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Ano VIII – Nº 19 Julho – Dezembro de 2018 Padres e Irmãos Paulinos Pastoral Universitária FAPCOM Alberione, exemplo de fé e determinação A espiritualidade dos jovens nas redes sociais Revista CONVITE dirigido com a leveza da confiança

Oracao vocacional...evista A revista Vitrine Vocacional tem a alegria de trazer para todos os leitores uma entrevista muito bacana com o padre Antônio Lúcio da Silva Lima, ssp, falando

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Ano VIII – Nº 19 Julho – Dezembro de 2018 Padres e Irmãos Paulinos

Pastoral Universitária FAPCOM

Alberione, exemplo de fé e determinação

A espiritualidade dos jovens nas redes sociais

Revista

CHAMADO VOCACIONAL, UM

CONVITEdirigido com a leveza da confi ança

Senhor Jesus,Mestre da humanidade,

vós que sois o Caminho, a Verdade e a Vida, ajudai-nos a anunciar a vossa Palavra e ser fiéis ao vosso chamado.

Nossa vocação é comunicar!Com vossa graça, possamos ser no mundo mensageiros

da paz, da fé e do amor. Que sejamos, como Paulo, apóstolos por vocação. Senhor Jesus, despertai

generosas vocações para o apostolado da comunicação.Enviai comunicadores para a messe, gente disposta a deixar tudo para seguir-vos na concretização do vosso

Reino entre nós.

Amém.

Oração

2 paulinos.org.br

˜

Oracao vocacional

Palavra do Editor

Parada Obrigatória

Mensagem aos jovens

Meditar

Capa

Entrevista

Em foco

Índice

Ano VIII – Nº 19Julho – Dezembro de 2018

Revista de circulação nacional do Serviço de Animação Vocacional dos Padres e Irmãos Paulinos. Tem por objetivo ajudar os vocacionados em seu processo de discernimento e divulgar o carisma dos Paulinos.

PropriedadePia Sociedade de São Paulo (PAULUS)DireçãoPresidente: Pe. Luiz Miguel Duarte, sspCoordenador de Formação: Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, sspAnimador Vocacional: Pe. Roni Hernandes, sspConselho de Animação Vocacional e FormaçãoPe. Antônio Lúcio da Silva Lima, sspPe. José Carlos de Freitas Júnior, sspPe. Paulo Sérgio Bazaglia, sspFr. Alexandre da Silva Carvalho, sspPe. Roni Hernandes, sspEditor ChefePe. Roni Hernandes, sspEquipe de RedaçãoSeminaristas PaulinosJornalistaPe. Antonio Iraildo Alves de BritoMTb 11096/MGImpressão e acabamentoPAULUS Gráfi caProjeto Gráfi coGuadalupe ComunicaçãoFotosArquivo vocacional, freepik.com e istock.comRevisãoPe. Zolferino Tonon, ssp Tiragem6 milPublicaçãoSemestral

EndereçoServiço de Animação VocacionalPadres e Irmãos PaulinosCaixa Postal 700São Paulo – SP01031-970Fone: (11) [email protected]

Pág. 4

Pág. 8

Pág. 12

Pág. 19

Pág. 22

Pág. 5

Pág. 10

Palavra e Comunicação

Li, gostei e recomendoPág. 13

Minha vezPág. 14

Palavra do PapaPág. 16

Pág. 20Interatividade

CapaPág. 24

Paulinos recomendamPág. 34

CapaNosso FundadorPág. 27 Pág. 28

AconteceuPág. 30

Recado de PauloPág. 32

Fala, Vocacionado

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Caros jovens e demais leitores da revista Vitrine Vocacional, felicitações a todos. Com grande ale-gria, levamos até vocês a décima nona edição da

revista de circulação nacional do Serviço de Animação Vocacional dos Padres e Irmãos Paulinos. Para celebrar esta edição comemorativa, lançaremos um olhar especial sobre os jovens, que, são palavras do Papa Francisco, são aqueles que estão nas estradas para serem protagonistas da mudança.

E por falar em protagonismo, a coluna Entrevista traz uma matéria especial falando sobre alguns aspectos es-senciais para o discernimento vocacional dos jovens. Em Parada obrigatória, os jovens vão conhecer um pouco do novo campo de missão dos Padres e Irmãos Paulinos, a Pastoral Universitária. Na coluna Em foco os jovens � ca-rão sabendo das visitas vocacionais que foram realizadas no Seminário dos Padres e Irmãos Paulinos, Raposo Ta-vares, SP. Mensagem aos jovens traz uma mensagem baca-na para os jovens que ainda não conhecem a congregação dos Padres e Irmãos Paulinos.

Na coluna Li, gostei e recomendo, vocês vão conhe-cer o testemunho de três jovens que são acompanhados pelos Paulinos e que se encantaram com a revista Vi-trine Vocacional. Em Minha vez, os leitores da revista Vitrine Vocacional vão se encantar com o testemunho vocacional de um jovem que descobriu o carisma pau-lino. Palavra do Papa apresenta uma re� exão muito bonita, apresentando o Papa como um homem que saiu da autorreferencialidade e tocou o coração dos jovens. A coluna Meditar apresenta um dos métodos mais e� cazes do projeto de vida – progredir um pou-quinho a cada dia. Em Interatividade nos é apresentada uma re� exão sobre a dimensão mariana no processo de discernimento vocacional.

Na coluna Palavra e comunicação, teremos um texto muito importante falando sobre a espiritualidade dos jo-vens nas redes sociais. A coluna Matéria de capa traz uma re� exão sobre o discernimento das motivações vocacio-nais com um projeto de vida pessoal. Nosso fundador apre-senta o bem-aventurado Tiago Alberione, como exemplo

de determinação. Em Fala, vocacionado, vocês vão � car por dentro do testemunho vocacional de dois jovens que estão bem animados com o carisma paulino. Na coluna Acon-teceu, todos os leitores de Vitrine Vocacional vão � car por dentro dos eventos vocacionais que aconteceram em todas as regiões do Brasil. Recado de Paulo traz uma mensagem muito bacana para os jovens, apresentando Paulo como um modelo de apóstolo para os jovens de hoje.

Caros jovens e demais leitores da revista Vitrine Vocacio-nal, damos graças a Deus pela comemoração desta edição e, graças a vocês, o nosso trabalho continua � rme e forte. É exatamente isso que nos enche de alegria e nos impulsiona a seguir em frente com a nossa missão de lançar as redes em águas mais profundas. Se você, jovem, leu a revista Vitrine Vocacional e se identi� cou com o nosso carisma, não tenha medo, entre em contato conosco. Será uma alegria imensa recebê-lo em nossa casa. No mais, peçamos a Maria, Ra-inha dos Apóstolos e Mãe de todas as vocações, que nos anime e nos motive em nossa vida e missão.

Boa leitura e até breve!

Pe. Roni Hernandes, sspAnimador Vocacional dos Padres e Irmãos Paulinos

Graça e paz!

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Palavra do Editor

paulinos.org.br

Entrevista

A revista Vitrine Vocacional tem a alegria de trazer para todos os leitores uma entrevista

muito bacana com o padre Antônio Lúcio da Silva Lima, ssp, falando sobre o discernimento vocacional válido para os dias de hoje. Pe. An-tônio Lúcio, ssp, é sacerdote pauli-no. Reside na Comunidade de Belo Horizonte (MG), da qual é Superior. Na missão da Congregação dos Pa-dres e Irmãos Paulinos, é Forma-dor dos jovens que estão cursando a etapa do Juniorado, Coordenador Provincial de Animação Vocacional e Formação, Conselheiro Provincial e Delegado Provincial dos Institutos Paulinos de Vida Secular Consagra-

da Jesus Sacerdote e Santa Família. Esperamos que esta entrevista possa inspirar, motivar e animar os jovens no discernimento vocacional, sobre-tudo aqueles que desejam conhecer a missão dos Padres e Irmãos Paulinos.

Vitrine Vocacional: Na caminha-

da vocacional algumas experiências são determinantes para a constru-ção da identidade vocacional, den-tre elas, a convivência com a famí-lia, o trabalho, os estudos, a vida de oração, o relacionamento. Nos dias de hoje, quais horizontes necessi-tam de atenção especial para ser luz e esperança no processo de discer-nimento vocacional dos jovens?

O discernimento vocacional é o processo pelo qual o jovem chega a cumprir, em diálogo com o Senhor e à escuta da voz do Espírito Santo, as escolhas fundamentais de sua vida. Pri-meiramente o jovem deve realmente sentir-se chamado por Deus para uma determinada missão. Jamais ele pode es-tar fugindo de si mesmo ou de qualquer outra realidade ou situação. Suas moti-vações e convicções vocacionais devem ser as mais autênticas possíveis.

