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CI 5133
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA FAZENDA
AVALIAÇÃO GERAL DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
(RPPS) DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO
RELATÓRIO FINAL
SÃO PAULO
MARÇO/2018
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 2
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RESUMO DO PROJETO
O projeto de pesquisa e estudo que ora é finalizado teve como objetivo a realização de
uma avaliação do Regime Próprio de Previdência do Município de São Paulo. O estudo,
resumidamente, consistiu em:
a. Realização de avaliação operacional do RPPS que possibilitasse o diagnóstico da
situação financeira e atuarial do Regime Próprio da Prefeitura de São Paulo,
englobando, dentre outros aspectos relevantes:
(i) Análise da legislação previdenciária local;
(ii) Análise das bases de dados; e
(iii) Avaliação dos procedimentos adotados para concessão e manutenção de
benefícios e a gestão de ativos.
b. Elaboração de um Plano Estratégico Previdenciário, contendo lista exaustiva de
recomendações para o aprimoramento da gestão operacional, financeira e atuarial
do Regime Próprio da Prefeitura, contemplando inclusive a possibilidade de
elaboração de Minuta de Legislação a ser apresentada ao Legislativo local, o que
de fato foi feito.
O presente Relatório Final do estudo, contempla todas as atividades propostas e
realizadas.
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EQUIPE TÉCNICA
Claudia Almeida
Leonardo Rolim
Paulo Tafner – Coordenador do Projeto
Rafael Erbisti
CÓDIGO JEL: H53, H62, H21, H23.
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 1
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO _____________________________________________ 3
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ATUARIAL – NÚMEROS E BREVE
ANÁLISE __________________________________________________________________________ 6
4. ANÁLISE DA GESTÃO DO RPPS ________________________________________________ 16
5. PROPOSTAS BÁSICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS DÉFICITS FINANCEIRO E
ATUARIAL: MEDIDAS QUE VÊM SENDO ADOTADAS POR DIVERSOS RPPS ______________ 28
6. MEDIDAS ADICIONAIS PARA EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT FINANCEIRO E
ATUARIAL DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO __________________________________ 45
7. ANÁLISE NA NOVA REDAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 621/2016 ___________________ 73
8. OS DESAFIOS TÉCNICOS DECORRENTES DE UMA EVENTUAL APROVAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO PROPOSTA ___________________________________________________________ 81
ANEXO I: TABELAS COM FLUXOS ATUARIAIS _______________________________________ 84
ANEXO II: A PROPOSTA DE LEI APRESENTADA À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO 110
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1. INTRODUÇÃO
Trata-se de relatório final com o objetivo de apresentar uma síntese da evolução dos
trabalhos de avaliação operacional do Regime de Previdência do Município de São Paulo.
Nos relatórios anteriores, buscamos trazer todos os elementos estudados e que ensejaram
a formulação de nossas propostas técnicas e que se materializaram sob a forma de uma
proposta de legislação que, de forma inovadora, busca equacionar o déficit estrutural do
RPPS do Município de São Paulo.
No primeiro relatório procuramos mostrar que nosso trabalho ficou focado no diagnóstico
da situação financeira e atuarial, na análise da legislação vigente e na avaliação da
importância de manter, melhorar ou retirar proposições em tramitação ou em fase de
elaboração referente ao RPPS municipal.
No segundo relatório, foram apresentados os documentos preparados direta ou
indiretamente pela equipe Fipe visando a adoção dos ajustes necessários à mitigação dos
custos previdenciários do Regime Próprio da Prefeitura Municipal de São Paulo.
No terceiro relatório, novos dados acerca da situação do Regime Próprio foram oferecidos
e foram também apresentados os princípios norteadores que deveriam reger a proposta de
aprimoramento institucional, aí incluídos a criação do Sampaprev (Entidade Fechada de
Previdência Complementar do Município de São Paulo), a instituição de regime de
previdência complementar para os servidores públicos do Município de São Paulo e
propostas de equacionamento dos déficits financeiro e atuarial do RPPS do Município de
São Paulo.
No quarto relatório foram apresentadas: (i) uma análise da situação financeira e atuarial
do RPPS municipal, uma análise da gestão do RPPS; (ii) uma avaliação do impacto da
adoção das medidas convencionais que têm sido adotadas por outros RPPS para enfrentar
o crescente déficit financeiro e o passivo atuarial; e (iii) uma avaliação da importância e
do impacto da adoção de medidas suplementares nas áreas de custeio, de benefícios e de
gestão, como forma de enfrentar o déficit financeiro e atuarial e de redução do custo de
transição, por meio da implantação de um modelo de capitalização com o mínimo
descasamento entre fluxos de receitas e despesas. O processo de debate e discussão
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culminou com a apresentação da nova versão do Projeto de Lei nº 621/2016, que se
encontrava sob análise nas instâncias jurídicas da PMPS. Os dados estatísticos e atuariais
estão apresentados no Anexo I deste relatório.
No quinto relatório apresentamos uma análise detalhada dos pontos que entendemos que
poderiam ser melhorados do Projeto de Lei (Anexo II).
Em todos os relatórios foram também descritas atividades nas quais a equipe técnica da
Fipe participou, como reuniões técnicas, seminários e debates de esclarecimentos.
O presente relatório final consolida todos os anteriores e, na seção final, apresenta uma
proposta de agenda de trabalho que entendemos serem os desafios decorrentes da eventual
aprovação da legislação apresentada à Câmara Municipal para votação.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO
O Iprem administra o RPPS do Município de São Paulo que abrange cerca de 400 mil
pessoas, entre servidores ativos e seus dependentes, aposentados e pensionistas e uma
folha anual de benefícios, em 2016, da ordem de R$ 7,0 bilhões. Naquele ano, a despesa
previdenciária correspondeu a 42,6% da despesa de pessoal do Município contra 32,1%,
em 2008; e 16,5% da Receita Corrente Líquida contra 11,5% naquele ano.
O Iprem, desde sua concepção em 1909 até 2005, esteve direcionado exclusivamente à
análise, concessão e pagamento de pensões. Em 2005, a Lei Municipal n° 13.973, em
linha com regras constitucionais aprovadas em 2003, dispôs em seu art. 6º que o Instituto
passaria a ser a Entidade Gestora Única das aposentadorias e pensões e responsável pelo
processamento dos dados, concessão e pelo pagamento desses benefícios devidos pelo
Município.
Todavia, não foi o que aconteceu, pois a instituição continuou a ser uma caixa de pensões
e encontra-se ainda desprovida de estrutura e de recursos humanos adequados para
atender as finalidades anteriores ao normativo informado. Insta salientar que, embora os
prazos legais iniciais para assunção das novas responsabilidades terem sido prorrogados
sucessivamente para adequação legal, não foi constituída a infraestrutura necessária ao
alcance daquela finalidade, a despeito das diversas tentativas.
A previdência de São Paulo, a maior entre os RPPS municipais e a terceira no ranking de
RPPS de Estados e Municípios, chega aos seus 108 anos de atividade desarticulada, fora
dos padrões legais e apresentando elevado déficit atuarial com trajetória ascendente. É
importante destacar que até o advento da Lei n° 13.973, de 2000, o servidor contribuía
apenas para a pensão, com alíquota de 5%.
O passivo atuarial está estimado em R$ 155,7 bilhões, considerando uma taxa de desconto
de 5% ao ano. É importante destacar que se deve fazer uma avaliação atuarial a cada ano
tendo em vista as mudanças que sempre ocorrem em função de reajustes salariais,
contratações, movimentos atípicos de aposentadorias, dentre outros.
Esse déficit corresponde a 3,4 vezes a RCL do município em 2017. Trata-se, portanto, de
uma dívida do Tesouro Municipal que supera em muito a capacidade de pagamento nas
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regras e condições atuais. Diante desse quadro fiscal que pode se tornar dramático em
curto prazo, torna-se imperativo adotar medidas visando mitigar esse custo.
Até o reenvio do Projeto de Lei nº 621/2016, São Paulo não tinha implementado medidas
efetivas buscando equacionar o passivo atuarial. O déficit financeiro do RPPS da PMSP
em 2016 ficou em R$ 3,78 bilhões, o que correspondeu a 8,6% da Receita Corrente
Líquida (RCL). No conjunto de Entes subnacionais, apenas 6 estados tiveram um déficit
maior em 2016. Em 2017, o déficit ficou em R$ 4,67 bilhões, o que representou um
crescimento de 24% em apenas um ano. Este déficit representa 9,9% da RCL do ano.
O déficit financeiro do sistema previdenciário paulistano que já está em patamar elevado,
apresentará comportamento acentuadamente crescente nos próximos anos. Dos atuais
R$ 4,7 bilhões em 2017 projeta-se, de acordo com a avaliação atuarial da Vesting, uma
elevação para R$ 7,1 bilhões em 2025, a reais de dezembro de 2016, o que exigirá aportes
sufocantes do Tesouro Municipal. A despesa continuará crescendo em valores reais,
chegando quase ao dobro do patamar atual, em 2040. O déficit financeiro a essa altura
será mais do dobro do déficit atual e continuará crescendo, chegando a três vezes o valor
deste no ano em 2066 e a quatro vezes em 2088.
A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica – Fipe foi contratada com o objetivo de
identificar a dimensão do problema e apresentar alternativas para enfrentá-lo. Após
diversos estudos, levantamentos e reuniões com membros de diversas áreas da Prefeitura,
chegou-se a uma proposta de alteração da legislação municipal, que foi apresentada à
Câmara Legislativa, como alteração do Projeto de Lei nº 621/2016.
A identificação do déficit atuarial - e sua consequente explicitação – passa a exigir que o
Município busque soluções, dentre as previstas em legislação federal. Diante desse
quadro, com vistas a instituir um novo Modelo de Gestão Previdenciária aderente a um
projeto maior que é o de conferir sustentabilidade ao RPPS e contribuir para a melhoria
da qualidade dos gastos públicos municipais, o PL apresenta um conjunto de soluções
para uma completa adequação previdenciária em relação ao equacionamento do déficit e
à instituição de um modelo complementar para as futuras gerações dos servidores. Isso
representa um enorme desafio à Administração. Na seção final deste relatório,
apresentamos – ainda de forma preliminar – o que julgamos deva ser uma agenda de
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trabalhos técnicos para a efetiva mudança do panorama previdenciário do Regime Próprio
do Município de São Paulo.
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3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ATUARIAL – NÚMEROS
E BREVE ANÁLISE
Na presente seção são inicialmente fornecidos elementos empíricos acerca do quantitativo
e da despesa com pessoal, separando-a entre ativos e inativos e pensionistas. Em seguida,
são fornecidas informações sobre aposentadorias nos próximos anos, aposentadorias
especiais, fluxo financeiro, avaliação atuarial e comparação com outras cidades e estados
em percentual da RCL.
A evolução do quantitativo e da despesa com pessoal
Entre 2009 e 2017 (últimos nove anos) o quantitativo total de ativos, inativos e pensionista
passou de 202 mil para 219 mil. Ao analisar cada grupo, verifica-se que o total de
pensionistas permaneceu relativamente estável, oscilando entre 18 mil (2017) a 23 mil
(2014), tendo iniciado a série com 20 mil pensionistas. O número de servidores ativos foi
reduzido de 132 mil (2009) para 122 mil no presente ano (queda de aproximadamente
8%). Apesar da estabilidade do primeiro grupo e da redução do segundo, o resultado
líquido agregado foi de elevação de 17 mil servidores. E esse aumento é explicado
exatamente pela variação no quantitativo de aposentados: em 2009, havia 50 mil
aposentados na PMSP e em 2017 atingiu o volume de 79 mil aposentados1, um
crescimento de 29 mil novos aposentados, o que equivale a um crescimento de 58% no
período, ou seja, um crescimento médio anual de 5,2%. O Gráfico 1 apresenta essas
informações.
É importante destacar que, de acordo com informações da Vesting Consultoria Atuarial2,
a base de dados dos servidores ativos de dezembro de 2016 apresentava 8.899 servidores
com mais de um vínculo, o que representa 7,1% do total. Seria importante verificar se a
base de dados está correta e, principalmente, se essas acumulações atendem às restrições
da Constituição Federal e, em caso de a soma dos salários extrapolar o teto remuneratório
municipal, se está sendo aplicado o abatimento do excedente ao teto.
1 Dados ainda preliminares do fechamento do ano. 2 Empresa contratada pelo Iprem para realizar a avaliação atuarial de 2017 e elaborar impactos financeiros
e atuariais de cenários de mudança na forma de financiamento do RPPS municipal.
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Os servidores públicos municipais são na sua ampla maioria mulheres, representando
72,7% do total, como pode ser visto no Quadro 1. Como pelas regras atuais de acesso a
benefícios as mulheres se aposentam cinco anos mais jovens e com cinco anos a menos
de contribuição que os homens, conclui-se que o custo atuarial do RRPS de São Paulo
tende a ser maior que a média. Além disso, 65,5% do total têm direito a critério
diferenciado de aposentadoria: 47,4% são professores; 13,7% profissionais de saúde; e
4,4% são guardas municipais. Isto reforça a necessidade de implantação da previdência
complementar para minimizar os efeitos de aposentadorias precoces pelo menos no que
exceder ao teto do RGPS. No entanto são desafios que do ponto de vista de benefícios
não há como atacar sem alterar a Constituição Federal (CF).
Gráfico 1: Evolução do Quantitativo de Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:
2009-2017
Fonte: PMSP.
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Quadro 1: Servidores Ativos – Estatísticas Básicas, por Sexo – Posição: 31/12/2016
Fonte: Vesting.
Em termos de perfil etário, 58,5% têm mais de 45 anos, conforme pode ser visto no
Quadro 2. Tendo em vista que a grande maioria dos servidores tem direito aposentadoria
antecipada em função do cargo e/ou gênero, verifica-se que haverá um grande número de
aposentadorias nos próximos anos, o que ampliará ainda mais o déficit financeiro do
RPPS, conforme será visto mais adiante. O Gráfico 2 demonstra que a partir de 2028
haverá mais aposentados e pensionistas do que servidores ativos no município. Nos
próximos 10 anos esse contingente crescerá 48,6%, mantendo o número de ativos estável,
como tem sido a tendência recente. A projeção de aposentadorias até 2091 encontra-se no
conjunto de tabelas em Anexo a este relatório.
Quadro 2: Servidores Ativos – Estatísticas Básicas, por Sexo – Posição: 31/12/2016
Fonte: Vesting.
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Apesar de em 2016 o salário médio dos servidores municipais estar em R$ 4.986,01, cerca
de 31% tinham salário acima do teto do RGPS, como pode ser visto no Quadro 3. Já entre
os aposentados esse percentual era de 50%, conforme o Quadro 4. A diferença justifica-
se pelos benefícios da integralidade e paridade, direitos garantidos aos servidores que
ingressaram no serviço público até 20033. Chama a atenção o fato de, em novembro de
2017, apenas na administração direta 1.741 aposentados receberem mais de 20 mil reais
de benefício mensal. De acordo com os dados de dezembro de 2016 apurados pela
Vesting, somando com a administração indireta, tribunal de contas e câmara municipal
2,5% dos aposentados recebe mais de três vezes o valor médio da aposentadoria
municipal, que estava em R$ 6.931,57. Isto também é reflexo dos direitos da integralidade
e da paridade que têm maior efeito sobre os benefícios de maior valor, visto que esses
servidores apresentam um aumento proporcionalmente maior de suas remunerações ao
longo da vida laboral e, portanto, suas aposentadorias são mais desequilibradas que
aqueles com menor valor. Isto justificaria um tratamento diferenciado em termos de
contribuição para o grupo de servidores com maiores remunerações e aposentadorias de
maior valor.
3 Direitos que garantem um benefício equivalente ao último salário e o mesmo reajuste dos servidores em
atividade.
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Gráfico 2: Evolução do Número de Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:
2017-2091
Quadro 3: Ativos – Distribuição Quantitativa da População pela Faixa de
Remuneração, por Sexo – Posição: 31/12/2016
Fonte: Vesting.
A idade média de admissão no município tem sido de 33,6 anos. Esses servidores
averbam, em média, 6,6 anos do RGPS ou outro regime previdenciário. O que faz a
integralidade e paridade serem ainda mais onerosas, visto que a compensação
previdenciária se dá pelo valor contribuído para o outro regime e não pela proporção do
tempo de contribuição em relação ao benefício. A vesting também verificou que, em
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média, os servidores ficam 3,7 anos em abono de permanência, o que ameniza um pouco
os impactos negativos anteriormente citados.
Quadro 4: Aposentados Programados – Distribuição Quantitativa da População,
por Faixa de Remuneração e Sexo – Posição: 31/12/2016
Fonte: Vesting.
O percentual de aposentadorias por invalidez está em 8,6%. Trata-se de um percentual
bem superior ao do RPPS da União, que está em 5,4%. Porém é bem inferior ao do RGPS
(17%, aproximadamente) e bem inferior à de vários regimes próprios estaduais e
municipais. Não obtivemos dados sobre o percentual de licenças médicas, nem de
readaptação profissional ou das causas das aposentadorias por invalidez (por exemplo,
por Classificação Internacional de Doenças – CID). Porém, com a centralização da
concessão do benefício no Iprem (como proposto pela Fipe) e com o acesso que aquela
autarquia terá às informações de saúde do servidor, acreditamos que o número de
aposentadorias por invalidez deverá diminuir, bem como os afastamentos de longa
duração. É importante destacar que, tendo em vista que o benefício de aposentadoria por
invalidez é proporcional quando não for decorrente de acidente de trabalho ou doença
grave, é comum o servidor tentar postergar a aposentadoria por invalidez mediante
licenças médicas de longa duração. Nesses casos, a readaptação profissional seria
fundamental para recuperar sua força de trabalho ou, não sendo viável, por meio de uma
junta multidisciplinar, promover a aposentadoria por invalidez de ofício.
Outra medida importante seria regulamentar as aposentadorias especiais tanto por risco,
que afeta aos guardas municipais; quanto por exposição a agentes nocivos, especialmente
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para os profissionais da área de saúde; e para pessoas com deficiência. Essa
regulamentação deveria ser federal, mas como até o presente não foi regulamentado pelo
Congresso Nacional, vários entes, como é o caso do Estado de São Paulo, editaram leis
regulamentando essas aposentadorias especiais. Todavia, não recomendamos que o
Município de São Paulo trate desse tema no momento, tendo em vista que a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) nº 287/2016 aborda este tema, mudando
consideravelmente sua abrangência e regras de acesso. Portanto, recomendamos aguardar
a aprovação da PEC para regulamentar essas aposentadorias, reduzindo a judicialização.
É importante destacar que por meio da Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 39, de 24 de
junho de 2015, o Município de São Paulo regulamentou a aposentadoria especial para
aguarda municipal. Todavia, não definiu uma idade mínima, que além de estar na
contramão do que o mundo inteiro tem feito nas últimas décadas, aumenta sobremaneira
o custo previdenciário na medida em que permitirá que grande parte dos guardas do sexo
feminino se aposente com menos de 50 anos de idade, visto que as mulheres precisam ter
apenas 25 anos de contribuição e os homens 30 anos4.
Apesar de o aumento do quantitativo de pessoal ser de apenas 8,4% no período de 2009
a 2017, os gastos com esse contingente saltaram de R$ 9,7 bilhões para R$ 21,4 bilhões
(entre 2009 e 20017). Isso representa um aumento de gastos da ordem de 120% em apenas
nove anos. Mesmo considerando a inflação do período (INPC), observa-se um
crescimento real de 32,9%, equivalente a um ganho médio real anual de 3,2%5. O Gráfico
3 sintetiza essas informações. Verifica-se que essa ampliação ocorreu em função do
crescimento do gasto com aposentadorias e pensões que saltou de R$ 2,7 bilhões em 2009
4 A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO promulga:
Art. 1º O § 1º do art. 88 da Lei Orgânica do Município de São Paulo passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 88 ...
§ 1º Os integrantes da Guarda Civil Metropolitana serão aposentados, voluntariamente, nos termos do art.
40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, sem limite de idade, com proventos correspondentes à
integralidade da remuneração do cargo em que se der a aposentadoria, desde que comprovem:
I - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo exercício
em cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se mulher;
II - 30 (trinta) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo exercício em
cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se homem.
...” (NR) 5 Apenas como medida comparativa do que representa esse aumento real, a produtividade média da
economia brasileira tem crescido a um ritmo ligeiramente superior a 1% ao ano.
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para R$ 8,0 bilhões em 2017, de acordo com estimativa a partir do Relatório Resumido
de Execução Orçamentária (RREO) do 5º bimestre.
Gráfico 3: Evolução da Despesa com Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:
2009-2017 (R$ Bilhões)
Fonte: PMSP.
As projeções da despesa previdenciárias e do passivo atuarial do RPPS da PMSP
O déficit financeiro do RPPS da PMSP em 2016 ficou em R$ 3,78 bilhões, o que
correspondeu a 8,6% da Receita Corrente Líquida (RCL). No conjunto de entes
subnacionais, apenas 6 estados tiveram um déficit maior em 2016. Em 2017, com
projeções a partir do RREO do 5º bimestre, estima-se um déficit de cerca de R$ 4,61
bilhões, o que representará um crescimento de 22% em apenas um ano. Este déficit
representará 9,9% da RCL estimada para o ano. Isso significa que a despesa com
benefícios previdenciários (aposentados e pensionistas) correspondeu a 76% da despesa
com pessoal ativo.
O déficit financeiro do sistema previdenciário paulistano que já está em patamar elevado,
apresentará comportamento acentuadamente crescente nos próximos anos. Dos atuais
R$ 4,6 bilhões estimados para 2017 projeta-se, de acordo com a avaliação atuarial da
Vesting, uma elevação para R$ 7,1 bilhões em 2025, a reais de dezembro de 2016, o que
exigirá aportes sufocantes do Tesouro Municipal. A despesa continuará crescendo em
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valores reais, chegando quase ao dobro do patamar atual em 2040. O déficit financeiro
naquele momento será mais do dobro do atual e continuará crescendo, chegando a três
vezes em 2066 e a quatro vezes em 2088. A evolução da receita, despesa e déficit do
RRPS pode ser vista no Gráfico 4.
Gráfico 4: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro do RPPS da PMSP
(R$ Bilhões de 31/12/2016)
Fonte: Vesting. Elaboração Fipe.
Esses resultados financeiros expressam o significativo descasamento entre receitas e
despesas do atual modelo previdenciário. O passivo atuarial está estimado em R$ 155,7
bilhões6, considerando uma taxa de desconto de 5% ao ano. Os fluxos de receitas,
despesas e déficit estão no Anexo a este relatório. É importante destacar que se deve fazer
uma avaliação atuarial a cada ano tendo em vista as mudanças que sempre ocorrem em
6 O resultado atuarial (superávit, déficit ou equilíbrio) corresponde à diferença entre a soma de todas as
receitas do sistema e a soma de todas as despesas com pagamento de aposentadorias e pensões, por um
horizonte de longo prazo (normalmente em um horizonte de pelo menos 75 anos). Para podermos somar
valores tão distantes no tempo, é considerado o valor presente das receitas e das despesas a uma dada taxa
de desconto intertemporal. O déficit atuarial foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de
2017 da avaliação atuarial da Vesting e inclusão do ano de 2092.
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função de reajustes salariais, contratações, movimentos atípicos de aposentadorias, dentre
outros.
Esse déficit corresponde a 3,4 vezes a RCL do município em 2017. Trata-se, portanto, de
uma dívida do Tesouro Municipal que supera em muito a capacidade de pagamento nas
regras e condições atuais. Diante desse quadro fiscal que pode se tornar dramático em
curto prazo, torna-se imperativo adotar medidas visando mitigar esse custo.
A avaliação realizada pela Vesting é referente à posição de 31/12/2016. Comparando o
resultado previsto para 2017 com o realizado chegamos a uma diferença de 10,67% na
despesa, 14,25% da receita e -1,51% do déficit financeiro. Trata-se de diferença
compatível com os reajustes concedidos e, no longo prazo, em nada comprometem ou
alteram os resultados apresentados. Todavia, para efeitos orçamentários, faz-se necessário
realizar reajustes aplicando esses índices acrescidos da expectativa de inflação para os
próximos anos. Apresentaremos um quadro com estimativa de receitas e despesas
nominais no item 5 deste relatório, quando comparamos o cenário atual com o cenário do
Projeto de Lei.
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4. ANÁLISE DA GESTÃO DO RPPS
A gestão previdenciária da PMSP carece de inúmeras melhorias para cumprir os
princípios constitucionais de gerir com eficiência o RPPS, prestar serviços na qualidade
desejada aos segurados, ter transparência e gestão participativa. Iremos abordar a seguir
as principais medidas propostas no PL para que o RPPS possa ter os instrumentos
necessários para avançar rumo a uma gestão efetiva.
Trataremos inicialmente da transformação do Iprem em Unidade Gestora Única do
RPPS. Posteriormente detalharemos o modelo de gestão proposto para que o Iprem possa
cumprir com eficácia suas funções, que serão bastante desafiadoras no novo modelo de
organização do RPPS que está proposto no PL. A seguir trataremos do contrato de gestão
entre a diretoria do Iprem e o seu Conselho Deliberativo, com o objetivo de implantar
uma gestão orientada a resultados e, na mesma linha, descreveremos como estão
propostas as carreiras dos servidores do Iprem e seu mecanismo de progressão e
remuneração, orientados à qualificação e desemprenho no atingimento das metas
institucionais.
A Unidade Gestora Única de Previdência do Município de São Paulo
A maior parte dos entes federados possui entidades previdenciárias, comumente
designadas “Instituto de Previdência”. No entanto, algumas dessas entidades realizam
apenas parte das atividades que são da competência dos RPPS, deixando principalmente
a gestão (concessão, pagamento e manutenção) das aposentadorias de seus servidores
para os respectivos órgãos de pessoal. Essa situação causa problemas de transparência,
descumprimento de preceitos constitucionais vigentes, além de incentivar a fragmentação
das atividades que estão sob a responsabilidade dos Regimes Próprios de Previdência.
Decorre daí a importância de se buscar a profissionalização e a padronização das
atribuições dos RPPS por meio da criação da entidade gestora única, que possibilite
ganhos de escala e aumento de controle, eficiência e eficácia, mediante a consolidação e
padronização de tarefas.
No tocante à participação dos servidores na gestão, no âmbito federal, o artigo 9º, I, da
Lei nº 10.887, de 2004 preceitua que a unidade gestora do RPPS contará com colegiado,
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com participação paritária de representantes e de servidores dos Poderes da União,
cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar sua administração. Por sua vez, o art. 15, I da
Orientação Normativa do Ministério da Previdência Social nº 02, de 2009 estabelece que
os RPPS sejam administrados por entidade gestora única vinculada ao Poder Executivo,
que contará com colegiado ou instância de decisão, no qual será garantida a representação
dos segurados, cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar sua administração, quedando-se
silente quanto à garantia da representação paritária.
A unidade gestora única de RPPS, portanto, é autarquia, fundação ou órgão integrante da
estrutura da administração pública do ente federado, com existência individualizada, com
exceção dos militares. Sua competência é administrar o RPPS, mediante realização
consolidada das atividades de arrecadação e gestão de recursos, inclusive os derivados da
compensação financeira com o RGPS; concessão, pagamento e manutenção de, no
mínimo, aposentadorias e pensões por morte concedidas a partir da vigência da EC
41/2003; e que mantenha conselhos administrativo e fiscal que garantam a representação
paritária dos servidores públicos.
Convém destacar que algumas unidades gestoras, como a do Estado do Paraná (Paraná
Previdência) estão organizadas sob a forma de ente para-administrativo de cooperação
governamental, sob a natureza de Serviço Social Autônomo, com personalidade jurídica
de direito privado e sem fins lucrativos. Este modelo não é reconhecido como legal pelo
Ministério da Fazenda, além de ter riscos em ações judiciais, por não ser parte da
administração pública, não tendo, por exemplo, a prerrogativa de inscrição de precatórios.
Por outro lado, apresenta maior autonomia e flexibilidade.
A União detém o RPPS mais desestruturado e o que mais afronta a Constituição, dando
péssimo exemplo para estados e municípios. Não há uma unidade gestora única de
previdência, ficando a cargo de cada órgão conceder as aposentadorias de seus servidores
e pagar com seu próprio orçamento, descumprindo a determinação consagrada no
parágrafo 20, do artigo 40, da Constituição Federal, e dificultando o controle. Não há
nenhum conselho gestor da previdência da União e, consequentemente, nenhuma
participação dos servidores na gestão de sua previdência, descumprindo o art. 10 da
Constituição Federal. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem deliberando por
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intermédio de diversos Acórdãos (o primeiro foi o Acórdão 2.059/2012 e, desde então
tem sido feitos apontamentos nas contas da Presidente), no sentido que o Poder Executivo
tome as providências necessárias para corrigir esses erros.
Ao contrário da União, os Estados e Municípios avançaram muito nos últimos anos na
organização e gestão de suas previdências. Se, por um lado, muitos apresentam um forte
déficit financeiro e atuarial, por outro lado, a maioria deles tomou medidas para atacar
esse déficit no futuro e estruturaram, ainda que não integralmente, o conceito de unidade
gestora única, como pode ser visto no Quadro 5.
Quadro 5: Unidade Gestora de Previdência dos Estados e Distrito Federal
UF Modelo de organização Unidade Gestora Única inclui demais poderes e órgãos autônomos
AL Autarquia Sim (em cronograma de implementação)
BA Administração direta Sim, mas não concede aposentadorias dos demais poderes
CE Administração direta Apenas contabiliza os pagamentos
MA Administração direta Sim
PB Autarquia Sim
PE Fundação pública Sim
PI Administração direta Sim
RN Autarquia Sim, exceto educação
SE Autarquia Sim
AC Autarquia Apenas Defensoria além do Poder executivo
AM Fundação pública Não
AP Autarquia Sim
PA Autarquia Apenas Defensoria além do Poder executivo
RO Autarquia Sim (em cronograma de implementação)
RR Autarquia Não
TO Autarquia Sim
ES Autarquia Sim
MG Autarquia Apenas pensões do Poder Executivo
RJ Autarquia Sim, mas não concede aposentadorias dos demais poderes
SP Autarquia Sim, exceto universidades
PR Serviço social Sim
RS Autarquia Sim
SC Autarquia Sim
DF Autarquia Sim
GO Autarquia Ainda não, apesar de a lei determinar
MS Autarquia Ainda não, apesar de a lei determinar
MT Autarquia especial Ainda não, apesar de a lei determinar
Além disso, houve avanços importantes tanto na gestão de ativos quanto de benefícios,
em grande medida direcionados pela exigência do Certificado de Regularidade
Previdenciária (CRP) e das auditorias do MPS e dos Tribunais de Contas. A necessidade
de cortar gastos indevidos e maximizar os recursos também motivou os RPPS a
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investirem em melhorar a qualificação de seus servidores, modernizar seus sistemas
informatizados, realizar recadastramento de seus servidores, melhorar suas bases de
dados, fazer auditorias internas nos processos de concessão de benefícios, ter equipes
especializadas em investimentos financeiros e se organizarem em associações para
defender os interesses coletivos.
A previdência de São Paulo, a maior entre os RPPS municipais e a terceira no ranking de
RPPS de Estados e Municípios, chega aos seus 108 anos de atividade desarticulada, fora
dos padrões legais e apresentando elevado déficit atuarial com trajetória ascendente.
O Iprem não cumpre o princípio da unidade gestora única visto que não concede as
aposentadorias dos servidores tendo controle apenas sobre as pensões. Todo o processo
de concessão de aposentadorias da administração direta é feito na Secretaria Municipal
de Gestão (SMG), sendo iniciado na unidade de recursos humanos do órgão de lotação
do servidor. Na administração indireta, no Tribunal de Contas e na Câmara Municipal
cada um administra totalmente suas aposentadorias. O Iprem tão somente recebe
informações e processos dos órgãos gestores de aposentadorias para efeitos de elaboração
da avaliação atuarial e requerimento de compensação previdenciária junto ao RGPS.
O Iprem, desde sua concepção em 1909 até 2005, esteve direcionado exclusivamente à
análise, concessão e pagamento de pensões. Em 2005, a Lei Municipal n° 13.973, em
linha com regras constitucionais aprovadas em 2003, dispôs em seu art. 6º que o Instituto
passaria a ser a Entidade Gestora Única das aposentadorias e pensões e responsável pelo
processamento dos dados, concessão e pelo pagamento desses benefícios devidos pelo
Município.
Apesar da Lei, não foi, todavia, o que aconteceu, pois a instituição continuou a ser uma
caixa de pensões e se encontra ainda desprovida de estrutura e de recursos humanos
adequados para atender as finalidades anteriores ao normativo informado. Insta salientar
que, embora os prazos legais iniciais para assunção das novas responsabilidades tenham
sido prorrogados sucessivamente para adequação legal, não foi constituída a
infraestrutura necessária ao alcance daquela finalidade.
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É notória a situação de precariedade em que se encontra o Iprem, sob os mais variados
aspectos. A base cadastral e o sistema de informações carecem de atualização para o
desenvolvimento de módulos específicos voltados à gestão de pensões e aposentadorias.
Até o presente, o Iprem não conta com uma base integrada de dados relativos às
contribuições previdenciárias e às remunerações, proventos e pensões pagos aos
servidores ativos, inativos e pensionistas vinculados ao RPPS, disciplinado no art. 3º da
Lei Federal nº 10.887/2004. Leis e demais normativos que de alguma forma tratam do
tema da previdência, encontram-se esparsos pelos órgãos e entidades municipais,
necessitando de organização, consolidação e centralização.
Até o momento ainda não foi possível imprimir o ritmo desejado para consolidar o
programa que envolve ações de Governança Corporativa, Controle Social e Educação
Previdenciária, iniciativas altamente dependentes da reestruturação da Entidade. A
Entidade não possui, ainda, as condições adequadas para consolidar essas iniciativas que
requerem um quadro de pessoal perene, com qualificação específica e utilização de
ferramentas e sistemas que garantam racionalidade e qualidade na gestão das informações
estratégicas.
A piorar esse quadro no período de dezembro de 2004 a abril de 2017, o Instituto perdeu
aproximadamente 48% de seu quadro efetivo, sem que houvesse concursos públicos para
reposição de mão de obra. Nos próximos anos essa situação tende a se agravar em razão
das possíveis aposentadorias: 21 servidores já cumpriram todas as exigências legais,
podendo se aposentar a qualquer momento; 12 servidores têm previsão de se aposentar
de 2 meses a 3 anos e 6 servidores estarão aptos a se aposentar nos próximos 4 a 5 anos.
O Tribunal de Contas do Município, nos últimos exercícios, vem constantemente
alertando a Administração Municipal para a necessidade da concretização da Entidade
Gestora Única e do equacionamento do déficit atuarial, apontando inúmeras
inconformidades decorrentes da não aplicação da legislação, expondo entre outros
apontamentos:
i. Desarticulação previdenciária no que tange às divergências de interpretação na
concessão das aposentadorias e à confusão entre relação previdenciária e
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relação de trabalho no âmbito da administração pública, acarretando o
sobrestamento de processos;
ii. Redução do repasse de receitas do INSS ao Iprem à título de compensação
previdenciária entre regimes o que contribui para a necessidade de aporte de
recursos adicionais do Tesouro Municipal;
iii. Não definição de taxa de administração destinada ao custeio das despesas da
unidade gestora do RPPS;
iv. Baixo nível de investimentos;
v. Necessidade de adotar medidas de forma a não onerar o erário além da sua real
capacidade em razão do agravamento da dependência financeira do RPPS,
considerando as necessidades de execução das demais funções de governo;
vi. Esforços para assumir todas as atribuições de gestor integral dos benefícios
previdenciários do Município, em atenção ao art.6º da Lei Municipal
13.973/05, principalmente das aposentadorias, observando o esgotamento do
prazo em maio de 2012;
vii. Elaboração, em parceria com a PMSP, de plano de amortização para
equacionar o déficit em 35 anos, conforme alternativas aceitas pelo Ministério
da Previdência Social;
viii. Realização censo previdenciário, de forma a melhorar a qualidade dos bancos
de dados do Instituto e viabilizar o aprimoramento do cálculo do déficit
atuarial;
ix. Adoção de medidas, em conjunto com a PMSP, para desenvolvimento e
implantação de módulos integrados de sistemas de informação, que possam
abarcar e parametrizar as aposentadorias e as pensões.
Diante do exposto, a Fipe recomenda fortemente que, na revisão da legislação
previdenciária, seja modificado o modelo de concessão de benefícios, passando a
concessão tanto de aposentadorias quanto de pensões para o Iprem. Também é
fundamental que a lei determine que todos os órgãos e poderes municipais deem total
acesso às informações cadastrais, funcionais e financeiras de seus servidores ativos e
dependentes, dadas as imperiosas necessidades de realização de avaliações atuariais
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fidedignas e de concessão de benefícios de forma correta. Isso também se aplica a
informações ligadas a afastamentos e demais informações sobre a saúde do servidor.
Seria de grande relevância, após a aprovação da lei que o Iprem faça um censo cadastral
geral dos segurados do RPPS e, em seguida, um censo da vida funcional dos servidores
ativos, visando à implantação de um modelo automatizado de concessão de
aposentadorias, reduzindo riscos de erros e fraudes e agilizando tanto a concessão, quanto
a homologação e eventual compensação previdenciária com o RGPS.
Governança do Iprem
Para gerir adequadamente o RPPS paulistano dentro do novo modelo que propomos com
gestão única de benefícios, aporte de ativos, segregação dinâmica de massas, monetização
de ativos aportados, atuação jurídica agressiva na defesa dos interesses do RPPS
municipal, maior transparência e melhor gestão da informação, é fundamental que seja
revisto o modelo de governança do Iprem.
Sugerimos que a diretoria seja colegiada, com cinco membros, sendo um diretor-
presidente, um diretor de benefícios e relacionamento, um diretor de gestão
previdenciária, um diretor de investimentos e um diretor de administração e finanças.
Nos últimos anos vários RPPS, como são os casos dos Estados do Mato Grosso e de
Rondônia adotaram modelos de governança inspirados nas Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (EFPC), nas quais a diretoria tem mandato definido. No caso
do Estado do Mato Grosso a diretoria é eleita pelo Conselho de Previdência que é
paritário, com um representante de cada poder ou órgão autônomo e o mesmo número de
representantes dos servidores. Tais modelos reduzem o uso político dos cargos de direção
da unidade gestora única, além de serem instrumentos de gestão compartilhada entre o
governo (patrocinador) e os servidores (participantes).
O Conselho Deliberativo do Iprem também precisa mudar sua forma de funcionamento.
Em um modelo de governança pleno, ele precisa ter amplo poder, acima da diretoria.
Deve continuar sendo paritário7. Sugere-se que o Conselho tenha as seguintes atribuições:
7 Tendo em vista a maior responsabilidade que seus membros terão, sugerimos que a gratificação por
participação nas reuniões seja maior do que a atual.
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I- aprovar as políticas e normas aplicáveis ao RPPS;
Il- aprovar diretrizes gerais de atuação do Iprem, na qualidade de Entidade
Gestora Única do RPPS, respeitadas as disposições legais aplicáveis;
III- aprovar o Regimento Interno do Iprem e demais normas necessárias ao
perfeito funcionamento do regime previdenciário municipal;
IV- aprovar o Regimento Interno do Conselho Fiscal do Iprem;
V- elaborar e aprovar seu Regimento Interno;
VI- autorizar a aceitação de bens e direitos, direcionados ao Fundo
Previdenciário, para cobrir o custo atuarial da transferência de segurados do
Fundo Financeiro;
VII- autorizar a alienação ou gravame de bens e direitos integrantes do patrimônio
do Fundo Previdenciário, sem prejuízo da satisfação das exigências legais
pertinentes;
VIII- deliberar sobre a gestão dos fundos administrados pelo Iprem;
IX- deliberar sobre a política de investimentos dos recursos dos Fundos, ouvidos
a Diretoria de Investimentos e o Comitê de Investimentos;
X- estabelecer as diretrizes relativas à aplicação dos recursos econômico-
financeiros, observada a legislação vigente;
XI- aprovar, na forma da lei, sobre a aceitação de doações e legados com ou sem
encargos, que possam ou não resultar em compromisso econômico-financeiro
para o RPPS;
XII- acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a
execução dos planos, programas e orçamentos do RPPS e da Entidade Gestora
Única;
XIII- praticar atos e deliberar sobre matéria que lhe seja atribuída por lei ou
regulamento;
XIV- deliberar sobre a forma de financiamento do RPPS, observada a legislação
vigente;
XV- autorizar o Iprem a firmar contratos ou convênios com instituições financeiras
para a administração, aplicação ou investimento dos recursos do RPPS,
observada a Política Anual de Investimentos;
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XVI- aprovar política de alçada decisória abrangendo todas as áreas gestoras,
determinando limites das competências e atribuições para realização de atos
administrativos decisórios;
XVII- manifestar-se sobre proposta de alteração da estrutura e funcionamento do
lprem;
XVIII- aprovar o regulamento interno de compras e o plano de contas, propostos
pela Diretoria Executiva; e
XIX- deliberar sobre os casos omissos, observadas as regras aplicáveis ao RPPS.
Com o objetivo de garantir a profissionalização do Iprem, os membros da Diretoria
Executiva deverão preencher os seguintes requisitos:
I- possuir formação superior e comprovada experiência profissional de, no
mínimo, cinco anos nas áreas de gestão previdenciária, economia, finanças,
planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria;
II- não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade
administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;
III- não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou funções públicas
rejeitadas por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;
IV- não ter sofrido penalidade administrativa vigente.
Propomos também uma reestruturação do Conselho fiscal e a criação do Comitê de
investimentos.
Contrato de Gestão
Na proposta elaborada pela Fipe sugere-se que seja implementado um contrato de gestão
entre o Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva do Iprem. O contrato de gestão é
um modelo de administração pública focado em resultados. É o ajuste celebrado pelo
Poder Público com órgãos e entidades da Administração direta, indireta e entidades
privadas qualificadas como organizações sociais, para lhes ampliar a autonomia
gerencial, orçamentária e financeira ou para lhe prestar variados auxílios e lhe fixar metas
de desempenho na consecução de seus objetivos.
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Sua previsão legal está no artigo 37, §8° da Constituição Federal8, incluído pela Emenda
Constitucional 19/98. A Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998 estabelece as regras para
elaboração, assinatura, execução e fiscalização do Contrato de Gestão.
De acordo com o dispositivo constitucional, pode-se extrair que contrato de gestão amplia
a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos entes administrativos, a saber,
autarquias e fundações, visando melhores resultados da Administração Pública. É um
instrumento moderno de Administração por Objetivos, que consiste em estabelecer
compromissos periódicos com objetivos e metas de cada uma das empresas estatais com
o Estado. Busca-se com isso migrar o enfoque da atividade governamental dos meios para
os resultados ou fins.
A sugestão é que se faça um planejamento estratégico do Iprem que anteceda a elaboração
do contrato de gestão. Isso é fundamental para a definição de metas e indicadores de
desempenho e a quantificação dos insumos necessários para o alcance dos resultados
desejados. Também é de grande relevância a elaboração de um modelo de aferição e
acompanhamento dos resultados.
O contrato de gestão disciplinará os deveres e direitos entre os signatários, bem como a
avaliação de resultados. A proposta da Fipe é que o contrato de gestão deva conter, sem
prejuízo de outras especificações, os seguintes elementos:
I - objetivos e metas do Iprem, com seus respectivos planos de ação anual, prazos
de consecução e indicadores de desempenho;
II - demonstrativo de compatibilidade dos planos de ação anual com o orçamento
e com o cronograma de desembolso, por fonte;
8 Art.37-A Administração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
§8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade, cabendo a lei dispor sobre:
I- o prazo de duração do contrato;
II- os controles e critérios de avaliação e desempenho, direitos, e obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III- a remuneração do pessoal.
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III - responsabilidades dos signatários em relação ao atingimento dos objetivos e
metas definidos, inclusive no provimento de meios necessários à consecução
dos resultados propostos;
IV - medidas legais e administrativas a serem adotadas pelos signatários com a
finalidade de assegurar maior autonomia de gestão orçamentária, financeira,
operacional e administrativa e a disponibilidade de recursos orçamentários e
financeiros imprescindíveis ao cumprimento dos objetivos e metas;
V - critérios, parâmetros, fórmulas e consequências, sempre que possível
quantificados, a serem considerados na avaliação do seu cumprimento;
VI - penalidades aplicáveis aos dirigentes, proporcionais ao grau do
descumprimento dos objetivos e metas contratados, bem como a eventuais
faltas cometidas;
VII - condições para sua revisão e renovação;
VIII - vigência.
Criação de Carreiras no Iprem
Na mesma linha de profissionalização e gestão por resultados, é elogiável a Proposta da
diretoria do Iprem de criação do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária -
QPGP, composto por duas carreiras: Analista de Gestão Previdenciária – AGP e Técnico
de Gestão Previdenciária – TGP, ambos de provimento efetivo, bem como cargos de
direção compatíveis com o novo modelo organizacional.
O desenvolvimento na carreira do servidor efetivo integrante do QPGP dar-se-á por meio
da progressão funcional e da promoção. Para fins de progressão funcional, o servidor
efetivo integrante do QPGP deverá contar com tempo mínimo de 18 (dezoito) meses de
efetivo exercício em cada Categoria, exceto quando se tratar de progressão para a
Categoria 2 do Nível I, que se dará automaticamente, após a confirmação do estágio
probatório. Para a passagem de um nível para o seguinte propomos que se efetive
mediante resultado das avaliações de desempenho, associado à apresentação de títulos,
certificados de cursos e atividades.
Também consideramos muito oportuna a sugestão da diretoria do Iprem de criação do
Prêmio pelo alcance das metas da Avaliação de Desempenho Institucional e Individual
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 35
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das Atividades Previdenciárias – Adiap. Trata-se de um adicional temporário na
remuneração dos servidores do Iprem condicionado ao alcance de resultado. Portanto,
está em total sintonia com a sugestão da Fipe de implementação de contrato de gestão.
A Adiap se compõe da dimensão individual que visa a aferir o desempenho de cada
servidor no exercício das atribuições do cargo ou função; e da institucional que visa a
aferir o alcance das metas organizacionais, considerando a missão e os objetivos do
Iprem. Será realizada por ciclos de avaliação com periodicidade previamente definida em
regulamento, considerando os registros mensais de acompanhamento das ações e
atividades planejadas e realizadas. A Adiap será utilizada como instrumento de gestão,
com a identificação de aspectos do desempenho que possam ser melhorados por meio de
oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento profissional e de gestão e crescimento
nas carreiras.
As metas referentes à avaliação de desempenho institucional serão fixadas em ato da
Diretoria Executiva utilizando-se como parâmetros indicadores que visam a aferir a
qualidade dos serviços relacionados às atividades do RPPS, podendo ser revistas, a
qualquer tempo, ante a superveniência de fatores que venham a exercer influência
significativa e direta na sua consecução.
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5. PROPOSTAS BÁSICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS DÉFICITS
FINANCEIRO E ATUARIAL: MEDIDAS QUE VÊM SENDO ADOTADAS
POR DIVERSOS RPPS
Vamos tratar nessa seção de um conjunto de medidas que têm sido adotadas por vários
entes para enfrentar os déficits financeiro e atuarial, quais sejam: implantação da
previdência complementar, aumento da alíquota de contribuição dos servidores para 14%
e segregação de massas.
Nos termos do art. 40 da Constituição Federal, é assegurado regime próprio de
previdência de caráter contributivo e solidário aos servidores titulares de cargos efetivos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. A
Constituição Federal de 1988 (art. 40, § 20) veda a existência de mais de uma unidade
gestora do regime próprio de cada ente estatal, ressalvando apenas as peculiaridades
referentes à transferência dos militares para a inatividade (art. 142, § 3º, inciso X). O art.
69 da LRF estabelece que o ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime
próprio de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o
organizará com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio
financeiro e atuarial. As Leis 9.717/1998 e 10.887/2004 definem normas gerais para os
RPPS.
As Leis nº 9.717/1998 e 10.887/2004 definem normas gerais para os Regimes Próprios
de Previdência Social (RPPS). A Secretaria de Previdência Social do Ministério da
Fazenda, o órgão supervisor e regulamentador dos RPPS, tem competência para
realização de auditorias diretas e indiretas para aferir a regularidade do regime. O Decreto
Federal nº 3.788/2001 criou o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), que
define um conjunto de 35 itens (Quadro 6) que devem ser atendidos por todos RPPS,
dentre os quais estão a contabilização das provisões matemáticas previdenciárias do
RPPS, a existência de uma unidade gestora única, o equilíbrio financeiro e atuarial e a
aplicação dos recursos capitalizados de acordo com critérios estabelecidos pelo Conselho
Monetário Nacional. Os tribunais de contas têm a prerrogativa de realizar auditorias e
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 37
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fiscalizações e julgamento de contas por intermédio de fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, patrimonial e atuarial.
