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Oriente, Encanto e Magia é uma revista

bimestral gratuita destinada a bailarinos, mú-

sicos, estilistas, professores, apreciadores da

dança do ventre, enfi m, a todos que acreditam

na arte como meio de evolução.

Editora: Shalimar Mattar

Bailarina responsável:

Teresa Carnicelli/Samira (Sated 2276)

Diagramação: Just Layout

Revisão: Laura Arrienti

Foto da Capa: Tony Karam

Capa: Warda Maravilha

Redação:

Rua Estevão Baião, 786, Campo Belo,

04624-002, São Paulo, fones: (11) 5041-

6103 e 5542-3860, site: www.oriente-

encantoemagia.com.br. A revista não

endossa, necessariamente, conceitos e

opiniões de autores expressos nas ma-

térias que publica, nem se responsabiliza

diretamente pelo conteúdo textual e de

imagens dos anúncios que veicula.

Impressão:

Prol Editora Gráfica.

Tiragem desta edição: 6.000 exemplares.

com grande alegria que veri� -camos a repercussão do dia da dança e música árabes após divul-

gação na edição 19 da Oriente. O inte-resse em participação e divulgação são tão grandes que agora teremos uma semana inteira dedicada a este objetivo comum: “A Semana Cultural Árabe”, de 19 a 26 de se-tembro terá inumeras atividades pelo país e quem ganha somos todos nós com um intercâmbio ainda maior de informações e cultura. Parabéns a todos que abraçaram este projeto! Saiba mais na página 14.

Nossa capa desta ediçãoWarda Maravilha. Brasileira de cora-

ção árabe (como ela mesma costuma di-zer) trabalhou 12 anos e meio nos países árabes (Emirados Árabes, Líbano, Síria, Bahrein, Jordânia e Tunísia) onde realizou shows nos mais famosos restaurantes e hotéis tornando-se uma das mais reconhe-cidas bailarinas especialmente pelo senti-

união!Viva aEditorial/Expediente

mento árabe que sempre soube exteriorizar através da sua dança. Atualmente tem um estúdio de dança em São Pau-lo: o Arabíie.

A dança árabe por Warda“Quando danço sinto meu corpo ‘to-

cando a música’, cada nota. Meu coração e minha alma se in� ltram na música e em sua melodia. A música árabe é especial, ela não transmite apenas um simples som, mas uma tradição milenar.

Uma dança com movimentos que con-tam milhões de estórias, em que a mulher se conhece profundamente, permitindo a� o-rar seus instintos mais íntimos e secretos.

Uma dança em que se resume todos os sentimentos do ser humano, tanto para quem dança como para quem assiste!

Certamente nos encontramos por aí na semana cultural! Até lá!”

É

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coluna “E... 5, 6, 7 e 8!” vem com o intuito de falar sobre coisas de dança, pessoas que dançam e as-

suntos paralelos, enquanto não se dança!Seremos parceiros de espera, de angús-

tia, de comemoração e acima de tudo, par-ceiros de troca de informação!

Somos uma raça única, que releva meios de comunicação aos montes, pelo universal DANÇAR! E precisamos falar sobre isso!

A cada coluna, um novo assunto, curio-sidade, contos e a realidade de uma bailari-na como vocês!

“Enquanto vocês não dançam... Mor-ram de rir!”. – Esmeralda.

Números e dança “E aí é só dançar, não é? Bom...é!Mas o ponto seria: quantas e quantas

vezes falamos esta sequência numeral, sem nem mesmo re� etir a fundo o que ela sig-ni� ca? E o mais lógico: quantas vezes, nu-mericamente falando, repetimos esta sequ-ência, em um simples treinamento?

No meio da dança, o “5, 6, 7 e 8” seria como um “então...” ou um “daí...” numa linguagem rotineira; repete-se milhares e milhares de vezes, não por descuido, não por gosto, mas por continuidade!

Esmeralda

E é exatamente isso que faz essa sequ-ência ser tão próxima de nós, dançantes... A continuidade!

Por que “5, 6, 7 e 8”? Por que não “1, 2, 3 e 4”?

Porque nós não começamos do zero, nós continuamos! Mesmo no início de uma coreogra� a, quando esta ainda está sendo feita lá nos primeiros segundos da música, ainda assim, usamos o “5, 6, 7 e 8” porque o que conta não são os segun-dos da música, nem a contagem do passo. O que conta, realmente, é a continuidade do movimento, da criação, da mente!

