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moda
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Oficina de prottipos de moda e artesanato: aporte terico e resultados prticos.
Ana Mery Sehbe De Carli
Doutora em Comunicao e Semitica
Universidade de Caxias do Sul
Resumo
O projeto Oficina de prottipos de moda e artesanato ProModa visa implantar oficinas para realizao de prottipos de moda-vesturio e moda-casa, que utilizem o design e o artesanato em produtos inovadores, passveis de produo industrial, e voltados para as necessidades e desejos do mercado. Experimenta o modelo de gesto de projetos sustentveis na rea social, envolvendo a universidade; o Estado; a comunidade de artesos e as empresas privadas. Aps a realizao de cinco oficinas envolvendo aproximadamente sessenta artesos, o projeto pretende apoiar o grupo na formao de associao que promova e profissionalize o artesanato.
Palavras chave: Moda; Artesanato; economia solidria.
Abstract:
The project Oficina de prottipos de moda e artesanato ProModa aims to establish workshops for prototyping apparel fashion and house fashion, using handicraft and design innovative products capable of serial production, and focused on the needs and desires of market. The project experiences management model of sustainable projects in the social area, involving the university, the state, the community of artisans and private companies. After conducting five workshops involving approximately sixty artisans, the project aims to support the group in the organization of an association that promotes and profissionalize handicrafts.
Keywords: Fashion, Crafts, solidarity economy
1 Introduo
Com base na constatao de parcerias bem-sucedidas, entre designers, artesos e indstria, e sabendo que a regio da Serra Gacha tem um artesanato muito rico, graas sua colonizao, na maior parte italiana, iniciou-se, em 2010, um projeto de pesquisa na Universidade de Caxias do Sul, que visa aproximao entre as vertentes criativas do artesanato e da moda. O projeto justifica-se ao menos por quatro motivos: 1) exemplos conhecidos de parceria entre design e artesanato como Coopa-Roca, Talentos do Brasil, Projeto Piracema, Consrcio Natural Fashion e outros (DE CARLI et al, 2011), que esto atuando em projetos sustentveis de economia solidria; 2) a fase da Moda da tica anunciada (DE CARLI, 2010) que considera mudanas sociais que afetam o modus operanti da cultura liberal, e so sinalizadas pela revitalizao de valores de base moral, preocupao com o meio ambiente e com o desenvolvimento humano no meio empresarial pblico e privado; 3) a preocupao mundial com a gerao de emprego e renda visto a economia tradicional com base no Estado e no mercado no conseguir mais resolver as questes relativas a empregabilidade 4) a ateno a novos movimentos organizacionais, novas economias, novos atores para
experimentar formas de empreendedorismo social, que fogem a relao tradicional de trabalho/emprego.
Nesse contexto, os conceitos e princpios da economia solidria tm potencializado aes para a gerao de emprego e renda na rea da moda. O projeto Oficina de prottipos de moda e artesanato, por sua vez, tem considerado a realidade local oportunizando a aproximao entre artesos e designers em processos criativos possveis de serem produzidos em srie. As cinco oficinas realizadas de maio de 2010 at a presente data reuniram aproximadamente sessenta artesos, que desenvolveram prottipos de moda casa e moda vesturio articulados com tendncias da moda, sob orientao de designers.
O prximo passo do projeto ser orientar um grupo de artesos que demonstrou o interesse de fundar uma associao para trabalhar com colees prprias e tambm com as indstrias de moda. Por esse motivo passamos a reunir conceitos, diretrizes e consideraes sobre Economia Solidria para fundamentar e orientar as prximas etapas da pesquisa.
2 Economia Solidria
termo constante nos novos empreendimentos da sociedade contempornea. A conceituao do termo est em construo. Intelectuais tem se dedicado ao tema e, na academia, tem surgido dissertaes de mestrado e teses de doutorado que esto acompanhando as mudanas que vem ocorrendo, na teoria e na prtica, no campo da economia solidria, nos ltimos 40 anos. No momento, faremos uma sntese histrica da economia solidria no Brasil chegando as suas relaes com o projeto de pesquisa Oficina de prottipos de moda e artesanato, em desenvolvimento na UCS.