Atualmente, todos os estados, o Distrito Federal e 2.077 municípios, incluindo todas as
capitais, têm regimes próprios de previdência social para seus servidores, com um total
de cerca 10 milhões de segurados, entre servidores, aposentados e pensionistas. A
organização do RPPS de cada ente é feita por lei própria, seguindo os princípios
constitucionais e da legislação nacional, que define regras gerais.
Quadro 6: Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP
Critérios:
Acesso dos segurados às informações do regime
Aplicações financeiras de acordo com Resolução do CMN - Decisão Administrativa
Aplicações financeiras de acordo com Resolução do CMN - previsão legal
Atendimento ao Auditor Fiscal em auditoria direta no prazo
Atendimento ao MPS em auditoria indireta no prazo
Caráter contributivo (ente e ativos - Alíquotas)
Caráter contributivo (ente e ativos - Repasse) - bimestral
Caráter contributivo (inativos e pensionistas - alíquotas)
Caráter contributivo (inativos e pensionistas - repasse) - bimestral
Caráter contributivo (pagamento de contribuições parceladas) - bimestral
Caráter contributivo (repasse) - Decisão Administrativa
Cobertura exclusiva a servidores efetivos
Concessão de benefícios não distintos do RGPS - previsão legal
Contas bancárias distintas para os recursos previdenciários
Convênio ou consórcio para pagamento de benefícios
Demonstrativo da Política de Investimentos - DPIN - anual
Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - Dair - Consistência das Informações
Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - Dair - bimestral
Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial – DRAA - anual
Demonstrativo Previdenciário - Consistência das Informações
Demonstrativo Previdenciário - Encaminhamento à SPS - bimestral
Demonstrativos Contábeis
Encaminhamento da legislação à SPS
Equilíbrio Financeiro e Atuarial
Equilíbrio Financeiro e Atuarial - Nota Técnica Atuarial
Escrituração de acordo com Plano de Contas
Existência de colegiado ou instância de decisão em que seja garantida a participação dos segurados
Inclusão de parcelas remuneratórias temporárias nos benefícios
Observância dos limites de contribuição do ente
Observância dos limites de contribuição dos segurados e pensionistas
Regras de concessão, cálculo e reajustamento de benefícios
Unidade gestora e regime próprio únicos
Utilização dos recursos previdenciários - Decisão Administrativa
Utilização dos recursos previdenciários - Previsão legal
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É importante destacar que há centenas de ações de diversos entes, dentre eles o Município
de São Paulo, questionando a legalidade do CRP. Vários deles conseguiram decisões
liminares para concessão do CRP mesmo descumprindo algum dos requisitos elencados
no Quadro 6. Convém destacar que há várias polêmicas sobre o tema. A primeira é se a
União tem poder de interferir na autonomia dos entes definindo regras de funcionamento
dos seus RPPS. A segunda é se a União, mesmo que não tenha esse poder, tem a
prerrogativa de impor condições para efetuar transferências voluntárias, prestar aval ou
conceder empréstimos para entes subnacionais que descumprem regras de
responsabilidade previdenciária que são consideradas de grande relevância.
Ao contrário do entendimento que tem prevalecido no Poder Judiciário, entendemos que
a União tem essa prerrogativa. O que seria inconstitucional seria reter transferências
constitucionais ou legais, como é o caso da compensação previdenciária com o RGPS,
que a Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, condiciona o recebimento ao ente dispor de
CRP. Na mesma linha, a Portaria MPS 288, de 30 de junho de 2015, estabelece que os
entes que tiverem analisado menos processos que o INSS, a menos que tenham analisado
no mínimo 80% dos processos enviados por aquela autarquia, deixam de ter seus
processos analisados e, pior, param de receber os valores mensais dos processos já
aprovados e em manutenção.
Entendemos que isso é inconstitucional, pois se trata de transferência constitucional que
não poderia ser condicionada. Além disso, o critério de correção dos valores a serem
pagos, estabelecido na Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, nos parece igualmente
inconstitucional visto que a União corrige apenas pelo INPC, enquanto as dívidas
previdenciárias dos Entes com o INSS são corrigidas pela taxa Selic acrescida de 1% ao
mês. Este prejuízo é ainda maior no caso do estoque, que até hoje a União não pagou a
Minas Gerais e que tem apenas a correção da inflação. Aliás, a normatização dos RPPS
pela União está repleta de ilegalidades e inconstitucionalidades, conforme detalharemos
mais à frente.
Previdência Complementar
Em relatório anterior informamos que o Município de São Paulo havia apresentado à Fipe
o Projeto de lei que cria a previdência complementar (Sampaprev). Ao analisarmos o
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 39
CI 5133 31
projeto de lei nº 621/16, que foi encaminhado à Câmara dos Vereadores durante a gestão
anterior, identificamos méritos e problemas na proposição.
Em primeiro lugar, consideramos fundamental se criar, o mais rapidamente possível, a
previdência complementar no município de São Paulo. Essa medida além de reduzir o
déficit financeiro e atuarial no longo prazo, também diminui o risco fiscal da previdência
por limitar o benefício ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), atualmente
em valor equivalente a R$ 5.531,31. É fundamental também porque desestimula
aposentadorias precoces, por ser um modelo de contribuição definida e não de benefício
definido.
Todavia, identificamos dois graves problemas no projeto: (i) a criação imediata de uma
instituição para gerir a previdência complementar; e (ii) a questão dos benefícios de risco,
ou seja, das atividades com menor tempo de contribuição e do risco de longevidade.
Quanto ao primeiro tópico, ao criar uma instituição, cria-se um custo de gestão que poderá
reduzir significativamente o valor capitalizado dos primeiros anos tendo em vista que não
haverá grande número de participantes no fundo, pelo menos em horizonte previsível.
Além disso, o valor que está previsto no projeto de aporte pelo município para cobrir as
despesas iniciais parece ser insuficiente9, o que exigirá novos aportes por razoável tempo.
Nossa sugestão foi no sentido de adesão a uma instituição com multi patrocínio, como a
SPPrevcom, pelo menos num primeiro momento. Posteriormente, quando houver escala,
ou seja, quando o número de participantes for grande o suficiente para não comprometer
o valor capitalizado, o tema de criação de uma instituição própria para o município
poderia ser rediscutido. Tendo em vista as discussões já realizadas no âmbito desse
trabalho, parece haver consenso de que nossa recomendação fosse acatada.
Em relação aos benefícios de risco, a preocupação é não mesclar conceitos de
contribuição definida com benefício definido. Isso além de ferir a imposição
constitucional de que a previdência complementar para os servidores públicos deve ser
de contribuição definida, pode levar a uma redução substancial do benefício programado,
frustrando expectativas e criando riscos jurídicos. A solução mais adequada seria a
9 Nossa afirmação está baseada na comparação de casos recentes de criação de instituições de previdência
complementar para servidores públicos.
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CI 5133 32
proteção dos benefícios de risco, como morte e invalidez, por intermédio de seguro de
adesão automática, pago proporcionalmente pelo servidor e município. Nossa sugestão,
tendo em vista as discussões já realizadas no âmbito desse trabalho, parece ter sido
acatada.
Outro problema a ser enfrentado diz respeito aos servidores com tempo de contribuição
reduzido, como é o caso dos professores. Uma possível alternativa seria criar uma
contribuição patronal adicional para esses servidores, proporcional à redução de tempo
de contribuição da respectiva categoria. Dessa forma não se afastaria do modelo de
contribuição definida.
Também apresentamos a sugestão de criar estímulo para os servidores atuais poderem
aderir à previdência complementar. Sugerimos que o Município de São Paulo credite da
conta individual de previdência complementar o montante contribuído pelo servidor além
do teto do RGPS durante todo o período desde sua posse no Município de São Paulo até
à adesão à previdência complementar.
É importante deixar claro que a proposta é transferir apenas os 11% de contribuição do
servidor, e não os 22% da contribuição do Ente. Esse montante seria corrigido pela
inflação e contabilizado na conta do servidor quando de sua adesão à previdência
complementar. Desde então receberia os mesmos rendimentos das demais reservas
garantidoras da previdência complementar do servidor. No entanto, os recursos seriam
efetivamente transferidos pela PMSP à Entidade Fechada de Previdência Complementar
(EFPC) da data da aposentadoria, falecimento ou invalidez do servidor. Isso reduz o custo
de transição da implantação da previdência complementar e não traz nenhum prejuízo
para o servidor que fizer a adesão.
Por fim, o mais complexo dos problemas é a questão da longevidade. Cada vez mais a
expectativa de vida vem crescendo e temos um número crescente de pessoas vivendo mais
de 90 anos e mesmo mais de um século. Para evitar que a reserva matemática dessas
pessoas não seja suficiente para cobrir os benefícios por toda a sua vida, o ideal seria fazer
um seguro de longevidade nos mesmos moldes dos benefícios de risco. Todavia, não
temos convicção de que o município encontrará esse produto no mercado. Caso contrário,
uma possível solução seria o próprio município criar esse seguro, apartado do fundo de
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CI 5133 33
previdência complementar, e com adesão automática para quem estiver nesse fundo. A
adesão automática faz com que o servidor que não desejar o benefício de risco tenha que
assinar um termo de desistência, reduzindo o risco de judicialização futura.
A implantação da previdência complementar, sem considerar a adesão de parte dos
servidores atuais, tem um grande impacto na redução do déficit atuarial, tendo em vista
que reduz os benefícios futuros. De acordo com a avaliação atuarial da Vesting, ajustada
pela Fipe com a exclusão do ano de 2017, essa medida reduziria o déficit atuarial em
R$ 16,4 bilhões. Porém, como as contribuições dos novos servidores acima do teto do
RGPS, bem como as respectivas contribuições do ente, não poderão mais ser utilizadas
para pagar os benefícios dos atuais aposentados e pensionistas, haverá um elevado custo
de transição. O custo atuarial de transição, que é a soma dos montantes que serão
capitalizados ao invés de serem destinados ao pagamento de benefícios será de R$ 16,8
bilhões. O Gráfico 5 mostra como fica a evolução do déficit financeiro com a implantação
da previdência complementar. O fluxo de receitas, despesas e déficit encontra-se no
Anexo deste documento. Verifica-se que no período até 2041 o déficit financeiro será
maior do que no cenário base, em função do custo atuarial de transição, mas esse déficit
reduz-se a partir de então até meados da década de 60, quando se estabiliza em torno de
R$ 10 bilhões. No cenário base, ao contrário, esse déficit continua crescendo de forma
continua.
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Gráfico 5: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da
Previdência Complementar (R$ Bilhões de 31/12/2016)
Fonte: Vesting. Elaboração Fipe.
Consideramos que a grande maioria dos servidores que ingressaram no Município a partir
de 2004 e que têm remuneração acima do teto do RGPS irá aderir à previdência
complementar. Entendemos que o incentivo de não pagar alíquota suplementar e pagar
uma contribuição menor sobre o que exceder o teto do RGPS será um grande estímulo,
somado ao fato do município integralizar as contribuições anteriores do servidor acima
do teto. A diferença de contribuição em casos extremos chegará a 10% em relação à
remuneração total. Já para aqueles que ingressaram até 2003 e que têm direito à
integralidade e paridade, mesmo com a contribuição adicional, não esperamos que haja
um volume considerável de adesão.
Consideramos, portanto, que cerca de 7.200 servidores irão aderir à previdência
complementar. Isto irá representar uma redução adicional de R$ 1,6 bilhão do déficit
atuarial. Dessa forma, o impacto total estimado com a previdência complementar é de
uma redução do passivo atuarial de R$ 18 bilhões. Todavia, essa adesão ampliará o custo
atuarial de transição em R$ 2,9 bilhões, totalizando, R$ 19,7 bilhões.
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CI 5133 35
Segregação de Massas
Um fundamento definitivo para iniciar o processo de mitigação do passivo previdenciário
é a segregação de massas. Em poucas palavras, segregar massas para o Regime Próprio é
dividir o conjunto de servidores em subconjuntos conforme a data de admissão, idade ou
uma composição dos dois critérios anteriores.
Se a segregação visa separar servidores com benefícios de características muito
diferentes, a boa norma indica que um corte ideal seria a partir da EC 41/2003, visto que
os servidores que eram ativos naquele momento estão sujeitos a regras diferentes daqueles
que foram admitidos após a referida Emenda Constitucional. O primeiro grupo, dadas as
regras aplicáveis, constitui enorme passivo previdenciário, cujo custo deverá ser mitigado
pelo ente público. Esse grupo normalmente é alocado a um Plano denominado “Plano
Financeiro”. O segundo grupo refere-se ao conjunto de servidores públicos contratados
ou admitidos depois do mencionado instituto legal. Esse segundo grupo, pelas
características legais a eles aplicáveis, são alocados em um Plano, denominado “Plano
Previdenciário”, capitalizado e com equilíbrio financeiro e atuarial.
O município de São Paulo não fez essa segmentação de massas, da mesma forma que
alguns outros entes como os Estados do Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. Fazer uma
segmentação ou segregação de massas com esse ponto de corte agora implicaria em um
custo de transição muito grande e a criação de um plano de equacionamento do déficit do
fundo previdenciário que nasceria com um elevado déficit em função de 14 anos sem
capitalização.
Nesses casos, a medida que tem sido adotada é fazer a segregação de massas tendo como
data de corte a data de implantação da previdência complementar, que é a data de
aprovação do plano de benefícios pela Previc. É importante destacar que vários entes que
haviam feito a segregação de massas com data de corte anterior não suportaram o custo
de transição e refizeram a separação a partir da criação da previdência complementar,
tendo utilizado os recursos capitalizados para pagar benefícios do Plano Financeiro. Este
foi o caso dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Goiás e o
Distrito Federal.
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Porém, mesmo nesse modelo menos ousado de capitalização, trata-se de uma necessidade
de financiamento que exigirá medidas adicionais para ser suportado pelos cofres
municipais. O custo de transição10 eleva a despesa em R$ 12,9 bilhões. Esse fenômeno
não é particularidade de São Paulo. A título de ilustração, o montante já capitalizado no
Estado de Minas Gerais, que corresponde ao custo atuarial de transição materializado até
2014, considerando o valor que seria transferido ao longo do ano, somava cerca de R$ 4,5
bilhões. Os números do Distrito federal são similares. Santa Catarina e Rio Grande do
Norte, comparando com a RCL também tem a mesma magnitude.
Faz-se necessária, por conseguinte, a adoção de medidas complementares para reduzir
esse impacto e permitir que o Município suporte as três primeiras décadas, período em
que o custo de transição é bastante elevado. Uma medida que vários entes têm adotado é
o aumento da alíquota de contribuição dos servidores para 14%. Outra medida que tem
grande impacto para redução do custo atuarial de transição é a segregação dinâmica de
massas, mediante o aporte e monetização de ativos, que descreveremos no próximo
módulo.
Ampliação da alíquota dos servidores para 14% e do ente para 28%
Os primeiros entes a tomarem a iniciativa de aumentar a alíquota do padrão de 11% para
servidores e 22% do ente, foram os estados do Rio Grande do Sul e de Goiás. Ambos
enfrentaram batalhas judiciais.
No caso do Rio Grande do Sul o Tribunal de Justiça daquele estado acatou Ação Direta
de Inconstitucionalidade do reajuste da alíquota dos servidores para 14%, que foi proposta
pelo procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo de Lima Veiga, que é o
chefe do Ministério Público. Originalmente, a alegação de inconstitucionalidade foi
provocada pela União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, presidida pelo
também presidente da Associação dos Juízes do RS (Ajuris), Giovani Pio Dresch. A
10 O denominado “custo de transição” é, em verdade, a explicitação de parte do passivo atuarial pré-
existente. Ao migrar de um sistema de repartição para outro de capitalização, perde-se parte da receita para
financiamento da despesa corrente com pagamento de benefícios do sistema de repartição. Essa perda de
receita que se estenderá até o p pagamento do último benefício tem sido chamada de custo de transição. No
caso da PMSP é importante destacar que o efeito agregado de diversas medidas propostas não pode ser
simplesmente somado, conforme pode ser visto nas tabelas no Anexo.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 45
CI 5133 37
alegação seria de que o aumento configuraria confisco, além da progressividade não ser
autorizada pela constituição. Também foi alegado que não havia cálculo atuarial que
justificasse a necessidade da medida11.
No STF, o Ministro Joaquim Barbosa revogou a liminar concedida pelo TJ/RS,
autorizando a cobrança da contribuição de 14%:
No caso do Estado do Rio Grande do Sul, o voto-condutor descreve a
situação temerária das fontes de custeio da previdência do servidor público
local: “Até 1998, as despesas previdenciárias dos servidores públicos
brasileiros ficavam, em sua totalidade, a cargo dos respectivos entes
federados, ressalvadas apenas as hipóteses de cobrança de contribuição para
o custeio do benefício de pensão. […]. No Estado, em 2005, foi estruturado
o Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, que passou a ser gerido
exclusivamente pelo Instituto de Previdência do Estado – Ipergs, com o
estabelecimento da alíquota de contribuição de 11% para os servidores. Em
2011, com a aprovação das Leis Complementares Estaduais nº. 13.757 e nº.
13.758 e diante dos índices alarmantes do passivo previdenciário, houve a
segmentação dos servidores em dois grupos de previdência pública: um sob
o regime de repartição simples e outro sob o regime de capitalização. No
mesmo ano de 2011, a alíquota de contribuição dos servidores civis e
militares integrantes do regime financeiro de repartição simples e do regime
de capitalização – Fundoprev – foi majorada de 11% para 14%, o que foi
objeto de ação direta de inconstitucionalidade – nº. 70045262581 – julgada
11 A contribuição previdenciária, por força de sua natureza de tributo, subordina-se aos princípios
constitucionais gerais de direito tributário e em especial aos princípios da correlação (art. 195, §5º, da CF),
da finalidade (art. 149, §1º, da CF), do equilíbrio financeiro e atuarial (art. 40 da CF) e da vedação ao
confisco (art. 150, inciso IV, da CF). Por se subordinar a tais princípios constitucionais, a majoração da
alíquota da contribuição previdenciária deve vir amparada em minucioso cálculo atuarial. Os cálculos
atuariais existentes nos autos, no entanto, a par de intempestivos, porquanto elaborados após a edição e
sanção das leis complementares inquinadas, aparentemente trazem severas inconsistências que, em
princípio, retiram a legitimação da majoração da alíquota da contribuição previdenciária no Estado. Assim,
presentes o fumus boni iuris da autora e o periculum in mora, afigura-se prudente o deferimento da medida
liminar para o efeito de suspender a aplicação imediata do disposto nos artigos 10-A e 14, ambos da Lei
Complementar nº 13.757-2011, e nos artigos 10-A e 15, ambos da Lei Complementar nº 13.758-2011 até o
julgamento do mérito da presente ação direta de inconstitucionalidade. MEDIDA LIMINAR DEFERIDA,
POR MAIORIA.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 46
CI 5133 38
procedente por este Órgão Especial sob o argumento de que violados os
princípios da isonomia e da capacidade contributiva, representando, quanto
ao último, verdadeiro caráter de confisco. Neste ano de 2012, foram
aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionadas pelo
governo estadual as Leis Complementares nº 14.015 e nº 14.016, que
incluíram dispositivos nas Leis Complementares nº 13.757 e nº 13.758,
renovando o tema da majoração da alíquota previdenciária, estabelecendo-
a em 13,25%”. (grifei – Doc. 01, p. 15).
O voto-condutor não nega a existência da causa (déficit), mas, não obstante,
afirma que ao Estado caberia responder pelos prejuízos a que deu origem
por sua imprevidência, inabilidade ou má-fé. Esse argumento é relevante e
deve ser apreciado profundamente no momento oportuno. Porém, para fins
da suspensão de liminar, a manutenção do quadro é mais perniciosa à
confiança no sistema jurídico do que sua reversão.
Se o estado-requerente não puder reduzir o déficit do RPPS com a
solidariedade dos servidores públicos, esses valores serão cobrados de toda
a sociedade.
A União já reconheceu que assim procede, em sustentação oral (ADI 2.556,
rel. min. Joaquim Barbosa, Pleno, DJe de 20.09.2012), como bem afirma o
estado-requerente:
“[a suspensão do tributo obriga] que cada vez mais os recursos oriundos do
Caixa Único – que deveriam ser aplicados nas áreas de saúde, educação e
segurança públicas, sejam alocados para o pagamento dos benefícios
previdenciários dos servidores públicos estaduais, já que constitui fato
notório da inexistência de equilíbrio entre contribuição e benefícios
previdenciários”. (Doc. 01, p. 16).
Esta não é a ocasião adequada para exame da legitimidade da “partilha do
custo decorrente da inconstitucionalidade normativa, negociada com a
sociedade” como solução constitucional válida. Mas, segundo a
racionalidade do próprio argumento utilizado pelo TJ/RS, se o servidor
público não deveria responder pelos supostos erros do Estado na condução
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CI 5133 39
de sua política previdenciária, muito menos legitimado estaria o cidadão
comum a ser chamado para contribuir com benefícios que nunca lhe foram,
nem serão concedidos.
Do risco real de insolvência prática decorre o interesse direto dos
servidores-beneficiários na regularidade das finanças públicas do Regime
Próprio de Previdência.
Portanto, reconheço que há fundada pertinência pessoal entre o grupo de
contribuintes (servidores) e a finalidade da exação, ao mesmo tempo em que
inexiste qualquer relação entre os segurados do Regime Geral de
Previdência Social e o tributo destinado a corrigir o déficit do RPPS.
Parece-me bem demonstrado que a manutenção da liminar implicaria apenar
os segurados do RGPS e demais pessoas que não sejam servidoras públicas
vinculadas ao RPPS local.
Ante o exposto, concedo a medida pleiteada, para suspender
temporariamente a medida liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul nos autos do Processo 70051297778, até seu trânsito em
julgado. A medida que ora se concede é precária e efêmera, podendo ser
revista a qualquer momento, se demonstrada a alteração do quadro fático-
jurídico que embasa esta decisão. (grifo nosso)
No caso do Estado de Goiás, verificou-se situação similar. A Associação dos Magistrados
do Estado de Goiás (Asmego) entrou com ação no Tribunal de Justiça do estado e
conseguiu liminar suspendendo a cobrança do tributo. As alegações foram similares às
feitas no Rio Grande do Sul12. O Ministro Joaquim Barbosa concedeu liminar similar para
12 Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei complementar estadual nº 100/2012. Majoração de alíquota da
contribuição previdenciária do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás. Medida cautelar.
Fumus boni juris e Periculum in mora. Ausência de Periculum in mora reverso. Suspensão da aplicação de
lei estadual. Medida Cautelar deferida inaudita altera pars.
I – Não se configura interesse exclusivo da magistratura estadual quando os efeitos da norma estadual
impugnada atingem todas as categorias de servidores públicos do respectivo Estado-membro, como é caso
de Lei Complementar Estadual que majora a contribuição previdenciária recolhida ao Regime Próprio de
Previdência Social.
II – Por força dos princípios constitucionais da correlação (art. 195, §5º, da CF), da finalidade (art. 149,
§1º, da CF), do equilíbrio financeiro e atuarial (art. 40 da CF) e da vedação ao confisco (art. 150, inciso IV,
da CF), a majoração de alíquota incidente sobre contribuição previdenciária descontada dos servidores
públicos para custeio do Regime Próprio de Previdência Social depende da apresentação prévia de
minucioso cálculo atuarial.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 48
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o Estado de Goiás autorizando a cobrança da alíquota maior, no caso de 13,25% para os
servidores e 26,5% do ente. Posteriormente Goiás ampliou a alíquota de seus servidores
para 14,25%. Vários outros entes seguiram os passos dos dois estados, geralmente
aplicando uma alíquota de contribuição do servidor de 14%.
No dia 1º de março de 2017, O STF decidiu que vai analisar o recurso do Estado de Goiás
com repercussão geral, reconhecida pelo Plenário Virtual. Portanto, irá deliberar com
efeitos para todos os entes sobre os parâmetros constitucionais para a legislação que prevê
o aumento de alíquota de contribuição previdenciária de servidores vinculados a regime
próprio de previdência social. O tema será debatido no Recurso Extraordinário com
Agravo (ARE) 875958, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.
Ao analisar a ação ajuizada pela Asmego, o TJ-GO declarou a inconstitucionalidade da
lei local, acolhendo a argumentação de que a ausência de cálculo atuarial para
fundamentar a majoração afetaria o caráter contributivo e o equilíbrio financeiro e atuarial
do sistema previdenciário. Segundo o acórdão recorrido, a justificativa para o aumento –
a existência de déficit previdenciário – não é idônea, de modo que fere a razoabilidade e
a vedação de tributos para efeito de confisco. No recurso dirigido ao STF, o governador
de Goiás alega que foram realizados estudos para avaliação atuarial do RPPS, mas que
esse requisito é determinado em legislação infraconstitucional e não poderia ter sido
utilizado para a declaração de inconstitucionalidade de lei.
III – A inexistência do cálculo atuarial embasando a edição da norma submetida ao controle concentrado
de constitucionalidade, prevendo a majoração da alíquota da contribuição previdenciária, é suficiente para
que se reconheça a plausibilidade jurídica da ação, fumus boni juris.
IV – Evidenciado também o periculum in mora pela proximidade da vigência da norma impugnada, que
acometerá elevação do desconto previdenciário nos vencimentos dos servidores públicos do Estado de
Goiás, que tem natureza alimentar, deve ser deferida medida cautelar pleiteada para suspender a eficácia
da Lei Complementar Estadual no 100, de 27/12/2012, até o julgamento final da presente ação, tendo em
vista a temeridade da incidência da contribuição previdenciária, com a alíquota majorada, sobre de natureza
verba alimentar, o que coloca o perigo da demora in reverso, em favor do servidor público contribuinte e
não em favor do ente estatal.
V – Configura-se situação de excepcional urgência para deferimento de medida liminar inaudita altera parte
na forma do § 3º, do art. 10, da Lei no 9.868/99, a iminente vigência de lei estadual que majora contribuição
previdenciária, estando ela ainda submetida a controle concentrado de constitucionalidade, uma vez que
seus efeitos poderão causar lesão de difícil e incerta reparação no patrimônio dos contribuintes.
Medida cautelar deferida. Suspensão dos efeitos da Lei Complementar Estadual no 100/2012”. (ADI-EST
92447-30.2013.8.09.000)
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 49
CI 5133 41
Em sua manifestação quanto à repercussão geral do caso, o ministro Barroso ressaltou
que as questões constitucionais suscitadas pelo Estado de Goiás possuem relevância
econômica, social e jurídica e devem ser submetidas a um debate mais amplo, pois não
existem precedentes do STF aptos a manter a decisão proferida pelo TJ/GO. No
entendimento do relator, a matéria deve ser examinada pelo Plenário a fim de que haja
pronunciamento quanto ao aumento das contribuições previdenciárias dos servidores
públicos estaduais e a sua relação com o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial, o
caráter contributivo do regime, a razoabilidade e a vedação da utilização com efeito de
confisco.
Quanto à relevância econômica, o relator observa que a administração pública dos estados
da federação tem vivido notório agravamento de suas crises fiscais e econômicas,
reconhecendo a necessidade de incremento nas fontes de custeio de suas previdências. O
ministro aponta que, além de Goiás, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
possui em tramitação projeto de lei para majoração da alíquota da contribuição
previdenciária de seus servidores, que o Estado da Bahia já possui essa previsão e que a
mesma proposta também está em discussão em Santa Catarina. Além disso,
representantes de diversos estados se reuniram com o presidente da República a fim de
pleitear auxílio financeiro da União, ocasião em que teriam firmado um acordo de ajuste
de contas que envolve o aumento das contribuições previdenciárias de seus servidores.
A relevância social, em seu entendimento, ocorre porque a situação tem grande potencial
de ser replicada em outros casos nos quais se discuta a constitucionalidade dos referidos
reajustes – os já aprovados e os que venham a ser. Além do fato de que o Brasil possui
mais de três milhões de servidores públicos, em sua maioria, estaduais. Já a relevância
jurídica, revela-se na medida em que é necessária análise da legislação estadual em
relação aos dispositivos constitucionais, que devem embasar a atividade legislativa dos
entes quanto ao poder de instituir contribuições previdenciárias sobre os seus servidores,
prerrogativa conferida no artigo 149, parágrafo 1º, da Constituição Federal. A
manifestação do relator pelo reconhecimento da repercussão geral da matéria foi seguida
pela maioria dos ministros em deliberação no Plenário Virtual do STF, vencido o ministro
Edson Fachin.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 50
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Portanto, entendemos que, enquanto não for julgada a ação do Estado de Goiás, não há
risco de suspensão da cobrança da majoração da alíquota de 11% para 14% e patronal de
22% para 28%. Além disso, pelo teor da argumentação do Ministro Barroso, há grande
probabilidade do STF decidir pela constitucionalidade da majoração.
Atualmente a contribuição dos servidores, aposentados e pensionistas do RPPS municipal
cobre apenas 15,1% das despesas com benefícios, ficando o restante, que soma quase seis
vezes esse montante, sob responsabilidade da população, parte por meio de alíquota do
ente e a maior parcela por intermédio de cobertura do déficit.
Esta divisão não é justa, ainda mais considerando que o salário médio dos servidores é
superior à renda média dos cidadãos do município. Nesse sentido, seguindo o exemplo de
diversos estados e municípios, propomos a ampliação da alíquota normal de contribuição
dos servidores, aposentados e pensionistas para 14%. Na mesma linha, mantendo a
relação de dois para um, sugerimos a ampliação da alíquota do município para 28%. Essa
medida, além de reduzir o déficit, permitirá uma maior participação de todos os setores
da administração municipal no enfrentamento daquele que é o nosso maior desafio nas
próximas décadas, o déficit previdenciário.
Essa medida tem um impacto financeiro e atuarial substancial. O impacto atuarial do
acréscimo da contribuição do servidor, que é o recurso efetivamente adicional, é de R$ 9
bilhões. Somando-se com o acréscimo da contribuição patronal chegamos a um impacto
positivo de R$ 21,1 bilhões.
O aumento da alíquota patronal, ao contrário do que aparenta à primeira vista, não é
neutro. Em primeiro lugar, ela representa uma espécie de desvinculação de receitas para
a previdência social. O nosso sistema orçamentário está repleto de vinculações de receitas
sejam para determinadas despesas, sejam para poderes e órgãos autônomos. O governante
detém controle apenas de um orçamento residual para arcar com as despesas das demais
áreas, o déficit do RPPS e os investimentos.
Esses sub-orçamentos são protegidos por vinculações de receita (como saúde e educação)
ou por “autonomia financeira e administrativa” (como é o caso, no Município de São
Paulo, da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas). Ao definir a vinculação de
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recursos para saúde, a Lei Complementar nº 141, de 2012, estabeleceu explicitamente que
o pagamento de inativos e pensionistas não seria considerado parte dos gastos em saúde
para efeito do cumprimento da exigência legal de um piso de gastos nessa área. Já no caso
de educação, embora não haja dispositivo legal similar ao de saúde, esse tipo de gasto foi
transferido para a responsabilidade do sub-orçamento residual relativo aos gastos
discricionários. Algo similar ocorreu com os poderes autônomos, que também possuem
gastos limitados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Portanto, a alíquota suplementar patronal representa uma forma de socializar entre os
diversos órgãos do município o pagamento de seus aposentados e pensionistas. Além
disso, trata-se de uma forma de explicar melhor para a sociedade o custo da previdência
municipal.
O impacto agregado da implantação da previdência complementar, com adesão de
servidores antigos, especialmente aqueles que ingressaram a partir de 2004, com a
segregação de massas e o aumento da alíquota de contribuição do servidor para 14% e do
Município para 28% é uma redução do déficit atuarial de R$ 29,4 bilhões. Isto representa
uma redução de 18,9% do déficit. O Plano Financeiro fica com um passivo atuarial de
R$ 139,9 bilhões e o Plano Previdenciário com um superávit de R$ 13,6 bilhões. A
dinâmica do Plano Financeiro nesse modelo está demonstrada no Gráfico 6. Verifica-se,
comparando com os dois gráficos anteriores que nesse modelo o déficit será praticamente
extinto na década de 2080. Sem a segregação de massas, mas com previdência
complementar, no longo prazo, o déficit se estabilizará e sem nenhuma medida adicional,
continuará crescendo de forma indefinida, tornando as finanças no Município de São
Paulo insustentáveis.
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Gráfico 6: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da
Previdência Complementar, Segregação de Massas e Aumento de Alíquotas
(R$ Bilhões de 31/12/2006)
O superávit atuarial do Plano Previdenciário pode ser reduzido pela transferência de vidas
do Plano Financeiro, conforme detalharemos melhor no próximo módulo quanto
estivermos tratando da segregação dinâmica de massas. O custo de transição da
implantação desse conjunto de medidas é de R$ 27,9 bilhões. Mesmo amenizado pelo
aumento da arrecadação da contribuição dos servidores, ainda implicaria num esforço
adicional do Município de 18,9 bilhões além do enorme esforço fiscal que já haveria no
modelo atual de organização do RPPS. Faz-se necessária, portanto, a adoção de outras
medidas, além dessas que vêm sendo normalmente utilizadas para reduzir de forma mais
significativa o déficit, com um custo de transição menor.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 53
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6. MEDIDAS ADICIONAIS PARA EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT
FINANCEIRO E ATUARIAL DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Nessa seção iremos detalhar e apresentar uma estimativa de impacto de um conjunto de
medidas na área de custeio, benefícios e gestão. O foco maior será na área de custeio, que
é o tema central das medidas no PL 641/2016 para o equacionamento do déficit financeiro
e atuarial do RPPS. Pretendemos explicar o modelo de segregação dinâmica de massas,
que tem como objetivo evitar o descasamento entre os fluxos de receitas e despesas que
as segregações convencionais têm provocado. Esse modelo visa alinhar o aporte de ativos,
com monetização futura, para a cobertura do passivo atuarial, com a transferência de vidas
do fundo financeiro para o previdenciário, até a total eliminação do déficit atuarial.
Enquanto isso não corre, lança-se mão da alíquota suplementar, cumprindo-se os art. 40
e 249 da Constituição Federal. Buscamos também fazer uma análise econômica, com
embasamento legal, para subsidiar uma defesa jurídica da proposta.
No tocante a benefícios, como quase tudo depende da Constituição Federal, fazemos
apenas breves sugestões e estimativas de impactos financeiros e atuariais da aprovação
da reforma da previdência, que se somaria às medidas adotadas pelo PL 641/2016. Quanto
à gestão, além da análise do modelo atual e sugestão de reestruturação completa, que
tratamos na seção 3 deste relatório, tratamos aqui de algumas medidas a serem tomadas
para redução ou eliminação de despesas inadequadas e de ações judiciais referentes à
compensação previdenciária com o RGPS e ao Pasep.
Alíquota Suplementar
O caput do art. 40, combinado com o art. 249, ambos da Constituição, apresentam as
premissas básicas para o plano de custeio dos RPPS: eles devem se financiar com
contribuições patronais e dos segurados, tanto servidores, quanto aposentados e
pensionistas, podendo ser aportados ativos do ente para a cobertura de eventuais déficits
atuariais. Portanto, não é permitida a cobertura de insuficiências financeiras com
impostos ou outras contribuições.
Desta forma, um regime de repartição simples, como o modelo que está vigente no
Município de São Paulo – e em grande parte dos estados e na União –, para atender as
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normas constitucionais e não apresentar déficit atuarial deveria ter uma soma entre
alíquota patronal e do servidor que cobrisse todo o custo dos benefícios. À receita de
contribuições é também possível que outros ativos possam ser aportados de modo a
contribuir para o equilíbrio atuarial.
O aumento da alíquota normal tanto dos servidores, aposentados e pensionistas, quanto
do Município reduz o déficit, mas nem de longe resolve o problema, conforme foi
demonstrado na seção anterior. Para garantir o equilíbrio financeiro e atuarial
determinado pelo caput do artigo 40 da Constituição Federal faz-se necessária a criação
de uma alíquota suplementar.
Apesar de ser mais justo manter a relação de dois para um entre alíquota do Município e
dos segurados, estamos propondo uma participação muito maior da sociedade, com o
objetivo de não onerar exageradamente os servidores tendo em vista que parte do
problema deve-se a erros do passado e parte devido às regras de aposentadoria dos atuais
segurados, que garantem benefícios muito superiores à soma das contribuições.
Lembramos que a maior parte dos servidores que estará no Plano Financeiro tem acesso
à integralidade e paridade além de regras que permitem uma aposentadoria em idade
relativamente baixa, gerando benefícios em muitos casos com duração superior ao tempo
de contribuição.
Como a alíquota suplementar visa à cobertura do déficit financeiro e atuarial e o Plano
Previdenciário será um fundo equilibrado (no início terá superávit), a alíquota
suplementar deve incidir apenas para os participantes do Plano Financeiro, visto se tratar
de um plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial no prazo de 75 anos, que
é o prazo de abrangência das avaliações atuariais dos RPPS. Com o objetivo de fazer
justiça contributiva, propõe-se a aplicação de uma alíquota progressiva, por faixa de
rendimento, conforme progressividade detalhada no Quadro 7. A lógica será a mesma do
imposto de renda. Isto é, para cada faixa da remuneração incidirá a alíquota referente
àquela parcela, evitando uma majoração total da contribuição ao superar em pequena
monta o teto da faixa anterior. Dessa forma, os servidores com menores salários serão
menos onerados. As faixas serão definidas em múltiplos da menor remuneração bruta
mensal dos servidores públicos municipais, o piso municipal. Por se tratar de uma
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contribuição suplementar para equacionamento do déficit atuarial, a contribuição sobre
as aposentadorias e pensões não será um adicional à contribuição prevista no parágrafo
18 do artigo 40 da CF. Ela seguirá os mesmos parâmetros estabelecidos para os servidores
ativos, tal qual ocorre nas EFPC quando há déficit atuarial a ser equacionado.
Quadro 7 – Tabela de Incidência da Alíquota Suplementar para Servidores,
Aposentados e Pensionistas em Múltiplos do Piso Remuneratório da PMSP
A progressividade da alíquota suplementar, além de justiça social, cumpre dois princípios
que estão previstos no Art. 40 da CF. Em primeiro lugar, a caput do art. 40 determina que
os RPPS são “regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas”. Portanto a contributividade determina que os servidores devem contribuir
de acordo com o benefício a que têm direito. Logo, aqueles que têm benefícios mais
onerosos do ponto de vista atuarial deveriam contribuir mais. A integralidade, que é
garantida aos servidores que ingressaram no serviço público até 2003 (grande maioria dos
membros do Plano Financeiro), em geral praticamente dobra o benefício em relação à
média de contribuições para aqueles servidores com maior remuneração. Isto ocorre
porque indivíduos iniciam sua vida laboral com salários mais baixos, galgando
progressões ao longo da vida laboral. Além disso, entre os servidores públicos é comum
iniciar a carreira em categorias com menor remuneração e, mediante concursos públicos
ir subindo para cargos mais qualificados e melhor remunerados. Essa combinação de
trajetórias faz com que o servidor tenha um salário final muito superior ao do início de
sua vida laboral.
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Os servidores de menor remuneração geralmente não têm uma elevação salarial tão
significativa quanto aqueles de carreiras mais qualificadas, visto que não tiveram a mesma
acessão profissional, tendo apenas o incremento da progressão na carreira, além de um
pequeno adicional caso tenham iniciado a vida laboral no setor privado. Mesmo assim, a
integralidade também garante um aumento substancial para este grupo em relação à média
das contribuições, que é a regra aplicada para quem ingressou a partir de 2004. Todavia,
por ser menor, não é justo que ele pague o mesmo percentual cobrado dos servidores com
maior remuneração.
O princípio da solidariedade, constante no caput do art. 40, ratifica ainda mais o
entendimento do alinhamento constitucional da progressividade da alíquota suplementar.
Além disso, o parágrafo 12, do artigo 40 da CF estabelece que “Além do disposto neste
artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo
observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social”. Portanto, como no RGPS a alíquota é diferenciada de acordo com o
salário de contribuição, modelo similar de cobrança de contribuição dos servidores está,
a nosso juízo, autorizado pela CF.
O RPPS, no que diz respeito ao alcance do equilíbrio financeiro e atuarial de que trata o
caput do art. 40 da CF, muito mais se assemelha à previdência complementar do que ao
RGPS. Aliás, para cumprir esse princípio, a grande maioria dos municípios criou fundos
capitalizados, na lógica de benefício definido e fundo mutualista (não há conta
individualizada). Este é o mesmo modelo da grande maioria dos fundos mais antigos de
previdência complementar, como é o caso do Previ I (administrado pela Previ – Caixa de
Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e do REG/Replan não Saldado
(administrado pela Fundação dos Economiários Federais – Funcef).
A Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que regulamenta o funcionamento
da previdência complementar, estabelece, no seu artigo 2113, que ocorrendo déficit
13 Art. 21. O resultado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas será equacionado por
patrocinadores, participantes e assistidos, na proporção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo
de ação regressiva contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuízo à entidade de
previdência complementar.
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atuarial, este será equacionado pelos patrocinadores, participantes e assistidos, na
proporção existente entre as suas contribuições. O equacionamento poderá ser feito,
dentre outras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, instituição de
contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder. No caso dos RPPS
não é possível haver redução do valor dos benefícios, cabendo, portanto, as outras duas
possibilidades, conforme está sendo proposto neste estudo.
Atualmente vários dos maiores fundos de pensão de empresas estatais estão com planos
de equacionamento do déficit em vigor, com a aplicação do mecanismo de alíquotas
suplementares dos participantes, assistidos e patrocinadores, como é o caso da Funcef,
Postalis – Instituto de Previdência Complementar dos Correios e Petros – Fundação
Petrobras de Seguridade Social. O Postalis tem dois planos de equacionamento do déficit
em vigor, com uma alíquota total de 17,92% tanto para os participantes quanto para os
assistidos (aposentados e pensionistas).
No caso da Petros, o déficit atuarial a ser equacionado é de R$ 27,7 bilhões e será dividido
entre as patrocinadoras (Petrobras, Petrobras Distribuidora e Petros) e os participantes
ativos e assistidos do Plano. As patrocinadoras14 são responsáveis por 49,45% (R$ 13,7
bilhões); os participantes ativos, por 22,75% (R$ 6,3 bilhões); e os assistidos respondem
por 27,8% (R$ 7,7 bilhões). A divisão entre participantes ativos e assistidos segue a
proporção dos compromissos do plano (passivo) com cada um desses grupos. Como se
trata de um plano maduro, que já tem mais aposentados e pensionistas do que
participantes ativos, os assistidos são mais numerosos e, portanto, têm maior percentual
de participação no equacionamento. O prazo será de 18 anos.
§ 1º O equacionamento referido no caput poderá ser feito, dentre outras formas, por meio do aumento do
valor das contribuições, instituição de contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder,
observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
§ 2º A redução dos valores dos benefícios não se aplica aos assistidos, sendo cabível, nesse caso, a
instituição de contribuição adicional para cobertura do acréscimo ocorrido em razão da revisão do plano.
§ 3º Na hipótese de retorno à entidade dos recursos equivalentes ao déficit previsto no caput deste artigo,
em consequência de apuração de responsabilidade mediante ação judicial ou administrativa, os respectivos
valores deverão ser aplicados necessariamente na redução proporcional das contribuições devidas ao plano
ou em melhoria dos benefícios. 14 O percentual da patrocinadora não atinge 50% exatos em função da existência de participantes
autopatrocinados, aqueles que se desligaram da empresa, mas continuaram no plano contribuindo sozinhos
com a sua parte e a que seria paga pela empresa patrocinadora do plano, e demais situações semelhantes.
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O modelo de cobrança da contribuição dos participantes e assistidos é similar ao que
estamos propondo para o Município de São Paulo, ou seja, é progressivo. A menor
alíquota de contribuição extraordinária para os participantes ativos será de 3,20% e
incidirá sobre salários de contribuição de até R$ 2.765,66, correspondente à metade do
teto de contribuição do RGPS. Quem ganha acima disso pagará 3,20% sobre essa parte
do salário de contribuição mais 6,63% sobre a fatia do salário de contribuição que vai de
R$ 2.765,67 até R$ 5.531,31. Para quem ganha mais que o teto do RGPS, o processo de
cobrança é igual: a primeira fatia do salário de contribuição paga 3,20%, a segunda paga
6,63% e apenas na parte do salário de contribuição que passa de R$ 5.531,31 é que a taxa
será de 24,34%. A contribuição extra será a soma desses descontos. Isso significa que
ninguém pagará a alíquota máxima de 24,34% sobre o total do seu salário de contribuição,
mas sim o resultado da combinação das três alíquotas. Em um salário de contribuição de
R$ 10 mil, por exemplo, a contribuição extra será R$ 1.359,54 ou 13,59%.
A Funcef também tem um modelo de equacionamento do déficit progressivo como a
Petros e o proposto para o Município de São Paulo. No entanto na Funcef há dois planos
deficitários: o REG/Replan Saldado e o REG/Replan Não Saldado e dois planos
equilibrados, o REB e o Novo Plano. Os participantes e assistidos desses planos
equilibrados não pagam alíquota suplementar, tal qual defendemos que ocorra em São
Paulo para os servidores que estarão no Plano Previdenciário. Já os participantes e
assistidos dos dois planos deficitários estão pagando alíquotas suplementares
progressivas e diferenciadas de acordo com o perfil de cada plano. No caso do
REG/Replan Não Saldado, que é um plano de benefício definido e que garante benefício
com a última remuneração do participante, tal qual o Plano Financeiro da PMSP, o déficit
é proporcionalmente maior. Como os aposentados são os principais beneficiários das
regras que causaram boa parte do déficit, além de serem a grande maioria dos membros
do plano decidiu-se aplicar uma alíquota maior que a dos demais participantes. Quem
ganha até metade do teto de contribuição do RGPS pagará 2,41% se participante e 5,05%
se assistido; acima disso até o teto do RGPS pagará, respectivamente 4,02% e 8,42%
sobre essa parte do salário de contribuição; para a faixa acima do teto do RGPS a alíquota
para participante é de 11,20% e de 23,44% para o assistido. No REG/Replan Saldado,
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que é um plano de contribuição variável, a contribuição suplementar é igual para
participantes e assistidos e não é progressiva, correspondendo à alíquota de 7,86%.
Verifica-se assim que o modelo de alíquota suplementar proposto para o município de
São visa cumprir o caput do artigo 40 da Constituição, criando um plano de
equacionamento do déficit atuarial com participação do ente (patrocinador), dos
servidores (participantes) e aposentados e pensionistas (assistidos), baseado na
experiência bem-sucedida dos fundos de pensão estatais, portanto de “funcionários
públicos”. Tendo em vista a magnitude do déficit atuarial do município ser muito maior
que a dos fundos de pensão citados, propomos uma participação patronal bem superior,
ao invés de ser paritária. Nesse modelo a contribuição suplementar dos segurados do
RPPS municipal ficará inferior à dos funcionários da Caixa, Petrobras e Correios, embora
tenham características similares de renda e estabilidade.
No último dia 18 de dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski suspendeu a aplicação de artigos da Medida Provisória 805/2017 que, nos
artigos 1° ao 34, cancelava aumentos para servidores federais aprovados em anos
anteriores, enquanto que o artigo 37 aumentava a contribuição para a previdência social
dos servidores ativos e aposentados, bem como dos pensionistas.
Ao conceder liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5809, ajuizada pelo
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o ministro Ricardo Lewandowski alegou que,
com a edição da medida provisória, “os servidores públicos do Poder Executivo Federal
serão duplamente afetados pelo mesmo ato. Primeiro, por cercear-se um reajuste salarial
já concedido mediante lei; depois por aumentar-se a alíquota da contribuição
previdenciária, que passa a ser arbitrariamente progressiva, sem qualquer consideração
de caráter técnico a ampará-la”.
No tocante à irredutibilidade de renda, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que
“[...] não há que se cogitar, como pretende o requerente, em violação ao direito adquirido
dos servidores, visto que a previsão de aumento não chegou sequer a se incorporar
juridicamente no patrimônio daqueles”. A AGU também apontou a inexistência de
violação ao art. 246 da Constituição Federal, haja vista que “Recorrendo à literalidade do
art. 246, tem-se que este limita o alcance da vedação aos artigos da Constituição cuja
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redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1° de janeiro de 1995
até a Emenda n° 32, de 2001. Ora, a EC n° 41 foi editada em 19 de dezembro de 2003.
Ou seja, posteriormente ao lapso temporal contemplado pelo artigo legal tido por violado,
de forma que não há como invocá-lo com o fito de subsidiar suposto pedido de
inconstitucionalidade”.
