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Jornal de OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA www.jornaldeoleiros.com Ano 2, Nº15, Março/Abril de 2011 Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral Director Paulino B. Fernandes Director convidado Ana Neves PÁGINA 12 PÁGINA 11 O Cabrito Estonado de Oleiros vai ser candidatado às 7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal, anunciou a Câmara Municipal de Oleiros, a qual pretende fazer justiça a este prato de renome da gastronomia nacional. Falar desta especialidade é remeter para a genuinidade da cultura popular e para as cozinhas das populações deste concelho beirão. Confeccionada exclusivamente em Oleiros, desde tempos ancestrais, pretende-se que esta Maravilha se posicione no patamar que merece. Cabrito Estonado de Oleiros candidato a Maravilha Gastronómica PÁGINA 4 4.ª edição do Passeio TT Pinhal Total voltou a ser um sucesso A 4.ª edição do Passeio TT “Pinhal Total”, este ano dedicado à Floresta, voltou a superar as expectativas, para grande satisfação da organização e dos cerca de 300 participantes. Ao todo, cerca de 100 viaturas de todo-o- terreno, entre jipes e motas, desfrutaram de um passeio único que já é bastante reconhecido além fronteiras. Veja mais em www.jornaldeoleiros.com Rali Rota do Medronho apresentado oficialmente em Oleiros A segunda edição do Rali Rota do Medronho, a qual vai ter lugar nos dias 12 e 13 de Março, nos concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova, já está na estrada. Veja mais em www.jornal- deoleiros.com A moção, a solidão, e… outras coisas da nação Raízes da Cultura Ocidental: O problema filosófico-ético do povo português PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 4 PÁGINA 5 PÁGINA 6 PÁGINA 8 PÁGINA 9 Queijo de Cabra do Pinhal Interior Sul e as suas potencialidades Líbia – A Revolta das Tribos – O Erro do Ocidente Preparação da Guerra Civil Cabrito Estonado de Oleiros candidato a Maravilha Gastronómica Acordar para o Acordo Ortográfico POLÍTICA REGIONAL Memórias de uma aprendiz de costura “O Caminho faz-se, Caminhando” Oleiros no Geopark Naturtejo

OLEIROS · extremamente actualizadas e activas compensarão a ausência de alguns meses em papel. A aposta aqui feita foi extremamente bem sucedida e o jornal é hoje fortemente consultado

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Jornal deOLEIROSINFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

www.jornaldeoleiros.com • Ano 2, Nº15, Março/Abril de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição BimestralDirectorPaulino B. FernandesDirector convidado Ana Neves

PÁGINA 12

PÁGINA 11

O Cabrito Estonado de Oleiros vai ser candidatado às 7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal,anunciou a Câmara Municipal de Oleiros, a qual pretende fazer justiça a este prato de renome dagastronomia nacional. Falar desta especialidade é remeter para a genuinidade da cultura popular epara as cozinhas das populações deste concelho beirão. Confeccionada exclusivamente em Oleiros,desde tempos ancestrais, pretende-se que esta Maravilha se posicione no patamar que merece.

Cabrito Estonado de Oleiros candidato

a MaravilhaGastronómica

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4.ª edição do Passeio TTPinhal Total

voltou a ser um sucessoA 4.ª edição do Passeio TT “Pinhal Total”, este ano

dedicado à Floresta, voltou a superar as expectativas, paragrande satisfação da organização e dos cerca de 300participantes. Ao todo, cerca de 100 viaturas de todo-o-terreno, entre jipes e motas, desfrutaram de um passeioúnico que já é bastante reconhecido além fronteiras.

Veja mais em www.jornaldeoleiros.com

Rali Rota do Medronhoapresentadooficialmente em OleirosA segunda edição do Rali Rota doMedronho, a qual vai ter lugar nosdias 12 e 13 de Março, nos concelhosde Oleiros e Proença-a-Nova, já estána estrada. Veja mais em www.jornal-deoleiros.com

A moção, a solidão, e… outras coisas da nação

Raízes da CulturaOcidental:O problemafilosófico-ético do povo português

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Queijo de Cabra do Pinhal InteriorSul e as suaspotencialidades

Líbia – A Revolta das Tribos – O Erro do Ocidente

Preparação da Guerra Civil

Cabrito Estonado de Oleiros candidatoa MaravilhaGastronómica

Acordar para oAcordo Ortográfico

POLÍTICA REGIONAL

Memórias de uma aprendiz de costura

“O Caminho faz-se, Caminhando”

Oleiros no GeoparkNaturtejo

Escrevemos num momento degrande expectativa no país.

O debelar da crise larvar obriga aImprensa independente a fazer umagestão de extremo cuidado, difícil.

Fácil é parar. Difícil manter.Ajustamo-nos como todos estão

a fazer.Passaremos a sair com a edição

em papel de forma bimestral. Trata-se de dar “um passo atrás” paramais à frente, “dar dois em frente”.

É uma decisão difícil,indispensável, pensando nos

nossos leitores da edição em papel que não queremos privar dapossibilidade de lerem o nosso jornal.

O mesmo se passa em todo o mundo.As nossas edições em Online em www.jornaldeoleiros.com

extremamente actualizadas e activas compensarão a ausência de algunsmeses em papel. A aposta aqui feita foi extremamente bem sucedida e ojornal é hoje fortemente consultado. Continuaremos esta aposta, umaaposta de futuro e com futuro.

• PORTUGALNão sabemos ainda se Portugal terá condições para evitar a vinda do

FMI ou do FUNDO DE APOIO EUROPEU.O Primeiro-Ministro procura a todo o custo evitar esse lamentável

passo, mas, tememos que a tal sejamos obrigados. A ser assim, maior desemprego, menores condições de vida se

apresentarão aos portugueses.Veremos então quem defende a vinda destas instituições a lamentar

que tenham vindo e quem as não defende a lamentar que venham tãotarde.

Na verdade, e isso é tempo de saber-mos, Portugal não é autónomo,não produz o suficiente para sobreviver de forma independente.

O regabofe das entidades públicas que recebiam salários de função epensões, só este mês por força da Lei tiveram de optar, tarde demais éclaro.

A não fixação de uma pensão máxima, tarda em ser aplicada. Será pelaforça.

A não solidariedade evidente em demasiados quadros portugueses éuma mancha que nos atinge e muito lamentamos.

Acreditamos ainda que melhores dias, mas diferentes, poderão virainda.

Especialmente na nossa região que revela um enorme potencialturístico, agro-alimentar e outros.

A fixação de jovens, a incentivar com persistência, é algo queapoiamos sem hesitações e as nossas páginas são disso uma marcaindelével.

Persistiremos na mesma linha editorial e no mesmo caminho,apoiando o desenvolvimento de Oleiros.n

Director

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 20112

ASSINATURASO Jornal de Oleiros, como todos os portugueses, procura ajustar-

se à realidade para sobreviver.“Um passo atrás” para dar “dois à frente”, um dia...Alteramos este ano a nossa periodicidade nas edições em papel,

passando a sair em meses alternados.Ao mesmo tempo apostamos ainda mais no Online, hoje

fortemente lido na região e em todo o mundo, caminhando para setornar num jornal de referência. Os dados regulares que o Googlenos fornece, são elucidativos do sucesso que construímos.

Esta decisão tem implicação no custo das assinaturas futuras e nasactuais.

Assim, os nossos Leitores que já pagaram a renovação de 2011,verão o período alargar-se, compensando as edições que nãofaremos.

Os novos preços são: Portugal Continental e Ilhas 10€, Europa20€ e resto do mundo 30€.

Agradecemos a Vossa compreensão e agradecemos que nasrenovações ainda não efectuadas, tenham o novo preço em atenção.

Indo ainda ao encontro dos nossos leitores na região,conhecedores das dificuldades, deixamos de exigir qualquerpagamento pelo jornal, passando a ser oferecido nas bancashabituais e postos públicos onde o jornal é consultado.nDirecção

O Seu Jornal de Oleiros à distância de um CLICClic em: www.jornaldeoleiros.comAcompanhe-nos diáriamente e promova junto de AmigosEscreva-nos também para:[email protected]

EDITORIAL

Dois factos despertaram a parti-cular atenção dos portugueses nosúltimos dias:

- A moção de censura ao governo,anunciada pelo Bloco de Esquerda

- O macabro achado do corpo deuma idosa, morta há cerca de noveanos no seu apartamento na Rin-choa.

A moção

A moção de censura anunciadapelos meninos quarentões do BE, éuma manobra descabida e perfei-tamente despropositada. Tudoindica que não passa de um expe-diente para apresentar qualquercoisa antes de o Partido Comunista ofazer, e, para tentar atenuar o pre-juízo político que foi causado ao BEpela estrondosa derrota do candidatopresidencial por si apoiado.

