28
2 Mercado 5 Mídias Scot 6 Mercado de reposição 9 Relação de troca 11 Mercado da carne sem osso 13 Proteínas alternativas 15 Couro e sebo 16 Mercado Futuro 17 Economia 19 Clima 20 Insumos 21 Conjuntura 24 Relação de troca com insumos 26 Agricultura 27 Estatística da pecuária 28 Fique sabendo COURO E SEBO: Aumenta oferta de sebo, mas demanda em alta mantém preços estáveis ESTATÍSTICA DA PECUÁRIA: Cuiabá - MT 15 PÁGINA 27 PÁGINA MERCADO DA CARNE SEM OSSO: Sequência de baixas é interrompida PÁGINA 11 MERCADO DE REPOSIÇÃO: Melhora no poder de compra do recriador em São Paulo 6 PÁGINA Ano 21 5 a 12 de dezembro de 2016 Informativo Pecuário Semanal Seu melhor parceiro para bons negócios BOI & COMPANHIA 1211 PÁGINA 21 E PARA ONDE VAMOS, NO CICLO PECUÁRIO ONDE ESTAMOS O abate de matrizes, a oferta de bezerros e a de boi gordo são parâmetros importantes para entender o ciclo pecuário.

ONDE ESTAMOS - arquivos.sindicatodaindustria.com.brarquivos.sindicatodaindustria.com.br/app/cni_sindicatos/2011/01/10/... · Projeto gráico por Bela Magrela 2 5 a 12 de dezembro

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2 Mercado 5 Mídias Scot 6 Mercado de reposição 9 Relação de troca 11 Mercado da carne sem osso 13 Proteínas alternativas 15 Couro e sebo 16 Mercado Futuro 17 Economia 19 Clima 20 Insumos 21 Conjuntura24 Relação de troca com insumos 26 Agricultura 27 Estatística da pecuária 28 Fique sabendo

COURO E SEBO:Aumenta oferta de sebo, mas demanda em alta mantém preços estáveis

ESTATÍSTICA DA PECUÁRIA:Cuiabá - MT15

PÁGINA

27PÁGINAMERCADO DA CARNE SEM OSSO:

Sequência de baixas é interrompidaPÁGINA

11MERCADO DE REPOSIÇÃO:Melhora no poder de compra do recriador em São Paulo 6

PÁGINA

Ano 21 5 a 12 de dezembro de 2016

Informativo Pecuário Semanal

Seu melhor parceiro para bons negócios

BOI & COMPANHIA1211

PÁGINA 21

E PARA ONDE VAMOS, NO CICLO PECUÁRIO

ONDE ESTAMOS

O abate de matrizes, a oferta de bezerros e a de boi gordo são parâmetros importantes para entender o ciclo pecuário.

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Projeto gráfico por Bela Magrela www.belamagrela.com.br 25 a 12 de dezembro de 2016 • edição 1211

Scot Consultoria • www.scotconsultoria.com.br

Em São Paulo, aos poucos, o viés de baixa no mercado do boi gordo começa a perder força.

A oferta restrita de boiadas tem dificultado o alongamento das programações de abate das indústrias, o que tem feito com que parte dos frigoríficos oferte preços melhores pela arroba dos animais terminados.

Esse cenário é visto também em outras regiões, principalmente, em Minas Gerais e Goiás.

Há ainda algumas indústrias que estão com as escalas de abate mais alongadas, o que permite testar o mercado e ofertar preços abaixo da referência.

Apesar de sazonalmente novembro ser um mês de valorização de preços no mercado do boi gordo, em São Paulo foi registrado queda de 0,3%. Essa desvalorização é justificada pelo lento escoamento da carne no mercado.

Com as margens de comercialização acima da média histórica, o que permite aos frigoríficos pagamentos melhores pela arroba, a demanda por carne bovina é o fator que determinará o rumo do mercado do boi gordo.

CONSUMO EM BAIXA DIFICULTA VALORIZAÇÃO DA ARROBA DO BOI GORDO, MAS OFERTA RESTRITA DE BOIADAS PRESSIONA O MERCADO

TABELA 1.Atacado de carne em SP - R$/kg, à vista.

FIGURA 1.Boi gordo em Araçatuba-SP - R$/@, a prazo.

FIGURA 2.Dianteiro 1x1, R$/kg, à vista.

TABELA 2.Boi gordo internacional.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

MERCADO

Peça 25/11/16 28/11/16 29/11/16 30/11/16 01/12/16

Traseiro 1x1 11,90 11,90 11,90 11,90 11,90

Dianteiro 1x1 7,50 7,50 7,50 7,50 7,50

Ponta agulha charque 7,15 7,15 7,15 7,15 7,65

Traseiro avulso 11,35 11,35 11,35 11,35 11,70

Dianteiro avulso 7,35 7,35 7,35 7,35 7,50

Boi casado (capão) 9,64 9,64 9,64 9,64 9,64

Vaca casada 9,15 9,15 9,15 9,15 9,15

Boi casado (inteiro) 9,40 9,40 9,40 9,40 9,40

Equiv. Físico Boi 144,67 144,67 144,67 144,67 144,67

Equiv. Físico Vaca 137,25 137,25 137,25 137,25 137,25

Equivalente Scot Boi 152,38 152,38 152,38 152,38 152,38

País US$/@

Brasil 44,75

Argentina 53,81

Uruguai 46,50

Paraguai 43,00

Austrália 69,45

Irlanda 58,05

Estados Unidos 65,57

ago

/16

set/

16

ou

t/16

no

v/16

dez

/16

7,2

7,3

7,4

7,5

7,6

7,7

7,8

7,9

8,0

8,1

8,2

8,3

8,4

8,5

8,6

8,7

151,00

152,00

153,00

1/11

3/11

4/11

7/11

8/1

1

9/1

1

10/1

1

11/1

1

14/1

1

16/1

1

17/1

1

18/1

1

21/1

1

22/1

1

23/1

1

24/1

1

25/1

1

28/1

1

29/1

1

30/1

1

1/12

FELIPPE REISé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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Projeto gráfico por Bela Magrela www.belamagrela.com.br 35 a 12 de dezembro de 2016 • edição 1211

Scot Consultoria • www.scotconsultoria.com.br

• MERCADO DO BOI GORDO em @ - Cotações da semana em R$/@, a prazo

SP SP MG MG MG MG GO GO MS MS MS RS RS BA BA MT

Barretos Araçatuba Triângulo Belo Horizonte Norte Sul Goiânia Sul Dourados Campo

GrandeTrês Lagoas Oeste* Pelotas* Sul Oeste Norte

1/12/16 152,00 152,00 146,00 150,00 151,00 149,00 144,00 144,00 140,00 140,00 140,00 5,00 4,90 151,00 164,00 130,00

30/11/16 152,00 152,00 146,00 151,00 150,00 149,00 143,00 143,00 139,00 140,00 140,00 5,00 4,90 151,00 162,00 130,00

29/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 149,00 143,00 143,00 139,00 140,00 140,00 5,00 4,90 150,00 162,00 130,00

28/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 143,00 143,00 140,00 142,00 140,00 4,90 4,85 151,00 162,00 130,00

25/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 143,00 143,00 141,00 142,00 140,00 4,90 4,95 151,00 162,00 130,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7% -0,7% 0,7% 0,7% -0,7% -1,4% 0,0% 2,0% -1,0% 0,0% 2,5% 0,0%

Mês -0,3% -0,3% -0,7% 0,0% 0,0% -0,7% 0,0% -0,7% -3,1% -2,8% -1,4% 3,1% 1,0% 0,7% 5,8% -2,3%

Ano 2,7% 1,7% 5,0% 2,7% 3,4% 2,1% 2,9% 2,5% 2,2% 2,2% 1,8% -3,8% -4,9% 2,0% 9,3% 1,6%

MT MT MT PR SC MA AL PA PA PA RO TO TO AC ES RJ

Sudoeste Cuiabá** Sudeste Noroeste Oeste*** Oeste Marabá Redenção Paragominas Sudeste Sul Norte

1/12/16 129,00 136,00 136,00 154,00 162,00 134,00 158,00 130,00 129,00 131,00 130,00 138,00 133,00 126,50 151,00 151,00

30/11/16 130,00 136,00 135,00 154,00 162,00 134,00 157,00 130,00 129,00 130,00 130,00 138,00 133,00 126,00 151,00 151,00

29/11/16 130,00 136,00 135,00 154,00 162,00 134,00 157,00 130,00 129,00 130,00 130,00 138,00 135,00 126,00 151,00 151,00

28/11/16 130,00 136,00 135,00 154,00 162,00 134,00 157,00 130,00 129,00 130,00 130,00 140,00 135,00 126,00 151,00 150,00

25/11/16 128,00 136,00 135,00 154,00 160,00 134,00 157,00 130,00 129,00 132,00 130,00 140,00 135,00 126,00 151,00 150,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,8% 0,0% 0,7% 0,0% 1,3% -1,5% 0,6% 0,0% -0,8% -0,8% 0,0% -1,4% -1,5% 0,0% 0,0% 0,7%

Mês -3,0% -2,2% -0,7% -0,3% -1,2% -5,6% 3,9% -3,7% -3,7% -3,0% -3,0% -1,4% -3,6% 0,0% -1,0% -0,7%

Ano -2,3% 3,0% 3,4% 0,7% 2,5% -9,8% 2,6% -4,8% -5,8% -5,1% 6,6% -2,8% -5,0% - 2,7% 1,3%

* R$/kg ** Inclui a região de Rondonópolis *** preços para descontar funrural / prazo de pagamento de 20 dias

MERCADO

BOI & COMPANHIA - INFORMATIVO PECUÁRIO SEMANAL - SCOT CONSULTORIAEditor-chefe: Hyberville Paulo D’Athayde NetoEquipe técnica: Alcides de M. Torres Jr., Alex Lopes, André Pinho, Breno de Lima, Felippe Reis, Francisco Woolf, Gustavo Aguiar, Isabella Camargo, Juliana Pila, Marco Silva, Milena Marzocchi, Natália Montelli, Paola Jurca e Rafael Ribeiro.Jornalista responsável: Isabel Torres - MTB 10097Scot Consultoria – Todos os direitos reservados. Este relatório foi preparado para uso de seus assinantes e colaboradores. Para a reprodução é necessária autorização por escrito da Scot Consultoria. Não nos responsabilizamos por negócios realizados através do uso de informações contidas neste informativo.

