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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Profa. Lilian Krzyzanowski
Organização Administrativa
• CONCEITO• A Organização da Administração é a
estruturação das pessoas, entidades e órgãos que irão desempenhar as funções administrativas.
• Normalmente essa organização ocorre por meio de Leis e excepcionalmente por Decreto e normas inferiores.
• Formas de prestação • -Núcleo : Centro- Administração centralizada,
direta.• Retirar do centro e transferir a outras pessoas
juridicas- Descentralização.• Ela poderá ocorrer de duas formas, por outorga
ou por delegação.• Outorga : mais séria das formas, transferencia de
titularidade do serviço e execução. Só ocorre por meio de Lei e para Pessoa Juridica de Direito Público.
• Delegação : Transfere somente a execução do serviço.
OUTORGA DELEGAÇÃO
Transfere a titularidade e a execução dos serviços públicos
Transfere somente a execução dos serviços públicos.
É exclusiva para as pessoas da Administração indireta de direito público
Realiza-se por Lei – as pessoas jurídicas da administração indireta de direito privado, as empresas publicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas de direito privado.
Realiza-se por meio de LEI. Por contrato administrativo- aos particulares, como ocorre nas concessões e permissões de serviços públicos.
Por ato administrativo- aos particulares, como nas autorizações de serviços públicos.
Relações da Pessoa Jurídica com seus agentes.
• Teorias sobre as Relações da Pessoa Jurídica com seus agentes.
• Administração Pública enquanto máquina administrativa depende de personalidade jurídica para atuar no mundo jurídico o que se percebe na Administração Direta e Indireta.
• Para explicar a relação vamos falar das diversas teorias.
• Teoria do MANDATO- AGENTE PUBLICO SERIA MANDATÁRIO DO ESTADO.
• Ela não prosperou no ordenamento jurídico Brasileiro. • Ela parte do pressuposto de que a relação constituída
é de um contrato de mandato. • Estado, que não possui vontade própria não pode
outorgar mandato. Problemas quanto a responsabilização da pessoa jurídica para os casos nos quais o mandatário exorbitasse os limites da procuração.
• Teoria da Representação- AGENTE PUBLICO SERIA REPRESENTANTE DO ESTADO.
• Essa teoria admitia a ideia de que o agente público seria representante do Estado por força de Lei.
• Equiparava o agente ao tutor e curador representando os incapazes.
• O problema desta teoria é que para representação pressupõe a ideia de duas figuras independentes, com suas vontades.
• Então como um incapaz conferirá representante a si mesmo? O incapaz não poderia ser responsabilizado, no tocante a responsabilidade civil o Estado poderia ser.
• Teoria do Orgão ou da imputação-• É a teoria adotada no Brasil. Decorre de previsão legal.• Estado reconheceu que certas pessoas físicas são
investidas no poder jurídico de praticar atos que serão atribuídos a pessoa jurídica.
• Assim a vontade da pessoa jurídica se forma e se exterioriza com atuação da pessoa física.
• Criação dos órgãos públicos, constituídos por pessoas físicas, as quais formam e exteriorizam a vontade da pessoa jurídica, de tal modo que quando seus agentes manifestem vontade é como se o próprio Estado estivesse manifestando.
Formas de prestação da atividade Administrativa
• Forma centralizada- Quando a atividade é exercida pelo próprio Estado. Forma de organização e atuação administrativa na qual o Estado executa suas tarefas DIRETAMENTE.
• Forma Desconcentrada- distribuição interna de parte de competências decisórias, agrupadas em unidades individualizadas, denominadas órgãos despersonalizados. Figura de UMA SÓ PESSOA JURIDICA.
• Forma Descentralizada- Estado transfere o exercício de suas atividades para outras pessoas jurídicas, passando a atuar indiretamente.
DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Distribuição dentro da mesma pessoa jurídica
Deslocamento para uma nova pessoa.
