15/12/2010 O Papel da Religião 1

(Org. por Sérgio Biagi Gregório)(Org. por Sérgio Biagi Gregório)

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Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoIntrodução

O papel da religião associa-se à idéia do sentimento religioso, um dos mais complexos sentimentos que fundamentam a essência do ser humano.

Analisemos esse sentimento sob a ótica da Doutrina Espírita.

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Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoConceito: Etimologia

Cícero (106-43 a.C.) no De Natura Deorum afirma que a palavra vem da raiz relegere (“considerar cuidadosamente”), oposto de neglere, descuidar.

Lactâncio, escritor cristão (m. 330 d.C.), diz que vem de religare (“ligar”, “prender”).

Para Cícero, a religião é um procedimento consciencioso, mesmo penoso, em relação aos deuses reconhecidos pelo Estado.

Para Lactâncio, a religião liga os homens a Deus pela piedade.

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Historicamente, a religião é a crença em forças, poderes, deuses sobre-humanos.

Fenomenologicamente, a religião está ligada ao sagrado: objeto, lugar, tempo, ritual, palavra etc.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoHistórico

Totemismo 

animismo

Religião do Egito

Religiões da Índia  

Judaísmo

Cristianismo

Islamismo

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a) CONCEPÇÃO MÍTICO-MÁGICA: a Religião é uma ilusão ou uma superstição.

b) CONCEPÇÃO GNÓSTICA: a filosofia, filha rebelde da teologia, transforma-se numa religião, ao buscar a salvação através do conhecimento (gnose).

c) CONCEPÇÃO MORAL: o objeto da Religião é o mesmo da moral natural.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoConcepções Redutivas da Religião (1)

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d) CONCEPÇÃO ANTROPOLÓGICA: para D. Hume a experiência do terror é a origem da religião.

e) CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA: segundo E. Durkheim as concepções religiosas têm por objeto, antes de mais, explicar e exprimir não o que as coisas têm de extraordinário, mas ordinário.

f) CONCEPÇÃO IRRACIONALISTA: de acordo com vários filósofos, a religião é a contemplação extática do infinito.

g) CONCEPÇÃO PSICOLÓGICA: segundo Freud a religião é uma neurose obsessiva.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoConcepções Redutivas da Religião (2)

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Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoFundamentos da Religião: Salvação

Salvar-se não é livrar-se de todos os riscos, na conquista da suprema tranqüilidade.

Salvar-se é converter-se ao trabalho incessante do bem, para que o mal se extinga no mundo.

Salvar-se é levantar, iluminar, ajudar e enobrecer.

Salvar-se é educar-se alguém para educar os outros.

É a responsabilidade de se conduzir e melhorar-se.

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Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoFundamentos da Religião: Revelação

Deus revelou-se a Moisés numa sarça que ardia.

Paulo ficou cego por um resplendor celestial.

Maomé ficou retido pelo arcanjo Gabriel até reconhecer a vontade de Alá.

A Revelação Espírita é de origem divina e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.  

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A religião identifica-se com a fé.

Para a maioria das religiões, o que importa não é o que acreditamos mas como acreditamos.

Ter “fé” em certas verdades não nos isenta de estarmos em erro.

Allan Kardec, no capítulo XIX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, traça-nos as diretrizes para distinguirmos a fé cega da fé raciocinada.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoFundamentos da Religião: Fé

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Do ponto de vista social, as religiões são sistemas de símbolos, dependentes de um fundador.

A religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador.

As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas, dignas de todo o acatamento.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoSentimento Religioso: Religiões e Religião

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Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoSentimento Religioso: Religião como Sistema

Como traduzir para a prática a noção vaga de que a religião é um sistema?

“No caso dos dogmas cristãos, é impossível saber (empiricamente) se Jesus Cristo pertence à mesma categoria de Deus Pai.

Mas é perfeitamente possível predizer, se forem conhecidos os dados do sistema (Trindade divina), todas as soluções possíveis para o problema.

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O fim da religião é a salvação da alma.

Preferimos prender muitas pessoas a nós ou à nossa Igreja, impedindo-as de se salvarem em outra qualquer.

Confundimos os meios com os fins.

Evitemos a falsa adoração libertemos a nós mesmos e aos que nos ouvem.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoSentimento Religioso: Meios e Fins

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O filósofo Dewey faz uma distinção entre ter uma religião e ser religioso.

Para ele, ter uma religião é pertencer a uma Igreja e obedecer aos dogmas por ela impostos.

Ser religioso é encaminhar o pensamento para os aspectos cósmicos da vida: a humildade, a simplicidade e o amor ao próximo.

Exemplo: Parábola do Bom Samaritano.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoSentimento Religioso: Ter e Ser Religioso

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O Espiritismo é uma manifestação fortuita? Tornar-se-á uma crença comum? Será uma Religião Universal?

O EspiritismoEspiritismo reformará a legislação, retificará os erros da História, restaurará a religião do Cristo, instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai direto a Deus, sem se deter nas franjas de uma sotaina, ou nos degraus de um altar. (Kardec, Obras Póstumas, p. 299)

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoO Espiritismo é uma Religião?

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A Doutrina Espírita é um libertador de consciência.

Os Espíritos superiores nos advertem sobre o esforço pessoal na caminhada evolutiva.

Acostumados à ordem externa, não temos iniciativa própria.

É preciso mudar esse comportamento religioso.

Papel da ReligiãoPapel da ReligiãoConclusão

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CHALLAYE, F. As Grandes Religiões. São Paulo, IBRASA, 1981.ELIADE, M. e COULIANO, I, P. Dicionário das Religiões. São Paulo, Martins Fontes, 1994.Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa, Verbo, s. d. p.KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.XAVIER, F. C. Emmanuel (Dissertações Mediúnicas), pelo Espírito Emmanuel. 9. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1981.

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