A atenção deve estar centrada nos sinais concretos que o jovem apresen-ta para abraçar sua vocação: buscar a santi� cação; possuir qualidades inte-lectuais para os estudos e serviços que assumirá futuramente na Congregação,

VOCAÇÃO:UMA QUESTÃO DE AMOR,DE ENTREGA E DE SERVIÇO

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Ordem ou Diocese; possuir saúde física e psicológica para uma boa convivência com as pessoas; evitar espiritualismos alienantes; criar relações interpessoais fraternas dentro e fora da comunida-de, do seminário, dos setores apostóli-cos, das paróquias etc.; conhecimento e confronto com as grandes realidades da Igreja e da sociedade; capacidade de estar em constante diálogo com o mun-do, a sociedade, as pessoas e a Igreja; ter uma abertura especial à Igreja, quer na sua realidade universal, quer em sua estrutura em nível local (nacional, diocesana, paroquial); sentir como pró-prios os problemas, os sofrimentos, as expectativas da Igreja e do povo cren-te e não crente; conhecer e fazer bom uso das mídias sociais, que são o “novo” areópago do mundo digital. Também é fundamental que cada jovem possa “des-cobrir na vida de Maria o estilo da escu-ta, a coragem da fé, a profundidade do discernimento e a dedicação ao serviço (cf. Lc 1,39-45). (...) Nos olhos de Ma-ria, cada jovem pode redescobrir a beleza do discernimento; em seu coração, pode experimentar a ternura da intimidade e a coragem do testemunho e da missão” (Documento do Sínodo dos Jovens 2018).

Vitrine Vocacional: O seguimen-

to a Jesus de Nazaré não pode ser feito por obrigação, nem como um peso que nos desgasta, mas como uma opção pessoal que nos enche de alegria. Nesse sentido, como um trabalho vocacional pode favorecer para que haja encontro pessoal com Jesus, para que os jovens possam conhecê-lo, amá-lo e segui-lo?

Começo citando o Bem-aventurado Tiago Alberione, fundador dos Pauli-nos e da Família Paulina: “As vocações são conquistadas e formadas mais com uma vida exemplar do que com artifí-cios e com palavras...” (CISP 1053). O apostolado vocacional deve apresentar ao jovem a pessoa e a missão de Jesus Cristo. Em contrapartida, o jovem deve sentir-se

não apenas tocado por isso, mas identi-� cado. Precisa estar enamorado de Jesus (cf. Rm 8,35-38); ser consciente de que já não é possível pensar nem agir sem partir de Jesus (cf. At 17,18); convencer--se profundamente de que é sempre Cristo que nos ama primeiro (cf. Rm 5,6-11). É necessário também fazer com que o jovem tenha contato constante com a Palavra de Deus, procurando for-mar aos poucos a própria identidade no seguimento de Cristo, até a identi� cação da própria vida com a dele (cf. Gl 2,20).

Vitrine Vocacional: Desde o início do seu ponti� cado, o Papa Francis-co não se cansa de convocar o povo de Deus para anunciar, com cora-gem e ousadia, o Evangelho de Jesus Cristo no mundo atual. Seguindo o pensamento do Papa Francisco, como fazer um convite vocacional para os jovens do mundo atual, so-bretudo aqueles que sofrem com a violência e que estão necessitados de paz, carinho e atenção?

Em um país com dimensões con-tinentais, como é o Brasil, traçar um per� l único dos jovens e/ou dos voca-cionados é tarefa impossível. Mas al-gumas tendências são observadas pela CNBB (Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil). “Até um passado recente, a maioria dos candidatos provinha do mundo rural. Nas últimas décadas essa situação tem mudado. Hoje, a maioria provém do mundo urbano. É difícil traçar um per� l detalhado dos atuais candidatos (à vida sacerdotal ou religio-sa). O que se pode constatar é que são � lhos da época, com suas possibilida-des, limitações, desa� os e fragilidades”,

a� rma Dom Frei Jaime Spengler, ofm, Arcebispo Metropolitano de Porto Ale-gre, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e Presi-dente do Regional Sul 3 da CNBB. E conclui: “A provocação do Papa Fran-cisco deixa latente a necessidade de “rever o modo de viver, testemunhar e anunciar Jesus Cristo e seu Evangelho”.

O próprio Papa Francisco também responde: “Como podemos despertar a grandeza e a coragem de escolhas de amplo alcance, de impulsos de cora-ção para enfrentar desa� os educativos e afetivos? Já repeti muitas vezes: Ar-risca! Arrisca! Quem não arrisca não caminha. ‘Mas se eu errar?’ Bendito o Senhor. Errarás mais se permaneceres parado, parada” (Discurso na Vila Na-zaré, 18 de junho, 2016).

Também o Bem-aventurado Tiago Alberione ajuda-nos, a� rmando: “O Senhor preparou muitas vocações, em proporção às necessidades dos apostola-dos modernos na Igreja. É preciso que tenhamos verdadeira con� ança na Pro-vidência” (CISP 914). E também: “As vocações nos seguem quando veem que damos às pessoas a sabedoria de Deus; vão-se quando não o veem. Dar Deus às pessoas: seja este o nosso desejo de cada dia, a nossa oração” (Pr A 386).

O convite vocacional deve ser pautado no processo de “cristi� ca-ção”, ou seja, o jovem deve deixar-se “cristi� car”, permitir que Cristo seja formado nele e, um dia, chegar a a� r-mar como o Apóstolo Paulo: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21).

Vitrine Vocacional: Desde muito cedo, em sua vida pessoal, Jesus aprendeu a sentir-se parte do seu povo e a amar sua gente e sua cul-tura. Ele não só chamou os discí-pulos, como também fez refeição com eles. Nesse sentido, indique o per� l do animador vocacional, para que ele possa oferecer um

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do Brasil, no Arcebispado do Rio de Ja-neiro, em 27 de julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude. “O complexo mistério das pessoas que se afastam da Igreja, às vezes, iludidas por outras propostas, acreditam que a Igre-ja – a sua Jerusalém – já não consegue mais oferecer algo signi� cativo e im-

portante. Por isso, caminham sozinhas e decepcionadas. Talvez a Igreja lhes pareça muito fraca, demasiadamente distante de suas realidades e do pobre para responder às suas necessidades; e demasiada fria com elas e muito autor-referencial, prisioneira de suas lingua-gens rígidas, parecendo que o mundo a transformou numa coisa do passado, impotente diante das novas situações; talvez a Igreja teve respostas para a in-fância humana, mas não mais para sua vida adulta”.

Vitrine Vocacional: Que mensa-gem o senhor deixaria para os jo-vens, sobretudo para aqueles que estão se preparando para o Síno-do dos Jovens?

Primeiramente, ter consciência de quem são os jovens que participarão do Sínodo: “Eles crescem com a Internet, mantêm-se em contato, veem e ouvem o que querem e quando querem. As histórias são postadas no vídeo do You-tube, as fotos no Instagram, os posts e

bom acompanhamento vocacio-nal para os jovens.

O animador vocacional – à seme-lhança de Jesus, o animador vocacio-nal por excelência – deve: possuir um olhar amoroso em relação aos jovens (cf. Jo 1,35,51); falar com autoridade aos jovens (cf. Lc 4,32); ser capaz de “fazer-se próximo” dos jovens (cf. Lc 10,25-37); escolher “caminhar ao lado” dos jovens (cf. Lc 24,13-35); dar teste-munho autêntico de serviço aos outros (cf. Jo 13,1-20). Ainda mais: ser capaz de dialogar e comunicar-se; estar con-victo de sua vocação e ministério; amar o apostolado vocacional; dispor de saú-de, tempo e meios para desempenhar seu apostolado; amar sua vocação. E, por � m, lembrar sempre: “Cooperemos com o Pai Celeste”, como a� rmava o Bem-aventurado Tiago Alberione. “As vocações são muito mais numerosas do que aquelas que vêm até nós”. E sua cha-mada de atenção é sempre atual: “Que nenhuma se perca por nossa causa! Antes de mais nada rezar, mas também convi-dar, agir” (Ipsum audite II 112).

Vitrine Vocacional: O que é neces-sário para que o processo vocacio-nal favoreça a abertura às necessi-dades do Reino de Deus, da Igreja e da humanidade, superando a au-torreferencialidade?

Primeiramente é importante a tomada de consciência do animador vocacional, sobretudo convencendo--se de que ele não convida os jovens para segui-lo e tampouco ser seus dis-cípulos. O convite é para seguir e ser discípulo de Jesus Cristo. Portanto, quem chama é o Mestre. O anima-dor vocacional é tão-somente uma mediação humana que irá ajudar o jovem em seu processo de discerni-mento vocacional e eventual resposta ao chamado do Divino Mestre.

É importante deixar-nos provocar por algumas expressões do Papa Fran-cisco, no seu encontro com os Bispos

links no Facebook, as mensagens no Snapchat e as conversas no WhatsApp. Escrevem e publicam suas histórias e romances no Wattpad. Os meios de co-municação social são para eles espaços de informação sobre o que está acon-tecendo no mundo, são os ambientes onde recontam suas histórias, ou se indignam e se comprometem, se con-frontam e dialogam, participam e estão lá” (Irmã Maria Antonia Chinello,fma).