A Procuradoria Geral da República, ao defender a inconstitucionalidade da MP afirma
que “A inconstitucionalidade apontada em relação à fixação de alíquotas progressivas de
contribuição previdenciária não sofreu alterações com as EC 41/2003 e 47/2005. Embora
a EC 41/2003 tenha explicitado a necessidade de observância ao princípio da
solidariedade no regime previdenciário dos servidores públicos não afastou a relação de
retributividade e proporcionalidade entre custeio e benefício ditada pelo art. 195, § 5º, da
CF (caráter contributivo-retributivo). Pelo contrário, deu exata feição a essa correlação,
ao determinar o cálculo dos proventos de aposentadoria a partir da remuneração utilizada
como base de cálculo para as contribuições (CF, art. 40, § 3º), até o limite estipulado pelo
§ 2º do art. 40 da Constituição”.
O Ministro Lewandowski reconheceu que a MP não havia descumprido o art. 246, mas
levantou que o STF “cristalizou entendimento diametralmente contrário ao
estabelecimento de alíquotas progressivas para as contribuições previdenciárias de
servidores públicos”. Ele cita vários precedentes tais como RE 464.582-AgR/PR, Rel.
Min. Celso de Mello; RE 414.915-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 368.719/PR, Rel.
Min. Marco Aurélio; RE 581.500/PR, Rel. Min. Ayres Britto; AI 676.442-AgR/PR, de
sua própria relatoria. Em função disso deferiu liminar afirmando que não seria possível
“aumentar-se a alíquota da contribuição previdenciária, que passa a ser arbitrariamente
progressiva, sem qualquer consideração de caráter técnico a ampará-la”.
Isto reforça a necessidade apresentar estudos atuariais que comprovem a necessidade
tanto do aumento da alíquota básica, quanto da criação da alíquota suplementar, bem
como a necessidade de demonstrar que os servidores que ganham mais têm benefícios
proporcionalmente maiores, conforme citamos anteriormente e, portanto, para cumprir os
princípios estabelecidos na CF, faz-se necessário que a alíquota seja progressiva, nos
mesmos moldes que diversos fundos de pensão já o fizeram. É importante destacar que o
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Plenário do STF não se manifestou sobre a matéria nem foi declarada repercussão geral.
O modelo que está sendo proposto neste estudo é substancialmente diferente daquele
apresentado pela União. É importante destacar que a alíquota suplementar além de estar
baseada em um plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial não é obrigatória.
O servidor tem o direito de migrar para a previdência complementar e ficar isento dessa
contribuição adicional.
Caso a PEC 287/2016 seja aprovada, durante seis meses, a emenda constitucional dará
poder constituinte para os estados e municípios definirem as regras que forem mais
adequadas para cada ente cumprir o equilíbrio financeiro e atuarial15. Isso daria segurança
jurídica para todas as medidas propostas para o RPPS paulistano. Outra possibilidade
seria a aprovação de alguma emenda aglutinativa que englobe a Emenda nº 150 à PEC
287/2016, de autoria do Deputado Alfredo Kaefer. Esta emenda obriga os entes a
cobrirem o déficit de suas previdências com contribuições suplementares tanto patronais
quanto dos servidores, aposentados e pensionistas sem limitar ao que exceder o teto do
RGPS, mas sim ao que exceder o salário mínimo. Também deixa claro que a alíquota de
contribuição pode ser diferente por plano, tendo em vista que esta será definida pela
avaliação atuarial e não por um valor fixo.
A alíquota suplementar proposta para o Município de São Paulo será variável de acordo
com a evolução das despesas do Plano Financeiro. Nos dez primeiros anos, essa alíquota
será, em termos médios, mais de dez vezes a alíquota máxima dos segurados, conforme
pode ser visto no Quadro 8. Portanto, a sociedade ainda continuará pagando uma parcela
muito maior dessa dívida, embora passe a dividir, ainda que residualmente, com os
servidores. Definimos as alíquotas patronais de forma conservadora, sem considerar a
adesão de servidores antigos à previdência complementar. Essa alíquota será ajustada
periodicamente tendo em vista a dinâmica das despesas aferida pelo Iprem e pelas
avaliações atuariais. Isto é, caso o déficit fique maior que o previsto, a alíquota
suplementar patronal será ampliada para eliminar esse déficit. Por outro lado, caso fique
15 Art. 22. Durante os cento e oitenta dias posteriores à data de publicação desta Emenda, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão, observado o equilíbrio financeiro e atuarial, nos termos do § 23
do art. 40 da Constituição, instituir regras de aposentadoria e pensão aplicáveis especificamente aos seus
servidores.
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abaixo do estimado, a alíquota suplementar patronal será reduzida. Esse ajuste será feito
anualmente, por meio da avaliação atuarial, podendo ser revista a cada quadrimestre,
mediante decisão do Conselho Deliberativo do Iprem. Isto permitirá um
acompanhamento constante no curto prazo evitando que faltem recursos para pagar
benefícios, bem como que não gere um excesso de receitas no Plano Financeiro, que não
tem característica de formação de reservas.
Quadro 8: Alíquotas Suplementares do Plano de Equacionamento do Déficit
Financeiro e Atuarial do Plano Financeiro do RPPS da PMSP
Ano Servidor (*) Município Ano Servidor (*) Município Ano Servidor (*) Município
2018 5% 46,64% 2043 5% 161,19% 2068 5% 272,50%
2019 5% 43,03% 2044 5% 165,70% 2069 5% 276,60%
2020 5% 59,01% 2045 5% 169,81% 2070 5% 280,23%
2021 5% 55,29% 2046 5% 173,67% 2071 5% 283,41%
2022 5% 57,32% 2047 5% 177,33% 2072 5% 286,17%
2023 5% 60,72% 2048 5% 180,83% 2073 5% 288,55%
2024 5% 64,35% 2049 5% 184,29% 2074 5% 290,61%
2025 5% 68,00% 2050 5% 187,51% 2075 5% 292,42%
2026 5% 71,62% 2051 5% 190,92% 2076 5% 294,05%
2027 5% 75,62% 2052 5% 194,37% 2077 5% 295,59%
2028 5% 79,65% 2053 5% 198,04% 2078 5% 297,14%
2029 5% 83,47% 2054 5% 202,15% 2079 5% 298,83%
2030 5% 87,53% 2055 5% 206,08% 2080 5% 300,80%
2031 5% 91,41% 2056 5% 210,24% 2081 5% 303,24%
2032 5% 95,14% 2057 5% 214,50% 2082 5% 306,42%
2033 5% 99,37% 2058 5% 219,33% 2083 5% 310,66%
2034 5% 103,64% 2059 5% 224,45% 2084 5% 316,34%
2035 5% 108,53% 2060 5% 229,84% 2085 5% 323,98%
2036 5% 114,34% 2061 5% 235,39% 2086 5% 334,21%
2037 5% 120,82% 2062 5% 240,95% 2087 5% 347,79%
2038 5% 128,44% 2063 5% 246,62% 2088 5% 365,65%
2039 5% 136,94% 2064 5% 252,26% 2089 5% 388,87%
2040 5% 144,95% 2065 5% 257,76% 2090 5% 418,75%
2041 5% 151,36% 2066 5% 263,03% 2091 5% 456,86%
2042 5% 156,43% 2067 5% 267,97% 2092 5% 0,00%
(*) Alíquota máxima.
Com o superávit do Plano Previdenciário – decorrente do fato de a alíquota patronal ser
maior que a necessária – bem como com o aporte de ativos, poderão ser transferidas vidas
do Plano Financeiro para o Plano Previdenciário, conforme detalharemos melhor no
tópico sobre a segregação dinâmica de massas. Isto irá reduzir, por consequência, o
passivo atuarial do Plano Financeiro. Medidas de melhoria da gestão de benefícios e
receitas, bem como uma provável reforma previdenciária também terão impacto na
redução do déficit atuarial. Em nossa proposta, sempre que isso ocorrer deverão ser
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 63
CI 5133 55
reduzidas, na mesma proporção, as alíquotas suplementares dos servidores e do
Município.
A alíquota suplementar dos servidores terá um impacto atuarial estimado de R$ 7,2
bilhões reduzindo o passivo atuarial e compensando parte do custo atuarial de transição
para o novo modelo de segregação de massas e previdência complementar. A alíquota
suplementar patronal será variável crescendo com o tempo em valores relativos, tendo
em vista que é aplicada apenas ao Plano Financeiro, que é um grupo fechado em extinção,
já que os novos servidores ingressarão no Plano Previdenciário. Logo, haverá cada vez
menos servidores ativos contribuindo, proporcionalmente ao número de aposentados e
pensionistas. Por outro lado, em valores absolutos, a alíquota patronal começará a cair a
partir de 2042, chegando próximo a zero no início da década de 2090. Os fluxos atuariais
das alíquotas suplementares estão no Anexo deste relatório.
Aporte de Ativos
O artigo 249 da Constituição Federal prevê a possibilidade de aporte de ativos do ente
para cobertura de parte do passivo atuarial do RPPS. Uma dívida tão grande como essa,
na ordem de R$ 156 bilhões, não tem como ser paga apenas com contribuições dos
servidores e tributos da sociedade. Nesse sentido, propomos um conjunto de medidas para
o aporte de ativos do Município para o RPPS.
De imediato sugerimos o aporte de 50% do fluxo futuro da dívida ativa do município.
Trata-se de um ativo de grande liquidez e com valores crescentes. Não estamos falando
apenas do estoque atual de créditos inadimplidos e já inscritos em dívida ativa, mas sim
de todo o fluxo de recursos que for recebido nos próximos 75 anos. Será uma grande
contribuição do município para a redução desse passivo. Além disso, parte desses
recursos poderão ser securitizados, de acordo com as normas vigentes, auxiliando na
redução do descasamento financeiro de receitas e despesas previdenciárias.
O Quadro 9 apresenta a evolução recente da recuperação de crédito de dívida ativa pelo
Município de São Paulo. Corrigindo os valores pela inflação medida pelo IPCA, verifica-
se que o fluxo de recebimento tem crescido substancialmente de forma consistente, exceto
no ano de 2016, que ficou totalmente fora da curva. Naquele ano a receita, em valores
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 64
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reais, caiu quase 40% em relação a 2015. Considerando um valor para 2016 de acordo
com a tendência verificada dos demais anos, teríamos um crescimento médio de 10,6%
ao ano, em valores reais. Trata-se de um crescimento bastante expressivo. Sem fazer o
ajuste para 2016 o crescimento médio seria ainda maior: 18,0%.
Quadro 9: Evolução Recente do Fluxo da Dívida Ativa do Município de São Paulo
(R$ milhões)
Ano Fluxo total de
dívida ativa
Principal da
Dívida Ativa Juros dívida ativa Outros juros
abatimento da
dívida ativa
2017(*) 1.874,55 1.278,16 429,45 11,33 -0,59
2016 951,44 169,76 12,48 769,99 -0,79
2015 1.481,47 179,57 11,96 1.291,19 -1,25
2014 1.011,13 252,04 16,81 742,68 -0,40
2013 894,84 205,40 17,68 671,89 -0,13
2012 850,35 164,27 686,09 -0,01
(*) Estimado a partir do valor arrecadado até novembro de 2017.
Fonte: PMSP – Balancetes de Receitas Arrecadadas.
O Balanço anual de 2016 do município apresenta um estoque de dívida ativa de R$ 96,4
bilhões. Supondo que o estoque tenha crescido 10% em 2017, estaria hoje em R$ 106
bilhões. Portanto, apesar do crescimento, o valor arrecadado em 2017 teria representado
apena 1,8% do estoque. Embora seja quase o dobro da média dos entes com mais de um
milhão de habitantes, é um índice muito baixo, o que indica que há uma grande margem
de melhoria no desempenho de recuperação.
Acreditamos ser possível manter nos próximos anos a taxa média de crescimento real
verificada nos últimos cinco anos. Todavia, por critério de segurança, estimamos o valor
atuarial do fluxo futuro da dívida ativa que será aportado ao RPPS pelo projeto de lei de
restruturação da previdência municipal utilizando premissas mais conservadoras.
Consideramos que o fluxo crescerá proporcionalmente ao crescimento do PIB acrescido
de uma taxa de desempenho de cobrança. Essa taxa começará com 3% ao ano e diminuirá
ao longo do tempo até chegar próximo de zero, tendo em vista que quanto maior for o
percentual de recuperação da dívida ativa, menor será a margem de crescimento da
eficiência de cobrança. Para efeitos de estimativa do crescimento do PIB utilizamos as
projeções de mercado do Boletim Focus do Banco Central até 2021. Para os anos
seguintes consideramos os valores adotados pelo Governo Federal na projeção atuarial
do RGPS para a Lei de Diretrizes Orçamentária de 2017.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 65
CI 5133 57
Com essas premissas concluímos que o aporte de 50% do fluxo futuro da dívida ativa nos
próximos 75 anos terá um valor atuarial de R$ 46,8 bilhões, considerando a mesma taxa
de desconto utilizada na avaliação atuarial do RPPS, que foi de 5% ao ano. O fluxo
estimado ano a ano está no Anexo deste relatório. O projeto de lei prevê que esse montante
deva ser aportado ao Plano Previdenciário mediante a transferência de vidas do Plano
Financeiro cujo custo atuarial seja igual ao valor do ativo aportado. Todavia, sugere-se
que enquanto essa revisão da segregação de massas não for implementada, os recursos da
dívida ativa serão aportados no Plano Financeiro.
Diante disso, elaboramos o fluxo de receitas, despesas e déficit somando a dívida ativa
com todos os demais itens que são objeto do PL: (i) criação da previdência complementar
com possibilidade de adesão dos servidores atuais; (ii) segregação de massas para quem
estiver na previdência complementar; (iii) aumento da contribuição normal do servidor
para 14% e do Município para 28%; (iv) criação da alíquota suplementar do servidor
progressiva com limite máximo de 5%; e (v) aporte de 50% do fluxo futuro da dívida
ativa. Nesse cenário, o passivo atuarial cai de R$ 156 bilhões para R$ 70,6 bilhões, o que
represente uma queda de 54,6% do déficit. Consequentemente, a alíquota suplementar
patronal e dos servidores deve cair em proporção similar quando ocorrer a revisão da
segregação de massas. O gráfico 7 mostra a evolução do Plano Financeiro com esse
cenário.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 66
CI 5133 58
Gráfico 7: Projeção de Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da
Previdência Complementar, Segregação de Massas, Aumento de Alíquotas
Normais, Criação de Alíquotas Suplementares e Aporte de 50% do Fluxo da
Dívida Ativa (R$ Bilhões de 31/12/2006)
Tendo em vista que o aporte da dívida está no Plano Financeiro e não no Previdenciário,
verifica-se excedente de receitas a partir de 2059 em função de haver um número pequeno
de servidores a partir de então, por se tratar de fundo em extinção, enquanto a receita da
dívida ativa continua crescendo.
Além da dívida ativa, poderão ser aportados outros bens e direitos como imóveis e
recebíveis do município. Sugerimos que todo o processo de avaliação, aporte e
monetização de ativos para o RPPS só ocorra mediante aprovação do conselho
deliberativo do Iprem que tem participação paritária dos servidores.
O município tem R$ 20,8 bilhões em imóveis de acordo com o último balanço
patrimonial. Esse documento contábil também demonstra que há R$ 2,9 bilhões de
direitos creditórios de longo prazo. A participação acionária em empresas está
contabilizada em R$ 2,8 bilhões. Há ainda R$ 6,1 bilhões em outros investimentos.
Portanto, o Município, além de ajustes em alíquotas, pode aportar diversos ativos. De
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 67
CI 5133 59
fato, o Município tem um montante substancial de “ativos ocultos” que poderiam
minimizar substancialmente o déficit atuarial.
Porém temos que analisar com ressalvas esses ativos. Se por um lado grande parte dos
imóveis deve estar contabilizada a valores históricos e, portanto, devem valer muito mais,
por outro, vários desses ativos são de difícil monetização ou mesmo inviáveis para tal
finalidade. Por este motivo recomendamos que seja feito um minucioso levantamento
desses ativos e de suas reais possibilidades de monetização. É importante destacar que
não se trata de vender todos os ativos imediatamente, mas sim identificar a vocação de
cada um e maximizar a renda que eles podem gerar para o RPPS. Em alguns casos a
melhor alternativa seria um aluguel ou arrendamento, em outros a venda. Para outros
ainda, a melhor alternativa seria a incorporação ou parcelamento. No caso de concessões
e ações, o processo de monetização também pode ser complexo e a análise deve ser caso
a caso.
Tendo em vista o fluxo de despesas com benefícios se realizar ao longo de décadas, não
é necessário obter renda de imediato de todos os ativos. O mais importante é ter uma
avaliação dos mesmos tendo em conta o seu poder de gerar renda nos próximos 75 anos,
período de avaliação atuarial, e não seu valor teórico. Nesse sentido, recomenda-se que o
valuation dos ativos seja realizado pelo método de fluxo futuro descontado.
Segregação dinâmica de massa
Os bens e direitos deverão ser aportados ao Plano Previdenciário. O valor desses ativos
gerará um superávit nesse fundo criando a possibilidade de transferência de vidas do
Plano Financeiro, o que reduzi o déficit desse último. Dessa forma, a segregação
dinâmica é uma forma indireta e eficaz de ampliação da capitalização, reduzindo o
número de servidores no fundo de repartição simples e, consequentemente, o risco tanto
para os servidores quanto para o Município.
Cada revisão da segregação de massas poderá permitir a redução das alíquotas
suplementares tendo em vista que haverá redução do passivo atuarial. Tendo em vista se
tratar de um processo técnico, propomos que essas revisões sejam feitas mediante decisão
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 68
CI 5133 60
do conselho deliberativo do Iprem e que as alíquotas do Município e dos servidores sejam
reduzidas periódica e proporcionalmente à redução do déficit.
Caso medidas de gestão, bem como alterações nas regras de benefícios, que na sua grande
maioria estão detalhadas na Constituição Federal, impliquem em redução do déficit
atuarial, também deverá ocorrer redução proporcional das alíquotas suplementares. Se
essas medidas implicarem em geração de superávit no Plano Previdenciário, além disso,
implicará em nova revisão da segregação de massas e, consequentemente, de uma redução
das alíquotas suplementares.
Sempre que for realizar uma nova revisão da segregação de massas deverá
necessariamente ser feita uma revisão da avaliação atuarial, de tal modo a garantir que o
Plano Previdenciário terá equilíbrio financeiro e atuarial. Isto quer dizer que não basta ter
ativos que correspondem à reserva matemática para pagamento de benefícios. Faz-se
necessário analisar o casamento entre fluxos de receitas e despesas. Nesse sentido, a
avaliação atuarial deve estar totalmente integrada com a sistemática de monetização de
ativos. Para tanto, faz-se necessária a aplicação de uma metodologia de gestão integrada
de ativos e passivos.
A metodologia mais adequada é a Asset Liability Management – ALM. Esse termo é uma
expressão da língua inglesa que nada mais é do que a gestão integrada de ativos e passivos
que busca a melhor alocação dos investimentos dos recursos garantidores dos planos de
benefícios, considerando os retornos esperados e os riscos de cada segmento das
aplicações, sempre respeitando as restrições legais e regulamentares, os compromissos
atuariais desses planos, com os benefícios já concedidos e os a conceder.
Trata-se de uma ferramenta altamente eficaz que visa garantir a sustentabilidade e a saúde
de uma Entidade Aberta ou Fechada de Previdência. O objetivo é, dentre outros,
administrar as variantes de riscos, por isso se mostra tão imprescindível para uma ótima
gestão estratégica de instituições que gerenciam recursos de médio e longo prazos.
A revisão da segregação de massas se dará sempre pela migração dos segurados mais
idosos do Plano Previdenciário para o Plano Financeiro. Esses segurados apresentam
menor custo atuarial, tendo em vista ter maior idade e representam despesa financeira
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 69
CI 5133 61
imediata. Com isso, reduz-se o custo de transição, visto que parte do valor aportado no
Plano Previdenciário será utilizado para pagar benefícios do próprio plano. Além disso,
o critério de organizar a transferência por idade cumpre os princípios do Estatuto do
Idoso. É importante destacar que aqueles que migrarem para o Plano Previdenciário
deixarão de pagar a alíquota suplementar.
Dessa forma, com a segregação dinâmica, o custo de transição será reduzido ao montante
de recursos que será capitalizado na previdência complementar, acrescido de 2% do
montante total das reservas matemáticas do Plano Previdenciário, garantindo-se Índice de
Cobertura no mínimo de 1,02. Trata-se de uma margem mínima de segurança para
revisões dos custos do plano, tais como revisão de expectativa de vida ou de rentabilidade
dos ativos garantidores. Com isso, o custo de transição cairá de R$ 27,9 bilhões para
R$ 6,3 bilhões. Portanto, será bem inferior às receitas adicionais de contribuição.
Ocorrendo securitização da dívida ativa ou de outros ativos que gerarão receitas no futuro,
esse custo de transição será ainda menor, podendo chegar próximo a zero.
Destacamos que de acordo com a Portaria do Ministério da Previdência Social nº 403, de
10 de dezembro de 2008, toda revisão de segregação de massas deve passar por aprovação
prévia da Secretaria de Previdência Social. Além disso, essa portaria estabelece que o
índice de cobertura para poder ser efetuada a revisão da segregação de massas deve ser
de 1,25. Em primeiro lugar, a análise da secretaria além de demorada nem sempre segue
as portarias que ela própria edita, apresentando critérios subjetivos e contraditórios. Em
segundo lugar, a citada portaria e diversas outras normas da Secretaria extrapolam o poder
fiscalizador e regulamentador, inovando, criando condições e obrigações para os RPPS
sem base legal nem constitucional. Tendo em vista que o Município de São Paulo tem
CRP obtida na justiça, conforme já relatado anteriormente, não nos preocupamos em
cumprir essas normas, mas sim a Constituição Federal e legislações infraconstitucionais
e aproveitar as boas práticas já implementadas no Brasil e no mundo no enfrentamento
do déficit previdenciário.
Acreditamos que esse mecanismo de segregação dinâmica de massas dará agilidade,
transparência e poder para o Iprem, para os servidores e para o Município, para que juntos
equacionem o déficit previdenciário, o que permitiria reduzir e, em horizonte temporal
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 70
CI 5133 62
mais curto, até eliminar a alíquota suplementar, deixando um importante legado para o
futuro.
Medidas a serem adotadas na área de benefícios
Conforme já citado anteriormente, não sugerimos fazer importantes ajustes no plano de
benefícios do RPPS neste momento. Entendemos que se deve aguardar a promulgação da
reforma previdenciária para depois fazer os ajustes necessários. A PEC 287/2016
pretende fazer muitas mudanças nos planos de benefícios previdenciários para servidores
públicos. As principais mudanças estão na elevação da idade mínima para obtenção de
aposentadoria; mudança na regra de cálculo do benefício, que será integral apenas com
40 anos de contribuição; estabelecimento de regras mais rígidas para aposentadorias
especiais; redução da diferença de idade de aposentadoria entre homens e mulheres;
igualdade de critérios para professores, independente do gênero; e mudança na regra de
cálculo e limitação à acumulação de pensão com aposentadoria.
Essas mudanças devem causar uma redução substancial do déficit atuarial dos RPPS de
todos os entes, mas especialmente em Municípios, tendo em vista que a grande maioria
tem critério diferenciado de aposentadoria e esses são os benefícios mais afetados pela
PEC. A partir de estimativas feitas em municípios menores, acreditamos que a Emenda
Constitucional pode reduzir o passivo atuarial em cerca de 30%. Isto representaria cerca
de R$ 46,7 bilhões de redução do déficit atuarial. Todavia devemos tratar esse número
com cautela tendo em vista não se tratar de um cenário de avaliação atuarial. Além disso,
não sabemos se a PEC será aprovada e se o for, quando será aprovada, em tampouco qual
será a versão final do texto aprovado, que pode ser desidratada na parte que afeta aos
servidores.
Medidas de Gestão com grande impacto de redução de despesas e/ou aumento
de receitas
A dispersão das ações de previdência no Município de São Paulo levou a diversos
problemas que podem estar significando um relevante volume de gastos inadequados e
perda de receitas. Iremos abordar neste relatório os três pontos que consideramos mais
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 71
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relevantes: compensação previdenciária com o RGPS; conformidade da folha de
pagamento de ativos, aposentados e pensionistas; e pagamento do Pasep.
Devido à sua natureza, o desempenho da compensação financeira entre regimes
previdenciários – Comprev – é diretamente impactado pela desestruturação da
previdência municipal e suas consequências. Isso se comprova pelo sobrestamento de
mais de 35 mil processos de aposentadorias já concedidas, aguardando a tramitação nas
diversas unidades de RH e posterior homologação pelo TCMSP, sendo que, destes,
aproximadamente 11 mil são passíveis da geração de receita de compensação
previdenciária junto ao INSS. Esse quadro crítico resume a precariedade da previdência
de São Paulo, pois segundo estimativas do Iprem o potencial de receita via Comprev, se
considerados esses processos, poderia gerar um recurso adicional de R$ 533 milhões, a
ser reduzido no déficit atuarial, podendo custear até 1,4% da despesa previdenciária anual.
Para minorar o impacto do aumento das despesas previdenciárias no caixa do Tesouro, a
Administração do Iprem tem engendrado esforços para conseguir um ingresso maior dos
recursos do Comprev. Esse percentual chegou a 0,9% do custo do plano previdenciário
em 2015, aumentando para 1,2% em 2016, como resultado de ação conjunta com as
Unidades de RH e o TCMSP. Como se vê, a despeito do aumento de quase 50%,
representa parcela ínfima do custo.
De acordo com a avaliação atuarial feita pela Vesting, considerando o tempo médio que
os servidores averbam de outros regimes de previdência (6,6 anos) e o valor médio dos
benefícios do RGPS, considerou-se que o potencial de ressarcimento pelo Comprev seria
de 5,98% do gasto. Isto representa cinco vezes o montante que atualmente é arrecadado16.
A centralização das atividades de previdência no Iprem irá ajudar a melhorar a
performance de requerimento de compensação previdenciária. Mas será necessário um
esforço concentrado para formar uma equipe permanente e, principalmente, um trabalho
especial para levantamento daquilo que deixou de ser cobrado do INSS até hoje.
Lembramos que, de acordo com a legislação vigente, só é possível requerer a
16 Se considerarmos que seja viável apenas a metade desse montante, isso equivaleria a dobrar a arrecadação
anual com compensações previdenciárias.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 72
CI 5133 64
compensação de valores já pagos referentes aos últimos cinco anos17, exceto no tocante
ao estoque que, se por um lado tem um prazo maior, por outro lado não é pago
integralmente no mês em que ocorrer aprovação do processo pelo INSS, mas sim de forma
parcelada ao longo de 15 anos18.
Como esse resultado já está estimado na avaliação atuarial, a otimização das ações de
compensação previdenciária não melhorará o resultado atuarial, mas ao contrário, se não
forem tomadas medidas com urgência, o déficit será bem maior que o previsto. A título
de demonstração da importância das ações de compensação previdenciária, caso seja
mantida a atual performance de recuperação de 1,2% do valor dos benefícios, haveria um
aumento do passivo atuarial em R$ 9,4 bilhões. Portanto consumiria um volume maior
que todo o impacto do aumento da alíquota dos segurados de 11% para 14%.
Entendemos que os estados e municípios, dentre eles o Município de São Paulo, vêm
sendo muito prejudicados em relação à compensação previdenciária e em relação ao
Pasep. Os entes subnacionais não devem ter privilégios, mas também não podem
continuar sendo tratados de forma discriminatória. Um ponto que chama muito a atenção
acerca das iniquidades diz respeito à compensação previdenciária. Atualmente, enquanto
os demais entes, ao atrasarem suas contribuições para o RGPS, são obrigados a pagar
17 A Lei nº 9.796, de 5 de maio de 199, o Decreto nº 3.112, de 6 de julho de 1999, a Portaria MPAS nº 6.209,
de 16 de dezembro de 1999 e a Portaria Interministerial MPS-MF nº 410, de 29 de julho de 2009,
estabelecem os critérios e os procedimentos para a operacionalização da compensação financeira entre o
RGPS e os RPPS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 18 Dado o tempo decorrido entre a data da promulgação da Constituição de 1988 e a data da publicação da
Lei nº 9.796, de 1999, que estabeleceu os critérios para a realização dessa compensação, permitiu-se que
os regimes instituidores, dentro do prazo determinado, requeressem a compensação financeira aos regimes
de origem em relação aos benefícios concedidos a partir da promulgação da Constituição Federal, com
contagem recíproca de tempo de contribuição, que estivessem em manutenção na data da Lei nº 9.796, de
1999. A princípio, determinou-se um prazo de dezoito meses para apresentação dos dados relativos a esses
benefícios, em requerimento à compensação financeira. Porém, para não prejudicar os regimes instituidores
que não haviam conseguido enviar todos os dados aos regimes de origem dentro do prazo, incluindo-se aí
o RGPS, promoveram-se várias prorrogações desse prazo, até que a Lei nº 13.135, de 17 de junho de 2015,
garantiu que a compensação pode ser solicitada a qualquer tempo.
Os valores da compensação financeira devidos em relação ao período de 5 de outubro de 1988 a 5 de maio
de 1999, são calculados na forma prevista no parágrafo único do art. 5º da Lei nº 9.796, de 1999, e ficam
devidamente registrados no Sistema de Compensação Previdenciária (Comprev) para procedimento de
pagamento diferenciado daqueles relativos aos valores devidos a partir de 6 de maio de 1999. Esse crédito
reservado é comumente chamado de “estoque da compensação previdenciária” e sua quitação se dá na
forma disposta no art. 10 da Lei nº 13.485, de 2 de outubro de 2017, em parcelas mensais de até
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), se o crédito superar esse montante, no prazo de até
cento e oitenta meses.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 73
CI 5133 65
multas e juros, a União corrige os valores da compensação previdenciária apenas pelo
índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, o INSS demora meses e
até anos para analisar os processos de compensação previdenciária encaminhados pelo
ente, visto que não existe qualquer punição ou justa compensação pelo seu atraso. Nesse
sentido sugerimos que a PMSP entre com ação na justiça requerendo que todo o
valor já pago, bem como os pagamentos futuros de compensação previdenciária seja
corrigido com juros remuneratórios no valor da Selic, pelo princípio da isonomia de
tratamento e principalmente, tendo em vista a compensação previdenciária não
contribuir para a ampliação do desequilíbrio financeiro e atuarial, visto que a simples
correção pelo INPC não cobre a meta atuarial de rentabilidade dos recursos dos RPPS.
Uma segunda linha de atuação na justiça que sugerimos à PMSP é buscar a
imunidade de tributação do Pasep sobre o RPPS e o ressarcimento dos valores já
pagos. A incidência do Pasep sobre os RPPS é mais um exemplo de discriminação dos
Estados e Municípios. Entendemos ser inadequada a “base” de apuração do Pasep referida
no art. 2º, inciso III, da Lei nº 9.715, de 1998, bem como as “receitas próprias” de que
tratam o art. 2º, inciso II da Lei Complementar nº 8, de 1970, interpretadas à luz do
conceito de receita corrente líquida adotado pela Lei de Responsabilidade Fiscal,
abrangendo os recursos destinados ao pagamento dos benefícios previdenciários dos
regimes instituídos na lógica do art. 40 da CF e disciplinados pela Lei nº 9.717, de 1998.
É importante lembrar que a própria Receita Federal, na correta linha dos argumentos
anteriormente expostos, atribuiu tratamento diferenciado às entidades fechadas e abertas
de previdência complementar ao estabelecer, no artigo 29 da Instrução Normativa SRF
nº 247/2002, a exclusão dos valores de contribuições recebidas e rendimentos auferidos
em aplicações financeiras da base de cálculo das contribuições para o PIS/Pasep. Tem-
se, desse modo, uma situação contraditória, e porque não dizer injusta em relação aos
fundos de previdência própria dos entes federados19: enquanto as entidades fechadas e
abertas de previdência complementar recebem um tratamento tributário diferenciado e
favorecido no que se refere à apuração das contribuições ao PIS/Pasep, os fundos dos
19 Deve-se aqui destacar que as principais e maiores Entidades de Previdência Complementar Fechada são
das empresas estatais da União.
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regimes próprios de previdência social, custeados pelos recursos arrecadados dos
contribuintes em geral dos entes federativos e destinados ao pagamento das
aposentadorias e pensões dos seus servidores públicos titulares de cargos efetivos, têm
hoje a totalidade dos recursos por eles recebidos tributados pelo Pasep. Além do princípio
da isonomia cabe neste caso a configuração de bitributação, visto que a fonte dos recursos
do RPPS é a folha de salários dos servidores, que já sofreu tributação do Pasep na origem.
Diversos estados e municípios têm contratado serviços de auditoria de folha de
pagamentos. Essas auditorias costumam levantar inúmeros indícios de irregularidades,
porém não apresentam efetividade, visto que requerem o aprofundamento do
levantamento pelos respectivos órgãos e, posteriormente, a fundamentação e instauração
de processos administrativos. Na prática, a maior parte do trabalho fica sob
responsabilidade do ente que, geralmente, não tem equipe disponível para realizar o
trabalho, nem sistema informatizado que faça a mineração de dados para identificar as
irregularidades e levante todos os elementos necessários para a instauração dos
respectivos processos, de acordo com a legislação.
Tendo em vista todo o exposto sobre a fragmentação das ações de previdência, bem como
a deficiência das bases de dados e a complexidade dos planos de cargos e salários do
Município de São Paulo, consideramos altamente recomendável que seja feita uma ampla
verificação de conformidade das folhas de pagamento dos servidores ativos, aposentados
e pensionistas. Diante disso, sugerimos que, se o Município for contratar o serviço
externamente, promova a aplicação de prova de conceito aos licitantes de forma a garantir
uma auditoria de folha que realmente atenda às necessidades de corrigir erros e fraudes
nas folhas de pagamentos do Município. A partir de experiências que estudamos, temos
expectativa de que haja uma redução entre 1% e 4% das folhas de ativos, aposentados e
pensionistas da PMSP após a realização da auditoria e da implementação dos processos
administrativos.
Dentre os erros que costumam ocorrer nos entes públicos entre os servidores ativos
destacamos: (a) transposição de carreira ou de cargo sem novo ato de nomeação, com
aumento de vencimento; (b) incorporação de gratificação sem cumprimento dos
requisitos de tempo conforme definido na lei, ou reajustada em descumprimento da lei
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(vpni = vantagem pessoal nominalmente identificada); (c) mudança de nível sem o
cumprimento dos requisitos legais (progressão funcional); (d) acumulação devida de
cargos, porém extrapolando o teto remuneratório; (e) acumulações indevidas (médicos e
professores com lei autorizando mais de um cargo com até 60 horas e a pessoa recebe por
mais de 60 horas); (f) servidor de um cargo que recebe aumento com base em lei que
autoriza reajuste para outras categorias; e (g) reajuste autorizado no salário base e
implementado sobre toda remuneração. É também comum encontrar as seguintes fraudes:
(i) inserção indevida de servidor ou comissionado em folha de pagamento; (ii) aumento
salarial sem a competente lei; (iii) servidor com ato de nomeação para um cargo e que
recebe como se ocupasse outro cargo de maior remuneração; e (iv) implementação de
gratificação sem o competente ato legal.
Dentre os erros que costumam ocorrer nos entes públicos na folha de aposentados e
pensionistas merecem menção: (a) concessão de benefício com interpretação incorreta de
regras; (b) concessão de benefício com contagem de tempo incorreto; (c) cálculo inicial
do benefício com valor integral quando deveria ser proporcional; (d) valor atual do
benefício extrapolando o teto remuneratório; (e) cálculo inicial do benefício considerando
integralidade quando deveria ser pela média das 80 maiores contribuições desde 07/94;
(f) contagem para o efeito do salário de benefício de verbas indenizatórias ou gratificação
ou cargo comissionado; (g) reajuste concedido com base na paridade quando deveria ser
pelo índice de inflação; (h) isenções ou redução irregulares de contribuições
previdenciárias e imposto de renda; (i) cálculo errado da renda inicial apesar do
enquadramento correto da regra; e (j) concessão de aposentadorias sem o cumprimento
dos requisitos constitucionais de tempo no cargo e na carreira. É também comum
encontrar as seguintes fraudes: (i) reajuste do valor de benefício sem previsão legal, ou
com retroação na data lei; (ii) servidor com ato de nomeação para um cargo e que se
aposentou como se ocupasse outro cargo de maior remuneração; e (iii) concessão de
benefício contendo contagem de tempo decorrente de averbações fraudadas (CTC falsas,
contagem de tempo rural, tempo utilizado duplamente).
Considerando que a verificação de conformidade das folhas dê um resultado de redução
despesa de 2% (é possível que esse montante seja maior), isto representaria um impacto
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atuarial de redução do passivo de R$ 4,9 bilhões. Esta estimativa não leva em conta o
efeito direto na folha de ativos da eventual redução dos gastos com pessoal pela correção
de erros e fraudes, mas apenas a redução dos futuros benefícios previdenciários.
Os gastos com previdência são fortemente afetados pelos planos de cargos e salários.
Progressões elevadas nos últimos anos de carreira; possibilidade de aumentar carga
horária e, consequente aumento de salário, para servidores com direito a integralidade e
paridade; e incorporação de verbas que não foram objeto de contribuição são exemplos
de medidas que devem ser evitadas. Nesse sentido, propomos que o projeto de lei tenha
uma previsão de que toda proposição legislativa que crie ou amplie despesas de pessoal
ativo, aposentados ou pensionistas deverá estar acompanhada do cálculo de seus impactos
no RPPS nos próximos setenta e cinco anos e apresentar compatibilidade e adequação
orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA).
Entendemos que a atualização permanente das informações dos servidores é fator
primordial para a melhoria da qualidade dos dados de forma a permitir não apenas a
realização de avaliação atuarial consistente, mas principalmente, o fornecimento de
informações de qualidade que permitam a adoção de medidas com vistas a coibir
acumulações indevidas de cargos, a viabilizar a aplicação do teto remuneratório previsto
no inciso XI, do art. 37 da Constituição Federal, bem como à efetivação da Compensação
Previdenciária entre a União e os demais entes federativos com regime próprio de
previdência social, nos termos da Lei nº 9.796, de 05 de maio de 1999. Nesse sentido,
sugerimos que o projeto de lei estabeleça um mecanismo de acesso do Iprem a todos os
dados cadastrais, funcionais e financeiros de todos os servidores do Estado; que seja
implementada uma sistemática de atualização cadastral permanente dos servidores, de
forma a manter a base de dados atualizada; e que seja feito um censo da vida funcional
de modo a transferir para uma base de dados informatizada todos os eventos relevantes
para a aposentadoria do servidor.
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Conjunto de medidas propostas e seus impactos financeiros e atuariais
agregados
Conforme demonstramos ao longo deste relatório, o equacionamento do passivo atuarial
do RPPS paulistano é viável, porém requer a implementação de um grande e complexo
conjunto de medidas e ações. Não basta seguir as experiências que mais comumente têm
sido adotadas. Conforme demonstramos, essas medidas não conseguem eliminar sequer
um quinto do déficit. Faz-se necessário adotar também um conjunto adicional de gestão
de ativos e de medidas na área de custeio, benefícios e gestão.
As medidas de gestão de ativos podem render alvissareiros resultados no enfrentamento
ao passivo previdenciário do Município. Como mostrado, o aporte de 50% do fluxo futuro
da dívida ativa nos próximos 75 anos terá um valor atuarial de R$ 46,8 bilhões,
considerando a mesma taxa de desconto utilizada na avaliação atuarial do RPPS, que foi
de 5% ao ano, o que representa uma redução de quase um terço do passivo previdenciário.
Mas não é suficiente.
As medidas na área de custeio são as que têm maior impacto. Embora inovadoras e
corretas, tendo base nos arts. 40 e 249 da CF, levam a questionamentos jurídicos, políticos
e administrativos. Destaque-se a respeito que todos os entes que estão cobrindo o déficit
há anos com recursos tributários extraídos da sociedade, estão em verdade descumprindo
mandamentos constitucionais. Entendemos que a CF deu os elementos e mandamentos
para enfrentar e eliminar o déficit financeiro e atuarial dos RPPS. De um lado, o art. 249
autoriza o aporte de ativos para cobrir o passivo do RPPS. De outro, o caput do art. 40
afirma que a única fonte de financiamento dos RPPS são as contribuições do ente, dos
servidores, dos aposentados e dos pensionistas. Portanto, o custeio dos RPPS deve se
limitar a essas duas modalidades de fontes de receitas.
Na área de benefícios demonstramos que a grande maioria dos servidores do município
de São Paulo tem acesso a regras de aposentadoria antecipadas, tendo em vista o grande
contingente de professores, profissionais de saúde e guardas municipais. Além disso, mais
de 70% dos servidores são mulheres que se aposentam com 5 anos a menos de idade e de
tempo de contribuição que os homens. Com a reforma previdenciária, que em algum
momento deverá ser aprovada, acreditamos que uma parcela considerável do déficit será
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reduzida. Só então recomendamos que o Município discuta o seu plano de benefícios.
Entendemos que o projeto de lei que sugerimos em nada deve conflitar com a PEC
287/2016, mas sim ser complementar. Logo, não faz nenhum sentido esperar a reforma
previdenciária ser aprovada para encaminhar o PL.
Na área de gestão, o PL traz inovações importantes e cria as bases para uma série de
medidas que poderão melhorar a qualidade do gasto previdenciário e reduzir o déficit
financeiro e atuarial. O ponto de partida é reestruturar o Iprem e torná-lo a unidade gestora
única do RPPS. Em paralelo deve ser feito todo um trabalho de melhoria da gestão tanto
de receitas, como o Comprev, como de benefícios.
O Quadro 10 apresenta um resumo do impacto de todas as medidas proposta do PL, bem
como uma estimativa dos resultados que poderão ser obtidos com a reforma
previdenciária e a adoção de medidas de gestão.
Quadro 10: Impactos Globais das Medidas Propostas para o Equacionamento do
Passivo Atuarial
Medida Impacto
Atuarial
Impacto financeiro da medida/Déficit
financeiro/alíquota suplementar do Município
Custo
atuarial de
transição 2018 2019 2020 2025 2030
Cenário Base 155.692,88 4.171,61 4.076,20 5.446,31 7.067,78 7.841,22
Alíquota do servidor em 14% 8.976,25 332,37 339,97 371,92 413,10 443,98 0,00
Alíquotas de 14% + 28% 21.056,27 820,47 844,19 892,73 966,26 1.042,02 0,00
Previdência Complementar 16.404,13 -105,75 -120,92 1.334,22 114,45 -173,78 -16.775,53
Adesão dos antigos à prev. Compl. 1.611,24 -24,95 -49,90 -74,85 -199,50 -312,06 -2.908,18
Segregação de Massas 0,00 -527,42 -541,90 -557,51 -1.163,12 -1.848,14 -12.865,44
Cenário com Medidas iniciais 126.283,30 3.911,04 3.819,61 5.170,72 7.443,18 9.050,53 -27.948,53
Alíquota suplementar 5% 7.197,03 378,66 397,63 403,91 509,79 489,08 0,00
Dívida ativa (aporte de 50% do fluxo) 46.828,46 990,88 1.048,27 1.105,91 1.482,52 1.908,20 0,00
Cenário com todas as medidas do PL 70.646,57 2.566,45 2.423,61 3.735,75 5.650,37 6.965,31 -27.948,53
Cenário do PL com segregação
dinâmica 70.646,57 -6.325,85
Estimativas Adicionais Impacto
Atuarial
Impacto financeiro
2018 2019 2020 2025 2030
Imóveis 20.834,58
Reforma previdenciária do governo
federal 46.707,87 125,15 203,81 435,71 1.272,20 1.960,31
Ações de Melhoria de Gestão 4.895,53 144,56 144,38 178,91 222,23 248,62
Simulação com alíquota suplementar -1.791,42
Simulação sem alíquota suplementar 5.405,62
Verifica-se que todo o conjunto de ações eliminaria quase totalmente o passivo atuarial,
restando apenas R$ 5,4 bilhões, sem considerar os efeitos da alíquota suplementar.
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Portanto, entendemos que, embora essa alíquota suplementar esteja prevista em um plano
de equacionamento do déficit para 75 anos, deverá ser eliminada dentro de alguns anos.
A sua extinção dependerá do sucesso das medidas de aporte de ativos e sua monetização,
da reforma previdenciária e da melhoria da gestão do RPPS. Portanto, a implementação
desse conjunto de medidas é de grande interesse tanto dos servidores, quanto da sociedade
em geral que deixarão de ser onerados adicionalmente. Além disso, com a previdência
equilibrada, a PMSP poderá focar nas ações de saúde, educação, mobilidade urbana,
dentre outras que representam os legítimos anseios da população. É importante destacar
que no cenário com segregação dinâmica os fluxos financeiros dependerão da velocidade
de aporte de ativos e do perfil de beneficiários. Portanto, quanto mais rápido ocorrer
menor será a quantidade de recursos que o município transferirá para o RPPS por meio
de alíquotas suplementares patronais.
No tocante ao modelo de projeção de impactos orçamentários e financeiros de curto,
médio e longo prazos, conforme já citado anteriormente neste relatório, foram
identificadas diferenças substanciais entre os números da avaliação atuarial e do modelo
da Secretaria da Fazenda. No curto prazo, nos parece que os resultados da Secretaria de
Fazenda sugerem estar mais próximos da realidade, por ter informações mais atualizadas
e dados que a avaliação atuarial não dispunha. Porém, no médio e longo prazo nos parece
ocorrer o oposto, provavelmente por ter utilizado projeções com base no histórico e não
nos dados reais de cada servidor, como foi feito na avaliação atuarial. Nesse sentido, no
Quadro 11 apresentamos uma revisão, em relação aos fluxos atuariais, da projeção das
receitas e despesas do RPPS até 2025, incluindo projeção de inflação de 4% ao ano.
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Quadro 11: Projeções Financeiras e Orçamentárias para o RPPS de 2018-2025
(R$ milhões)
Ano
Cenário Base Cenário do PL - Plano Financeiro
Cenário do PL -
Plano
Previdenciário Contribuição
para
Prevcom Receita Despesa Déficit Receita Despesa
Alíquota
suplementar
do Município
Receita Despesa
2018 3.631,85 8.319,43 4.687,58 5.537,57 8.317,95 2.780,38 646,60 1,42 7,82
2019 3.883,65 8.641,19 4.757,54 5.924,08 8.639,53 2.715,45 709,67 1,60 11,44
2020 4.497,10 11.136,23 6.639,13 6.693,50 11.134,35 4.440,85 778,23 1,80 15,52
2021 4.879,01 12.499,34 7.620,33 7.181,88 12.497,23 5.315,34 968,99 2,03 20,53
2022 5.203,44 13.559,99 8.356,56 7.506,47 13.557,61 6.051,14 1.206,98 2,28 26,94
2023 5.549,58 14.594,05 9.044,46 7.838,74 14.591,35 6.752,62 1.447,52 2,58 34,89
2024 5.921,90 15.694,70 9.772,80 8.185,98 15.691,64 7.505,66 1.718,26 2,93 44,72
2025 6.322,93 16.829,64 10.506,70 8.535,51 16.826,07 8.290,56 2.016,30 3,37 56,53
A Fipe apresentou Minuta de Projeto de Lei que foi amplamente debatida em diversas
reuniões entre as equipes técnicas da PMSP e da Fipe, que engloba todos os pontos
tratados neste relatório e que, atualmente está sob análise das instâncias jurídicas da
PMSP.
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7. ANÁLISE NA NOVA REDAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 621/2016
Na presente subseção analisaremos alguns pontos específicos nos quais propomos
aprimoramentos do Projeto de Lei apresentado à Câmara Municipal de São Paulo em
dezembro de 2017. Inicialmente, conforme citado no relatório anterior, reafirmamos que
se trata de uma proposição inovadora e com grande abrangência, que busca enfrentar os
principais problemas do regime próprio de previdência social dos servidores do
Município de São Paulo.
Da Forma de Financiamento do RPPS
No art. 5º, que trata da base de cálculo das contribuições dos servidores, entendemos que
seria importe citar como excluídas da base de cálculo o adicional de um terço de férias e
as horas-extra. Há ampla jurisprudência sobre isso. Além do que a não citação explicita
pode levar à judicialização no sentido de hora-extra no valor do benefício, inclusive
aquelas eventualmente realizadas e não pagas.
No parágrafo 2º do art. 5º seria importante explicitar que se o servidor resolver contribuir
sobre cargos em comissão, gratificações e adicionais que não fazem parte da base de
contribuição para o RPPS, não haverá contrapartida patronal e que essa parcela do
benefício será calculada pela média das 80% maiores contribuições, proporcional ao
tempo de contribuição. Entendemos que seria mais apropriado que fosse considerado um
benefício especial, para não criar riscos jurídicos.