Há subordinação- hierarquia Não existe hierarquia, mas há controle e fiscalização (sem subordinação)
Transferência de execução para órgãos dentro da mesma pessoa.
Transferência de execução e titularidade para Administração Indireta e particulares.
• 7 (OAB 2010.3) É correto afirmar que a desconcentração administrativa ocorre quando um ente político
• A)cria, mediante lei, órgãos internos em sua própria estrutura para organizar a gestão administrativa.
• B)cria, por lei específica, uma nova pessoa jurídica de direito público para auxiliar a administração pública direta.
• C)autoriza a criação, por lei e por prazo indeterminado, de uma nova pessoa jurídica de direito privado para auxiliar a administração pública.
• D)contrata, mediante concessão de serviço público, por prazo determinado, uma pessoa jurídica de direito público ou privado para desempenhar uma atividade típica da administração pública.
Órgãos Públicos
• São centros Especializados de competências.• Não possuem personalidade jurídica, podem
ter CNPJ quando gestores de orçamento, mas não se confundem com pessoa jurídica.
• 28. (OAB 2011.2) A estruturação da Administração traz a presença, necessária, de centros de competências denominados Órgãos Públicos ou, simplesmente, Órgãos. Quanto a estes, é correto afirmar que
• A)possuem personalidade jurídica própria, respondendo diretamente por seus atos.
• B)suas atuações são imputadas às pessoas jurídicas a que pertencem.
• C)não possuem cargos, apenas funções, e estas são criadas por atos normativos do ocupante do respectivo órgão.
• D)não possuem cargos nem funções.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
• Conjunto de órgãos públicos que compõe a estrutura dos entes federativos.
• É composta pelas pessoas politicas- União, Estados, Municípios e DF.
• O regime publico gera o dever de concurso público e de licitar, o quadro de pessoal é composto de servidores públicos.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
• São pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria (respondem por seus atos, tem receita e patrimônio próprio, autonomia administrativa, técnica e financeira).
• Criação e extinção dependem de lei- art.37, XIX, CF• Não tem fins lucrativos, apesar da possibilidade de
lucro.• As PJ permanecem ligadas a finalidade que as
instituiu.• Estão sujeitas a controle interno e externo.
• 30 (OAB 2012.1) Em relação às entidades que compõem a administração indireta, assinale a alternativa correta.
• A) Para a criação de autarquias, é necessária a edição de uma lei autorizativa e posterior registro de seus atos
• constitutivos no respectivo registro como condição de sua existência.
• B) Para criação de uma empresa pública, é necessária a edição de uma lei específica sem a exigência de registro
• de seus atos constitutivos no respectivo registro por se tratar de uma pessoa jurídica de direito público.
• C) Para criação de uma sociedade de economia mista, é necessária a edição de uma lei autorizativa e registro de
• seus atos constitutivos no respectivo registro por se tratar de uma pessoa jurídica de direito privado.
• D) Por serem pessoas jurídicas, todas necessitam ter seus respectivos atos constitutivos registrados no respectivo
• registro como condição de sua existência.
• PROVA VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO• • 29 (OAB 2012.2) Quanto às pessoas jurídicas que
compõem a Administração Indireta, assinale a afirmativa correta.
• A) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei.
• B) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei.
• C) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei.
• D) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para o exercício de atividades típicas do Estado.
AUTARQUIA• Conceito : Pessoa jurídica de direito publico, dotada
de capital publico, com capacidade administrativa e criada para a prestação de serviço público.
• Finalidade da autarquia : prestar serviços públicos (próprios, típicos de Estado). Não presta qualquer serviço, somente as atividades típicas de Estado.
• OBS- Regime muito semelhante da Administração Direta.
• Regime jurídico- Ato praticado por autarquia são atos administrativos, sujeito ao regime de atos administrativos.