Conclamo os jovens para que escu-tem as palavras sábias do Papa Francis-co: “Mesmo quando o vosso caminho for marcado pela precariedade e pela queda, Deus rico em misericórdia es-tende a sua mão para levantar-vos (...). Um mundo melhor se constrói graças a vós, à vossa vontade de mudança e à vossa generosidade. Não tenhais medo de escutar o Espírito que vos sugere es-colhas audazes, não demoreis quando a consciência vos pede para arriscar e seguir o Mestre”. E recordando a Re-gra de São Bento, 3,3, a� rma o Papa: “São Bento recomendava aos abades consultar também os jovens antes de toda escolha importante, porque ‘mui-tas vezes é exatamente aos mais jovens que o Senhor revela a melhor solução’” (Documento do Sínodo dos Jovens 2018).

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Parada Obrigatória

F A P C O MPastoral Universitária

paulinos.org.br

No último Capítulo Provincial dos padres e ir-mãos paulinos do Brasil, que aconteceu no ano de 2015, foi pedida a organização e instalação

da Pastoral Universitária FAPCOM como expressão de nosso apostolado. O Capítulo orientou que a ação pasto-ral na FAPCOM pudesse re� etir o nosso carisma e tam-bém ser uma oportunidade para a promoção vocacional.

Em sintonia com a Igreja do Brasil buscamos for-mação para entender como essa missão é desenvolvida; nesse sentido, encontramos o estudo 102 (O seguimento de Jesus Cristo e a ação evangelizadora no âmbito univer-sitário) da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que apresenta a seguinte de� nição:

“A Pastoral Universitária é a ação evangelizadora da Igreja no âmbito universitário, coordenada e em comu-nhão com o bispo diocesano. É uma pastoral de fronteira, âmbito privilegiado do diálogo da Igreja com a cultura, com o mundo acadêmico e com as perguntas existenciais de estudantes, professores e funcionários. Esse diálogo se estende a todos, pois a universidade é um lugar importan-te para as transformações da sociedade e do pensamento. Sem a presença da Pastoral Universitária, a Igreja perde tanto a oportunidade de fecundar tal espaço quanto de enriquecer-se com o diálogo e os questionamentos pró-prios do âmbito universitário, perdendo paulatinamente a sua relevante incidência cultural”.

Iniciamos nossa missão como pastoral universitária seguindo essas orientações da CNNB. E integrados a isso, trabalhamos com as diretrizes apresentadas no I Encontro da Comissão de Centros de Estudos Pauli-nos que aconteceu na FAPCOM em fevereiro de 2017, que, como resultado, publicou o documento: Linhas de identidade pedagógica e opções operativas fundamen-tais para os centros paulinos de estudo em comunicação. Destaco um trecho do documento, intitulado elemen-tos característicos da “cor paulina” dos centros paulinos de estudo em comunicação:

“Com uma visão sempre universal, os CPSC dedi-quem-se em educar eliminando toda discriminação ét-nica, sexual, social, cultural, e a promover a consciên-cia que, em Cristo, todos somos iguais e irmãos (Gl 3,28). Os CPSC sejam lugares de encontro e criadores de pontes entre a fé e a ciência, as pessoas, as culturas e as religiões. A universidade também pode ser lugar

em que se cria a cultura do encontro e da acolhida de pessoas de tradições culturais e religiosas diversas (...). Somos chamados a entender e apreciar os valores do outro, superando as tendências da indiferença e do temor. Não tenhais medo do encontro, do diálogo, da confrontação”.

A Pastoral Universitária FAPCOM pode ser bem ex-pressada por essa citação do documento. E no núcleo de sua vocação ser instrumento de promoção da frater-nidade. Nesse sentido podemos nos orgulhar que isso já é uma realidade; dentre as atividades que são desen-volvidas pela pastoral temos grupos de oração com par-ticipantes de con� ssões diferentes, de outras religiões, dando testemunho que o amor é universal.

Clérigo Mário Roberto de Mesquita Martins, ssp, é religioso paulino, graduado em Filosofi a pelo Iesma: Instituto de Estudos Superiores do Maranhão; Teologia pela Faculdade de São Bento; mestrando em teologia na PUC- SP; reside na comunidade da Vila Mariana, SP, e colabora na missão da congregação como Coordenador pela Pastoral Universitária.

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Convido você para conhecer nossa Pastoral Universitária FAPCOMcurtindo nossa fanpage www.facebook.com/pufapcom

Clérigo Mário Roberto de Mesquita Martins, ssp, é religioso paulino,

Em foco

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JOVENS VISITAM O

DOS PADRES E IRMÃOS PAULINOS

Apesar dos desa� os que o mundo moderno nos apre-senta, apesar das distintas vozes que escutamos ao nosso redor, a voz de Deus continua chamando jo-

vens das mais diversas realidades ao compromisso, ao segui-mento de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Isso sig-ni� ca que o convite que Jesus dirigiu a Simão e André (Mc 1,16), a Tiago e João (Mc 1,19), continua sendo válido para os nossos dias. Este chamado tem sido escutado por muitos jovens que saem de suas casas, se ausentam provisoriamente de seus trabalhos e de suas atividades pastorais e vão em bus-ca da realização de seus sonhos.

No Serviço de Animação Vocacional, jovens de diversas regiões do Brasil continuam chegando junto às nossas co-munidades por meio das Livrarias Paulus, site dos Padres e Irmãos Paulinos, revistas Vitrine Vocacional e Vida Pastoral, Liturgia Diária, Folheto o Domingo e dos eventos vocacio-nais. Os jovens continuam chegando com seus dramas, di� -culdades, mas com um desejo imenso de conhecer um pou-co mais da missão que os Paulinos realizam na Igreja com o apostolado dos meios de comunicação social, de participar dos encontros vocacionais e estágio vocacional, e de receber a visita do animador vocacional.

SEMINÁRIO

paulinos.org.br

Animação Vocacional

Certos de que a vida de qualquer instituição religiosa de-pende exclusivamente de pessoas que se apaixonam pelo seu carisma e que tenham a coragem e doar a própria vida pela causa do evangelho, nós, Padres e Irmãos Paulinos, estamos abertos para receber esses jovens, fazendo o mesmo que Jesus fez com os discípulos: partindo o pão, fazendo refeição e caminhando com eles. Isso faz a diferença no discernimen-to vocacional. Foi exatamente isso que nós, Padres e Irmãos Paulinos, do Seminário da Raposo Tavares, SP, � zemos de janeiro a maio de 2018.

Durante esse período, jovens oriundos de diversas regiões do Brasil visitaram o Seminário Paulino. São eles: Anderson Rodrigo Crespo Rosa, 25 anos, natural do Rio de Janeiro, RJ; Douglas Alves dos Santos, 23 anos, natural de Patrocínio, MG; Júlio Alves Rodrigues, 22 anos, natural de São Paulo, SP; Marcos Abraão Silva da Silva, 22 anos, natural de Santarém, PA; Paulo Ce-zar Oliveira Machado, 21 anos, natural de Ananindeua, PA; Pedro Silva Goudard Cruz, 21 anos, natural de São Fidélis, RJ; Rodrigo José Aninha, 24 anos, natural de São Gotardo, MG; Wilder Vieira Amorim dos Santos, 19 anos, natural de Carapicuíba, SP.

Seguem abaixo algumas falas dos jovens que expressam a alegria de terem visitado o Seminário Paulino.

“Fiz uma experiência que nunca havia feito antes. Desde o acolhimento até a questão da alimentação, tudo me proporcionou uma paz muito grande. Durante esses dias, eu consegui rezar, meditar e colocar algumas coisas no lugar”.

Júlio Alves Rodrigues

Paulo Cezar Oliveira Machado

“Agradeço imensamente a Deus pela rica experiência que os Paulinos me proporcionaram durante a visita vocacional. Estou muito feliz com o que vi e experimentei. Se for da vontade de Deus, gostaria sim de fazer uma experiência com os Paulinos”.

Estou muito feliz por ter visitado a congregação dos Padres e Irmãos Paulinos. Tenho certeza que esse momento ajudou muito no meu discernimento vocacional.

Jefferson da Costa Moreira

“Dar uma resposta ao chamado do Senhor não é fácil, mas quando a gente encontra confi ança e liberdade, a gente consegue. Confi ança foi o que eu experimentei na visita vocacional que fi z ao Seminário dos Paulinos. Fui muito bem acolhido, na verdade, eu me senti em casa. Aproveitei a oportunidade para conhecer a Gráfi ca, a Livraria, o Serviço de Animação Vocacional. Confesso que estou encantado por tudo”. Anderson Rodrigo Crespo Rosa

“Fiquei pouco tempo no Seminário dos Padres e Irmãos Paulinos, Raposo Tavares, mas foi o sufi ciente para compreender a riqueza gigantesca do carisma paulino. Também destaco a dimensão da oração, o trabalho e a vida de estudos. Tudo isso me encanta. Estou discernindo a vocação paulina e, se for da vontade de Deus, gostaria de experimentar esta espiritualidade”.