No Art. 6º está faltando a previsão de que a contribuição do aposentado e pensionista
aposentado for portador de doença incapacitante será sobre o que exceder duas vezes o
teto do RGPS, conforme determina a Constituição Federal (CF), no art. 40, parágrafo 21.
No art. 9º não foi definida a alíquota normal de contribuição do município, mas apenas o
seu piso. Imaginamos que a ideia seria definir a alíquota por decreto, mas entendemos
que se for esse o objetivo, precisa ficar explicito. Todavia, alertamos que todas as
avaliações atuariais foram feitas com a alíquota equivalente a duas vezes a dos servidores,
aposentados e pensionistas. Portanto, em 28%. Considerarmos que politicamente dá mais
força ao projeto, pois mostra que se o servidor está tendo sua alíquota majorada em 3%
(de 11% para 14%), o município (aqui entendido o munícipe) terá sua alíquota ampliada
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em 6%. Além disso, a alíquota patronal maior é uma espécie de DRU previdenciária
fazendo com que os diversos órgãos e poderes do Município auxiliem no esforço de
equacionamento do déficit previdenciário, ao invés de continuar pagando com recursos
livres do tesouro municipal a título de insuficiência financeira. Ademais, a alíquota
patronal maior no fundo previdenciário facilitará o processo de transferência de vidas do
fundo financeiro (mecanismo que foi devidamente explicado no relatório 4), ajudando a
reduzir substancialmente o custo de transição.
No parágrafo 1º do art. 9º repete-se a redação de um sistema em que a insuficiência
financeira é a regra. Lembramos que no novo modelo não deve haver insuficiência
financeira. Isso só ocorrerá durante os primeiros meses de implantação do novo modelo
e, eventualmente, se ocorrer alguma situação muito séria e imprevista de falta de liquidez
do Funprev ou erro de cálculo da alíquota suplementar do Finan. Portanto, sugerimos que
a redação seja ajustada.
Sugerimos excluir o parágrafo 2º do art. 9º pelo mesmo motivo já tratado, tendo em vista
que os órgãos devem arcar com a cobertura do déficit via alíquota suplementar (adicional)
e não cobertura de insuficiência financeira.
No art. 14, havíamos sugerido que os servidores que aderirem à previdência
complementar seriam automaticamente transferidos do Plano Financeiro para o Plano
Previdenciário. Isto está vinculado à lógica de que quem está na previdência
complementar tem um custo atuarial menor. Fizemos todos os cálculos utilizando essa
premissa. Mesmo com a adesão de uma grande parte dos servidores que ganham acima
do teto do RGPS e que não têm integralidade e paridade, o Funprev ficará superavitário,
estando, portanto, apto a receber um número considerável de vidas do Finan. Logo, não
vemos nenhum motivo para deixá-los exclusiva e compulsoriamente no Plano Financeiro.
Na verdade, isso desestimulará a adesão, visto que o fato de não pagar alíquota
suplementar seria um dos principais atrativos para a adesão à previdência complementar.
Esclarecemos em relação ao parágrafo 1º do art. 15, que não há nenhum problema em
relação à Portaria nº 403 do MPS, nem em relação às boas práticas atuariais, a previsão
de compras de vidas do Finan pelo Funprev. Pelo contrário, trata-se de uma medida
saudável e sustentável de redução do passivo atuarial e de transferência dos servidores,
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aposentados e pensionistas de um sistema com dívida não fundada para outro equilibrado
financeira e atuarialmente. Aliás, esse é o ponto central do modelo que reestruturação que
propomos. É exatamente o oposto do que vários Estados e o Distrito Federal fizeram
recentemente e que a Secretaria de Previdência considerou irregular e retirou o CRP
daqueles entes. O que eles fizeram foi transferir vidas do fundo capitalizado para o fundo
financeiro, com o objetivo de desfazer a capitalização e deixar todos em um regime sem
segurança financeira, com o intuito exclusivo de liberar o saldo do fundo previdenciário.
Todavia, no parágrafo 1º, do art. 15, foi retirada a regra que definia que a transferência de
vidas seria por ordem inversa de idade. Consideramos isso temerário. Em primeiro lugar,
quanto mais idoso o servidor a ser transferido, menor o custo atuarial e maior o impacto
financeiro de curto prazo no Funprev. Portanto, mais impacto terá para a redução do custo
atuarial de transição da segregação de massas. Em segundo lugar, quem for para o
Funprev não pagará alíquota suplementar, o que levará a judicialização se não houver um
critério objetivo em lei. Ademais, o Estatuto do Idoso nos dá cobertura para utilizar esse
critério.
Do Equacionamento do Déficit
O Parágrafo 2º do art. 23 trata do mesmo problema da regra de transferência de vidas que
já comentamos referente ao parágrafo 1º, do art. 15. Entendemos que a regra de idade
deve ser citada em ambos.
Os parágrafos 3º e 4º nos parecem inadequados. Concordamos com a avaliação da
Procuradoria de que estamos transferindo recursos do fundo capitalizado para o fundo de
repartição simples o que fere tanto a Portaria nº 403, quanto as boas práticas de equilíbrio
financeiro e atuarial. Alertamos que propusemos, por segurança, no art. 27, que enquanto
o fluxo livre da dívida ativa não fosse efetivamente transferido para o Funprev, seus
recursos seriam utilizados no Finan. No entanto, o que está definido nesses parágrafos
não é a mesma coisa. Ademais, entendemos que a transferência dos ativos deve estar
casada com a transferência de vidas, o que evitará que um determinado recurso fique “sem
uso” no Funprev. Portanto, propomos a exclusão desses parágrafos e o ajuste do art. 27.
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No artigo 24 está faltando o “e” entre segurados e órgãos e entidades da administração
pública municipal. Isso poderá levar à interpretação de que a alíquota suplementar é
apenas para o servidor. Além de ficar incoerente com o Anexo I, que apresenta alíquotas
suplementares para ambos, teria um efeito político negativo, além de se perder um
importante instrumento de desvinculação de receitas para direcioná-las para a cobertura
do déficit financeiro da previdência.
O Art. 26 dá a impressão que o Prefeito pode modificar a alíquota livremente, desde que
seja para menor. Além disso, a redação “forma de cobrança” dá a impressão que poderá
inclusive modificar a progressividade e a base de contribuição. Entendemos que essa
redação não está adequada. A ideia original era permitir que a alíquota suplementar
patronal fosse modificada livremente para poder se ajustar às reais necessidades de
complementação do pagamento de benefícios dos segurados. Estimamos as alíquotas
suplementares patronais com base na avalição atuarial que tem uma certa margem de erro
em função de reajustes salariais, decisões de antecipar ou adiar aposentadorias, bem como
deficiências e imprecisões na base de dados. Portanto, entendemos que se faz necessário
esse instrumento. Da mesma forma, com a melhoria da qualidade do gasto, com a
aprovação em algum momento da reforma previdenciária e com o aporte de ativos, o
passivo atuarial irá diminuir e, consequentemente, tanto a alíquota suplementar patronal
quanto dos servidores poderá ser reduzida. Nesses casos, para estimular os servidores a
defenderem essas medidas, propusemos que a redução das alíquotas fosse proporcional.
Eram esses os dois objetivos que deveriam estar contemplados no citado parágrafo.
Portanto, sugerimos o ajuste, preferencialmente transformando em dois parágrafos.
Em relação ao art. 27, a procuradoria apresentou uma preocupação com o
descumprimento do art. 167, inciso IV da CF, que veda a destinação de receita tributária.
Em primeiro lugar entendemos o fluxo livre da dívida ativa é um ativo do ente e não uma
receita tributária, muito embora tenha essa origem. Inclusive contabilmente essa receita é
contabilizada na conta de “outras receitas correntes” e não como “receitas tributárias”.
Porém, a principal base para essa vinculação está no art. 249 da CF que estabelece que
“Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria
e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos
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recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por
bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza
e administração desses fundos”. A dívida ativa é um direito do Município. A CF fala em
direito de qualquer natureza. Portanto, entendemos que há amparo constitucional para a
vinculação do fluxo livre da dívida ativa. Vários entes já fizeram essa vinculação à
previdência, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro. Outros fizeram vinculação a
fundos especiais, como é o caso dos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Piauí. Por
tudo isso, entendemos que não há qualquer restrição ou vedação à destinação do fluxo
livre da dívida ativa para a constituição e capitalização de fundos para custear o RRPS do
Município de São Paulo.
Da Criação do Regime de Previdência Complementar
O inciso II, do caput do art. 30 limita a adesão ao Regime de Previdência Complementar
(RPC) aos servidores que tenham ingressado no município após a vigência da Emenda
Constitucional nº 41, de 2003. Em primeiro lugar, se havia a intenção de restringir o
ingresso no RPC a quem tem o direito à integralidade e à paridade, essa redação está
equivocada, visto que se um servidor público de outro ente federativo que tenha
ingressado naquele ente até 2003, tiver feito concurso público para o Município de São
Paulo e tenha ingressado no Município a partir de 2004, ele mantém o direito à
integralidade e à paridade. Porém, a principal crítica a essa restrição é que o maior ganho
que o Município teria com a adesão ao RPC seria justamente daqueles servidores que têm
direito à integralidade e paridade, visto que eles passarão a ter seu benefício limitado ao
teto do RPPS, ao invés de se aposentarem com o último salário. Os que ingressaram
depois teriam um benefício maior que o teto, porém inferior ao último salário, já que seu
benefício seria calculado pela média das 80% maiores contribuições.
Porém, na nossa visão, há duas grandes perdas com essa limitação: (i) a maior delas é que
se perde o argumento tanto político quanto jurídico de que a alíquota suplementar
(adicional) é opcional para os servidores ativos, visto que quem aderir ao RPC não a
pagará. Além disso, gradativamente os aposentados migrarão para o Funprev, deixando
de pagar essa alíquota. A segunda perda é que todos aqueles que tenham sido contratados
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 86
CI 5133 78
antes da Emenda 41/2003 ou que tenham ingressado depois dela, porém com direito à
integralidade e à paridade e que temerosos com novas rodadas de mudanças das regras
previdenciárias teriam propensão a migrar de sistema estarão pela força do texto legal
impedidos de fazê-lo, o que é em equivoco sob a ótica fiscal e uma aberração em termos
de lógica do que foi concebido (ampla liberdade com incentivos adequados).
A argumentação da alíquota suplementar (adicional), conforme descrevemos no Relatório
4, diferenciando do que fez a União é que: (i) faz parte de um plano do equacionamento
do déficit financeiro e atuarial; (ii) tem lógica contributiva e atuarial, visto que só paga
quem está no fundo que tem déficit e é maior para aqueles que se beneficiam mais da
integralidade e paridade, que é responsável por grande parte do déficit; (iii) o Município
reconhece sua responsabilidade na situação deficitária, tanto que está arcando com a
maior parte do passivo atuarial, tanto com o aporte de ativos, quanto com uma alíquota
patronal e suplementar muito maior que a do servidor; e (iv) a alíquota suplementar
(adicional) é temporária porque junto com ela o município está implantando um conjunto
de medidas que reduzirão o passivo atuarial.
No parágrafo 4º do art. 41 está definido que o município custeará até 50% do seguro para
invalidez e morte do segurado. Havíamos sugerido que fosse exatamente 50%, tendo em
vista a previsão do parágrafo 8º do mesmo artigo de que se o servidor desejar uma
cobertura maior ele arcará sozinho. Entendemos que a preocupação seria em não ter um
custo surpreendentemente elevado. Isso não ocorrerá tendo em vista que o regulamento
definirá qual será a cobertura mínima. Já que o parágrafo 5º do mesmo artigo define um
limite máximo de custo do Município, não há qualquer risco. O controle se dará pelo
tamanho da cobertura. Portanto, sugerimos que se mantenha a divisão meio a meio, pois
além de ser politicamente e tecnicamente mais adequada, evita riscos de judicialização.
O mesmo argumento vale para o parágrafo 5º do art. 41. Todavia, como o seguro será
pago com uma parcela do montante capitalizado, naturalmente será meio a meio, a não
ser que o servidor faça contribuição adicional individual. Levando isso em conta,
sugerimos que seja retirada qualquer menção a distribuição do valor da cobertura de
longevidade, já que está claro que será um percentual do valor capitalizado na conta de
cada participante.
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Em função do exposto acerca do parágrafo 5º do art. 41, sugerimos retirar a menção a
esse parágrafo no parágrafo 6º do art. 41, que define limite de contribuição do município
para o seguro.
Disposições Finais
O art. 125, que na última versão que recebemos passou a ser o art. 123 define que o
município de São Paulo pode receber imóveis do Iprem em troca de pagamento da
insuficiência financeira. Isso nos parece estar em contradição com toda a lógica do projeto
de lei. Enquanto cria-se um conjunto de mecanismos para equacionar o passivo atuarial,
nesse artigo volta-se ao sistema antigo em que o município banca a insuficiência
financeira e, portanto, não há nenhuma necessidade do RPPS ter ativos para cobrir suas
obrigações futuras. Diante disso, sugerimos excluir ou modificar esse artigo.
7.1 SUGESTÕES ADICIONAIS AO PROJETO DE LEI Nº 621/2016
Caso o Município esteja disposto a fazer algumas concessões para ampliar o apoio ao
projeto de lei, sugerimos alguns pontos que, na nossa avaliação não comprometeriam o
projeto nem o plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial.
Aumento no Aporte de Dívida Ativa
Poderia ser ampliada para 60% do fluxo livre da dívida ativa. Isso permitiria transferir
mais vidas para o Funprev e equacionar o passivo mais rapidamente. Não recomendamos
um percentual maior, visto que com a implementação futura das demais medidas pode
levar a um superávit atuarial.
Incentivo Maior para a Adesão
Dar um prêmio de adesão maior, equivalente a 15% sobre os salários de contribuição
desde o ingresso no município, corrigidos pela inflação (INPC ou IPCA). Seria
equivalente a uma adesão retroativa. Daria um valor maior, mas não teria impacto
financeiro de curto prazo, visto que esse valor seria creditado apenas contabilmente.
Apenas quando o servidor se aposentar ou falecer é que ocorreria o desembolso. Nossa
proposta é que o desembolso dessa parcela poderia ser transferido proporcionalmente ao
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valor efetivamente capitalizado na conta do participante. Poderia, em último caso, até ser
transferido apenas depois que o valor da conta acabar.
Maior Governança com Maior Participação dos Servidores da Gestão do Iprem
O Conselho Deliberativo poderia ser como o da Previ, sem voto minerva. Dessa forma,
não haveria possibilidade de os representantes do governo aprovarem algo sem consenso
com os representantes dos servidores. Isso evitou que a Previ tivesse o mesmo problema
de aplicações inadequadas que tiveram outros fundos de pensão como Postalis, Funcef e
Petros.
Na mesma linha sugerimos que dois membros da diretoria sejam eleitos pelos servidores
e que não haja voto de qualidade do conselho fiscal.
Ainda na linha de governança poderia ser incluída a previsão de haver um membro da
sociedade civil, com amplo conhecimento em previdência e mercado de capitais, tanto do
conselho deliberativo quanto do Conselho fiscal e do Comitê de investimentos. Isso
evitaria embates radicais sem solução, garantindo uma melhor governança, visto que
nenhum dos lados teria maioria no caso de disputa entre governo e servidores. Esse
representante seria escolhido pelo Conselho Deliberativo em processo seletivo, com
mandato.
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8. OS DESAFIOS TÉCNICOS DECORRENTES DE UMA EVENTUAL
APROVAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA
Visando garantir que esse novo modelo seja implementado com a efetividade necessária,
está sendo proposta uma ampla reestruturação do Iprem. Busca-se em primeiro lugar
garantir que a autarquia cumpra o parágrafo 20 do artigo 40 da Constituição Federal e
seja de fato a unidade gestora única do RPPS e execute todas as funções de concessão e
gestão de benefícios previdenciários. Em segundo lugar propomos um novo modelo de
organização do Iprem ampliando significativamente sua governança, com ênfase da
gestão orientada a resultados, transparência, profissionalismo, autonomia e participação
dos servidores na gestão.
No momento atual, faz-se necessário um apoio ao Município para esclarecer a sociedade
em geral e, em particular, os vereadores e os servidores, sobre a importância do projeto
de lei e sobre as mudanças que estão sendo propostas. Na mesma linha faz-se necessário
apoiar as diversas áreas da PMSP em eventuais ações judiciais, no sentido de comprovar
a importância econômica, a justiça social e a constitucionalidade das medidas propostas.
Com a aprovação do PL, o Município terá um grande desafio de implementar o amplo
conjunto de medidas inovadoras previstas, dentre elas a segregação de massas dinâmica,
que exigirá um acompanhamento atuarial constante; bem como a identificação,
valorização, aporte, contabilização e monetização de ativos.
Portanto, sem adentrar aqui em outras análises, as acima destacadas, por si só, indicam
realmente a necessidade e oportunidade da busca de apoio técnico para a implementação
de medidas que possam proporcionar maior conforto orçamentário e financeiro para o
RPPS e consequentemente para o Município de São Paulo. Trata-se de um grande desafio
à gestão Municipal. Com o intuito de indicar à Secretaria de Fazenda e aos demais órgãos
da Administração Pública Municipal envolvidos na questão previdenciária, apresenta-se
aqui, de forma abreviada e indicativa, o rol de desafios técnicos decorrentes de eventual
aprovação da proposta de Lei apresentada à Câmara Municipal de São Paulo.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 90
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Implementação da Segregação de Massas Dinâmica de Massas
Após a aprovação do PL nº 621/2016, será absolutamente crucial a implementação da
segregação de massas inicial e revisões dessa segregação, ao longo do primeiro ano, em
função do aporte de ativos. Apoio técnico e sucessivas rodadas de estudos atuariais serão
pontos críticos para uma bem-sucedida segregação.
Especificamente serão necessários os seguintes trabalhos técnicos permanentes:
acompanhamento da evolução das receitas e despesas dos fundos segregados;
recomendação da necessidade de novos estudos atuariais;
definições de regras e padrões de contabilização;
indicação de revisões das alíquotas suplementares patronais;
apoio técnico permanente a todos os órgãos envolvidos, em especial os órgãos de
controle.
Aporte de Ativos
O aporte de ativos previsto no Projeto de Lei encaminhado à Câmara Municipal consta
do artigo 17 que explicitamente determina que “Fica autorizado o aporte no Finan e no
Funprev de bens, direitos e ativos de que sejam titulares os Órgãos e Entidades vinculados
ao RPPS nos termos do artigo 249 da Constituição Federal, observados os critérios e
preceitos constantes no artigo 6º da Lei Federal nº 9.717/1998”.
Serão necessários, por conseguinte, procedimentos para a identificação, a valoração, o
aporte e a contabilização dos ativos do Município aportados no RPPS. Serão necessários
especificamente:
o levantamento das possibilidades de aportes de ativos financeiros e imobiliários
e outras medidas que poderão trazer impactos financeiros positivos nas despesas
correntes do Tesouro municipal e na redução do passivo atuarial;
a valoração dos ativos que tenham a decisão de serem aportados no RPPS;
orientações sobre o seu aporte e sua contabilização; e
proposição de regras de monetização dos ativos a serem aportados.
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Monetização de Ativos
A monetização de ativos consiste na conversão de bens e recebíveis em ativos financeiros
de maior liquidez com rentabilização monetária compatível com o mercado de capitais,
de acordo com a conveniência e oportunidade, podendo ser alienação direta dos ativos no
todo ou em parte, venda de cotas, recebimento de aluguéis ou dividendos e securitização
de recebíveis futuros.
Esse processo certamente exigirá:
elaboração e apresentação de estudos e laudos de vocação dos ativos;
apresentação de estudos contendo a indicação do(s) melhor(es) instrumento(s) de
monetização dos ativos;
elaboração do instrumento de seleção da melhor proposta segundo as necessidades
do RPPS;
assessoramento para estruturação de operações de monetização dos ativos, por
intermédio de leilão; de fundos de investimentos (FII, FDIC, FIP, FIM e outros);
e, quando for o caso, criação de Sociedade de Propósito Específico com emissão
de debêntures, securitização; e outras medidas identificadas como necessárias; e
apresentação das operações ao mercado de capitais visando e captação de
investidores interessados.
Esse conjunto de desafios está longe de ser trivial, exigindo qualificação técnica,
empenho e dedicação da equipe responsável pela implementação do disposto na Lei e dos
órgãos direta e indiretamente envolvidos na implementação das inúmeras atividades.
São Paulo, 08 de março de 2018.
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ANEXO I: TABELAS COM FLUXOS ATUARIAIS
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 93
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Projeção dos Quantitativos de Servidores Ativos, Inativos e Pensionistas
Exercício
População
Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Ativos Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total
Relação Ativos/
Inativos
2017 111.711 96.676 208.387 21.666 21 21.687 133.377 96.697 230.074 1,38
2018 111.302 96.495 207.797 22.075 23 22.098 133.377 96.518 229.895 1,38
2019 110.856 96.247 207.103 22.521 25 22.546 133.377 96.272 229.649 1,39
2020 110.370 112.434 222.804 23.007 28 23.035 133.377 112.462 245.839 1,19
2021 106.159 119.077 225.236 27.218 31 27.249 133.377 119.108 252.485 1,12
2022 100.935 123.065 224.000 32.442 34 32.476 133.377 123.099 256.476 1,08
2023 96.200 126.428 222.628 37.177 37 37.214 133.377 126.465 259.842 1,05
2024 91.142 129.964 221.106 42.235 41 42.276 133.377 130.005 263.382 1,03
2025 85.877 133.552 219.429 47.500 45 47.545 133.377 133.597 266.974 1,00
2026 80.627 136.965 217.592 52.750 50 52.800 133.377 137.015 270.392 0,97
2027 75.195 140.393 215.588 58.182 54 58.236 133.377 140.447 273.824 0,95
2028 69.810 143.603 213.413 63.567 60 63.627 133.377 143.663 277.040 0,93
2029 64.725 146.335 211.060 68.652 66 68.718 133.377 146.401 279.778 0,91
2030 59.698 148.828 208.526 73.679 72 73.751 133.377 148.900 282.277 0,90
2031 54.954 150.855 205.809 78.423 80 78.503 133.377 150.935 284.312 0,88
2032 50.405 152.495 202.900 82.972 88 83.060 133.377 152.583 285.960 0,87
2033 45.761 154.037 199.798 87.616 96 87.712 133.377 154.133 287.510 0,87
2034 41.384 155.114 196.498 91.993 106 92.099 133.377 155.220 288.597 0,86
2035 36.877 156.122 192.999 96.500 117 96.617 133.377 156.239 289.616 0,85
2036 32.135 157.161 189.296 101.242 128 101.370 133.377 157.289 290.666 0,85
2037 27.356 158.037 185.393 106.021 141 106.162 133.377 158.178 291.555 0,84
2038 22.414 158.878 181.292 110.963 155 111.118 133.377 159.033 292.410 0,84
2039 17.701 159.298 176.999 115.676 171 115.847 133.377 159.469 292.846 0,84
2040 13.832 158.692 172.524 119.545 9.626 129.171 133.377 168.318 301.695 0,79
2041 11.029 156.851 167.880 122.348 9.807 132.155 133.377 166.658 300.035 0,80
2042 8.957 154.121 163.078 124.420 10.088 134.508 133.377 164.209 297.586 0,81
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 94
CI 5133 86
Exercício
População
Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Ativos Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total
Relação Ativos/
Inativos
2043 7.196 150.942 158.138 126.181 17.469 143.650 133.377 168.411 301.788 0,79
2044 5.661 147.416 153.077 127.716 19.594 147.310 133.377 167.010 300.387 0,80
2045 4.475 143.446 147.921 128.902 22.161 151.063 133.377 165.607 298.984 0,81
2046 3.521 139.170 142.691 129.856 24.755 154.611 133.377 163.925 297.302 0,81
2047 2.761 134.646 137.407 130.616 28.376 158.992 133.377 163.022 296.399 0,82
2048 2.126 129.961 132.087 131.251 35.144 166.395 133.377 165.105 298.482 0,81
2049 1.620 125.125 126.745 131.757 38.944 170.701 133.377 164.069 297.446 0,81
2050 1.259 120.139 121.398 132.118 43.242 175.360 133.377 163.381 296.758 0,82
2051 970 115.087 116.057 132.407 47.902 180.309 133.377 162.989 296.366 0,82
2052 741 109.994 110.735 132.636 52.953 185.589 133.377 162.947 296.324 0,82
2053 543 104.897 105.440 132.834 58.089 190.923 133.377 162.986 296.363 0,82
2054 344 99.843 100.187 133.033 62.851 195.884 133.377 162.694 296.071 0,82
2055 249 94.741 94.990 133.128 67.526 200.654 133.377 162.267 295.644 0,82
2056 190 89.671 89.861 133.187 72.390 205.577 133.377 162.061 295.438 0,82
2057 150 84.666 84.816 133.227 77.226 210.453 133.377 161.892 295.269 0,82
2058 92 79.779 79.871 133.285 82.128 215.413 133.377 161.907 295.284 0,82
2059 49 74.994 75.043 133.328 87.091 220.419 133.377 162.085 295.462 0,82
2060 16 70.329 70.345 133.361 91.920 225.281 133.377 162.249 295.626 0,82
2061 1 65.791 65.792 133.376 96.781 230.157 133.377 162.572 295.949 0,82
2062 1 61.391 61.392 133.376 101.541 234.917 133.377 162.932 296.309 0,82
2063 0 57.151 57.151 133.377 105.752 239.129 133.377 162.903 296.280 0,82
2064 0 53.069 53.069 133.377 116.446 249.823 133.377 169.515 302.892 0,79
2065 0 49.144 49.144 133.377 119.307 252.684 133.377 168.451 301.828 0,79
2066 0 45.369 45.369 133.377 121.732 255.109 133.377 167.101 300.478 0,80
2067 0 41.736 41.736 133.377 127.164 260.541 133.377 168.900 302.277 0,79
2068 0 38.237 38.237 133.377 130.300 263.677 133.377 168.537 301.914 0,79
2069 0 34.866 34.866 133.377 133.535 266.912 133.377 168.401 301.778 0,79
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 95
CI 5133 87
Exercício
População
Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Ativos Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total Ativos
Aposentados e
Pensionistas Total
Relação Ativos/
Inativos
2070 0 31.619 31.619 133.377 139.585 272.962 133.377 171.204 304.581 0,78
2071 0 28.498 28.498 133.377 142.685 276.062 133.377 171.183 304.560 0,78
2072 0 25.505 25.505 133.377 145.787 279.164 133.377 171.292 304.669 0,78
2073 0 22.650 22.650 133.377 148.413 281.790 133.377 171.063 304.440 0,78
2074 0 19.941 19.941 133.377 151.625 285.002 133.377 171.566 304.943 0,78
2075 0 17.393 17.393 133.377 158.004 291.381 133.377 175.397 308.774 0,76
2076 0 15.018 15.018 133.377 160.981 294.358 133.377 175.999 309.376 0,76
2077 0 12.828 12.828 133.377 163.680 297.057 133.377 176.508 309.885 0,76
2078 0 10.834 10.834 133.377 165.969 299.346 133.377 176.803 310.180 0,75
2079 0 9.043 9.043 133.377 168.421 301.798 133.377 177.464 310.841 0,75
2080 0 7.457 7.457 133.377 171.755 305.132 133.377 179.212 312.589 0,74
2081 0 6.076 6.076 133.377 173.651 307.028 133.377 179.727 313.104 0,74
2082 0 4.890 4.890 133.377 175.347 308.724 133.377 180.237 313.614 0,74
2083 0 3.890 3.890 133.377 177.007 310.384 133.377 180.897 314.274 0,74
2084 0 3.060 3.060 133.377 178.661 312.038 133.377 181.721 315.098 0,73
2085 0 2.381 2.381 133.377 180.267 313.644 133.377 182.648 316.025 0,73
2086 0 1.836 1.836 133.377 181.526 314.903 133.377 183.362 316.739 0,73
2087 0 1.404 1.404 133.377 182.140 315.517 133.377 183.544 316.921 0,73
2088 0 1.068 1.068 133.377 187.558 320.935 133.377 188.626 322.003 0,71
2089 0 808 808 133.377 186.933 320.310 133.377 187.741 321.118 0,71
2090 0 609 609 133.377 185.917 319.294 133.377 186.526 319.903 0,72
2091 0 459 459 133.377 187.976 321.353 133.377 188.435 321.812 0,71
Fonte: Vesting.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 96
CI 5133 88
CENÁRIO BASE
Simulação Base: 11% do servidor e 22% do Município Valores em R$ milhões
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração
Atual
Geração
Futura Total Geração Atual + Geração Futura
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre benefícios
acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total
Contribuição
Patronal Déficit
Total
11% 22% 11% 4,74% 22%
5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30
2017 866,16 1.732,32 325,37 48,94 2.972,79 6.379,29 855,21 7.234,50 4.680,95 -419,23 4.261,72 1.732,32 4.261,72 5.994,03
2018 894,84 1.789,69 323,86 48,21 3.056,60 6.299,04 929,17 7.228,20 4.611,25 -439,65 4.171,61 1.789,69 4.171,61 5.961,29
2019 924,40 1.848,79 322,18 47,44 3.142,80 6.214,90 1.004,10 7.219,00 4.537,59 -461,39 4.076,20 1.848,79 4.076,20 5.924,99
2020 954,83 1.909,66 408,87 225,91 3.499,26 7.865,53 1.080,04 8.945,57 5.930,89 -484,57 5.446,31 1.909,66 5.446,31 7.355,97
2021 968,05 1.936,10 443,01 303,26 3.650,42 8.497,68 1.156,69 9.654,37 6.582,76 -578,81 6.003,95 1.936,10 6.003,95 7.940,05
2022 976,08 1.952,16 460,75 354,42 3.743,41 8.836,89 1.233,89 10.070,77 7.022,07 -694,71 6.327,37 1.952,16 6.327,37 8.279,52
2023 987,57 1.975,13 475,31 400,87 3.838,88 9.110,26 1.311,61 10.421,87 7.388,31 -805,31 6.583,00 1.975,13 6.583,00 8.558,13
2024 999,69 1.999,37 489,14 450,67 3.938,87 9.387,10 1.389,70 10.776,80 7.763,89 -925,96 6.837,93 1.999,37 6.837,93 8.837,30
2025 1.014,13 2.028,27 500,56 500,90 4.043,86 9.643,68 1.467,96 11.111,64 8.121,46 -1.053,68 7.067,78 2.028,27 7.067,78 9.096,05
2026 1.029,32 2.058,65 509,89 553,91 4.151,77 9.873,23 1.546,12 11.419,35 8.452,07 -1.184,49 7.267,58 2.058,65 7.267,58 9.326,23
2027 1.044,37 2.088,75 518,13 609,12 4.260,37 10.098,53 1.623,89 11.722,43 8.787,40 -1.325,33 7.462,06 2.088,75 7.462,06 9.550,81
2028 1.060,96 2.121,92 524,71 664,63 4.372,23 10.297,42 1.700,93 11.998,36 9.098,34 -1.472,22 7.626,12 2.121,92 7.626,12 9.748,05
2029 1.078,80 2.157,59 528,79 719,16 4.484,34 10.448,46 1.776,88 12.225,34 9.359,63 -1.618,62 7.741,00 2.157,59 7.741,00 9.898,60
2030 1.096,41 2.192,81 531,53 769,09 4.589,83 10.579,77 1.851,28 12.431,06 9.609,40 -1.768,18 7.841,22 2.192,81 7.841,22 10.034,04
2031 1.115,40 2.230,80 533,01 810,58 4.689,79 10.676,14 1.923,67 12.599,81 9.826,41 -1.916,40 7.910,02 2.230,80 7.910,02 10.140,82
2032 1.136,63 2.273,26 532,35 849,68 4.791,92 10.733,19 1.993,47 12.726,66 10.000,77 -2.066,02 7.934,74 2.273,26 7.934,74 10.208,00
2033 1.157,80 2.315,60 530,30 888,62 4.892,31 10.776,94 2.060,04 12.836,98 10.168,63 -2.223,96 7.944,66 2.315,60 7.944,66 10.260,27
2034 1.179,87 2.359,74 527,08 924,50 4.991,19 10.790,06 2.122,67 12.912,73 10.305,70 -2.384,16 7.921,54 2.359,74 7.921,54 10.281,28
2035 1.202,58 2.405,16 521,93 960,47 5.090,13 10.786,41 2.180,59 12.967,00 10.430,23 -2.553,36 7.876,87 2.405,16 7.876,87 10.282,03
2036 1.225,16 2.450,33 515,64 997,28 5.188,40 10.779,80 2.232,96 13.012,76 10.558,12 -2.733,77 7.824,35 2.450,33 7.824,35 10.274,68
2037 1.248,23 2.496,46 508,26 1.033,86 5.286,81 10.758,19 2.278,99 13.037,19 10.671,49 -2.921,12 7.750,37 2.496,46 7.750,37 10.246,83
2038 1.271,47 2.542,94 499,57 1.069,16 5.383,13 10.727,19 2.317,94 13.045,13 10.780,04 -3.118,05 7.662,00 2.542,94 7.662,00 10.204,93
2039 1.294,39 2.588,78 489,97 1.097,96 5.471,09 10.674,26 2.349,25 13.023,50 10.869,08 -3.316,66 7.552,41 2.588,78 7.552,41 10.141,19
2040 1.319,69 2.639,38 558,90 1.115,38 5.633,35 11.858,77 2.379,23 14.238,00 10.892,13 -2.287,47 8.604,65 2.639,38 8.604,65 11.244,03
2041 1.255,21 2.510,43 548,39 1.120,28 5.434,32 11.692,87 2.397,78 14.090,65 10.812,41 -2.156,08 8.656,33 2.510,43 8.656,33 11.166,76
2042 1.282,86 2.565,73 536,91 1.116,87 5.502,38 11.477,09 2.408,58 13.885,67 10.656,10 -2.272,81 8.383,29 2.565,73 8.383,29 10.949,02
2043 1.312,14 2.624,27 550,23 1.109,06 5.595,69 11.890,02 2.413,91 14.303,93 10.458,55 -1.750,30 8.708,24 2.624,27 8.708,24 11.332,51
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 97
CI 5133 89
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração
Atual
Geração
Futura Total Geração Atual + Geração Futura
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre benefícios
acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total
Contribuição
Patronal Déficit
Total
11% 22% 11% 4,74% 22%
5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30
2044 1.300,63 2.601,26 554,03 1.097,16 5.553,09 11.882,41 2.412,96 14.295,37 10.227,96 -1.485,68 8.742,28 2.601,26 8.742,28 11.343,54
2045 1.312,64 2.625,28 560,79 1.080,24 5.578,95 11.908,77 2.406,41 14.315,19 9.961,07 -1.224,84 8.736,23 2.625,28 8.736,23 11.361,51
2046 1.321,33 2.642,66 565,23 1.059,37 5.588,59 11.901,37 2.394,87 14.296,24 9.669,20 -961,55 8.707,65 2.642,66 8.707,65 11.350,31
2047 1.332,47 2.664,94 573,61 1.034,97 5.605,99 11.979,99 2.379,16 14.359,15 9.354,80 -601,64 8.753,16 2.664,94 8.753,16 11.418,10
2048 1.337,99 2.675,98 592,09 1.007,70 5.613,75 12.328,67 2.360,94 14.689,61 9.022,12 53,74 9.075,86 2.675,98 9.075,86 11.751,83
2049 1.322,91 2.645,81 600,19 977,81 5.546,72 12.396,22 2.339,55 14.735,77 8.677,00 512,05 9.189,05 2.645,81 9.189,05 11.834,86
2050 1.328,92 2.657,85 611,31 945,51 5.543,58 12.513,28 2.315,44 14.828,72 8.316,53 968,60 9.285,14 2.657,85 9.285,14 11.942,98
2051 1.330,82 2.661,65 623,98 911,03 5.527,48 12.662,81 2.289,02 14.951,83 7.951,64 1.472,71 9.424,36 2.661,65 9.424,36 12.086,00
2052 1.330,94 2.661,88 637,09 874,53 5.504,43 12.836,42 2.260,84 15.097,26 7.580,29 2.012,53 9.592,82 2.661,88 9.592,82 12.254,70
2053 1.329,18 2.658,36 651,28 836,42 5.475,23 13.023,22 2.231,41 15.254,63 7.207,30 2.572,10 9.779,40 2.658,36 9.779,40 12.437,76
2054 1.326,01 2.652,03 663,30 797,03 5.438,38 13.167,72 2.201,19 15.368,90 6.836,99 3.093,53 9.930,52 2.652,03 9.930,52 12.582,55
2055 1.326,91 2.653,82 674,52 756,57 5.411,83 13.295,34 2.170,85 15.466,19 6.461,62 3.592,75 10.054,37 2.653,82 10.054,37 12.708,19
2056 1.328,78 2.657,56 688,08 715,43 5.389,85 13.454,39 2.141,37 15.595,76 6.090,49 4.115,42 10.205,91 2.657,56 10.205,91 12.863,47
2057 1.328,82 2.657,64 701,73 673,88 5.362,08 13.611,71 2.113,76 15.725,47 5.722,08 4.641,31 10.363,39 2.657,64 10.363,39 13.021,03
2058 1.328,94 2.657,87 717,07 632,33 5.336,21 13.789,50 2.089,10 15.878,60 5.364,57 5.177,82 10.542,39 2.657,87 10.542,39 13.200,26
2059 1.327,98 2.655,95 734,24 591,03 5.309,20 13.987,15 2.068,57 16.055,71 5.016,57 5.729,94 10.746,51 2.655,95 10.746,51 13.402,46
2060 1.325,86 2.651,73 751,61 550,32 5.279,52 14.178,03 2.053,26 16.231,29 4.679,96 6.271,80 10.951,76 2.651,73 10.951,76 13.603,49
2061 1.324,65 2.649,31 770,61 510,48 5.255,06 14.384,88 2.044,25 16.429,13 4.355,60 6.818,48 11.174,08 2.649,31 11.174,08 13.823,39
2062 1.322,63 2.645,26 789,78 471,77 5.229,44 14.586,18 2.042,38 16.628,56 4.044,32 7.354,80 11.399,13 2.645,26 11.399,13 14.044,39
2063 1.321,31 2.642,62 805,20 434,39 5.203,51 14.719,98 2.048,09 16.768,08 3.747,68 7.816,89 11.564,57 2.642,62 11.564,57 14.207,19
2064 1.325,50 2.651,00 876,71 398,48 5.251,69 15.752,34 2.063,53 17.815,86 3.465,48 9.098,70 12.564,18 2.651,00 12.564,18 15.215,18
2065 1.264,47 2.528,94 882,29 364,12 5.039,82 15.711,95 2.086,78 17.798,74 3.197,34 9.561,59 12.758,92 2.528,94 12.758,92 15.287,86
2066 1.280,39 2.560,79 885,49 331,34 5.058,01 15.623,15 2.117,71 17.740,87 2.942,45 9.740,41 12.682,86 2.560,79 12.682,86 15.243,65
2067 1.300,57 2.601,13 911,97 300,13 5.113,80 15.925,34 2.157,16 18.082,50 2.699,84 10.268,86 12.968,70 2.601,13 12.968,70 15.569,84
2068 1.295,66 2.591,33 924,26 270,46 5.081,72 15.959,38 2.203,93 18.163,31 2.468,45 10.613,14 13.081,59 2.591,33 13.081,59 15.672,92
2069 1.306,38 2.612,77 938,64 242,32 5.100,11 16.017,85 2.257,58 18.275,43 2.247,35 10.927,97 13.175,32 2.612,77 13.175,32 15.788,09
2070 1.315,23 2.630,47 958,00 215,68 5.119,39 16.289,95 2.318,18 18.608,13 2.035,83 11.452,91 13.488,74 2.630,47 13.488,74 16.119,21
2071 1.311,31 2.622,62 973,06 190,54 5.097,53 16.346,25 2.384,71 18.730,95 1.833,41 11.800,02 13.633,43 2.622,62 13.633,43 16.256,05
2072 1.319,48 2.638,95 988,45 166,92 5.113,80 16.407,33 2.456,57 18.863,90 1.639,97 12.110,13 13.750,11 2.638,95 13.750,11 16.389,06
2073 1.326,83 2.653,65 1.001,77 144,86 5.127,10 16.424,84 2.533,02 18.957,86 1.455,68 12.375,08 13.830,76 2.653,65 13.830,76 16.484,41
2074 1.336,85 2.673,70 1.018,06 124,41 5.153,02 16.510,04 2.613,18 19.123,22 1.280,97 12.689,23 13.970,20 2.673,70 13.970,20 16.643,90
2075 1.341,63 2.683,25 1.042,56 105,63 5.173,07 16.866,74 2.697,13 19.563,87 1.116,47 13.274,32 14.390,79 2.683,25 14.390,79 17.074,05
2076 1.326,53 2.653,06 1.057,55 88,56 5.125,69 16.942,33 2.782,64 19.724,96 962,93 13.636,34 14.599,27 2.653,06 14.599,27 17.252,33
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 98
CI 5133 90
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração
Atual
Geração
Futura Total Geração Atual + Geração Futura
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre benefícios
acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total
Contribuição
Patronal Déficit
Total
11% 22% 11% 4,74% 22%
5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30
2077 1.329,95 2.659,90 1.072,48 73,23 5.135,57 17.013,51 2.868,38 19.881,89 821,12 13.925,20 14.746,32 2.659,90 14.746,32 17.406,23
2078 1.332,80 2.665,59 1.084,89 59,67 5.142,95 17.052,36 2.952,51 20.004,86 691,74 14.170,18 14.861,91 2.665,59 14.861,91 17.527,51
2079 1.337,41 2.674,81 1.096,58 47,86 5.156,66 17.112,01 3.033,58 20.145,60 575,29 14.413,65 14.988,94 2.674,81 14.988,94 17.663,75
2080 1.339,89 2.679,78 1.112,04 37,75 5.169,46 17.278,44 3.110,59 20.389,03 472,03 14.747,53 15.219,57 2.679,78 15.219,57 17.899,35
2081 1.333,34 2.666,68 1.122,35 29,25 5.151,62 17.332,09 3.180,77 20.512,86 381,93 14.979,30 15.361,24 2.666,68 15.361,24 18.027,92
2082 1.334,33 2.668,65 1.132,37 22,24 5.157,59 17.391,06 3.243,64 20.634,69 304,59 15.172,51 15.477,11 2.668,65 15.477,11 18.145,76
2083 1.334,22 2.668,43 1.142,58 16,58 5.161,81 17.466,75 3.298,89 20.765,64 239,37 15.364,46 15.603,84 2.668,43 15.603,84 18.272,27
2084 1.332,29 2.664,58 1.152,27 12,12 5.161,26 17.551,97 3.349,82 20.901,79 185,34 15.555,20 15.740,54 2.664,58 15.740,54 18.405,12
2085 1.329,35 2.658,70 1.162,20 8,67 5.158,92 17.649,61 3.397,61 21.047,22 141,41 15.746,89 15.888,30 2.658,70 15.888,30 18.547,01
2086 1.325,02 2.650,03 1.170,75 6,06 5.151,86 17.726,04 3.442,07 21.168,11 106,36 15.909,90 16.016,26 2.650,03 16.016,26 18.666,29
2087 1.321,79 2.643,58 1.174,76 4,15 5.144,27 17.733,47 3.482,51 21.215,98 78,91 15.992,80 16.071,71 2.643,58 16.071,71 18.715,28
2088 1.323,35 2.646,70 1.221,54 2,77 5.194,37 18.427,71 3.520,35 21.948,05 57,82 16.695,87 16.753,68 2.646,70 16.753,68 19.400,39
2089 1.273,57 2.547,14 1.215,28 1,81 5.037,80 18.283,60 3.554,29 21.837,89 41,88 16.758,21 16.800,10 2.547,14 16.800,10 19.347,24
2090 1.284,35 2.568,70 1.205,65 1,15 5.059,86 18.093,19 3.584,34 21.677,53 30,04 16.587,63 16.617,67 2.568,70 16.617,67 19.186,37
2091 1.298,76 2.597,51 1.220,15 0,71 5.117,14 18.313,30 3.611,51 21.924,80 21,37 16.786,30 16.807,67 2.597,51 16.807,67 19.405,18
2092 1.313,32 2.626,65 1.234,83 0,44 5.175,06 18.536,09 3.638,87 22.174,90 15,20 16.987,34 16.999,84 2.626,65 16.999,84 19.626,48
Fonte: Vesting. O déficit atuarial foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 99
CI 5133 91
CENÁRIO: Repartição Simples com Previdência Complementar
Simulação Base: 11% do servidor e 22% do Município Valores em R$ milhões
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
Custo
Atuarial de
Transição
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total
11% 22% 11% 5,31%
5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53
2017 860,93 1.721,86 325,37 48,94 2.957,10 6.379,27 855,18 7.234,45 4.277,36 9,22
2018 886,32 1.772,64 323,86 48,21 3.031,03 6.299,01 929,14 7.228,15 4.197,12 15,05
2019 912,41 1.824,82 322,18 47,44 3.106,85 6.214,87 1.004,07 7.218,94 4.112,10 21,19
2020 939,20 1.878,39 408,87 225,91 3.452,36 7.865,51 1.080,00 8.945,51 5.493,15 27,65
2021 948,17 1.896,35 443,01 303,26 3.590,79 8.497,65 1.156,65 9.654,30 6.063,51 35,17
2022 951,00 1.901,99 460,75 354,42 3.668,16 8.836,85 1.233,85 10.070,70 6.402,54 44,39
2023 956,33 1.912,66 475,31 400,87 3.745,17 9.110,23 1.311,57 10.421,80 6.676,63 55,30
2024 961,19 1.922,38 489,14 450,67 3.823,38 9.387,06 1.389,66 10.776,71 6.953,33 68,16
2025 967,35 1.934,69 500,56 500,90 3.903,50 9.643,63 1.467,91 11.111,55 7.208,05 82,85
2026 973,22 1.946,43 509,89 553,91 3.983,44 9.873,18 1.546,07 11.419,25 7.435,81 99,37
2027 977,81 1.955,62 518,13 609,12 4.060,68 10.098,48 1.623,84 11.722,32 7.661,64 117,89
2028 982,63 1.965,27 524,71 664,63 4.137,24 10.297,37 1.700,88 11.998,24 7.861,00 138,74
2029 987,42 1.974,85 528,79 719,16 4.210,22 10.448,40 1.776,82 12.225,21 8.015,00 161,86
2030 990,78 1.981,55 531,53 769,09 4.272,94 10.579,70 1.851,22 12.430,92 8.157,98 187,12
2031 994,17 1.988,34 533,01 810,58 4.326,10 10.676,06 1.923,60 12.599,66 8.273,56 214,76
2032 997,99 1.995,98 532,35 849,68 4.375,99 10.733,11 1.993,40 12.726,50 8.350,51 245,62
2033 1.000,30 2.000,60 530,29 888,62 4.419,81 10.776,84 2.059,96 12.836,80 8.416,99 279,03