• Gozam de características próprias :• - Presunção de legitimidade• - Autoexecutoriedade• -Imperatividade• 1) Contratos : Celebrados pelas Autarquias são
contratos Administrativos- Estão sujeitos a Licitação e possuem as clausulas exorbitantes.
• 2) Responsabilidade Civil : art. 37, 6 CF.• As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviço público respondem pelos atos que seus agentes nesta qualidade causarem prejuízo. Traz para a vitima privilegio. Teoria da responsabilidade objetiva.
• O que diferencia é a culpa ou dolo. Subjetiva é a regra geral, mas poderá ser objetiva pois a vitima não tem que provar culpa ou dolo.
• Responsabilidade Civil- Teoria Objetiva• (conduta + dano + nexo)• Precisa-se apresentar os 3 fatores. Conduta do Estado,
Dano gerado pela conduta, Nexo Causal. • Se a autarquia não tiver patrimônio, o Estado pode ser
chamado a responsabilidade? Só responde num segundo momento. Responsabilidade é subsidiária- 1 paga a Autarquia- 2 paga o Estado.
• A responsabilidade do Estado por autarquia é objetiva. • Autarquia sem patrimônio, o Estado assume a conta,
contudo a vitima tem que comprovar o conjunto probatório. Sendo mais fácil para a mesma. Estado entra no lugar da Autarquia. Vitima não tem que comprovar dolo e culpa.
• BEM DE AUTARQUIA• A pessoa jurídica é de direito público, logo seus
bens serão públicos.• O que significa ser um bem público?• São bens inalienáveis, impenhoráveis e com
impossibilidade de oneração.• BENS INALIENAVEIS (de forma relativa)• Preenchendo alguns requisitos, ele pode ser
alienado, transferido- exceção a regra).• Para Carvalho Filho- São alienáveis de forma
condicionada, desde que preenchido os requisitos do artigo 17 da Lei 8.666/93.
• Criação e extinção por lei- art.37, XIX, CF.• Atos e contratos seguem a Lei 8.666/93• Responsabilidade civil- é em regra objetiva
(Art.37,6 CF).• Prescrição quinquenal
• Quem garante o cumprimento da Obrigação por parte do Estado?
• Se patrimônio esta todo protegido? Os débitos são garantidos através do Precatório.
• Regime de Precatório- art.100 CF• Funciona quando constituído um credito o
tribunal expede um documento (precatório) e vai para fila (ordem cronológica de pagamento dos precatórios).
• Precatório constituído até 01/07 paga-se no ano seguinte. Se for constituído após julho pagará somente no outro ano. (2 anos depois).
• Prazo Prescricional• Para ajuizar ação contra autarquia em regra o
prazo é de 5 anos.• Decreto Lei 20910/32.• NCC 2002- art.206, paragrafo 3- prazo para
reparação civil é de 3 anos.• O STF pouco se posiciona, matéria não é
constitucional. Mas o STJ vem orientando no sentido de ser 5 anos.
Privilégios das Autarquias• Tributários.• Goza de imunidade tributária reciproca- art. 150, VI, a,
CF.• Um ente politico não pode instituir imposto para outro
ente.• Somente para “Impostos”, pois outros tipos de tributos
são possíveis, como as taxas e contribuições.• Art. 150, paragrafo2- Diz que a imunidade do ente
politico é extensiva as autarquias.• Somente na sua finalidade especifica, para a qual ela foi
criada.
• Privilegio Processual• As autarquias recebem tratamento de Fazenda
Pública.• Prazo dilatado (diferenciado)• Em dobro para recorrer- 2X Recorrer• Em quadruplo para contestar- 4X Contestar• Reexame necessário- recurso de oficio.• Independentemente de recursos voluntarios
das partes, a decisão contra a autarquia o processo tem que ser levado ao tribunal. Duplo grau de jurisdição obrigatório- art. 457 CPC.