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Scot Consultoria • www.scotconsultoria.com.br

MERCADO

MT MT MT PR SC MA AL PA PA PA RO TO TO AC ES RJ

Sudoeste Cuiabá** Sudeste Noroeste Oeste*** Oeste Marabá Redenção Paragominas Sudeste Sul Norte

1/12/16 125,00 130,00 131,00 144,00 154,00 121,00 150,00 122,00 121,00 123,00 124,00 130,00 123,00 119,50 145,00 140,00

30/11/16 125,00 130,00 130,00 144,00 155,00 121,00 150,00 121,00 120,00 123,00 124,00 130,00 123,00 119,00 145,00 140,00

29/11/16 125,00 130,00 130,00 144,00 155,00 123,00 150,00 121,00 121,00 123,00 124,00 130,00 125,00 119,00 145,00 140,00

28/11/16 125,00 130,00 130,00 146,00 155,00 123,00 150,00 121,00 121,00 123,00 124,00 132,00 125,00 119,00 145,00 140,00

25/11/16 125,00 130,00 130,00 144,00 155,00 126,00 150,00 121,00 121,00 124,00 124,00 132,00 125,00 119,00 145,00 140,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,0% 0,0% 0,8% 1,4% -0,6% -4,0% 0,0% 0,8% 0,0% -0,8% 0,0% -1,5% -1,6% 0,4% 0,0% 1,4%

Mês -1,6% -0,8% -0,8% 0,0% -0,6% -4,7% 3,4% -2,4% -4,0% -2,4% -1,6% -1,5% -3,9% 0,4% 0,0% 0,0%

Ano -0,8% 4,8% 4,8% 0,7% 3,4% -12,3% 2,0% -3,9% -4,3% -5,7% 6,9% -3,7% -5,4% - 6,6% 3,7%

* R$/kg ** Inclui a região de Rondonópolis *** preços para descontar funrural / prazo de pagamento de 20 dias

• MERCADO DA VACA GORDA em @ - Cotações da semana em R$/@, a prazo

SP SP MG MG MG MG GO GO MS MS MS RS RS BA BA MT

Barretos Araçatuba Triângulo Belo Horizonte Norte Sul Goiânia Sul Dourados Campo

GrandeTrês Lagoas Oeste* Pelotas* Sul Oeste Norte

1/12/16 143,00 143,00 138,00 144,00 141,00 137,00 137,00 137,00 136,00 136,00 135,00 4,80 4,70 145,00 157,00 126,00

30/11/16 142,50 143,00 138,00 144,00 140,00 137,00 136,00 137,00 136,00 136,00 135,00 4,80 4,70 145,00 155,00 126,00

29/11/16 142,50 143,00 140,00 144,00 140,00 137,00 136,00 137,00 136,00 136,00 135,00 4,80 4,70 145,00 155,00 126,00

28/11/16 142,50 143,00 140,00 144,00 140,00 137,00 136,00 137,00 137,00 138,00 135,00 4,75 4,65 147,00 155,00 126,00

25/11/16 142,50 143,00 140,00 142,00 140,00 137,00 135,00 137,00 137,00 137,00 135,00 4,70 4,65 147,00 155,00 126,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,4% 0,0% -1,4% 2,9% 0,7% 0,0% 1,5% 0,0% -0,7% -1,4% 0,0% 2,1% 1,1% -1,4% 2,6% 0,0%

Mês 0,0% -0,3% -2,1% 2,1% -2,1% -2,1% 0,7% -2,1% -1,8% -1,4% -1,5% 5,5% 3,3% 0,7% 9,8% 0,0%

Ano 2,9% 2,1% 6,2% 3,6% 4,4% 2,2% 3,0% 2,2% 2,3% 2,3% 0,7% -4,0% 0,0% 2,1% 6,8% 3,3%

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PRÓXIMOS EVENTOS • SCOT CONSULTORIA

EVENTOS LOCAL DATA

Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria

Ribeirão Preto - SP 04/04 a 07/04/2017

Encontro dos Encontros da Scot Consultoria Ribeirão Preto - SP 03/10 a

06/10/2017

MÍDIAS @SCOTCONSULTORIATWITTER FACEBOOK INSTAGRAM

AGENDA SCOT

NO ACUMULADO DE NOVEMBRO, EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA IN NATURA APRESENTOU QUEDASegundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de novembro (doze dias úteis), o Brasil exportou 49,6 mil toneladas de carne bovina in natura.

No período, o volume diário embarcado foi de 4,1 mil toneladas, queda de 0,8% frente ao mês anterior. Se o ritmo de exportação diária se mantiver, o volume total de carne bovina in natura embarcado em novembro será de 82,7 mil toneladas. Volume 17,1% menor na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Encontro de Analistas da Scot Consultoria - debate sobre macroeconomia, suas incertezas e impactos no Agro

GRÁFICO: EVOLUÇÃO DE PREÇOS DA SACA DE MILHO DE JANEIRO/2015 ATÉ 24/NOVEMBRO/2016Em 2016, as projeções de mercado da Scot Consultoria se consolidaram e após forte alta de preços nos primeiros seis meses do ano, no segundo semestre as cotações da saca recuaram.

Em curto prazo a expectativa é de mercado mais frouxo, mas os estoques enxutos devem limitar as desvalorizações no mercado interno.

Oferta restrita de boiadas e demanda por carne bovina balizam o mercado do boi gordo.

Pecuária leiteira: recuos nos preços dos alimentos concentrados energéticos e fertilizantes puxaram a queda nos custos de produção.

Café: a saca de 60 quilos do café arábica teve valorização de 12,1% no acumulado de julho a novembro deste ano.

Milho exportação: em novembro, o volume embarcado foi 82,3% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

Soja: no Brasil, as cotações do grão subiram em novembro, com o dólar voltando a se valorizar em relação ao real.

A expectativa é de preços mais frouxos no mercado de fertilizantes, em função da demanda mais fraca neste período de final de ano.

Dia 1 de dezembro

Dia 25 de novembro

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Mais uma semana de queda no mercado de reposição. Na média de todas as categorias de machos anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, a queda nos últimos sete dias foi de 0,4%.

As incertezas quanto ao mercado do boi gordo vêm sendo o principal fator que afasta os compradores.

Em São Paulo, o bezerro desmamado (6@) está cotado em R$1,18 mil e o boi magro (12@) em R$1,93 mil. Na comparação com o mesmo período de 2015, os preços são 12,6% e 2,5% menores, respectivamente.

TABELA 1. Indicador bezerro Esalq/BM&F - MS, à vista.

Fonte: Esalq/BM&F • Elaboração: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected] DE REPOSIÇÃO

Data R$/kg R$/cabeça US$/cabeça

30-nov 6,09 1.248,21 368,64

29-nov 6,02 1.255,33 369,54

28-nov 6,08 1.250,37 369,60

25-nov 5,96 1.246,68 365,27

24-nov 5,89 1.241,64 366,37

MELHORA NO PODER DE COMPRA DO RECRIADOR EM SÃO PAULOEm um ano, a relação de troca apresentou queda de 15,0%. Fo

to: B

ela

Mag

rela

na

Faze

nda

Alta

Bag

agem

Ediç

ão: B

ela

Mag

rela

Por outro lado, no mesmo período a arroba do boi gordo apresentou alta de 1,7% no estado. Assim, o poder de compra do pecuarista melhorou no período.

Atualmente são necessária 7,8 arrobas de boi gordo para a compra de uma cabeça de bezerro desmamado. Queda de 15,0% em relação a dezembro de 2015, quando essa relação de troca estava em 9,1, a pior da série histórica que se inicia em 1996.

Em curto prazo, fica a expectativa quanto aos preços no mercado do boi, para incentivar, ou não, a procura pelos animais de reposição.