Para Goerck (2009, p. 176) movimentos de econmica solidria comeam aparecer no Brasil com a crise econmica de 1929 que agravada pela Revoluo de 1930, quando o desemprego assume cifras importantes. Vrias iniciativas governamentais so implantadas no pas a partir daquela data com o objetivo de gerao de emprego e renda. No incio, de carter mais paternalista e filantrpico, a meta das iniciativas solidrias era a ordem e a justia social.
Continuando com os dados histricos, na dcada de 1940 foram criadas as instituies do Sistema S (Sebrae, Senai, Senac, Sesi, Sesc, etc.) voltados para atendimento aos trabalhadores da indstria e do comrcio, bem como pequenos empresrios. Em 1960 e 1970 criado o FGTS Fundo de Garantia de Tempo de Servio e o SINE- Sistema Nacional de Empregos. Na dcada de 80 o governo cria o Seguro Desemprego e regula a jornada semanal de trabalho em 44 horas, contra as 48 horas anteriores. Na dcada de 1990 essa tarefa de gerao de emprego e renda continua insistente na pauta governamental e adentra mais fortemente economia de mercado. Programas focados na qualificao profissional ativam os ambientes do Planfor, Proger, Proemprego e BNDES, essas polticas ativas mesclam-se com as passivas como seguro-desemprego e distribuio de alimentos.
A partir de 1993, a Constituio cria o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) que, alm de estimular atitudes propositivas quanto gerao de emprego, busca a integrao e a participao da sociedade civil, que passa a propor e controlar polticas e programas sociais nos Fruns Sociais. (GOERCK, 2009, p.177). O Estado, nas instncias federal, estadual e municipal, e a sociedade civil, empenham-se na gerao de emprego, na qualificao, profissionalizao, na incluso de cidados, enfim na emancipao dos brasileiros. Raichelis (apud Goerck, 2009, p. 177) diz que medidas foram tomadas para atingir os fins citados, porm ainda no esto esclarecidos os limites de atuao e das relaes entre Estado e sociedade civil na constituio de uma esfera pblica. O Estado compartilhando e/ou transferindo essas responsabilidades para as instituies da sociedade civil concretiza as ideias do referencial terico neoliberal, mudando a orientao tradicional dos movimentos de solidariedade.
Na contemporaneidade uma questo da esfera pblica (Estado+Sociedade Civil), pensar e gerar alternativas envolvendo pessoas que esto margem do mercado formal de trabalho ou so excludos do sistema. Cabe esclarecer que muitas vezes o trabalhador sobrante, desclassificado, desnecessrio aquele que fica fora do sistema devido ao avano da automao, da a importncia potencializar a fora de trabalho para outro foco de produo ou servio, ou ainda, tratar de classific-la.
Frana Filho (2001, p.3) afirma que a emergncia da economia solidria est ligada problemtica da crescente excluso social advinda da crise do trabalho assalariado e da crise do Estado-providncia. O Estado e o mercado no conseguindo mais absorver o contingente de trabalhadores, por motivos como: a automao, a alterao do perfil do trabalhador desejado, e at pelo fenmeno da urbanizao que trouxe pessoas desclassificadas para as funes da cidade, buscam nas instituies da sociedade civil novas formas de trabalho e novos atores. Iniciativas nacionais relativamente novas renem usurios, profissionais e voluntrios preocupados em articular criao de emprego e reforo da coeso social, ou gerao de atividades econmicas com finalidades sociais. Frana Filho (2001, p.3)v a economia solidria como abusca de novas formas de regulao da sociedade.
Programas de Economia Solidria em Desenvolvimento no Brasil, ligados Secretaria de Economia Solidria (Senaes), esto aproximando setores governamentais, instituies da sociedade civil e incubadoras universitrias em projetos e experincias coletivas direcionadas gerao de renda.