• Excepcionalmente não irá ocorrer o reexame necessário, quando
• 1) Se for matéria de até 60 sm.• 2) Se matéria já foi julgada pelo pleno do
tribunal.• Processo que não passar pelo reexame
necessário, causa a ausência de transito em julgado. Não faz a decisão definitiva.
• Regime de Pessoal das Autarquias• Quem trabalha em autarquia é servidor
público?• O regime de pessoal é de servidores públicos.
No Brasil o regime jurídico é único. Ou todos servidores são celetistas ou todos são estatutários. Preferencia no Brasil é pelo regime estatutário.
AUTARQUIA PROFISSIONAL
• São os conselhos de classe, com competência na Justiça Federal, suas anuidades tem natureza tributária, portanto sua instituição e majoração dependem de lei e a cobrança é feita via execução fiscaal, estao sujeitas as regras de finanças publicas e ao controle do tribunal de contas. Situação excepcional a OAB.
• CONSELHOS DE CLASSE.• Cassam a carteira profissional, cuidam das diversas
profissões.• Tinham natureza de autarquia na sua origem.• A Lei n 9649/98 disciplinou que o conselho de classe
passava a ter natureza de direito privado. PJ de direito privado, atividade por delegação. Contudo esta lei foi delcarada Inconstitucional quanto ao poder de polícia.
• 1 particular cassando a carteira de outro particular,• STF julgando a ADI 1717- diz que não pode dar poder
de policia a uma pessoa privada, não pode ser transferido, delegado ao particular para não comprometer a segurança juridica. Entao volta a ter natureza de Autarquia.
OAB• A sua anuidade não é tributo.• Assim não cabe contra os devedores ação de execução
fiscal, mas execução comum.• Contabilidade é privada e Tribunal de Contas não fiscaliza.• Não precisa seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal.• PGR ajuizou ADI 3026 com objetivo de conseguir so
supremo o reconhecimento da necessidade de concurso para a OAB.
• Resultado- PJ impar e não precisa realizar concurso.• Entao OAB goza dos privilegios das autarquias mas não
possui as obrigações que as mesmas possuem.
AUTARQUIAS TERRITORIAIS• Não temos nenhum territorio no Brasil hoje.• A natureza de pessoa juridica é publica, mas
não é ente politico.• Falar em autarquias territoriais, nada mais é
que falar em Territorios.
• AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL
Expressao muito antiga, eram as universidades federais, pois eram dotadas de maior autonomia. Tinham maior liberdade em relação a escolha da grade e a escolha era feita por eleição.Com o passar dos anos, a especificação ESPECIAL mudou para ser o própria das Agencias Reguladoras.
AGENCIA REGULADORA• Autarquia em regime especial.• Tudo o que foi falado sobre autarquia serve para as
reguladoras.• 1995- Gov. Federal precisava reduzir a maquina a
estrutura do Estado. Então instituiu a politica nacional das privatizações- empresas que foram vendidas.
• Politica Nacional de Desestatização- Ex. Telefonia- serviços transferidos mas que precisam de ser normatizados.
• Se transfere os serviços, alguém precisa fiscalizar e controlar, as atividades que estavam sendo transferidas.
• Com transferência do serviço- necessidade de controle.
• Função- Normatizar, controlar, regular, fiscalizar as diversas atividades.
• O que é esse tratamento especial?• Regime especial- maior autonomia que as demais autarquias, mais
liberdade.• Investidura ou nomeação especial dos seus dirigentes.• Excepcionalmente a nomeação não é livre. Quem nomeia é o chefe
do executivo, mas deve ter aprovação do Senado.• Senado sabatina- presidente nomeia.• Assim o dirigente da agencia assume mandato com prazo fixo-
determinado.• Se pode mandar embora com mandato em curso se houver contra o
dirigente, condenação ou renuncia.• Quando deixa mandato deve ficar em quarentena- 4meses- na
iniciativa privada naquele ramo de atividade (informações privilegiadas).