O que é coreografar?É unir o corpo, a mente e a matemá-

tica reduzida (do 1 ao 8) na fabricação de um movimento contínuo. E cada in-grediente acima funciona cada um por si e unicamente por todos!

Enquanto a mente pensa, a contagem confere, enquanto o corpo descansa, a mente continua criando e quando a nossa mente esbranquiçar... É o momen-to onde, então, você estará dançando! Nada para! Não existe um só segundo onde o seu corpo, como um todo, para

A

Dança

de funcionar com relação à sua dança e é essa continuidade que gera a coreo-gra� a, que gera o conjunto e que repete incessantemente o “5, 6, 7 e 8”.

Esta contagem é o nosso gerúndio!É um grito de vontade, um grito de cer-

teza, um grito de sorte!A gente conta pra frente, conta pra me-

lhorar, conta para se inspirar! Contamos para gerar segurança naqueles que ainda aprendem, para gerar controle sobre nós que estamos no comando, para a� rmar aos qua-tro cantos que algo está sendo construído!

Nós temos cinco sentidos, seis linhas corporais em palco, sete passos básicos e oito tempos para colocar todo o resto num mesmo patamar.

Não quero ser vista como a defensora da contagem lógica ou da falsa nomencla-tura! Cada um conta e marca a própria criação como bem quiser! Mas se você é adepta da dança de alguma maneira, pra-ticante, amante e/ou plateia, e já ouviu este bordão, agora sabe que ele pode ser mais do que marcação para alguns… No meu caso, um companheiro para a vida toda!”

Esmeralda

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ança: “arte e técnica de acompanhar o ritmo da mú-sica com movimentos inten-

cionais ou harmoniosos do corpo (seja de modo convencional ou improvisado).”

Então, dança nos remete a arte: “capacidade e aptidão do ser humano de aplicar conhecimentos e habilida-des na execução de uma ideia, de um pensamento; atividade criadora do espírito humano, sem objetivo práti-co, que busca representar as experiên-cias coletivas ou individuais através de uma impressão estética, sensorial, emocional, como tal apreendida por seu apreciador.”

Shalimar Mattar

Logo, dança é arte que se manifes-ta por meio da liberdade da expressão, uma vez que representa as experiências e emoções pessoais.

E por que dançamos? De onde vem esta vontade de exteriorizar a liberdade e fazer com que o corpo “grite”, extra-vasando tais emoções através de seus movimentos?

Você já parou para pensar nisso? Em meio a tanta preocupação com a música, o traje, a técnica, a busca pela perfeição dos movimentos, en� m, o que realmente nos move a dançar?

Dançamos porque a dança nos traz felicidade.

D

Dança

Tudo o que o ser humano deseja é ser feliz! Se você descobriu que a dança é como seu pote de ouro no � nal do arco-íris, entregue-se e viaje por esse colorido de emoções e sensações maravilhosas que a arte é capaz de proporcionar, e viva intensamente estes momentos preo-cupando-se menos com o que os outros vão achar da sua dança e concentrando-se mais em si mesmo e nas coisas que re-almente te trazem alegria.

Então, na próxima vez que estiver se preparando para uma apresentação, lembre-se disso, do verdadeiro motivo que te leva a dançar; dance intensamen-te e seja feliz!

dançarO sentido de

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brasileiro é um povo de muita fé e mesmo nas

mais diferentes crenças ou religiões, encontramos sím-bolos que são guardados ou levados para todos os luga-res como sinais de proteção. Mas isto não é novidade e nem uma característica res-trita ao nosso país.

Desde a antiguidade, ho-mens, mulheres, jovens e ido-sos se utilizam destes objetos seja para se protegerem de doenças, energias espirituais negativas ou atrair as forças dos deuses sobre si.

Existe uma distinção en-tre amuletos e talismãs. O amuleto assegura a proteção e a defesa da pessoa que o leva consigo; já o talismã tem o efeito de atrair as energias que o portador deseja.

Em forma de adereços,

Samira Samia

Talismãsou amuletos?

O direito os ímãs zamina, que são pequenas peças de prata com ímã para realização de negócios.