Marcos Abraão Silva da Silva

“O que me encanta no carisma dos Paulinos é a dimensão da oração.É um carisma que nos toca por dentro. Toda vez que vou ao Seminário dos Paulinos, eu sinto uma tranquilidade muito grande. Além disso, gosto do jeito simples e despojado dos religiosos, acho que para anunciar o evangelho o essencial é levarmos em nosso coração a semente do evangelho. Isso é o sufi ciente para sermos bons discípulos e missionários do Senhor”. Wilder Vieira Amorim dos Santos

“Tudo o que experimentei na visita vocacional é novo. Mas, uma coisa que marcou muito esse momento é a questão da acolhida. Ser bem acolhido faz a diferença. Desde o primeiro dia em que liguei, percebi esse diferencial na congregação, e quando cheguei isso foi constatado. Só tenho que agradecer a Deus por tudo. Os Paulinos têm um carisma rico e, ao mesmo tempo, muito jovem. Espero, com a graça de Deus, um dia poder experimentá-lo”. Pedro Silva Goudard Cruz

“Gostei muito da visita vocacional que fi z ao Seminário Paulino. Os religiosos me acolheram muito bem. Uma das experiências mais marcantes foram as visitas aos diversos setores do apostolado paulino, dentre eles, o Editorial, a Gráfi ca, a Livraria Paulus. Nessas visitas, percebi a grandeza que representa para o mundo a missão dos Paulinos”. Douglas Alves dos Santos

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“Já conhecia os Paulinos, mas vindo até o Seminário e conhecendo de perto a missão e o carisma, o ritmo da comunidade, não tenho dúvida da grande riqueza que é esse carisma para a Igreja. Se for da vontade de Deus, eu gostaria sim de juntar-me a esta congregação, sendo um pescador de homens na cultura da comunicação”. Rodrigo José Aninha

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Mensagem aos jovens

paulinos.org.br

Padre Tiago Alberione, fundador da Família Pauli-na, nascido em Alba, Itália, no dia 04 de abril de 1884, foi um homem muito à frente de seu tempo.

Assim como o apóstolo Paulo, Alberione também percor-reu muitos caminhos, conversando com as pessoas. Foi assim que ele se aproximou dos jovens do seu tempo e por ter essa sensibilidade � cou conhecido como um gran-de educador de jovens.

Padre Tiago Alberione foi um importante suscitador de energias, de entusiasmos e, com sua simplicidade e hu-mildade, soube contagiar muitos jovens de ambos os sexos para a missão de anunciar o Evangelho com os meios mais rápidos e e� cazes.

Dono de uma impressionante visão de futuro e de um constante contato com Deus, Alberione dava bons conselhos para os jovens, orientando-os a concentra-rem melhor suas motivações para serem bons comuni-cadores do Evangelho.

Os jovens, em número cada vez maior, atraídos pela nova forma de evangelizar com os meios de comunica-ção, corriam ao encontro de Alberione encantados para esta missão. Esses jovens deixaram sua pátria, parentes, amigos e se enveredaram rumo ao mundo desconheci-do. O que eles traziam na bagagem era a experiência de fé, a coragem de buscar o novo e a con� ança na propos-ta lançada por Alberione.

Jovens, em pleno século XXI a missão de Alberione continua pulsando � rme em nossas veias: “fazer alguma coisa pelos homens e mulheres do nosso tempo”. Esta frase ressoou muito forte na vida do jovem Tiago Alberione e, com certeza, continuará ressoando no coração de todos os membros da Família Paulina.

Jovem, assim como o bem-aventurado Tiago Alberio-ne, tenho certeza que você também quer realizar seu so-nho. Venha, realize seu sonho conosco. Junte-se a nós e venha fazer parte desta grande família.

Centro Vocacional

RECADOAOS JOVENS

“fazer alguma coisa pelos homens

e mulheres do nosso tempo”

RECADO

Li, gostei e recomendo

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Olá, galera, meu nome é Lucas, e assim como todos os jovens, eu também quero descobrir o que Deus quer de mim. Penso que para trilhar esse caminho preci-samos de alguém que nos ajude, de pessoas que se colocam no caminho como sentinelas. É nesse ambiente que a vocação aflora. Foi esse espaço que encontrei com os Paulinos. Mandei a ficha vocacional num dia, e no outro dia o responsá-vel pela pastoral vocacional já ligou para mim. Isso mostra agilidade no trabalho e acolhimento sincero. Além disso, é interessante a revista Vitrine Vocacional, que é escrita pelos vocacionados para cativar outros jovens para a congregação. Isso é bacana. Por isso, li, gostei e recomendo a revista Vitrine Vocacional para você que ainda não conhece a missão dos Paulinos. Venha, junte-se a nós.

Procura o seminário o jovem que sente dentro do coração a voz de Deus convidando-o para prestar um serviço para o Reino de Deus. Mas, para isso, é preciso fazer o discerni-mento claro da própria vocação que envolve a pessoa na sua totalidade. Nesse momento, é fundamental descobrir os aspectos preciosos da vocação e também do lugar específico, onde nós queremos entregar toda a nossa vida, gastar todo o nosso sangue. É por isso que me identifiquei com o carisma dos Padres e irmãos Paulinos. Eles vão ao encontro dos jovens com diversas ferramentas, dentre elas, através da revista Vitrine Vocacional, que tem conteúdos maravilhosos apresentando o carisma e a missão dos Paulinos. Esses conteúdos ajudam a clarear a vocação e também ajudam a descobrir quem são, onde estão e o que fazem os religiosos. Nesse sentido, li, gostei e recomendo a revista Vitrine Vocacional para todos os jovens, para que eles possam descobrir o chamado de Deus.

paulinos.org.br

Recado dos vocacionados

Lucas Rangel Rocha, São Paulo (SP), vocacionado da Congregação dos Padres

e Irmãos Paulinos.

Fabrício Barbosa Silva, Campestre (MG),

vocacionado da Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos.

Atlas André Andrade de Oliveira, São Gonçalo (RJ),

vocacionado da Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos.

Fazer uma propaganda vocacional nos dias de hoje não é nada fácil. Para tocar o coração dos jovens do século XXI, é preciso oração e sensibilidade para captar nos sinais dos tempos a melhor forma de abordar um jovem, seja nas ruas, nas praças, nas escolas, nos ambientes acadêmicos, na Igreja, na família. Sempre escuto muitos padres comentando que está muito difícil lidar com os jovens nos dias de hoje, pois eles não escutam, não conversam, não dão espaço, estão fechados em grupos de amizades, etc. Até entendo que muitos jovens são difíceis de lidar, mas grande parte des-ses problemas está na família cada vez mais desestruturada. Os pais têm exemplo dentro e fora de casa. Mas, também é percebível que a dificuldade que se encontra para conversar com os pais está na questão da abertura de mente. Não podemos compreender um jovem de hoje com a cabeça lá em 1915. Por isso, olhando para as congregações que vão ao encontro dos jovens para apresentar seus carismas e a abordagem utilizada, me encantei com o carisma dos Paulinos. Além do carisma ser jovem e atual, eles usam ferramentas bem modernas para divulgar o carisma da congregação, dentre elas, a revista Vitrine Vocacional. Assim sendo, eu li, gostei e recomendo Vitrine Vocacional para você é jovem e que está buscando discernir a sua vocação num carisma jovem.

Centro Vocacional

Minha vez

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Minha

TESTEMUNHOVOCACIONAL

Vez

O encanto dos encontros com o Senhor!Alô, alô, galerinha do bem! Meu nome é Dou-

glas Santos, sou da cidade de Patrocínio – MG, e quero re� etir um pouquinho com vocês sobre a minha história vocacional. Quando falamos em vocação, tratamos de duas liberdades: a de um Deus que chama e do homem que responde. Assim sendo, pra mim vocação é a liberdade de escolher a felicidade. Neste testemunho vocacional, que-ro trazer ao seu coração uma re� exão para compreendermos como encontrar a felicidade. Então “bora” lá!

Como é próprio de todo ser humano, toda pessoa quer encontrar a felicidade, e esta se mostra a nós de várias ma-neiras. Cada um na sua liberdade escolhe qual o caminho a seguir. Vou contar a vocês a história de um garotinho, criado em uma paróquia de religiosos dos Sagrados Corações. Lá iniciou como coroinha e sempre teve muito contato com os padres holandeses da Congregação. Em especial um deles o cativava, padre Reinaldo Bosman ss.cc. Com seus 80 anos, todos os dias o padre cuidava do seu jardim ao lado da pa-róquia, e o garotinho sempre gostava de estar com ele; con-versavam, trabalhavam e brincavam. Ele sempre via naquele velho padre a expressão de um homem feliz, e estar com ele o fazia feliz. Perguntou um dia ao padre: Por que o “sinhô” quis ser padre? E uma surpresa com a resposta. “Filho, eu não sei o porquê, mas sei o pra quê. Eu quis ser padre para levar ao coração das pessoas a mesma felicidade que eu senti quando me encontrei com o Senhor”.

Sem compreender, aquela criança curiosa começava a sua trajetória de busca pela felicidade. Coroinha, par-ticipava toda sexta-feira da missa. E eis que aquele velho padre entra em cena. “Oh menino! Você não quer ser pa-dre não?” E a resposta imediata. “Não, de jeito nenhum. Quero casar, ter uma mulher bonita e ter 5 � lhos”. Risos de todos! Durante a missa o coral, de pessoas já idosas, sempre cantava as mesmas músicas há anos, mas nesta ce-lebração ele ouviu como se fosse a primeira vez a música que dizia: “Tenho que gritar, tenho que arriscar\ Ai de mim se não o faço! Como escapar de Ti, como calar, se Tua voz arde em meu peito?” E ao olhar para o cruci� xo ele descobrira o que aquele velho padre holandês, sentiu! A alegria de estar perto e servindo ao Senhor. Após algum tempo ele fez uma experiência como seminarista diocesa-

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no, e agora o Senhor o chama a seguir novos rumos, com os religiosos Paulinos.