2.1 Economia Solidria - conceitos
Desmembrando o termo para facilitar o entendimento, Mance (apud Corra), define economia como cincia que trata dos fenmenos relativos produo, distribuio, acumulao e consumo de bens materiais ou no sentido mais genrico da arte de bem
administrar um estabelecimento qualquer. Para dar a economia qualidade de solidria deve-se completar com a ideia de colaborao solidria que envolve estes procedimentos acima citados, mas que vai alm:
ao considerarmos a colaborao solidria como um trabalho e consumo compartilhados cujo vnculo recproco entre as pessoas advm, primeiramente, de um sentido moral de corresponsabilidade pelo bem-viver de todos e de cada um em particular, buscando ampliar-se o mximo possvel o exerccio concreto da liberdade pessoal e pblica, introduzimos no cerne desta definio o exerccio humano da liberdade (MANCE, apud Corra).
Enquanto a economia pensa na arte de bem administrar um estabelecimento, a economia solidria conjuga verbos como compartilhar, trocar conhecimentos, tecnologias e experincias, cooresponsabilizar trabalho e consumo visando o bem viver de todos. Assim o sentido de solidariedade, como vnculo do indivduo com interesses e responsabilidades de um grupo social, atravessa a atividade econmica constituindo-se em atividade econmica solidria.
Para Coerck (2009, p. 87) o conceito de Economia Solidria abrange uma realidade muito diversificada formada por associaes, cooperativas, e tambm grupos informais, porm originada por motivaes e iniciativas distintas, peculiares a cada regio e circunstncia. A economia solidria constituda por empreendimentos em que a solidariedade, a cooperao, a partilha dos rendimentos, de conhecimento e de informaes entre os seus integrantes e a autoajuda constituem-se em elementos norteadores dessas experincias confirma Razeto (apud Coerck, 2009, p. 87).
importante, segundo Frana Filho (2001, p. 4), estar alerta a duas formas viciadas e tradicionais de prtica solidria: a primeira que pretende reativar formas de sociedade comunitarista que enxergam a solidariedade como uma espcie de neodomesticidade, caracterizando a relao paternalista que refora a dependncia do cidado; caminho contrrio das aes contemporneas que visam a emancipao, o autogerenciamento. A segunda forma a evitar aquela que entende a economia solidria como um setor parte (terceiro) vindo se justapor a economia de Estado e de mercado, buscando corrigir as lacunas deixadas por eles e, ainda, constituindo uma economia por eles subsidiada.
Para Frana Filho (2001, p.4) a economia solidria no deve se constituir como um setor parte (terceiro) e sim buscar incorporao, interao com as formas econmicas dominantes Estado e mercado, numa perspectiva de elaborao de arranjos particulares de princpios econmicos diversos, a fim de subordinar a lgica mercantil a outros imperativos da ao coletiva. Desta forma, Frana Filho (2001, p.5) mostra a tenso que se estabelece na economia solidria entre as trs economias de base: a mercantil (fundada no principio do mercado auto-regulado, onde a troca impessoal se estabelece pelo valor do bem ou servio estipulados pelo preo); a no mercantil (fundada na redistribuio, ou seja, na troca; obrigatoriamente feita por uma instncia superior que se apropria dos recursos para distribu-los, a relao vertical e pressupe hierarquia); a no monetria (fundada na reciprocidade, que um tipo de sistema em que a troca orientada pela lgica da ddiva, que compreende trs momentos: o de doar, o de receber e o de devolver. Os bens circulam de forma horizontal e a funo fortificar laos sociais). A perspectiva da economia solidria, portanto de uma economia plural, pois admite e transita na diversidade de princpios do comportamento econmico, acima identificados.
Para ampliar os conceitos que dizem respeito a este trabalho, reproduzimos algumas caractersticas dos empreendimentos solidrios segundo o Ministrio do Trabalho. Essas caractersticas reforam a idia de economia solidria como arranjos particulares de princpios econmicos diversos ou economia plural:
Cooperao existncia de interesses e objetivos comuns, a unio dos esforos e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e responsabilidade solidria. Envolve diversos tipos de organizao coletiva: empresas autogestionrias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associaes comunitrias de produo; redes de produo, comercializao e consumo; grupos informais produtivos de segmentos especficos (mulheres, jovens, etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizaes coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.
Autogesto os/as participantes das organizaes exercitam as prticas participativas de autogesto dos processos de trabalho, das definies estratgicas e cotidianas dos empreendimentos, da direo e coordenao das aes nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos de assistncia tcnica e gerencial, de capacitao e assessoria no devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ao.