2034 1.002,02 2.004,03 527,08 924,50 4.457,63 10.789,95 2.122,59 12.912,54 8.454,91 315,10
2035 1.002,44 2.004,87 521,93 960,47 4.489,70 10.786,30 2.180,50 12.966,80 8.477,09 354,59
2036 1.000,22 2.000,44 515,63 997,28 4.513,57 10.779,67 2.232,86 13.012,53 8.498,96 398,54
2037 996,50 1.993,01 508,26 1.033,86 4.531,63 10.758,05 2.278,89 13.036,94 8.505,31 446,00
2038 990,97 1.981,94 499,57 1.069,16 4.541,64 10.727,03 2.317,83 13.044,87 8.503,22 496,98
2039 983,11 1.966,21 489,97 1.097,96 4.537,25 10.674,09 2.349,13 13.023,21 8.485,97 551,53
2040 975,54 1.951,08 479,25 1.115,38 4.521,26 11.121,89 2.377,69 13.499,58 8.978,33 -48,69
2041 969,65 1.939,31 467,21 1.120,28 4.496,45 10.943,50 2.394,55 13.338,05 8.841,60 -165,19
2042 965,40 1.930,80 454,06 1.116,87 4.467,14 10.714,19 2.403,48 13.117,68 8.650,54 -122,37
2043 961,33 1.922,66 439,92 1.109,06 4.432,96 10.869,28 2.406,00 13.275,28 8.842,32 -296,46
2044 946,09 1.892,18 425,05 1.097,16 4.360,48 10.692,24 2.401,61 13.093,86 8.733,38 -444,02
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 100
CI 5133 92
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
Custo
Atuarial de
Transição
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total
11% 22% 11% 5,31%
5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53
2045 943,82 1.887,63 409,29 1.080,24 4.320,98 10.514,29 2.390,89 12.905,19 8.584,21 -604,67
2046 942,04 1.884,09 393,04 1.059,37 4.278,54 10.320,00 2.374,39 12.694,39 8.415,85 -757,29
2047 940,06 1.880,12 376,21 1.034,97 4.231,36 10.170,19 2.352,74 12.522,93 8.291,56 -943,19
2048 937,39 1.874,77 358,95 1.007,70 4.178,81 10.191,46 2.327,12 12.518,57 8.339,76 -1.227,74
2049 927,14 1.854,28 341,56 977,81 4.100,79 10.030,32 2.297,12 12.327,44 8.226,65 -1.448,11
2050 925,66 1.851,33 323,85 945,51 4.046,35 9.889,09 2.263,06 12.152,15 8.105,80 -1.674,24
2051 923,91 1.847,81 306,12 911,03 3.988,87 9.767,02 2.225,20 11.992,23 8.003,36 -1.920,40
2052 922,27 1.844,55 288,25 874,53 3.929,60 9.664,79 2.183,94 11.848,73 7.919,13 -2.175,24
2053 919,72 1.839,44 270,43 836,42 3.866,00 9.568,14 2.139,65 11.707,79 7.841,79 -2.440,13
2054 917,26 1.834,51 252,81 797,03 3.801,61 9.453,06 2.092,69 11.545,76 7.744,14 -2.688,03
2055 916,22 1.832,44 235,31 756,57 3.740,54 9.331,82 2.043,66 11.375,48 7.634,94 -2.923,46
2056 915,21 1.830,41 218,28 715,43 3.679,33 9.226,75 1.993,33 11.220,08 7.540,75 -3.172,73
2057 914,83 1.829,66 201,54 673,88 3.619,91 9.124,18 1.942,56 11.066,74 7.446,83 -3.424,64
2058 914,54 1.829,08 185,44 632,33 3.561,39 9.034,89 1.892,32 10.927,20 7.365,81 -3.685,16
2059 914,43 1.828,86 170,03 591,03 3.504,36 8.957,57 1.843,62 10.801,19 7.296,83 -3.957,21
2060 914,78 1.829,57 155,41 550,32 3.450,08 8.881,79 1.797,48 10.679,27 7.229,19 -4.227,08
2061 915,67 1.831,33 141,66 510,48 3.399,13 8.817,83 1.754,80 10.572,63 7.173,50 -4.502,52
2062 916,82 1.833,63 128,82 471,77 3.351,03 8.758,26 1.716,31 10.474,56 7.123,53 -4.773,64
2063 917,81 1.835,63 116,91 434,39 3.304,74 8.677,59 1.682,38 10.359,97 7.055,23 -5.004,54
2064 918,95 1.837,90 105,93 398,48 3.261,25 8.988,42 1.654,04 10.642,47 7.381,22 -5.681,91
2065 920,14 1.840,29 95,84 364,12 3.220,39 8.848,86 1.630,42 10.479,28 7.258,89 -5.922,61
2066 921,70 1.843,40 86,59 331,34 3.183,03 8.693,92 1.611,30 10.305,22 7.122,20 -6.000,88
2067 923,37 1.846,74 78,10 300,13 3.148,34 8.724,67 1.596,85 10.321,51 7.173,17 -6.258,45
2068 924,97 1.849,95 70,31 270,46 3.115,69 8.629,49 1.586,24 10.215,74 7.100,04 -6.436,49
2069 926,39 1.852,79 63,12 242,32 3.084,62 8.548,66 1.579,05 10.127,71 7.043,09 -6.598,58
2070 927,92 1.855,84 56,47 215,68 3.055,91 8.640,28 1.575,34 10.215,62 7.159,71 -6.804,38
2071 922,80 1.845,59 50,30 190,54 3.009,23 8.567,16 1.574,41 10.141,56 7.132,33 -6.977,91
2072 924,54 1.849,08 44,57 166,92 2.985,11 8.502,69 1.575,99 10.078,68 7.093,56 -7.141,23
2073 925,88 1.851,76 39,22 144,86 2.961,72 8.420,02 1.579,82 9.999,84 7.038,11 -7.284,72
2074 927,67 1.855,34 34,26 124,41 2.941,69 8.382,14 1.585,68 9.967,82 7.026,14 -7.446,24
2075 928,27 1.856,54 29,65 105,63 2.920,09 8.540,91 1.594,11 10.135,02 7.214,93 -7.683,16
2076 920,43 1.840,85 25,41 88,56 2.875,25 8.513,40 1.604,15 10.117,55 7.242,30 -7.855,37
2077 920,66 1.841,32 21,53 73,23 2.856,75 8.484,67 1.615,44 10.100,11 7.243,36 -8.005,28
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 101
CI 5133 93
Exercício
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
Custo
Atuarial de
Transição
Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total
11% 22% 11% 5,31%
5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53
2078 921,33 1.842,67 18,03 59,67 2.841,70 8.448,10 1.627,41 10.075,51 7.233,81 -8.133,08
2079 922,02 1.844,03 14,89 47,86 2.828,80 8.438,51 1.639,71 10.078,22 7.249,42 -8.249,32
2080 921,23 1.842,45 12,12 37,75 2.813,55 8.499,22 1.652,07 10.151,29 7.337,75 -8.395,64
2081 917,74 1.835,47 9,71 29,25 2.792,17 8.493,80 1.663,23 10.157,03 7.364,87 -8.506,43
2082 917,32 1.834,64 7,65 22,24 2.781,86 8.493,90 1.673,00 10.166,90 7.385,04 -8.603,85
2083 917,08 1.834,16 5,92 16,58 2.773,74 8.505,62 1.681,53 10.187,15 7.413,40 -8.702,37
2084 916,86 1.833,72 4,50 12,12 2.767,20 8.529,69 1.690,37 10.220,06 7.452,87 -8.797,52
2085 916,29 1.832,57 3,35 8,67 2.760,87 8.562,68 1.699,93 10.262,61 7.501,74 -8.893,51
2086 915,61 1.831,23 2,44 6,06 2.755,34 8.585,98 1.709,91 10.295,89 7.540,55 -8.978,15
2087 915,53 1.831,06 1,74 4,15 2.752,48 8.580,37 1.719,78 10.300,15 7.547,67 -9.022,62
2088 915,97 1.831,93 1,21 2,77 2.751,88 8.864,35 1.729,94 10.594,29 7.842,41 -9.411,25
2089 916,54 1.833,08 0,83 1,81 2.752,26 8.799,01 1.739,64 10.538,65 7.786,39 -9.451,88
2090 917,06 1.834,12 0,55 1,15 2.752,88 8.716,21 1.748,66 10.464,87 7.711,99 -9.356,45
2091 917,46 1.834,92 0,36 0,71 2.753,45 8.818,35 1.757,25 10.575,60 7.822,15 -9.453,47
Fonte: Vesting.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 102
CI 5133 94
CENÁRIO: Segregação de massas, com Previdência Complementar com adesão de servidores antigos
Simulação contribuições: 14% do servidor e 28% do Município Valores em R$ milhões
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Custo Atuarial
de Transição
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Necessidade
de Repasses
para cobertura
da
Insuficiência
Financeira
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
Aposentadorias
e Pensões
acima do teto
Redução de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Total
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos Total
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53
2017 924,03 1.848,05 414,11 0,00 0,00 48,94 3.235,13 7.233,32 3.998,19 171,70 343,40 0,00 0,00 515,11 1,14 522,05
2018 951,83 1.903,66 412,18 9,36 15,59 48,21 3.290,93 7.226,92 3.911,04 176,22 352,43 5,18 10,35 544,18 1,23 556,12
2019 980,17 1.960,35 410,04 18,73 31,17 47,44 3.348,10 7.217,61 3.819,61 181,08 362,15 10,35 20,71 574,29 1,33 591,48
2020 1.009,02 2.018,04 520,37 28,09 46,76 225,91 3.698,50 8.944,07 5.170,72 186,32 372,64 15,53 31,06 605,55 1,44 628,27
2021 985,82 1.971,63 563,83 37,46 62,34 303,26 3.724,73 9.652,73 5.828,21 220,95 441,90 20,71 41,42 724,98 1,57 754,14
2022 946,81 1.893,62 586,41 46,82 77,93 354,42 3.656,51 10.069,01 6.287,75 263,55 527,10 25,89 51,77 868,32 1,70 905,38
2023 914,45 1.828,89 604,94 56,19 93,51 400,87 3.599,44 10.419,96 6.670,82 302,71 605,41 31,06 62,13 1.001,31 1,84 1.047,74
2024 878,62 1.757,24 622,54 65,55 109,10 450,67 3.534,41 10.774,72 7.065,66 344,72 689,44 36,24 72,48 1.142,88 2,01 1.200,36
2025 842,74 1.685,49 637,08 74,91 124,68 500,90 3.466,61 11.109,39 7.443,18 388,42 776,85 41,42 82,84 1.289,53 2,23 1.359,61
2026 806,50 1.613,01 648,95 84,28 140,27 553,91 3.397,82 11.416,91 7.794,55 432,13 864,27 46,60 93,19 1.436,19 2,55 1.520,35
2027 765,82 1.531,63 659,44 93,64 155,85 609,12 3.316,51 11.719,78 8.153,78 478,67 957,34 51,77 103,55 1.591,32 3,10 1.691,10
2028 724,52 1.449,04 667,82 103,01 171,44 664,63 3.231,57 11.995,49 8.489,47 526,10 1.052,20 56,95 113,90 1.749,16 4,23 1.865,98
2029 685,01 1.370,01 673,00 112,37 187,02 719,16 3.147,78 12.222,23 8.775,05 571,71 1.143,43 62,13 124,26 1.901,53 6,58 2.036,16
2030 643,86 1.287,72 676,49 121,74 202,61 769,09 3.052,80 12.427,68 9.050,53 617,13 1.234,26 67,30 134,61 2.053,30 11,41 2.205,14
2031 605,03 1.210,06 678,37 131,10 218,20 810,58 2.954,74 12.596,14 9.292,10 660,28 1.320,56 72,48 144,96 2.198,29 21,27 2.364,37
2032 568,44 1.136,88 677,53 125,92 202,61 849,68 2.904,00 12.722,69 9.490,15 701,73 1.403,46 67,30 134,61 2.307,10 40,80 2.480,57
2033 528,23 1.056,47 674,92 120,75 187,02 888,62 2.840,47 12.832,66 9.684,42 744,87 1.489,75 62,13 124,26 2.421,01 78,11 2.586,31
2034 488,20 976,40 670,83 115,57 171,44 924,50 2.772,93 12.908,04 9.848,10 787,09 1.574,18 56,95 113,90 2.532,12 115,44 2.691,54
2035 445,15 890,30 664,27 110,39 155,85 960,47 2.693,94 12.961,91 10.001,72 830,68 1.661,36 51,77 103,55 2.647,36 152,81 2.803,86
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 103
CI 5133 95
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Custo Atuarial
de Transição
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Necessidade
de Repasses
para cobertura
da
Insuficiência
Financeira
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
Aposentadorias
e Pensões
acima do teto
Redução de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Total
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos Total
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53
2036 397,17 794,34 656,26 105,22 140,27 997,28 2.599,57 13.007,22 10.162,17 875,83 1.751,67 46,60 93,19 2.767,29 190,21 2.924,72
2037 346,85 693,69 646,88 100,04 124,68 1.033,86 2.496,55 13.031,17 10.309,90 921,43 1.842,87 41,42 82,84 2.888,55 227,65 3.049,93
2038 292,65 585,31 635,81 94,86 109,10 1.069,16 2.378,98 13.038,60 10.455,66 968,58 1.937,17 36,24 72,48 3.014,47 265,13 3.182,83
2039 237,32 474,64 623,60 89,68 93,51 1.097,96 2.250,32 13.016,40 10.582,88 1.013,91 2.027,81 31,06 62,13 3.134,91 302,66 3.313,32
2040 189,62 379,24 609,95 84,51 77,93 1.115,38 2.131,77 12.933,73 10.639,52 1.051,98 2.103,95 25,89 51,77 3.233,59 898,68 2.866,77
2041 153,66 307,31 594,63 79,33 62,34 1.120,28 2.034,21 12.762,10 10.586,21 1.080,45 2.160,89 20,71 41,42 3.303,47 945,76 2.799,02
2042 126,81 253,62 577,90 74,15 46,76 1.116,87 1.954,29 12.525,95 10.450,74 1.101,88 2.203,76 15,53 31,06 3.352,24 998,52 2.844,35
2043 103,61 207,22 559,89 68,98 31,17 1.109,06 1.879,63 12.251,74 10.271,96 1.119,90 2.239,81 10,35 20,71 3.390,77 1.467,31 2.465,61
2044 83,34 166,68 540,97 63,80 15,59 1.097,16 1.808,77 11.946,61 10.058,46 1.120,77 2.241,55 5,18 10,35 3.377,85 1.628,00 2.297,79
2045 66,99 133,99 520,92 58,62 7,33 1.080,24 1.736,19 11.608,52 9.806,38 1.134,23 2.268,45 2,43 4,87 3.409,98 1.814,40 2.165,58
2046 53,28 106,56 500,23 58,62 3,30 1.059,37 1.657,53 11.247,20 9.527,75 1.145,69 2.291,37 1,10 2,19 3.440,34 1.964,92 2.061,58
2047 42,14 84,28 478,81 58,62 1,42 1.034,97 1.580,17 10.865,32 9.225,11 1.154,30 2.308,60 0,47 0,94 3.464,31 2.175,34 1.895,42
2048 33,09 66,17 456,85 58,62 0,58 1.007,70 1.504,61 10.466,76 8.902,95 1.159,95 2.319,90 0,19 0,39 3.480,43 2.569,54 1.530,00
2049 25,29 50,58 434,71 58,62 0,23 977,81 1.429,54 10.055,98 8.567,59 1.154,71 2.309,41 0,08 0,15 3.464,34 2.789,19 1.286,79
2050 19,69 39,37 412,17 58,62 0,08 945,51 1.358,03 9.632,29 8.215,56 1.158,43 2.316,86 0,03 0,06 3.475,38 3.037,59 1.061,01
2051 14,69 29,38 389,60 58,62 0,03 911,03 1.286,06 9.203,42 7.858,71 1.161,19 2.322,38 0,01 0,02 3.483,60 3.306,54 805,93
2052 10,94 21,88 366,86 58,62 0,01 874,53 1.215,58 8.768,86 7.494,65 1.162,86 2.325,72 0,00 0,01 3.488,59 3.597,60 522,57
2053 7,80 15,60 344,18 58,62 0,00 836,42 1.145,37 8.332,52 7.128,53 1.162,75 2.325,51 0,00 0,00 3.488,26 3.893,00 228,07
2054 4,73 9,46 321,75 58,62 0,00 797,03 1.074,35 7.897,98 6.765,01 1.162,69 2.325,38 0,00 0,00 3.488,06 4.165,50 -45,72
2055 3,25 6,50 299,49 58,62 0,00 756,57 1.007,19 7.461,16 6.395,35 1.162,85 2.325,69 0,00 0,00 3.488,54 4.432,05 -308,80
2056 2,03 4,06 277,81 58,62 0,00 715,43 940,71 7.028,99 6.029,66 1.162,78 2.325,56 0,00 0,00 3.488,33 4.708,82 -581,33
2057 1,67 3,34 256,50 58,62 0,00 673,88 876,77 6.601,44 5.666,05 1.162,66 2.325,32 0,00 0,00 3.487,98 4.983,03 -855,25
2058 1,01 2,02 236,01 58,62 0,00 632,33 812,74 6.184,71 5.313,35 1.162,96 2.325,91 0,00 0,00 3.488,87 5.260,22 -1.130,93
2059 0,54 1,08 216,40 58,62 0,00 591,03 750,43 5.778,91 4.969,85 1.163,28 2.326,56 0,00 0,00 3.489,84 5.540,01 -1.411,06
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 104
CI 5133 96
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Custo Atuarial
de Transição
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Necessidade
de Repasses
para cobertura
da
Insuficiência
Financeira
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
Aposentadorias
e Pensões
acima do teto
Redução de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Total
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos Total
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53
2060 0,19 0,38 197,79 58,62 0,00 550,32 690,06 5.386,14 4.637,46 1.164,08 2.328,16 0,00 0,00 3.492,25 5.810,86 -1.683,31
2061 0,01 0,02 180,29 58,62 0,00 510,48 632,18 5.007,76 4.316,96 1.165,38 2.330,76 0,00 0,00 3.496,14 6.082,60 -1.954,38
2062 0,01 0,02 163,95 54,44 0,00 471,77 581,32 4.644,94 4.009,18 1.166,85 2.333,69 0,00 0,00 3.500,54 6.310,38 -2.182,67
2063 0,00 0,00 148,80 50,25 0,00 434,39 532,94 4.298,98 3.715,80 1.168,13 2.336,25 0,00 0,00 3.504,38 6.504,76 -2.376,80
2064 0,00 0,00 134,82 46,06 0,00 398,48 487,24 3.969,89 3.436,59 1.169,57 2.339,14 0,00 0,00 3.508,71 7.079,37 -2.942,35
2065 0,00 0,00 121,98 41,87 0,00 364,12 444,23 3.657,30 3.171,20 1.171,09 2.342,18 0,00 0,00 3.513,27 7.191,79 -3.146,38
2066 0,00 0,00 110,21 37,69 0,00 331,34 403,86 3.360,38 2.918,84 1.173,07 2.346,14 0,00 0,00 3.519,22 7.277,67 -3.204,11
2067 0,00 0,00 99,41 33,50 0,00 300,13 366,04 3.078,07 2.678,54 1.175,20 2.350,40 0,00 0,00 3.525,59 7.539,29 -3.430,75
2068 0,00 0,00 89,48 29,31 0,00 270,46 330,63 2.809,22 2.449,28 1.177,24 2.354,48 0,00 0,00 3.531,72 7.665,38 -3.560,77
2069 0,00 0,00 80,33 25,12 0,00 242,32 297,53 2.552,79 2.230,14 1.179,05 2.358,09 0,00 0,00 3.537,14 7.796,80 -3.672,41
2070 0,00 0,00 71,87 20,94 0,00 215,68 266,62 2.307,98 2.020,43 1.180,99 2.361,98 0,00 0,00 3.542,97 8.092,54 -3.950,99
2071 0,00 0,00 64,02 16,75 0,00 190,54 237,81 2.074,25 1.819,69 1.174,47 2.348,94 0,00 0,00 3.523,40 8.215,23 -4.091,40
2072 0,00 0,00 56,72 12,56 0,00 166,92 211,08 1.851,46 1.627,82 1.176,69 2.353,38 0,00 0,00 3.530,07 8.338,16 -4.197,74
2073 0,00 0,00 49,92 8,37 0,00 144,86 186,41 1.639,76 1.444,98 1.178,39 2.356,79 0,00 0,00 3.535,18 8.434,04 -4.279,21
2074 0,00 0,00 43,60 4,19 0,00 124,41 163,82 1.439,64 1.271,62 1.180,67 2.361,35 0,00 0,00 3.542,02 8.565,17 -4.390,78
2075 0,00 0,00 37,74 1,97 0,00 105,63 141,40 1.251,75 1.108,38 1.181,43 2.362,87 0,00 0,00 3.544,30 8.900,65 -4.717,52
2076 0,00 0,00 32,34 0,91 0,00 88,56 119,99 1.076,90 956,00 1.171,45 2.342,91 0,00 0,00 3.514,36 9.048,65 -4.906,68
2077 0,00 0,00 27,41 0,40 0,00 73,23 100,24 915,89 815,25 1.171,75 2.343,50 0,00 0,00 3.515,25 9.187,73 -5.039,95
2078 0,00 0,00 22,94 0,17 0,00 59,67 82,45 769,44 686,82 1.172,61 2.345,21 0,00 0,00 3.517,82 9.307,55 -5.153,83
2079 0,00 0,00 18,95 0,06 0,00 47,86 66,74 638,04 571,23 1.173,48 2.346,95 0,00 0,00 3.520,43 9.440,74 -5.278,35
2080 0,00 0,00 15,42 0,02 0,00 37,75 53,15 521,90 468,73 1.172,47 2.344,94 0,00 0,00 3.517,41 9.629,59 -5.465,16
2081 0,00 0,00 12,36 0,01 0,00 29,25 41,60 420,89 379,28 1.168,03 2.336,06 0,00 0,00 3.504,08 9.736,21 -5.589,83
2082 0,00 0,00 9,74 0,00 0,00 22,24 31,98 334,49 302,51 1.167,50 2.335,00 0,00 0,00 3.502,50 9.832,43 -5.685,47
2083 0,00 0,00 7,54 0,00 0,00 16,58 24,12 261,88 237,76 1.167,19 2.334,38 0,00 0,00 3.501,58 9.925,28 -5.779,04
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 105
CI 5133 97
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Custo Atuarial
de Transição
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Necessidade
de Repasses
para cobertura
da
Insuficiência
Financeira
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
Aposentadorias
e Pensões
acima do teto
Redução de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Total
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de
servidores antigos Total
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53
2084 0,00 0,00 5,72 0,00 0,00 12,12 17,84 201,95 184,11 1.166,91 2.333,83 0,00 0,00 3.500,74 10.018,11 -5.875,34
2085 0,00 0,00 4,26 0,00 0,00 8,67 12,93 153,42 140,50 1.166,18 2.332,36 0,00 0,00 3.498,55 10.109,19 -5.972,27
2086 0,00 0,00 3,10 0,00 0,00 6,06 9,17 114,86 105,69 1.165,33 2.330,65 0,00 0,00 3.495,98 10.181,04 -6.052,35
2087 0,00 0,00 2,21 0,00 0,00 4,15 6,36 84,80 78,44 1.165,22 2.330,44 0,00 0,00 3.495,66 10.215,35 -6.091,84
2088 0,00 0,00 1,54 0,00 0,00 2,77 4,32 61,80 57,49 1.165,78 2.331,55 0,00 0,00 3.497,33 10.532,49 -6.405,56
2089 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 1,81 2,86 44,52 41,66 1.166,51 2.333,02 0,00 0,00 3.499,53 10.494,13 -6.442,83
2090 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00 1,15 1,85 31,74 29,89 1.167,16 2.334,33 0,00 0,00 3.501,49 10.433,13 -6.364,00
2091 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,71 1,17 22,44 21,27 1.167,67 2.335,35 0,00 0,00 3.503,02 10.553,16 -6.460,85
2092 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,44 0,74 0,00 15,14 1.168,18 0,00 0,00 0,00 1.168,18 10.674,59 -8.894,66
Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de adesão de servidores antigos à previdência complementar, o que implicou em mudanças tanto nos totais de despesas
quanto de receitas dos dois Planos. O déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do
ano de 2092.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 106
CI 5133 98
CENÁRIO: Segregação de massa Com Previdência Complementar, sem adesão dos servidores antigos
Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5% Valores em R$ milhões
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total
Necessidade de
Repasses para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
alíquota
suplementar
patronal
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal Total
14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96
2017 924,03 1.848,05 414,11 48,94 0,00 0,00 0,00 3.235,13 7.233,32 3.998,19 171,70 343,40 515,11 1,14
2018 951,83 1.903,66 412,18 48,21 175,96 202,70 378,66 3.694,54 7.226,92 3.532,38 46,64% 176,22 352,43 528,65 1,23
2019 980,17 1.960,35 410,04 47,44 188,10 209,52 397,63 3.795,63 7.217,61 3.421,98 43,03% 181,08 362,15 543,23 1,33
2020 1.009,02 2.018,04 520,37 225,91 195,66 208,25 403,91 4.177,26 8.944,07 4.766,81 59,01% 186,32 372,64 558,96 1,44
2021 985,82 1.971,63 563,83 303,26 205,30 278,02 483,32 4.307,85 9.652,73 5.344,89 55,29% 220,95 441,90 662,86 1,56
2022 946,81 1.893,62 586,41 354,42 200,71 303,77 504,48 4.285,73 10.069,01 5.783,27 57,32% 263,55 527,10 790,66 1,70
2023 914,45 1.828,89 604,94 400,87 194,50 313,04 507,54 4.256,68 10.419,96 6.163,28 60,72% 302,71 605,41 908,12 1,84
2024 878,62 1.757,24 622,54 450,67 187,54 321,89 509,43 4.218,49 10.774,72 6.556,23 64,35% 344,72 689,44 1.034,15 1,99
2025 842,74 1.685,49 637,08 500,90 180,70 329,09 509,79 4.175,99 11.109,39 6.933,40 68,00% 388,42 776,85 1.165,27 2,16
2026 806,50 1.613,01 648,95 553,91 173,76 334,91 508,67 4.131,04 11.416,91 7.285,88 71,62% 432,13 864,27 1.296,40 2,34
2027 765,82 1.531,63 659,44 609,12 165,70 340,02 505,72 4.071,73 11.719,78 7.648,06 75,62% 478,67 957,34 1.436,01 2,54
2028 724,52 1.449,04 667,82 664,63 157,44 344,03 501,47 4.007,49 11.995,49 7.988,00 79,65% 526,10 1.052,20 1.578,30 2,75
2029 685,01 1.370,01 673,00 719,16 149,50 346,45 495,95 3.943,13 12.222,23 8.279,10 83,47% 571,71 1.143,43 1.715,14 2,99
2030 643,86 1.287,72 676,49 769,09 141,10 347,98 489,08 3.866,23 12.427,68 8.561,45 87,53% 617,13 1.234,26 1.851,38 3,24
2031 605,03 1.210,06 678,37 810,58 133,17 348,73 481,90 3.785,94 12.596,14 8.810,20 91,41% 660,28 1.320,56 1.980,84 3,52
2032 568,44 1.136,88 677,53 849,68 125,75 348,10 473,85 3.706,38 12.722,69 9.016,31 95,14% 701,73 1.403,46 2.105,19 3,82
2033 528,23 1.056,47 674,92 888,62 117,41 346,56 463,97 3.612,21 12.832,66 9.220,45 99,37% 744,87 1.489,75 2.234,62 4,14
2034 488,20 976,40 670,83 924,50 108,98 344,26 453,24 3.513,18 12.908,04 9.394,86 103,64% 787,09 1.574,18 2.361,27 4,50
2035 445,15 890,30 664,27 960,47 99,81 340,68 440,49 3.400,68 12.961,91 9.561,23 108,53% 830,68 1.661,36 2.492,04 4,89
2036 397,17 794,34 656,26 997,28 89,45 336,32 425,77 3.270,83 13.007,22 9.736,40 114,34% 875,83 1.751,67 2.627,50 5,31
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 107
CI 5133 99
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total
Necessidade de
Repasses para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
alíquota
suplementar
patronal
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal Total
14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96
2037 346,85 693,69 646,88 1.033,86 78,48 331,23 409,72 3.130,99 13.031,17 9.900,18 120,82% 921,43 1.842,87 2.764,30 5,77
2038 292,65 585,31 635,81 1.069,16 66,57 325,21 391,78 2.974,71 13.038,60 10.063,89 128,44% 968,58 1.937,17 2.905,75 6,27
2039 237,32 474,64 623,60 1.097,96 54,23 318,57 372,80 2.806,31 13.016,40 10.210,09 136,94% 1.013,91 2.027,81 3.041,72 6,81
2040 189,62 379,24 609,95 1.115,38 43,49 311,28 354,77 2.648,97 12.933,73 10.284,75 144,95% 1.051,98 2.103,95 3.155,93 565,86
2041 153,66 307,31 594,63 1.120,28 35,34 303,19 338,53 2.514,41 12.762,10 10.247,69 151,36% 1.080,45 2.160,89 3.241,34 575,96
2042 126,81 253,62 577,90 1.116,87 29,24 294,45 323,69 2.398,89 12.525,95 10.127,05 156,43% 1.101,88 2.203,76 3.305,65 591,73
2043 103,61 207,22 559,89 1.109,06 23,95 285,09 309,05 2.288,82 12.251,74 9.962,92 161,19% 1.119,90 2.239,81 3.359,71 1.023,55
2044 83,34 166,68 540,97 1.097,16 19,33 275,29 294,62 2.182,77 11.946,61 9.763,84 165,70% 1.120,77 2.241,55 3.362,32 1.147,25
2045 66,99 133,99 520,92 1.080,24 15,58 264,91 280,49 2.082,63 11.608,52 9.525,89 169,81% 1.134,23 2.268,45 3.402,68 1.296,67
2046 53,28 106,56 500,23 1.059,37 12,41 254,22 266,63 1.986,07 11.247,20 9.261,12 173,67% 1.145,69 2.291,37 3.437,06 1.447,19
2047 42,14 84,28 478,81 1.034,97 9,83 243,15 252,98 1.893,19 10.865,32 8.972,13 177,33% 1.154,30 2.308,60 3.462,89 1.657,61
2048 33,09 66,17 456,85 1.007,70 7,74 231,81 239,55 1.803,36 10.466,76 8.663,40 180,83% 1.159,95 2.319,90 3.479,85 2.051,81
2049 25,29 50,58 434,71 977,81 5,92 220,39 226,31 1.714,70 10.055,98 8.341,28 184,29% 1.154,71 2.309,41 3.464,12 2.271,46
2050 19,69 39,37 412,17 945,51 4,61 208,77 213,38 1.630,11 9.632,29 8.002,18 187,51% 1.158,43 2.316,86 3.475,29 2.519,86
2051 14,69 29,38 389,60 911,03 3,42 197,14 200,56 1.545,27 9.203,42 7.658,15 190,92% 1.161,19 2.322,38 3.483,57 2.788,81
2052 10,94 21,88 366,86 874,53 2,54 185,42 187,96 1.462,17 8.768,86 7.306,69 194,37% 1.162,86 2.325,72 3.488,59 3.079,87
2053 7,80 15,60 344,18 836,42 1,80 173,74 175,54 1.379,54 8.332,52 6.952,99 198,04% 1.162,75 2.325,51 3.488,26 3.375,27
2054 4,73 9,46 321,75 797,03 1,09 162,20 163,29 1.296,26 7.897,98 6.601,72 202,15% 1.162,69 2.325,38 3.488,06 3.647,77
2055 3,25 6,50 299,49 756,57 0,74 150,75 151,49 1.217,30 7.461,16 6.243,86 206,08% 1.162,85 2.325,69 3.488,54 3.914,32
2056 2,03 4,06 277,81 715,43 0,44 139,62 140,07 1.139,40 7.028,99 5.889,59 210,24% 1.162,78 2.325,56 3.488,33 4.191,09
2057 1,67 3,34 256,50 673,88 0,37 128,70 129,06 1.064,46 6.601,44 5.536,98 214,50% 1.162,66 2.325,32 3.487,98 4.465,30
2058 1,01 2,02 236,01 632,33 0,22 118,20 118,43 989,79 6.184,71 5.194,92 219,33% 1.162,96 2.325,91 3.488,87 4.742,49
2059 0,54 1,08 216,40 591,03 0,12 108,18 108,30 917,36 5.778,91 4.861,55 224,45% 1.163,28 2.326,56 3.489,84 5.022,28
2060 0,19 0,38 197,79 550,32 0,04 98,69 98,74 847,42 5.386,14 4.538,72 229,84% 1.164,08 2.328,16 3.492,25 5.293,13
2061 0,01 0,02 180,29 510,48 0,00 89,79 89,79 780,60 5.007,76 4.227,16 235,39% 1.165,38 2.330,76 3.496,14 5.564,87
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 108
CI 5133 100
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total
Necessidade de
Repasses para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
alíquota
suplementar
patronal
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal Total
14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96
2062 0,01 0,02 163,95 471,77 0,00 81,50 81,50 717,26 4.644,94 3.927,68 240,95% 1.166,85 2.333,69 3.500,54 5.829,63
2063 0,00 0,00 148,80 434,39 0,00 73,84 73,84 657,02 4.298,98 3.641,96 246,62% 1.168,13 2.336,25 3.504,38 6.060,99
2064 0,00 0,00 134,82 398,48 0,00 66,79 66,79 600,09 3.969,89 3.369,80 252,26% 1.169,57 2.339,14 3.508,71 6.672,58
2065 0,00 0,00 121,98 364,12 0,00 60,34 60,34 546,44 3.657,30 3.110,85 257,76% 1.171,09 2.342,18 3.513,27 6.821,99
2066 0,00 0,00 110,21 331,34 0,00 54,45 54,45 495,99 3.360,38 2.864,39 263,03% 1.173,07 2.346,14 3.519,22 6.944,84
2067 0,00 0,00 99,41 300,13 0,00 49,06 49,06 448,60 3.078,07 2.629,48 267,97% 1.175,20 2.350,40 3.525,59 7.243,44
2068 0,00 0,00 89,48 270,46 0,00 44,13 44,13 404,08 2.809,22 2.405,15 272,50% 1.177,24 2.354,48 3.531,72 7.406,51
2069 0,00 0,00 80,33 242,32 0,00 39,60 39,60 362,25 2.552,79 2.190,54 276,60% 1.179,05 2.358,09 3.537,14 7.574,91
2070 0,00 0,00 71,87 215,68 0,00 35,42 35,42 322,97 2.307,98 1.985,01 280,23% 1.180,99 2.361,98 3.542,97 7.907,64
2071 0,00 0,00 64,02 190,54 0,00 31,55 31,55 286,11 2.074,25 1.788,15 283,41% 1.174,47 2.348,94 3.523,40 8.067,31
2072 0,00 0,00 56,72 166,92 0,00 27,95 27,95 251,59 1.851,46 1.599,87 286,17% 1.176,69 2.353,38 3.530,07 8.227,22
2073 0,00 0,00 49,92 144,86 0,00 24,61 24,61 219,39 1.639,76 1.420,37 288,55% 1.178,39 2.356,79 3.535,18 8.360,07
2074 0,00 0,00 43,60 124,41 0,00 21,51 21,51 189,52 1.439,64 1.250,11 290,61% 1.180,67 2.361,35 3.542,02 8.528,19
2075 0,00 0,00 37,74 105,63 0,00 18,63 18,63 162,00 1.251,75 1.089,75 292,42% 1.181,43 2.362,87 3.544,30 8.883,27
2076 0,00 0,00 32,34 88,56 0,00 15,98 15,98 136,88 1.076,90 940,02 294,05% 1.171,45 2.342,91 3.514,36 9.040,65
2077 0,00 0,00 27,41 73,23 0,00 13,56 13,56 114,20 915,89 801,69 295,59% 1.171,75 2.343,50 3.515,25 9.184,22
2078 0,00 0,00 22,94 59,67 0,00 11,37 11,37 93,98 769,44 675,45 297,14% 1.172,61 2.345,21 3.517,82 9.306,08
2079 0,00 0,00 18,95 47,86 0,00 9,40 9,40 76,21 638,04 561,83 298,83% 1.173,48 2.346,95 3.520,43 9.440,18
2080 0,00 0,00 15,42 37,75 0,00 7,66 7,66 60,83 521,90 461,07 300,80% 1.172,47 2.344,94 3.517,41 9.629,39
2081 0,00 0,00 12,36 29,25 0,00 6,15 6,15 47,76 420,89 373,13 303,24% 1.168,03 2.336,06 3.504,08 9.736,14
2082 0,00 0,00 9,74 22,24 0,00 4,86 4,86 36,83 334,49 297,65 306,42% 1.167,50 2.335,00 3.502,50 9.832,41
2083 0,00 0,00 7,54 16,58 0,00 3,77 3,77 27,89 261,88 233,99 310,66% 1.167,19 2.334,38 3.501,58 9.925,27
2084 0,00 0,00 5,72 12,12 0,00 2,86 2,86 20,70 201,95 181,25 316,34% 1.166,91 2.333,83 3.500,74 10.018,11
2085 0,00 0,00 4,26 8,67 0,00 2,14 2,14 15,06 153,42 138,36 323,98% 1.166,18 2.332,36 3.498,55 10.109,19
2086 0,00 0,00 3,10 6,06 0,00 1,56 1,56 10,73 114,86 104,13 334,21% 1.165,33 2.330,65 3.495,98 10.181,04
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 109
CI 5133 101
Exercício
Plano Financeiro Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias
Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias
Despesas
Previdenciárias Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição sobre
Aposentadorias e
Pensões acima do teto
COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total
Necessidade de
Repasses para
cobertura da
Insuficiência
Financeira
alíquota
suplementar
patronal
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal Total
14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96
2087 0,00 0,00 2,21 4,15 0,00 1,11 1,11 7,47 84,80 77,33 347,79% 1.165,22 2.330,44 3.495,66 10.215,35
2088 0,00 0,00 1,54 2,77 0,00 0,78 0,78 5,09 61,80 56,71 365,65% 1.165,78 2.331,55 3.497,33 10.532,49
2089 0,00 0,00 1,05 1,81 0,00 0,53 0,53 3,39 44,52 41,13 388,87% 1.166,51 2.333,02 3.499,53 10.494,13
2090 0,00 0,00 0,70 1,15 0,00 0,35 0,35 2,21 31,74 29,53 418,75% 1.167,16 2.334,33 3.501,49 10.433,13
2091 0,00 0,00 0,46 0,71 0,00 0,23 0,23 1,40 22,44 21,04 456,86% 1.167,67 2.335,35 3.503,02 10.553,16
2092 0,00 0,00 0,30 0,44 0,00 0,15 0,15 0,89 0,00 -0,89 0,00% 1.168,18 0,00 3.504,55 10.674,56
Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos. O déficit atuarial
dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 110
CI 5133 102
Estimativa de Fluxo Futuro da Dívida Ativa do Município de São Paulo
Ano PIB Eficiência Dívida ativa
100%
Dívida ativa
50% ano PIB Eficiência
Dívida ativa
100%
Dívida
ativa 50% ano PIB Eficiência
Dívida ativa
100%
Dívida ativa
50%
5% 93.656,93 46.828,46
2018 2,64% 3,00% 1.981,76 990,88 2043 1,84% 1,08% 6.078,06 3.039,03 2068 1,07% 0,39% 9.790,92 4.895,46
2019 2,83% 2,88% 2.096,54 1.048,27 2044 1,73% 1,04% 6.247,39 3.123,70 2069 1,07% 0,37% 9.932,70 4.966,35
2020 2,66% 2,76% 2.211,81 1.105,91 2045 1,65% 1,00% 6.413,75 3.206,88 2070 1,07% 0,36% 10.075,03 5.037,51
2021 2,65% 2,65% 2.330,69 1.165,34 2046 1,62% 0,96% 6.580,00 3.290,00 2071 1,07% 0,34% 10.217,93 5.108,97
2022 3,70% 2,55% 2.478,51 1.239,25 2047 1,55% 0,92% 6.743,35 3.371,68 2072 1,07% 0,33% 10.361,44 5.180,72
2023 3,61% 2,45% 2.630,80 1.315,40 2048 1,50% 0,88% 6.904,84 3.452,42 2073 1,07% 0,32% 10.505,58 5.252,79
2024 4,06% 2,35% 2.801,89 1.400,95 2049 1,46% 0,85% 7.064,94 3.532,47 2074 1,07% 0,31% 10.650,38 5.325,19
2025 3,49% 2,25% 2.965,05 1.482,52 2050 1,44% 0,81% 7.224,90 3.612,45 2075 1,07% 0,29% 10.795,86 5.397,93
2026 3,44% 2,16% 3.133,42 1.566,71 2051 1,37% 0,78% 7.381,01 3.690,50 2076 1,07% 0,28% 10.942,04 5.471,02
2027 3,21% 2,08% 3.301,20 1.650,60 2052 1,31% 0,75% 7.533,69 3.766,84 2077 1,07% 0,27% 11.088,97 5.544,48
2028 3,14% 1,99% 3.472,76 1.736,38 2053 1,23% 0,72% 7.681,17 3.840,59 2078 1,07% 0,26% 11.236,65 5.618,33
2029 2,97% 1,91% 3.644,37 1.822,19 2054 1,21% 0,69% 7.827,76 3.913,88 2079 1,07% 0,25% 11.385,13 5.692,56
2030 2,83% 1,84% 3.816,39 1.908,20 2055 1,17% 0,66% 7.971,81 3.985,90 2080 1,07% 0,24% 11.534,42 5.767,21
2031 2,80% 1,76% 3.992,48 1.996,24 2056 1,15% 0,64% 8.114,76 4.057,38 2081 1,07% 0,23% 11.684,56 5.842,28
2032 2,60% 1,69% 4.165,68 2.082,84 2057 1,13% 0,61% 8.256,56 4.128,28 2082 1,07% 0,22% 11.835,57 5.917,78
2033 2,56% 1,63% 4.341,80 2.170,90 2058 1,11% 0,59% 8.397,14 4.198,57 2083 1,07% 0,21% 11.987,48 5.993,74
2034 2,37% 1,56% 4.514,09 2.257,04 2059 1,08% 0,56% 8.535,58 4.267,79 2084 1,07% 0,20% 12.140,31 6.070,16
2035 2,32% 1,50% 4.688,04 2.344,02 2060 1,07% 0,54% 8.673,51 4.336,76 2085 1,07% 0,19% 12.294,10 6.147,05
2036 2,23% 1,44% 4.861,54 2.430,77 2061 1,07% 0,52% 8.811,78 4.405,89 2086 1,07% 0,19% 12.448,87 6.224,43
2037 2,14% 1,38% 5.034,17 2.517,08 2062 1,07% 0,50% 8.950,40 4.475,20 2087 1,07% 0,18% 12.604,64 6.302,32
2038 2,04% 1,33% 5.204,98 2.602,49 2063 1,07% 0,48% 9.089,40 4.544,70 2088 1,07% 0,17% 12.761,45 6.380,73
2039 2,01% 1,27% 5.377,19 2.688,59 2064 1,07% 0,46% 9.228,80 4.614,40 2089 1,07% 0,17% 12.919,33 6.459,66
2040 2,05% 1,22% 5.554,48 2.777,24 2065 1,07% 0,44% 9.368,63 4.684,31 2090 1,07% 0,16% 13.078,29 6.539,14
2041 1,97% 1,17% 5.730,35 2.865,17 2066 1,07% 0,42% 9.508,91 4.754,45 2091 1,07% 0,15% 13.238,37 6.619,18
2042 1,89% 1,13% 5.904,41 2.952,20 2067 0,00 0,00 9.649,66 4.824,83 2092 1,07% 0,15% 13.399,59 6.699,80
Fonte: Elaboração própria.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 111
CI 5133 103
CENÁRIO: Segregação de massa com previdência Complementar, com adesão dos servidores antigos e aporte de 50% da dívida ativa
Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5%
Ano
Plano Financeiro
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre
Aposentadorias e
Pensões acima
do teto
Redução de Receita
pela adesão à
previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da
dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões
Redução de
despesas
com adesão
de
servidores
antigos à
prevcom
Total
Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiênci
a Financeira
alíquota
suplementar
patronal
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85
2017 924,03 1.848,05 414,11 0,00 0,00 48,94 0,00 0,00 0,00 3.235,13 6.378,79 854,52 0,00 7.233,32 3.998,19
2018 951,83 1.903,66 412,18 9,36 15,59 48,21 175,96 202,70 378,66 990,88 4.660,47 6.298,49 928,43 0,00 7.226,92 2.566,45 33,89%
2019 980,17 1.960,35 410,04 18,73 31,17 47,44 188,10 209,52 397,63 1.048,27 4.794,00 6.214,29 1.003,32 0,00 7.217,61 2.423,61 30,48%
2020 1.009,02 2.018,04 520,37 28,09 46,76 225,91 195,66 208,25 403,91 1.105,91 5.208,32 7.864,87 1.079,20 0,00 8.944,07 3.735,75 46,24%
2021 985,82 1.971,63 563,83 37,46 62,34 303,26 205,30 278,02 483,32 1.165,34 5.373,39 8.496,95 1.155,79 0,00 9.652,73 4.279,34 44,27%
2022 946,81 1.893,62 586,41 46,82 77,93 354,42 200,71 303,77 504,48 1.239,25 5.400,24 8.836,08 1.232,92 0,00 10.069,01 4.668,77 46,27%
2023 914,45 1.828,89 604,94 56,19 93,51 400,87 194,50 313,04 507,54 1.315,40 5.422,38 9.109,38 1.310,58 0,01 10.419,95 4.997,57 49,23%
2024 878,62 1.757,24 622,54 65,55 109,10 450,67 187,54 321,89 509,43 1.400,95 5.444,79 9.386,12 1.388,60 0,03 10.774,69 5.329,91 52,31%
2025 842,74 1.685,49 637,08 74,91 124,68 500,90 180,70 329,09 509,79 1.482,52 5.458,92 9.642,61 1.466,78 0,10 11.109,29 5.650,37 55,42%
2026 806,50 1.613,01 648,95 84,28 140,27 553,91 173,76 334,91 508,67 1.566,71 5.473,20 9.872,06 1.544,86 0,32 11.416,59 5.943,39 58,42%
2027 765,82 1.531,63 659,44 93,64 155,85 609,12 165,70 340,02 505,72 1.650,60 5.472,83 10.097,24 1.622,54 0,84 11.718,94 6.246,11 61,75%
2028 724,52 1.449,04 667,82 103,01 171,44 664,63 157,44 344,03 501,47 1.736,38 5.469,42 10.296,00 1.699,49 2,22 11.993,27 6.523,85 65,05%
2029 685,01 1.370,01 673,00 112,37 187,02 719,16 149,50 346,45 495,95 1.822,19 5.465,92 10.446,90 1.775,33 5,41 12.216,82 6.750,90 68,06%
2030 643,86 1.287,72 676,49 121,74 202,61 769,09 141,10 347,98 489,08 1.908,20 5.450,08 10.578,05 1.849,62 12,29 12.415,39 6.965,31 71,21%
2031 605,03 1.210,06 678,37 131,10 218,20 810,58 133,17 348,73 481,90 1.996,24 5.432,88 10.674,24 1.921,90 26,72 12.569,42 7.136,54 74,05%
2032 568,44 1.136,88 677,53 125,92 202,61 849,68 125,75 348,10 473,85 2.082,84 5.460,69 10.731,11 1.991,58 55,66 12.667,02 7.206,34 76,04%
2033 528,23 1.056,47 674,92 120,75 187,02 888,62 117,41 346,56 463,97 2.170,90 5.475,33 10.774,65 2.058,01 111,32 12.721,34 7.246,00 78,09%
2034 488,20 976,40 670,83 115,57 171,44 924,50 108,98 344,26 453,24 2.257,04 5.483,21 10.787,54 2.120,50 166,99 12.741,05 7.257,84 80,07%
2035 445,15 890,30 664,27 110,39 155,85 960,47 99,81 340,68 440,49 2.344,02 5.478,45 10.783,64 2.178,26 222,65 12.739,26 7.260,81 82,42%
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 112
CI 5133 104
Ano
Plano Financeiro
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre
Aposentadorias e
Pensões acima
do teto
Redução de Receita
pela adesão à
previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da
dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões
Redução de
despesas
com adesão
de
servidores
antigos à
prevcom
Total
Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiênci
a Financeira
alíquota
suplementar
patronal
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85
2036 397,17 794,34 656,26 105,22 140,27 997,28 89,45 336,32 425,77 2.430,77 5.456,11 10.776,75 2.230,48 278,31 12.728,91 7.272,80 85,41%
2037 346,85 693,69 646,88 100,04 124,68 1.033,86 78,48 331,23 409,72 2.517,08 5.423,35 10.754,84 2.276,33 333,97 12.697,20 7.273,85 88,77%
2038 292,65 585,31 635,81 94,86 109,10 1.069,16 66,57 325,21 391,78 2.602,49 5.373,24 10.723,50 2.315,10 389,63 12.648,96 7.275,72 92,86%
2039 237,32 474,64 623,60 89,68 93,51 1.097,96 54,23 318,57 372,80 2.688,59 5.311,71 10.670,20 2.346,20 445,30 12.571,10 7.259,39 97,36%
2040 189,62 379,24 609,95 84,51 77,93 1.115,38 43,49 311,28 354,77 2.777,24 5.263,78 10.557,88 2.375,85 500,96 12.432,77 7.168,99 101,04%
2041 153,66 307,31 594,63 79,33 62,34 1.120,28 35,34 303,19 338,53 2.865,17 5.237,91 10.370,71 2.391,39 556,62 12.205,48 6.967,56 102,91%
2042 126,81 253,62 577,90 74,15 46,76 1.116,87 29,24 294,45 323,69 2.952,20 5.230,19 10.127,09 2.398,85 612,28 11.913,66 6.683,48 103,24%
2043 103,61 207,22 559,89 68,98 31,17 1.109,06 23,95 285,09 309,05 3.039,03 5.227,70 9.853,24 2.398,50 667,94 11.583,79 6.356,09 102,83%
2044 83,34 166,68 540,97 63,80 15,59 1.097,16 19,33 275,29 294,62 3.123,70 5.227,08 9.555,90 2.390,71 723,61 11.223,01 5.995,92 101,76%
2045 66,99 133,99 520,92 58,62 7,33 1.080,24 15,58 264,91 280,49 3.206,88 5.223,56 9.232,57 2.375,95 779,27 10.829,25 5.605,69 99,93%
2046 53,28 106,56 500,23 58,62 3,30 1.059,37 12,41 254,22 266,63 3.290,00 5.214,16 8.892,48 2.354,72 779,27 10.467,93 5.253,77 98,52%
2047 42,14 84,28 478,81 58,62 1,42 1.034,97 9,83 243,15 252,98 3.371,68 5.204,83 8.537,91 2.327,41 779,27 10.086,05 4.881,22 96,48%
2048 33,09 66,17 456,85 58,62 0,58 1.007,70 7,74 231,81 239,55 3.452,42 5.196,58 8.172,41 2.294,35 779,27 9.687,49 4.490,92 93,74%
2049 25,29 50,58 434,71 58,62 0,23 977,81 5,92 220,39 226,31 3.532,47 5.188,32 7.800,24 2.255,74 779,27 9.276,71 4.088,39 90,33%
2050 19,69 39,37 412,17 58,62 0,08 945,51 4,61 208,77 213,38 3.612,45 5.183,86 7.420,59 2.211,70 779,27 8.853,02 3.669,17 85,98%
2051 14,69 29,38 389,60 58,62 0,03 911,03 3,42 197,14 200,56 3.690,50 5.177,12 7.041,03 2.162,39 779,27 8.424,15 3.247,03 80,95%
2052 10,94 21,88 366,86 58,62 0,01 874,53 2,54 185,42 187,96 3.766,84 5.170,38 6.660,89 2.107,97 779,27 7.989,59 2.819,20 75,00%
2053 7,80 15,60 344,18 58,62 0,00 836,42 1,80 173,74 175,54 3.840,59 5.161,50 6.283,86 2.048,66 779,27 7.553,26 2.391,76 68,12%
2054 4,73 9,46 321,75 58,62 0,00 797,03 1,09 162,20 163,29 3.913,88 5.151,52 5.913,20 1.984,78 779,27 7.118,72 1.967,19 60,24%
2055 3,25 6,50 299,49 58,62 0,00 756,57 0,74 150,75 151,49 3.985,90 5.144,58 5.544,37 1.916,79 779,27 6.681,90 1.537,31 50,74%
2056 2,03 4,06 277,81 58,62 0,00 715,43 0,44 139,62 140,07 4.057,38 5.138,16 5.183,69 1.845,29 779,27 6.249,72 1.111,56 39,68%
2057 1,67 3,34 256,50 58,62 0,00 673,88 0,37 128,70 129,06 4.128,28 5.134,12 4.830,42 1.771,02 779,27 5.822,17 688,06 26,66%
2058 1,01 2,02 236,01 58,62 0,00 632,33 0,22 118,20 118,43 4.198,57 5.129,74 4.489,91 1.694,81 779,27 5.405,45 275,71 11,64%
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 113
CI 5133 105
Ano
Plano Financeiro
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre
Aposentadorias e
Pensões acima
do teto
Redução de Receita
pela adesão à
previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da
dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões
Redução de
despesas
com adesão
de
servidores
antigos à
prevcom
Total
Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiênci
a Financeira
alíquota
suplementar
patronal
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85
2059 0,54 1,08 216,40 58,62 0,00 591,03 0,12 108,18 108,30 4.267,79 5.126,53 4.161,33 1.617,58 779,27 4.999,64 -126,89 0,00%
2060 0,19 0,38 197,79 58,62 0,00 550,32 0,04 98,69 98,74 4.336,76 5.125,55 3.845,90 1.540,24 779,27 4.606,87 -518,68 0,00%
2061 0,01 0,02 180,29 58,62 0,00 510,48 0,00 89,79 89,79 4.405,89 5.127,86 3.544,18 1.463,58 779,27 4.228,49 -899,37 0,00%
2062 0,01 0,02 163,95 54,44 0,00 471,77 0,00 81,50 81,50 4.475,20 5.138,02 3.256,74 1.388,19 723,61 3.921,33 -1.216,69 0,00%
2063 0,00 0,00 148,80 50,25 0,00 434,39 0,00 73,84 73,84 4.544,70 5.151,47 2.984,54 1.314,44 667,94 3.631,04 -1.520,44 0,00%
2064 0,00 0,00 134,82 46,06 0,00 398,48 0,00 66,79 66,79 4.614,40 5.168,43 2.727,45 1.242,44 612,28 3.357,61 -1.810,82 0,00%
2065 0,00 0,00 121,98 41,87 0,00 364,12 0,00 60,34 60,34 4.684,31 5.188,88 2.485,20 1.172,10 556,62 3.100,68 -2.088,21 0,00%
2066 0,00 0,00 110,21 37,69 0,00 331,34 0,00 54,45 54,45 4.754,45 5.212,76 2.257,26 1.103,12 500,96 2.859,42 -2.353,34 0,00%
2067 0,00 0,00 99,41 33,50 0,00 300,13 0,00 49,06 49,06 4.824,83 5.239,93 2.042,96 1.035,11 445,30 2.632,78 -2.607,15 0,00%
2068 0,00 0,00 89,48 29,31 0,00 270,46 0,00 44,13 44,13 4.895,46 5.270,22 1.841,60 967,63 389,63 2.419,59 -2.850,63 0,00%
2069 0,00 0,00 80,33 25,12 0,00 242,32 0,00 39,60 39,60 4.966,35 5.303,48 1.652,50 900,29 333,97 2.218,82 -3.084,66 0,00%
2070 0,00 0,00 71,87 20,94 0,00 215,68 0,00 35,42 35,42 5.037,51 5.339,55 1.475,07 832,91 278,31 2.029,67 -3.309,87 0,00%
2071 0,00 0,00 64,02 16,75 0,00 190,54 0,00 31,55 31,55 5.108,97 5.378,32 1.308,83 765,43 222,65 1.851,61 -3.526,72 0,00%
2072 0,00 0,00 56,72 12,56 0,00 166,92 0,00 27,95 27,95 5.180,72 5.419,75 1.153,46 698,00 166,99 1.684,47 -3.735,28 0,00%
2073 0,00 0,00 49,92 8,37 0,00 144,86 0,00 24,61 24,61 5.252,79 5.463,81 1.008,81 630,95 111,32 1.528,44 -3.935,37 0,00%
2074 0,00 0,00 43,60 4,19 0,00 124,41 0,00 21,51 21,51 5.325,19 5.510,52 874,83 564,80 55,66 1.383,97 -4.126,55 0,00%
2075 0,00 0,00 37,74 1,97 0,00 105,63 0,00 18,63 18,63 5.397,93 5.557,96 751,56 500,19 26,16 1.225,59 -4.332,37 0,00%
2076 0,00 0,00 32,34 0,91 0,00 88,56 0,00 15,98 15,98 5.471,02 5.607,00 639,03 437,87 12,03 1.064,87 -4.542,14 0,00%
2077 0,00 0,00 27,41 0,40 0,00 73,23 0,00 13,56 13,56 5.544,48 5.658,29 537,29 378,59 5,30 910,59 -4.747,69 0,00%
2078 0,00 0,00 22,94 0,17 0,00 59,67 0,00 11,37 11,37 5.618,33 5.712,14 446,33 323,11 2,22 767,21 -4.944,93 0,00%
2079 0,00 0,00 18,95 0,06 0,00 47,86 0,00 9,40 9,40 5.692,56 5.768,71 365,99 272,04 0,85 637,19 -5.131,52 0,00%
2080 0,00 0,00 15,42 0,02 0,00 37,75 0,00 7,66 7,66 5.767,21 5.828,02 296,01 225,89 0,30 521,59 -5.306,43 0,00%
2081 0,00 0,00 12,36 0,01 0,00 29,25 0,00 6,15 6,15 5.842,28 5.890,03 235,93 184,96 0,10 420,78 -5.469,25 0,00%