Aquele menino sempre esperava que o chamado de Deus ia se mostrar a ele em formas extraordinárias, como um anjo que mostraria a ele a felicidade. O anjo que Deus usou para chamá-lo tinha 80 anos, não tinha asas, e o ensinou que um sorriso pode despertar a vocação de alguém. Aquele menino hoje tem 23 anos, e ainda está em busca da felicidade, apren-dendo a ver os detalhes e compreendendo que todos os dias Deus mostra sinais pequenos que o convidam a participar do encanto dos encontros com Jesus! Esse jovem sou eu e te con-vido. Venha, e vamos juntos buscar a felicidade!

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Douglas Alves dos Santos, vocacionado dos Padres e Irmãos Paulinos, natural de Patrocínio-MG.

Palavra do Papa

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PAPA FRANCISCO,

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o homem que saiu da autorreferencialidade e tocou

o coração da juventude

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Flávio Aparecido Cândido Ferreira, seminarista dos Padres e Irmãos Paulinos,reside na comunidade Formativa de Campinas, e colabora na missão da congregação na Animação Vocacional.

Ao visitar meu arquivo pessoal no celular, co-mecei a observar uma imagem que tinham me enviado da JMJ 2013, realizada na cidade do

Rio de Janeiro, e já � quei me perguntando: Quem não se lembra do fervor da juventude em torno do Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro? Pois ao contemplar aquela foto não resta dúvida que a simplicidade do Papa Francisco foi o que mais se destacou na relação entre ele e os jovens, especialmente durante a JMJ.

De lá para cá, quantas conquistas e progressos com a juventude católica! Um papa que sai da autorreferen-cialidade, da autoridade fechada e do poder exclusivo. Isso tudo porque Francisco não quer mais uma Igreja que pensa sem criatividade, que se fecha no diálogo e na rotina, mas espera que a inovação e a alegria dos jovens tragam novos ares para a evangelização.

O Papa é muito simples, pois sua pessoa e seu es-tilo de vida atraem o mundo inteiro e especialmente a juventude, que quer relacionamentos diretos e sim-ples. Chegando ao Rio de Janeiro, já naquele primeiro momento em que � cou preso no trânsito, conseguiu mostrar que ele estava bem com o povo. É o pastor conhecendo suas ovelhas.

Me recordo muito bem também de suas primeiras pa-lavras com a juventude, animada e cheia de esperanças de achar novamente seu espaço na igreja e no mundo. Em seu primeiro discurso no Brasil, Francisco destacou aos jovens que Cristo abre espaço para eles, pois conhe-ce a poderosa energia que sai do coração da juventude que encontra sua amizade. “Cristo ‘bota fé’ nos jovens e con� a-lhes o futuro de sua própria causa: ‘Ide, fazei discí-pulos’”, disse o argentino com coração brasileiro.

Com um jeito simples e atencioso, ele chegou a men-cionar uma bela frase: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desa� os”. Essa premissa do papa denota sua esperança na identidade jovem da Igreja, pois é pela janela que entram novos ares, novas luzes e energia.

No entanto, a relação do Papa com os jovens não se resume em palavras. Francisco está preocupado com os desafios da juventude. Ele mostrou isso não só no Rio de Janeiro, mas também em muitos outros encontros no mundo inteiro. Por onde ele vai, sem-pre se encontra com os jovens, e estes acorrem ao seu redor, para se sentirem estimulados e desafiados para continuar a viver bem seus sonhos e seus projetos.

A juventude é um período em que as pessoas ten-dem a procurar ídolos e referenciais. Digo isso por-que também sou jovem e essa é minha constante luta. Percebe-se que os jovens veem o Papa como um grande líder, uma referência. Pude contemplar mais de perto o trabalho pastoral ligado à juventude e penso que, para responder a tudo aquilo que o Papa está dizen-do, os jovens precisam se organizar nas comunidades. Estamos vendo também esse � orescimento de grupos, de pastorais juvenis, movimentos e carismas que estão cada vez mais se organizando. Isso é importante, pois “Deus é aquele que renova sempre, é sempre jovem!”

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Olá, galera! Graça e paz!

INFORMAÇÕES:

Institutos PaulinosInstitutos Paulinosde vida secular consagradade vida secular consagrada

fundados pelo Bem-aventurado Tiago Alberionefundados pelo Bem-aventurado Tiago Alberione

NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÂO - para moç[email protected]

SÃO GABRIEL ARCANJO - para [email protected]

JESUS SACERDOTE - para sacerdotes e bispos [email protected]

SANTA FAMÍLIA – para [email protected]

NOSSAAAAAAAAA SENHORAAAAAAAAA DAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAANUNCIAAAÇÇÇÇÇÇÇÂÂÂÂÂÂÂÂÂOOOOOaaaannnnnuuuuuuuuuuuuunnnnnnnnnnnnccccccccciiaattiinnaass@@pppaaaaaauullliiiinnnnoooossss..oooooorrgg.bbrrr

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JJJJJJJJJJJJJJESUS SAAACERDDOOOTTE ---- pppaaarrraaa ssssaaacccceeerrrrddddoooottteeeessss eee bbbbijjjjeeeessssuuuusssssssaaacccceeerrrddddoooottttee@@@@ppppaauulinos.ooorrgggg...bbbrrr

SAAAAANTAAAAAAAAA FAAAAMÍLIAAAAAAAAA –––– ppppaaaarraa ccaaasssaaaaiiiissss

NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÂO

SÃO GABRIEL ARCANJO

JESUS SACERDOTE

SANTA FAMÍLIA

[email protected] pelo endereço: Institutos Paulinos - Rua das Camélias, 640

Châcara Primavera - CEP 13087-488 - Campinas - SP

Olá, caro jovem... Venho aqui falar um pouco de um jovem paulino que, em sua curta existência, vi-

veu a máxima de progredir na virtude, ao menos um tantinho a cada dia. Esse foi o propósito de vida do pequeno Majorino Vi-golungo, um dos primeiros seminaristas pauli-nos que soube viver intensamente a sua vocação.

Majorino foi um pequeno apóstolo que de-sejou como meta principal de sua vida tornar-se santo; para isso ele empenhou-se de forma plena e, a exemplo de São Paulo, buscou con� gurar a sua vida com a vida do Divino Mestre, tornando-se um verdadeiro e ardente apóstolo de Jesus Cristo.

Entre os propósitos de Majorino o mais importante de-les, e que superava as suas forças, era este: “Cada dia pro-gredir um tantinho”. Sim, um pouco por vez, um passo a cada dia, progredindo na virtude constantemente. Esse era o segredo de sua dedicação nos exames de consciência, na sua constante vigilância sobre si mesmo e suas ações, não só com o desejo de desviar-se das menores imperfei-ções, mas querendo aproveitar de todas as oportunidades que tinha para poder praticar o bem, alcançando a perfei-ção que ele tanto desejava.

Os jovens vocacionados, levados pelo entusiasmo e encantamento, com muita facilidade fazem propósitos grandiosos, mesmo sem compreenderem completamente até onde eles podem chegar, e bem cedo os esquecem, deixando de lado o que, de início, era o plano de uma vida. Com Majorino tal não se deu: Ele havia decidido tornar-se santo e grande santo, a qualquer custo. Bem convicto, porém, de que no trabalho espiritual é necessá-rio o progresso cada dia, não se pode parar.

Majorino Vigolungo mostrou-se bem � rme nesse prin-

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cípio e propósito fundamental para sua vida. Alcançar a santidade a partir de um esforço progressivo, cotidiano, era o seu ideal. Com isso, esforçava-se para execu-

tar bem seu projeto de vida, tanto mais que todo o restante estava contido na observância

desse princípio e dele dependia a sua execução.Além da máxima: “Progredir um pouquinho

a cada dia”, podemos destacar outras frases que marcaram a vida do pequeno apóstolo: “Ó meu Jesus, eu quero tornar-me um santo: ajudai-me”; “Jesus, aju-dai-me; quero tornar-me santo, verdadeiramente santo, seriamente santo, santo em verdade”. Esse desejo de san-tidade era constante na vida de Majorino, que apesar de viver pouco tempo (14 anos), se tornou um grande mo-delo de santidade para tantos jovens que hoje dedicam a sua vida para o apostolado da comunicação social.

Nesse sentido, jovem, contemple o exemplo de vida desse pequeno-grande apóstolo, Majorino Vigolungo, que compreendeu tão bem o Apostolado da Comunica-ção, aspirando-o com tanto ardor, zelo e amor; regado por uma ardente sede de perfeição.

Que Jesus, Divino Mestre, Caminho, Verdade e Vida, nos ilumine dando-nos também uma sede insaciável de perfeição e que acenda em nós o espírito da santa oração, a � m de que possamos fazer nosso e praticá-lo assidua-mente o propósito de Majorino: “Progredir um pouqui-nho a cada dia”.