Dimenso econmica uma das bases de motivao da agregao de esforos e recursos pessoais e de outras organizaes para a produo, beneficiamento, crdito, comercializao e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econmica, permeados por critrios de eficcia e efetividade, ao lado de aspectos culturais, ambientais e sociais.
Solidariedade expressa em diferentes dimenses: na justa distribuio dos resultados alcanados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e melhoria das condies de vida dos participantes; no compromisso com o meio ambiente saudvel; nas relaes que se estabelecem com a comunidade local; na participao ativa nos processos de desenvolvimento sustentvel de base territorial, regional e nacional; nas relaes com os outros movimentos sociais e populares de carter emancipatrio; na preocupao do bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Aps revisadas idias, consideraes, e alertas chegamos a definio dada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego economia solidria, que o conjunto de atividades econmicas de produo, distribuio, consumo, poupana e crdito organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma coletiva e autogestionria.
Completa-se com a definio dada por Frana Filho (2001, p. 6) para Economia Solidria um conjunto de atividades que contribui para a democratizao da economia a partir de engajamentos de cidadania. O desafio da Economia Solidria, segundo Frana Filho, no se deixar enquadrar como substituta da ao do Estado filantrpico ou paternalista, ou como substituta da ao do mercado de trabalho urbano e tecnolgico excludente, e menos ainda se deixar tomar como um setor parte, o terceiro setor. O objetivo articula-se junto esfera pblica e o mercado, a fim de produzir uma incorporao, instaurando novas relaes, formas econmicas e comerciais para configurao de um projeto de integrao social e cultural.
A seguir apresenta-se a Oficina de prottipos de moda e artesanato ProModa, identificando suas relaes com a Economia Solidria, para orientar a formao da associao to desejada pelos artesos.
3 ProModa
O setor txtil de moda de Caxias do Sul uniu-se na formao do Polo de Moda da Serra
Gacha, que desde 2007 tem orquestrado projetos e metas coletivas de
desenvolvimento de curto, mdio e longo prazo para o setor. As articulaes do grupo
resultaram no reconhecimento de Arranjo Produtivo Local APL, com foco na indstria
txtil (confeco, malharia e tecelagem); facilitando constituio de parcerias
produtivas e eficazes apoiadas no tringulo da iniciativa privada, universidade e poder
pblico. Vrias prticas como Banco de Vesturio1, o projeto de pesquisa A Identidade
regional e a responsabilidade social como ferramentas para agregar valor na Moda da
Serra Gacha2 e ainda a pesquisa extensionista Oficina de prottipos de moda e
artesanato ProModa esto surgindo e oportunizando considerveis melhoras ao
setor. Na sequncia, sero apresentadas experincias que esto sendo praticadas pela
pesquisa ProModa, vivenciando conceitos, princpios e objetivos da sustentabilidade e
da economia solidria.
As carncias importantes do artesanato da regio so: atualizao, ateno s
tendncias da moda, parcerias com a indstria e informaes que atendam s
necessidades do mercado (DE CARLI, et al 2010a). Essa carncia, que no s privilgio
deste lugar, pode ser suprida com projetos que envolvam cursos universitrios de
Design de Moda. Desta forma, a universidade pode e deve ser a mediadora de
encontros entre o fazer artesanal, com seus valores afetivos e emocionais to
desejados pelo consumidor atual, e, a moda pelas novidades e primor esttico. Os
empresrios tambm precisam ser sensibilizados pela potencialidade do encontro
moda/artesanato, quando conceitos como sustentabilidade ambiental, social e
Economia Solidria passam a fazer parte do glossrio da moda, do mercado e do
consumidor. Cabe esclarecer que o artesanato tem o poder de acrescentar valor
1O Banco de Vesturio foi criado em outubro de 2009, em Caxias do Sul, inspirado nos Bancos Sociais
em funcionamento na FIERGS Federao das Indstrias do Estado do Rio Grande do Sul,Gesto do banco feita pelo poder pblico, iniciativa privada e universidade. A misso do Banco de Vesturio receber, identificar e separar os resduos industriais txteis da regio, e repass-los as associaes comunitrias, que utilizam estes resduos como matria-prima para o desenvolvimento de novos produtos. Tem por objetivo a gerao de trabalho e renda, bem como qualificao profissional de trabalhadores da rea de confeco e tecelegem.