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Líder em suplementação de alta tecnologia

MERCADO DE REPOSIÇÃOMACHO NELORE

BOI MAGRO 360kg 12@ GARROTE 18M 285kg 9,5@ BEZERRO 12M 225kg 7,5@ DESMAMA 8M 180kg 6@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1930,00 1,30 SP 1590,00 1,58 SP 1310,00 1,91 SP 1180,00 2,13

MG 1730,00 1,39 MG 1460,00 1,65 MG 1230,00 1,96 MG 1060,00 2,27

GO 1840,00 1,29 GO 1520,00 1,56 GO 1240,00 1,92 GO 1100,00 2,16

MS 1780,00 1,30 MS 1480,00 1,56 MS 1280,00 1,80 MS 1170,00 1,97

BA 1840,00 1,35 BA 1520,00 1,64 BA 1280,00 1,95 BA 1070,00 2,33

MT 1700,00 1,25 MT 1480,00 1,44 MT 1210,00 1,76 MT 1080,00 1,97

PR 1920,00 1,32 PR 1600,00 1,59 PR 1380,00 1,84 PR 1190,00 2,14

PA 1580,00 1,36 PA 1310,00 1,64 PA 1140,00 1,88 PA 960,00 2,23

RO 1570,00 1,37 RO 1420,00 1,51 RO 1080,00 1,99 RO 1020,00 2,10

TO 1690,00 1,35 TO 1490,00 1,53 TO 1260,00 1,81 TO 1060,00 2,15

MA 1580,00 1,40 MA 1330,00 1,66 MA 1150,00 1,92 MA 980,00 2,26

RJ 1830,00 1,36 RJ 1540,00 1,62 RJ 1410,00 1,77 RJ 1130,00 2,20

MACHO MESTIÇO

BOI MAGRO 330kg 11@ GARROTE 18M 240kg 8@ BEZERRO 12M 195kg 6,5@ DESMAMA 8M 165kg 5,5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1760,00 1,43 SP 1330,00 1,89 SP 1140,00 2,20 SP 1020,00 2,46

MG 1540,00 1,56 MG 1220,00 1,97 MG 1020,00 2,36 MG 890,00 2,71

GO 1660,00 1,43 GO 1220,00 1,95 GO 990,00 2,40 GO 880,00 2,70

MS 1560,00 1,48 MS 1250,00 1,85 MS 1090,00 2,12 MS 1000,00 2,31

RS* 1730,00 1,40 RS* 1420,00 1,71 RS* 1160,00 2,09 RS* 970,00 2,50

SC* 1910,00 1,40 SC* 1640,00 1,63 SC* 1400,00 1,91 SC* 1200,00 2,23

BA 1660,00 1,50 BA 1270,00 1,96 BA 1010,00 2,47 BA 860,00 2,90

MT 1550,00 1,37 MT 1240,00 1,72 MT 1050,00 2,03 MT 940,00 2,26

PR 1710,00 1,49 PR 1340,00 1,90 PR 1170,00 2,17 PR 1010,00 2,52

PA 1420,00 1,51 PA 1100,00 1,95 PA 890,00 2,41 PA 760,00 2,82

RO 1420,00 1,51 RO 1190,00 1,80 RO 1000,00 2,15 RO 870,00 2,47

TO 1520,00 1,50 TO 1250,00 1,82 TO 1010,00 2,25 TO 880,00 2,59

MA 1430,00 1,55 MA 1120,00 1,97 MA 980,00 2,26 MA 850,00 2,60

RJ 1670,00 1,49 RJ 1290,00 1,93 RJ 1210,00 2,06 RJ 970,00 2,57

* RS e SC referem-se a animais de cruzamento industrial (peso de referência do gado nelore)

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MERCADO DE REPOSIÇÃOFÊMEA NELORE

VACA BOIADEIRA 315kg 10,5@ NOVILHA 18M 255kg 8,5@ BEZERRA 12M 180kg 6@ DESMAMA 8M 150kg 5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1420,00 1,77 SP 1180,00 2,13 SP 960,00 2,61 SP 870,00 2,88

MG 1420,00 1,70 MG 1150,00 2,09 MG 940,00 2,56 MG 800,00 3,01

GO 1380,00 1,72 GO 1110,00 2,14 GO 880,00 2,70 GO 770,00 3,09

MS 1420,00 1,63 MS 1170,00 1,97 MS 920,00 2,51 MS 840,00 2,75

BA 1260,00 1,98 BA 1170,00 2,13 BA 890,00 2,80 BA 750,00 3,32

MT 1330,00 1,60 MT 1100,00 1,94 MT 880,00 2,42 MT 760,00 2,80

PR 1530,00 1,66 PR 1320,00 1,93 PR 1160,00 2,19 PR 970,00 2,62

PA 1260,00 1,70 PA 1060,00 2,02 PA 780,00 2,75 PA 670,00 3,20

RO 1170,00 1,83 RO 1020,00 2,10 RO 870,00 2,47 RO 760,00 2,82

TO 1260,00 1,81 TO 1130,00 2,02 TO 940,00 2,42 TO 800,00 2,85

MA 1210,00 1,83 MA 1010,00 2,19 MA 790,00 2,80 MA 710,00 3,11

RJ 1400,00 1,78 RJ 1270,00 1,96 RJ 970,00 2,57 RJ 800,00 3,11

FÊMEA MESTIÇA

VACA BOIADEIRA 315kg 10,5@ NOVILHA 18M 255kg 8,5@ BEZERRA 12M 180kg 6@ DESMAMA 8M 150kg 5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1280,00 1,96 SP 1070,00 2,34 SP 810,00 3,10 SP 730,00 3,44

MG 1340,00 1,80 MG 1050,00 2,29 MG 790,00 3,05 MG 670,00 3,60

GO 1260,00 1,89 GO 1000,00 2,38 GO 740,00 3,21 GO 660,00 3,60

MS 1310,00 1,76 MS 1050,00 2,20 MS 780,00 2,96 MS 720,00 3,21

RS* 1330,00 1,82 RS* 1220,00 1,99 RS* 900,00 2,70 RS* 790,00 3,07

SC* 1580,00 1,69 SC* 1410,00 1,90 SC* 1080,00 2,48 SC* 930,00 2,87

BA 1190,00 2,09 BA 1050,00 2,37 BA 760,00 3,28 BA 640,00 3,89

MT 1260,00 1,69 MT 1030,00 2,07 MT 770,00 2,76 MT 650,00 3,27

PR 1440,00 1,76 PR 1240,00 2,05 PR 1050,00 2,42 PR 840,00 3,03

PA 1200,00 1,79 PA 950,00 2,26 PA 670,00 3,20 PA 570,00 3,76

RO 1100,00 1,95 RO 920,00 2,33 RO 740,00 2,90 RO 650,00 3,30

TO 1200,00 1,90 TO 1060,00 2,15 TO 850,00 2,68 TO 720,00 3,16

MA 1150,00 1,92 MA 930,00 2,38 MA 700,00 3,16 MA 630,00 3,51

RJ 1330,00 1,87 RJ 1150,00 2,17 RJ 820,00 3,04 RJ 690,00 3,61

* RS e SC referem-se a animais de cruzamento industrial (peso de referência do gado nelore)

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RELAÇÃO DE TROCA: QUANTO VALE SEU BOIANDRÉ PINHO

é engenheiro agrônomo e analista da Scot [email protected]

1,27

1,21

1,14 1,15

1,18 1,18

1,19 1,20 1,19

1,23

1,27 1,29

1,41

1,12

1,16

1,20

1,24

1,28

1,32

1,36

1,40

1,44

no

v-1

5

dez

-15

jan

-16

fev

-16

ma

r-1

6

ab

r-1

6

ma

i-16

jun

-16

jul-

16

ag

o-1

6

set

-16

ou

t-16

no

v-1

6

boi magro média

1,50

1,43

1,37 1,40

1,42 1,42 1,43

1,45

1,45

1,48

1,54

1,59

1,71

1,35

1,40

1,45

1,50

1,55

1,60

1,65

1,70

1,75

no

v-15

dez

-15

jan

-16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun

-16

jul-

16

ago

-16

set-

16

ou

t-16

no

v-16

garrote média

1,71

1,62

1,57 1,60

1,66 1,67

1,69 1,70 1,70 1,74

1,81 1,85

2,00

1,55

1,60

1,65

1,70

1,75

1,80

1,85

1,90

1,95

2,00

2,05

no

v-1

5

dez

-15

jan

-16

fev

-16

ma

r-1

6

ab

r-1

6

ma

i-16

jun

-16

jul-

16

ag

o-1

6

set

-16

ou

t-16

no

v-1

6

bezerro média

1,97

1,86 1,82 1,82

1,88

1,91

1,94 1,97 1,96 2,01

2,09

2,15

2,34

1,80

1,85

1,90

1,95

2,00

2,05

2,10

2,15

2,20

2,25

2,30

2,35

no

v-15

dez

-15

jan

-16

fev-

16

ma

r-1

6

ab

r-1

6

ma

i-16

jun

-16

jul-

16

ag

o-1

6

set

-16

ou

t-16

no

v-16

desmama média

FIGURA 1.Boi magro / boi gordo*.

FIGURA 2.Garrote / boi gordo*.

FIGURA 3.Bezerro / boi gordo*.

