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Oficina temática nº6 O Ensino da Escrita: Dimensões gráfica e ortográfica
O acordo ortográfico
O formador residente:António Marcelino Fernandes
22 de Fevereiro de 2010
Direcção Regional de Educação do Centro
Agrupamento
de Escolas
de Abraveses
Sumário
1 - Enquadramento teórico • Parafraseando Vygotsky• Questões para pensar, reflectir e provocar…• Conceito e funções da linguagem escrita• Condições necessárias à aprendizagem da linguagem
escrita• O que os professores precisam de saber sobre a escrita• Competências gráficas e ortográficas. Conceito de
ambas as dimensões e sua relação, na aprendizagem dalinguagem escrita.
• Tipologia dos erros mais comuns na aprendizagem dalinguagem escrita
• O acordo ortográfico. Enquadramento, principaisalterações e a sua abordagem em contextopedagógico.
2 – Oficina de escrita: Dimensões gráfica e ortográfica• Análise de alguns textos produzidos pelos alunos,
tendo por referencia a tipologia de erros abordada noenquadramento teórico.
• Breve abordagem à implementação da sessão tutorial
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2Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico
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Citações e revisitações aos textos de VYGOTSKY. Uma reflexão interessante e muito actual
…Ensina-se as crianças a desenhar letras e com elas construir palavras masnão se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecânicado ler o que está escrito que se acaba obscurecendo a linguagem escritacomo tal(…) E o resultado é a produção de uma fala morta.
…O que a escola deve fazer é ensinar às crianças a Linguagem Escrita e nãoapenas a escrita das letras.
De facto, a escrita deve ser “relevante à vida”, deve ter significado paraas crianças. Se assim for, então a escrita desenvolver-se-á não como umhábito de mão e dedos, mas como uma forma nova e complexa delinguagem.
Vygotsky 1935, p.119 in “A Pré-História da Linguagem Escrita
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3Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
Questões para pensar, reflectir e provocar…
O que é a escrita para cada um de nós?
Eu ensino os meus alunos a escrever para quê?
Será que, como docente, enfatizo mais a escrita enquantorepresentação de sons(grafia) ou, sobretudo, como umaforma de linguagem capaz de significar?
Será que para mim a escrita dos sons, das palavras é um fimem si mesmo, ou o que verdadeiramente me interessa é ofacto de ela ser um meio para comunicar, uma nova ecomplexa forma de linguagem?
Será que a escola faz com que a escrita seja relevante à vidada criança, isto é, que tenha significado?
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x Z4Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico
António Marcelino
Expressão escrita
conceito
Processo complexo de produção de comunicação. Não sendo umaactividade de aquisição espontânea e natural, exige ensino explícito esistematizado e uma prática frequente e supervisionada.
Meio poderoso de comunicação e aprendizagem, requer o domínioapurado de técnicas e estratégias precisas, diversas e sofisticadas.
In Sim-Sim et al. (1997). A Língua Materna na Educação Básica
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x ZEscrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico
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COMUNICAR
Dimensão Gráfica
(menos importante)
Dimensão ortográfica
Dimensão Textual
(próxima sessão)
O que os professores precisam de saber sobre a escrita?
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Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
A escrita não é uma transcrição isomórfica da realidade
Quais os mecanismos neurofisiológicos envolvidos na escrita que épreciso conhecer para ajudar a criança a desenvolver estratégias deaperfeiçoamento gráfico e ortográfico
O que distingue os vários tipos de escrita e qual a particularidade daslínguas alfabéticas
O que é que a criança sabe sobre a escrita antes de ser formalmenteiniciada na leitura e na escrita
O que é a caligrafia e qual a sua importância
De que forma a criança constrói a competência ortográfica
Algumas funções da Linguagem Escrita
para identificar algo ou alguém
para mobilizar a acção
para recordar
para satisfazer pedidos ou exigências
para reflectir
para aprender
para criar
...
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No essencial, escrever é comunicar. Escreve-se para ser lido
Finalidade da linguagem escrita: ser lida.
Por que temos de escrever?Porque a escrita é uma ferramenta alternativa à memória humana.Ela altera a capacidade do homem armazenar e gerir a informação.
