADA- ADA- AD DAA- DAA- FUNDO
9913'0"W13'0"W13'0"W13'0"W13'0"W99 14'0"14'0"14'0"14'0"14'0"WW99 15'0"15'0"15'0"15'0"15'0" WW99 16'0"16'0"16'0"16'0"16'0" WW9917'0"17'0"17'0"17'0"17'0"WW9918'0"18'0"18'0"18'0"18'0" WW9919'0"19'0"19'0"19'0"19'0"919'0"9919'0"9 WW9920'0"20'0"20'0"20'0"20'0"920'0"9920'0"9 WW
333888383383383 45'0"45'0"45'0"45'0"45'0" NNN
3388383383 45'0"45'0"NN
3388383383 44'0"44'0"NN
3388383383 44'0"44'0"NN
338843'043'0"N"N43'0"N43'043'0"N43'0
3388383383 43'043'0"N"N
3388383383 42'0"42'0"NN
333888383383383 42'0"42'0"42'0"NNN
3388383383 41'0"41'0"NN41'0"N41'0"41'0"N41'0"
338841'0"41'0"841'0"8841'0"8 NN
III. HISTRIA DE OEIRAS EVOLUO ADMINISTRATIVA HISTRIA E GEOGRAFIA POLTICA PS 1974ELEIES 1976ELEIES 1979ELEIES 1982ELEIES 1985
ELEIES 1989ELEIES 1993ELEIES 1997
ELEIES 2001ELEIES 2005ELEIES 2009
038-75-capIV_F.indd 40 01/09/13 11:15
41
8845'0"45'0"NN
8844'0"44'0"NN
8843'043'0"N"N
88842'0"42'0"42'0"NNN
8841'0"41'0"841'0"8841'0"8 NN
At formao do Concelho e atribuio do Foral, Oeiras passou a ser um Reguengo in-tegrado no termo de Lisboa cuja riqueza assen-tava nas exploraes agrcolas. Outro aspeto importante a destacar nos sculos que precede-ram a formao do concelho refere-se fixao de ordens religiosas que deixaram importantes heranas patrimoniais, como a Igreja de Santa Catarina de Ribamar na Cruz Quebrada (sc. xii), o Mosteiro de Frades Arrbidos (sc. xvi) junto Ermida de Santa Catarina ou o Convento de S. Jos de Ribamar (sc. xvi), e as fortificaes ao longo da orla martima de Oeiras que tinham por objetivo a defesa e o controlo dos navios na entrada da Barra do Tejo. Estas fortificaes fo-ram sendo construdas no decurso dos sculos xvi, xvii e xviii designadamente, o Forte de S. Julio da Barra, Forte das Maias, Forte de Catalazete, Forte da Giribita, Forte de S. Bruno, Forte da Con-ceio de Algs, Forte de S. Jos de Ribamar, Forte de S. Pedro.
No sculo xvi, durante o reinado do Rei D. Manuel, deu-se incio ao desenvolvimento de uma certa
HISTRIA DE OEIRAS
Foral de Oeiras
Pgina anteriorCarta Militar do Instituto Geogrfico do ExrcitoFonte: Carta dos Arredores de Lisboa 1:20 000-Folhas 3, 7 e 8 (1914) e Carta Topogrfica de Portugal 1:20 000-Folha 2 (1926) Servios Cartogrficos do Exrcito
atividade industrial e comercial, nomeada-mente com a instalao das primeiras ofici-nas para a manipulao de plvora e fabri-co de armas em Barcarena, a explorao de pedreiras e a construo de fornos de cal em Pao de Arcos. Durante os sculos xvii e xviii , comeam a ser construdos palcios e gran-des quintas destinadas ao recreio e explo-rao agrcola. Estas quintas vo localizar-se junto s ribeiras, que constituem locais privi-legiados para o desenvolvimento da agricul-tura. A produo agrcola destas quintas cen-trava-se nas culturas cerealferas e no vinho, constituindo estas reas, importantes fontes abastecedoras da cidade de Lisboa.
A partir do sculo xviii, com a atribuio do foral e a criao do Concelho de Oeiras, iniciou--se um perodo de profundas transformaes econmicas e sociais. A partir deste momento, a histria do Concelho de Oeiras fica ligada a uma grande e mtica figura da histria de Portugal o Marqus de Pombal e 1. Conde de Oeiras. Um dos principais legados desta poca a Quinta do
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OEIRAS FACTOS E NMEROS EDIO ESPECIAL 42
Marqus de Pombal, situando-se nesta proprie-dade os jardins, o imponente palcio (classifica-do como monumento nacional), a adega\celeiro e parte da explorao agrcola.