2A pesquisa A Identidade regional e a responsabilidade social como ferramentas para agregar valor na
Moda da Serra Gacha, coordenada pela professora Mercedes Lusa Manfredini, realizada pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com o Plo de Moda Serra Gacha, com apoio financeiro do CNPQ, tem como objetivo pesquisar e analisar o patrimnio cultural da regio da serra gacha formado pelas prticas do cotidiano, pelas tcnicas e tradies, pelos seus traos culturais distintos. Esse estudo constitui a base para o setor txtil buscar traos de identidade que possam diferenciar seus produtos.
afetivo ao produto prolongando seu ciclo de vida, ao mesmo tempo em que promove a
incluso e gerao de emprego e renda s mulheres, principalmente.
Em Caxias do Sul, segundo dados da Prefeitura Municipal, existem dois mil artesos, aproximadamente quinze associaes que promovem o artesanato e oitenta e cinco clubes de mes cadastrados na Associao de Clubes de Mes de Caxias do Sul (ACMCS, 2011). Os nmeros referentes ao artesanato reforam os dados relativos s indstrias do setor txtil e do vesturio, ambos so significativos. Nos plos produtivos do COREDE da Serra, existem 1913 empresas que geram 11570 empregos, o plo que ocupa o primeiro lugar o Municpio de Caxias do Sul. (RAIS 2010).
sinergia do encontro entre o Plo de Moda, empresas privadas, poder pblico e
universidade a responsvel pelos resultados positivos do projeto. O primeiro
apoiador foi a Secretaria da Cincia, Inovao e Desenvolvimento Tecnolgico (SCIT)
RS, que integralizou o apoio financeiro para a compra de maquinas e equipamentos
necessrios confeco dos produtos. Outros apoiadores so: o Polo de Moda da
Serra Gacha, que, alm de facilitar o contato direto com as empresas, permite o
acesso aos resduos txteis do Banco do Vesturio. A Fundao de Assistncia Social
(FAS), Coordenadoria da Mulher e a Secretaria do Desenvolvimento Econmico do
Trabalho e Ao Social colaboram na divulgao do projeto, na seleo dos artesos,
bem como na conduo do primeiro encontro dos artesos para apresentaes e
sensibilizao para o trabalho em equipe. O Servio Brasileiro de Apoio s Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE), por sua vez, disponibiliza um consultor para palestras
sobre o empreendedor individual e sobre a formao de associaes e cooperativas de
interesses coletivos. As empresas privadas fornecem a matria-prima para os
prottipos e ainda participam dos encontros prticos, formado por designers e
artesos.
O objetivo geral da oficina testar novas prticas para a produo de moda, as quais
priorizem a sustentabilidade social e a incluso, com vistas ao desenvolvimento de
metodologias para projetos que fortaleam a economia criativa, solidria e
empreendedorismo social.
Apresenta ainda objetivos especficos que so: a) implantar oficinas experimentais que
agreguem artesanato a produtos industriais de moda; b) reutilizar resduos txteis em
produtos reciclados criativos, integrando artesos e costureiras ao mercado de
trabalho; c) proporcionar aos alunos possibilidades de criao e desenvolvimento de
produtos de moda frente aos novos valores e novas prticas no campo da moda; d)
registrar o desenvolvimento das oficinas, formando bases de dados e informaes
para publicao de artigos sobre economia criativa.
Desde maio de 2010 at a presente data cinco oficinas de moda artesanato foram
desenvolvidas. O esforo da equipe envolvida nos projetos compatvel com o
fundamento do projeto, pois se espera criar um diferencial na moda que seja
reconhecido e desejado pelo mercado, a partir de detalhes esttico-formais oriundos
do artesanato.