Leidson de Farias Barros é aspirante paulino; reside na comunidade Paulo Apóstolo, em São Paulo, e é graduando em Teologia pela Faculdade São Bento,e colabora na missão da congregação, atuando no Departamento Editorialcomo Assistente.

Meditar

um pouquinho a cada diaPROGREDIR

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MARIANAA DIMENSÃO

no processo de discernimento vocacionalMARIANAMARIANAA DIMENSÃO

no processo de discernimento vocacionalMARIANAMARIANAA DIMENSÃO

no processo de discernimento vocacional

Quando se pensa no papel que a Virgem Maria exer-ce durante uma jornada de discernimento vocacional, três belos aspectos saltam aos olhos. Eles estabelecem entre si uma relação de profundidade, sendo o primei-ro mais super� cial, exterior; o segundo, de certa forma, intermediário; e o terceiro mais profundo, enraizado na própria essência da fé católica. Os três são, sem sombra de dúvida, importantes, mas se desenha uma caminhada a ser percorrida do mais simples ao mais complexo.

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Interatividade

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A primeira dimensão que se nota é o exemplo lumi-noso da mãe de Jesus para aqueles que decidem caminhar as trilhas do Senhor. Com seu sim, com sua entrega total à vontade de Deus, Maria se torna modelo para todos os vocacionados, já que, com cada sim particular, a vida da criatura é levada à plenitude da vida de comunhão com Deus, à vida de santidade, primeira e mais fundamental das vocações. Onde quer que o � el esteja caminhando dentro da Igreja de Cristo, a Virgem Maria é um padrão de oferta a ser seguido.

O segundo aspecto aproxima a mãe de seus � lhos. Longe de ser apenas um exemplo distante no tempo e no espaço, Maria intercede continuamente para que o Es-pírito Santo cumpra a obra redentora de Cristo em seus � éis, levando-os à vida plena em Deus, e os guie de acor-do com seus carismas e dons. Consciente de que só na vontade do Altíssimo se encontra a verdadeira felicidade, Nossa Senhora roga pelo nosso bem.

O terceiro âmbito, por sua vez, atualiza a maternidade de Maria. Ora, se a Virgem é mãe de Cristo, cabeça da Igreja, é necessário que todos os cristãos também nasçam dela, mãe da mesma Igreja. Assim professam os santos, os papas, e se questionam: pode um corpo nascer separado de sua cabeça? Inspirados em Santo Agostinho, podemos dizer que Nossa Senhora é o molde vivo de Deus: para viver a santidade, primeira das vocações, e voltar a ser imagem e semelhança do Altíssimo, para cumprir com alegria a vontade do Pai, como Jesus, é preciso deixar se formar no ventre de Maria.

Seria aterrador ver seres humanos sem cabeça anda-rem por aí; é desastroso quando um � el busca correspon-der à vocação se negando a nascer de onde nasceu sua cabeça, seu modelo primeiro, a razão de sua vida. Que o Senhor livre seu povo dessa desgraça, por intercessão de Nossa Senhora e de São José, seu castíssimo esposo.

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Pedro Silva Goudard Cruz, vocacionado dos Padres e Irmãos Paulinos,natural de São Fidélis (RJ)

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Palavra e Comunicação

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Olá, galera! Fui convidado pelo Pe. Roni Hernan-des, animador vocacional dos Padres e Irmãos Paulinos, para escrever um texto para a Revista

Vitrine Vocacional com o seguinte tema: “A espirituali-dade dos jovens nas redes sociais”. Confesso que � quei muito feliz com o convite e com o tema a mim con� ado. Vou me esforçar para escrever um tema bem bacana e, de preferência, que possa tocar o coração dos leitores da revista Vitrine Vocacional, de modo especial os jovens.

Como sabemos, a sociedade atual tem como seu principal meio de comunicação a internet, onde as pes-soas podem se comunicar umas com as outras através das redes sociais. O maior público que circula por es-ses meios são os jovens. Por isso, eles são considerados os protagonistas das redes sociais. Navegando por esses meios, eles vão em busca de novas amizades, falar de novos assuntos. A cada instante eles lançam uma nova proposta, com o intuito de renovar os relacionamentos.

A ESPIRITUALIDADE DOS

N A S R E D E S S O C I A I S

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Wilder Vieira Amorim dos Santos, vocacionado dos Padres e Irmãos Paulinos,natural de Carapicuíba (SP)

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Desde o início do seu ponti� cado, o Papa Francisco não se cansa de convocar os jovens a caminhar pelas es-tradas digitais, porém, sendo protagonistas e não meros expectadores. A orientação do Papa Francisco é muito clara, é preciso usar as redes sociais para deixar marcas que estejam em sintonia com o Evangelho: formar co-munidades, divulgar a Palavra de Deus, construir novas amizades, trocar ideias, etc. As redes sociais também são um lugar onde o jovem pode expressar seus sentimen-tos, seus ideais e, ao mesmo tempo, pode receber infor-mações ligadas aos ensinamentos da Santa Igreja.

Felizmente, muitos jovens cristãos usam dessas redes para a evangelização de forma coerente, através do seu testemunho de vida. Compreenderam que as redes so-ciais poderiam se tornar algo muito além do lazer huma-no, de envios e recebimentos de fotos e mídias postadas a cada instante. A juventude que já compreendeu o sentido da evangelização sabe que as redes sociais são canais que nos ajudam a transmitir os valores do evangelho.

Várias páginas são criadas nas redes sociais com a � -nalidade de tornar esses meios mais práticos, com fra-ses de passagens bíblicas, a liturgia diária, a meditação do Santo do dia, tudo isso com o desejo de que outros jovens se interessem pelo conteúdo, e assim possam se aproximar ainda mais de Jesus Cristo.

Bento XVI vem nos dizer: “Se usarem as redes sociais sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de um sentido, de verdade, de unidade, que continua a ser a aspiração mais profunda do ser humano.” Nas palavras densas de signi� cado do Papa Bento XVI, per-cebe-se claramente que o ponto certeiro do jovem é usar as redes sociais, porém, com uma espiritualidade. Isso signi� ca que devemos cuidar das coisas que falamos e daquilo que publicamos, porque tudo isso revela algo da nossa imagem, da nossa personalidade.

Galera, � ca aí a dica. Vamos usar sim as redes sociais, mas com muita prudência e não esqueçamos de que o primeiro conteúdo que devemos manifestar nas redes sociais é que nascemos para amar a Deus. Nossa felici-dade está nas mãos dele. Será que todos os jovens sabem disso? Por isso, vamos divulgar essa informação nas re-des sociais, sobretudo para os jovens que não � zeram a experiência concreta do amor de Jesus Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

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Capa

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Estava realizando uma missão vocacional em terras nordestinas e um jovem, muito simpático por si-nal, foi ao meu encontro ao término da missão e

fez a seguinte pergunta: “O que é vocação? Quais são suas consequências para a nossa vida? Eu aprendi com os meus pais que eu devo seguir Jesus Cristo, mas como? Quando? Onde? Será que minha vocação é para o casamento? Eu � co encantado quando vejo o padre todo paramentado para presidir a Santa Missa, conversando com a juventu-de, visitando as famílias, os enfermos. Mas também � co feliz quando vejo meus amigos com as suas namoradas ou quando vejo meu pai abraçando, fazendo carinho e beijando a minha mãe”.

Vibrei de felicidade quando o jovem fez estes ques-tionamentos. Percebi nele uma vontade imensa de viver a proposta evangélica que enche o coração do homem de alegria. Seus questionamentos demonstram claramente que ele sabe aonde quer chegar, apenas quer ter mais cla-reza do caminho a seguir. Ser chamado por Deus consti-tui uma das provas mais evidentes de seu amor. Porém, é preciso se perguntar: Deus nos chama para que? Nas diferentes atividades, nas diferentes pro� ssões, nos diver-sos modos de agir no mundo, exerce-se uma vocação. Mas qual? Como descobrir qual é esta vocação?

Os questionamentos apresentados por esse jovem são existenciais, pois eles apontam para o sentido pleno da

vida, para aquilo que determina a nossa identidade e o desfecho da nossa existência. Quantos são os jovens que encontramos nas paróquias, na direção espiritual, nos grupos de jovens, nas ruas, nas praças, nas calçadas, nas visitas às famílias, nos colégios, nos ambientes acadêmi-cos, nos grupos de amizades; são muitos os que vêm ao nosso encontro para questionar sobre o sentido da vo-cação, mas também são muitos os que não sabem o que fazer da própria vida, diante das di� culdades que experi-mentam no dia a dia.

Por falta de uma orientação clara sobre o real sentido da vocação, muitos jovens se precipitam em suas decisões e depois � cam lamentando decisões malfeitas. Por outro lado, há outros jovens que � cam relutando teimosamente contra a ideia de ser um vocacionado, mas depois aca-bam aceitando ajuda e cultivando alegremente dentro de si esse amor escondido. Seguir o chamado de Deus é algo que uma pessoa de fé faz a cada dia, mas nem sempre é fácil discernir o chamado de Deus e dar passo certo, prin-cipalmente num tempo em que o mundo está cada vez mais robotizado e carente de valores.