FIGURA 4.Desmama / boi gordo*.

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

O mercado de reposição continua em ritmo lento em Minas Gerais, mas já se nota maior procura e aumento dos negócios efetivados. Esse início de retomada do mercado se explica pela recuperação das pastagens que já reagem após o último período de seca.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, as cotações das categorias de machos anelorado mais jovens (bezerro e desmama) pesquisadas pela Scot Consultoria tiveram

recuos de 8,2% e 9,9% respectivamente. Já o boi gordo, no mesmo intervalo, teve um incremento de 7,1% no preço.

Hoje em dia, é possível comprar 2,34 bezerros de desmama com a venda de um macho terminado de 16,5@ no estado. Considerando que há um ano essa relação estava em 1,97 bezerro de desmama com a venda de um macho terminado, houve aumento de 18,8% no poder de compra.

Média =1,98Média = 1,72

Média = 1,22 Média = 1,48

MINAS GERAISO mercado de reposição continua em ritmo lento no estado, mas já se nota maior movimentação na procura por animais e negócios efetivados.

Foto: Bela Magrela na Fazenda Cachoeira Itabirá/SPEdição: Bela Magrela

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FIQUE POR DENTRO DAS DISCUSSÕES E TENHA ACESSO ÀS FOTOS, TEXTOS E VÍDEOS, CLICANDO AQUI: WWW.ENCONTRODEANALISTAS.COM.BR

o momento para quem vive a rotina da

cadeia pecuáriaInscrições esgotadas com um mês de antecedência, é a prova de que O AMADORISMO NÃO TEM MAIS VEZ NO UNIVERSO PECUÁRIO.

O evento marcou o encerramento do ano e gerou ideias para o planejamento de 2017.

Reunião de grandes nomes do mercado, discussões ricas em informação, ambiente descontraído, análises precisas e intensa participação do público foram as marcas registradas do Encontro.

Aos participantes que contribuíram para o sucesso desse evento, desejamos excelentes negócios e esperamos todos para o próximo ENCONTRO DE ANALISTAS DA SCOT CONSULTORIA.

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MERCADO DE CARNE SEM OSSO

FIGURA 1.Preços médios recebidos pelo traseiro bovino* em SP na semana - R$.

TABELA 1.Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo na semana.

Há seis semanas o mercado de carne bovina sem osso não parava de cair, acumulando 3,7% de desvalorização neste período.

O comportamento dos últimos sete dias quebrou essa sequência e veio com alta de 1,0%, a primeira do último bimestre do ano, famoso período de alta no consumo de carne.

O início de mês ajudou. O pagamento da primeira parcela do décimo terceiro, cujo prazo máximo para depósito é dia 30 de novembro, também.

Ainda assim, em média, os cortes de traseiro são vendidos por um preço 2,0% menor que o de um ano atrás. O contra-filé, por exemplo, teve sua cotação reduzida em quase 10,0% no período. A carne de dianteiro está 2,2% mais “barata”.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo, as vendas na primeira de quinzena de novembro cresceram 2,1% frente ao mesmo período em 2015, na capital paulista. No mercado de carne, porém, o mês terminou sem impacto.

Exportações também não têm ajudado. Até a terceira semana de novembro, o país

ATACADO

*Referência boi gordo de 16,5@ com 52,0% de rendimento de carcaça

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

* mercado de São Paulo

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

SEQUÊNCIA DE BAIXAS É INTERROMPIDAAtacado - cortes* R$/kg

Variações

7d – R$ 30d – R$ ano – R$

Acém 10,98 -0,60% -3,07% -5,99%

Alcatra (miolo) 20,54 0,01% -1,56% -3,46%

Alcatra com maminha 18,83 0,00% -1,18% -6,89%

Alcatra completa 21,81 0,04% -1,47% 1,34%

Capa de filé 12,43 -0,80% 0,42% 6,96%

Contra filé 19,69 0,82% -1,20% -9,26%

Coxão duro 14,56 1,51% 0,88% -0,40%

Coxão mole 15,21 0,00% -3,12% -5,59%

Cupim 15,39 2,53% 3,93% -0,31%

Filé mignon com cordão 35,01 2,94% 2,26% -3,05%

Filé mignon sem cordão 37,18 -0,89% -2,95% -7,93%

Fraldinha 16,76 0,60% 4,70% 7,08%

Lagarto 14,82 2,25% 0,58% 2,07%

Lombinho 11,95 6,22% 2,14% 6,34%

Maminha 20,28 0,41% -2,79% 2,44%

Músculo 13,99 0,72% -2,10% 7,29%

Paleta com músculo 11,68 1,74% 0,52% -3,15%

Paleta sem músculo 12,52 0,64% 1,23% -4,86%

Patinho 14,51 -0,27% -2,75% -8,74%

Peito 11,79 2,02% 0,37% -2,28%

Picanha (A) 32,89 0,00% 1,42% 2,90%

Picanha (B) 26,41 1,44% 2,77% 2,18%

1.203,84

1.413,72

1.533,99

2.491,27

1.050

1.250

1.450

1.650

1.850

2.050

2.250

2.450

2.650

Boi gordo Atacado carcaça

Atacado cortes Varejo

Mercado trabalha em alta pela primeira vez no último bimestre do ano

embarcou 17,11% menos, por dia, do que em novembro de 2015, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

ALEX LOPESé zootecnista, mestrando em administração pela UNESP de

Jaboticabal e consultor da Scot [email protected]

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MERCADO DE CARNE SEM OSSOALTA DE PREÇOS E QUEDA NA MARGEMVAREJO

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.brFonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

TABELA 2.Preços médios dos cortes no mercado varejistana semana.

TABELA 3.Preços médios mensais dos cortes no mercado varejista, em R$/kg.

Alta de preço em todas as praças, com exceção do Rio de Janeiro, que ficou estável.

As valorizações foram pequenas, de 0,3% em São Paulo, 0,4% no Paraná e de 0,2% em Minas Gerais.

Apesar dos preços maiores, houve ligeira contração na margem dos varejistas paulistas,

VAREJO - CORTES 2015 2016 Variação dos preços

nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov nov16/out16

nov16/nov15

Acém 18,60 18,67 18,67 19,30 19,11 18,77 18,49 18,47 18,91 18,19 18,19 18,48 18,31 -1,0% -1,6%

Alcatra (miolo) 33,08 33,57 34,59 34,13 34,10 34,14 33,25 32,62 31,02 31,42 33,02 34,01 35,07 3,1% 6,0%

Contra Filé 31,99 31,99 32,11 33,26 31,69 29,96 29,66 30,24 32,90 29,71 30,22 30,98 31,70 2,3% -0,9%

Costela 14,55 15,07 15,21 16,27 15,47 15,92 16,18 16,13 17,31 15,58 15,46 15,83 15,94 0,7% 9,6%

Coxão duro 24,37 24,57 25,33 24,85 24,13 23,76 23,78 23,95 24,04 23,89 23,93 24,12 23,93 -0,8% -1,8%

Coxão mole 24,98 25,25 25,31 26,19 25,02 25,05 24,55 24,20 29,31 24,63 25,20 25,12 25,05 -0,3% 0,3%

Cupim 20,55 20,73 20,53 21,55 20,80 20,16 19,80 19,76 18,68 19,56 19,14 19,54 20,73 6,1% 0,9%

Filé mignon com cordão 39,95 39,95 40,86 41,50 41,69 42,75 43,00 43,00 43,92 43,00 43,00 43,00 43,00 0,0% 7,6%

Filé mignon sem cordão 55,09 57,89 58,32 58,55 52,35 50,20 48,98 47,43 47,13 47,05 48,84 51,54 53,84 4,5% -2,3%

Fraldinha 24,51 26,08 25,72 25,76 23,39 24,22 24,77 24,16 22,55 24,98 24,95 25,09 26,02 3,7% 6,2%

Lagarto 24,69 24,99 25,33 26,14 24,89 24,44 24,29 24,18 24,38 26,28 26,57 26,27 24,88 -5,3% 0,8%

Maminha 30,08 30,87 30,69 31,14 30,12 29,45 29,82 29,11 28,07 29,44 29,93 30,96 32,10 3,7% 6,7%

Músculo 19,69 19,79 20,39 20,57 20,03 20,55 21,34 21,41 23,41 21,98 21,78 21,87 22,18 1,4% 12,6%

Paleta 19,44 19,69 19,12 19,56 19,28 19,47 19,83 19,49 20,47 18,96 19,04 19,45 19,47 0,1% 0,2%

Patinho 24,90 25,05 25,10 25,88 24,83 24,81 24,37 24,22 24,33 24,42 24,54 25,25 25,26 0,1% 1,4%

Peito 18,76 18,76 18,95 19,09 18,91 19,89 19,69 19,83 19,95 19,80 20,39 20,57 20,44 -0,6% 9,0%

Picanha 44,68 46,25 47,47 47,41 45,25 45,71 44,61 44,97 45,22 43,08 41,95 43,29 46,57 7,6% 4,2%

VAREJO - CORTES (R$/KG) SP PR MG RJ

Acém 18,19 16,39 17,54 18,08

Alcatra (miolo) 35,75 32,98 31,61 32,43

Alcatra com maminha 26,16 28,53 28,46 26,82

Contra filé 31,78 33,10 29,48 29,89

Costela 15,99 15,15 11,95 15,35

Coxão duro 23,98 22,46 24,15 21,71

Coxão mole 24,72 24,74 26,45 22,61

Cupim 20,81 16,59 17,84 19,49

Filé mignon com cordão 43,00 - 40,17 39,00

Filé mignon sem cordão 54,70 44,32 43,46 50,66

Fraldinha 26,80 24,41 19,08 21,12

Lagarto 24,92 22,03 24,16 22,24

Lombinho 20,29 20,80 16,84 18,75

Maminha 32,81 29,26 26,23 30,21

Músculo 22,66 18,77 17,42 19,03

Paleta 19,41 16,98 18,77 17,62

Patinho 25,45 23,11 24,44 21,41

Peito 20,44 15,81 17,27 14,74

Picanha 48,54 41,29 35,03 39,85

Alta no atacado foi maior e margem diminuiu.

que está em 59,62%, ainda superior frente ao mesmo período de 2015, cerca de cinco pontos percentuais acima.