- As conchas ma-rinhas em forma de

braceletes e colares são usadas para preservar mu-

lheres e crianças, propor-cionando bem-estar e fecun-didade.

- Na Índia usa-se o Iabak ou Iakti para � m curativo. Tra-ta-se de um amuleto trançado usado no braço ou tornozelo.

- As bailarinas antigas usa-vam peitorais com cornalinas, ágatas vermelhas, turquesas, lápis lazúli e jade, mas a pedra preferida, sem dúvida, sempre foi a turquesa, para proteção contra inveja e para propor-cionar sucesso na dança.

- O lápis lazúli, chama-do pelos antigos egípcios de carne dos Deuses, era usado sempre. Confere ao seu por-tador saúde, proteção espiri-tual e grande energia criativa na arte e em grandes empre-endimentos.

- O coral é também muito usado desde a antiguidade até hoje em dia. Atrai força, saú-de, sedução, poder e beleza.

- O âmbar deve ser usa-do para aqueles que desejam atrair o sexo oposto. Tam-bém na dança é indicado para que a dançarina se tor-ne mais sensual e atraente.

- A pedra da lua é usada principalmente pelas ciganas. A intuição se torna maior e

colocados sobre partes do corpo, o objetivo é criar um canal de comunicação sobre algumas partes vitais do cor-po como coração, têmporas, pulsos, etc., onde pode-se sentir as pulsações cardía-cas. Provavelmente daí vem a utilização em pingentes, brincos e pulseiras.

Vejamos alguns símbolos de conhecida utilização:

- Os mulçumanos asiá-ticos usam preso ao braço

acredita-se que esta pedra contribua para o rejuvenesci-mento das suas portadoras.

- A serpente também é considerada amuleto pode-roso e costuma ser usada ge-ralmente pela energia femi-nina em forma de pulseira, brinco, pingente ou anel.

- O olho grego, que se popularizou pelo mundo, está em alta e acredita-se que proteja contra o olho gordo. Sua utilização não se restrin-ge somente a bijuterias, mas também a enfeites, chaveiros e objetos de decoração para a casa ou escritórios.

- A � ga é um amuleto brasileiro usado principal-mente em crianças pequenas e também serve para prote-ger contra o mau-olhado. É feita de azeviche e também de pedras coloridas, metais, prata, ouro e sândalo.

- Pirâmides de pedras co-loridas são também muito usadas em brincos, pulseiras e pingentes. As pedras propor-cionam a seus usuários, prote-ção, força, saúde e beleza.

Agora escolha o seu, ex-perimente e depois me conte sobre o resultado.

Samira Samia

Qual tema você deseja que seja abor-

dado nas próximas edições? Participe

escrevendo para mim: orienteencan-

[email protected], anotando no

campo assunto: Coluna da Samira.

Espero por você!

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os dias de hoje é normal ouvirmos falar de estresse, mas você sabia que seus

efeitos na dieta das pessoas podem ser devastadores dependendo da intensida-de e da falta de tratamento adequado?

O estresse, ansiedade e preocupação extrema podem desencadear manifesta-ções físicas (palpitações, tonturas, dores no peito, fadiga, etc.) e psicológicas (an-siedade, depressão, etc). Algumas pessoas buscam alívio destes momentos difíceis na alimentação, bebidas ou fumo.

A compulsão alimentar, muito comum em nossa vida tão agitada, é uma fuga, uma tentativa de diminuir a ansiedade.

Depois de um dia altamente estres-

Carlos Crede

sante, comer um pedaço de chocolate ou de uma torta doce é normal e até saudá-vel, mas o problema começa quando a vontade é de comer a torta inteira, pois você corre o risco de descontar seus problemas emocionais ou psicológicos na alimentação e, sem um tratamento nutricional adequado, a consequência será o sobrepeso e outros problemas causados por ele.

Outro ponto importante é que a au-sência de determinados alimentos na dieta pode potencializar estresses, an-siedades e depressões.

Uma dieta pobre em � bras pode de-sequilibrar a � ora intestinal, gerando a constipação intestinal.

Uma dieta rica em gorduras e proteí-nas e, ao mesmo tempo, pobre em carboi-dratos, leva o indivíduo a desenvolver um estado � siológico chamado de cetoacido-se, gerando fadiga, mal-estar e afetando negativamente o humor.