3.1 Desenvolvimento das oficinas
A metodologia de desenvolvimento utilizada e testada em quatro oportunidades tem
demonstrado ser compatvel com os objetivos a serem alcanados. implantada em
quatorze encontros, com durao de trs horas, que ocorrem duas vezes por semana.
Os assuntos de carter terico so abordados em cinco encontros, que abordam
seminrios e palestras sobre: a identidade cultural da regio; composio e
aprimoramento esttico; estado da arte do artesanato na moda e vice-versa; visita
para reconhecimento das tcnicas artesanais dos imigrantes (museus e mostras);
empreendedorismo (trabalho em equipe, associativismo e cooperativismo). A
sequncia planejada das aulas tericas busca fornecer informaes e conhecimentos
bsicos para o desenvolvimento de coleo e valorizao das tcnicas artesanais.
Para as atividades prticas so destinados nove encontros, que trabalham a pesquisa
de tendncia; escolha do tema de coleo, assim como materiais e cores a serem
utilizados; estudo das especialidades artesanais dos oficineiros e suas aplicaes nos
produto; quadro de coleo; ficha tcnica de produto; formao de custo e preo de
venda; execuo e apresentao dos resultados em mostra ou desfile. As atividades
prticas de desenvolvimento de prottipos utilizam as referncias do captulo Gesto
do design, de Treptow (2003, p. 91 a 201) e as do captulo Projeto de moda, de Jones
(2005, p.166 a 182).
necessrio ainda lembrar que a relao com o arteso em oficinas e cursos no
comporta imposies; importante incentivar o clima de troca de conhecimentos e
respeito mtuo, reconhecendo os valores particulares no trabalho coletivo. O projeto
deve tambm proporcionar o crescimento profissional dos alunos bolsistas de iniciao
cientfica.
A equipe de trabalho composta por: uma coordenadora, uma designer (que pode
mudar de acordo com a proposta de cada oficina), uma professora de modelagem,
uma tcnica em costura e duas ou trs bolsistas acadmicas do curso de Design de
Moda. Na lista de palestrantes convidados figuram: uma professora de Artes, uma
professora de Histria da Moda, um facilitador do SEBRAE e uma Assistente Social da
FAS.
A seguir, apresenta-se um cronograma das atividades da oficina, e cometa-se sobre a
parte prtica que sofreu algumas variaes interessantes que merecem destaque.
Quadro1 Cronograma das atividades.
Encontro Atividade Ministrantes
1
Apresentao dos professores e dos oficineiros. Dinmica para integrao e motivao da equipe. Histria e novos rumos do artesanato: croch; macram; tric; aplicaes decorativas: laos, flores, bichinhos.
Assistente social da FAS.
Bolsistas
2
Oficina de aprimoramento esttico, conceitos e exerccios: cor, forma, textura, relevo, composio, harmonia, ponto, linha, figura, fundo, formas geomtricas, formas orgnicas , figurativo, abstrato. Visita Documenta com foco nos artesanatos e nos costumes dos imigrantes. Ou visita ao Museu Municipal
Prof. de Artes Visuais.
Monitora do Museu
3
Palestra (SEBRAE) Associativismo, trabalho em equipe. Visita biblioteca do Campus 8, apreciao dos birs de moda.
Facilitador do SEBRAE. Bolsistas
4
Seminrio:cultura e identidade da regio. Passos para desenvolvimento de coleo e tema de coleo
Professora de Histria da Moda e pesquisadora do curso.
5
Apresentao dos trabalhos individuais dos artesos. Definio do tema e trabalho a ser desenvolvido. Estudo das peas que sero produzidas. Escolha de materiais, tipos de artesanatos, prazos, grupos de trabalho, etc.
Designer, bolsistas e coordenadora
6 Definio das peas e testes dos artesanatos Idem
7
Fabricao de prottipos. Moldes, estudos e amostras para desenvolvimento dos prottipos; desenho de croquis.
Idem
8
Fabricao de prottipos. Avaliao dos modelos em desenvolvimento.
Idem
9 Fabricao de prottipos. Avaliao dos modelos em desenvolvimento.
Idem.
10
Fabricao de prottipos. Avaliao dos modelos em desenvolvimento. Elaborao da ficha tcnica.