Funcionalidade da Linguagem escrita
• A descoberta da funcionalidade da linguagem escrita éfundamental para o processo de alfabetização (Martins& Niza, 1998).
• Proporcionar contactos com diversos materiais escritospermite às crianças perceber que a diferentes suportescorrespondem diferentes mensagens.
• Escrevendo e lendo o que escrevemos aprendemos apensar.
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Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
A funcionalidade da linguagem escrita como factor motivacional para o aluno
• De facto, a motivação para a aprendizagem da escrita teráobrigatoriamente que fazer ressaltar este factor deinteracção comunicativa: escreve-se para se ser lido, paratransmitir ao outro aquilo que não poderia ser transmitidode outro modo e com a mesma eficácia.
• Outro aspecto interessante é o efeito recíproco. De facto,escrevendo e lendo o que escrevemos aprendemos apensar.
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Condições necessárias à aprendizagem da linguagem escrita
Memória visual e auditiva (não se esquecer das formas visuais
ou das palavras que vai reconhecendo)
Atenção (para ler é preciso prestar atenção às formas gráficas;
ser selectivo)
Lateralidade
Organização espacio-temporal
Esquema corporal
Discriminação visual (não confundir as formas gráficas parecidas:
«O/Q»; «m/n»; «b/d»; «p/q», etc.)
Discriminação auditiva
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Concepções de escrita quando o aluno entra para a escola
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As crianças consideram, inicialmente, que a linguagem escrita éuma forma de representar a realidade, tal como o desenho ouas imagens. Para elas a linguagem escrita não representa alinguagem oral.
Para as crianças a escrita representa os objectos, as pessoas, osanimais e não a designação dos objectos, das pessoas, dosanimais.
Consideram, por exemplo, que as palavras que reenviam paraobjectos pequenos, se escrevem com menos letras do queaquelas que reenviam para objectos grandes.
As crianças, apesar de serem capazes de escrever o seu nomepensam que não sabem escrever o nome de uma outra criançaque se chame exactamente como elas. O nome estáindissociável de cada pessoa.
Escrita pré-silábica
Escrita silábica
Escrita com fonetização
A linguagem escrita antes de aprender a escrever
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Ver nota Doc. 1 – A escrita antes de aprender a escrever pág. 1 e 2
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Aquisição de competências gráficas e motoras
Actividades de pré-escrita
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1. Brincar com os dedos;
2. Pintar com pincéis de vários tamanhos e em várias superfícies;
3. Desenhar gravuras;
4. Ligar objectos por meio de uma linha;
5. Marcar um objecto – ex: X na figura de um animal;
6. Pintar com os dedos;
7. Modelar;…
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São importantes para o professor como diagnóstico de partida mastambém para o aluno que lhe dão um contacto com a linguagem escritasem ser exclusivamente no acto de escrever mais formal com a qual sevai confrontar mais adiante.
Vídeo:
Tentativas de escrita: http://www.youtube.com/watch?v=ZN09rGVMjkM
O início da aprendizagem formal da escrita constitui ummomento para o professor observar
1. As concepções que os alunos possuem quanto à escrita;por exemplo, para que serve, quais são os seuselementos (letras, palavras, sinais de pontuação), comose organiza, etc.…);
2. A capacidade dos alunos para operarem com asunidades fonológicas implicadas na representaçãoescrita, designadamente os fonemas; por exemplo, acriança que usa, no jardim-de-infância, as letras AU paraescrever gato mostra que identifica claramente estesfonemas na palavra gato.
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Video:Avaliação da alfabetização: http://www.youtube.com/watch?v=gOenpfDWPeA
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Consciência caligráfica
Requer ensino explícito e sistemático.
Convenções tipográficas
•Nitidez no desenho
das letras.
•Disposição das
palavras, frases e
parágrafos.
•Coesão gráfica dos
textos.
•Destaques de títulos
e outros elementos.
Escrita caligrafia
A gestão do
espaço de
suporte da
escrita
- Respeito pela
linha.
- Dimensão da
letra.