Na verdade, esta moção pareceestar condenada ao fracasso, não sópela sua inoportunidade política,como também porque o B.E. seencarregou disso, ao anunciar queserá uma moção contra o PS e contrao PSD, o que a derrota desde logo,uma vez que o PSD nunca votaria afavor uma moção apresentadacontra si.

Este acto do BE é mais uma provada sua inutilidade e imaturidadepolítica. De facto, analisando a suaactuação na A.R. não encontramosacção alguma da qual tenharesultado qualquer tipo de benefícioefectivo para o cidadão comum.

O BE tem-se limitado a pedirexplicações ao governo sobre tudo emais alguma coisa, pedidos essesdos quais nunca se conhecemresultados práticos. A moçãoanunciada parece ser antes umamoção de desconfiança para ointerior do próprio partido, uma vezque já provocou a demissão de doisdos seus destacados militantes.

A moção, uma vez derrotada,poderá servir ainda de pretexto parao primeiro-ministro proclamar, coma sua habitual demagogia, que, essaderrota, constitui um voto deconfiança no seu governo e umaaposta dos restantes partidos nachamada” estabilidade governati-va”.

A solidão

O achado do corpo da idosa que seencontrava morta no interior do seuapartamento há quase nove anos, éalgo que nos deverá fazer pensarseriamente na situação actual dasociedade portuguesa.

Em primeiro lugar a forma comosão tratados os idosos, sobretudonos grandes centros urbanos, muitasvezes considerados como pesosincómodos e descartados pelosfamiliares, que desejam, acima detudo, livrar-se deles. Existemigualmente casos de pessoas quesaíram das suas terras de origempara viver nas cidades e, à medidaque os anos vão passando, vãoficando isolados dos familiares, nãotendo quem lhes valha numa situa-ção de aflição. É a sociedade quetemos, a qual deveria procurarsoluções para este problema.

O caso da Dona Augusta Mar-tinho reveste-se, contudo, decontornos estranhos.

Assim, apesar dos alertas de umavizinha e de um familiar, as autori-dades nada fizeram para averiguar oque se passava. Todos os conta-ctados se refugiaram na sua insigni-ficante pequenez de burocratas.Dizem que os burocratas não sãointeligentes, apenas sabem ler asnormas e preceitos que lhes colocamà frente, refugiando-se atrás delespara não fazerem nada.

No caso da Dona AugustaMartinho, os únicos burocratasactivos foram os serviços definanças, que, para cobrarem umadívida de cerca de ?1.500, pen-horaram e venderam um apar-tamento, que nem sequer avaliaramlocalmente, por um valor 200 vezessuperior ao da dívida, numa de-monstração de pura agiotagem.

Deste episódio, podemos tirarduas conclusões:

- Podemos escapar a tudo, mas,aos cobradores das finanças nãoescapamos, nem depois de mortos,

- O caso passado com a DonaAugusta Martinho é, no fundo, aimagem do país que temos, mortohá vários anos, e, apesar das pre-ocupações manifestadas pelos vi-zinhos da União Europeia, ninguém

parece dar-se conta disso, até porqueos vermes que se alimentam do seucorpo acham que tudo vai bem

Outras coisas da nação

Parte da matéria que deveriapreencher este parágrafo já foi apre-sentada no anterior.

É cada vez mais penoso falar dasituação deste país, isto porque, pormuito boa vontade que se tenha, sequisermos ser realistas a quantidadede aspectos negativos esmaga qualquer vestígio de facto positivo, o queé pena. O crescente número de de-sempregados, de famílias a pediremauxílio para sobreviverem, de jo-vens que, embora tendo boasqualificações, não têm qualquerperspectiva para o presente, muitomenos para o futuro. Tudo isto nãopode deixar-nos indiferentes edeveria constituir motivo de preocu-pação para quem tem nas mãos aresponsabilidade de conduzir osdestinos de um país.

Terminamos com mais um episó-dio ridículo da política nacional.

O pequeno capataz dos Açores,que, por se chamar César, deve teraspirações a imperador, sugeriu acriação de mais um imposto parafinanciar o serviço nacional de saúde.

Este pequeno César deveria estarcalado, pois não tem moral nemlegitimidade para fazer sugestõesdestas, ele que, quando todos osfuncionários do estado viram osseus vencimentos cortados, nãoaplicou essa medida aos funcioná-rios açorianos.

Esta gentalha parece ter apenasum objectivo na política; meter amão no bolso do contribuinte, sãopiores que os carteiristas, esses sólevam o que a carteira contém naaltura do roubo, estes levam tam-bém o que ela virá a ter no futuro.

Já agora, uma sugestão, intei-ramente grátis para o Sr. César:

Que tal prescindir de 50% dodinheiro que os contribuintes pagampara o orçamento da região autó-noma? Isso sim, era de homem.

Até breve nA. Graça

A moção, a solidão, e… outras coisas da nação

O FAROL

2011 MARÇO/ABRIL Jornal de OLEIROS 3

CRÓNICA

CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE ee SS EE GG UU RR OO SSee SS EE GG UU RR OO SSJosé Mateus & Filho - Contabilidade, Lda

Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

996666 778899 005500

O problema essencialda filosofia humana ésaber qual é o signi-ficado da vida do indi-víduo e desta quandorelacionada com asociedade, e depois avida e a razão da pró-pria existência socialcoletiva. A filosofia dePlatão influenciou oquadro de referência dopensamento ocidentalbaseando-se em duasideias fundamentais: Aprimeira era a exis-tência da realidadeinvisível a que chamoude “mundo verdadei-ro”; e a segunda era oque chamou de “mundo que se vai tornandoreal” por ser a realidade visível que estáconstantemente em mutação. Para Platão todasas coisas visíveis eram a materialização dasformas dos seus agentes invisíveis do “mundoda existência verdadeira” e das “formas”, queeram os originais de toda a existência físicaincluindo o significado das palavras. E oconceito da história surgiu baseado nestesconceitos filosóficos, muito pela obra deHeródoto e de Tucídides que com mestriatentaram mergulhar no abismo dos temposantigos para entenderem a vida presente e oque fazer do futuro.

No entanto, apesar dos filósofos gregosterem apresentado o conceito da história, foi ocristianismo quem o cimentou e explicou,adiantando que a história da humanidade só épossível na proposta cristã. Ou seja, só po-demos compreender a história da humanidadequando baseada em três conceitos bíblicosessenciais: (1) Que Deus é o Criador de tudo ede todos; (2) Que Ele tem um plano eternopara a humanidade; e (3) Que todos e tudo sereunirão a Ele no final da história numasimbiose existencial integrada e integrante.

Infelizmente, na Idade Média os conceitoscristãos diluíram-se demasiado com elementosdo pensamento e das práticas pagãs, afetando areligiosidade, a moral, a filosofia e conse-quentemente a cultura dos povos europeus. Epor isso enquanto indivíduos cristãos busca-vam reforma e renovação espiritual doindivíduo e eclesiástica, muitos viraram-separa a restauração do pensamento greco-

romano clássico numarenascença e eventualiluminismo. Procura-vam-se respostas ur-gentes para problemassociais prementes. E aReforma Protestanteacabou por vingar a-brindo as portas aorespeito pela pessoa hu-mana, tratando-a comoindivíduo digno. Masas portas também seabriram ao pensamentolivre e os ocidentaiscontinuaram à procurade possíveis respostasdiferentes das cristãstradicionais, e mesmodas reformadas.

No entanto, as propostas dos filósofos maisrespeitados do ocidente acabaram por nãoserem as respostas coerentes e eficazes para associedades. Exemplos são as propostas“budista-europeias” - mais conhecidas comocomunistas - humanistas, niilistas ou existen-cialistas encontradas nas obras de GeorgWilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), deArthur Schopenhauer (1788-1860), de CarlMarx (1818-1883), de Friedrich Nietzsche(1844-1900), de Martin Heidegger (1889-1976), de Jean-Paul Sartre (1905-1980), deAlbert Camus (1913-1960), ou de MichelFoucault (1926-1984).

A proposta do pensamento cristão original éa mais acertada para a sociedade portuguesa;crença essencial, que alteraria o paradgima dereferência essencial, e fundamentaria atransformação positiva dos indivíduos e dasociedade em geral nas áreas da cultura, dafilosofia moral, da ética e do comportamento.E julgo que se esta crença fosse generalizadaem Portugal, ajudaria imenso a sociedadeportuguesa a ponderar a sua natureza essencialcomo cristã, alterando-lhe positivamente ospressupostos da moral e da ética individual ecoletiva. E estabeleceria novos padrões devalores, de significado, e de moral individual ecoletiva, essenciais ao progresso da vidahumana em sociedade, que mesmo o esforçodos humanistas iluminados não conseguiualcançar.