Idem
11
Fabricao de prottipos. Avaliao dos modelos em desenvolvimento. Elaborao da ficha tcnica e formao de custo e preo de venda.
Idem
12
Encontro para avaliao interna: apresentao da coleo e comentrios.
Toda a equipe
13
Reviso das peas e finalizao. Toda a equipe
14
Reunio para organizao da apresentao em desfile ou mostra das colees: moda casa e moda vesturio e Cerimnia de entrega dos certificados.
Toda a equipe
No mbito dos contedos tericos das oficinas no houve muita variao. Na sequncia das
oficinas foi possvel dimensionar o tempo e os contedos para as aulas tericas. Tambm foi
observado que os artesos tm o perfil voltado para a ao, para a prtica, por isso as aulas
tericas precisam ser bem dimensionadas para que o interesse seja mantido.
A partir do quinto encontro as oficinas realizadas tomaram rumo diverso, seguindo a proposta
dos designers e/ou empresas envolvidas. As experincias sero relatadas a seguir.
Na primeira oficina a equipe para o desenvolvimento dos prottipos constituiu-se de:
designer, modelista, artesos, bolsistas, e coordenao. O tema de coleo privilegiou a
identidade da regio, devido a motivao desencadeada pela palestra ministrada pela
professora de Histria da Moda da UCS, que abordou o assunto Cultura e identidade da
regio. Assim, coube ao grupo de artesos a parte da pesquisa, observao do cotidiano e
catalogao de imagens e representaes da regio. O tema de coleo escolhido foi a pedra
basalto concebida nas suas diversas utilizaes e formas, desde a taipa (muro de pedras)
entremeada de musgo e pequenas flores at o paraleleppedo, em forma de cubo para
calamento de vias urbanas. Para o desenvolvimento da moda vesturio, o grupo escolheu o
colete como a pea a ser produzida. Assim, cada arteso desenhou o seu colete e o artesanato
a ser agregado. A designer que fez parte da equipe orientou-os sobre a melhor forma de
harmonizar a composio dos elementos na pea de vesturio. A modelagem dos coletes foi
feita por uma professora de modelagem da UCS, e a confeco ficou destinada aos artesos.
Os tecidos foram fornecidos pelas empresas locais de forma gratuita ou com descontos
especiais nos preos. E os equipamentos utilizados foram os do laboratrio de costura do
Curso de Moda/UCS, bem como as novas mquinas adquiridas com a verba da Secretaria da
Cincia, Inovao e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul SCIT.
Na segunda oficina, o tema de coleo escolhido foi Flores, e os prottipos foram igualmente
escolhidos pelo grupo. A pea a ser trabalhada na moda vesturio foi a bata. Nessa oficina foi
desenvolvida tambm moda casa, com a produo de jogos americanos, trilhos de mesa,
porta-talheres e porta-controle de TV e vdeo. Assim, cada arteso com orientao da designer
aprimorou sua criao confeccionando uma pea de moda vesturio e uma pea de moda
casa.
A variedade de modelagens e cores refletiu no tempo de produo das duas primeiras oficinas,
tornando as oficinas pouco produtivas e prolongando os encontros previstos no cronograma.
Para maior eficincia do projeto, foi considerado a necessidade de incluir uma pilotista na
equipe e reduzir o nmero de modelagens disponveis, ampliando a variao do artesanato
utilizado.
A terceira oficina buscou trabalhar em parceria com duas empresas, uma do segmento moda
infantil (Dedeka) e outra de moda casa (Sossego). A Dedeka apresentou o tema que estava
sendo desenvolvido para a coleo de Inverno 2012, que era Visita ao museu, dando
destaque ao interesse do pblico infantil feminino e masculino. Entre avies, carros antigos e
dinossauros, os artesos escolheram os dinossauros para trabalhar as peas infantis da linha
masculina. Com a apresentao da inspirao das bailarinas pintadas por Degas, o tema
escolhido para a coleo feminina foi bailarinas. A empresa infantil escolheu os prottipos e
cedeu os moldes para o trabalho, que eram macaces, pijamas e pantufinhas. Por sugesto
dos artesos, foram feitos tambm coletes de croch e tric. A orientao no desenvolvimento
das peas contou com a colaborao de uma designer, uma modelista e a colaborao das
bolsistas.