2082 0,00 0,00 9,74 0,00 0,00 22,24 0,00 4,86 4,86 5.917,78 5.954,62 185,15 149,33 0,03 334,45 -5.620,16 0,00%
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Ano
Plano Financeiro
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente
Contribuição
do Servidor
Contribuição
Patronal
Contribuição
sobre
Aposentadorias e
Pensões acima
do teto
Redução de Receita
pela adesão à
previdência
complementar de
servidores antigos
COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da
dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões
Redução de
despesas
com adesão
de
servidores
antigos à
prevcom
Total
Necessidade
de Repasses
para
cobertura da
Insuficiênci
a Financeira
alíquota
suplementar
patronal
14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total
5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85
2083 0,00 0,00 7,54 0,00 0,00 16,58 0,00 3,77 3,77 5.993,74 6.021,63 142,95 118,93 0,01 261,87 -5.759,76 0,00%
2084 0,00 0,00 5,72 0,00 0,00 12,12 0,00 2,86 2,86 6.070,16 6.090,86 108,48 93,47 0,00 201,95 -5.888,91 0,00%
2085 0,00 0,00 4,26 0,00 0,00 8,67 0,00 2,14 2,14 6.147,05 6.162,11 80,86 72,56 0,00 153,42 -6.008,69 0,00%
2086 0,00 0,00 3,10 0,00 0,00 6,06 0,00 1,56 1,56 6.224,43 6.235,16 59,16 55,70 0,00 114,86 -6.120,30 0,00%
2087 0,00 0,00 2,21 0,00 0,00 4,15 0,00 1,11 1,11 6.302,32 6.309,79 42,45 42,35 0,00 84,80 -6.224,99 0,00%
2088 0,00 0,00 1,54 0,00 0,00 2,77 0,00 0,78 0,78 6.380,73 6.385,82 29,86 31,94 0,00 61,80 -6.324,02 0,00%
2089 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 1,81 0,00 0,53 0,53 6.459,66 6.463,05 20,57 23,95 0,00 44,52 -6.418,54 0,00%
2090 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00 1,15 0,00 0,35 0,35 6.539,14 6.541,35 13,86 17,88 0,00 31,74 -6.509,61 0,00%
2091 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,71 0,00 0,23 0,23 6.619,18 6.620,59 9,12 13,32 0,00 22,44 -6.598,15 0,00%
2092 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,44 0,00 0,15 0,15 6.699,80 6.700,69 6,00 0,00 0,00 6,00 -6.694,69 0,00%
Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares e de dívida ativa, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos. O
déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 115
CI 5133 107
CENÁRIO: Segregação de massa com previdência Complementar, com adesão dos servidores antigos e aporte de 50% da dívida ativa
Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5% Valores em R$ milhões
Ano Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de servidores
antigos
Total Aposentadorias Pensões
Ampliação de
despesas com adesão
de servidores
antigos à prevcom
Total Custo Atuarial de
Transição
14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53
2017 171,70 343,40 0,00 0,00 515,11 0,48 0,66 0,00 1,14 522,05
2018 176,22 352,43 5,18 10,35 544,18 0,53 0,71 0,00 1,23 556,12
2019 181,08 362,15 10,35 20,71 574,29 0,58 0,76 0,00 1,33 591,48
2020 186,32 372,64 15,53 31,06 605,55 0,64 0,81 0,00 1,44 628,27
2021 220,95 441,90 20,71 41,42 724,98 0,70 0,87 0,00 1,57 754,14
2022 263,55 527,10 25,89 51,77 868,32 0,77 0,93 0,00 1,70 905,38
2023 302,71 605,41 31,06 62,13 1.001,31 0,85 0,99 0,00 1,84 1.047,74
2024 344,72 689,44 36,24 72,48 1.142,88 0,93 1,06 0,02 2,01 1.200,36
2025 388,42 776,85 41,42 82,84 1.289,53 1,02 1,13 0,07 2,23 1.359,61
2026 432,13 864,27 46,60 93,19 1.436,19 1,13 1,21 0,21 2,55 1.520,35
2027 478,67 957,34 51,77 103,55 1.591,32 1,24 1,30 0,56 3,10 1.691,10
2028 526,10 1.052,20 56,95 113,90 1.749,16 1,36 1,39 1,47 4,23 1.865,98
2029 571,71 1.143,43 62,13 124,26 1.901,53 1,50 1,49 3,59 6,58 2.036,16
2030 617,13 1.234,26 67,30 134,61 2.053,30 1,65 1,59 8,17 11,41 2.205,14
2031 660,28 1.320,56 72,48 144,96 2.198,29 1,81 1,70 17,75 21,27 2.364,37
2032 701,73 1.403,46 67,30 134,61 2.307,10 2,00 1,82 36,98 40,80 2.480,57
2033 744,87 1.489,75 62,13 124,26 2.421,01 2,19 1,95 73,96 78,11 2.586,31
2034 787,09 1.574,18 56,95 113,90 2.532,12 2,41 2,09 110,94 115,44 2.691,54
2035 830,68 1.661,36 51,77 103,55 2.647,36 2,66 2,23 147,92 152,81 2.803,86
2036 875,83 1.751,67 46,60 93,19 2.767,29 2,92 2,39 184,90 190,21 2.924,72
2037 921,43 1.842,87 41,42 82,84 2.888,55 3,21 2,55 221,88 227,65 3.049,93
2038 968,58 1.937,17 36,24 72,48 3.014,47 3,54 2,73 258,87 265,13 3.182,83
2039 1.013,91 2.027,81 31,06 62,13 3.134,91 3,89 2,93 295,85 302,66 3.313,32
2040 1.051,98 2.103,95 25,89 51,77 3.233,59 564,01 1,85 332,83 898,68 2.866,77
2041 1.080,45 2.160,89 20,71 41,42 3.303,47 572,79 3,16 369,81 945,76 2.799,02
2042 1.101,88 2.203,76 15,53 31,06 3.352,24 587,10 4,63 406,79 998,52 2.844,35
2043 1.119,90 2.239,81 10,35 20,71 3.390,77 1.016,04 7,50 443,77 1.467,31 2.465,61
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 116
CI 5133 108
Ano Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de servidores
antigos
Total Aposentadorias Pensões
Ampliação de
despesas com adesão
de servidores
antigos à prevcom
Total Custo Atuarial de
Transição
14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53
2044 1.120,77 2.241,55 5,18 10,35 3.377,85 1.136,34 10,91 480,75 1.628,00 2.297,79
2045 1.134,23 2.268,45 2,43 4,87 3.409,98 1.281,73 14,94 517,73 1.814,40 2.165,58
2046 1.145,69 2.291,37 1,10 2,19 3.440,34 1.427,52 19,67 517,73 1.964,92 2.061,58
2047 1.154,30 2.308,60 0,47 0,94 3.464,31 1.632,28 25,33 517,73 2.175,34 1.895,42
2048 1.159,95 2.319,90 0,19 0,39 3.480,43 2.019,05 32,76 517,73 2.569,54 1.530,00
2049 1.154,71 2.309,41 0,08 0,15 3.464,34 2.230,07 41,39 517,73 2.789,19 1.286,79
2050 1.158,43 2.316,86 0,03 0,06 3.475,38 2.468,50 51,36 517,73 3.037,59 1.061,01
2051 1.161,19 2.322,38 0,01 0,02 3.483,60 2.725,99 62,81 517,73 3.306,54 805,93
2052 1.162,86 2.325,72 0,00 0,01 3.488,59 3.003,90 75,97 517,73 3.597,60 522,57
2053 1.162,75 2.325,51 0,00 0,00 3.488,26 3.284,28 90,99 517,73 3.893,00 228,07
2054 1.162,69 2.325,38 0,00 0,00 3.488,06 3.539,86 107,91 517,73 4.165,50 -45,72
2055 1.162,85 2.325,69 0,00 0,00 3.488,54 3.787,45 126,87 517,73 4.432,05 -308,80
2056 1.162,78 2.325,56 0,00 0,00 3.488,33 4.043,06 148,03 517,73 4.708,82 -581,33
2057 1.162,66 2.325,32 0,00 0,00 3.487,98 4.293,76 171,54 517,73 4.983,03 -855,25
2058 1.162,96 2.325,91 0,00 0,00 3.488,87 4.544,98 197,51 517,73 5.260,22 -1.130,93
2059 1.163,28 2.326,56 0,00 0,00 3.489,84 4.796,24 226,04 517,73 5.540,01 -1.411,06
2060 1.164,08 2.328,16 0,00 0,00 3.492,25 5.035,89 257,24 517,73 5.810,86 -1.683,31
2061 1.165,38 2.330,76 0,00 0,00 3.496,14 5.273,65 291,22 517,73 6.082,60 -1.954,38
2062 1.166,85 2.333,69 0,00 0,00 3.500,54 5.501,52 328,11 480,75 6.310,38 -2.182,67
2063 1.168,13 2.336,25 0,00 0,00 3.504,38 5.693,04 367,94 443,77 6.504,76 -2.376,80
2064 1.169,57 2.339,14 0,00 0,00 3.508,71 6.260,97 411,61 406,79 7.079,37 -2.942,35
2065 1.171,09 2.342,18 0,00 0,00 3.513,27 6.363,66 458,33 369,81 7.191,79 -3.146,38
2066 1.173,07 2.346,14 0,00 0,00 3.519,22 6.436,66 508,18 332,83 7.277,67 -3.204,11
2067 1.175,20 2.350,40 0,00 0,00 3.525,59 6.681,70 561,74 295,85 7.539,29 -3.430,75
2068 1.177,24 2.354,48 0,00 0,00 3.531,72 6.787,89 618,62 258,87 7.665,38 -3.560,77
2069 1.179,05 2.358,09 0,00 0,00 3.537,14 6.896,16 678,75 221,88 7.796,80 -3.672,41
2070 1.180,99 2.361,98 0,00 0,00 3.542,97 7.165,21 742,43 184,90 8.092,54 -3.950,99
2071 1.174,47 2.348,94 0,00 0,00 3.523,40 7.258,33 808,98 147,92 8.215,23 -4.091,40
2072 1.176,69 2.353,38 0,00 0,00 3.530,07 7.349,23 877,99 110,94 8.338,16 -4.197,74
2073 1.178,39 2.356,79 0,00 0,00 3.535,18 7.411,21 948,86 73,96 8.434,04 -4.279,21
2074 1.180,67 2.361,35 0,00 0,00 3.542,02 7.507,30 1.020,88 36,98 8.565,17 -4.390,78
2075 1.181,43 2.362,87 0,00 0,00 3.544,30 7.789,35 1.093,92 17,38 8.900,65 -4.717,52
2076 1.171,45 2.342,91 0,00 0,00 3.514,36 7.874,37 1.166,29 8,00 9.048,65 -4.906,68
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 117
CI 5133 109
Ano Plano Previdenciário
Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias
Contribuição do
Servidor
Contribuição
Patronal
Ampliação de Receita pela
adesão à previdência
complementar de servidores
antigos
Total Aposentadorias Pensões
Ampliação de
despesas com adesão
de servidores
antigos à prevcom
Total Custo Atuarial de
Transição
14% 28,00% servidor Patronal
5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53
2077 1.171,75 2.343,50 0,00 0,00 3.515,25 7.947,37 1.236,84 3,52 9.187,73 -5.039,95
2078 1.172,61 2.345,21 0,00 0,00 3.517,82 8.001,77 1.304,31 1,48 9.307,55 -5.153,83
2079 1.173,48 2.346,95 0,00 0,00 3.520,43 8.072,52 1.367,66 0,56 9.440,74 -5.278,35
2080 1.172,47 2.344,94 0,00 0,00 3.517,41 8.203,21 1.426,18 0,20 9.629,59 -5.465,16
2081 1.168,03 2.336,06 0,00 0,00 3.504,08 8.257,87 1.478,27 0,07 9.736,21 -5.589,83
2082 1.167,50 2.335,00 0,00 0,00 3.502,50 8.308,75 1.523,66 0,02 9.832,43 -5.685,47
2083 1.167,19 2.334,38 0,00 0,00 3.501,58 8.362,67 1.562,60 0,01 9.925,28 -5.779,04
2084 1.166,91 2.333,83 0,00 0,00 3.500,74 8.421,21 1.596,90 0,00 10.018,11 -5.875,34
2085 1.166,18 2.332,36 0,00 0,00 3.498,55 8.481,82 1.627,37 0,00 10.109,19 -5.972,27
2086 1.165,33 2.330,65 0,00 0,00 3.495,98 8.526,83 1.654,21 0,00 10.181,04 -6.052,35
2087 1.165,22 2.330,44 0,00 0,00 3.495,66 8.537,92 1.677,44 0,00 10.215,35 -6.091,84
2088 1.165,78 2.331,55 0,00 0,00 3.497,33 8.834,48 1.698,00 0,00 10.532,49 -6.405,56
2089 1.166,51 2.333,02 0,00 0,00 3.499,53 8.778,44 1.715,70 0,00 10.494,13 -6.442,83
2090 1.167,16 2.334,33 0,00 0,00 3.501,49 8.702,35 1.730,78 0,00 10.433,13 -6.364,00
2091 1.167,67 2.335,35 0,00 0,00 3.503,02 8.809,23 1.743,93 0,00 10.553,16 -6.460,85
2092 1.168,18 0,00 0,00 0,00 1.168,18 8.917,41 1.757,18 0,00 10.674,59 -8.894,66
Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares e de dívida ativa, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos.
O déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.
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ANEXO II: A PROPOSTA DE LEI APRESENTADA À CÂMARA MUNICIPAL
DE SÃO PAULO
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PROJETO DE LEI Nº ...
Dispõe sobre a reorganização e capitalização do Regime Próprio de
Previdência Social – RPPS e a instituição de medidas voltadas ao equilíbrio
financeiro e atuarial do regime e a definição de formas do respectivo
financiamento; a criação do Regime de Previdência Completar – RPC,
fixando o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo
RPPS, autoriza a criação de Entidade Fechada de Previdência Complementar,
a reestruturação do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem,
a criação do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, a
extinção de cargos e dá outras providências.
TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta lei trata da reorganização e capitalização do Regime Próprio de Previdência
Social – RPPS com a instituição de medidas voltadas ao equilíbrio financeiro e atuarial
do regime e a definição de formas do respectivo financiamento; da criação do Regime de
Previdência Completar – RPC, fixando o limite máximo para a concessão de
aposentadorias e pensões pelo Regime Próprio de Previdência Social, da autorização para
a criação de Entidade Fechada de Previdência Complementar no Município de São Paulo,
da Reestruturação do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem, da criação
do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, da extinção de cargos e
dá outras providências.
Art. 2° Para os efeitos desta lei, os termos referidos no Anexo I devem ser compreendidos
conforme as definições ali contidas sempre que grafados com letra maiúscula.
TÍTULO II – DA REORGANIZAÇÃO DO REGIME PRÓPRIO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS
Art. 3° O RPPS do Município de São Paulo fica reorganizado na forma estabelecida por
esta lei, que dispõe sobre as formas de financiamento e institui medidas voltadas a seu
equilíbrio financeiro e atuarial, observado o previsto no artigo 40, o disposto no artigo
30, inciso I, no artigo 149, § 1º, e no “caput” do artigo 249, da Constituição Federal.
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CAPÍTULO I – DA FORMA DE FINANCIAMENTO DO RPPS
Art. 4° O RPPS será financiado por meio da arrecadação de contribuições dos segurados,
dos Órgãos e Entidades a ele vinculados e de outras receitas que lhe forem atribuídas por
lei.
Seção I – Da Contribuição Previdenciária Normal
Art. 5º A contribuição previdenciária normal dos servidores ativos vinculados ao RPPS,
destinada à manutenção desse regime, será de 14% (quatorze por cento), incidentes sobre
a totalidade da base de contribuição.
§ 1º Para os fins desta lei, entende-se como base de contribuição o total dos vencimentos
ou subsídios do servidor, compreendendo o vencimento do cargo, acrescido das
vantagens pecuniárias que a ele se integram, nos termos da lei, ou por outros atos
concessivos, bem como os adicionais de caráter individual, e quaisquer outras vantagens,
excluídas:
I - as diárias para viagens;
II - o auxílio-transporte;
III - o salário-família;
IV - o salário-esposa;
V - o auxílio-alimentação;
VI - parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
VII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de
função de confiança não incorporadas aos vencimentos;
VIII - o abono de permanência;
IX - outras vantagens instituídas em lei, não passíveis de incorporação aos
vencimentos ou subsídios do servidor.
§ 2º O servidor titular de cargo efetivo poderá optar pela inclusão, na base de contribuição,
de parcelas remuneratórias de que tratam os incisos VI e VII do § 1° deste artigo.
Art. 6º Os aposentados e os pensionistas vinculados ao RPPS contribuirão com 14%
(quatorze por cento), do valor da parcela dos proventos de aposentadoria ou pensão que
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supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social – RGPS.
§ 1º Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões, considerar-
se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o “caput” deste artigo, o somatório
dos valores percebidos.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o limite estabelecido para os benefícios do RGPS
será deduzido uma única vez da base de cálculo da contribuição prevista no “caput”.
Art. 7º O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência das
contribuições de que tratam os artigos 5º e 6º desta lei.
Art. 8º O abono de permanência de que trata o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal
será concedido na forma do regulamento ao servidor vinculado ao RPPS que tenha
completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea “a”, do
inciso III do § 1º do artigo 40 da Constituição Federal, ou que tenha cumprido os
requisitos do § 5º do artigo. 2º, ou do § 1º do artigo 3º e do artigo 6°, todos da Emenda
Constitucional nº 41, de 2003, e que opte por permanecer em atividade.
Art. 9º A contribuição dos Órgãos e Entidades do Município, para o custeio do RPPS de
que trata o artigo 40 da Constituição Federal, será no mínimo igual à contribuição do
servidor ativo, observados os termos desta lei, devendo o produto da arrecadação ser
contabilizado em conta específica.
§ 1° Os Órgãos e Entidades do Município são responsáveis pela cobertura de eventuais
Insuficiências Financeiras do RPPS e dos fundos administrados pelo Iprem.
§ 2º A complementação necessária para a cobertura das Insuficiências Financeiras será
proporcional ao custo dos benefícios concedidos e a conceder de responsabilidade de cada
Órgão e Entidade do Município, devendo ser prevista na lei Orçamentária Anual.
Seção II – Da Segmentação de Massa
Art. 10. O RPPS passa a ser segmentado em Plano Financeiro e Plano Previdenciário,
administrados pelo Iprem nos termos desta lei.
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§ 1° Os Planos previstos no “caput” deste artigo serão instituídos e mantidos conforme
normas gerais de contabilidade e de atuária.
§ 2° A avaliação atuarial para a instituição, manutenção e revisão dos Planos previstos no
“caput” deste artigo adotará o regime financeiro adequado à estrutura de cada Plano de
Benefícios e de Plano de Custeio.
Art. 11. O Plano Financeiro será um sistema estruturado pelas contribuições a serem
pagas pelos Segurados e pelos Órgãos e Entidades, e de outras receitas que lhe forem
atribuídas por lei, conforme Plano de Custeio específico calculado atuarialmente.
§ 1º O regime do Plano previsto no “caput” deste artigo será o Regime Financeiro de
Repartição Simples.
§ 2º Ficarão vinculados ao Plano de que trata o “caput” os seguintes Segurados:
I - servidores ativos que tenham ingressado no serviço público até a data anterior
ao início da vigência desta lei;
II - aposentados e pensionistas decorrentes dos Segurados de que trata o inciso I,
que tenham o Benefício Previdenciário concedido após a vigência desta lei;
III - aposentados e pensionistas cujos Benefícios Previdenciários tenham sido
concedidos até a data anterior ao início da vigência desta lei.
Art. 12. Fica criado o Fundo Financeiro – Finan, com a finalidade de administrar e prover
recursos para o pagamento dos Benefícios Previdenciários, destinados aos segurados
vinculados ao Plano Financeiro.
Art. 13. O Finan é composto por:
I - contribuições previdenciárias dos segurados ativos e inativos e dos pensionistas;
II - contribuições dos Órgãos e Entidades do Município;
III - recursos advindos da amortização de financiamentos imobiliários realizados
pelo Iprem;
IV - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no
§ 9º do artigo 201 da Constituição Federal;
V - receitas decorrentes de aplicações financeiras e receitas patrimoniais;
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VI - recursos para cobertura de eventuais Insuficiências Financeiras e para
cobertura do Custo Atuarial de Transição;
VII - doações, subvenções, legados e rendas extraordinárias ou eventuais;
VIII - bens e direitos de qualquer natureza, aportados pelos Órgãos e Entidade
municipais nos termos do artigo 249 da Constituição Federal;
IX - outros recursos consignados no orçamento municipal, inclusive os decorrentes
de créditos suplementares.
Art. 14. O Plano Previdenciário será um sistema estruturado pelas contribuições a serem
pagas pelos segurados e pelos Órgãos e Entidades do Município, conforme Plano de
Custeio especifico calculado atuarialmente.
§ 1º O regime do plano previsto no “caput” deste artigo será o Regime Financeiro de
Acumulação de Reservas, admitindo Regime de Capitais de Cobertura.
§ 2º Ficarão vinculados ao Plano de que trata o “caput”, na condição de segurados:
I - os servidores que venham a ingressar no serviço público após o início da vigência
desta lei;
II - aposentados e pensionistas decorrentes dos Segurados de que trata o inciso I.
Art. 15. Fica criado o Fundo Previdenciário – Funprev, com a finalidade de prover
recursos para o pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados, no âmbito do
Plano Previdenciário.
§ 1° O Funprev poderá absorver obrigações do Finan por transferência de segurados do
Plano Financeiro para o Plano Previdenciário, como contrapartida ao aporte de bens,
direitos e ativos pelos Órgãos e Entidades do Município ou em virtude da apuração de
superávit atuarial na data da transferência.
§ 2º A transferência de segurados a que se refere o § 1º será decidida pelo Conselho
Deliberativo do Iprem mediante estudo atuarial e prévia avaliação dos bens e direitos
transferidos quanto ao valor e sua liquidez.
Art. 16. O Funprev é composto por:
I - contribuições previdenciárias dos segurados ativos e inativos e dos pensionistas;
II - contribuições pelos Órgãos e Entidades do Município;
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III - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no
§ 9º do artigo 201 da Constituição Federal;
IV - ativos imobiliários e seus rendimentos;
V - recebíveis, valores mobiliários, participações acionárias, direitos de crédito e
outros direitos a ele transferidos a qualquer título, tais como concessões e direitos
de uso de solo;
VI - rendimentos dos bens e direitos a ele transferidos, tais como os obtidos com
aplicações financeiras ou como recebimento de contrapartida pelo uso de seus bens;
VII - produto da alienação de seus bens e direitos;
VIII - bens e direitos de qualquer natureza, aportados pelos Órgãos e Entidades do
Município nos termos do artigo 249 da Constituição Federal;
IX - doações, subvenções, legados e rendas extraordinárias ou eventuais;
X - recursos para cobertura de eventuais insuficiências financeiras;
XI - outros recursos consignados no orçamento municipal, inclusive os decorrentes
de créditos suplementares.
Art. 17. Fica autorizado o aporte no Finan e no Funprev de bens, direitos e ativos de que
sejam titulares os Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS nos termos do artigo 249 da
Constituição Federal, observados os critérios e preceitos constantes no artigo 6º da Lei
Federal nº 9.717/1998.
Art. 18. Toda proposição legislativa que crie ou amplie despesas de pessoal ativo,
aposentados ou pensionistas deverá estar acompanhada do cálculo de seus impactos no
RPPS nos próximos setenta e cinco anos e apresentar compatibilidade e adequação
orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual e com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Seção III – Da Gestão dos Fundos Previdenciários e sua Contabilização
Art. 19. A segmentação do RPPS será acompanhada pela separação orçamentária,
financeira e contábil dos recursos e das obrigações correspondentes a cada plano.
§ 1º As contas do Finan e do Funprev serão distintas da conta única do Tesouro Municipal.
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§ 2º Os ativos financeiros do Finan e do Funprev serão destinados exclusivamente ao
pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados.
Art. 20. Os recursos financeiros do Finan e do Funprev serão aplicados, diretamente ou
por intermédio de instituições especializadas, observadas as diretrizes dadas pelo
Conselho Deliberativo do Iprem e as normas emanadas do Conselho Monetário Nacional.
Art. 21. As despesas do Finan e do Funprev ficarão a cargo do Iprem e serão consignadas
na Lei Orçamentária Anual.
§ 1º O Finan e o Funprev terão contabilidade própria.
§ 2º A gestão e a prestação de contas anuais do Finan e do Funprev obedecerão às normas
legais de controle e de administração orçamentária e financeira adotadas pelo Município.
§ 3º O saldo positivo do Finan e do Funprev, apurado ao final de cada exercício financeiro,
será transferido para o exercício seguinte, a crédito dos respectivos fundos.
Seção IV – Da Taxa de Administração e sua Contabilização
Art. 22. O Iprem receberá, mensalmente, dos Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS
Taxa de Administração para custeio das despesas administrativas daquele regime.
§ 1° A Taxa de Administração a que se refere o “caput” será definida anualmente, por ato
do Chefe do Poder Executivo Municipal, respeitados os limites estabelecidos na
legislação federal.
§ 2º A Taxa de Administração será rateada entre os Órgãos e Entidades vinculados ao
RPPS, proporcionalmente ao total das remunerações dos servidores ativos, proventos dos
inativos e pensões.
§ 3º A Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual consignarão, no
orçamento dos Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS, valor para o pagamento da Taxa
de Administração a que se refere o “caput”.
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TÍTULO III – DA SUSTENTABILIDADE DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO
CAPÍTULO I – DO EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT
Art. 23. O Poder Executivo do Município de São Paulo destinará patrimônio imobiliário
e demais bens e direitos ao Funprev, até o montante total que corresponda ao passivo
atuarial do Plano Financeiro.
§ 1º A transferência de bens e direitos ao Funprev, nos termos deste artigo, far-se-á em
caráter incondicional após a respectiva formalização, vedada ao Município qualquer
reivindicação ou reversão posterior do ato de cessão.
§ 2º Após a efetiva transferência e contabilização dos bens e direitos no patrimônio do
Funprev, o Iprem poderá transpor Segurados do Plano Financeiro para o Plano
Previdenciário até o valor correspondente às respectivas reservas matemáticas necessárias
à cobertura dos benefícios associados a estes Segurados, garantindo-se Índice de
Cobertura no mínimo de 1,02 (um inteiro e dois centésimos).
§ 3º Após a aprovação da transferência a que se refere o § 2º, pelo Conselho Deliberativo
do Iprem e até a sua devida formalização pelos órgãos competentes, fica o Iprem
autorizado a utilizar os recursos financeiros equivalentes às reservas matemáticas
decorrentes da transferência dos bens e direitos mencionados no “caput” deste artigo para
o custeio de benefícios do Plano Financeiro.
§ 4º Na hipótese de não aprovação ou aprovação parcial da transferência mencionada no
§ 2º pelos órgãos competentes, os recursos financeiros eventualmente utilizados com base
no § 3º serão devolvidos ao Funprev na forma do regulamento.
§ 5º A destinação de bens e direitos de que trata o “caput” será realizada por meio de
decreto.
Art. 24. Fica autorizada a cobrança de alíquota suplementar dos Segurados dos Órgãos e
Entidades do Município conforme Anexo II, desta lei.
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Art. 25. A base de contribuição da alíquota suplementar será a seguinte:
I - para os servidores ativos vinculados ao Plano Financeiro será a mesma definida
no parágrafo 1º, do artigo 5º desta lei;
II - para os aposentados e os pensionistas a alíquota incidirá sobre a totalidade dos
proventos de aposentadorias e pensões.
§ 1º O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições
de que tratam artigo 24.
§ 2º A alíquota suplementar dos Segurados, estabelecida no Anexo II, desta lei será
progressiva, com aplicação de percentual da alíquota total, de acordo com as seguintes
faixas de vencimentos e proventos:
I - isento até o valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos
municipais, estabelecido no inciso I do artigo 5º, da Lei nº 15.774 de 29 de maio de
2013 e suas alterações posteriores;
II - vinte por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder ao valor da menor
remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até duas vezes o teto
no inciso I;
III - quarenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder duas vezes o
valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até
três vezes o valor indicado no inciso I;
IV - sessenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder três vezes o
valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até
quatro vezes o teto do inciso I;
V - oitenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder quatro vezes o
valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até
cinco vezes o teto do inciso I; e
VI - cem por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder cinco vezes o valor
da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais.
§ 3º A alíquota suplementar aplicável aos Órgãos e Entidades do Município, terá como
base de contribuição a mesma fixada para a contribuição dos Segurados.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 128
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Art. 26. O chefe do Poder Executivo poderá alterar a alíquota de que trata o artigo 24
mediante justificativa técnica contida em plano de amortização desde que respeitado o
limite máximo fixado no Anexo II, bem como a proporção entre a alíquota suplementar
dos Órgãos e Entidades do Município e a dos Segurados.
Art. 27. Para fins de capitalização do RPPS, fica o Poder Executivo autorizado a ceder
ao Funprev, 50% (cinquenta por cento) do Fluxo Livre da Dívida Ativa do Município de
São Paulo que vier a ser recebido até 31 de dezembro de 2092. Parágrafo único. A cessão
referida no “caput” não compreende os valores referentes aos honorários advocatícios,
devidos na forma da legislação em vigor, não afetando a sua forma de apuração.
Art. 28. Fica o Município de São Paulo autorizado a ceder, de forma onerosa e para fins
de securitização, os fluxos financeiros livres decorrentes de créditos inadimplidos
inscritos ou não em dívida ativa, de natureza tributária ou não, que estejam com
parcelamento em vigor ou não, e que não estejam com exigibilidade suspensa, bem como
as demais receitas decorrentes de sua atuação.
§ 1° A cessão de que trata este artigo não extingue ou altera a obrigação do devedor para
com o Município de São Paulo, assim como não extingue o crédito do Município de São
Paulo, nem modifica sua natureza, preservando-se todas as suas garantias e os seus
privilégios legais.
§ 2° Permanecem sob a exclusiva responsabilidade dos órgãos da administração direta e
indireta do Município de São Paulo todos os atos e os procedimentos relacionados à
cobrança dos créditos inadimplidos de que trata esta lei, inclusive no caso de o Município
se valer de apoio operacional para sua cobrança.
§ 3° Em nenhuma hipótese, a cessão de que trata este artigo pode acarretar qualquer tipo
de obrigação financeira que crie para o Município de São Paulo qualquer
comprometimento ou responsabilidade financeira, tampouco poderá implicar o
Município de São Paulo na condição de garantidor dos ativos securitizados.
§ 4º Os recursos arrecadados por meio das securitizações de que trata o “caput” serão
integralmente destinados a realização de aportes no RPPS.
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TÍTULO IV – DA CRIAÇÃO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR
Art. 29. Fica instituído, nos termos desta lei, o Regime de Previdência Complementar –
RPC a que se referem os §§ 14, 15 e 16 do artigo 40 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O RPC, de caráter facultativo, terá vigência a partir da data de
publicação da aprovação do regulamento de seu plano de benefícios pela autoridade
reguladora competente.
Art. 30. Serão abrangidos pelo RPC, na condição de participantes ativos, quanto à parcela
de sua remuneração que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do
Regime Geral de Previdência Social – RGPS, os servidores dos Órgãos e Entidades do
Município e conselheiros do Tribunal de Contas do Município:
I - com inicio de exercício na administração pública municipal a partir da data de
início da vigência do RPC;
II - com inicio de exercício na administração pública municipal antes da data de
início da vigência do RPC e após a vigência da Emenda Constitucional nº 41/2003,
que tenham optado, expressa e irrevogavelmente, por aderir ao RPC.
§ 1º Terão como teto o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, de que
trata o artigo 201 da Constituição Federal, as aposentadorias e pensões a serem
concedidas pelo RPPS, aos servidores referidos nos incisos I e II do “caput”.
§ 2º Para os servidores dos Órgãos e Entidades do Município e conselheiros do Tribunal
de Contas do Município referidos nos incisos I e II do “caput”, a base de cálculo da
contribuição prevista no inciso I do artigo 5º desta lei, terá como teto o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS.
Art. 31. Os servidores dos Órgãos e Entidades do Município e conselheiros do Tribunal
de Contas do Município que ingressarem no serviço público a partir da data de início da
vigência do RPC e cuja remuneração supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do RGPS serão automaticamente inscritos em plano de benefícios do RPC,
desde o início de exercício.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 130
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§ 1º Fica assegurado aos servidores e aos conselheiros a que se refere o “caput” o direito
de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, nos termos do
regulamento do plano de benefícios.
§ 2º Na hipótese de o cancelamento ser requerido no prazo de até 90 (noventa) dias da
data da inscrição, fica assegurado ao participante ativo o direito à restituição das
contribuições por ele vertidas, a serem pagas na forma do regulamento.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, as contribuições realizadas pelo ente público
patrocinador serão restituídas à respectiva fonte pagadora no mesmo prazo e condições.
§ 4º O cancelamento da inscrição, previsto no § 1º, não constitui resgate.
Art. 32. Aos servidores que ingressarem no serviço público municipal após a data de
início da vigência do RPC e cujos vencimentos ou subsídios sejam inferiores ao limite
máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, fica garantida a opção pela adesão ao
plano de benefícios, na condição de participantes ativos, a partir do momento em que seus
vencimentos venham a ultrapassar o referido limite.
Art. 33. As contribuições do participante ativo e do patrocinador ao RPC incidirão sobre
a parcela da base de contribuição que exceder o limite máximo estabelecido para os
benefícios do RGPS.
§ 1º A alíquota da contribuição do participante ativo ao RPC será por ele definida,
observado o disposto no regulamento do plano de benefícios.
§ 2º A alíquota da contribuição do patrocinador ao RPC não poderá exceder à do
participante ativo, observado o disposto no regulamento do plano de benefícios, e não
poderá ultrapassar o percentual de 7,5% (sete e meio por cento).
§ 3º Além da contribuição, de que trata o “caput” deste artigo, o regulamento do plano de
benefícios poderá admitir o aporte de contribuições facultativas pelos participantes ativos,
sem a contrapartida contributiva do patrocinador.
§ 4º Na hipótese de que trata o inciso II do artigo 30, o patrocinador aportará na conta
individual do participante, na forma de decreto regulamentador, o valor correspondente
às contribuições efetivamente pagas pelo servidor ao RPPS do Município de São Paulo
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 131
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sobre as parcelas que excederam o limite máximo estabelecido para os benefícios do
RGPS até sua adesão ao RPC.
Art. 34. Poderão aderir ao plano de benefícios do RPC, mediante contribuições
voluntárias, sem a contrapartida contributiva do patrocinador:
I - servidores dos Órgãos e Entidades e conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo elegíveis na forma do artigo 30 e que optarem por não
aderir ao RPC;
II - empregados públicos da administração pública indireta do Município de São
Paulo, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, independentemente da data
de admissão;
III - agentes políticos do Município de São Paulo, desde que não integrem outro
RPPS de qualquer ente da Federação;
IV - agentes públicos ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público na administração pública municipal.
Art. 35. Poderá permanecer filiado ao plano de benefícios o participante:
I - afastado, com ou sem prejuízo de vencimentos, subsídios ou salários, para outro
órgão público ou ente da Administração Direta e Indireta, de quaisquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive o de São
Paulo;
II - afastado ou licenciado de cargo efetivo temporariamente, com ou sem prejuízo
de vencimentos ou subsídios;
III - que optar pelo Benefício Proporcional Diferido ou pelo autopatrocínio, na
forma do regulamento do Plano de Benefícios.
§ 1º O regulamento do Plano de Benefícios disciplinará as regras para a manutenção do
custeio do plano, observada a legislação aplicável.
§ 2º O patrocinador arcará com a sua contribuição somente quando a cessão, o
afastamento ou a licença do cargo efetivo for concedido sem prejuízo de vencimentos,
subsídios ou salários.
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§ 3º No caso de cessão, afastamento ou licença com prejuízo de vencimentos, subsídios
ou salários, o servidor arcará com sua contribuição individual e o ente ou órgão
cessionário, se houver, arcará com a contribuição que couber ao patrocinador, na forma
que dispuser o plano de benefícios.
Art. 36. Na perda do vínculo funcional com o ente patrocinador, o participante ativo
poderá optar, conforme regulamento do Plano de Benefícios, por:
I - resgate das contribuições;
II - portabilidade dos recursos para outra entidade de previdência complementar;
III - autopatrocínio, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida,
permanecendo vinculado ao plano de benefícios e arcando com as contribuições
individuais e do patrocinador;
IV - Beneficio Proporcional Diferido, quando a cessação do vínculo se der antes da
aquisição do direito ao benefício pleno programado, a ser concedido quando
cumpridos integralmente os requisitos de elegibilidade.
Parágrafo único. O regulamento do Plano de Benefícios estabelecerá a forma e as
condições para que as contribuições do patrocinador integrem o montante a ser levantado
pelo participante, nas hipóteses dos incisos I, II e IV deste artigo.
Art. 37. Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante
ativo e de Assistido, assim como para elegibilidade, critérios de concessão, forma de
cálculo e pagamento dos benefícios, deverão constar do regulamento do Plano de
Benefícios.
Art. 38. A gestão e a execução do plano de benefícios do RPC serão realizadas por
entidade fechada de previdência complementar.
Art. 39. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, no âmbito da Administração
Pública Municipal Indireta, entidade fechada de previdência complementar denominada
Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Município de São
Paulo – Sampaprev, com a finalidade de gerir e executar o Plano de Benefícios.
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§ 1º A Sampaprev será estruturada sob a forma de fundação, de natureza pública, com
personalidade jurídica de direito privado, gozando de autonomia administrativa,
patrimonial, financeira e gerencial, vinculada à Secretaria Municipal de Gestão.
§ 2º A Sampaprev reger-se-á pelas disposições desta lei e por seu estatuto, que
disciplinará sua estrutura administrativa e modelo de gestão.
§ 3º A Sampaprev, com prazo de duração indeterminado, sede e foro na Cidade de São
Paulo, adquirirá personalidade jurídica a partir do registro de seu ato constitutivo no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
§ 4º Além da sujeição às normas gerais de direito público, a Sampaprev estará sujeita às
seguintes obrigações:
I - realização de concurso público para a contratação de pessoal;
II - submissão à legislação sobre licitação e contratos administrativos;
III - publicação anual, no Diário Oficial da Cidade e em sítio oficial da
Administração Pública na Internet, de suas demonstrações contábeis, atuariais,
financeiras e de benefícios;
IV - fornecimento de informações aos participantes e Assistidos do plano de
benefícios e ao órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdência
complementar.
§ 5º Alternativamente à constituição da entidade prevista neste artigo, o Município poderá
valer-se de entidade fechada de previdência complementar já existente, destinada a
administrar planos de previdência complementar de servidores públicos, mediante
instrumento especifico.
§ 6º No caso do disposto no § 5º, deverá ser criado Comitê Gestor junto à entidade fechada
de previdência complementar externa, constituído paritariamente por representantes
indicados pelo Chefe do Poder Executivo e por representantes eleitos pelos servidores, na
forma do Estatuto, para acompanhamento e fiscalização da gestão do Plano de Benefícios
complementares do Município.
Art. 40. A supervisão e a fiscalização exercidas pelos órgãos competentes não eximem o
ente patrocinador da responsabilidade pelo monitoramento das atividades da entidade
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fechada de previdência complementar externa, conveniada na forma do § 5º do artigo 39,
no que concerne aos planos de previdência complementar por ela administrados, o que
deverá estar previsto no convênio de adesão correspondente.
Art. 41. O Plano de Benefícios será estruturado na modalidade de Contribuição Definida,
de acordo com a regulamentação estabelecida pelo órgão regulador e fiscalizador das
entidades fechadas de previdência complementar, financiado de acordo com os planos de
custeio definidos nos termos do artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109,
observadas as demais disposições da Lei Complementar Federal nº 108, ambas de 2001.
§ 1º Sempre que necessário, visando assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial
permanente do Plano de Benefícios, as contribuições para aquele plano serão revistas,
observada a periodicidade mínima anual.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 3º do artigo 18 da Lei Complementar nº 109, de 2001,
o valor do benefício programado será calculado, no momento da sua concessão, de acordo
com o montante do saldo acumulado na conta do participante ativo, devendo o valor do
benefício estar permanentemente ajustado ao referido saldo, na forma prevista no
regulamento do respectivo plano de benefícios e em Nota Técnica Atuarial.
§ 3º As demais condições para adesão e as características do Plano de Benefícios serão
definidas em regulamento.
§ 4º Os benefícios não programados serão cobertos por seguro contratado externamente,
cujo prêmio será custeado à proporção de pelo menos 50% (cinquenta por cento) pelo
participante e até 50% (cinquenta por cento) pelo patrocinador, garantidas as coberturas
mínimas para invalidez e morte do segurado.
§ 5º A Cobertura de Longevidade, correspondente a um percentual do montante
capitalizado para cada participante, será garantida por seguro, cujo prêmio será custeado
à proporção de pelo menos 50% (cinquenta por cento) pelo participante e até 50%
(cinquenta por cento) pelo patrocinador, podendo sua gestão ser contratada externamente,
nos termos do regulamento.