A alimentação exerce um papel fun-damental no combate à ansiedade, que rapidamente esgota o suprimento de glicose, principal combustível do corpo. Tão logo isso ocorra, o organismo co-meça a desgastar as proteínas existentes no músculo, fonte de energia mais rápi-da do que a gordura do corpo. É exa-tamente esse esgotamento dos níveis de glicose (açúcar no sangue) que aumenta a vontade de ingestão de doces.

A ansiedade está muito ligada à produção de serotonina, hormônio muito conhecido como sendo o do “humor”. Uma vida agitada, estressa-da e uma má alimentação acabam por diminuir a produção deste hormônio, agravando os quadros relacionados a esta doença. O que poucos sabem é que cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino; isso quer di-zer que um intestino saudável e re-

e NutriçãoSaúde

gular contribui para a melhora dos quadros de ansiedade. Não é de se es-pantar porque as pessoas que sofrem de intestino irregular têm humor mais alterado. Portanto, regular o intestino é o primeiro passo para se combater, de forma nutricional, os problemas da ansiedade. Enriquecer a sua dieta com alimentos ricos em triptofano, que é substância geradora da serotonina, é o segundo passo. Encontramos o tripto-fano principalmente na banana, mel, cacau, aves, peixes, leguminosas e no-zes. Por isso, recomenda-se a ingestão de chocolate com maior teor de cacau na sua composição e também de ba-nana assada ou cozida, como sugestão para lanches, acrescida de um � ozinho de mel e uma pitada de canela.

Alguns conselhos úteis para evitar os males da ansiedade são: evitar os alimentos considerados estimulantes, como por exemplo, café, chá preto, chá verde, chocolate ao leite, açúcar, alimentos gordurosos, frituras, refri-gerantes e álcool; procurar fazer uma alimentação equilibrada e fracionada, para evitar que seu organismo sinta fome; evitar consumo excessivo de pro-teínas de origem animal (carnes verme-lhas e leite), que contêm a tirosina, um facilitador para a produção de adrena-lina; incluir fontes de carboidratos, de preferência os integrais (uma alimenta-ção pobre em carboidrato pode levar a alterações de humor e depressão); e � nalmente, praticar a dança do ventre de modo regular, preferencialmente sob a supervisão de uma pro� ssional devidamente habilitada, pois isso tem efeitos cienti� camente comprovados sobre o temperamento.

Então, mantenha seu bom humor e uma boa saúde mental observando o que você coloca no seu prato e na sua vida!

Estresse

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cada ano, diferentes tendên-cias e estilos surgem no seg-mento da arte graças à cria-

tividade e dedicação dos pro� ssionais envolvidos. Conheça um pouco mais sobre os lançamentos mais recentes do mercado e saiba como as ideias se desen-volveram. Com a palavra, as criadoras:

Véu MiragemCriação: Shalimar MattarDesenvolvimento do material: Tetê Sou-to Véus em Seda Características: a principal característi-ca deste véu é o seu tamanho “imenso” comparado com os tradicionais. São 7 metros e meio de comprimento pela largura padrão.

Todo desenvolvido em seda pura, o véu é pintado a mão e os desenhos se-guem temas coreográ� cos. Shalimar: minha inspiração foram as bailarinas brasileiras, que sabem dividir um palco com generosidade e beleza. O véu Miragem foi feito para o manuseio de até 3 bailarinas por véu possibilitan-do o desenvolvimento da dança com di-versos véus ao mesmo tempo em grupos com vários componentes e seu objetivo é criar desenhos cênicos inspirados em

imagens típicas do deserto, como por exemplo, as tendas.

O grande desa� o desta produção é que trata-se de um trabalho realizado em conjunto durante todo o tempo. Di-ferente de outras coreogra� as com véus, onde cada bailarina tem o seu, o Mira-gem exige um manuseio em equipe para que o desenvolvimento seja realizado de forma melódica, harmoniosa e suave.

Mas o resultado vale a pena. As ima-gens do trabalho são lúdicas, mágicas e etéreas! Ideal para grandes espaços e palcos. É como um mar de cores e mo-vimentos sincronizados. Não há como não se emocionar com uma apresenta-ção do Miragem.