• Nada impede que se exerça novo cargo público, neste período continua recebendo como se ainda fosse dirigente.
• Exercem funções• NORMATIVA-natureza tecnica.• ADMINISTRATIVA- realiza procedimentos licitatórios
para escolha de permissionarios ou concessionarios de serviço público. Aplica sanções, fiscaliza execução de atividades de sua competencia.
• Possuem funções• DECISORIA- carater final de suas decisões• ADMINISTRATIVA- Relativa estabilidade de seus
dirigentes, Investidura a termo, mandato fixo.• FINANCEIRA- possui recursos proprios, instituição
de taxas de regulação.
• Exemplos-• ANEEL- Agencia Nacional de Energia Eletrica• ANATEL- Agencia Nacional de
Telecomunicações• ANS – Agencia Nacional de Saude.• ANTT- Agencia Nacional de Transportes
Terrestres.
• 15. (OAB 2010.2) No Direito Público brasileiro, o grau de autonomia das Agências Reguladoras é definido por uma independência
• A) administrativa total e absoluta, uma vez que a Constituição da República de 1988 não lhes exige qualquer liame, submissão ou controle administrativo dos órgãos de cúpula do Poder Executivo.
• B) administrativa mitigada, uma vez que a própria lei que cria cada uma das Agências Reguladoras define e regulamenta as relações de submissão e controle, fundado no poder de supervisão dos Ministérios a que cada uma se encontra vinculada, em razão da matéria, e na superintendência atribuída ao chefe do Poder Executivo, como chefe superior da Administração Pública.
• C) legislativa total e absoluta, visto que gozam de poder normativo regulamentar, não se sujeitando assim às leis emanadas pelos respectivos Poderes legislativos de cada ente da federação brasileira.
• D) política decisória, pois não estão obrigadas a seguir as decisões de políticas públicas adotadas pelos Poderes do Estado (executivo e legislativo).
AGENCIAS EXECUTIVAS• Existem para melhorar o serviço das autarquias. A
qualificação é dada por Decreto Presidencial.• Autarquia que esta sucateada, vai ate a Administração
direta pedir por mais autonomia e liberdade, precisando de dinheiro. Isso ocorre por meio de adesão.
• Realiza então plano estratégico de modernização- Administração Direta faz contrato de gestão.
• Contrato de gestão- Garantir que a autarquia tenha mais liberdade e autonomia com recursos orçamentarios.
• A ideia é se tornar mais eficiente, estabelecer controle de resultados.
ENTIDADES PARAESTATAIS
• Ou TERCEIRO SETOR.• Definição- Pessoas privadas, sem fins
lucrativos que exercem atividade de interesse público, mas não exclusivas de Estado, recebendo fomento do Poder Público e que não integram a Administração Pública em sentido formal.
• Características.• Entidades privadas, sem finalidade lucrativa.• Exercem atividade de interesse público- serviços não
exclusivos do Estado, aos quais o poder público dispensa especial proteção.
• Recebem incentivo do Poder Público- Fomento e por essa razão sujeitam-se ao controle pela administração pública e pelo TCU.
• Integram o terceiro setor- setor público não estatal. Não abrangem as entidades da administração indireta.
• 1 setor composto pelo ESTADO• 2 setor composto pelo MERCADO
SERVIÇO SOCIAL AUTONOMO• Conceito- São pessoas jurídicas privadas, criadas
em regra, por entidades privadas representativas de categorias econômicas após autorização em Lei, mantidas por contribuição parafiscais.– SISTEMA S– Sesc (Serviço Social do Comércio)– Senac ( Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial)– Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)– Sesi ( Serviço Social da Industria)
• Criação- Lei autorizativa- inicialmente sua criação é prevista em Lei.
• Finalidade- Prestam atividade social, como assistência, ensino profissionalizante, aos respectivos grupos sociais ou profissionais.
• Características- Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos.