- Hierarquização
da organização
da página
Dimensão gráfica da escrita
- Alfabeto dual;
- Estilos de letras;
- Espaçamento de palavras;
- Linha interrompida
- Pontuação
Condicionam a percepção;
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Ver nota Doc. 1 – pág. 3
Competência gráfica
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Gráfica, ou seja, a competência relativa à capacidade de inscrever num
suporte material os sinais em que assenta a representação escrita.
Mestria gráfica - progresso na produção escrita
•Escrever em suportes variados;
•Diversas grafias (letras maiúsculas de imprensa - fase inicial)
•
Conceitos que governam o nosso sistema de escrita:
•Direcção da escrita;
•Movimento da mão;
•Altura das letras;
•Letras que são imagens em espelho: (b e d, m e w, n e u, p e q);
•Maiúsculas e minúsculas;
•Espaços entre palavras
Ortográfica, ou seja, a competência relativa às normas que estabelecea representação escrita das palavras da língua.
Temos então duas dimensões da linguagem escrita. Por um lado, temsubjacente uma forma de a representar que é obviamente a partegráfica, por outro, pressupõe sempre o respeito por um códigoconvencional normativo, ( competência ortográfica) sem o qual, acompreensão fica comprometida.
Estas duas dimensões não são um fim em si mesmo, elasestão ao serviço da comunicação escrita, são umaferramenta.
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Competência ortográfica
Algumas condicionantes da aprendizagem da ortografia
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Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
Dois desafios
Complexidade das relações som-grafema;
Existência de uma forma ortográfica única.
Para escreverem palavras correctamente as criançasdeverão ser capazes de :
Discriminar os sons que integram as palavras;
Saber como esses sons podem ser transcritos;
Decidir em muitos casos, entre várias formas derepresentar esses sons de acordo com a normaortográfica.
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As conquistas já realizadas pelo aluno, designadamente em relação àcapacidade de focalizar a sua atenção na forma fonológica para alcançar odomínio do princípio alfabético, podem ser potenciadas para a aprendizagemsistemática da escrita.
Contudo, esse princípio, apesar de constituir uma importante conquista, nãorepresenta o ponto de chegada, mesmo na vertente formal. Nesta vertente, surgeem relevo o desafio representado pelo domínio da norma ortográfica.
► Complexidade das relações som - letra
Saber quais as letras que correspondem à representação dos sons de uma palavra
as 2 vias de acesso
Via indirecta ou fonológica
consciência fonémica articulada com regras ortográficas (correspondência fonema-grafema)
→ palavras desconhecidas, pseudopalavras
Via directa ou lexical
associação ao conhecimento da palavra, informação acerca da forma como esta se escreve
esta via recorre às representações ortográficas das palavras que vamosarmazenando no nosso léxico mental – ao contacto com a forma escrita, e aotipo de conhecimento que temos de uma palavra (significado, modo como sepronuncia, construções em que entra, etc.) juntamos informação acerca damaneira como ela se escreve;
ao escrevê-la, podemos activar essa informação ortográfica guardada namemória, sem recurso à análise nos fonemas que a constituem e à conversãode cada um dos fonemas em grafemas, com activação das regrascorrespondentes; por exemplo, para a palavra casa, que é uma palavrafrequente, quem escreve pode já ter fixado que se escreve com –s-; para apalavra paço, que é homófona de passo, poderá activar a respectiva formaortográfica a partir da associação com o significado de «palácio»
Via directa ou lexical
esta via recorre à identificação dos fonemas e à aplicação das regras queestabelecem a representação do som em causa, em diferentes contextos, a fimde se efectuar a conversão dos fonemas em grafemas de forma correcta; porexemplo, a aprendizagem da regra ortográfica de que antes de <p> [p] ou <b>[b] a letra que acompanha a vogal para a nasalizar é <m>
Via indirecta ou fonológica
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No início da escolaridade, as crianças recorrem em grande medida à viafonológica, pois já conhecem a forma fonológica de muitas palavras, mas não a suaforma ortográfica. Assim, sabem como essas palavras se dizem, mas não como seescrevem, daí que se apoiem na conversão linear dos fonemas em grafemas.