Para a moda casa foram confeccionados lenis, trocador de fralda, colchinha e bichinho de
pelcia. A cada arteso ficou designada a aplicao de artesanato sobre um prottipo de moda
casa e moda vesturio. No decorrer do curso, parcerias entre artesos aconteceram, o que
favoreceu a troca de conhecimento das tcnicas artesanais. Vale lembrar que os tecidos
utilizados nos prottipos foram cedidos pelas empresas envolvidas (Dedeka e Sossego).
A quarta oficina teve uma metodologia diferente das demais, isso porque recebemos o convite
para participar do 11 Bazar Criando com Arte, um evento beneficente que ocorre todo o ano
em Caxias do Sul, cujo objetivo expor e comercializar os trabalhos dos artesos da Serra
Gacha, em formato de feira, na poca do Natal. Devido falta de tempo para seguir o
cronograma predeterminado no projeto, formou-se um grupo de artess voluntarias, que j
haviam participado em oficinas anteriores. Por isso a parte terica foi eliminada e iniciou-se
direto a parte prtica com as designers, que desta vez foram os alunos voluntrios do curso de
Design de Moda/UCS. A pea escolhida para produo foi saia feminina e o tema Brasilidade. A
parceria de um arteso e um aluno de moda para a criao de um modelo foi muito profcua.
Houve tambm a parceria com as empresas da cidade, como P de Pimenta e Rache Martini,
que doaram saias de colees passadas, para o arteso recriar aplicando o seu trabalho. O
conceito de reutilizao agregando valor do artesanato, permitiu o prolongamento do ciclo de
vida do produto, logo atitude engajada na moda sustentvel. Os artesos e as alunas de
moda acharam o trabalho muito produtivo. As fichas tcnicas foram preenchidas para a
obteno do preo dos produtos, pois estes seriam comercializados no bazar. Os lucros,
divididos entre aluno e artes.
A quinta oficina, ainda em andamento, trabalha em parceria com a malharia Friol e a
confeco Carla Carlin. As designers das empresas apresentam o tema e trabalham a criao
diretamente com os artesos, o que tem demonstrado experincia indita para o grupo. As
designers orientam o desenvolvimento da pea a ser produzida, providenciam os materiais, a
modelagem e a confeco, deixando aflorar idias e artesanatos que valorizem o bsico na
produo. A Friol escolheu aplicar o artesanato sobre casaquinhos de malha na cor off white.
E Carla Carlin sobre blusas e vestidos na cor branca. Essa oficina possibilita aproximao maior
entre o arteso e o designer abrindo possibilidades para um futuro trabalho me conjunto.
4 Concluso
As cinco oficinas mostraram no processo a articulao entre os agentes da economia solidaria,
ou seja, o Estado, a iniciativa privada e a universidade. O trabalho desenvolvido prima pela
solidariedade, pois tem como objetivos: desenvolver as capacidades individuais e do grupo,
melhorar de vida dos participantes e estabelecer vnculos com a comunidade local, no caso
aproximando a indstria txtil e o artesanato que so vocaes locais. Alm da integrao
social e cultural existe a perspectiva econmica para o artesanato entrar na confeco e na
malharia como valor agregado. As oficinas desenvolveram-se na base da cooperao entre os
agentes promotores e entre as mulheres artess, no momento representando um grupo
informal produtivo de segmento especfico. A partilha de conhecimento e de informaes foi
constante nas oficinas e, mesmo que rendimentos monetrios no constavam como objetivos
no momento, houve rendimento partilhado de visibilidade nos programas de TV, nos desfiles
e mostras dos trabalhos realizados. A perspectiva do projeto, no atual estgio, realizar o
desejo das artess de fundar uma associao pondo em prtica um tpico empreendimento da
economia solidaria. Iniciando nova etapa do projeto Oficina de prottipos de moda e
artesanato pretende-se dar suporte para as artess interessadas trabalharem no plano de
negcios, no estatuto e no regimento para a formao de uma associao de artess dentro
dos princpios da economia solidria.
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