§ 6º A participação do patrocinador de que tratam os §§ 4º e 5º não ultrapassará 1% (um
por cento) da base de contribuição referida no artigo 33.
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§ 7º Os seguros de que tratam os §§ 4º e 5º terão adesão automática para os participantes
do RPC, ficando assegurado ao participante ativo o direito de requerer, a qualquer tempo,
o cancelamento dos mencionados benefícios nos termos do regulamento.
§ 8º Caso o servidor deseje ter cobertura superior à prevista no regulamento para os
benefícios de risco de que trata o § 4º, arcará individualmente com a diferença de custo
do seguro.
Art. 42. Após o cumprimento das exigências formais do Plano de Benefícios para a
concessão do Benefício de Renda Programada, mas antes do início do gozo deste
benefício, o participante ativo, desde que atendidos os requisitos estabelecidos no
regulamento poderá exercer quaisquer dos direitos relativos aos institutos previdenciários
de que tratam os artigos 14 e 15 da Lei Complementar Federal nº 109, de 2001.
Art. 43. A aplicação dos recursos garantidores correspondentes às reservas técnicas, às
provisões e aos fundos do Plano de Benefícios será feita na conformidade das diretrizes
e limites prudenciais estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 44. O Plano de Custeio, previsto no artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109,
de 2001, discriminará o percentual mínimo da contribuição do participante ativo e do
patrocinador, conforme o caso, para cada um dos benefícios previstos no Plano de
Benefícios, observado o disposto no artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 108, de
2001.
Art. 45. As reservas técnicas constituídas em nome do participante ativo deverão conter
o registro contábil das contribuições por ele efetuadas, bem como as do patrocinador, de
forma apartada.
Art. 46. Os Órgãos e Entidades do Município são responsáveis pelo pagamento de suas
contribuições e pelo desconto das contribuições dos participantes ativos, bem como pela
transferência de ambas à entidade administradora do Plano de Benefícios.
§ 1º O pagamento ou a transferência das contribuições após o dia 10 (dez) do mês seguinte
ao da competência a que se referir:
I - ensejará a aplicação dos acréscimos de mora previstos para os tributos federais;
e
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II - sujeitará o responsável às sanções penais e administrativas cabíveis.
§ 2º Os valores a serem repassados à entidade gestora do RPC, a título de contribuição do
patrocinador, deverão ser pagos com recursos do orçamento de cada um dos órgãos,
entidades indicados no “caput” deste artigo, e terão previsão obrigatória na Lei
Orçamentária Anual e não são passíveis de contingenciamento.
Art. 47. Compete ao Iprem assegurar o suporte administrativo, operacional e de gestão
das atividades correlatas ao que dispõe a presente lei, necessários à implantação e ao
funcionamento do RPC.
Art. 48. As despesas administrativas do Plano de Benefícios serão custeadas na forma do
regulamento do Plano de Benefícios, observado o disposto no “caput” do artigo 7º da Lei
Complementar Federal nº 108, de 2001.
§ 1º O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será
revisado ao final de cada ano com vistas ao atendimento do disposto neste artigo.
§ 2º Na hipótese de adesão a planos de benefícios previdenciários complementares
administrados por entidade fechada de previdência complementar externa, deverá constar
em instrumento especifico a previsão de revisão anual da cobertura das despesas
administrativas pela entidade conveniada.
Art. 49. É exigida a instituição de código de ética e de conduta, que terá ampla
divulgação, especialmente entre os participantes e Assistidos e as partes relacionadas,
cabendo aos Conselhos do Iprem, na hipótese de adesão do Município a uma entidade
fechada de previdência complementar existente, assegurar o seu cumprimento.
TÍTULO V – DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
– IPREM
CAPÍTULO I – DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 50. O Iprem, criado na Lei nº 9.157, de 1º de dezembro de 1980 e legislação
subsequente, fica reorganizado nos termos desta lei.
Art. 51. O Iprem é uma entidade autárquica de direito público sob regime especial, com
autonomia administrativa, financeira e patrimonial, sede e foro no Município de São
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Paulo e quadro de servidores sob regime jurídico estatutário nos termos da Lei Municipal
n° 8.989/79, cabendo-lhe:
I - a administração, o gerenciamento e operacionalização do RPPS;
II - a arrecadação e a cobrança de recursos e contribuições, necessários ao custeio
do regime previdenciário e do Iprem;
III - a concessão, manutenção e pagamento de benefícios previdenciários aos seus
segurados, nos termos da legislação vigente;
IV - outras competências específicas relativas aos regimes previdenciários.
Art. 52. O Iprem tem as seguintes atribuições:
I - garantir a regularidade previdenciária;
II - regulamentar, no âmbito de sua competência, as normas referentes ao RPPS,
bem como as relativas à orientação, supervisão, fluxos de trabalho e ao
acompanhamento das atividades descentralizadas;
III - arrecadar e gerir a receita, o patrimônio e os Fundos Financeiro e
Previdenciário;
IV - conceder, pagar e manter as aposentadorias e pensões para os Segurados dos
Órgãos e Entidades do Município;
V - gerir o risco previdenciário em observância ao equilíbrio financeiro e atuarial
do RPPS e à sustentabilidade previdenciária do Município;
VI - manifestar-se sobre alterações na legislação previdenciária e de pessoal com
reflexos no regime previdenciário do Município;
VII - promover ações no contexto das relações de trabalho, saúde e previdência do
servidor em conjunto com os Órgãos e Entidades do Município;
VIII - realizar o censo previdenciário e recadastramento dos segurados;
IX - constituir, organizar, gerenciar e manter base de dados e sistema informatizado
contendo dados cadastrais e financeiros, da relação de trabalho e previdenciária;
X - manter o registro individual dos Segurados;
XI - gerir informações relativas aos benefícios de riscos administrados pelas
unidades de recursos humanos dos Órgãos e Entidades do Município, que impactam
no custo e no equilíbrio financeiro e atuarial;
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XII - manter e gerir o conhecimento previdenciário;
XIII - manter relacionamento institucional com os Segurados;
XIV - proporcionar aos servidores do Iprem, das unidades de recursos humanos dos
Órgãos e Entidades do Município capacitação e aperfeiçoamento profissional na
área previdenciária;
XV - garantir aos segurados e dependentes o pleno acesso às informações
previdenciárias e à situação financeira e atuarial dos regimes previdenciários,
observadas as normas de acesso à informação.
§ 1º O Iprem contará com o apoio dos órgãos e entidades municipais, de acordo com suas
competências, para a padronização da base de dados com vistas à implantação de sistema
informatizado e integrado de gestão previdenciária com os Órgãos e Entidades do
Município.
§ 2º Serão estabelecidos, em regulamento, etapas, prazos e fluxos operacionais para a
realização da compensação financeira entre regimes de previdência e a garantia da receita
em seu potencial.
Art. 53. O Iprem fará a gestão do RPPS e o apoio operacional ao RPC, centralizando a
inteligência e informações previdenciárias, podendo delegar as atividades operacionais às
Unidades de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades do Município, na forma do
regulamento.
Art. 54. O Iprem, na qualidade de entidade autárquica, deverá observar na gestão e
administração do RPPS, além dos princípios da Administração Pública:
I - as normas gerais de contabilidade e atuária para aferição e garantia do equilíbrio
financeiro e atuarial;
II - a gestão financeira e administrativa descentralizada em relação à Prefeitura;
III - a realização de escrituração contábil distinta do Tesouro Municipal, inclusive
de rubricas destacadas nos orçamentos, para pagamentos dos benefícios
previdenciários; IV - aplicação das regras contidas no artigo 50 da Lei
Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 e suas alterações, no que concerne à
escrituração do plano de contas.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 139
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Art. 55. É vedado ao Iprem:
I - a concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, às entidades da Administração Direta
e Indireta, CMSP e TCMSP;
II - a aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo
Federal;
III - a atuação como instituição financeira, bem como prestar fiança, aval ou
obrigar-se, em favor de terceiros, por qualquer outra forma.
Art. 56. As regras necessárias ao funcionamento do Iprem, inclusive sua estrutura
organizacional, serão estabelecidas em decreto.
CAPÍTULO II – DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR
Art. 57. São órgãos de administração do Iprem:
I - Conselho Deliberativo;
II - Diretoria Executiva;
III - Conselho Fiscal; e
IV - Comitê de Investimento.
Art. 58. O Conselho Deliberativo é o órgão de deliberação e orientação superior da
Previdência Municipal, com composição paritária de representantes dos servidores e do
Município tendo por finalidade assegurar o regime de previdência de caráter contributivo
e solidário do RPPS, garantindo o equilíbrio financeiro e atuarial.
Art. 59. O Conselho Deliberativo é composto de 8 (oito) membros titulares e respectivos
suplentes, disposto da seguinte forma:
I - representante da Secretaria Municipal de Gestão;
II - representante da Secretaria Municipal de Fazenda;
III - representante da Procuradoria Geral do Município;
IV - representante do Poder Legislativo, com alternância entre CMSP e TCMSP;
V - 2 (dois) representantes dos Segurados da Administração Direta, sendo pelo
menos um aposentado;
VI - 1 (um) representante dos Segurados das Autarquias e Fundações;
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VII - 1 (um) representante dos Segurados do Poder Legislativo, com alternância
entre a CMSP e o TCMSP.
§ 1º O Presidente do Conselho de Deliberativo será indicado pelo Chefe do Poder
Executivo, dentre os representantes mencionados nos incisos I e II do “caput”.
§ 2º Os representantes elencados nos incisos V a VII, bem como seus respectivos
suplentes, serão escolhidos dentre os segurados do regime, por meio de eleição realizada
na forma de regulamento específico.
§ 3º Os representantes dos Segurados investidos como membro titular do Conselho
Deliberativo terão mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida uma única recondução,
vedada, após a conclusão do mandato, a participação, pelos 2 (dois) anos seguintes, em
qualquer dos conselhos e órgãos de administração do Iprem.
§ 4º Na ausência definitiva de qualquer representante titular dos Segurados, o
representante suplente será empossado na vaga para a conclusão do mandato.
§ 5º Os membros do Conselho Deliberativo, titulares e suplentes, deverão possuir curso
superior completo, e:
I - comprovado conhecimento da legislação previdenciária; ou,
II - experiência no exercício de atividades nas áreas de seguridade, administração,
economia, finanças, planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou
auditoria.
§ 6º No caso de ausência ou impedimento temporário de membro titular do Conselho
Deliberativo, este será substituído por seu suplente.
Art. 60. Ao Conselho Deliberativo compete:
I - aprovar as políticas e normas aplicáveis ao RPPS;
II - aprovar diretrizes gerais de atuação do Iprem, na qualidade de Entidade Gestora
Única do RPPS, respeitadas as disposições legais aplicáveis;
III - aprovar o Regimento Interno do Iprem e demais normas necessárias ao perfeito
funcionamento do regime previdenciário municipal;
IV - aprovar o Regimento Interno do Conselho Fiscal do Iprem;
V - elaborar e aprovar seu Regimento Interno;
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VI - autorizar a aceitação de bens e direitos, direcionados ao Fundo Previdenciário,
para cobrir o custo atuarial da transferência de segurados do Fundo Financeiro;
VII - autorizar a alienação ou gravame de bens e direitos integrantes do patrimônio
do Fundo Previdenciário, sem prejuízo da satisfação das exigências legais
pertinentes;
VIII - deliberar sobre a gestão dos fundos administrados pelo Iprem;
IX - deliberar sobre a política de investimentos dos recursos dos Fundos, ouvidos a
Diretoria de Investimentos e o Comitê de Investimentos;
X - estabelecer as diretrizes relativas à aplicação dos recursos econômico-
financeiros, observada a legislação vigente;
XI - aprovar, na forma da lei, sobre a aceitação de doações e legados com ou sem
encargos, que possam ou não resultar em compromisso econômico-financeiro para
o RPPS;
XII - acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a
execução dos planos, programas e orçamentos do RPPS e da Entidade Gestora
Única;
XIII - praticar atos e deliberar sobre matéria que lhe seja atribuída por lei ou
regulamento;
XIV - deliberar sobre a forma de financiamento do RPPS, observada a legislação
vigente;
XV - autorizar o Iprem a firmar contratos ou convênios com instituições financeiras
para a administração, aplicação ou investimento dos recursos do RPPS, observada
a Política Anual de Investimentos;
XVI - aprovar política de alçada decisória abrangendo todas as áreas gestoras,
determinando limites das competências e atribuições para realização de atos
administrativos decisórios;
XVII - manifestar-se sobre proposta de alteração da estrutura e funcionamento do
Iprem;
XVIII - aprovar o regulamento interno de compras e o plano de contas, propostos
pela Diretoria Executiva;
XIX - deliberar sobre os casos omissos, observadas as regras aplicáveis ao RPPS.
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§ 3° A gratificação pela participação dos membros nos Conselhos Deliberativo e Fiscal,
nos termos do inciso III, do artigo 100 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979, e no
Comitê de Investimento, é de, respectivamente, 25% (vinte e cinco), 20% (vinte) e 15%
(quinze) do subsídio do Diretor Presidente.
§ 4º O valor da gratificação, a que se refere o § 3º deste artigo, será pago mensalmente,
independentemente da quantidade de reuniões realizadas e desde que consignada a
presença do conselheiro titular, ou, na sua ausência, do respectivo suplente.
Art. 61. A Diretoria Executiva é o órgão de administração do Iprem, com a finalidade de
executar as políticas e diretrizes previdenciárias do Município de São Paulo e funcionará
em conformidade com o Regimento Interno.
Art. 62. A Diretoria Executiva será composta por:
I - Diretor Presidente;
II - Diretor de Benefícios e Relacionamento;
III - Diretor de Gestão Previdenciária;
IV - Diretor de Investimentos; e
V - Diretor de Administração e Finanças.
§ 1º Além das atribuições próprias das respectivas áreas, os Diretores participarão de
decisões colegiadas no âmbito da Diretoria Executiva, conforme disciplinado em
Regimento Interno.
§ 2º Os membros da Diretoria Executiva deverão preencher os seguintes requisitos:
I - possuir formação superior e comprovada experiência profissional de, no mínimo,
cinco (5) anos nas áreas de seguridade, administração, economia, finanças,
planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria;
II - não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade
administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;
III - não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou função pública rejeitadas
por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;
IV - não ter sofrido penalidade administrativa vigente.
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§ 3º O Diretor de Investimentos deverá comprovar possuir certificação de profissionais
do mercado financeiro organizado por entidade autônoma de reconhecida capacidade
técnica e de difusão no mercado brasileiro de capitais.
Art. 63. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização do Iprem, tendo por finalidade
assegurar o cumprimento das normas aplicáveis ao RPPS, sendo composto por 6 (seis)
membros titulares e respectivos suplentes, da seguinte forma:
I - 1 (um) representante da Administração Direta;
II - 1 (um) representante das Autarquias e Fundações;
III - 1 (um) representante do Poder Legislativo, com alternância entre a CMSP e o
TCMSP;
IV - 1 (um) representante dos Segurados da Administração Direta;
V - 1 (um) representante dos Segurados das Autarquias e Fundações;
VI - 1 (um) representante dos Segurados do Poder Legislativo, com alternância
entre a CMSP e o TCMSP.
§ 1º Os membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal serão nomeados pelo Prefeito.
§ 2° Os representantes elencados nos incisos I a III, bem como seus respectivos suplentes,
serão indicados pelo Chefe do Executivo, pela CMSP e pelo TCMSP, respectivamente.
§ 3º Os representantes elencados nos incisos IV a VI, bem como seus respectivos
suplentes, serão escolhidos dentre os segurados do regime, por meio de eleição realizada
na forma de regulamento especifico.
§ 4º Na ausência definitiva de qualquer representante titular dos Segurados, o
representante suplente será empossado na vaga para a conclusão do mandato.
§ 5º No caso de vacância dos representantes titulares do Conselho Fiscal elencados nos
incisos I a III, o respectivo suplente assumirá o cargo até a conclusão do mandato.
§ 6º Ocorrendo a ausência ou impedimento temporário de membro titular do Conselho
Fiscal, este será substituído por seu suplente.
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§ 7º Não poderão integrar o Conselho Fiscal:
I - ao mesmo tempo, representantes que guardem entre si, com membros da
Diretoria Executiva ou do Conselho Deliberativo, relação conjugal ou de
parentesco, consanguíneo ou afim, até o terceiro grau;
II - servidores ou autoridades responsáveis pelos atos de gestão orçamentária,
financeira, patrimonial e operacional do Iprem;
III - membros do Conselho Deliberativo e do Comitê de Investimento do Iprem.
§ 8º Os membros da Diretoria Executiva não poderão integrar o Conselho Fiscal pelo
período mínimo de 3 (três) anos após seu desligamento.
§ 9º Os membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal deverão possuir curso superior
completo e experiência no exercício de atividades nas áreas de seguridade, administração,
economia, finanças, planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria.
§ 10. O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho Fiscal serão eleitos entre os seus
membros, para mandatos de 1 (um) ano, permitida a recondução, nos termos do
regulamento.
Art. 64. Compete ao Conselho Fiscal:
I - elaborar seu próprio regimento e submetê-lo à aprovação do Conselho
Deliberativo;
II - eleger seu próprio Presidente;
III - lavrar as atas de suas reuniões, inclusive os pareceres e os resultados dos
exames procedidos;
IV - analisar as demonstrações financeiras, documentos contábeis da entidade,
demais documentos ou registros que entender necessários ou que forem solicitados
pelo Conselho Deliberativo e emitir parecer, submetendo-o à deliberação deste;
V - opinar sobre assuntos de natureza econômico-financeira e contábil que lhe
sejam submetidos pelo Conselho Deliberativo ou pela Diretoria Executiva;
VI - comunicar ao Conselho Deliberativo fatos relevantes que apurar no exercício
de suas atribuições;
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VI - apreciar a prestação de contas anual e os balancetes mensais e emitir parecer
que será submetido à deliberação do Conselho Deliberativo;
VII - atuar como Conselho Fiscal dos fundos financeiro e previdenciário
administrados pelo Iprem;
VIII - zelar pela aplicação da legislação pertinente ao RPPS;
IX - acompanhar a política de investimentos dos fundos administrados pelo Iprem.
Parágrafo único. O Conselho Fiscal poderá requisitar documentos e informações para o
desempenho de suas atribuições, bem como examinar os livros e documentos do Iprem e
dos fundos e solicitar, justificadamente, ao Conselho Deliberativo, o auxílio de
especialistas e peritos.
Art. 65. O Comitê de Investimento tem por finalidade acompanhar, assessorar e auxiliar
na execução da Política de Investimento do RPPS, observando os princípios de
governança, transparência, eficiência na gestão e aplicação dos recursos vinculados ao
Funprev e Finan.
§ 1º O Comitê de Investimento será composto por 5 (cinco) membros indicados pelo
Conselho Deliberativo e nomeados pelo Prefeito, dentre os servidores públicos
integrantes dos quadros dos Órgãos e Entidades.
§ 2º Os membros do Comitê de Investimento devem observar os seguintes requisitos:
I - possuir curso superior completo e conhecimento comprovado por meio de
experiência nas áreas de seguridade, administração, economia, direito,
contabilidade ou atuária;
II - a maioria dos membros deverá possuir certificação de profissionais do mercado
financeiro organizado por entidade autônoma de reconhecida capacidade técnica e
de difusão no mercado brasileiro de capitais na forma do regulamento;
III - não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade
administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;
IV - não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou funções públicas
rejeitadas por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;
V - não ter sofrido penalidade administrativa vigente.
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§ 3º Dentre os indicados ao Comitê de Investimento, pelo menos 2 (dois) membros
deverão ser escolhidos dentre os servidores segurados dos Órgãos e Entidades, nos termos
do regulamento.
§ 4º Fica assegurado aos membros do Comitê de Investimento o acesso irrestrito às
informações e aos documentos relativos aos processos de investimento e de
desinvestimento dos ativos do RPPS.
§ 5º O mandato e as hipóteses de destituição dos membros do Comitê de Investimento
serão previstos no regulamento, a ser editado pelo Conselho Deliberativo.
§ 6º Compete ao Comitê de Investimento:
I - emitir manifestação, quando necessário, sobre as análises técnicas, econômicas,
financeiras e conjunturais da gestão de política de investimento;
II - avaliar, acompanhar e indicar as opções de investimentos e estratégias que
envolvam compra, venda, renovação e realocação dos ativos da carteira, em
consonância com a política de investimento;
III - propor critérios, procedimentos e normas para a aplicação dos recursos, bens e
direitos do Funprev e Finan;
IV - elaborar a proposta de política anual de investimentos do Funprev e Finan, a
ser submetida ao Conselho Deliberativo;
V - elaborar proposta de regulamentação e alteração do seu Regimento Interno;
VI - exercer as demais atribuições definidas no seu Regimento Interno.
CAPÍTULO III – DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Seção I – Da Estrutura Básica
Art. 66. O Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem passa a ter a seguinte
estrutura normal:
I - Presidência;
II - Gabinete da Presidência;
III - Controladoria Previdenciária;
IV - Diretoria de Benefícios e Relacionamento;
V - Diretoria de Gestão Previdenciária;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 147
CI 5133 139
VI - Diretoria de Investimentos;
VII - Diretoria de Administração e Finanças.
Seção II – Do Detalhamento da Estrutura Básica
Art. 67. O Gabinete do Presidente compõe–se de:
I - Chefia de Gabinete;
II - Assessoria Jurídica;
III - Assessoria Previdenciária;
IV - Assessoria de Planejamento e Gestão;
V - Assessoria de Comunicação Institucional.
Art. 68. A Diretoria de Benefícios e Relacionamento compõe-se de:
I - Gerência de Benefícios, com:
a) Supervisão de Análise e Concessão de Pensões;
b) Supervisão de Análise e Concessão de Aposentadorias;
c) Supervisão de Pagamentos de Benefícios;
d) Supervisão de Compensação Previdenciária.
II – Gerência de Relacionamento com o Segurado, com:
a) Supervisão de Informações Cadastrais;
b) Supervisão de Atendimento.
Art. 69. A Diretoria de Gestão Previdenciária compõe-se de:
a) Supervisão de Receitas e Contribuições;
b) Supervisão de Tecnologia da Informação;
c) Supervisão de Desenvolvimento Profissional.
Art. 70. A Diretoria de Investimentos compõe-se de:
I - Supervisão de Operações e Planejamento;
II - Supervisão de Controle e Registro;
III - Supervisão de Conformidade de Investimentos.
Art. 71. A Diretoria de Administração e Finanças compõe-se de:
I - Supervisão Administrativa;
II - Supervisão de Compras e Licitações;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 148
CI 5133 140
III - Supervisão de Orçamento Finanças e Contabilidade;
IV - Supervisão de Pessoal.
CAPÍTULO IV – DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES
Seção I – Da Presidência
Art. 72. Compete ao Diretor Presidente:
I - representar institucionalmente o Iprem;
II - fixar políticas e diretrizes no âmbito de sua competência;
III - estabelecer parâmetros gerais por meio de atos normativos, a fim de orientar e
disciplinar o RPPS;
IV - exercer a administração executiva;
V - ordenar despesas previamente autorizadas por lei necessárias para consecução
dos objetivos e finalidades da Autarquia;
VI - apreciar em grau de recurso os requerimentos relativos às aposentadorias,
pensões e contribuições previdenciárias;
VII - coordenar o planejamento de longo prazo do Iprem e do RPPS;
VIII - promover as medidas necessárias à elaboração e execução, pelas áreas
competentes, do orçamento anual e dos demais instrumentos de planejamento, de
acordo com a legislação de regência;
IX - cumprir e fazer cumprir o regulamento do Iprem e demais atos normativos
internos;
X - deliberar sobre as atividades, atribuições, competências e estrutura interna do
Iprem;
XI - administrar o quadro de pessoal do Iprem;
XII - promover concursos públicos para provimento de cargos vagos do Quadro dos
Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP na forma da lei;
XIII - autorizar a apuração por meio de averiguação preliminar, no âmbito de sua
competência;
XIV - autorizar procedimentos de aquisição de bens e serviços nos termos da
legislação vigente;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 149
CI 5133 141
XV - autorizar abertura de processo licitatório, firmar contratos, convênios, acordos
e ajustes, conforme previsto na legislação específica;
XVI - apresentar à Diretoria Executiva, ao Conselho Deliberativo e ao Conselho
Fiscal documentos e relatórios na forma da legislação de regência;
XVII - prestar contas aos órgãos de controle interno e externo, na forma da
legislação de regência;
XVIII - delegar as competências próprias no âmbito do Iprem, fixando, quando for
o caso, alçadas máximas para as autoridades delegadas;
XIX - instituir e zelar pelo Plano de Governança Corporativa;
XX - criar agências de atendimento previdenciário em locais distintos da sede do
Iprem, de forma a garantir maior qualidade na prestação de serviços aos segurados;
XXI - exercer outras atribuições que lhe forem cometidas em lei, decreto ou
regulamento.
Parágrafo único. Aos demais dirigentes do Instituto de Previdência Municipal de São
Paulo compete planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução, acompanhar e avaliar as
atividades de suas respectivas unidades, bem como exercer outras atribuições inerentes
às respectivas competências.
Seção II – Das Unidades de Assistência Direta à Presidência
Art. 73. A Chefia de Gabinete tem as seguintes atribuições: I – planejar, coordenar,
supervisionar e orientar as atividades técnicas e administrativas de apoio ao Diretor
Presidente; II – executar os serviços relacionados com as audiências e representações
políticas e institucionais do Diretor Presidente; III – supervisionar e coordenar as
atividades de administração geral da Autarquia; IV – recepcionar as demandas da
fiscalização e judiciais, encaminhar às áreas competentes e zelar pelo cumprimento dos
prazos de respostas; V – exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 74. A Assessoria Jurídica tem as seguintes atribuições:
I - assessorar a Presidência nos assuntos de natureza jurídica;
II - assegurar a necessária coordenação e a unidade de procedimento jurídico na
instituição;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 150
CI 5133 142
III - examinar e aprovar minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes;
IV - exercer consultoria e assessoria jurídica e representação extrajudicial;
V - emitir manifestação ou parecer jurídico;
VI - exercer outras atribuições no âmbito da sua área de atuação.
Parágrafo único. A representação judicial ativa e passiva do Iprem, com prerrogativas
processuais da Fazenda Pública nos termos do artigo 10 da Lei nº 14.669, de 14 de janeiro
de 2008, compete à Procuradoria Geral do Município – PGM.
Art. 75. A Assessoria Previdenciária tem as seguintes atribuições:
I - analisar alterações na legislação previdenciária que tenham impacto nas
atividades desempenhadas pela Entidade e nos planos de benefícios;
II - participar da elaboração de matérias informativas a serem veiculadas interna ou
externamente, em colaboração com a Assessoria de Comunicação Institucional;
III - elaborar ofícios, minutas de projetos de leis e de decretos, portarias, despachos,
exposições de motivos e outros documentos ou atos oficiais;
IV - examinar processos e expedientes encaminhados ao Gabinete da Presidência;
V - produzir informações gerais para subsidiar decisões do Gabinete da Presidência
e das Diretorias;
VI - exercer outras atribuições no âmbito da sua área de atuação.
Art. 76. A Assessoria de Planejamento e Gestão tem as seguintes atribuições:
I - assessorar o Gabinete da Presidência nos assuntos relacionados à Autarquia;
II - propor edição e/ou modificação de atos administrativos;
III - desenvolver estudos e atividades de apoio técnico à execução, ao controle e à
avaliação relacionados à área de atuação da Autarquia;
IV - assessorar no planejamento estratégico do Instituto e da previdência municipal;
V - assessorar na gestão, proposição e consolidação de indicadores e informações
gerenciais relativos às atividades do RPPS e do Iprem;
VI - acompanhar estudos, avaliações e projeções de caráter atuarial, econômico,
financeiro e orçamentário, em conjunto com profissionais da Autarquia ou
contratados;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 151
CI 5133 143
VII - acompanhar o planejamento e a execução do orçamento anual e do Plano
Plurianual;
VIII - realizar e consolidar a gestão de projetos;
IX - orientar a elaboração de relatórios solicitados pela Diretoria Executiva e
Conselhos;
X - orientar, coordenar e consolidar a elaboração do Relatório Anual de Atividades;
XI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 77. A Assessoria de Comunicação Institucional tem as seguintes atribuições:
I - planejar, gerenciar, coordenar e exercer atividades inerentes à comunicação
institucional;
II - interagir com as diversas mídias impressas, eletrônicas e sociais, sobre as rotinas
e processos de interesse;
III - estabelecer canal permanente de comunicação com os segurados, seus
dependentes, munícipes e demais órgãos da Administração Pública;
IV - propor, planejar e gerenciar projetos de responsabilidade social ligados às
finalidades do Iprem;
V - assessorar as áreas da Autarquia nos projetos e programas de educação
financeira e previdenciária na forma definida pela Presidência;
VI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 78. A Controladoria Previdenciária atuará de modo complementar à Controladoria
Geral do Município no âmbito do Instituto e sem sobreposição ou prejuízo de funções,
com as seguintes diretrizes:
I - autonomia organizacional;
II - cooperação com atividades de auditoria, conformidade e controle do Município
de São Paulo;
III - reconhecimento, autoridade e responsabilidade perante o Iprem;
IV - atuação integrada e zelo pela ética profissional;
V - melhoria da qualidade das ações públicas;
VI - adequação e eficácia dos processos.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 152
CI 5133 144
Art. 79. A Controladoria Previdenciária tem as seguintes atribuições:
I - desenvolver, avaliar e monitorar a matriz de riscos;
II - instruir e acompanhar os procedimentos internos com vistas à mitigação dos
pontos de fragilidade e suscetibilidade a inconformidades;
III - aprimorar os meios e as formas para o exercício do controle social sobre a
gestão do RPPS e da Autarquia;
IV - prevenir situações e processos conflitantes de interesses no desempenho da
função pública;
V - promover estudos e pesquisas, propondo a sistematização, normatização e
padronização de procedimentos operacionais, gestão de riscos e conformidade;
VI - fomentar iniciativas e boas práticas relacionadas ao aprimoramento dos
controles internos administrativos, ao gerenciamento de riscos e à transparência
com ações de prevenção de irregularidades;
VII - analisar reclamações, notícias de irregularidades praticadas por servidores,
bem como gerenciar os trabalhos das comissões de averiguação preliminar;
VIII - proceder à análise de conformidade na concessão dos benefícios, orientar e
acompanhar a correta aplicação das técnicas e legislação pertinentes;
IX - emitir relatórios periódicos de conformidade de procedimentos ao Diretor
Presidente e propor, se for o caso, o seu encaminhamento à Controladoria Geral do
Município;
X - receber, analisar e responder as reivindicações, reclamações, sugestões e
denúncias, encaminhando-as, conforme a matéria, para as áreas competentes;
XI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Seção III – Das Unidades Específicas
Art. 80. A Diretoria de Benefícios e Relacionamento tem as seguintes atribuições:
I - planejar, ordenar e orientar as atividades relacionadas com a previdência dos
servidores públicos e de seus beneficiários;
II - contribuir para o estabelecimento de diretrizes e políticas da área de
competência;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 153
CI 5133 145
III - analisar e deliberar sobre a concessão e a extinção de benefícios
previdenciários;
IV - analisar e deliberar sobre a revisão e composição de benefícios previdenciários;
V - criar e manter registro de manifestações e decisões com a finalidade de
padronizar o tratamento para situações análogas;
VI - analisar, instruir e opinar sobre recursos relativos a requerimento de benefícios
previdenciários e enviá-los ao Gabinete da Presidência para deliberação;
VII - coordenar as áreas voltadas à concessão, manutenção e pagamento de
benefícios previdenciários e relacionamento com os segurados;
VIII - zelar pela manutenção e atualização do cadastro previdenciário dos
servidores públicos ativos e inativos, de seus dependentes e de seus pensionistas,
por meio de recadastramento e recenseamento periódicos;
IX - auxiliar e instruir as áreas de recursos humanos dos Órgãos e Entidades, quanto
às contribuições previdenciárias, aposentadorias e pensões;
X - elaborar estudos e análises sobre os assuntos previdenciários;
XI - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de
competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;
XII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação
ao Gabinete da Presidência;
XIII - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 81. A Diretoria de Gestão Previdenciária tem as seguintes atribuições:
I - estabelecer diretrizes e políticas de gestão previdenciária;
II - planejar, ordenar, coordenar e orientar atividades relativas à gestão estratégica:
a) da receita previdenciária;
b) da tecnologia da informação;
c) dos sistemas e dos bancos de dados previdenciários;
d) da informação e do conhecimento previdenciário.
III - Consolidar dados e informações para a elaboração e envio dos relatórios e
demonstrativos exigidos pelos órgãos reguladores e de controle;
IV - monitorar os requisitos necessários para a garantia da regularidade
previdenciária;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 154
CI 5133 146
V - promover a capacitação e aperfeiçoamento profissional dos servidores do Iprem
e das unidades de recursos humanos dos Órgãos e Entidades do município, na área
previdenciária;
VI - propor e analisar atos normativos;
VII - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de
competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;
VIII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação
ao Gabinete da Presidência;
IX - controlar a arrecadação das contribuições previdenciárias, as compensações
financeiras entre regimes e os repasses financeiros;
X - planejar e gerir:
a) a capacitação e aperfeiçoamento profissional;
b) o conhecimento previdenciário;
c) a informação;
d) a tecnologia da informação;
e) a segurança da informação;
f) os sistemas;
g) os bancos de dados;
h) os fluxos de processos de trabalho.
XI - armazenar, divulgar e compartilhar a informação e o conhecimento;
XII - manter o repositório institucional;
XIII - preservar o patrimônio histórico e a memória da previdência municipal;
XIV - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 82. A Diretoria de Investimentos tem as seguintes atribuições:
I - planejar, organizar, dirigir e controlar a execução das operações de
investimentos, de fluxo de caixa e de orçamento;
II - convocar e propor calendário anual de reuniões do Comitê de Investimentos;
III - preparar e conduzir a reunião do Comitê de Investimentos e apresentar proposta
de investimento a ser submetida à aprovação dos membros com direito a voto do
Comitê de Investimentos;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 155
CI 5133 147
IV - fornecer aos órgãos do Iprem informações de investimentos que lhe forem
solicitadas;
V - divulgar informações ao público em geral sobre investimentos do Iprem,
observados os critérios de conveniência, oportunidade e transparência da legislação
em vigor;
VI - elaborar relatório mensal e anual de investimentos, em conformidade com a
legislação em vigor, para divulgação ao público em geral;
VII - elaborar plano anual de investimentos, em conformidade com a legislação em
vigor, antes do final do ano anterior, para divulgação ao público em geral, após
aprovação pelo Comitê de Investimentos, Diretoria Executiva e Conselho
Deliberativo;
VIII - coordenar o acompanhamento e as análises do mercado financeiro e de seus
indicadores;
IX - coordenar análises do ambiente econômico, político e social nacional e
internacional e a elaboração de cenários para subsidiar as decisões de investimentos
do Iprem;
X - coordenar análises de risco e de gerenciamento de ativos e passivos do Iprem.
Art. 83. A Diretoria de Administração e Finanças tem as seguintes atribuições:
I - planejar, organizar, orientar e coordenar as atividades administrativas, de gestão
de pessoas, orçamentárias, financeiras e contábeis;
II - gerir os processos de aquisição de bens e serviços, nos termos da legislação de
regência;
III - gerir contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres;
IV - administrar os bens patrimoniais;
V - assegurar apoio administrativo, material e transportes para o bom andamento
das atividades do Iprem;
VI - zelar pela conservação e manutenção da infraestrutura do Iprem;
VII - executar a política de gestão de pessoas e gerir o quadro de pessoal;
VIII - coordenar as atividades orçamentárias e financeiras da Autarquia;
IX - elaborar a proposta orçamentária do Iprem, a ser aprovada pela Diretoria
Executiva, e acompanhar a sua execução;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 156
CI 5133 148
X - gerir as atividades de contabilidade e a elaboração das demonstrações contábeis
e financeiras;
XI - autorizar a movimentação de numerário e gerir as atividades referentes a
pagamentos, recebimentos, controle de movimentação e disponibilidade financeira,
no limite de suas competências definidas no regimento;
XII - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de
competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;
XIII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação
ao Gabinete da Presidência;
XIV - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.
Art. 84. O detalhamento das atribuições das áreas internas das unidades específicas será
estabelecido por meio de decreto.
CAPÍTULO V – DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Art. 85. Cabe ao Iprem consolidar, gerenciar e manter as informações cadastrais e
financeiras, dentre outras, com objetivo de controlar e monitorar os resultados atuariais e
financeiros do RPPS, nos termos da legislação vigente.
§ 1° As informações de que trata o “caput” serão disponibilizadas pelos órgãos e entidades
da Administração Direta e Indireta, da CMSP e do TCMSP, nos termos do regulamento
especifico.
§ 2° O Iprem organizará e consolidará os indicadores do RPPS, inclusive os referentes à
saúde do servidor e a infortunística, com a finalidade de apurar os seus respectivos
impactos nas avaliações atuariais e auxiliar no desenvolvimento de políticas de
prevenção.
Art. 86. O Iprem garantirá pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão
do RPPS, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela Lei Municipal nº 16.051, de 6 de
agosto de 2014 e legislação subsequente.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 157
CI 5133 149
TÍTULO VI – DO QUADRO DOS PROFISSIONAIS DE GESTÃO
PREVIDENCIÁRIA E SUAS COMPETÊNCIAS
CAPÍTULO I – DO QUADRO DOS PROFISSIONAIS DE GESTÃO
PREVIDENCIÁRIA
Art. 87. Fica criado o Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP,
composto por 100 (cem) cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de 75
(setenta e cinco) cargos de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, ambos de
provimento efetivo e 56 (cinquenta e seis) Cargos de Direção e Assessoramento – CDA
de provimento em comissão, constantes dos Anexos III, IV e V desta lei, respectivamente.
Parágrafo único. O Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, a que se
refere o “caput” deste artigo, será gerido exclusivamente pelo Iprem.
Art. 88. Os cargos do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, de
provimento efetivo ou em comissão conforme a natureza, o grau de complexidade e o
nível de responsabilidade das atribuições, integram os seguintes Grupos Ocupacionais:
I - Grupo 1 – Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de natureza administrativa
técnica ou técnico-científica, cujo provimento exige a formação de nível superior e
respectiva aprovação em concurso público;
II - Grupo 2 – Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, de natureza de suporte e
apoio técnico e operacional, cujo provimento exige a formação de nível médio e
respectiva aprovação em concurso público;
III - Grupo 3 – Cargos de Direção e Assessoramento – CDA, de natureza de gestão,
de provimento em comissão na forma do Anexo V desta lei, exige nomeação pela
autoridade competente e comportam substituição.
Art. 89. Os cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de Técnico de Gestão
Previdenciária – TGP, do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP são
de provimento efetivo e não comportam substituição.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 158
CI 5133 150
CAPÍTULO II – DAS CARREIRAS, DAS COMPETÊNCIAS E DA FORMA DE
REMUNERAÇÃO
Seção I – Das Carreiras de Analista de Gestão Previdenciária e de Técnico de Gestão
Previdenciária
Art. 90. Ficam criadas as carreiras de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de
Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, nos termos do disposto nos Anexos III e IV
desta lei, constituídas de 3 (três) Níveis, identificados pelos algarismos romanos I, II e
III, contando, cada um deles, com Categorias, na seguinte conformidade:
I - para os Analistas de Gestão Previdenciária – AGP:
a) Nível I: 6 (seis) Categorias;
b) Nível II: 5 (cinco) Categorias;
c) Nível III: 4 (quatro) Categorias;
II - para os Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP:
a) Nível I: 6 (seis) Categorias;
b) Nível II: 5 (cinco) Categorias;
c) Nível III: 4 (quatro) Categorias.
Parágrafo único. Todos os cargos situam-se inicialmente na Categoria I do Nível I da
carreira e a ela retornam quando vagos.
Art. 91. Nível é o agrupamento de cargos de mesma denominação e Categorias diversas.
Art. 92. Categoria é o elemento indicativo da posição do servidor no respectivo Nível.
Seção II – Das Competências do Analista de Gestão Previdenciária – AGP e do
Técnico de Gestão Previdenciária – TGP
Art. 93. Aos Analistas de Gestão Previdenciária – AGP compete:
I - instruir, analisar, calcular, revisar, cadastrar e acompanhar processos
previdenciários de concessão, pagamento, manutenção, revisão e extinção de
benefícios previdenciários;
II - planejar, implantar, avaliar, atender, orientar e capacitar sobre as ações voltadas
ao atendimento, orientação e informação aos segurados ativos, inativos e
pensionistas do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 159
CI 5133 151
III - propor, implantar, executar e avaliar políticas públicas e ações voltadas para o
aprimoramento e sustentabilidade financeira e atuarial do Regime Próprio de
Previdência Social – RPPS;
IV - desenvolver, implantar, executar e avaliar sistemas, processos e métodos de
gestão nas áreas de atendimento ao público, concessão e auditoria de benefícios
previdenciários, administração de materiais e compras, informação e tecnologia da
informação, gestão de pessoas, desenvolvimento organizacional, patrimônio e
afins, no âmbito do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS;
V - formular, implantar, executar e avaliar as atividades especializadas de alta
complexidade de planejamento, orçamento, finanças, controles internos,
contabilidade, auditoria, gestão, assistência técnica, administração e logística,
relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS, fazendo uso de equipamentos e recursos
disponíveis para a sua consecução;
VI - desenvolver, acompanhar, executar e avaliar a execução do orçamento do
Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, bem como a elaboração de sua
programação financeira, gerenciamento dos ativos e passivos, gestão de riscos e
exercício do controle de suas contas bancárias, administração de seus haveres
financeiros e mobiliários, gestão patrimonial e outras atividades autorizadas pela
legislação;
VII - executar, sob supervisão, as tarefas de natureza acessória e complementar, em
apoio às atividades de consultoria e assessoramento, bem como de
acompanhamento e operacionalização dos expedientes relacionados com o
atendimento a determinações judiciais e requisições de órgãos e entidades de
fiscalização;
VIII - atuar de forma integrada com órgãos e entidades dos Poderes do Município
e demais esferas de governo, em assuntos relacionados ao Regime Próprio de
Previdência Social – RPPS, bem como na promoção da transparência e gestão fiscal
responsável;
IX - realizar a capacitação e aperfeiçoamento dos servidores que atuam na área
previdenciária do Iprem, da Administração Direta e Indireta, do Tribunal de Contas
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 160
CI 5133 152
do Município de São Paulo – TCMSP e da Câmara Municipal de São Paulo –
CMSP;
X - desenvolver outras atividades afins que lhe forem designadas pelos seus
superiores.
Art. 94. Compete aos Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP:
I - atender, orientar e informar os segurados, beneficiários, dependentes e munícipes
de acordo com as diretrizes institucionais;
II - recepcionar, conferir e direcionar documentos para as áreas competentes;
III - exercer atividades internas e externas de suporte técnico e operacional
relacionadas à gestão de benefícios previdenciários, recursos humanos,
administração de bens de consumo e permanente, informática, contabilidade,
administração patrimonial, financeira e orçamentária, bem como outras atividades
relacionadas com a autarquia;
IV - desenvolver outras atividades afins que lhe forem designadas pelos seus
superiores.
Seção III – Da Forma de Remuneração
Art. 95. Os cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de Técnico de Gestão
Previdenciária – TGP e os Cargos de Direção e Assessoramento – CDA terão a
remuneração composta por uma parte fixa e outra variável.
I - parte fixa: compreende o valor do salário-base de acordo com a referência
conforme o Anexo VI desta lei;
II - parte variável: compreende o valor do Prêmio pelo alcance das metas da
Avaliação de Desempenho Institucional e Individual das Atividades
Previdenciárias – Adiap, conforme tabelas “A”, “B”, “C” e “D” do Anexo VII desta
lei.
Art. 96. O salário base previsto para os Analistas de Gestão Previdenciária – AGP,
Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP e para Cargos de Direção e Assessoramento –
CDA serão reajustados na mesma data e no mesmo percentual dos reajustes de
vencimentos dos servidores municipais da Administração Direta, na forma da legislação
vigente.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 161
CI 5133 153
CAPÍTULO III – DO INGRESSO NAS CARREIRAS DE AGP E TGP
Art. 97. O ingresso nas carreiras de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de
Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, do Quadro dos Profissionais de Gestão
Previdenciária – QPGP, observadas as exigências estabelecidas nos Anexos III e IV desta
lei, dar-se-á na Categoria 1 do Nível I, mediante concurso público de provas ou de provas
e títulos.
§ 1° Será exigida comprovação de escolaridade de nível superior para os cargos de
Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de nível médio para os cargos de Técnico em
Gestão Previdenciária – TGP. §
2° O concurso público para provimento dos cargos de Analista de Gestão Previdenciária
– AGP poderá ser realizado por áreas de especialização, na forma estabelecida no
respectivo edital de abertura do certame, de acordo com as necessidades do Iprem.
§ 3° Poderão ser realizados cursos de formação como etapa classificatória e/ou
eliminatória dos concursos públicos para provimento dos cargos de Analista de Gestão
Previdenciária – AGP e de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP.
CAPÍTULO IV – DO AFASTAMENTO
Art. 98. O AGT e TGP poderão ser afastados do exercício do respectivo cargo, com ou
sem prejuízo de vencimentos, na forma de regulamentação própria.
Art. 99. O afastamento previsto no § 1° do artigo 45 da Lei n° 8.989, de 29 de outubro
de 1979, concedido aos servidores das carreiras de Analista de Gestão Previdenciária –
AGP e de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, sem prejuízo da remuneração, não
poderá exceder a 3% (três por cento) dos cargos providos de cada carreira.
§ 1º O afastamento previsto no “caput” deste artigo somente será admitido:
I - para o exercício dos cargos em comissão equivalentes aos cargos em comissão
do Nível de Direção Superior previstos na Lei nº 15.509, de 15 de dezembro de
2011;
II - para o exercício de cargo de Ministro, Secretário de Estado, Secretário
Municipal, Superintendente de Empresa Pública, Autarquia, Fundação ou
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Sociedade de Economia Mista ou equivalentes da União, dos Estados e de outros
Municípios.
§ 2° Fica cessado automaticamente o afastamento ou cessão dos Analistas de Gestão
Previdenciária – AGP e dos Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP quando exonerados
de cargo ou função em comissão em outro órgão ou entidade, inclusive do município de
São Paulo.
§ 3º Caso a cessão ocorra com prejuízo da remuneração, a remuneração pelo exercício de
cargo ou função em outros Órgãos ou entidades observará a legislação da entidade
cessionária.
§ 4º A concessão de afastamento na forma deste artigo, quando no exercício de cargo em
comissão no Iprem, implicará na imediata exoneração desse cargo.
CAPÍTULO V – DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 100. O estágio probatório a que se refere o § 4º do artigo 41 da Constituição Federal,
para os ocupantes dos cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de Técnico
de Gestão Previdenciária – TGP, observará o regulamento em vigor para os servidores
municipais.
Art. 101. Para os fins de Estágio Probatório de que trata o “caput” deste artigo,
consideram-se de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - luto, pelo falecimento de cônjuge, companheiro, pais, irmãos e filhos, inclusive
natimorto, até 8 (oito) dias;
IV - luto, pelo falecimento de padrasto, madrasta, avós, sogros e cunhados, até 2
(dois) dias;
V - faltas abonadas nos termos do parágrafo único do artigo 92 da Lei nº 8.989, de
29 de outubro de 1979;
VI - exercício de cargos de provimento em comissão na Administração Direta,
Autárquica ou Fundacional da Prefeitura do Município de São Paulo, cuja natureza
das atividades esteja relacionada com as atribuições próprias do cargo efetivo
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titularizado pelo Analista de Gestão Previdenciária - AGP ou Técnico de Gestão
Previdenciária – TGP;
VII - participação em cursos ou seminários relacionados com as atribuições próprias
do cargo efetivo titularizado pelo servidor, a critério do Diretor Presidente do
Instituto de Previdência Municipal de São Paulo; VIII - Licença à gestante, licença-
paternidade e a licença-adoção ou guarda, nos termos da Lei nº 16.396, de 25 de
fevereiro de 2016.
Parágrafo único. Na hipótese de outros afastamentos não previstos neste artigo, ainda
que considerados de efetivo exercício, ocorrerá a suspensão da contagem do período de
efetivo exercício para fins de estágio probatório, que será retomada ao término do
afastamento, quando o servidor reassumir as atribuições do cargo efetivo.
Art. 102. Fica permitida a ocupação dos cargos em comissão CDA do QPGP, de que trata
esta lei, pelos titulares efetivos dos cargos de AGP e TGP, durante o período de estágio
probatório, considerando a compatibilidade entre a natureza das atividades de ambos.