• Mantidos por contribuições parafiscais – tributo, natureza compulsória- Art. 240 CF
• Art. 240 - Ficam ressalvadas do disposto no Art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
• Colaboram com o poder público- prestam atividade social. Normalmente direcionada para prestação de um serviço de utilidade pública.
• Controle pelo Poder Público- nomeação de dirigentes.
• Regulamento normalmente aprovados por Decretos.
• Supervisão ministerial DL200/67- art.183• “Art . 183. As entidades e organizações em geral, dotadas
de personalidade jurídica de direito privado, que recebem contribuições para fiscais e prestam serviços de interêsse público ou social, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos têrmos e condições estabelecidas na legislação pertinente a cada uma.”
• Sujeitos a jurisdição do TCU• Não se sujeitam a Lei 8.666/93- Jurisprudência
do TCU.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)• Conceito-Qualificação concedida pelo poder
executivo as pessoas juridicas de direito privado, sem fins lucrativos, para prestar atividade de interesse coletivo.
• Area de atuação- PETCuMAS• Pesquisa Cientifica• Ensino• Desenvolvimento tecnologico• Cultura• Meio Ambiente• Saude
• Requisitos de habilitação-Devem ter personalidade jurídica de Direito Público.
• Não podem ter finalidade lucrativa- devem investir os excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades.
• Devem atuar em atividades relacionadas as áreas do PETCuMAS.
• Não são delegatárias de serviços públicos• Não exercem atividades publicas em nome do
Estado.
• Qualificação- Ato de qualificação- discricionário- segundo critérios de conveniência e oportunidade.
• Competência do Ministro ou titular do órgão.
• Desqualificação-MOTIVO- descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão.FORMA- Processo Administrativo- assegurada a ampla defesaCONSEQUENCIA- reversão dos bens permitidos- dos valores entregues à utilização da OS.
• CONTRATO DE GESTAO-• Conceito- Instrumento firmado entre poder
público e a entidade qualificada como OS visando a formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas as áreas citadas- PETCuMAS- Lei 9637/98.
• Execução- Abrange programas de trabalho propostos pela OS, metas a serem atingidas e prazos de execução, critérios objetivos de avaliação.
• OBS- A execução será fiscalizada pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação
• Ex. Instituto de matematica pura e aplicada. Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
OSCIP
• Conceito- Qualificação jurídica atribuída a algumas pessoas de direito privado, em razão das atividades que venham a desenvolver em regime de parceria com o Poder Público.
• Em outras palavras...• Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
instituídas por particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização do Poder Público, mediante vinculo jurídico instituído por termo de parceria.
• Caracteristicas.• Sociedade sem fins lucrativos- não distribuem
entre sócios, associados, conselheiros, diretores ou empregados, lucros, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do patrimônio.
• Ato de qualificação- Vinculado- atendidos os requisitos previstos na lei, é expedido certificado de qualificação- Competência do Ministro da Justiça.
• Termo de Parceria- vinculo jurídico- estabelece um vinculo de cooperação entre a OS e o poder público, Forum Estadual de defesa do consumidor, etc.
• 28. (OAB 2011.1) A qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos previstos na respectiva lei é ato
• A)vinculado ao cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei.
• B)complexo, uma vez que somente se aperfeiçoa com a instituição do Termo de Parceria.
• C)discricionário, uma vez que depende de avaliação administrativa quanto à sua conveniência e oportunidade.
• D)composto, subordinando-se à homologação da Chefia do Poder Executivo.
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• Conceito de empresa pública- Pessoa jurídica de direito privado composta por capital exclusivamente público, criada para a prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas, sob qualquer modalidade empresaria
• Exemplos- EBCT, CAIXA ECONOMICA FEDERAL
• Conceito de Sociedade de Economia Mista- Pessoa jurídica de direito privado, criada para prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica, com capital misto e na forma de S/A.