Ao contrário do atacado, o varejo já vem com esse comportamento de alta, pequena, mas constante, desde outubro.

ALEX LOPESé zootecnista, mestrando em administração pela UNESP de

Jaboticabal e consultor da Scot [email protected]

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PROTEÍNAS ALTERNATIVAS

FIGURA 1.Preços médios mensais pagos pelo suíno terminado, em R$/@, à vista, em São Paulo.

Depois de um longo período de estabilidade, os preços subiram no mercado de suínos.

Mesmo com as vendas ainda tímidas, a movimentação dos compradores foi maior, o que acabou gerando valorizações.

Nas granjas paulistas, a arroba do animal terminado está cotada, em média, em R$82,00, uma alta de 5,1% na última semana.

No atacado, a valorização no período foi de 5,0%, com a carcaça cotada, em média, em R$6,30/kg.

Com a valorização nas granjas e o preço do milho em queda, a relação de troca para

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o produtor melhorou, sendo esta a melhor do ano.

Atualmente, em Campinas-SP, o suinocultor compra 7,23 quilos de milho com um quilo de suíno. Houve melhora de 10,1% no poder de compra do produtor na semana e melhora de 15,8% desde o início do mês.

Com a entrada do novo mês e a proximidade com as festividades de final de ano, o setor aguarda um movimento maior. Altas de preços não estão descartadas.

SUÍNOS 24/nov 25/nov 28/nov 29/nov 30/nov

Terminado CIF frigorífico SP - R$/@ 78,00 78,00 82,00 82,00 82,00

Carcaça especial atacado SP - R$/kg 6,00 6,00 6,20 6,30 6,30

Foto VisualHunt Editada por Bela Magrela.

SUÍNOMercado de suínos tem valorização na semana, depois de um longo período de estabilidade.

56,00

60,00

64,00

68,00

72,00

76,00

80,00

84,00

no

v-1

5

dez

-15

jan

-16

fev

-16

ma

r-1

6

ab

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6

ma

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jun

-16

jul-

16

ag

o-1

6

set

-16

ou

t-16

no

v-1

6

JULIANA PILAé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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OVOSJá são treze semanas de estabilidade nas cotações do frango vivo. A ave terminada segue negociada em R$3,10/kg, nas granjas de São Paulo.

No atacado, os preços tiveram retração no período, os compradores postergaram seus pedidos aguardando uma melhor movimentação do mercado.

O mercado de ovos registrou alta de preços na semana.

Nas granjas de São Paulo, a caixa com trinta dúzias está cotada, em média, em R$64,50, aumento de 3,2% nos últimos sete dias.

No atacado, a caixa teve valorização de 3,0% no período e está cotada em R$69,00.

FRANGOA carcaça está sendo comercializada, em

média, em R$4,25/kg, queda de 1,8% nos últimos sete dias.

A expectativa é que o consumo se aqueça com o início do mês, com o estímulo do recebimento do 13o. salário e seus efeitos na recomposição do poder de compra do consumidor.

Em um ano, tanto na granja como no atacado, o produto acumula alta de 8,4% e 7,8%, respectivamente.

As vendas para o período são satisfatórias, no entanto, o mercado ainda aguarda incremento nas vendas em função das particularidades do período.

PROTEÍNAS ALTERNATIVAS

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FIGURA 2.Preços médios mensais pagos pelo quilo do frango vivo, em R$, à vista, em São Paulo.

FIGURA 3.Preços médios mensais pagos pela caixa com 30 dúzias de ovos, na granja, em R$, à vista, em São Paulo.

FRANGO 24/nov 25/nov 28/nov 29/nov 30/nov

Granja interior SP - R$/kg 3,10 3,10 3,10 3,10 3,10

Resfriado médio atacado SP - R$/kg 4,30 4,30 4,30 4,28 4,25

OVO 24/nov 25/nov 28/nov 29/nov 30/nov

Atacado SP - R$/30 dúzias 67,00 69,00 69,00 69,00 69,00

Granja interior SP - R$/30 dúzias 62,50 64,50 64,50 64,50 64,50

2,40

2,50

2,60

2,70

2,80

2,90

3,00

3,10

3,20

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

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16

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16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16 56,00

60,00

64,00

68,00

72,00

76,00

80,00

84,00

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

Mercado de ovos teve reação de preços na semana.

JULIANA PILAé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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COURO E SEBO

COURO

Mercado do couro verde estável.No Brasil Central não há alteração na

referência há doze semanas. Na região, a cotação está em R$2,40/kg, considerando o produto de primeira linha.

No Rio Grande do Sul, o couro verde comum está cotado em R$2,50/kg. Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve desvalorização de 7,4%.

A oferta limitada, associado à baixa demanda, tem feito com que os preços andem de lado.

As recentes valorizações do dólar frente à moeda brasileira podem colaborar com as exportações e darem sustentação ao mercado do couro verde no Brasil.

SEBO

Mercado de sebo permanece estável.Apesar da alta demanda por sebo, o

aumento da oferta da gordura animal no mercado fez com que a pressão altista, verificada nas últimas semanas, perdesse força.

Contudo, o óleo de soja em alta tem deixado pouco espaço para quedas no mercado, uma vez que o sebo bovino é utilizado como alternativa ao óleo de soja na produção de biodiesel.

Tanto no Brasil Central como no Rio Grande do Sul, o produto está cotado em R$2,60/kg. Nas comparações anuais houve altas de 30,0% e 36,8%, respectivamente.

FIGURA 1.Média mensal de preços do sebo no Brasil Central em 2015 e 2016, em R$/kg, sem imposto.

TABELA 1.Evolução dos preços do couro verde e do sebo no Brasil Central e Rio Grande do Sul, em R$/kg, sem imposto.

FELIPPE REISé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

* a prazo - FOB (sem ICMS) **à vista, sem bonificação - FOBFonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

AUMENTA OFERTA DE SEBO, MAS DEMANDA EM ALTA MANTÉM PREÇOS ESTÁVEISJá no mercado do couro, oferta restrita e demanda em baixa mantêm estabilidade.

Em R$/kg SEBO* COURO VERDE**

Dia Brasil Central RS

Brasil Central RS

Primeira linha Comum ou catado Comum ou catado

1-dez 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

30-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

29-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

28-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

25-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

1,50

1,70

1,90

2,10

2,30

2,50

2,70

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2015 2016

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LEANDRO BOVOé médico veterinário, pós-graduado pela espm, mba em

finanças pelo insper-sp e sócio diretor da Radar [email protected]

Na semana passada falávamos de uma possível luz no fim do túnel para o boi gordo nesse final de ano, onde uma possível melhora no consumo e menor pressão de venda de bois confinados poderia ajudar o mercado a ganhar alguma sustentação frente aos preços atuais. Até o momento, essa expectativa não se concretizou e os preços permanecem ainda rondando os R$150,00/@ na praça paulista. A resistência para entregar os bois abaixo desse nível é muito grande, porém, a disponibilidade para se pagar mais também é bastante restrita. Durante a semana houve especulações com a possível entrada em férias coletivas de duas plantas de uma grande indústria de São Paulo, aumentando as tentativas de compra abaixo da referência, porém, até o momento, essas tentativas não obtiveram sucesso.

Sem muito a acrescentar sobre a evolução do mercado futuro, que permanece nos mesmos patamares das semanas anteriores, vale a pena chamar atenção para um assunto que foi debatido na semana passada durante o Encontro de Analistas promovido pela Scot Consultoria, que foi a pouquíssima liquidez e o baixo número de contratos em aberto para no mercado futuro 2017, em uma situação crítica como há muito tempo não se enfrentava. Acompanhe na tabela 1 o comparativo das posições em aberto desde 2008.

A tabela evidencia o número de contratos

em aberto existentes no início de dezembro de cada ano, sendo que 2016 é o mais baixo desta série histórica que se inicia com o melhor ano de volume do mercado até agora, que foi 2008. A tabela mostra o baixo número de contratos em aberto atualmente, porém, não mostra uma situação ainda mais dramática que é o baixíssimo número de contratos negociados diariamente e nesse quesito não tenho dúvidas que o mês de novembro, se não foi o pior, com certeza foi um dos piores da história do mercado.