Portugal precisa de soluções para a sériacrise de identidade nacional e socio-económico-financeira atual. Mas a nação está

muito doente devido às “toxinas” ingeridaspelos seus antepassados históricos e por simesmos. Esses e muitos outros perigososelementos filosóficos religiosos - alguns jámuito antigos mas dúbios devido à ignorânciapor alguns fomentada - formaram uma culturanegativa e improdutiva na imaginação coletivado povo português. E portanto, antes de enve-redar pelos caminhos do desenvolvimentoprecisa de desintoxicar-se dos “venenos”mentais que lhe foram administrados porgerações sucessivas de gente “menor”, quenunca deixaram de ser arrogantemente“adolescentes”. Alexandre Herculano viu issona sua tentativa de histórica crítica e analíticade Portugal. E a visão clara de Almeida Garretttambém foi extraordinariamente profética,intelectualmente acutilante e acertadamenteperspicaz na sua obra Portugal na Balança daEuropa. Afirmando que Portugal perdeumuitíssimo por não se ter envolvido com asforças liberalizantes da Reforma Protestantedo resto da Europa pensante. Mas é estranhoque passados quase um século e meio depoisde Herculano e Garrett o nosso povo tenhaainda tão poucos filósofos; ou seja, SampaioBruno, Leonardo Coimbra e Eduardo Louren-ço. Que contraste com a Alemanha e a Françapor exemplo, cujas matrizes sócio-filosóficas eéticas foram profundamente alteradas, pre-parando os povos que aderiram a pensar por simesmos, livremente, e aprofundadamentesobre a realidade cristã, humana e social.

Portugal precisa duma revolução profundacomo a dos dias do Mestre de Avis e daReforma apoiada por Garrett. No entanto, aquestão que devemos interrogar-nos é básica:Quem és Portugal e o que permitiste quefizessem de ti, se te compararmos aos paísesmais desenvolvidos da Europa? És menosdevido à raça? O teu ADN social estáembaraçado com elementos perniciosos ecaducos? Acorda. Abre os olhos. E age,renovando-te pelas raízes e não só aparente evisivelmente pelas ramas!

Nota da redacção: Pode acompanhar emdetalhe a colectânea do Professor FernandoCaldeira da Silva em www.jornalde-oleiros.com onde encontra a Crónica 1 e asseguintes sob o mesmo título.n

Fernando Caldeira da Silva, Correspondente e Representante na África Austral** Fernando Caldeira da Silva escreve ao abrigo do novo acôrdo ortográfico

FidalguiaRural

Por Lopes Marcelo*

O Património Cultural, nas suasmúltiplas formas e contextos, valesobretudo em função da relação depertença e herança que dele assumimos. Émemória partilhada, onde se enraízam ossaberes, os sabores, os sentimentos e apauta de emoções que determinam o nossoitinerário pessoal; referência essencial daidentidade cultural em que nos filiamos econtinuamos a rever-nos.

É nesta relação de pertença, deafectuosa filiação, que se inscreve afidalguia rural, assumindo-se o termo“fidalgo” no sentido de filho de algo, pelosentimento de partilha, respeito e vibraçãodas raízes, no ingénuo deslumbramento dotempo natural e genuíno eco das tradições.É nesta perspectiva que ganha relevância apostura de sabedoria popular do homemrural, depositário e protagonista de umfluxo cultural que soube dignificar etransmitir de geração em geração. Posturade heroísmo silencioso, resistente a tantasagressões de desconforto e sacrifícioperante carências várias.

Acima de tudo, a família rural soubeconstruir uma vivência em comunidade,alicerçada em laços de solidariedade, departilha e generosa entreajuda. É pelagenerosidade que a fidalguia rural seevidencia na maneira de receber, no gestoquente de saudar toda a gente, de dialogare partilhar o seu ritmo e tempo próprios.Tempo de dar tempo aos afectos e àternura, que o crescimento eamadurecimento na natureza e nas pessoastanto carece para que a harmonia e oequilíbrio sejam autênticos e duradouros.

Tempo para dialogar com os saberes eos sabores naturais da mesa rural e para apartilha e o convívio ligados àalimentação. De facto, é timbre do homemrural, da sua fidalguia no receber, associaràs refeições a partilha dos produtos queajudou a criar, fruto das suas mãoscalejadas e do suor do seu rosto, bemcomo, o prazer franco que coloca noconvite espontâneo para partilhar a suamesa.

É esse sentimento de fidalguia noreceber e partilha, que a poesia popularrevela:

Nem mesmo à porta do Céu.Se bate com maior fé.Deus responde: - Quem é entre.O beirão: - Entre quem é. n

*in Cozinhados lembrados – Tradiçõesgastronómicas da Beira Baixa - Penamacor

REINVENTAR PORTUGAL 2

Raízes da Cultura Ocidental:O problema filosófico-ético

do povo português

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 20114

Numa sociedade com 140 tribose clãs de família rivais, é deprever-se uma guerra civil entreelas. A Líbia não tem ummovimento de oposição unido e oseu exército apenas tem ouniforme a uni-lo; de resto éconstituído por uma malha derepresentantes das diferentestribos e clãs, até agora mantido sobo manto férreo de Kadhafi.

Por outro lado, não se avista, nohorizonte líbio, uma persona-lidade, capaz de catalisar os inte-resses e as rivalidades inter-tribaise as forças de al kaeda.

Até uma intervenção militarinternacional, para proteger apopulação, se torna propriamenteinexecutável. O recurso aos mili-tares, como parceiros de diálogo anível internacional, torna-se im-possível, ao contrário do queacontece com os outros paísesárabes que têm a continuidadegarantida no poder militar. NaLíbia, momentaneamente, nem aditadura militar parece viável. Aformação militar encontra-sedividida numa relação propor-cional às tribos. O facto de serebelarem contra Kadhafi e sal-tarem para a rua, não pode servirde argumento para a interpretaçãocorrente.

Na África, como nestes estados,não houve o processo da coloni-zação interna. Este foi impedido,também, pela colonização externa,o que torna a questão mais com-plicada, em termos modernos sub-jacentes aos processos verificadosno surgir de nações. Na Europa osgrupos mais fortes subjugaram osmais fracos, formando depoisnações.

Os povos árabes ainda não têma consciência de nação nem depovo. Pensam apenas em termosde família, clã e religião. Não são

“Povo” são apenas população e sótêm a uni-los a consciênciareligiosa e algum chefe. Por issoterão ainda de suportar, por muitotempo, a mão de ferro da religião,até que uma consciência depovo/nação organize a sua justiçae as suas forças militares e poli-ciais, tão combatidas por extre-mistas muçulmanos que queremver a população abandonada àpilhagem de caciques locais. Nãoos assusta mais que a organizaçãodum Estado (democrático), comose vê testemunhado no Afega-nistão. Por isso também aqui oOcidente terá de sair vencido, talcomo a antiga União Soviética.Onde não há Povo reina a ditadurasobre o caos; não é possível aguerra, apenas sobrevive a guer-rilha! Esta é comum tanto à fasedo surgir como à da queda dascivilizações!

O erro de análise ocidental e dassuas relações com estes povos estáno facto de não conhecer asociologia e antropologia árabes.O Ocidente transpõe, apenas, ospróprios modelos de solução paraproblemas que provêem dumasocialização diametralmente opos-ta. O mesmo se diga com a suaimagem de Homem e conse-quentes direitos.

A sociologia nómada, própriada civilização árabe e turca, nãopode ser encarada com os mesmoscritérios duma civilização seden-tária em que os deuses se sujei-taram a um Deus pai. Naquelaspredomina ainda um politeísmoaçamado pelo poder absoluto dumDeus alheio à população, mas oúnico subterfúgio que lhe dáconsistência. Trata-se dum Deusimposto. Maomé conhecia bem astribos a subjugar ao criar a suareligião; por isso não podia toleraro monoteísmo mitigado cristão.

Não podia servir-se da evoluçãohistórica como era o caso do povoisraelita, nem duma antropologiahumana como era o caso doscristãos. Maomé teve de criar umsistema religioso para solucionar oproblema de tribos aguerridas eindomáveis; para isso precisava deestruturas culturais de caráctersociológico e não antropológico.Por isso a pessoa é consideradacomo objecto. Um sistema políticoou religioso que não sirva a pessoamas apenas o grupo desaparecerácom o tempo e depois não se notaa sua falta. Os árabes perderam ocomboio da História continuandono deserto sob a tenda de Maomé!O Islão terá de sofrer umarevolução e integrar na sua antro-pologia beduína os elementossedentários, tal como aconteceucom ocidentais e em parte com osorientais.