Diante desta situação, cabe-nos mostrar aos jovens que a vocação tem sentido muito mais amplo. Ela não está voltada apenas para o chamado ao sacerdócio ou à vida religiosa somente; pelo contrário, ela abarca ou-tros modos de vida que são tão vocacionados quanto o

CHAMADO VOCACIONAL, UM

CONVITEdirigido com a leveza da confi ança

Ser chamado por Deus constitui uma das provas mais evidentes de seu amor.

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sacerdócio ou a vida religiosa. O tema da vocação faz parte da nossa essência como � lhos de Deus. Por isso, o presente mais valioso que podemos oferecer aos jovens é ajudá-los a conhecer a própria vocação. No campo do trabalho, a vocação signi� ca a� nidade entre as aptidões pessoais e o tipo de trabalho que se exerce; nas escolas fa-zem-se testes vocacionais para descobrir em que área do conhecimento o jovem é mais habilidoso. Já no campo religioso vocação signi� ca a experiência de ser chamado por Deus, de ser por ele atraído para um projeto de vida à luz da fé. O signi� cado da vocação para a vida é decisi-vo porque signi� ca encontrar uma orientação para todo o percurso existencial.

Pe. Roni Hernandes, ssp, é religioso paulino, reside na comunidade da Cidade Paulina, Raposo Tavares, SP, e colabora na missão da congregação como Animador Vocacional.

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Capa

Nesse sentido, fazer um discernimento vocacional é perguntar para Deus o que ele quer de nós. A resposta que damos para Deus sai de dentro do coração. Mesmo Jesus, quando se aproximava de quem lhe pedia ajuda, ele perguntava: “O que tu queres que eu te faça?”. Jesus ajuda a pessoa a tirar de dentro de si a resposta. Sabemos que o coração humano é frequentemente atormentado por mui-tas questões para as quais ele busca resposta. Por meio de seu trabalho, de sua re� exão, de sua procura, de sua me-ditação, de sua oração, ele é capaz de receber tal resposta.

Todos nós sentimos a necessidade de encontrar o nosso espaço, isto é, o lugar para colaborarmos com a grande obra criadora de Deus. Por isso, de� nir-se voca-cionalmente é dar orientação clara à própria vida a par-tir do chamado de Deus. Deus não chama somente para ser padre ou religioso. Deus chama cada um de nós para prolongar a sua obra criadora. Toda pessoa é chamada a prestar esse serviço. Deus chama e interpela a pessoa hu-mana no seu íntimo. É por isso que a vocação atormenta a vida de muitos jovens. Deixa-os inquietos, ansiosos e exige deles uma palavra e uma resposta corajosa. Contu-do, a vocação não é apenas um chamado, mas é também uma missão que nada mais é que um compromisso que assumimos com o Reino de Deus.

A tarefa que teremos de cumprir às vezes é curta, ou-tras vezes exige uma vida toda. Tudo depende da com-preensão do chamado. Por isso, ao pensarmos em voca-ção pensamos também no compromisso do ser humano com a vida, pois vivemos para fazer história. História da ação de Deus em nós e na missão que cada um recebe. É importante enfatizar que o chamado de Deus aconte-

ce no silêncio. Pode parecer estranho, mas é através do silêncio que Deus toca o coração humano. E, por isso, a resposta que damos a Deus é silenciosa, pessoal e acon-tece no chão da vida.

Nesse sentido, o itinerário vocacional é um processo de integração pessoal que envolve a pessoa na sua totali-dade: corpo, mente, coração, forças físicas. Eis o primei-ro desa� o neste caminho de encontro e descobertas! “A quem iremos, Senhor?”. Chamados para amar e ser ama-dos, o homem e a mulher de ontem e de hoje procuram responder ao chamado de Deus, levando em consideração as motivações internas. Toda pessoa depende, nas suas de-cisões e no seu comportamento, das motivações que estão no coração e que se traduzem, a curto, médio ou a longo prazo, em sonhos, aspirações, objetivos, metas.

Tomar consciência da vocação não signi� ca dizer que chegou ao � m do discernimento vocacional. Pelo con-trário, este deve levar o jovem a uma série de interroga-ções acerca de um esclarecimento pleno das motivações internas. Isso são ferramentas adequadas para assumir as exigências da própria vocação que quer seguir. En-tendemos motivação como um conjunto de forças que contribuem para formar uma intenção válida, e por ela tomar uma decisão mais acertada em relação à escolha. Assim sendo, as motivações internas é aquilo que coloca a pessoa em movimento.

Deste modo, as motivações pessoais no processo de dis-cernimento vocacional, somadas à consciência do chamado, impulsionam a pessoa a dar sua resposta de maneira mais responsável, dinâmica e em constante superação. Deus, mo-vido por sua divina misericórdia, ao longo da história cha-mou e continua chamando, das mais diversas realidades, jo-vens para o seguimento de seu Filho, Jesus de Nazaré. Mas, para isso, é preciso viver com ousadia a proposta vocacional do Mestre: “Ide, sem medo, para servir”. Cabe a cada um de nós ajudar os jovens no seu processo de discernimento vo-cacional, fazendo o mesmo que Jesus fez com os discípulos: tornando-se próximo, sentando-se à mesa, permanecendo, rezando e partilhando o pão com os jovens.

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Fala, Vocacionado

TESTEMUNHARa minha vocação

No mundo de hoje, numerosos são os desafios que encontramos pelo caminho e que nos impedem de responder significativamente ao chamado de Deus. Mas Deus, mo-vido por sua ternura e misericórdia, não desiste de nós; assim como não desistiu do povo de Israel, também não desiste de nós. Pelo contrário, ele continua batendo na nossa porta, passando pelas ruas, praças, calçadas, chamando jovens das mais diversas realidades para assumir a missão do Reino de Deus. Mas, para escutar o seu chamado é preciso aguçar bem os nossos ouvidos e silenciar o nosso coração. Um interior baru-lhento não consegue perceber a voz de Deus. Por isso, é preciso fazer silêncio. Estou aproveitando esse silêncio para refletir sobre o chamado de Deus dentro do carisma dos Padres e Irmãos Paulinos. Estou me identificando bastante, pois os Paulinos trabalham com a evangelização através dos meios de comunicação, algo que eu gosto muito. Ainda não visitei nenhuma casa dos Paulinos, mas com base no que foi apre-sentado até aqui, dá para perceber que o carisma é de uma riqueza enorme. Desde já, agradeço aos Padres e Irmãos Paulinos pela acolhida sincera e peço a todos que rezem pela vocação de todos os jovens que têm no coração o desejo de ser padre ou irmão.

Hálesi de Carvalho Gomes

Antônio Dias (MG)

Na vida, passamos por muitas dificuldades, enfrentamos os nossos dramas, as nossas crises no relacionamento, na família, no trabalho, nos ambientes de estudos, mas mesmo em meio a essas dificuldades, se permanecermos alimentando a nossa fé em Jesus de Nazaré, jamais nos perderemos pelo caminho. Eu sou a prova disso. Mes-mo com as luzes e sombras encontradas pelo caminho, sempre mantive em dia a capacidade de sonhar. Sei que a única forma de colocar em prática os meus sonhos é permanecer firme no caminho. É permanecendo no caminho, tendo uma conversa prazerosa com Deus, que descobri a minha vocação. Por isso, estou aqui para par-tilhar a minha alegria de ser um vocacionado da congregação dos Padres e Irmãos Paulinos. Eu abri meu coração para Deus e ele me apresentou os Paulinos através da oração, do silêncio. Assim sendo, quero, se Deus permitir, escrever uma linda história com os Paulinos, sendo um apóstolo da comunicação social.

John LucasOliveira Rodrigues

Caxias (MA)

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É muito comum nas histórias dos san-tos, beatos e servos de Deus, nas chamadas hagiogra� as, encontrar-

mos narrativas que dão uma atenção es-pecial à vida de fé e de dedicação à missão especí� ca de cada um dos inscritos. O bem--aventurado padre Tiago Alberione não foi diferente. Muitas são as histórias ou relatos que podem desenhar e narrar a trajetória de fé viva e transformadora do franzino padre italiano, fundador de cinco congregações re-ligiosas (Paulinos, Paulinas, Pias Discípulas, Pastorinhas e Apostolinas), quatro institutos seculares (Gabrielinos, Anunciatinas, Jesus Sacerdote e Santa Família) e uma união de cooperadores (Cooperadores Paulinos).

Nosso Fundador

ALBERIONE,exemplo de fé e determinação

A fé que padre Alberione professa no Mestre Jesus é uma fé capaz de criar, animar um novo apostolado que irá transformar o pensamento da Igreja com os Meios de Comunicação Social.

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Clérigo Tiago Vicente Rodrigues de Melo, ssp, é religioso paulino, jornalista e bacharelado em Teologia pela FAJE: Faculdade Jesuíta de Filosofi a e Teologia, reside na comunidade de Belo Horizonte, MG, e colabora na missão da congregação como Assessor de Imprensa da Paulus Editora.