Essa queda sazonal dos negócios após o vencimento do contrato de outubro é, até certo ponto, normal e esperada, porém esse ano, a queda foi muito maior do que a que normalmente ocorre e isso tem levantado a preocupação de muitos com a viabilidade do mercado futuro para suas necessidades de hedge para 2017. Atualmente estamos enfrentando uma verdadeira tempestade perfeita, composta por preços futuros em queda e, na sua grande parte, abaixo dos custos de produção, o que diminuiu a demanda de hedge, além de um período longo com pouquíssimas oscilações de preço, o que não atrai especuladores. A consequência desses dois fatores importantes somados é a situação que enfrentamos no mercado atualmente.

Um mercado futuro saudável, com volume e liquidez abundantes, é condição necessária

QUAL O FUTURO DO MERCADO FUTURO?

MERCADO FUTURO

* Índice ESALQ

Fonte: BM&F

MERCADO FUTURO INDICADOR*

nov-16 dez-16 jan-17 fev-17 mar-17 abr-17 R$/@ US$/@30/11/16 149,65 150,27 149,75 148,25 148,22 147,10 149,86 44,26

29/11/16 149,63 149,38 149,03 147,85 147,84 146,51 149,71 44,07

28/11/16 149,82 150,76 150,23 148,39 148,37 147,25 149,52 44,20

25/11/16 149,84 150,65 150,15 148,40 148,39 147,27 149,59 43,83

24/11/16 150,50 151,18 150,73 148,66 148,65 146,50 149,55 44,13

TABELA 2. Mercado futuro do boi gordo na BVMF - R$/@, à vista.

TABELA 1. Comparativo das posições em aberto desde 2008.

Um mercado futuro saudável, com volume e liquidez abundantes, é condição necessária para que a pecuária prossiga no seu caminho de desenvolvimento e crescimento trilhado nos últimos anos.

para que a pecuária prossiga no seu caminho de desenvolvimento e crescimento trilhados, nos últimos anos. Não é exagero dizer que muitas operações, sobretudo, de confinamento, simplesmente não funcionam sem essa ferramenta de trava de preços e garantia de resultados. Cabe

a todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com esse mercado, trabalhar com afinco para que essa importante ferramenta permaneça viável e acessível aos produtores. Caso contrário, o retrocesso para toda a pecuária seria enorme.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016dez 6.262 7.022 8.616 5.119 8.371 6.036 5.901 4.218 3.591jan 4.862 683 1.781 1.337 1.494 1.075 1.986 656 371fev 25 172 33 3 37 0 68 11 5mar 24 99 68 10 0 0 91 1 22abr 31 67 6 1 0 0 0 1 1mai 1.034 929 348 110 113 722 26 647 1033jun 87 58 0 0 0 96 0 0 0jul 0 0 0 103 0 0 0 1 0ago 368 66 0 0 0 0 0 1 0set 607 0 0 0 0 0 0 1 0out 2.815 1.675 910 1.527 185 272 0 132 167nov 801 0 0 0 0 0 261 0 1dez 0 0 0 0 0 0 0 0 total 16.916 10.771 11.762 8.210 10.200 8.201 8.333 5.669 5.191

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ECONOMIANo trimestre móvel encerrado em outubro/16 (agosto-setembro-outubro), segundo dados do IBGE na PNAD Contínua, a taxa de desocupação foi de 11,8% da População na Força de Trabalho. Tal resultado demonstrou avanço de 0,2 p.p. ante trimestre anterior (maio-junho-julho) e avanço de 2,9 p.p. na comparação com o mesmo trimestre encerrando em outubro de 2015. Ante o trimestre imediatamente anterior ( julho-agosto-setembro/16) a taxa ficou estável novamente, permanecendo no maior patamar já registrado da série histórica, que teve início em 2012. O resultado ficou marginalmente abaixo da nossa projeção, de 11,9% para a taxa de desocupação.

O último trimestre (agosto-setembro-outubro), encerrou com taxa de desocupação de 11,8% da população na força de trabalho, se comparado com o mesmo trimestre de 2015, este ano, estamos com a taxa de desocupação 32,7% maior.

TAXA DE DESEMPREGO CONTINUA EM 11,8% NO TRIMESTRE ENCERRADO EM OUTUBRO/16

FIGURA 1.Taxa de desocupação por mês desde outubro/14 até outubro/16.

Fonte: IBGE

6,6

6,5

6,5 6,8 7,

4 7,9 8,0 8,1 8,3 8,6 8,7 8,9

9,0

9,0

9,0 9,

5 10,2

10,9

11,2

11,2

11,3

11,6

11,8

11,8

11,8

ou

t/14

no

v/14

dez

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fev/

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/15

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16

ago

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set/

16

ou

t/16

TAXA DE DESOCUPAÇÃO MÉDIA MÓVEL DE 3 MESES (% DA FT)

Na pesquisa apresentada pelo IBGE, a população desocupada foi de 12 milhões de pessoas, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e aumentando 32,7% (+3,0 milhões de pessoas) ante mesmo trimestre no ano anterior.

Por sua vez, a população ocupada (89,8 milhões de pessoas) recuou 0,7% (-604 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior ( julho a setembro) e recuou 2,6% (-2,4 milhões de

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ECONOMIACom os dados mais recentes da inflação, já se constata que a deterioração do mercado de trabalho tem corroborado com a dinâmica da inflação, que tem surpreendido para baixo, especialmente neste 4o trimestre de 2016. Ainda que Serviços estejam apresentando certa resistência, mais a frente este grupo tenderá a ceder. Ademais o processo de ajuste no mercado de trabalho deverá continuar até o 3o trimestre de 2017.

pessoas) contra o mesmo trimestre no ano anterior. O número de empregados com carteira assinada recuou 0,9% (-303 mil pessoas) ante o trimestre imediatamente anterior e retraiu 3,7% (-1,3 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2015.

Novamente, destacamos o movimento entre as pessoas que trabalhavam por conta própria (21,7 milhões), que recuou 3,9% em relação ao trimestre de maio/16 a julho/16 (-891 mil pessoas), juntamente com trabalhador no setor privado com carteira, que recuou -0,9% (-303 mil pessoas) no mesmo período de comparação. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, os recuos foram de -3,2% (-725 mil pessoas) e -3,7% (-1,3 milhão de pessoas), respectivamente.

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores na média do trimestre até outubro/16 (R$2.025,00) avançou 0,9% frente ao trimestre de maio/16 a julho/16 (R$2.006,00) e recuou 1,3% ante o mesmo trimestre de 2015 (R$2.052,00). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em outubro/16 (R$177,7 bilhões) não teve variação significativa ante o trimestre de maio a julho de 2016. Ante o mesmo trimestre do ano anterior, a massa de rendimento recuou 3,2%.

Analisando a população de trabalhadores ocupados por grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de maio/16 a julho/16, considerando a margem de erro, os grupamentos que apresentaram queda foram: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,0%) e construção (-4,0%). Apenas os grupamentos de alojamento e alimentação (+6,2%)

e outros serviços (+3,2%) apresentaram incremento no período, enquanto os demais permaneceram estáveis.

Contra o trimestre encerrado em outubro/15, os grupamentos que recuaram foram da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,1%), indústria geral (-9,1%), construção (-6,6%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,6%) e da informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-5,8%). Com aumento no período apenas o grupamento de alojamento e alimentação (+7,4%), ao passo que os demais ramos permaneceram estáveis no período de comparação.

Analisando o rendimento médio real habitual por grupamento, na comparação com o trimestre de maio/16 a julho/16, considerando a margem de erro, houve estabilidade em todos grupamentos, com exceção da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que avançou 4,3% e do grupamento comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que avançou 3,4%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior todos grupamentos permaneceram estáveis.

No próximo trimestre a tendência é de recuo marginal da taxa de desemprego devido a sazonalidade. Acreditamos que a renda e o emprego devem retomar a trajetória de queda, e a taxa de desemprego voltando a se elevar no 1o. trimestre de 2017. A situação do mercado de trabalho seguirá afetando negativamente a demanda agregada até que o desemprego se estabilize, juntamente com o rendimento real.

Mantemos nossa perspectiva de melhora na dinâmica do mercado de trabalho apenas no segundo semestre de 2017, a medida que a expectativa com relação a demanda agregada futura for positiva e principalmente a eficiência marginal do capital compensar os investimentos a serem feitos. Para este fato se concretizar três variáveis serão chaves para serem acompanhadas, (i) o câmbio, (ii) a taxa de juros e (iii) a desalavancagem do setor privado.

A taxa cambial, se seguir um novo ciclo de valorização, poderá abortar o processo de retomada, que tem acontecido via setor externo. A taxa de juros real precisa recuar de modo que possibilite a retomada dos investimentos de maneira mais ampla. Por sua vez, o processo de desalavancagem do setor privado ainda não se concluiu e o crédito caro e altamente restritivo tem contribuído para que esse processo se estenda por mais tempo.

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CLIMA

No Brasil Central as chuvas variaram de 100 a 250 milímetros no acumulado de novembro.