A insurreição árabe, e o gritopela sua liberdade, estão a dar-seem torno do mediterrâneo, nospaíses que têm cooperação econtacto com a Europa. Nosoutros domina a paz dos cemi-térios. O norte de áfrica encontra-se a caminho do Irão. A sua sortecontinuará a ter de suportar acolonização externa que o Oci-

dente, mais cedo ou mais tarde,entregará às mãos do Irão e daTurquia.

Desde que o déspota Muammaral-Gadhafi , que domina o país há42 anos, renunciou ao terrorismono exterior e deixou correr opetróleo em direcção à Europa,com a promessa de impedir extre-mistas muçulmanos e os refu-giados africanos de passar as suasfronteiras para a Europa, ospolíticos europeus concederam-lhe o estatuto de homem de bem.

Os estados da União Europeiacontinuam desunidos no que toca auma estratégia a seguir, preferindomanter-se na indecisão e continuara jogar com as brasas pelo facto deGaddafi ter ameaçado a EU derescindir o contrato de impedir ofluxo de emigrantes ilegais donorte de África.

A líbia com 1,8 milhões de Km2tem 6,5 milhões de habitantes.90% do território é deserto comgrandes reservas de petróleo. AItália importa 40% do seu óleo e aAlemanha 12,8% da Líbia. Em2010 a EU negociou com Gadhafiuma “cooperação de migração”;até 3013 a líbia devia receber daEU 50 milhões de Euros para ocontrolo das fronteiras. Na cimeiraEU-África realizada em Novem-bro 2010 em Trípoli, Gadhafi exi-giu, para impedir o fluxo migra-tório de africanos para a Europa, 5mil milhões de Euros, por ano,doutro modo deixa a europa cristãbranca tornar-se negra!

Berlusconi, ter-se-á inspiradona Líbia no seu culto Bunga-Bunga com prostitutas jovens. Asinsurreições populares podem vira impedir o fornecimento depetróleo e de gás. O preço dopetróleo sobe e já atingiu o valormáximo atingido em 2008.

A revolta popular já custou

centenas de mortos. Como épróprio desta cultura também opróprio assassino de massaspopulares se encontra disposto aderramar o sangue de mártir” até àúltima gota”! Reina o caos naLíbia. A cidade de Bengasi já seencontra nas mãos dos adversáriosde líder líbio com desertores departe do exército e várias tribosaliaram-se aos adversários deGadhafi. Há representantes polít-icos que criticam abertamente aatitude assassina do líder que matao povo. De facto, nas estradascorre o sangue de centenas efamiliares têm medo de ir buscaros cadáveres com receio de seremtiroteados. O ministro da justiçademitiu-se protestando contra aexcessiva violência empregadacontra os demonstrantes; o mesmodeclararam muitos diplomataslíbios junto da ONU.

Ao ditador só resta o suicídio,ou ter de se entregar ao TribunalInternacional. Gadhafi, comopreanunciando o seu fim declarou:“Eu morrerei como mártir, talcomo meu avô”! Resta a guerracivil. Alguns diplomatas líbios jáapelam á “responsabilidade dacomunidade internacional paraintervir para acabar com o correrdo sangue”. Os actos do déspota“podem constituir crimes contra ahumanidade”. Para a Alemanha aera de Gadhafi já acabou e exigesanções contra o seu regime. Itália,Malta e Chipre impediram que aEU ditasse sanções contra oregime líbio. A Alemanha é deopinião que a EU possa ditarsanções sem o acordo dos trêspaíses.n

António da Cunha Duarte [email protected] Pegadas do Tempo, www.antonio-justo.eu

Líbia – A Revolta das Tribos – O Erro do Ocidente

Preparação da Guerra Civil

Assim, a partir de Março o sitewww.7maravilhas.pt vai estar disponí-vel para a votação das melhores espe-cialidades nas categorias: entradas,sopas, marisco, peixe, carne, caça edoces, começando a partir daí a seremseleccionados os bens gastronómicos.Uma fase posterior, um painel de 70especialistas irá escolher os 70 pratospré-finalistas e desses, 21 figuras irãoser convidadas a escolher as 21maravilhas que irão dar origem às 7finalistas.

Relembra-se que dentro da categoria

das carnes, na qual se insere o CabritoEstonado de Oleiros, este prato resultado abate de pequenos ruminantes (nocaso, gado caprino), os quais se encon-tram em regime extensivo ou semi-ex-tensivo, sendo uma iguaria que provémde uma carne associada a épocas fes-tivas e dando origem a um prato comespecificidade reconhecida que marca aidentidade do concelho de Oleiros.

O concurso prolonga-se até Setem-bro, altura em que serão divulgados ossete finalistas. A iniciativa conta com oapoio do Ministério da Agricultura, daSecretaria de Estado do Turismo e daRTP e é já a partir de Março n

Cabrito Estonado de Oleiroscandidato a Maravilha Gastronómica

Continuação da 1ª página

As características ímpares doqueijo de cabra produzido naregião do Pinhal Interior Sul,fazem dele um produto deexcelência que merecidamentedeveria ser reconhecido comoproduto com Denominação deOrigem Protegida (DOP). A suacertificação é urgente, não sóporque melhora as condições davida da população rural da região,mas também porque evita que esteproduto se perca definitivamente.

Em primeiro lugar, deve alertar-se para a sua existência e para ascaracterísticas específicas que odiferenciam e que resultam dascondições únicas da região.Considerado como parte dopatrimónio cultural do território, oqueijo de cabra constitui umaimportante fonte de rendimentopara quem vive da caprinicultura euma importante mais-valia para ageneralidade dos agricultores doPinhal.

Desde sempre que este produtoé obtido através da aplicação deprocessos rudimentares, sendoproduzido artesanalmente pelasfamílias dos criadores de gadocaprino da região. Só respeitandoas características artesanais daprodução se torna possível criarum processo racional que res-ponda às necessidades de reduçãode mão-de-obra, melhore ascondições higieno-sanitárias aonível da produção e garanta umamaior homogeneidade dos produ-tos acabados, permitindo obter umqueijo de qualidade.

O reconhecimento da qualidadeintrínseca do produto, associado aum desejável aumento do volumede produção e a uma eficaz valori-zação, uniformização e divulgação

do produto, são os alicerces deuma maior competitividade co-mercial. Nesse sentido, a unifor-mização do queijo, nomeadamenteno que se refere à demarcação dasua zona de origem, ao estabe-lecimento de parâmetros dequalidade, à definição de critériosde apreciação das suas cara-cterísticas e à estratégia deembalagem, rotulagem e come-rcialização, são aspectos quedeverão merecer o maior dosinteresses.

Nesta região, a cabra éexplorada tanto para a obtenção decarne como para a obtenção deleite que é posteriormente trans-formado em queijo. As pequenasqueijarias tradicionais existentesum pouco por toda a regiãoevidenciam tratar-se de umaactividade sustentável, capaz decontribuir para o desenvolvimentoe aumento do potencial socioeco-nómico deste território.

Considerando o impacto extre-mamente favorável que a capri-nicultura extensiva reporta àfloresta e tendo em conta que sóuma actividade rentável poderáser viável (e que os produtos quese obtêm são reconhecidos pelasua extraordinária qualidade), tor-

na-se possível garantir aos pro-dutores melhores perspectivasfuturas.

A atestar este facto, tem surgidonos últimos anos um novointeresse por esta fileira, a qual setem mostrado capaz de gerarriqueza, aproveitando os recursosendógenos da região. Nessesentido, seria vantajoso que todo ociclo de produção decorresse noterritório, possibilitando o apro-veitamento de todas as mais-valiase valor acrescentado do produto.