Com o desenvolvimento da competência de leitura, a criança adquire maiorcontacto com a forma escrita das palavras e vai constituindo o seu léxicoortográfico, associado à outra via (lexical ou directa). Desta forma, dependerá emmenor grau do recurso à via fonológica e poderá ultrapassar algumas daslimitações que esta apresenta.
21Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
Limitações da via fonológica: • Nem sempre os sons da forma fonológica encontram correspondência exacta na forma ortográfica: ex: telefone, igreja, muito, etc.;
• Por si só, ela não permitir diferenciar a escrita de palavras homófonas (porexemplo, paço vs. passo; conselho vs. concelho; etc.). Na verdade, essas palavras têma mesma forma fonológica, o que pode conduzir a criança a escrever as duaspalavras da mesma maneira.
A aprendizagem deverá mobilizar as duas vias (implicam estratégias diferenciadas)
Há situações em que uma ou outra via estão directamente implicadas
Há crianças que apresentam dificuldades numa das vias (ou nas duas)
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O professor deve ser capaz de avaliar a que nível se encontra a dificuldadeortográfica colocada pela palavra e ainda não ultrapassada pelo aluno.Trata-se de dificuldades ao nível do processamento da forma fonológica,ou seja, de segmentação ou separação, identificação e ordenação dosfonemas? Trata-se de dificuldade ao nível da representação dos sonspresentes, por causa da existência de uma irregularidade? Escrever *cazapara casa é diferente de escrever *pedada para pedrada ou *parto paraprato.
No primeiro caso, a criança identificou todos os sons da palavra, masainda não sabe como transcrever um deles. No segundo caso, a criançanão identificou todos os sons da palavra e no terceiro não respeitou arespectiva ordenação.
Estes dois últimos casos podem remeter para um trabalho da vertentefonológica (indirecta ou sub-lexical), enquanto o primeiro remete para umtrabalho orientado para a via lexical (directa ou visual), de associação daforma ortográfica à palavra, ao seu significado e à sua forma fonológica(de forma a fixar-se a característica de que o som [z] é representado nestapalavra por <s>).
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A ortografia de uma palavra pode afastar-se em
maior grau da forma fonética habitualmente
produzida pelos alunos
Função unificadora da ortografia na língua
► existência de uma forma ortográfica única
• Registos
• Variantes dialectais
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Quando o aluno não tem habitualmente contacto com registos mais formais aacção do professor deverá passar por facultar ao aluno o acesso a registos maiscuidados e às formas cultas; ao fazê-lo, estará também, na maior parte doscasos, a proporcionar o acesso à forma tomada como referência para aortografia);
Dois ex: de possibilidades para proporcionar a descoberta dessa forma
1- A sua realização pelo professor, que poderá ser mais ou menos enfática paraassinalar a presença de sons que nem sempre são ditos (por exemplo, emexperiência, que muitas vezes é pronunciada como exp’riência, pode sercolocada em realce a pronúncia do <e> a seguir ao <p>);
2- A actividade de segmentação das sílabas, num discurso pausado permitereconstituir a forma mais cuidada; o que acontece com os exemplos es-cre-verou ex-pe-ri-ên-ci-a;
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-a consciencialização da existência de palavras que habitualmente sepronunciam de uma forma muito diferente daquela como são escritas− essa consciencialização poderá ser feita convidando os alunos aindicarem palavras do seu dia-a-dia em que tal acontece, elaborando-se uma lista;
também, frequentemente pronunciada tamém,está, pronunciada a todo o momento ‘stá ou ‘tá, etc., etc.;
deste modo, de forma dirigida, quer a ortografia quer a variaçãolinguística ligada aos diferentes registos estarão a ser alvo daaprendizagem.
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Com vista ao domínio da ortografia é importante…
Ensino explícito das regras ortográficas;
Reprodução de palavras ou frases – Observação do modelo por um período curto de tempo e escrita na ausência do modelo;
A escrita – conduzir à descoberta – formulação de hipóteses sobre a ortografia;
O ditado de palavras e frases – escrita sem modelo;
Leitura e escrita de textos;
Revisão de textos escritos.
