ONa sequência do estudo da Carta - adautomatos.com.br · capítulo 7 da epístola. OO sacerdócio de Jesus é ... o autor, então, vai rememorar a história de Melquisedeque, o rei

ONa sequência do estudo da Carta

aos Hebreus, analisaremos o

capítulo 7 da epístola.

OO sacerdócio de Jesus é superior.

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O O autor aos hebreus retoma o argumento a respeito da superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao sacerdócio levítico, a fim de explicar porque Jesus é chamado de “sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque”, como se encontra no Sl.110:4.

O Para explicar a respeito da superioridade de Cristo, o autor, então, vai rememorar a história de Melquisedeque, o rei de Salém que sai ao encontro de Abrão, depois que este vence os exércitos dos reis que haviam atacado as cidades da planície, resgatando, assim, o seu sobrinho Ló (Gn.14).


OMelquisedeque é apresentado como:

a) rei-sacerdote (Hb.7:2) ;

b) “rei de justiça” (Hb.7:2), superior a Arão e seus sucessores;

c) “rei de paz” (Hb.7:2);

d) “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb.7:3);


O Cada aspecto da apresentação de Melquisedeque revela sua superioridade em relação a Arão e seus sucessores, pois estes:

a) nunca foram reis:

b) surgiram em virtude de um ato de injustiça (episódio do bezerro de ouro);

c) nunca conseguiram estabelecer a comunhão entre Deus e os homens;

d) eram temporários e passageiros, não puderam suplantar o limite da morte.


O Melquisedeque é apresentado como “grande sacerdote”, porque o patriarca Abrão lhe deu o dízimo de tudo (Hb.7:4).

O Se quem deu dízimo a Melquisedeque foi o próprio Abraão, que é o patriarca de todos os judeus, os sacerdotes levíticos também deram dízimos a Melquisedeque, já que seu ancestral o fez.


O O sacerdócio de Melquisedeque é superior ao sacerdócio levítico, pois o sacerdócio levítico, através de Abraão, deu dízimos a Melquisedeque,

O Para os sacerdotes levíticos, Melquisedeque tem de ser considerado como sacerdote superior, até porque, na própria lei, os sacerdotes dizimavam para Arão, que era o sumo sacerdote, ou seja, um sacerdote superior a eles. No entanto, Arão, que também estava nos lombos de Abraão, deu dízimos a Melquisedeque, sendo este, pois, superior.


O Melquisedeque abençoou a Abrão, que era o portador das promessas divinas (Hb.7:6).

O A lei é inferior às promessas de Abraão e o portador das promessas dizimou a Melquisedeque, o que faz com que este sacerdócio se torne realmente “grande”, já que o próprio portador das promessas é objeto da bênção de Melquisedeque e “sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior” (Hb.7:7).


O O autor passa a demonstrar que o sacerdócio de Cristo é da ordem de Melquisedeque, ou seja, tem as mesmas características daquele “sacerdote do Deus Altíssimo”, que, portanto, é uma figura, uma ilustração, um tipo do sacerdócio de Cristo.

O Se o sacerdócio de Melquisedeque é superior ao sacerdócio levítico, tem-se, por óbvio, que a perfeição não pertence ao sacerdócio levítico, pois nada que é perfeito pode ter algo que lhe seja superior.


O Segundo Edward Reese e Frank Klassen, o Salmo 110 foi elaborado por Davi logo após a revelação da promessa messiânica ao rei, por intermédio do profeta Natã, o que reforça a ideia de um sacerdócio real e, também, de eternidade, já que, na profecia dada a Davi, foi dito que a sua casa reinaria para sempre sobre Israel (II Sm.7:13; I Cr.17:12).

O Ao indicar que viria um outro sumo sacerdote, eterno e segundo a ordem de Melquisedeque, Davi está a anunciar que o sacerdócio levítico não era perfeito e que seria substituído por outro, que lhe era superior.


O Quando se muda o sacerdócio, necessariamente se tem mudança de lei e, portanto, não podia o sacerdócio da ordem de Melquisedeque se guiar pela lei de Moisés.

O Este sacerdote, anunciado logo após a promessa messiânica dada a Davi, é um sacerdócio vinculado à realeza, assim como era Melquisedeque, e não devia sua constituição pela linhagem, pela “lei do mandamento carnal”, já que a linhagem está vinculada à descendência biológica, mas, sim, pela “virtude da vida incorruptível” (Hb.7:16).


O O sacerdócio levítico, não tendo a “virtude da vida incorruptível”, encontra-se contaminado pela fragilidade e pela inutilidade, daí a necessidade de ser abrogado, ou seja, substituído por um outro que lhe seja superior.

O O sacerdócio levítico é fraco porque não pôde vencer o pecado, deixou-se contaminar pelo pecado. É inútil, porque, como ele é imperfeito, não tem condições de aperfeiçoar os homens, visto que o sacerdócio é incapaz de tornar os homens perfeitos, já que os próprios sacerdotes não o são.


OA instituição do sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque se dera através de um juramento.

OO salmista diz que o Senhor jurou ao instituir esta ordem sacerdotal: “Jurou o Senhor e não Se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl.110:4).


O Quando da instituição do sacerdócio levítico, não houve qualquer juramento. Tal fato, segundo o autor aos hebreus, é mais um sinal de que o sacerdócio de Cristo é superior ao da “ordem de Arão”.

O O juramento divino é a prova de que o sacerdócio da ordem de Melquisedeque é eterno e imutável, pois, tendo Deus jurado, não pode tal sacerdócio ser modificado ou substituído, visto que Deus não muda (Ml.3:6) e é eterno.


O O sacerdócio de Cristo é um sacerdócio perpétuo, eterno, que não tem limite, até porque o sacerdote não mais morrerá, pois ressuscitou e vive para todo o sempre (Ap.1:18), sempre estando, pois, a interceder pelo povo (Is.53:12).

O Cristo, ao contrário dos sacerdotes da ordem de Arão, é um sumo sacerdote santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime que os céus.


O Por não ter pecado, o Senhor Jesus não precisa oferecer sacrifícios por Si mesmo, tendo Se santificado a Si mesmo para nos poder santificar (Jo.17:19; Hb.2:11), enquanto que os sacerdotes da ordem de Arão precisam, primeiro, oferecer sacrifícios por seus próprios pecados, para só, então, depois, oferecer sacrifícios pelo povo (Hb.7:27).

O Por isso mesmo, o Senhor Jesus ofereceu um único sacrifício, que é perfeito, que tirou o pecado do mundo, sacrifício este que teve como vítima o próprio Cristo, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29).


O A “palavra do juramento” veio depois da lei, já que foi dada pelo salmista Davi, a mostrar, portanto, que se trata de algo que tem de substituir a lei, que tem de vir para obter o que a lei não conseguia fazer por si só.

O É com esta “palavra do juramento” que o Filho é constituído como sacerdote, um sacerdote perfeito e eterno.



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