Assim, conjuntamente comoutros produtos tradicionais daregião, de que são só um exemploo cabrito, o fumeiro e o mel doPinhal, deveria ser criada umaestratégia de desenvolvimentointegrado, sendo a capriniculturauma fileira a privilegiar e aprodução do queijo de cabra,indiscutivelmente, um sector a in-vestir. Sintetizando, é urgente de-fender não só os artesãos mas tam-bém as características do queijo,preservando-as e apurando-as,para que este produto seja devi-damente reconhecido e obtenha oposicionamento que merece.n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

2011 MARÇO/ABRIL Jornal de OLEIROS 5

Audiência Final da ZIF da Madeirã

Vai ter lugar no próximo dia 19 de Março, pelas 14 horas e 30minutos, na Casa do Povo da Madeirã, a Audiência Final da ZIF daMadeirã, concelhos de Oleiros e Sertã, conforme informação do seuNúcleo Fundador. Entretanto, a Associação de Produtores Florestais deAlvelos e Muradal realiza a sua Assembleia-geral no dia 27 de Março,pelas 14 horas, no auditório da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo daZona do Pinhal, em Oleiros, com a seguinte ordem de trabalhos: 1-Informações; 2 - Apreciação e votação do relatório, balanço e contasda direcção e o parecer do conselho fiscal relativos a 2010; 3 -Definição do valor de quota para 2011; 4 - Eleição dos corpos sociaisda Associação para o novo triénio e 5 - Outros assuntos de interessepara a Associação.n

“O Relógio da Minha Avó” em mais uma Hora do Conto

Vai realizar-se no próximo dia 23 de Março, mais uma recriação daHora do Conto, na Biblioteca Municipal de Oleiros. A iniciativapretende fomentar hábitos de leitura entre os mais novos e “O Relógioda Minha Avó”, da autoria de Geraldine McCaughrean, será o contorecriado por Helena Lopes.n

Redes de Nova Geração chegam a Oleiros

O município de Oleiros, acaba de receber o título de excelência aopassar a integrar, durante o ano de 2011, as Redes de Nova Geração.Desta forma, os munícipes, empresas e instituições do concelhopassam a estar ligados ao mundo global por fibra óptica, numa opçãoestratégica que permite viabilizar uma revolução nos ecossistemas doentretenimento, da saúde, da educação e da organizaçãoadministrativa, criando um novo estilo de vida. Por outro lado,pretende-se que a indústria tire partido deste avanço tecnológico e sevenha a assumir como um interveniente de relevo no mercado globalneste sector.n

Censos 2011 estão à portaNo dia 7 de Março tem início a distribuição dos inquéritos, ou seja,

arranca o “momento censitário” que decorrerá durante os meses deMarço e Abril. A recolha destes inquéritos procede-se depois a partirdo dia 21 de Março, tendo estes de estar totalmente recolhidos até aodia 24 de Abril. Os Censos 2011, nome que se dá a este “momento”,são promovidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com oapoio das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia, com oobjectivo de recensear todos os cidadãos e famílias residentes, ouapenas presentes, no território português, independentemente da suanacionalidade, bem como todos os alojamentos e edifícios destinadosà habitação.n

OLEIROS EM MOVIMENTO

Queijo de Cabra do Pinhal Interior Sul

e as suas potencialidades

A Presidência do Conselho deMinistros emitiu a Resolução N.º 8/2011 de 25 de Janeiro, queestabelece a aplicação do novoAcordo Ortográfico para asinstituições públicas (escolas edemais organismos estatais etutelares). Esta nova organizaçãode base ortográfica comum entre osoito países (CPLP- Comunidadedos Países de Língua Portuguesa)que partilham o mesmo patrimóniolinguístico, propende sobretudo, naperspectiva dos “entendidos”, parareforçar o papel da línguaportuguesa no mundo, como línguade comunicação internacional.

O novo acordo já se encontra emvigor na ordem jurídica internadesde Maio de 2009 e para que seproceda de forma gradual eprogressiva, a referida ordemestabeleceu, para determinadosorganismos, um período transitório deseis anos. Digamos que uma progressivahabituação das gentes lusas a esta novaforma de escrever a língua de Camões,Pessoa, Sophia, Saramago.

A actual Resolução do Conselho deMinistros aponta dois objectivos paraesta grafia mais invulgar. Primeiramente,“reforçar o papel da língua portuguesacomo língua de comunicaçãointernacional” e de seguida “garantiruma maior harmonização ortográficaentre a CPLP”. Aponte-se, inclusive, a“criação de oportunidades e (…)exploração do seu potencialeconómico”. Surpreender-me-ia,enormemente, se razões económicas nãodessem aqui e também o ar de sua graça,como é apanágio das medidas e decisõesgovernamentais e …outras que taisrelacionadas com dinheiro, esse vil metalque ensandece as mentes!

Obviamente, o nosso país não passapela sua primeira reforma ortográfica, jáque a primeira, oficial, data de 1911, no

período ainda quente da implantação daprimeira República, que foi profunda emodificou o aspecto da língua escrita, daqual sobressai, num primeiro plano, odesaparecimento das consoantesdobradas, como nas palavras - appelido,assucar, anno, belleza, bocca – os gruposconsonânticos th, ph, rh como naspalavras – alphabeto, athletismo, phrase,etc, bem como outras inúmerasalterações e particularidades linguísticas.A reforma de 1911 apresenta então umaortografia mais foneticista e maisuniforme na sua aplicação.

Claramente, como nos dias quecorrem, houve resistência e polémica atais alterações e mudanças. No Brasilhavia discórdia e resistência a algumasdiferenciações e em 1924 a Academia dasCiências de Lisboa e a AcademiaBrasileira das Letras demandaram umaortografia comum que firmaram em1931, pretendendo adoptar a grafia de1911, embora nunca posta em prática.

Muitas divergências entre Portugal e oBrasil, ao longo dos anos, levaram a queem 1945 novo acordo se promulgasse,embora o Brasil não o ratificasse.

Em 1971 novas negociaçõesaproximaram ainda mais asgrafias dos dois países, mascomo as negociações seestenderam até 1975 e devido àinstabilidade política emPortugal, este acordo não foilegislado.

Mais tarde, na década de 80,foi promovida uma reunião noBrasil com os restantes países delíngua oficial portuguesa,contudo e, mais uma vez, pordivergências entre Brasil e alusitana gente não se firmaraacordo algum.

A persistência de duasortografias oficiais da línguaportuguesa (lusitana/africana ebrasileira) parece não tercontentado e em 1990, desta

vez, na “ocidental praia lusitana”,aprovou- -se um Acordo Ortográficoque se previa vigorar a 1 de Janeiro de1994, mas tal não sucedeu eposteriormente, em 1998, um ProtocoloModificativo foi assinado a fim de retirara data de 1994 para a entrada desteacordo de 1990.

Em 2004 novo protocolo foi assinadoprevendo, então, que bastaria três paísesratificarem o acordo de 90 para queentrasse em vigor nesses mesmos países.

Em 2008 acabaram-se as questiúnculase Portugal assinou o acordo dasmudanças gráficas, aprovando-se osegundo Protocolo Modificativo.

E assim chegou a hora. Nas escolas, apartir do ano lectivo de 2011/2012passar-se-á a escrever como manda oprotocolo, isto é: ação, atividade, Egito,mas permanece facto e egípcio. Súbdito(Portugal), súdito (Brasil), indemnização(Portugal), indenização (Brasil)… etcetera (vulgarmente etc) como me aprazescrever, relembrando a origem latina dalusa língua.

Numa situação de mudança, como foianteriormente referido, há sempre duasfacções, uma a favor, outra contra, comargumentos válidos, ambas, e no meiofica o povo, como sempre, que raramentetem uma palavra a dizer. E lá vêmnovamente os brandos costumes do povoportuguês e a aceitação pacífica dasquestões que a todos, mas a todos mesmodizem respeito. Será por desinteresse dapopulação, falta de informação, ou serámesmo uma característica tãoinvulgarmente abusada pelos senhores dapolítica, do governo, do estado, da nação,que por tamanha inacção (certamenteseria melhor escrever a palavrinha sem o–c-, mas…Não, ainda não. Em

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 20116

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DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

Acordar para o Acordo Ortográfico

2011 MARÇO/ABRIL Jornal de OLEIROS 7

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Junta de Freguesia do Estreito

Deseja Festas Felizes

Setembro.) usam e abusam e insultam as inteligênciasdos mais atentos e põem e dispõem a seu belo prazerdo património do nosso país. Sim, porque o país énosso e o seu património também. Nosso, (primeirapessoa do plural, todos nós, os lusos) este pequenopaís, mas de alma grande, de “tuba canora e belicosa”de “som alto e sublimado” de “estilo grandíloquo ecorrente”, embora, com este acordo ortográfico,tenhamos a tendência para perder algo de sublimadoe grandíloquo, a tão primorosa etimologia!

A possibilidade de grafias facultativas e o“abrasileiramento” da língua escrita são dois aspectosque me levam a uma oposição à nova norma. Se ointeresse é uniformizar, unificar para tornar oportuguês uma língua, intencionalmente,internacional, então o esforço consumado foi fraco eo dinheiro que se gastou e vai gastar não compensa.

Que há uma tendência sistemática para escrever

como pronunciamos as palavras, ninguém temdúvidas, já que a língua é dinâmica e são os falantesque a renovam. No entanto, os docentes da nossalíngua materna terão problemas em explicar aosalunos a razão de inúmeras vezes, na sala de aula,verberarem os seus discentes com a seguinte sentença“Não se escreve como se fala!”. E isto de abrasileirara língua lusa só merece um comentário: foi o muydigníssimo Pedro Álvares Cabral que descobriu oBrasil, por ordem régia de D. Manuel I, pelo que nãoqueiram agora os brasileiros descobrir as fragilidadesdo governo português e imporem a talinternacionalidade à nossa língua. Jamais qualquerluso poderá esquecer a grande lição de Pessoa – “Aminha pátria é a língua portuguesa” - a palavraescrita, o espaço vital, a força indelével da língua!n

A professora Manuela Marques

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 20118

Apesar de reconhecer que adebilitada conjuntura económicado país carece de medidas e desoluções eficazes na geração dereceita, a Direcção da EscuderiaCastelo Branco (ECB) apresentaa sua posição de contestaçãorelativa à implementação ecobrança de portagens na A23.