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Para efectuarem um percurso com sucesso, ou seja, para escreverem as palavrascorrectamente, as crianças deverão realizar as seguintes conquistas em termos deaprendizagem:
1) discriminar os sons que integram as palavras;2) saber como esses sons podem ser transcritos;3) decidir, em muitos casos, entre várias formas de representação existentes naescrita para esses sons, escolhendo a que está de acordo com a norma ortográfica
Em resumo:
Por exemplo:
-Quando escrevem correctamente a palavra gato, mostram que:-1) são capazes de identificar os quatro fonemas de gato [gatu];-2) sabem como podem ser transcritos por meio das letras;-3) sabem que no final têm de escrever um <o> e não um <u>;- Se tratar de palavras como campo, estarão ainda a lidar com o facto de onúmero de fonemas ou sons nem sempre coincidir com o número deletras, pois em campo existem cinco grafemas para representar quatrofonemas, uma vez que a vogal nasal é representada pelo conjunto <am>.
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O ensino da linguagem escrita deve visar:
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♦ automatização das competências gráficas e ortográficas
♦ resolução de problemas que possam emergir no processo
♦ investimento no processo para o produto
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“O erro não é mais do que o desconhecimento ou anão consciência da arbitrariedade convencional dalíngua escrita e deve ser visto como algo inerenteao processo de transformação de um sistema oralpara um sistema escrito de linguagem, processode construção de conhecimento sobre a escrita.”
Pereira, Luísa Álvares; Azevedo, Flora.2005
Como abordar…a escrita no 1.º ciclo do ensino básico. Porto: Areal Editores
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Justificação/pertinência da investigação
Maus resultados dos alunos em provas de escrita;
Sistemática crítica ao ensino ministrado nos primeiros níveis de escolaridade;
O estudo a que nos vamos referir assim como os diapositivos 32,33,34 e 35, foram cedidos pelo Dr. Ricardo Antunes, ESEV
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Percepção que os alunos têm do erro
Vem das correcções que os professores fazem;
Exemplo de resposta de um aluno “os meus professores sublinham os erros a caneta vermelha e dizem para corrigir”
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Como é fácil de perceber, a representação do erro fica limitada aos aspectos que o professor realçar.
(vamos ver resultados parciais de um questionário feito a um grupo de 18 crianças, do 4.º ano de escolaridade, numa escola da Guarda, no ano lectivo de 2006-2007);
Quando os teus professores corrigem os teus textos, que tipo de indicações é que te dão para melhorares?
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Quando os teus professores corrigem os teus textos, que tipo de indicações é que te dão para melhorares?
15% - aspectos residuais e demasiado genéricos
85% - aspectos da superfície do texto, analisáveis apenas ao nível da frase
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Quando escreves um texto, quais são as tuas maiores
dificuldades?
As tarefas de correcção (incluindo a reescrita) são, na maioria das vezes centradas naqueles aspectos que referimos antes.
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Tipologia - síntese1- Incorrecções por falhas de transcrição entre o sistema fonológico e o
ortográfico
2- Incorrecções por transcrição de formas da oralidade corrente
3- Incorrecções por inobservância de regras ortográficas de basefonológica: i) contextuais (relativas à posição), ii) acentuais (tónicasvs. átonas);
4- Incorrecções por inobservância de regras de base morfológica
5- Incorrecções quanto à forma ortográfica específica das palavras (nãoprevisível por regras — critério lexical);
6- Incorrecções de acentuação;
7- Incorrecções por utilização incorrecta de minúsculas e maiúsculas;
8- Incorrecções por inobservância da unidade gráfica da palavra;
9- Incorrecções de translineação.
Classificação das incorrecções ortográficas
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São falhas devidas ao processamento dos fonemas (segmentação,identificação e ordenação) ou à utilização de grafemas que não representam osom em causa; têm geralmente como resultado uma alteração da formafonética da palavra.
• sílabas iniciadas por grupos consonânticos, como em pedra, escrito *peda;• sílabas terminadas por consoante, como perto, escrito *peto, animalescrito *animale;
• sílabas em que o núcleo é constituído por um ditongo, como em *quemarpor queimar• à transcrição da nasalidade - sentaram-se escrito *setaram-se• à discriminação da oposição surda/sonora - foram escrito voram);
Resposta do professor treino da consciência fonológica (via fonológica) sistematização da aprendizagem de determinadas sequênciassonoras/gráficas que levantam problemas (integrada em palavrasreais) mobilizando assim a via lexical.