CAPÍTULO VI – DO DESENVOLVIMENTO NAS CARREIRAS DE AGP E TGP
Art. 103. O desenvolvimento na carreira do servidor efetivo integrante do Quadro dos
Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP dar-se-á por meio da progressão funcional
e da promoção.
Art. 104. Progressão Funcional é a passagem do servidor efetivo integrante do Quadro
dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP da Categoria em que se encontra para
a Categoria imediatamente superior, dentro do mesmo Nível da respectiva carreira, em
razão da apuração do tempo de efetivo exercício na categoria e resultado da avaliação de
desempenho prevista nesta lei, nos moldes estabelecidos nos Anexos III e IV.
Parágrafo único. Para fins de progressão funcional, o servidor efetivo integrante do
Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP deverá contar com tempo
mínimo de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício em cada Categoria, exceto quando se
tratar de progressão para a Categoria 2 do Nível I, que se dará automaticamente, após a
confirmação do estágio probatório.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 164
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Art. 105. Promoção é a passagem do servidor efetivo integrante do Quadro dos
Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, na respectiva Carreira, da última
categoria de um Nível para a primeira Categoria do Nível imediatamente superior, em
razão do tempo mínimo de 18 (dezoito) meses exigidos na Categoria e do resultado das
avaliações de desempenho prevista nesta lei, associado à apresentação de títulos,
certificados de cursos e atividades, nos moldes estabelecidos nos Anexos III e IV.
Art. 106. Os critérios e procedimentos para a Progressão Funcional e a Promoção serão
regulamentados por decreto.
Art. 107. Serão considerados de efetivo exercício, para fins de Progressão Funcional e
Promoção, os afastamentos do serviço a que se refere o artigo 64 da Lei nº 8.989, de 29
de outubro de 1979, bem como, os concedidos em razão de licença-adoção, licença-
paternidade, exercício de mandato de dirigente sindical e outros afastamentos assim
considerados na forma da legislação específica.
CAPÍTULO VII – DAS VEDAÇÕES RELATIVAS AO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL
Art. 108. Além das vedações inerentes à sua qualidade de servidor público municipal, é
vedado ao Analista de Gestão Previdenciária – AGP e ao Técnico de Gestão
Previdenciária – TGP exercer, mesmo que em gozo de licença ou afastamento, com ou
sem prejuízo de vencimentos, atividade remunerada potencialmente causadora de conflito
de interesses com a administração pública e o regime previdenciário brasileiro,
ressalvadas as seguintes exceções:
I - o exercício do magistério, assim consideradas as atividades de docência,
coordenação e assessoramento educacionais em estabelecimento de ensino ou em
instituição dedicada ao aperfeiçoamento profissional;
II - a participação em conselhos curadores, de administração ou fiscais, com ou sem
remuneração, de fundações e autarquias do Município de São Paulo, das empresas
públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem
como de quaisquer empresas em que o Município de São Paulo, direta ou
indiretamente, detenha participação no capital social.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 165
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Parágrafo único. O descumprimento do disposto no “caput” deste artigo sujeitará o
servidor às penalidades previstas na Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979, nos termos
da legislação em vigor.
CAPÍTULO VIII – DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO INDIVIDUAL E
INSTITUCIONAL DAS ATIVIDADES PREVIDENCIÁRIAS – ADIAP E DO
PRÊMIO PELO ALCANCE DE METAS
Art. 109. Fica instituída no âmbito do Iprem, de forma obrigatória e perene, a Avaliação
de Desempenho Individual e Institucional das Atividades Previdenciárias – Adiap do
Município de São Paulo.
§ 1° A Adiap se compõe da dimensão individual que visa a aferir o desempenho de cada
servidor no exercício das atribuições do cargo ou função; e da institucional que visa a
aferir o alcance das metas organizacionais, considerando a missão e os objetivos do
Iprem, observadas as seguintes condições:
I - será realizada por ciclos de avaliação com periodicidade previamente definida
em regulamento, considerando os registros mensais de acompanhamento das ações
e atividades planejadas e realizadas; e
II - será utilizada como instrumento de gestão, com a identificação de aspectos do
desempenho que possam ser melhorados por meio de oportunidades de capacitação
e aperfeiçoamento profissional e de gestão e crescimento nas carreiras.
§ 2° As metas referentes à avaliação de desempenho institucional serão fixadas em ato da
Diretoria Executiva utilizando-se como parâmetros indicadores que visam a aferir a
qualidade dos serviços relacionados às atividades do RPPS, podendo ser revistas, a
qualquer tempo, ante a superveniência de fatores que venham a exercer influência
significativa e direta na sua consecução.
§ 3° Para efeito de aferição a pontuação do mérito a Adiap será contabilizada com limite
máximo de 100 (cem) pontos, assim distribuídos:
I - até 20 (vinte) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na
avaliação de desempenho individual;
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 166
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II - até 80 (oitenta) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na
avaliação de desempenho institucional.
§ 4° Os parâmetros, tempo de duração dos ciclos e os critérios e procedimentos
específicos da Adiap serão estabelecidos em regulamento especifico
§ 5° Todos os servidores do Iprem serão avaliados na Adiap, ficando desobrigados de
participar de qualquer outra avaliação de âmbito municipal, exceto a avaliação especial
para fins de estágio probatório.
Art. 110. Fica instituído o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap, calculado
mensalmente e pago anualmente, no mês de maio, aos servidores do Quadro dos
Profissionais da Gestão Previdenciária – QPGP, e aos ocupantes do cargo ou função de
Assistente de Gestão de Políticas Públicas – AGPP em efetivo exercício no Iprem.
§ 1° O Prêmio pelo Alcance das Metas da Adiap será pago observando o limite máximo
de 100 (cem) pontos, correspondendo cada ponto, em suas respectivas carreiras, ao valor
estabelecido no Anexo VII desta lei, produzindo efeitos financeiros a partir data de
promulgação desta lei, desde que cumpridas normas e disposições exigidas.
§ 2° Os valores a serem pagos a título de Prêmio pelo Alcance das Metas da Adiap serão
calculados multiplicando-se o somatório dos pontos aferidos nas avaliações de
desempenho individual e institucional pelo valor do ponto constante do Anexo VII desta
lei, conforme cargo ocupado, posição na carreira e lotação no atendimento.
§ 3° Os profissionais ocupantes do cargo de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP e
Assistente de Gestão de Políticas Públicas – AGPP que realizam atendimento direto aos
segurados e dependentes terão tabelas de pontuação específica, conforme Tabelas “C” e
“F” do Anexo VI desta lei.
§ 4° O resultado do ciclo de avaliação gera efeitos financeiros a partir do início do
próximo ciclo de avaliação.
§ 5° O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap será pago mediante comprovada
mensuração de resultados, feita por sistema auditável, informatizado e transparente,
proporcionalmente ao alcance de metas individuais e institucionais, previamente
publicado por ato do Diretor Presidente.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 167
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§ 6° Até que seja regulamentado o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap referido no
“caput” deste artigo, e processados os resultados da primeira avaliação individual e
institucional, os servidores perceberão o prêmio em valor correspondente a 60% (sessenta
por cento) da pontuação máxima do desempenho institucional.
§ 7° A partir da implantação das avaliações que considerem as condições específicas de
exercício profissional, o prêmio será calculado e pago aos servidores multiplicando-se o
somatório dos pontos aferidos nas avaliações de desempenho individual e institucional
pelo valor do ponto constante do Anexo VII desta lei, conforme cargo ocupado, posição
na carreira e lotação no atendimento.
§ 8° Os titulares dos cargos de provimento efetivo, quando investidos em cargo em
comissão farão jus ao prêmio correspondente ao cargo ou função investido.
§ 9° Ocorrendo exoneração do cargo em comissão, a última pontuação da Adiap será
aplicada sobre a tabela do seu cargo base, até que seja processada a próxima avaliação.
§ 10. Até que seja processada a primeira avaliação de desempenho individual que venha
a surtir efeito financeiro, o servidor recém empossado que tenha retornado de licença sem
vencimento ou de cessão ou de outros afastamentos no decurso do ciclo de avaliação
receberá o prêmio no valor correspondente ao do desempenho institucional.
§ 11. Não farão jus ao Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap os servidores quando:
I - cedidos para outros órgãos ou entidades do próprio Município ou de outras
esferas de governo;
II - afastados do serviço público;
III - estiverem em gozo de licença ou afastamento de qualquer natureza por período
superior a 90 (noventa) dias, exceto licença maternidade e adoção;
IV - remunerados pelo regime de subsídio.
§ 12. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap não poderá ser pago cumulativamente
com qualquer outra gratificação de mesma natureza, independentemente da sua
denominação ou base de cálculo.
§ 13. Incidirá contribuição previdenciária ao RPPS sobre o valor pago a título do Prêmio
pelo Alcance de Metas da Adiap. § 14. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap em
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 168
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hipótese alguma se tornará permanente ou se incorporará à remuneração, aposentadoria
ou pensões, exceto para as aposentadorias nos termos da EC 41/2003 – regra permanente,
com cálculo pela média. § 15. Os critérios e procedimentos específicos de avaliação de
desempenho individual e institucional e de atribuição do Prêmio pelo Alcance de Metas
da Adiap referido no “caput” deste artigo serão estabelecidos por regulamento específico.
Art. 111. Os servidores da Administração Direta ou de outros órgãos ou entidades quando
afastados para o Iprem poderão receber o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap,
respeitadas as regras e compatibilidades estabelecidas nesta lei.
§ 1º O servidor de que trata o “caput” deste artigo participará da Avaliação de
Desempenho Individual e Institucional das Atividades Previdenciárias – Adiap.
§ 2º Nas situações em que o servidor de que trata este artigo receba qualquer verba por
desempenho e ou produtividade na origem, caberá a ele a opção entre ela e o Prêmio pelo
Alcance de Metas da Adiap.
§ 3º A opção de que trata o § 2º deverá ser comunicada ao órgão de origem do servidor.
Art. 112. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap previsto nesta lei poderá ser
concedido aos servidores que realizam atividades previdenciárias das unidades de
recursos humanos da Administração Municipal, mediante certificação e critérios a serem
estabelecidos em regulamento.
CAPÍTULO IX – DOS CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO DO
QPGP
Art. 113. Os servidores municipais efetivos quando nomeados para Cargo de Direção e
Assessoramento – CDA do Iprem receberão, além da remuneração prevista para o cargo
efetivo que titularizam, o acréscimo previsto na Tabela C do Anexo VI desta lei.
§ 1° No caso de nomeação ou designação de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e
o Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, para cargos em comissão de direção superior
previstos nas Leis nº 15.401, de 06 de julho de 2011 e n° 15.509, de 15 de dezembro de
2011, e alterações posteriores, aplicar-se-á a forma de remuneração nelas instituídas.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 169
CI 5133 161
§ 2° No caso previsto no parágrafo anterior, o servidor permanecerá vinculado ao Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS do Município de São Paulo, incidindo sua
contribuição previdenciária exclusivamente sobre o valor de seu cargo base.
§ 3º O acréscimo relativo ao exercício de cargo de provimento em comissão poderá ser
incluído na base de contribuição previdenciária, por opção expressa do servidor, nos
termos nos termos dos §§ 2º e 4º, do artigo 1º da Lei nº 13.973, de 12 de maio de 2005.
Art. 114. A remuneração pelo exercício de cargo em Comissão de Direção e
Assessoramento – CDA não se incorporará à remuneração do servidor efetivo e nem se
tornará permanente, para quaisquer efeitos.
CAPÍTULO X – DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 115. Os ocupantes dos cargos de Analistas de Gestão Previdenciária – AGP, de
Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP e dos Cargos de Direção e Assessoramento –
CDA ficam sujeitos à jornada normal de 40 (quarenta) horas de trabalho semanais – J-40.
TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DOS ATUAIS QUADROS DE
CARGOS E SERVIDORES DA AUTARQUIA
Art. 116. Os cargos e funções atualmente providos dos quadros do Iprem e seus
respectivos ocupantes e os cargos que vierem a ser providos em razão de concurso em
validade na data da edição desta lei, ficam transferidos para os quadros análogos da
Administração Direta da Prefeitura de São Paulo, conforme Anexo VIII desta lei,
mantidas as posições atuais nas carreiras, sem prejuízo das remunerações, das vantagens
e dos demais direitos desses servidores.
§ 1º A partir da promulgação desta lei os ocupantes dos cargos e funções de que trata o
“caput” deste artigo ficam lotados na Secretaria Municipal de Gestão – SMG, podendo
ser afastados, com ou sem prejuízo de vencimentos ou subsídio, direitos e demais
vantagens do cargo titularizado, para o Instituto de Previdência do Município de São
Paulo – Iprem, na forma prevista nos §§ 1º e 2º do artigo 45 da Lei n° 8.989/79.
§ 2º Será constituída comissão, por ato conjunto do Iprem e SMG, para operacionalização
da transferência e do afastamento de que trata este artigo.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 170
CI 5133 162
§ 3º Aos servidores efetivos transferidos na forma desta lei fica assegurada a continuidade
de crescimento nas respectivas carreiras, nos moldes do regulamento do respectivo
quadro da Administração Direta, sem interrupção nas contagens de tempo para esse fim,
bem como outros benefícios já adquiridos.
§ 4° O tempo de serviço prestado ao Instituto de Previdência Municipal de São Paulo –
Iprem pelos servidores de que trata este artigo será considerado, na nova situação, para
todos os efeitos legais.
§ 5º A partir da edição desta lei, os aposentados em cargos ou funções do quadro atual do
Iprem terão suas situações revistas nas mesmas datas e bases legais em que forem
reajustadas ou modificadas as situações dos aposentados da Administração Direta,
observada a garantia constitucional da paridade, quando for o caso.
§ 6º Aplica-se o disposto no parágrafo 6º deste artigo às pensões e legados quando
derivadas de titulares de cargos ou ocupantes de funções de que trata o “caput” deste
artigo, observada a garantia constitucional da paridade, quando for o caso.
Art. 117. Em decorrência da transferência prevista nesta lei, ficam extintos dos quadros
do Iprem os cargos de provimento efetivo que se encontrem vagos na data da publicação
desta lei.
Art. 118. Os servidores da Administração Direta ou de outros órgãos ou entidades,
afastados para o Iprem, quando no exercício de Cargo de Direção e Assessoramento -
CDA, serão remunerados na forma da Tabela C do Anexo VI desta lei. Parágrafo único.
Na hipótese prevista no “caput” o acréscimo recebido em razão da ocupação dos cargos
de direção e assessoramento – CDA do Quadro dos Profissionais de Gestão
Previdenciária – QPGP do Iprem, não se incorporará à remuneração do servidor e nem se
tornará permanente para qualquer fim.
Art. 119. Ficam extintos todos os cargos e funções de provimento em comissão da atual
estrutura organizacional do Iprem. Parágrafo único. Ficam mantidos os cargos de
Superintendente e Chefe de Gabinete do Iprem, que permanecem regidos pela Lei
n° 15.509, de 15 de dezembro de 2011, e legislação subsequente, com alteração da
denominação do cargo de Superintendente para Diretor Presidente.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 171
CI 5133 163
TÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 120. Excepcionalmente, os cargos de Gerente, Ouvidor, Assessor IV, Supervisor e
Coordenador, constantes do Anexo V desta lei, poderão ser providos por profissionais
com curso de nível superior e comprovada experiência na área de atuação, por até 4
(quatro) anos a contar da data da publicação desta lei.
Art. 121. Ficam mantidos os mandatos dos atuais membros do Conselho Deliberativo e
do Conselho Fiscal.
TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 122. A concessão de afastamento de servidores municipais, sem prejuízo de
vencimentos, nos termos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 45 da Lei nº 8.989, de 29 de
outubro de 1979, ao Iprem, será feita com ressarcimento ao órgão ou entidade de origem.
Art. 123. Os processos administrativos disciplinares de que trata a Lei nº 8.989, de 29 de
outubro de 1979, relativos aos servidores lotados ou cedidos ao Iprem, após apuração em
relatório preliminar ou sindicância serão remetidos ao Departamento de Procedimentos
Disciplinares – Proced, da Procuradoria Geral do Município – PGM, para abertura do
procedimento disciplinar cabível.
Art. 124. Considerando o disposto no artigo 6º da Lei nº 13.973 de 12 de maio de 2005 e
o decurso do prazo ali estabelecido e suas prorrogações, ficam convalidados os atos
praticados pelos Órgãos e Entidades do município, referentes à operacionalização do
processamento de dados e pagamento de aposentadorias devidas pelo Município, a partir
do término do prazo previsto no artigo 3° da Lei n° 15.391, de 6 de julho de 2011, e até a
data de promulgação desta lei.
Art. 125. As titularidades dos imóveis adjudicados pelo Iprem relativos aos
financiamentos imobiliários poderão ser transferidas para a PMSP, atendido ao interesse
público e mediante prévia avaliação pela área competente. Parágrafo único. Ficam o
Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem e a Prefeitura do Município de
São Paulo, autorizados a compensarem os valores referentes aos imóveis com os repasses
financeiros do Município de São Paulo ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 172
CI 5133 164
para cobertura de insuficiências financeiras, nos termos da Lei nº 13.973, de 12 de maio
de 2005.
Art. 126. Até que se conclua o processo de transferência das atividades relacionadas à
concessão, manutenção e pagamento das aposentadorias ao Iprem, os Órgãos e Entidades
vinculados ao RPPS ficam incumbidos de assegurar o suporte necessário ao cumprimento
das atribuições conferidas à Entidade Gestora Única de previdência do Município de São
Paulo. Parágrafo único. O processo de transferência de que trata o “caput” será definido
em regulamento.
Art. 127. A contribuição de que trata a Lei n° 13.973 de 12 de maio de 2005, fica mantida,
inclusive proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do
recolhimento das contribuições a que se refere presente lei.
Art. 128. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros
referentes às disposições de que tratam os artigos 5º, 6º e 24 após o decurso de 90
(noventa) dias.
Art. 129. Fica o Poder Executivo autorizado, em caráter excepcional, a abrir crédito
adicional especial no valor de até R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais), para
implementação do RPC. Parágrafo único. As despesas administrativas decorrentes do
disposto no artigo 47 desta lei serão custeadas por recursos previstos no “caput” deste
artigo.
Art. 130. As despesas decorrentes desta lei, exceto aquela prevista no artigo 130, correrão
por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 131. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogado o Decreto
nº 19.308, de 30 de novembro de 1983, o Decreto nº 21.848, de 6 de janeiro de 1986, o
Decreto nº 21.921, de 13 de fevereiro de 1986, o Decreto nº 44.446, de 3 de março de
2004 e a Lei nº 13.254, de 27 de dezembro de 2001.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 173
CI 5133 165
Anexo l integrante da Lei nº
Glossário de conceitos relacionados aos temas abordados nesta Lei.
ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI
I Assistido O participante ou o seu beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada.
II Ativo do Plano Somatório de todos os bens e direitos vinculados ao plano.
III Benefício Diferido
Instituto que faculta ao participante, em razão da cessação do seu vínculo empregatício com o patrocinador, ou
associativo com o instituidor, antes da aquisição do direito a benefício pleno programado, a interrupção de suas
contribuições para o custeio de benefícios previdenciários, optar por receber, em tempo futuro, um benefício
programado, quando do preenchimento dos requisitos regulamentares. Nessa hipótese o participante, classificado
como remido, deixa de contribuir para o plano arcando exclusivamente com o pagamento do custeio administrativo
até a data do recebimento do benefício.
IV Benefício Previdenciário Toda e qualquer prestação assegurada pelo plano de benefícios aos seus participantes e respectivos beneficiários,
na forma e condições estabelecidas no regulamento.
V Benefício Previdenciário de Risco Benefício de caráter previdenciário cuja concessão depende da ocorrência de eventos não previsíveis, como morte,
invalidez, doença e reclusão.
VI Benefício Programado
Benefício de caráter previdenciário cuja concessão decorre de eventos previsíveis, previamente planejados pelo
beneficiário, desde que estejam atendidos os requisitos previstos em Lei ou regulamento, e cujo pagamento é
realizado periodicamente.
VII Cargo Efetivo
O conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades específicas definidas na Lei nº 8.989, de 29 de outubro de
1979 e legislação subsequente, cometidas a um servidor aprovado por meio de concurso público de provas ou de
provas e títulos.
VIII Carreira A sucessão de cargos efetivos, estruturados em categorias e níveis segundo sua natureza, complexidade e o grau
de responsabilidade, conforme Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979 e legislação subsequente.
IX Compensação Previdenciária - Comprev
Compensação financeira entre regimes previdenciários e o RPPS gerido pelo Iprem, para os casos de contagem
recíproca de tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria e pensão, nos termos da Lei Federal nº 9.796, de
05 de maio de 1999, envolvendo o Regime Instituidor e o Regime de Origem.
X Conhecimento Previdenciário
Conjunto de informações e regras de negócios compilados a partir de normas legais, experiências práticas e
aprendizado técnico sobre previdência social e a previdência do servidor municipal, além de ações estratégicas que
valorizem a gestão, organização e institucionalização da produção, indexação, mapeamento, sistematização,
socialização e compartilhamento do conhecimento e do fazer previdenciário, inclusive dos normativos e dos
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 174
CI 5133 166
ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI
processos de trabalho. É recurso essencial ao trabalho de profissionais que laborem nas áreas de gestão de pessoas
e previdência, bem como ao exercício da cidadania.
XI Contribuição Previdenciária
Os valores vertidos ao plano de benefícios previdenciários complementares pelos participantes ativos e pelo
patrocinador, com o objetivo de constituir as reservas técnicas que garantam os benefícios contratados e custear
despesas administrativas do mencionado plano de benefícios.
XII Convênio de Adesão
A formalização da condição de patrocinador de um plano de benefício dar-se-á mediante convenio de adesão a ser
celebrado entre o patrocinador e a entidade fechada de previdência complementar, em relação a cada plano de
benefícios por esta administrada e executada, mediante prévia autorização do órgão regulador e fiscalizador,
constando direitos, deveres e obrigações entre as partes.
XIII Custo Atuarial de Transição
É o custo gerado em decorrência de alterações nos regimes previdenciários. Mesmo que as proposições sejam
favoráveis e equacione o modelo no longo prazo, pode haver o aumento do custo total para o Município em
determinados períodos, seja por características financeiras e atuariais, seja por necessidades de investimentos em
infraestrutura e desenvolvimento institucional para assunção do modelo proposto. Para se obter o Custo de
Transição, projeta-se o modelo atualmente vigente no longo prazo. Depois se projeta o modelo proposto no mesmo
período e estima-se os investimentos necessários em infraestrutura e desenvolvimento institucional para assunção
do respectivo modelo.
XIV Data da Vigência do RPC Define a data da publicação da aprovação do regulamento de seu Plano de Benefícios pela autoridade reguladora
competente e sua disponibilização para adesão de segurados.
XV Entidade Gestora Única
O Iprem, autarquia especial integrante da estrutura da Administração Pública Municipal, passou a ser o único órgão
gestor das aposentadorias e pensões, responsável pelo processamento dos dados, concessão e pelo pagamento
desses benefícios aos servidores ativos e inativos e dependentes, a partir da Lei nº 13.973, de 12 de maio de 2005.
XVI Equilíbrio Atuarial A garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas,
apuradas atuarialmente no longo prazo.
XVII Equilíbrio Financeiro A garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro.
XVIII Estatuto Disciplinamento da constituição e funcionamento da entidade fechada de previdência complementar.
XIX Fundo Financeiro- FINAN Fundo destinado a administrar e prover recursos para pagamento de Benefícios Previdenciários de segurados
integrantes do Plano Financeiro. Trata-se de fundo de natureza contábil, mas não orçamentária.
XX Fundo Previdenciário - Funprev Fundo destinado a prover recursos para o pagamento de Benefícios Previdenciários aos Segurados integrantes do
Plano Previdenciários. Trata-se de fundo de natureza contábil, mas não orçamentária.
XXI Índice de Cobertura Relação entre o Ativo Real Líquido e a Reserva Matemática Previdenciária calculada pelo Método do Crédito
Unitário Projetado.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 175
CI 5133 167
ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI
XXII Órgãos e Entidades
Define o Município de São Paulo, com suas Autarquias e Fundações, a Câmara Municipal de São Paulo e o Tribunal
de Contas do Município, todos vinculados ao Regime de Próprio de Previdência Social - RPPS da cidade de São
Paulo.
XXIII Participante Ativo A pessoa física, assim definida na forma do artigo 1º desta lei, que aderir a plano de benefícios previdenciários
complementares administrado pela entidade a que se refere o artigo 5º desta lei.
XXIV Patrocinador O Município, suas autarquias, fundações, Câmara Municipal e Tribunal de Constas da cidade de São Paulo.
XXV Plano de Benefícios
Conjunto de direitos e obrigações reunidos em um regulamento com o objetivo de pagar benefícios previdenciais
a seus participantes e beneficiários, mediante a formação de poupança advinda das contribuições de patrocinadores
e participantes e da rentabilidade dos investimentos. Possui independência patrimonial, contábil e financeira.
XXVI Plano de Benefício Previdenciário
Complementar
Descritivo das obrigações e direitos derivados das regras do regulamento, definidoras do custeio e dos benefícios
de caráter previdenciário complementar, que possui patrimônio próprio e independência patrimonial, contábil e
financeira com relação aos demais planos de benefícios previdenciários complementares administrados pela
entidade fechada de previdência complementar (EFPC), inexistindo solidariedade entre os planos.
XXVII Plano de Custeio
Definição das fontes de recursos necessárias para o financiamento dos benefícios oferecidos pelo Plano de
Benefícios e taxa de administração, representadas pelas alíquotas de contribuições previdenciárias a serem pagas
pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas ao RPPS e aportes necessários ao
atingimento do equilíbrio financeiro e atuarial, com detalhamento do custo normal e suplementar.
XXVIII Política de Investimentos
Documento elaborado e aprovado no âmbito da EFPC, com observância da legislação e de acordo com os
compromissos atuariais do Plano de Benefícios, com o intuito de definir a estratégia de alocação dos Recursos
Garantidores do Plano no horizonte de no mínimo cinco anos, com revisões anuais.
XXIX Recursos Previdenciários
As contribuições do Ente e dos servidores ativos, inativos e pensionistas e quaisquer valores, bens, ativos e seus
rendimentos vinculados ao RPPS ou aos fundos integrados, com finalidade previdenciária, de que trata o artigo
249 da Constituição Federal e o artigo 6º da Lei Federal nº 9.717, de 27 de novembro 1998, inclusive a totalidade
dos créditos do ente instituidor, reconhecidos pelo regime de origem, relativos à compensação financeira
disciplinada na Lei Federal nº 9.796, de 5 de maio de 1999.
XXX Regime de Acumulação de Reservas
Caracteriza-se pela acumulação dos recursos advindos das contribuições dos participantes empregadores, além da
rentabilidade dos recursos investidos ao longo do tempo para constituição de reservas até a integralização do valor
necessário para garantir o compromisso total dos pagamentos dos benefícios.
XXXI Regime de Capitais de Cobertura
Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas pelo ente federativo, pelos
servidores ativos e inativos e pelos pensionistas, em um determinado exercício, sejam suficientes para a
constituição das reservas matemáticas dos benefícios iniciados por eventos que ocorram nesse mesmo exercício,
admitindo-se a constituição de fundo previdencial para oscilação de risco.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 176
CI 5133 168
ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI
XXXII Regime de Origem - RO O regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor público esteve vinculado sem que dele receba
aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus dependentes
XXXIII Regime Financeiro Método de financiamento do plano de benefícios.
XXXIV Regime Financeiro de Capitalização
Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas, pelos servidores ativos e inativos
e pelos pensionistas, pelo ente federativo, acrescidas ao patrimônio existente, às receitas por ele geradas e a outras
espécies de aportes, sejam suficientes para a formação dos recursos garantidores à cobertura dos compromissos
futuros do plano de benefícios e da taxa de administração.
XXXV Regime Financeiro de Repartição
Simples
Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas, pelos servidores ativos e inativos
e pelos pensionistas e pelo ente federativo em um determinado exercício, sejam suficientes para o pagamento dos
benefícios nesse exercício, sem o propósito de acumulação de recursos, admitindo-se a constituição de fundo
previdencial para oscilação de risco.
XXXVI Regime Instituidor - RI
O regime previdenciário responsável pela concessão e pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela
decorrente a segurado ou servidor público ou a seus dependentes com o cômputo de tempo de contribuição no
âmbito do regime de origem.
XXXVII Regime Próprio de Previdência Social -
RPPS
Regime Próprio de Previdência Social do Município de São Paulo, que assegura, na forma da legislação municipal,
aos servidores públicos ativos e inativos e dependentes, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por
morte, previstos no artigo 40 da Constituição Federal.
XXXVIII Regulamento do Plano
Instrumento legal contendo todas as regras de participação, direitos, deveres e obrigações de participantes ativos,
assistidos e beneficiários de plano de benefícios previdenciários, e da patrocinadora; institutos previdenciários; rol
de benefícios; elegibilidades e respectiva forma de concessão; dentre outros.
XXXIX Renda Corresponde ao benefício de renda mensal continuada paga ao assistido ou seu beneficiário, conforme regras
estabelecidas no regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares.
XL Segmentação de Massa A separação dos segurados vinculados ao RPPS em grupos distintos que integrarão o Plano Financeiro e o Plano
Previdenciário.
XLI Segurado Define servidores ativos, aposentados e pensionistas vinculados a Regime de Previdência.
XLII Taxa de Administração Recurso destinado ao custeio das despesas correntes e de capital necessário à organização e funcionamento da
Entidade Gestora Única do RPPS.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 177
CI 5133 169
Anexo Il integrante da Lei nº,
PLANO DE EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT FINANCEIRO E ATUARIAL DO
PLANO FINANCEIRO
ANO Alíquota suplementar dos servidores,
aposentados e pensionistas.
Alíquota suplementar do
Município (patronal)
2018 5,0% 49,22%
2019 5,0% 46,14%
2020 5,0% 44,12%
2021 5,0% 53,97%
2022 5,0% 59,29%
2023 5,0% 62,80%
2024 5,0% 66,56%
2025 5,0% 70,33%
2026 5,0% 74,06%
2027 5,0% 78,20%
2028 5,0% 82,38%
2029 5,0% 86,35%
2030 5,0% 90,56%
2031 5,0% 94,59%
2032 5,0% 98,46%
2033 5,0% 102,85%
2034 5,0% 107,29%
2035 5,0% 112,36%
2036 5,0% 118,40%
2037 5,0% 125,14%
2038 5,0% 133,06%
2039 5,0% 141,90%
2040 5,0% 150,13%
2041 5,0% 156,88%
2042 5,0% 162,14%
2043 5,0% 167,06%
2044 5,0% 171,72%
2045 5,0% 175,96%
2046 5,0% 179,94%
2047 5,0% 183,71%
2048 5,0% 187,31%
2049 5,0% 190,87%
2050 5,0% 194,17%
2051 5,0% 197,67%
2052 5,0% 201,21%
2053 5,0% 204,98%
2054 5,0% 209,21%
2055 5,0% 213,26%
2056 5,0% 217,55%
2057 5,0% 221,95%
2058 5,0% 226,94%
2059 5,0% 232,23%
2060 5,0% 237,82%
2061 5,0% 243,57%
2062 5,0% 249,35%
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 178
CI 5133 170
ANO Alíquota suplementar dos servidores,
aposentados e pensionistas.
Alíquota suplementar do
Município (patronal)
2063 5,0% 255,24%
2064 5,0% 261,10%
2065 5,0% 266,83%
2066 5,0% 272,31%
2067 5,0% 277,46%
2068 5,0% 282,19%
2069 5,0% 286,46%
2070 5,0% 290,26%
2071 5,0% 293,58%
2072 5,0% 296,47%
2073 5,0% 298,96%
2074 5,0% 301,13%
2075 5,0% 303,03%
2076 5,0% 304,75%
2077 5,0% 306,37%
2078 5,0% 308,00%
2079 5,0% 309,77%
2080 5,0% 311,83%
2081 5,0% 314,37%
2082 5,0% 317,66%
2083 5,0% 322,02%
2084 5,0% 327,85%
2085 5,0% 335,68%
2086 5,0% 346,13%
2087 5,0% 359,96%
2088 5,0% 378,10%
2089 5,0% 401,63%
2090 5,0% 431,81%
2091 5,0% 470,18%
2092 5,0% 518,30%
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 179
CI 5133 171
Anexo III integrante da Lei nº
Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP
Carreira de Analista de Gestão Previdenciária
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
100 Analista de Gestão
Previdenciária – Nível I Mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, exigido diploma de curso superior.
a) Categoria 1 AGP-1 Enquadramento exigida a habilitação específica nos termos desta lei.
b) Categoria 2 AGP-2 Enquadramento mediante progressão funcional após aprovação e homologação do estágio probatório.
c) Categoria 3 AGP-3
Enquadramento mediante progressão funcional nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 2, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
d) Categoria 4 AGP-4
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
e) Categoria 5 AGP-5
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 4, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
f) Categoria 6 AGP-6
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Analista de Gestão
Previdenciária – Nível II Mediante promoção, nos termos desta Lei.
a) Categoria 1 AGP-7
Enquadramento por promoção dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito)
meses de efetivo exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 180
CI 5133 172
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas
no interstício considerado para a promoção e título de curso de Graduação não apresentado para provimento do
cargo efetivo que titulariza, licenciatura, curso de pós graduação compreendendo programas de especialização, ou
extensão universitária, ou mestrado, ou doutorado, ou pós doutorado reconhecidos na forma da lei, ou créditos em
atividades técnico-científicas, ou em atividade de educação continuada realizadas ou referendadas pela Prefeitura
do Município de São Paulo, todas correlacionadas com a área de atuação, totalizando no mínimo 360 (trezentas e
sessenta) horas.
b) Categoria 2 AGP-8
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 1, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria. 4 Quantidade de Cargos Denominação do
Cargo Referência Forma de Provimento.
c) Categoria 3 AGP-9
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 2, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria.
d) Categoria 4 AGP-10
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
e) Categoria 5 AGP-11
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 4, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Analista de Gestão
Previdenciária – Nível III Mediante promoção, nos termos desta Lei.
a) Categoria 1 AGP-12
Enquadramento dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo
exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a média simples de,
no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas no interstício
considerado para a promoção e curso de graduação que não tenha sido apresentado para provimento do cargo
efetivo que titulariza, curso de pós graduação compreendendo programas de especialização com no mínimo 360
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 181
CI 5133 173
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
(trezentos e sessenta) horas ou mestrado ou doutorado, que não tenham sido apresentados para promoção,
correlacionados com a área de atuação.
b) Categoria 2 AGP-13
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 1, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria. 6 Quantidade de
Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento.
c) Categoria 3 AGP-14
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 2, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria.
d) Categoria 4 AGP-15
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 182
CI 5133 174
Anexo IV integrante da Lei nº
Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP
Carreira de Técnico de Gestão Previdenciária
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
75 Técnico de Gestão
Previdenciária – Nível I Mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, exigido diploma de conclusão de nível médio.
a) Categoria 1 TGP-1 Enquadramento exigida a habilitação específica, nos termos desta lei.
b) Categoria 2 TGP-2 Enquadramento mediante progressão funcional após aprovação e homologação do estágio probatório.
c) Categoria 3 TGP-3
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 2, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
d) Categoria 4 TGP-4
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
e) Categoria 5 TGP-5
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 4, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
f) Categoria 6 TGP-6
Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Técnico de Gestão
Previdenciária – Nível II Mediante promoção, nos termos desta lei.
a) Categoria 1 TGP-7
Enquadramento por promoção dentre titulares de cargos da Categoria 6, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito)
meses de efetivo exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a
média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 183
CI 5133 175
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
no interstício considerado para a promoção e apresentação de certificados de conclusão de cursos correlacionados
com a área de atuação, que não tenham sido requisito para provimento do cargo efetivo que titulariza, totalizando
a carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas.
b) Categoria 2 TGP-8
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 1, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
c) Categoria 3 TGP-9
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 2, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
d) Categoria 4 TGP-10
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
e) Categoria 5 TGP-11
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações
realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da Categoria 4, Nível
II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Técnico de Gestão
Previdenciária – Nível III Mediante promoção, nos termos desta lei.
a) Categoria 1 TGP-12
Enquadramento dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo
exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a média simples de,
no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas no interstício
considerado para a promoção e apresentação de certificados de conclusão de cursos correlacionados com a área de
atuação, que não tenha sido apresentado para provimento do cargo efetivo que titulariza, totalizando a carga horária
mínima de 360 (trezentos e sessenta horas) horas.
b) Categoria 2 TGP-13
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 1, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 184
CI 5133 176
Quantidade
de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento
c) Categoria 3 TGP-14
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações
realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da Categoria 2, Nível
III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
d) Categoria 4 TGP-15
Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho
individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação
das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da
Categoria 3, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 185
CI 5133 177
Anexo V integrante da Lei nº
Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem
Cargos de Direção e Assessoramento (provimento em comissão)
Denominação do Cargo/Lotação Referência Qde Forma de Provimento
DIRETOR CDA-1 4 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
portadores de curso de nível superior e comprovada
experiência profissional de no mínimo 5 anos nas áreas
de administração ou economia ou finanças ou
planejamento ou orçamento ou direito ou contabilidade
ou atuaria ou auditoria.
- Diretoria de Benefícios e Relacionamento
- Diretoria de Gestão Previdenciária
- Diretoria de Administração e Finanças
- Diretoria de Investimentos
Assessor I CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
portadores de curso de nível superior. Gabinete do Diretor Presidente
Chefe de Assessoria CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
integrantes da Carreira de Procurador do Município. Assessoria Jurídica do Gabinete do Diretor Presidente
Chefe de Assessoria CDA-2 3
Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
portadores de curso de nível superior.
Gabinete do Presidente
- Assessoria de Planejamento e Gestão
- Assessoria de Comunicação
Controlador Previdenciário CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
portadores de curso de nível superior. Controladoria Previdenciária
Gerente CDA-2 2
Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
servidores de curso de nível superior.
Diretoria dde Benefícios e Relacionamento
- Gerência de Benefícios
- Gerência de Relacionamento com segurados
Assessor II CDA-3 4
Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
portadores de curso de nível superior.
- Diretoria de Benefícios e Relacionamento
- Diretoria de Gestão Previdenciária
- Diretoria de Administração e Finanças
- Diretoria de Investimentos
Ouvidor CDA-3 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre
servidores municipais com curso de nível superior. Controladoria Previdenciária
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 186
CI 5133 178
Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem
Cargos de Direção e Assessoramento (provimento em comissão)
Denominação do Cargo/Lotação Referência Qde Forma de Provimento
Supervisor CDA-3 16
Livre provimento em comissão pelo
Prefeito, dentre servidores municipais
com curso de nível superior
Diretoria de Benefícios e Relacionamento
Gerência de Relacionamento com o Segurado
- Supervisão de Informações Cadastrais
- Supervisão de Atendimento
Gerência de Benefícios
- Supervisão de Análise e Concessão de Pensões
- Supervisão de Análise e Concessão de Aposentadorias
- Supervisão de Pagamento de Benefícios
- Supervisão de Compensação Previdenciária
Diretoria de Gestão Previdenciária
- Supervisão de Receitas e Contribuições
- Supervisão de Tecnologia da Informação
- Supervisão de Desenvolvimento Profissional e Gestão de Processos
Diretoria de Investimento
- Supervisão de Operação e Planejamento
- Supervisão de Controle e Registro
- Supervisão de Conformidade e Investimento
Diretoria de Administração e Finanças
- Supervisão Administrativa
- Supervisão de Compras e Licitações
- Supervisão de Contabilidade e Execução Orçamentária
- Supervisão de Pessoal
Assessor III CDA-4 7 Livre provimento em comissão pelo
Prefeito, dentre portadores de curso de
nível superior. Gabinete do Diretor Presidente
Assessor III CDA-4 7 Livre provimento em comissão pelo
Prefeito, dentre servidores municipais
com curso de nível superior. Gabinete do Diretor Presidente
Coordenador CDA-4 8 Livre provimento em comissão pelo
Prefeito, dentre servidores municipais
com curso de nível superior.
Diretoria de Benefícios e Relacionamento
Gerência de Relacionamento com o Segurado
- Supervisão de Atendimento (5)
Diretoria de Administração e Finanças
- Supervisão Administrativa (3)
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 187
CI 5133 179
Anexo VI integrante da Lei nº
Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP
Salário base
Tabela A: Analista de Gestão Previdenciária – AGP
Nível Referência Valor do Salário
Nível I
AGP - 1 R$ 6.274,00
AGP - 2 R$ 6.930,36
AGP - 3 R$ 7.360,60
AGP - 4 R$ 7.808,08
AGP - 5 R$ 8.272,82
AGP - 6 R$ 8.757,94
Nível II
AGP - 7 R$ 9.505,33
AGP - 8 R$ 9.980,74
AGP - 9 R$ 10.472,78
AGP - 10 R$ 10.982,27
AGP - 11 R$ 11.510,09
Nível III
AGP - 12 R$ 12.460,19
AGP - 13 R$ 13.003,21
AGP - 14 R$ 13.564,22
AGP - 15 R$ 14.144,05
Tabela B: Técnico de Gestão Previdenciária – AGP
Nível Referência Valor do Salário
Nível I
TGP - 1 R$ 3.118,89
TGP - 2 R$ 3.516,16
TGP - 3 R$ 3.801,55
TGP - 4 R$ 4.095,48
TGP - 5 R$ 4.397,47
TGP - 6 R$ 4.710,06
Nível II
TGP - 7 R$ 5.152,66
TGP - 8 R$ 5.460,45
TGP - 9 R$ 5.776,47
TGP - 10 R$ 6.101,14
TGP - 11 R$ 6.434,90
Nível III
TGP - 12 R$ 6.977,49
TGP - 13 R$ 7.318,78
TGP - 14 R$ 7.669,00
TGP - 15 R$ 8.028,53
Tabela C: Cargos de Direção e Assessoramento – CDA
Referência Valor Base para Livre Provimento Valor de Acréscimo para efetivos
CDA-4 R$ 7.248,59 R$ 2.174,58
CDA-3 R$ 8.494,87 R$ 2.548,46
CDA-2 R$ 10.072,14 R$ 3.021,64
CDA-1 R$ 12.079,68 R$ 3.623,90
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 188
CI 5133 180
Anexo VII da Lei nº
Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP
Valores do ponto do prêmio pelo alcance das metas da Adiap
Tabela A: Analista de Gestão Previdenciária – AGP
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
AGP-1 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91
AGP-2 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76
AGP-3 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61
AGP-4 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46
AGP-5 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31
AGP-6 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16
AGP-7 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01
AGP-8 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87
AGP-9 R$ 15,71 R$ 16,66 R$ 17,66 R$ 18,72
AGP-10 R$ 16,43 R$ 17,41 R$ 18,46 R$ 19,57
AGP-11 R$ 17,14 R$ 18,17 R$ 19,26 R$ 20,42
AGP-12 R$ 17,86 R$ 18,93 R$ 20,06 R$ 21,27
AGP-13 R$ 18,57 R$ 19,69 R$ 20,87 R$ 22,12
AGP-14 R$ 19,29 R$ 20,44 R$ 21,67 R$ 22,97
AGP-15 R$ 20,00 R$ 21,20 R$ 22,47 R$ 23,82
Tabela B: Técnico de Gestão Previdenciária – TGP
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
TGP-1 R$ 5,00 R$ 5,30 R$ 5,62 R$ 5,96
TGP-2 R$ 5,71 R$ 6,06 R$ 6,42 R$ 6,81
TGP-3 R$ 6,43 R$ 6,81 R$ 7,22 R$ 7,66
TGP-4 R$ 7,14 R$ 7,57 R$ 8,03 R$ 8,51
TGP-5 R$ 7,86 R$ 8,33 R$ 8,83 R$ 9,36
TGP-6 R$ 8,57 R$ 9,09 R$ 9,63 R$ 10,21
TGP-7 R$ 9,29 R$ 9,84 R$ 10,43 R$ 11,06
TGP-8 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91
TGP-9 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76
TGP-10 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61
TGP-11 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46
TGP-12 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31
TGP-13 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16
TGP-14 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01
TGP-15 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 189
CI 5133 181
Tabela C: Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP, Exclusivo para Atuantes no
Atendimento aos Segurados
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
TGP-1 R$ 7,50 R$ 7,95 R$ 8,43 R$ 8,93
TGP-2 R$ 8,21 R$ 8,71 R$ 9,23 R$ 9,78
TGP-3 R$ 8,93 R$ 9,46 R$ 10,03 R$ 10,63
TGP-4 R$ 9,64 R$ 10,22 R$ 10,83 R$ 11,48
TGP-5 R$ 10,36 R$ 10,98 R$ 11,64 R$ 12,34
TGP-6 R$ 11,07 R$ 11,74 R$ 12,44 R$ 13,19
TGP-7 R$ 11,79 R$ 12,49 R$ 13,24 R$ 14,04
TGP-8 R$ 12,50 R$ 13,25 R$ 14,05 R$ 14,89
TGP-9 R$ 13,21 R$ 14,01 R$ 14,85 R$ 15,74
TGP-10 R$ 13,93 R$ 14,76 R$ 15,65 R$ 16,59
TGP-11 R$ 14,64 R$ 15,52 R$ 16,45 R$ 17,44
TGP-12 R$ 15,36 R$ 16,28 R$ 17,26 R$ 18,29
TGP-13 R$ 16,07 R$ 17,04 R$ 18,06 R$ 19,14
TGP-14 R$ 16,79 R$ 17,79 R$ 18,86 R$ 19,99
TGP-15 R$ 17,50 R$ 18,55 R$ 19,66 R$ 20,84
Tabela D: Cargos de Direção e Assessoramento – CDA
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
CDA-4 R$ 17,86 R$ 18,93 R$ 20,06 R$ 21,27
CDA-3 R$ 18,57 R$ 19,69 R$ 20,87 R$ 22,12
CDA-2 R$ 19,29 R$ 20,44 R$ 21,67 R$ 22,97
CDA-1 R$ 20,00 R$ 21,20 R$ 22,47 R$ 23,82
Tabela E: Assistentes de Gestão de Políticas Públicas – AGPP, Lotados no Iprem
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
M-1 R$ 5,00 R$ 5,30 R$ 5,62 R$ 5,96
M-2 R$ 5,71 R$ 6,06 R$ 6,42 R$ 6,81
M-3 R$ 6,43 R$ 6,81 R$ 7,22 R$ 7,66
M-4 R$ 7,14 R$ 7,57 R$ 8,03 R$ 8,51
M-5 R$ 7,86 R$ 8,33 R$ 8,83 R$ 9,36
M-6 R$ 8,57 R$ 9,09 R$ 9,63 R$ 10,21
M-7 R$ 9,29 R$ 9,84 R$ 10,43 R$ 11,06
M-8 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91
M-9 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76
M-10 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61
M-11 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46
M-12 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31
M-13 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16
M-14 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01
M-15 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 190
CI 5133 182
Tabela F: Assistentes de Gestão de Políticas Públicas – AGPP, Lotados no Iprem e
Exclusivo para Atuantes no Atendimento aos Segurados
Referência Valores do Ponto
2017 2018 2019 2020
M-1 R$ 7,50 R$ 7,95 R$ 8,43 R$ 8,93
M-2 R$ 8,21 R$ 8,71 R$ 9,23 R$ 9,78
M-3 R$ 8,93 R$ 9,46 R$ 10,03 R$ 10,63
M-4 R$ 9,64 R$ 10,22 R$ 10,83 R$ 11,48
M-5 R$ 10,36 R$ 10,98 R$ 11,64 R$ 12,34
M-6 R$ 11,07 R$ 11,74 R$ 12,44 R$ 13,19
M-7 R$ 11,79 R$ 12,49 R$ 13,24 R$ 14,04
M-8 R$ 12,50 R$ 13,25 R$ 14,05 R$ 14,89
M-9 R$ 13,21 R$ 14,01 R$ 14,85 R$ 15,74
M-10 R$ 13,93 R$ 14,76 R$ 15,65 R$ 16,59
M-11 R$ 14,64 R$ 15,52 R$ 16,45 R$ 17,44
M-12 R$ 15,36 R$ 16,28 R$ 17,26 R$ 18,29
M-13 R$ 16,07 R$ 17,04 R$ 18,06 R$ 19,14
M-14 R$ 16,79 R$ 17,79 R$ 18,86 R$ 19,99
M-15 R$ 17,50 R$ 18,55 R$ 19,66 R$ 20,84
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 191
CI 5133 183
Anexo VIII da Lei nº
Cargos e Funções, providos na data da Lei, transferidos dos Quadros do Iprem para
Quadros da Administração Direta
Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 192