Os maiores volumes foram registrados em Mato Grosso e Goiás e foram importantes para o desenvolvimento das lavouras de grãos (safra 2016/2017), já que em algumas áreas as chuvas foram irregulares em outubro e começo de novembro.

No Sudeste do país, os volumes chegaram a 300-350 milímetros, com destaque para o leste de Minas Gerais, além de Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em uma situação oposta, destacamos o litoral Norte e Nordeste do Brasil, com volumes de chuvas abaixo de 20 milímetros em novembro (figura 1).

Em boa parte do Brasil Central e regiões

CHUVAS CHEGARAM A 350 MILÍMETROS NO ACUMULADO DE NOVEMBRO Maiores volumes foram registrados na região Sudeste do país.

Fonte: IGES / COLA

Fonte: INMET / CPTEC / INPE Fonte: INMET / CPTEC / INPE

FIGURA 1. Volume acumulado de chuvas em novembro, até o dia 30, em milímetros.

FIGURA 3. Previsão de chuvas entre os dias 1 e 9 de dezembro de 2016, em milímetros.

FIGURA 2. Anomalia de chuvas em novembro, em milí-metros.

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração pela

UNESP de Jaboticabal e consultor da Scot Consultoria.

[email protected]

Norte e Nordeste as precipitações foram até 50 milímetros abaixo da normal climatológica para o período.

Já no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sul da Bahia, os volumes foram até 100 milímetros maiores que a média histórica.

A previsão é de chuvas no Brasil Central e regiões Sudeste e Sul nas primeiras semanas de dezembro. Os volumes previstos variam de 50 a 100 milímetros no acumulado do dia 1 ao dia 9 deste mês.

No extremo sul e extremo norte do país, os volumes devem ficar abaixo de 20 milímetros neste período. Veja a figura 3.  

   

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TABELA 1. Preços dos alimentos proteicos.

CONCENTRADOS PROTEICOS R$/t R$/kg MS (%) MS (R$/t) PB (%) PB (R$/t) NDT (%) NDT (R$/t)

FARELO DE ALGODÃO 28 SP 870,43 0,87 92,0 946,12 28,0 3.379,01 52,0 1.819,47

FARELO DE ALGODÃO 38 SP 1.072,08 1,07 92,0 1.165,30 38,0 3.066,58 65,0 1.792,77

FARELO DE ALGODÃO 28 MG 865,24 0,87 92,0 940,48 28,0 3.358,85 52,0 1.808,61

FARELO DE ALGODÃO 38 MG 1.028,50 1,03 92,0 1.117,93 38,0 2.941,93 65,0 1.719,90

FARELO DE ALGODÃO 28 GO 832,09 0,83 92,0 904,45 28,0 3.230,18 52,0 1.739,33

FARELO DE ALGODÃO 38 GO 962,91 0,96 92,0 1.046,65 38,0 2.754,33 65,0 1.610,22

FARELO DE SOJA SP 1.285,01 1,29 89,0 1.443,83 46,0 3.138,76 80,0 1.804,79

FARELO DE SOJA MG 1.227,09 1,23 89,0 1.378,75 46,0 2.997,29 80,0 1.723,44

FARELO DE SOJA MT 1.196,05 1,20 89,0 1.343,87 46,0 2.921,47 80,0 1.679,84

FARELO DE SOJA MS 1.239,80 1,24 89,0 1.393,04 46,0 3.028,34 80,0 1.741,30

FARELO DE SOJA GO 1.158,75 1,16 89,0 1.301,97 46,0 2.830,36 80,0 1.627,46

FARELO DE SOJA PR 1.162,10 1,16 89,0 1.305,73 46,0 2.838,53 80,0 1.632,16

FARELO DE SOJA RO 1.140,00 1,14 90,0 1.266,67 46,0 2.753,62 80,0 1.583,33

INSUMOS

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O ABATE DE MATRIZES, A OFERTA DE BEZERROS E A DE BOI GORDO

O primeiro parâmetro que precisamos analisar para entender o ciclo pecuário é o abate ou retenção de matrizes. Esses movimentos geram choques distintos na cadeia pecuária.

Em tempos de queda de preço da arroba do boi gordo, para

gerar receita o pecuarista abate fêmeas. A queda da cotação do bezerro reforça este cenário, pois fica

desinteressante a manutenção de matrizes.Com o tempo, o abate de fêmeas faz com que a oferta de

bezerros e consequentemente de boiadas terminadas, caia.Com a menor oferta de bovinos o preço reage.Com as altas nos preços, fica interessante a produção de

No dia 25 de novembro aconteceu em São Paulo o Encontro de Analistas da Scot Consultoria e discutiu-se a virada ou não do ciclo de preços pecuários.

CONJUNTURA

E PARA ONDE VAMOS, NO CICLO PECUÁRIO

ONDE ESTAMOS

O abate de matrizes, a oferta de bezerros e a de boi gordo são parâmetros importantes para entender o ciclo pecuário.

ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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*Até junho

FONTE: IBGE / Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

FONTE: IBGE/ Elaboração: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br90

100

110

120

130

140

150

160

170

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011 2012

2013

2014

2015

2016*

Porcentagem de fêmeas nos abates preço da @ do boi gordo

33,3

%

29,7

%

31,7

%

31,5

%

28,1

%

28,5

%

35,8

%

40

,4%

43,

4%

43,

4%

40

,4%

39,1

%

37,4

%

36,1

%

40

,2%

41,

9%

42,

0%

41,

8%

38,9

%

25,0%

27,0%

29,0%

31,0%

33,0%

35,0%

37,0%

39,0%

41,0%

43,0%

45,0%

199

7

199

8

199

9

200

0

200

1

200

2

200

3

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4

200

5

200

6

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7

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8

200

9

2010

2011

2012

2013

2014

2015

FIGURA 1.Porcentagem de fêmeas no abate (eixo da esquerda) e preço do boi gordo em São Paulo, em R$/@ deflacionados pelo IGP-DI (eixo da direita).

FIGURA 2.Participação anual de fêmeas nos abates totais.

bovinos para reposição e para tanto a retenção de matrizes acontece. Essa queda da oferta de fêmeas para o abate é que faz com que os preços subam.

Dessa forma, em fase de baixa nos preços a participação das fêmeas na composição do abate é maior. Já na fase de alta, a participação é menor. Veja a figura 1.

Os resultados da retenção aparecem após algum tempo. A partir de 2016 a oferta de bezerros aparentemente aumentou. Entretanto, esse volume deverá ser mais significativo a partir de 2017, já que a participação de fêmeas no abate caiu 2,9 pontos percentuais em 2015.

De janeiro de 2013 a dezembro de 2015 a cotação do bezerro desmamado com seis arrobas subiu 85,7%, em valores nominais. Já de janeiro a novembro de 2016 caiu 8,1%, considerando a média de todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria. Considere a possibilidade dessa queda de preço ter sido motivada pela falta de compradores em função da falta de pastagens e, nesse caso, a oferta de bezerros não aumentou.

Para o mercado do boi gordo, o cenário foi de baixa oferta, mas com a demanda estável, a alta foi modesta, de 1,5%, entre janeiro e novembro de 2016. No período, a inflação foi de 5,8%, ou seja, houve perda real de valor.

Com oferta limitada, os preços poderiam ter subido se não fosse o quadro de recessão econômica, principalmente no segundo semestre. Veja figura 3.

E ONDE ESTAMOS?

A partir de 2014, observou-se um menor número de fêmeas nos abates. Veja a figura 2.

De janeiro de 2013 a dezembro de 2015 a cotação do bezerro desmamado (6@) subiu 85,7%, em valores nominais. Já de janeiro a novembro de 2016 caiu 8,1%.

ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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FONTE: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

150,00

152,00

154,00

156,00

158,00

160,00

162,00

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16

FIGURA 3.Preço da arroba do boi gordo em Barretos- SP, em R$, à vista, corrigidos pelo IGP-DI.

O próximo ano será de transição e nesse caso os preços deverão se comportar conservadoramente, com as cotações oscilando abaixo da inflação.

Para o mercado do boi gordo, o cenário foi de baixa oferta, mas com a demanda estável a alta foi modesta, de 1,5% entre janeiro e novembro de 2016. No período a inflação foi de 5,8%, ou seja, houve perda real de valor.

Foto

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ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

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1340,13

1326,80 1337,07

1248,13

1113,29

1092,14

1290,24

1457,89 1421,33

1383,27

1350,13

1284,69 1285,01

1.050,00

1.100,00

1.150,00

1.200,00

1.250,00

1.300,00

1.350,00

1.400,00

1.450,00

1.500,00

nov

/15

dez/

15

jan

/16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

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jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov

/16

8,95 8,91 8,83

8,06

7,13 6,94

8,30

9,18 9,03 9,01 8,86

8,35 8,45

6,50

7,00

7,50

8,00

8,50

9,00

9,50

nov

/15

dez/

15

jan

/16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

mai

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jun

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ago/

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16

out/

16

nov

/16

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração pela

UNESP de Jaboticabal e consultor da Scot Consultoria.

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FIGURA 2. RELAÇÃO DE TROCA Arrobas de boi gordo por tonelada de farelo de soja em São Paulo.