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1- Incorrecções por falhas de transcrição entre o sistemafonológico e o sistema ortográfico
2- Incorrecções por transcrição de formas da oralidade corrente
Incorrecções correspondentes à transcrição de formas ligadas avariedades e registos que diferem da forma representada nanorma ortográfica (o aluno revela a capacidade de transcrever,mas transcreve uma forma que não coincide com a formacorrecta; por exemplo,
expriência por experiência, auga por água
Resposta do professor
reforçar a consciência das variações e usos da língua e do facto deque na oralidade corrente usamos palavras num registo menoscuidado;
proporcionar acesso à forma do registo cuidado e padrão (quegeralmente constitui a referência para a ortografia)
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3. Incorrecções por inobservância de regras ortográficas de base fonológica:
Estas incorrecções podem ser:
1) contextuais (por exemplo omde por onde, cero por quero, gerra porguerra, canpo por campo;
2) acentuais, isto é, relativas à posição acentual – tónicas vs. átonas (por exemplo moito por muito, tendo-se presente que em posição tónica o fonema /u/ nunca é representado por i<o>, outro ex: é estam por estão
Resposta do professor:
Levar os alunos a tomarem consciência dos contextos e a formularemas próprias regras através da comparação de palavras, elaboração delistas, etc.
reforçar a consciência de regras específicas (contextuais e acentuais)
proporcionar e estimular a fixação na memória da forma gráfica
destas palavras.
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4. Incorrecções por inobservância de regras ortográficas de base morfológica
Ex de incorrecções nesta tipologia: gatu por gato, comprupor compro, estuda-se por estudasse (e vice-versa), escreve-mos por escrevemos
Resposta do professor Mobilizar a informação morfológica, colocando-a emconfronto com a informação fonológica; Levar os alunos a descobrir as normas ;
Explorar as regularidades na representação dosmorfemas;
Construir com os alunos modelos flexionais;
Confrontar os alunos com a existência de casosexcepcionais. Aí a solução é a fixação e recurso à vialexical para chegar à palavra
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5. Incorrecções quanto à forma ortográfica específica das palavras, ou seja, não previsível por regras
Ex de incorrecções: cular por colar, *cino – sino, *ospital – hospital, *caicha –caixa, *viajem – viagem (confusão com viajar
Resposta do professor
Levar os alunos a aprenderem pela via directa ou lexical, integrando as palavras no seu léxico ortográfico.
6- Incorrecções de acentuação gráfica(por exemplo, *amavel por amável; *hà por há; *sózinho por sozinho, *àgua – água, *á – à, *polo – pólo, *famíliares - familiares
Resposta do professor
Levar os alunos a explicitar a regra a partir de listas de palavras; Se não é possível explicitar a regra, levar os alunos a aprenderem pelavia directa ou lexical, integrando as palavras no seu léxico ortográfico.
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7- Dificuldades no uso de maiúsculas e minúsculas
8- Inobservância da unidade gráfica da palavraa) junção de palavras (ex.: seirem por se irem); b) separação de elementos de uma palavra ex.: de pois, *porisso – por isso,*derrepente – de repente, *de pois – depois, *de vagar - devagar
a) ligadas ao critério do referente, ou seja, à representação dos nomes comuns/próprios (ex. *lisboa , por Lisboa, etc…
b) ligadas à organização das frases no texto (designadamente à utilização de maiúscula no início de período).
Levar os alunos a identificar casos e a explicitar regras.
Resposta do professor
Nota: O Acordo Ortográfico define novas regras em relação à utilização dasmaiúsculas.
Recorrer à via directa para reforçar a consciência da unidades em causa;Memorização; Explicitação (a aprendizagem explicita de regras pode, em alguns casos, apresentar ainda dificuldades para este nível de ensino).