Enquanto organizador deeventos turísticos, do segmentomotorizado, e, consequente-mente, angariador de receitas

para o tecido económico daregião, a ECB considera queesta medida conduzirá ao agra-vamento das condições socio-económicas das nossas popula-ções, à perda de competitividadedas nossas empresas e à reduçãosignificativa do fluxo turísticoaos nossos concelhos, podendo,a médio prazo, gerar efeitosnegativos na taxa de desem-prego.

Ao longo dos 47 anos de

existência, a ECB, através dosseus eventos e da capacidadedestes para a atracção deturistas, demonstrou que amobilidade permitida peloseixos rodoviários nacionais eibéricos, nos quais esta região secentra, são fundamentais para ocrescimento e o reconhecimentodo nosso distrito, das nossaspotencialidades e dos nossostecidos populacionais e econó-micos.

A ECB, enquanto entidade deutilidade pública e agentedinamizador da região, alertapara os efeitos negativos emultissectoriais que as medidasde cobrança de portagens naA23 poderão provocar nesteterritório em pleno desenvol-vimento económico e empresa-rial.n

Luis Filipe Moreira, Presidente da ECB

No passado a região que hoje éconhecida por Pinhal Interior erarasgada por veredas e caminhos debois abertos pela força do homemcom a ajuda de utensílios rudi-mentares e, que permitiam a liga-ção entre os lugares à sede doConcelho. Através destes percur-sos sinuosos duma geografia aci-dentada circulavam os viajantes àprocura de meios de subsistênciaescassos nos locais onde viviamou para adquirir novos saberestransmitidos de geração emgeração através da experiência.

Muitas serão as memóriasdesses percursos e dos locais queas suas gentes de uma forma muitoárdua viveram e que importatrazer à memória como homena-gem e razão do nosso “ser” comopovo.

Entre nós já não estão muitosdaqueles que vivenciaram essarealidade, no entanto, a glória davida mantém alguns que a poderãotestemunhar, é o caso de Maria daConceição, com os seus 99 anosde idade e muita lucidez partilha amemória que reteve dessaexperiência vivida nos caminhossinuosos entre a Panasqueira (local onde nasceu) e a Póvoa daRibeira no Concelho de Oleiros.

Ainda jovem e para ajudar nasubsistência da família numerosaprecisava de aprender um ofícioque contribuísse para comple-mentar as necessidades básicas,que no caso era aprender a fazer aroupa para vestir o rancho deirmãos. Para isso..... o meu paimandou-me aprender costura paraa Póvoa da Ribeira, recomendadopor um senhor das Rabaças , nãome deixou ir para Oleiros porqueera uma moça nova e podia-me láperder ...... denota-se apreocupação existente naprotecção da mulher que à época

não seria normal sair parafora da terra.

........A primeira vez quefui da Panasqueira à Póvoada Ribeira fui com o meuirmão, a partir daí fuisempre sozinha a pé......,saía de casa ainda de noite echegava lá antes do meiodia, passava por várioslocais....Casalinho, Amei-xoeira, Retaxo, Vale doOrvalho.......descia a encos-ta atravessava a ribeirasaltando de pedra em pedraporque não havia nenhumpontão.....continuava porveredas até chegar aocaminho de bois que ligavaa sede de freguesia à Póvoada Ribeira era através destesinuoso percurso que chegava àcasa da minha Mestra.

....Fiquei a viver na casa daminha Mestra, mas para isso tiveque levar o colchão para dormir ea panela para fazer a sopa, passei afazer parte da família e colaboravaem tudo aquilo que era necessáriofazer.....Quando íamos guardar asovelhas a Mestra levava o tecidopara cortar e alinhavar e depois emcasa cozia à máquina ....ainda melembro da Azenha, da Eira....(havia lá uma pereira que davaperas muito boas.....ainda lá está? ,e da Horta Someira e daTojeira......, íamos para todo olado, tratar das hortas semear asbatatas e apanhar a azeitonaquando era o tempodela.....gostava muito de ir com aminha Mestra......, acompanhava-apara todo o lado......

Em casa também havia muitoque fazer.....havia as galinhas, oscoelhos e os porquitos paratratar....aí!!!!í,..... ainda me lembroquando havia trovoada a capoeiracom os pintos e as galinhas ia tudo

por água abaixo ....havia meiopalmo de água em casa tive quesubir para cima de uma arca edepois fugir para casa da Ti Isabelque ficava lá no alto... A naturezaa fazer das suas, mas a vidacontinuava, o assunto não eradigno de notícia nem de aberturade telejornais, a televisão emPortugal estava muito distante notempo e no dia seguinte havia querecomeçar sem lamento.

Como aprendiz de costuracholiava a roupa, pregava botões,arremendava, fazia bainhas earrematava as pontas....., não ia àmáquina e nunca cortei a obra, sóno último dia é que a minhaMestra me deixou ir àmáquina.......O trabalho nunca seacabava........e nas festas deJaneiro e do Espírito Santo eraquando havia mais trabalho.......Aroupa vestia-se nessa época eandavam todo o ano com ela sema tirarem, ficava toda esfarrapadae muito suja......ohh.....,naqueletempo era uma mséria .....Asfreguesas de vez em quandolembravam......oh Emília faz o mê

chambre (blusa) olha dou-teum litro de azete parafazeres as felhoses “.......

A forma de pagamentotradicional era na maioriados casos pagos em génerosdada a escassez dedinheiro,....... pagavam comcoisas da terra, porque nãohavia dinheiro......, mas àsvezes também pagavamcom dinheiro, por umablusa levava 10 tostões ...erauma mséria......não dava pranada “.......,e fazíamos todoo tipo de roupa para homeme mulher.

Apesar das locaisPanasqueira e Póvoa daRibeira se situarem nomesmo Concelho à época os

hábitos culturais e linguagemtinham algumas diferenças,diferenças essas que tentamosreproduzir através de algunsdiálogos que foram relatados commuita emoção, algo de estranho esurpresa do desconhecido: ....... Aminha Mestra dzia-me “......OhMaria vai ao forro busquer umaBalaia para trazer as beijinhas dahorta..., subi e desci sem nada,....atão nom é que uma Balaia naminha terra era um cesto para asardinha .....oh Maria vai apanheruma manada de couves.....umamanada!!!!!, na minha terra umamanada eram muitosporcos....,que passavam de terraem terra levados pelosalmocreves para venderem.......ohMaria vai busquer um molho deempas para as ovelhas, aííí!!!......,na minha terra eramcarvalheiros!!! ( Ervedeiros)........e ainda hoje me lembro comsaudade o esparregado de favasque comi em casa da TiGuilhermina na Eira ...... nuncatinha comido e nom é que nunca

mais voltei a comer!!!! “ (Risos).Ao se integrar na família passou

a fazer parte daquela comunidade,e de uma forma muito sentidadiz......... “trataram-me lá muitobem.... as cachopas da TiHermínia, de quem era muitoamiga quiseram fazer-me ocasamento ......oh Maria, fica cáades casar com o mé irmão....,iam-me esperar à ponte, mas eunam engraçava com ele....era odestino....(risos)”. Fui sempremuito bem tratada e a Mestragostava muito de mim......Ía paratodo o lado com ela......um diafomos visitar uns primos àsSarnadas......, foi terra que nuncamais lá voltei “.

Este relato é uma históriasimples, mas que demonstra bem aforça e a energia que as gentes daBeira Interior tiveram que vencerpara no seu meio sobreviver. Éesta herança cultural que nos diasde hoje continua a fazer sentidotransposta para âmbito nacional “Será que a crise não poderia serminorada se vivêssemos emfunção das nossas potencialidades,e, não importar do exterior aquiloque temos cá dentro......, será queem algumas situações (noInterior), não poderia ser adoptadoo pagamento em géneros em vezde moeda, por exemplo opagamento na troca de serviços detransporte de ambulâncias, escolare apoio domiciliário”. Existe comcerteza excedentário na produçãode alguns géneros que arestauração local poderia adquirirem vez de recorrer ao mini-mercado com as implicações quelhe estão subjacentes. Aqui fica orepto.n

Maria da Conceição RochaCorrespondente em Vilar do BarrocoEmail:[email protected]

Escuderia de Castelo Branco manifesta-se contra as portagens na A23Em prol do desenvolvimento turístico desta região

Memórias de uma aprendiz de costura

2011 MARÇO/ABRIL Jornal de OLEIROS 9

Churrasqueira AlvercaEst. Nac, 238, 6160-303 Oleiros

Tel. 272682 884

APONTAMENTOSDesde 2002 que se desconhecia o seu paradeiro.Cerca de nove anos depois o seu cadáver é encontrado no apartamento

em que vivia sozinha, em Rio de Mouro.Uma vizinha preocupada com o súbito desaparecimento, participou à

Guarda Nacional Republicana, aos sobrinhos e à Polícia de SegurançaPública, a ausência de Augusta, assim se chamava a infeliz.