FIGURA 1. SÉRIE HISTÓRICAPreço médio do farelo de soja em São Paulo, em R$ por tonelada, sem o frete.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Os preços do farelo de soja ficaram praticamente estáveis em novembro. O mercado vinha em queda desde julho deste ano.

As cotações ganharam sustentação com as recentes valorizações da soja grão no mercado brasileiro. Mais detalhes na página 26.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na segunda quinzena do mês a tonelada do insumo ficou cotada, em média, em R$1.285,01 em São Paulo, sem o frete.

Considerando a praça de São Paulo, em novembro foram necessárias 8,45 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de farelo de soja.

A relação de troca foi prejudicada pelo mercado do boi gordo patinando e pelos preços mais firmes do farelo.

O poder de compra do pecuarista em relação ao alimento concentrado diminuiu 1,2% em novembro, em relação a outubro deste ano. Ainda assim, a relação de troca está 5,6% melhor que em novembro do ano passado. Veja a figura 2.

Em curto prazo a expectativa é de mercado mais firme para a soja grão e o farelo de soja, influenciado pelo dólar valorizado em relação ao real.

Em médio e longo prazos, com o início da colheita da safra brasileira (2016/2017) espera-se mercado mais frouxo.

MÉDIA = 8,46 ARROBAS DE BOI GORDO /TONELADA DE FARELO DE SOJA

RELAÇÃO DE TROCA COM INSUMOS

MÉDIA = R$1302,32 POR TONELADA

RELAÇÃO DE TROCA COM INSUMOS

PREÇOS DO FARELO DE SOJA MAIS FIRMES NO FINAL DE NOVEMBROPontualmente, a alta da soja grão tem dado sustentação às cotações do farelo.

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A N A I S D O S

Os temas giram em torno de adubação e manejo de pastagens, mercadodo boi gordo e reposição, índices zootécnicos da cria, nutrição, gestão,controle de custos, conjuntura política e econômica da pecuária brasileirade corte e leite.

Este livro apresenta com objetividade um resumo dos assuntosabordados nos seguintes Encontros:

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AGRICULTURA

A valorização do dólar em relação ao real fez os preços da soja grão subirem no mercado brasileiro.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Paranaguá-PR, a saca de 60 quilos está cotada em R$81,00, sem o frete, para a entrega imediata.

Houve alta de 6,6% no acumulado de novembro deste ano. Porém, considerando

Tabela 1. Cotações de milho e soja.

Soja (60kg)

R$ / saca disponível

RS PR SP MT MS GO BA

Passo Fundo Oeste Orlândia Rondonópolis Dourados Rio Verde Luís E. Magalhães

30/11/16 77,00 76,00 75,00 70,00 68,00 73,00 72,00

29/11/16 77,00 76,50 75,00 70,00 69,00 73,00 72,00

28/11/16 78,00 77,00 76,00 71,50 70,00 74,00 73,00

25/11/16 78,00 76,50 76,00 71,00 70,00 73,00 74,00

Variação foi de 6,6% no acumulado de novembro último.

Milho (60kg)

R$ / saca disponível

SC RS PR MT MS SP GO MG

Chapecó Erechim Maringá Cascavel Rondonó-polis Dourados Mogiana Rio

Verde Uberlândia

30/11/16 38,00 36,00 33,00 33,00 27,00 29,00 33,50 30,00 37,00

29/11/16 38,00 36,00 34,00 33,00 27,00 28,00 33,50 30,00 37,00

28/11/16 38,00 36,00 33,50 33,00 27,00 28,00 34,50 30,00 37,00

25/11/16 37,50 36,00 33,50 34,00 27,00 28,50 35,80 30,00 37,00

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração pela

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DÓLAR EM ALTA E VALORIZAÇÃO DA SOJA NO MERCADO BRASILEIRO

os valores corrigidos pelo IGP-DI, a soja está custando 4,8% menos que no mesmo período de 2015.

A expectativa para o curto prazo é de que o câmbio continue dando sustentação aos preços da soja em reais.

Ou seja, para o agricultor o momento é favorável à comercialização do grão, visto o cenário de maior oferta na temporada

2016/2017, com produção recorde nos Estados Unidos e início da colheita no Brasil a partir de meados de janeiro de 2017.

A alta de preços aumentou a comercialização antecipada do grão (2016/2017), para a entrega futura.

Em Mato Grosso, de julho a outubro deste ano, o volume negociado antecipadamente passou de 25,8% para 27,8% do volume total previsto

para o estado em 2016/2017. O mercado se mostrou bastante travado, em função dos recuos nos preços.

Em novembro, com as altas nas cotações, a comercialização avançou para 36,3%, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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ESTATÍSTICA DA PECUÁRIACUIABÁ - MTO mercado do boi gordo está estável na região há pouco mais de uma semana.

O preço de referência para o boi gordo está em R$136,00/@, a prazo. Este valor é 2,2% menor que o observado no início de novembro.

O cenário é de oferta ajustada à demanda, com algumas indústrias testando valores menores.

Frente ao cenário observado em São Paulo

e nos estados próximos, a situação de oferta em Mato Grosso está mais confortável para a indústria, mas a estabilidade mostra que não há excesso.

Para os próximos dias as expectativas estão focadas na demanda e se esta vai ajudar no escoamento.

TABELA 1.Cotação do boi gordo no Cuiabá - MT, em R$/@, a prazo.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

FIGURA 1.Preços mensais do boi gordo, em R$/@, a prazo, valores nominais, no Cuiabá - MT.

FIGURA 2.Preço da vaca gorda, em R$/@, a prazo.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Cotação dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16

Mínimo 129,00 129,00 136,00 135,00 138,00 135,00 136,00 137,00 135,00 137,00 137,00 136,00 136,00

Média 130,13 132,13 137,32 137,45 138,20 136,05 136,86 137,29 136,30 137,00 138,30 137,60 136,00

Máximo 132,50 135,50 139,00 140,00 139,00 138,00 138,00 138,00 137,00 137,00 139,00 139,00 136,00

Média do período = 136,20

128,00 130,00 132,00 134,00 136,00 138,00 140,00 142,00

dez/

15

jan/

16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

mai

/16

jun/

16

jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov/

16

dez/

16

mínimo média máximo 110,0 115,0 120,0 125,0 130,0 135,0 140,0 145,0 150,0 155,0 160,0

Acre MA Oeste

PA Redenção PA Marabá

PA Paragominas TO Norte

RO Sudeste MT Sudoeste

MT Norte MT Cuiabá

TO Sul MT Sudeste

MS Três Lagoas MS Dourados MS C. Grande

MG Sul GO Goiânia

GO Reg. Sul MG Triângulo

RJ MG Norte

RS Pelotas SP Barretos

SP Araçatuba MG B.Horizonte

RS Oeste PR Noroeste

BA Sul ES

Alagoas SC Oeste BA Oeste

HYBERVILLE PAULO D’ATHAYDE NETOé médico veterinário, mestre em administração de organizações

e consultor da Scot [email protected]

O cenário é de oferta ajustada à demanda, com algumas indústrias testando valores menores.

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FIQUE SABENDOEMBARQUE DE CARNE DEVECRESCER EM 2017

EXPORTAÇÃO DE LÁCTEOS DIMINUINA COMPARAÇÃO MENSAL

2017 NÃO SERÁ UM ANO FÁCIL PARA A PECUÁRIA DE CORTE

Por www.valor.com.br Por Juliana Pila Por Sebastião Nascimento, Globo Rural

Após frustrar expectativa dos frigoríficos em 2016, as exportações brasileiras de carne bovina devem registrar um melhor desempenho no próximo ano devido ao câmbio mais competitivo e à maior disponibilidade de boi gordo no Brasil. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli.

"Acreditamos que teremos um resultado bastante melhor em 2017", afirmou Camardelli na última sexta-feira, em debate sobre pecuária bovina promovido pela Scot Consultoria, em São Paulo.

De maneira geral, a rentabilidade das exportações de carne bovina se deteriorou ao longo de 2016 em decorrência do movimento de valorização do real ante o dólar.

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em outubro o Brasil exportou US$15,20 milhões em produtos lácteos.

Na comparação com o mês anterior, o faturamento reduziu 34,5%.

O volume embarcado também diminuiu. Passou de 6,91 mil toneladas em setembro passado para 5,35 mil toneladas em outubro, uma queda de 22,5%.

O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 4,32 mil toneladas e US$12,32 milhões em faturamento.

Foi bastante movimentado o Encontro de Analistas, evento promovido pela Scot Consultoria, em São Paulo. No foco das discussões, a pecuária de corte. Houve consenso de que 2016 está sendo um ano difícil para o setor e que 2017 vai brotar menos turbulento, porém, o céu não deverá ser ainda de brigadeiro, conforme Hyberville Neto, analista da Scot.

“Em 2016, custos altos da alimentação, inflação generalizada e arroba do boi estabilizada trouxeram o desânimo”, diz. “Já a reposição, seja bezerro ou garrote, em alta nos anos anteriores, cede em 2016 e deverá cair ainda mais em 2017”.

Foto: www.valor.com.br

Foto: cfxtras.com

Foto: Globo Rural