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PRESIDNCIA DA REPBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO
ORIENTAO NORMATIVA N 2, DE 9 SETEMBRO DE 2014
Dispe sobre o exerccio de atividades de
magistrio por agentes pblicos do Poder
Executivo federal.
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CONTROLADORIA-GERAL DA
UNIO, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I e II do pargrafo nico do art. 87 da
Constituio Federal e o art. 8 da Lei n 12.813, de 16 de maio de 2013, resolve:
Art. 1 Esta Orientao Normativa dispe sobre o exerccio de atividades de
magistrio por agentes pblicos do Poder Executivo federal.
Pargrafo nico. O conceito de agente pblico federal referido no caput abrange
servidores estatutrios e empregados pblicos sujeitos competncia da Controladoria-Geral da
Unio, nos termos do art. 8, pargrafo nico, da Lei n 12.813, de 16 de maio de 2013.
Art. 2 permitido o exerccio de atividades de magistrio por agente pblico,
respeitadas, alm do disposto na Lei n 12.813, de 2013:
I - as normas atinentes compatibilidade de horrios;
II - as normas atinentes acumulao de cargos e empregos pblicos; e,
III - a legislao especfica aplicvel ao regime jurdico e carreira do agente.
1 Por magistrio, para fins desta Orientao Normativa, compreendem-se as
seguintes atividades, ainda que exercidas de forma espordica ou no remunerada:
I - docncia em instituies de ensino, de pesquisa ou de cincia e tecnologia,
pblicas ou privadas;
II - capacitao ou treinamento, mediante cursos, palestras ou conferncias; e
III - outras correlatas ou de suporte s dos incisos I e II deste pargrafo, tais como
funes de coordenador, monitor, preceptor, avaliador, integrante de banca examinadora de discente,
presidente de mesa, moderador e debatedor, observada a proibio do art. 117, X da Lei n 8.112, de
11 de dezembro de 1990.
2 No se inclui entre as atividades de magistrio a prestao de consultoria.
3 Para efeitos dos incisos I e II do caput deste artigo, no tocante aos servidores
estatutrios, deve ser especialmente observado o disposto no Decreto n 1.590, de 10 de agosto de
1995, no Parecer AGU n GQ-145, de 16 de maro de 1998, e na Portaria Normativa SEGEP/MP n 2,
de 12 de maro de 2012.
4 O agente pblico fica impedido de atuar em processo de interesse da entidade
em que exera atividade de magistrio.
5 O impedimento a que se refere o 4 deste artigo se estende s aes de
controle, correio, avaliao, orientao, fiscalizao e regulao das atividades da instituio de
ensino ou que afetem os interesses desta.
Art. 3 Quando a atividade de magistrio ocorrer no interesse institucional do rgo
ou entidade a que pertence o agente pblico indicado, vedado o recebimento de remunerao de
origem privada, ressalvada a possibilidade de indenizao por transporte, alimentao e hospedagem
paga, total ou parcialmente, pela instituio promotora.
Art. 4 Na hiptese de magistrio em curso preparatrio para concurso pblico ou
processo seletivo, o agente pblico no poder atuar em qualquer atividade relacionada definio do
cronograma ou do contedo programtico do certame ou relacionada elaborao, aplicao e
correo de provas de qualquer fase, incluindo-se o curso de formao, o teste psicotcnico ou
psicolgico e a prova de aptido.
Art. 5 Fica vedada a divulgao de informao privilegiada, bem como de outras
informaes de acesso restrito, ainda que a ttulo exemplificativo, para fins didticos, nos termos do
inciso II do art. 3 da Lei n 12.813, de 2013.
Art. 6 As atividades referidas nesta Orientao Normativa dispensam a consulta
acerca da existncia de conflito de interesses e o pedido de autorizao para o exerccio de atividade
privada, previstos na Lei n 12.813, de 2013.
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Pargrafo nico. O exerccio de atividades de magistrio para pblico especfico
que possa ter interesse em deciso do agente pblico, da instituio ou do colegiado do qual o mesmo
participe deve ser precedido de consulta acerca da existncia de conflito de interesses, nos termos da
Portaria Interministerial MP/CGU n 333, de 19 de setembro de 2013.
Art. 7 Esta Orientao Normativa entra em vigor na data de sua publicao.
JORGE HAGE SOBRINHO
(Publicao no DOU n. 176, de 12.09.2014, Seo 1, pgina 02)