Resposta do professor
Escrita - Dimensões gráfica e ortográfica. O Acordo Ortográfico António Marcelino
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9- Incorrecções na translineação(ex.: turi-stas por turis-tas, ou -separação das consoantes duplas…)
Resposta do professor
Levar os alunos a explicitarem a regra;
Favorecer a tomada de decisões e a aplicação pelos alunos.
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A posição de cada formando sobre o Acordo Ortográfico…
Acordo ortográfico – resolução da Assembleia da república nº35/2008– Documento em suporte Papel PRIBERAM
Site de Referência sobre o Acordo e o Vocabulário Ortográfico do
português:
Entrada em vigor – 01.01.2010Período de adaptação 6 anos
Hipótese para introdução do tema em contexto pedagógico:
Acordo Ortográfico
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http://www.portaldalinguaportuguesa.org//
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António Marcelino
2 – Oficina de escrita: Dimensõesgráfica e ortográfica
• Análise ao nível ortográfico dealguns textos produzidos pelosalunos .• Abordagem à implementação dasessão tutorial
O
D
i
t
a
d
o
O aluno escreve a partir da realização oral
por outra pessoa; não pode proceder à
verificação da maneira como a palavra se
escreve (como na cópia).
Encontra-se limitado aos seus próprios
conhecimentos.
É utilizado em tarefas de avaliação da
competência ortográfica.
Não é prestado apoio ao aluno no
momento em que ele é confrontado com
as dúvidas.
Ausência de função (esta esgota-se na própria verificação ortográfica).
Aspectos que se podem corrigir
morfologia e sintaxe
Normativa
ortografia
léxico
Coesão
pontuação
nexos
anáforas (pronomes, sinónimos,..)
Coerência
selecção de informação (ideias claras e relevantes)
progressão da informação (ordem lógica)
estrutura do texto (partes, introdução, conclusão)
estrutura do parágrafo (extensão, unidade)
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A cópia
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A cópia
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A cópia
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O ditado
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O ditado
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De palavras desconhecidas a conhecidas
Objectivo: desenvolver a competência ortográfica.
Materiais: Caixa ou dois envelopes ou duas micas com uma divisão verde e outravermelha para colocar palavras.
Desenvolvimento: Cada aluno tem uma caixa, envelopes ou micas;Quando um aluno comete um erro ou quer escrever uma palavra que não conhece,escreve-a correctamente (recorrendo ao dicionário, ao professor,..) num pequenocartão que coloca no lado vermelho da caixa. Note-se que cada aluno não deveintroduzir, na caixa, mais do que duas palavras por dia, para que possa ter o temposuficiente para assimilar bem cada vocábulo aprendido. O aluno pode estudar aspalavras sempre que tenha um momento livre.2. Semanalmente, em pares, um dos alunos dita ao colega uma das palavras colocadasna divisão vermelha. Se as palavras estiverem bem escritas, o aluno passa-as para aparte verde. Caso contrário, os vocábulos em causa permanecem na secção vermelha.No final, os pares invertem os papéis,
Ditado – 2.º ano
A Ana e a Paula
A Ana e a Paula são duas
amigas.
Andam na mesma escola.
Já sabem ler e escrever.
Mostram aos seus irmãos o que
escreveram nos seus cadernos:
Pato/ prato;
perto/ preto;
feixe/ peixe;
pote/ bote;
breve/ bebe;
touca/ toca;
broca// boca;
meia/ mia;
pinha/ pilha;
louca/ louça;
piam/ pião;
deram/ darão;
mostro/ mosto;
Ditado – 1.º ano
O rato e o patoEra uma vez um rato que tinha o seu ninho junto do rio.Perto dele morava o seu amigo pato.Iam os dois para o milho jogar.Diziam estas palavras:Cano, panoLago, logoFico, picoToca, cotaFeira, feraPilha, pinhaGato, galoCaro, carro
Prova de ditado de Rebelo (1993), para a 1.ª e 2ª faseAp tese doutoramento Universidade de Aveiro
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Actividades promotoras da aprendizagem das regras ortográficas
▪ Trabalho sobre os contextos de aplicação das regras:
reconhecimento desses contextos; colocação do grafema correcto; decisão sobre
qual o grafema a incluir…
▪ Trabalho sobre conjuntos de palavras com diferentes tipos de informaçãocontextual em que se baseiam as regras (fonológica combinatória e acentual oumorfológica);
Exemplos:
conjuntos de palavras com <c>, com <ç> ou com <ss> para a representação de /s/;
conjuntos de palavras em que o fonema /u/ final é representado por <o>;
▪ Construção no caderno de colunas de palavras em que a representação da
nasalidade se faz por -m ou por -n, acompanhadas da respectiva regra;
Actividades promotoras da aprendizagem das regras ortográficas
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▪ Elaboração de listas de ocorrências, actualizadas sempre que necessário, para uma análise contrastiva – entre formas próximas, quer fonologicamente, quer ortograficamente; (ex. pretérito/futuro: compraram vs. comprarão; conjugação pronominal reflexa (olha-se) e o pretérito imperfeito do conjuntivo (olhasse).