A missão paulina, iniciada pelo padre Alberione em 1914, com a fundação da Pia Sociedade de São Paulo (Padres e Irmãos Paulinos), teve como fonte inspiradora uma adoração eucarística na passagem do século 19 para o 20, portanto, a noite entre 31 de dezembro de 1900 a 1° de janeiro de 1901. O evento � cou conhecido como “noite famosa.” Foi um convite do papa Leão XIII para consagrar o novo século a Cristo Redentor, de onde vem a salvação do gênero humano. Alberione, ainda semina-rista, com a autorização do seu superior, � cou 4 horas em adoração ao Santíssimo Sacramento na Catedral de Alba. O fundador, no livro Abundantes divitiae gratiae suae (História Carismática da Família Paulina), diz em terceira pessoa: “sentiu-se profundamente obrigado a preparar-se para fazer alguma coisa pelo Senhor e pelos homens do novo século com quem deveria viver”.

O exemplo de padre Tiago Alberione vai além de um devocionismo ou uma espera de algo da parte de Deus. A fé que padre Alberione professa no Mestre Je-sus é uma fé capaz de criar, animar um novo aposto-lado que irá transformar o pensamento da Igreja com os Meios de Comunicação Social. A Igreja, especi� ca-mente a situação da Itália, estava em confronto com o modernismo. Esse movimento, que também estava no interior da Igreja, queria forçar o catolicismo a adaptar--se ao mundo contemporâneo, e exigia uma reforma da cultura religiosa. Embora à primeira vista fosse in-teressante, trouxe muitos problemas. Suas iniciativas na propagação de seus ideais e ataques à Igreja eram feitas pela imprensa da época e os meios que havia. Pe. Tiago Alberione, homem que via para além de seu tempo, viu aí a vontade de Deus e a concretização do convite da noite famosa: “Fazer alguma coisa pelo Senhor e pelos homens...”. Iniciou, então, um apostolado novo.

A imprensa, revistas, jornais, publicações religiosas, mais tarde � lmes, a rádio e a tv foram iniciativas para combater o mal com o bem e evangelizar, utilizando-se dessas novas plataformas. Sonhava com um exército de apóstolos e apóstolas que iriam dar à Igreja novo im-

pulso missionário; usar do modo melhor e mais vasto possível os novos instrumentos. Queria dar uma solução cristã à grande questão social; dar à Igreja a necessária liberdade diante dos ataques e transformações no mun-do atual.

A fé na Trindade moveu o pe. Tiago Alberione a ser para milhares de vocações, homens e mulheres, um exemplo, um pai, um profeta dos meios modernos de comunicação. A ousadia e determinação do apostolado fez com que o pe. Alberione consagrasse a missão ao Apóstolo dos gentios, São Paulo. Ele é o fundador da obra, dizia. Os Paulinos, bem como toda a Família Pau-lina, herdam, então, de São Paulo, o ardor e a � delidade criativa no apostolado e na missão da Igreja.

Mais tarde, em 1919, já com uma comunidade consolidada e algumas frentes de apostolado em anda-mento, o pe. Alberione escreve uma oração e a propõe aos membros, conhecida como o Segredo de Êxito ou Pacto. É a pro� ssão de fé na Providência Divina. Nela, faz-se um pacto com Jesus Mestre prometendo-lhe con� ança total, dedicação ao apostolado da imprensa, não perder tempo, recebendo, da parte dele, de Jesus, as graças necessárias para o estudo, e as ferramentas e subsídios necessários para a missão paulina. Um papel foi achado nos arquivos do primeiro padre paulino, o bem-aventurado Timóteo Giaccardo, onde encontra-mos uma “promissória” escrita e assinada pelo Padre Alberione e pelo padre Timóteo com as promessas feitas ao Mestre e o que eles deveriam receber, de acordo com o “contrato”. É uma forma plástica de mostrar a fé e a determinação frente ao chamado de Deus e a resposta de um homem simples que entregou toda a sua existên-cia ao anúncio da Boa-nova.

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Recado de Paulo

PAULO,modelo de apóstolo para osjovens

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Rodrigo José Aninha, vocacionado dos Padres e Irmãos Paulinos, São Gotardo - MG

Gostaria de começar este texto com uma frase de São Paulo: “Que ninguém te despreze por se-res jovem. Ao contrário, mostra-te um modelo

para os � éis pela palavra, pela conduta, pelo amor, pela fé, pela pureza.” (1Tm 4,12)

Podemos perceber a beleza do coração de Paulo, e também podemos dizer que é eternamente jovem aquele que segue os passos de Jesus. O Apóstolo dos gentios buscou viver essa juventude de Deus. Como jovens, não podemos duvidar de nossa capacidade. Paulo é modelo porque acima de tudo buscou aprender tudo do Modelo Jesus. Com certeza ele buscou amar, sorrir, sentir e viver como Jesus viveu.

O chamado de Paulo mostra a superação de muitas coisas e nos motiva a seguir como vocacionados, a� nal é Deus que nos chama em nossa liberdade. Deste modo nossa resposta deve ser ousada como a de Paulo, que mudou radicalmente o rumo de sua vida. E a partir de seu encontro com o Divino Mestre, escolheu por jamais perder Jesus Cristo nos detalhes de sua vida.

Paulo ao sair de si se enche de Deus, faz a experiência da cruz do sofrimento mas que aponta a ressurreição.

Não podemos perder Deus de vista, pois ele em nos-sas lágrimas ou alegrias jamais deixa de cuidar de nós e nos sustentar. Pelo simples fato de ser Pai amoroso. Pre-cisamos ir de encontro àqueles que precisam de um olhar que veja as suas necessidades e sofrimentos.

Nossa juventude precisa ser vocação, chamado e ação, nós precisamos dar respostas de amor ao mundo. O nosso testemunho pode ter a capacidade de chegar a sua totalidade quando for semelhante ao de Paulo, um testemunho de amor.

Precisamos lutar até o � m utilizando de tudo aquilo que nosso século nos concede para evangelizar os povos. O Apóstolo rompeu as barreiras do tempo e do espaço com seu jeito único de anunciar a Boa-Nova. Precisamos também romper os limites do tempo e do espaço com nosso anúncio e testemunho.

As coisas terrenas na época em que São Paulo viveu lhe eram atraentes, mas ele não buscou ser santo fora do

mundo, mas comunicou no mundo onde vivia a salvação universal. Com nosso jeito de ser jovem e onde estiver-mos não podemos deixar de ser comunicadores da Boa--Nova. O mundo precisa de pessoas que comuniquem o melhor de Deus. Jovens que comuniquem o abraço, o carinho e a misericórdia in� nita de Deus. É preciso buscar um coração semelhante ao coração do Apóstolo Paulo. Destemido e sensível às realidades.

O Apóstolo acima de tudo era um ser humano apai-xonado e sonhador. Precisamos aprender justamente isto, viver a paixão dos sonhos de Deus em nossa vida. Se nossa existência não aponta para o alto precisamos re-� etir nosso existir. Paulo sem dúvida foi um Apóstolo do Alto, seu coração estava no alto por isso revelava tantas coisas preciosas aos corações humanos.

Com suas imperfeições e limitações, jamais colocou limites à Graça de Deus em sua vida; todavia se lançou ao projeto de Deus. Se desa� ou a escrever uma nova His-tória com Jesus, não � cou nas coisas passadas mas correu todos os dias aos braços de Deus. Quantas vezes caiu, mas tantas vezes buscou se levantar. Precisamos aprender do Apóstolo a ter um coração jovem que busque a cada dia bater em sintonia com o coração de Deus. Onde o Senhor nos plantar nós devemos � orescer, onde o Se-nhor nos enviar sejamos luz.

Que nossa juventude seja um canto tão bonito como foi a vida do Apóstolo Paulo, e que acima de tudo mar-quemos os corações das pessoas com nossa palavra, nossa conduta, nossa fé, nossa pureza e acima de tudo com nosso amor.

Se Deus é Amor, sejamos re� exos desse amor cada segundo de nossa existência!

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Escrito entre a agitação de São Paulo e o silêncio de Medellín, este é um livro para quem vive o descompasso da pressa e deseja reconectar--se consigo mesmo. É um despretensioso convite à busca de sentido e harmonia em um mundo marcado por sofrimento e angústia. Um livro para todos aqueles que – professando ou não uma religião – continuam ávidos de sabedoria, compaixão e transcendência. Não é um livro apenas para mentes conectadas à internet, mas também para mentes conectadas aos excessos da vida contemporânea. É um livro sobre pausa e silêncio, mas também sobre contentamento e vida feliz.

O cultivo espiritual em tempos de conectividade

Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus fi lhos com tanto amor, nos homens e nas mulheres que trabalham a fi m de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade “ao pé da porta”, daqueles que vivem perto de nós e são um refl exo da presença de Deus, ou – por outras palavras – da “classe média da santidade”.

Exortação Apostólica do Papa Francisco - Gaudete et ExsultateSobre o chamado à santidade no mundo atual

Este guia conduz toda uma celebração para que os fi éis possam rezar pela constante renovação dos vocacionados e pela manutenção da fé dos que já se consagraram ao serviço de Deus. Dividido em temas e estruturado com a ordem das etapas dos encontros, o livro oferece grande diversidade de cantos e orações vocacionais.

Devocionário Vocacional