• Exemplos- BANCO DO BRASIL• PETROBRAS• BANCOS ESTADUAIS
• Finalidade- prestação de serviços públicos ou exploração de atividade econômica- ART.173 CF.
• “Art. 173 - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.”
• REGIME JURIDICO• A) Criação e Extinção- é autorizada por lei,
dependendo para sua constituição do registro de seus atos constitutivos no órgão competente. Art. 37, XIX, CF.
• “XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”
• B)Contratos e licitações- Obedece a Lei 8.666/93, podendo quando exploradora da atividade econômica, ter regime especial por meio de estatuto próprio. Art.173, paragrafo I, III, CF.
• “III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública”
• Regime tributário- Se ela explora atividade economica, regra do art.173, § 2º da CF. Somente terão aqueles privilegios que são extensíveis a iniciativa privada.
• “§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.”
• Mesmo tratamento da iniciativa privada, mesmos privilégios da iniciativa privada, se ela não tiver, eles não possuem.
• Prestadora de serviço público- observar o art. 150, §3 da CF.
• Se quem paga a conta é o usuário, não pode ter privilégios, esta embutido no preço.
• “§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.”
• Responsabilidade Civil- Quando prestadora de serviços públicos a responsabilidade é OBJETIVA, com base no art. 37, §6 da CF.
• “§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
• Regime de pessoal- Titulariza o emprego público, seguindo o regime da CLT, todavia, é equiparado ao dos servidores públicos em algumas regras como- concurso, teto remuneratório, remédios constitucionais, fins penais, improbidade administrativa dentre outros.
• Privilégios Processuais- não gozam, obedecem as regras gerais do processo.
• Bens- são penhoraveis,exceto se a empresa for prestadora de serviços públicos e o bem estiver diretamente ligado a eles
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE EP E SEM
1) Forma de constituição
2) Capital
3) Competência para as suas ações
EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTACONSTITUIÇÃO Qualquer modalidade
empresarial (sociedades civis, sociedades comerciais, Ltda, S/A, etc)
Somente na forma de S/A.
CAPITAL Exclusivamente Público Misto- conjugação de recursos públicos e de recursos privados.. Exige a lei, que nas sociedades de economia mista federais a maioria das ações com direito a voto pertençam à União (Decreto Lei 200/67, art. 5°, III), controle acionário dessas companhias é do Estado.
COMPETENCIA federais for interessadas serão processadas e julgadas pela Justiça Federal (CF, art. 109, I).As empresas públicas estaduais e municipais terão suas causas processadas e julgadas na Justiça Estadual.
As sociedades de economia mista não foram contempladas com o foro processual da Justiça Federal, sendo suas causas processadas e julgadas na Justiça Estadual.
FUNDAÇÃO PÚBLICA
• Conceito- Pessoa Jurídica Composta por um patrimônio personalizado destinado pelo seu fundador para uma finalidade especifica.
• Pode ser publica ou privada de acordo com sua instituição. • Quando instituída pelo poder público, é fundação pública,
compõe a administração indireta e pode ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado.
• Quando instituída pelo particular, é denominada fundação privada, não compõe a administração e é regida pelo Direito Civil, não sendo objeto de estudo do Direito Administrativo.
• Natureza juridica- pode ser de direito público, caracterizando uma especie de autarquia, denominada autarquia fundacional, ou de direito privado, denominada fundação governamental. Nesse caso Segue o regime das empresas públicas e Sociedades de Economia Mista.
• Ex- FHEMIG-• FUNAI -(LEI Nº 5.371 - DE 5 DEZEMBRO DE 1967• Autoriza a instituição da "Fundação Nacional do Índio" e dá outras providências.• Art. 1º Fica o Governo Federal autorizado a instituir uma fundação, com patrimônio
próprio e personalidade jurídica de direito privado, nos termos da lei civil denominada "Fundação Nacional do Índio", com as seguintes finalidades:)
• IBGE• MEMORIAL DA AMERICA LATINA