Neste caso, o registo não deve ser limitado à palavra, mas deve estender-se à frase:
Encontro palavras terminadas em: …-se
Pistas: passagem para a negativa (se passa para antes do verbo); passagem para a 1.ª
pessoa (mudança do pronome reflexo);…
A Joana olha-se ao espelho logo pela manhã.• A Joana não se olha ao espelho...• Eu olho-me ao espelho…
Encontro palavras terminadas em:…sse
Pistas: presença anterior de que ou de se; …A Joana queria que eu olhasse para ela.
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ActividadesLevava um jarrinho
para ir buscar vinho.
Levava um tostão
para comprar pão
e levava uma fita
para ir bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz,
foi o jarro para o chão.
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita…
Vejam que desdita!
Fernando Pessoa
Se eu não _________ (levar) um jarrinho
nem ________(ir) buscar o vinho
nem ________(trazer) a fita
para ir bonita
nem __________ (correr) atrás
de mim um rapaz
para ver o que eu fazia
nada disso acontecia.
Completa os espaços em branco, à
semelhança dos exemplos:
Aqui não se lava (lavar)? Sim, lava-se!
Aqui não _______(estudar)? Sim, _______!
Aqui não _______(trabalhar)? Sim, _______!
Aqui não _______(jogar)? Sim, _______!
Aqui não _______(cantar)? Sim, _______!
(…)
Podem-se fazer pequenas dramatizações:
Colocam-se cartões com diversos verbosescritos.
Um par de alunos escolhe um cartão e, a partirda
pergunta/resposta modelo, um aluno formulaa questão e o outro responde. No finalregistam por rescrito.
Actividades
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«Observa, esconde, lembra-te, escreve e verifica» Estratégia proposta nas orientações para a aprendizagem da ortografia do Inglês, que exige em muitos casos a aprendizagem por via lexical.
• Perante dificuldades ou incorrecções, o professor escreve apalavra para a criança, pede-lhe que a observe e que tente fixara forma como se escreve.
• A palavra escrita correctamente é então retirada/coberta.• Pede-se à criança que a tente escrever sem ajuda.• A forma como a criança a escreveu é confrontada com a forma
correcta. Se estiver bem, a criança pode integrá-la na suaescrita.
• Se estiver incorrecta, ambos comparam as duas formas paraidentificar onde se encontra o problema e o processo pode serrepetido.
Colocar em prática…
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Atelier de negociação ortográfica em situações de escrita colaborativa
O professor dita um texto breve a um grupo de alunos (heterogéneo);
As suas produções, depois da sua releitura, são mostradas e as diferentes grafias
são discutidas, a partir das observações dos alunos;
O professor conduz o debate, regista propostas e argumentos apresentados e
procura aprofundar algumas questões;
No final, o professor faz uma síntese dos pontos resolvidos e não resolvidos. A
grafia correcta é apresentada aos alunos que a comparam com as suas próprias
soluções.
(proposta n.º 40 de Les Cahiers Pédagogiques, Ap Baptista; Viana; Barbeiro)
Aprendizagens relevantes desta sessãoNota: Em grupo, três formandos cada, e durante 5 min.,elaboram
síntese das aprendizagens relevantes desta sessão.
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