Mas tudo ficou como dantes, ninguém se interessou, ninguéminvestigou o desaparecimento da D. Augusta, cidadã anónima entremilhões.

Depois de Augusta, a comunicação social deu-nos a conhecer novoscasos de idosos que jaziam em casa, sós e abandonados.

Quase todos nos grandes centros urbanos, onde sinal dos tempos, sevive numa correria, numa selva de pessoas, muitas delas que seencontram todos os dias mas que não se conhecem.

A D. Augusta foi encontrada graças a uma penhora das Finanças queteve como última consequência a venda em leilão do apartamento ondejazia.

Triste destino o de D. Augusta que graças ao Fisco foi encontrada.Ou melhor, a contribuinte Augusta, porquanto a cidadã continua

desaparecida.n

“ARCO” de Oleiros parte confiante

para a Taça José FarrombaComeça em 6 de Março, OLEIROS vai de imediato a VV Ródão,

enquanto o Escalos recebe o Vilarregense, folgando na primeira jornadao Teixosense.

O “ARCO” de Oleiros, de acôrdo com o Presidente Ramiro Roque,parte confiante e diz o Presidente, “é um objectivo prioritário para oclube e estamos concentrados nele”. “Defendemos que a final deverealizar-se em Oleiros, outro objectivo importante”.

Também o Capitão ( Quim Garcia ) “não tenho dúvidas da capacidadeda equipa, dos bons jogos com que finalizou a primeira fase da LigaCovifil e estou seguro de um resultado de acôrdo com as expectativas,deixando ainda um apêlo à mobilização dos Oleirenses para que nãofaltem com o necessário apoio à equipa”.

O Jornal de Oleiros que tem assistido a excelentes exibições, nãofaltará com o seu apoio à equipa.n

OLEIROSREPETE

SUCESSO NA BTL

Como vem sendo hábito,Oleiros esteve presente na Bolsade Turismo de Lisboa (BTL)promovendo as suas enormespotencialidades.

A parte gastronómica foi umsucesso absoluto e o pavilhãoesteve sempre completamentecheio de pessoas interessadas emsaber mais sobre a região.

Na noite de sábado, o nossoRancho Folclórico deu brilho auma sessão extraordinária e muitoaplaudida.

Aposta ganha seguramente.n

Os principais Partidos, “Arru-mam a casas…” e preparam-separa o futuro que pode envolvereleições ainda este ano.

O “CDS” faz o seu 24º Congres-so em Viseu nos dias 19 e 20 deMarço, após a retumbante vitóriado Dr. Paulo Portas nas directas, éde esperar que na sua Moçãoindique as “grandes linhas de ori-entação política” sendo seguro queas últimas matérias que abordounão serão excluídas, nomeada-mente a perspectiva de umGoverno PSD/CDS e as suasimplicações.

Este Partido acabou de elegerPedro Martins de Jesus como líderdistrital, sucedendo a Próspero dosSantos que ficou como Presidenteda Assembleia e, também a Con-celhia de Oleiros onde elegeramJosé Libério.

O “PSD”, ainda sem Congressomarcado vai preparando umGoverno e, ao mesmo tempo, re-novando as estruturas.

Na “JSD” de Oleiros foi eleitoPresidente Rui Silva que natomada de posse contou com apresença de Quadros e Deputadosdo Distrito em quantidade e quali-dade que surpreenderam.

Na Concelhia do PSD aguarda-se a decisão de Alfredo de JesusMartins, actual Presidente quepode ou não recandidatar-se. Onosso jornal contactou directa-mente o Presidente que não adian-tou uma decisão.

Fontes bem informadas e conhe-cedoras, dizem-nos que nada seráfeito sem que José Santos Mar-ques, Presidente da Câmara deOleiros indique uma opinião queserá decisiva.

Recordamos que José SantosMarques integrou a Comissão deHonra do Presidente Cavaco Silva.As mesmas fontes dizem-nos que nocaso de Alfredo de Jesus não avan-

çar, seguramente será Victor Antu-nes, actual Vereador da Câmara a as-sumir tal candidatura o que as mes-mas fontes consideram absoluta-mente normal e até justo devido aotrabalho e dedicação a Oleiros.

No caso do PS, não consegui-mos grandes novidades a não serno empenhamento do Partido noGoverno e só após o Congressoem que José Sócrates é recan-

didato haverá evoluções, sendocerto que Joaquim Morão, Presi-dente da Câmara de Castelo Bran-co e da distrital é intocável.

O nosso jornal vai agora iniciaruma ronda de contactos com asfiguras já eleitas para conhecer emdetalhe o que os norteia para ofuturo.n

PF

POLÍTICA REGIONAL

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 201110

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

PEQUENOS ANÚNCIOS

Página Escolha a secção (assinale com um X)q Habitação q Aluga-se q Compra-seq Automóveis q Vende-se q Precisa-seq Classificados q Oferece-se q Diversos

Preencha o cupão, recorte-o e envie para:JJoorrnnaall ddee OOlleeiirrooss

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Jornal deOLEIROS

1Módulo15€

2Módulo25€

PREÇOS PARA 1 EDIÇÃOTítulo Texto

Festas de Santa BárbaraLocal: RodaData: 1º Fim de Semana de JulhoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora daAgoniaLocal: UrracaData: 4º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora dasCandeiasLocal: AmeixoeiraData: 1º Fim de Semana deFevereiroÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Santo AmaroLocal: Sendinho de Santo AmaroData: 5º Fim de Semana de MaioÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Santo AntónioLocal:Foz Giraldo Data: 5º Fimde Semana de MaioÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festa do PiãoLocal: PiãoData: 3º Fim de Semana de AbrilÂmbito: Festa Popular

Festas de Nossa Senhora dosBons CaminhosLocal: MouchoData: 2º Fim de Semana de JulhoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora doBonfimLocal: PisoriaData: 4º Fim de Semana deDezembroÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de S. BartolomeuLocal: Quartos de ÁquemData: 3º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de S. José das PóvoasLocal: Póvoas (Estreito)

Data: 1º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de São Francisco de AssisLocal: AmieiraData: 3º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora daConfiançaLocal: Ribeira da IsnaData: 2º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora dosRemédiosLocal: Sendinho da SenhoraData: 15 de AgostoÂmbito: Festa Popular eReligiosda

Festas de Nossa Senhora dasNevesLocal: RoqueiroData: 1º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora da PazLocal: MilricoData: 3º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Nossa Senhora dasDoresLocal: Vale SoutoData: 3º Fim de semana de JulhoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de São Miguel e SantaJustaLocal: CavaData: 4º Fim de Semana deSetembroÂmbito: Festa Popular e Religiosa

Festas de Santa MargaridaLocal: AdmoçoData: 2º Fim de Semana deAgostoÂmbito: Festa Popular e Religiosa

AGENDA

É uma frase muito citada e emvoga na Comunicação Social. Poranalogia, lembro-me dos Cami-nhos de Santiago que inúmerosperegrinos, crentes e agnósticos,percorrem, vindos das mais diver-sas origens, convergindo todosnum mesmo destino. Ultrapassamobstáculos e atingem metas comdeterminação e sacrifício, numdesafio pessoal em busca daespiritualidade e de um estado dealma.

Se entendermos por “caminho”,em sentido figurado, o percurso devida de cada um de nós, não possodeixar de lembrar aqueles que nãopuderam alcançar as suas metas,forçados a abandonar a “cami-nhada” prematuramente, deixan-

do-nos uma sensação de perda eum vazio que nada poderá preen-cher.

O João Ramos, o Augusto Fer-nandes, o Zé Afonso, a Júlia Matose a Augusta Martins partiram

deixando-nos lições de vida: noamor à família, na amizade, nabusca da cultura e do conheci-mento sobre as suas raízes, na afa-bilidade, na receptividade ao pro-gresso, na entrega à profissão e aosoutros…Fazem-nos falta e senti-mos a sua ausência: em família,entre os amigos, nas ruas quecalcorreavam, à mesa do café, noJardim, nos convívios de férias...

O “caminho faz-se, caminhan-do” mas este percurso foi, semdúvida, abruptamente interrompi-do.

Até sempre Amigos!n

Ana [email protected]

“O Caminho faz-se, Caminhando”

Vai estar patente em Oleiros,no Posto de Turismo Municipal,de 5 a 26 de Março, a exposição

fotográfica “Perspectivas”, daautoria de Manuel Tavares. Comum cunho bastante pessoal do

autor, esta é uma estreia queexibe o olhar do técnico doMunicípio de Oleiros que aquiassume a sua paixão e talentopela arte de fotografar. ManuelTavares é responsável peloregisto das mais deslumbrantesperspectivas do concelho e demuitas das mais emblemáticasimagens utilizadas por aquelemunicípio na divulgação do pa-trimónio oleirense. Os interes-sados em visitar a exposiçãopoderão fazê-lo, de Terça-feira aSábado, mediante o horário defuncionamento daquela infra-estrutura. n

Manuel Tavares expõe no Posto de Turismo de Oleiros

2011 MARÇO/ABRIL Jornal de OLEIROS 11

Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade:Mensal • Sede: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº., 2765-543 S. Pedro do Estoril • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] •Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nasresidências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos,Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Feliciano Barreiras Duarte, Hugo Francisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques, Soraia Tomaz,Augusto Matos, António Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • FernandoCaldeira da Silva (África Austral) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes(Lisboa) • Fotografia: Rute Antunes, email: [email protected] • Vale do Souto (Mosteiro): Sílvia Martins, email: [email protected] •Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: [email protected]

Jornal de Oleiros - 922 013 273Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180G.N.R – 272 682 311

Farmácias

Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais//Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura//Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

CONTACTOS ÚTEISOOnnddee ppooddee eennccoonnttrraarr oo SSeeuu JJoorrnnaall ddee OOlleeiirrooss

• LISBOA- Papelaria Tabacaria SampaioRua Reinaldo dos Santos, 12-C1500-505 Lisboa• Jardins da Parede- Papelaria Tabacaria ResumosDiáriosAv. das Tílias, nº 136, Lj B• OLEIROS- Papelaria JARDIM• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional238, Ameixoeira 6 100 Oleiros• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A• VILAVELHA DE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Cupão de Assinatura

Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de OleirosAno 2011q Nacional 10,00€ q Apoio (valor livre)q Europa 20,00€

NomeMoradaLocalidade Código Postal -Contr. nº. TelefoneData / /Novo Renovação Nº. AssinanteQuero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixoTransferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643Ass.

Enviar para:Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do EstorilE-mail: [email protected]: (00351) 922 013 273

Jornal deOLEIROS

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Ficha técnica

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com

SEJA CORRESPONDENTE NA SUA FREGUESIAO Jornal de Oleiros tem vindo a alargar a cobertura

a todo o território, evidentemente com especialpreocupação à nossa região.

Possuimos já alguns CORRESPONDENTES emdiferentes freguesias que passarão a constar na fichatécnica do jornal.

Queremos alargar e cobrir todo o território.

Deixamos este convite que serve para divulgar aSua terra, costumes, cultura, necessidades erealizações.

Aqui fica o convite e esperamos adesões através doemail:

[email protected]

Jornal de Oleiros, edição nº. 15, Março de 2011

Jornal de OLEIROS MARÇO/ABRIL 201112

Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq, 6160-418 OleirosTelefones 272688023/925228223Fax 272688024E-mail: [email protected]

Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial eCorporal, Medicina Dentária, Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia ClínicaConsultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga e Dr. Carlos David), Fisiatria (Dr. JoãoSaraiva), Pediatria (Dra. Almerinda Silva ), Ginecologia/Obstetrícia ( Dr. Luis Abreu -Maternidade Bissaya Barreto/Coimbra ), Oftalmologia (Dr. Pedro Nunes) e Analises ClínicasAcordos com, ADSE, PT, Médis, Multicare, Mondial Assistance, CGD, Clinicard, Fidelidade, Mundial, Império Bonança

Desde 2006 que Oleiros integra oGeopark Naturtejo da Meseta Meri-dional, juntamente com osmunicípios de Castelo Branco, Ida-nha-a-Nova, Nisa, Proença-a-Nova eVila Velha de Ródão, num vasto ediversificado território com 4617km2. Toda esta região constitui oprimeiro geoparque português quefoi integrado nas Redes Europeia eGlobal de Geoparques, sob osauspícios da UNESCO, num novomodelo de desenvolvimento re-gional assente no Património Geoló-gico.

A História da Terra é, assim, o elounificador deste território que unediferentes tradições e costumes e,para contar esta história com quase600 milhões de anos, sugere-se avisita aos dezasseis geomonumentosdo Geopark Naturtejo, locais que sedestacam não só pela sua belezanatural e paisagística mas tambémpela memória da Terra queencerram. Em Oleiros decifra-se aedificação das montanhas, com aimponente Serra do Moradal, ven-cida pela força das águas naGarganta do Zêzere, o desenho

sinuoso dos gigantescos meandrosdeste rio que corre encaixado nasrochas xistentas e os véus de águacintilante das Cascatas da Fraga daÁgua d’Alta.

Um geoparque tem como prin-cipais objectivos a Conservação doseu património geológico dereconhecido valor, a Educação parauma cidadania mais consciente eactiva e o Geoturismo. O Geo-turismo é um segmento do Turismode Natureza, baseado na geodi-versidade, que integra o patrimóniohistórico-cultural e o patrimónionatural, numa interpretação inte-gradora das paisagens, como resul-tado de longos processos naturais eda sua transformação pelo Homem.Num geoparque, este segmento émotor de desenvolvimento socio-económico, potenciando o desenvol-vimento de infra-estruturas turís-ticas.

No concelho de Oleiros, ainstalação de unidades hoteleiras, aimplementação de percursos pedes-tres e a criação de eixos temáticostem crescido, sabendo aproveitar osrecursos naturais e culturais

endógenos que esta região conserva. Durante o Festival da Paisagem,

integrado na Semana Europeia deGeoparques que decorre todos osanos no final de Maio-início deJunho, Oleiros tem sido prepon-derante na celebração do patrimóniogeológico, da biodiversidade e dariqueza histórico-cultural doGeopark Naturtejo, a par com osoutros 41 geoparques europeus,dinamizando um conjunto deactividades variado desde semi-nários, a visitas guiadas, concertos(destaque-se o concerto “PelosMeandros da Música”, em 2009),exposições e muitas outras inicia-tivas. Por outro lado, também têmsido desenvolvidas novas abor-dagens para produtos tradicionais,como no Concurso GeoDoce, em2009, donde resultaram os “XistosDoces”, “Olheiros”, “Meandros doZêzere” e “Margaridas”, entre outrasiguarias inspiradas no patrimónionatural do concelho.

A GeoRota do Orvalho é umexemplo para todo o territórioNaturtejo, no que toca à conservaçãodo património natural através de um

eixo de visita bem estruturado ediferenciador, potenciando a suapromoção e a do Geopark Naturtejo,em actividades turísticas que muitovisitantes têm trazido a Oleiros.

Com a integração deste territórionas Redes Europeia e Global deGeoparques, o património geológicode Oleiros é equiparado ao dosrestantes 41 geoparques europeus e35 espalhados pela América doNorte, América do Sul, Ásia eOceânia. A entrada nestas redes, sobos auspícios da UNESCO, obedeceu

a um processo exigente que avalioudetalhadamente todo o território aonível dos recursos endógenos e dasua protecção, estratégias e projectosde desenvolvimento e infra-estru-turas e a manutenção deste estatutoenvolve reavaliações periódicas queauscultam o desenvolvimento daregião, a implementação de medidasde conservação, o progresso daoferta (geo)turística e o envol-vimento com a Rede Europeia deGeoparques. O Geopark Naturtejoestará sujeito a um processo deavaliação durante o ano de 2011,pelo que será necessário, mais doque nunca, um trabalho de estreitacolaboração entre todos os muni-cípios, que Oleiros sempre soubemotivar.

Oleiros na Rede Europeia de Geoparques

A Rede Europeia de Geoparques éuma estrutura dinâmica, queacompanha permanentemente todosos territórios, através de reuniõesfrequentes, projectos combinados evisitas ao terreno. A promoção dosgeoparques europeus é feita emconjunto, através do website da rede(www.europeangeoparks.org), deum livro sobre todos os geoparquespertencentes à rede, uma revistaanual, feiras internacionais degeoparques, eventos como a SemanaEuropeia de Geoparques ou a Confe-rência Europeia de Geoparques, eatravés do intercâmbio de expo-sições.n

Joana RodriguesGeóloga do Geopark Naturtejo

Passeio de kayak pelos meandros do rio Zêzere, em Álvaro, éapenas uma das muitas potencialidades geoturísticas de Oleiros.

Oleiros no Geopark Naturtejo