Véu TawilCriação: Michelli NahidDesenvolvimento do material: Silk By TherêCaracterísticas: Tawil signi� ca longo. Sua medida é de 3 metros de compri-mento por 1 e meio de altura num for-mato meia lua. Os desenhos e cores são resultado de trabalho conjunto entre a dançarina e a artista plástica conforme tipo de apresentação, traje, etc.Michelli: há muito tempo tinha em mente

A

Dança

este projeto, busquei todas as inspirações; um pouco de cada e com a preocupação de inovar sem perder a essência, a tradição procurando reforçar ainda mais as raízes da nossa dança milenar. Assistindo aos ví-deos de Taheya Carioca observei que ela sempre entrava em cena com um grande véu; lembrei também da época em que me interessei pela dança e maravilhada assis-tia às dançarinas mais antigas que utiliza-vam o véu tradicional para entrarem todas cobertas em cena; depois elas se desen-rolavam e começavam a dançar. Reparei muito na entrada com candelabros que se desenrolavam e deixavam o véu e na im-provisação do véu com as danças Khaligee e Saidi. Também me inspirei no véu amar-rado à cintura para a dança Melaa Laf e na cabeça. En� m, me veio uma luz: por que não colocarmos todas essas situações num único véu, numa única dança? Ter um véu que dê todas estas possibilidades de manuseio, além da beleza em se deixar levar, se envolver e envolver o público, o manipulando do começo ao � m. E aí está o Tawil. Versátil e elegante!

Gostaram? Ficaram empolgados para desenvol-

ver estas novas formas de trabalhar com véus?

Então, vamos dançar!

Diferentes véus para interpretar variadas maneiras de dançar, sempre com muito estilo e elegância.

LançamentosFique por dentro –

Cia Shalimar

Michelli NahidCia Shalimar

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ORIENTE INDICANumerologia e Mapa Astral atendimento pessoal e para empresas Com o astrólogo Paulo Razec www.numerologia.alif.com.brConheça também os livros do autor: “HIERÓGLIFOS, SÍMBOLOS E DEUSES DO ANTIGO EGITO” - “LENDO A SORTE ATRAVÉS DOS DADOS” e “GUIA DE NUMEROLOGIA – Como Fazer a Coisa Certa no Momento Certo”.

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omo divulgamos na edição passada, � nalmente temos um dia de referência para

comemorar esta arte que nos une. Este ano não teremos apenas um dia de fes-tividades, mas uma semana inteira de comemorações. Isso mesmo: estúdios, academias, casas de chá, restaurantes e lojas estão se mobilizando para eventos, festas, promoções e diversas atividades interativas. São cursos, palestras, shows e uma in� nidade de atrações.

Nossa festa será a sua festa! Ao invés de participar de apenas

uma festa, a Oriente vai apoiar todos os eventos que se realizarem na semana de 19 a 26 de setembro e acreditamos que esta será a melhor forma de comemo-rarmos o aniversário de 15 anos desta revista (completados em agosto).

Semana Cultural – Agenda completa Para saber onde e quando acontecerão todas as atividades da semana cultural, acesse o site da Oriente: www.oriente-encantoemagia.com.br . Fique por den-tro e participe!!! A escolha da data - Paulo Razec

A equipe do Oriente Encanto e Ma-gia teve a iniciativa de criar uma data comemorativa para o nosso segmento de dança. Após seis meses de votações no site, as datas selecionadas passaram por uma análise astrológica e numero-lógica. Levei em consideração vários elementos para fazer a escolha certa. A arte em si está astrologicamente as-sociada a dois planetas: Mercúrio, que rege os segmentos mais intelectuais da arte, como escrever peças teatrais, edi-tar livros, revistas, publicações e cursos, e Vênus, que se relaciona a tudo que é mais emocional e amoroso na arte, além de ser o astro regente da dança e de tudo que é belo e estético.

Portanto, seguindo esse raciocínio, re-solvi pegar as datas referentes a Touro e Libra, já que esses dois signos são gover-

C nados por Vênus. A energia taurina é mui-to mais terrena e pega um lado venusiano relacionado à riqueza no sentido mais material da palavra; já a energia libriana casaria com o aspecto da beleza, dança, música e sociabilidade. A partir desses da-dos, a missão seria buscar uma data den-tre o período de Libra que compreende de 23 de setembro a 22 de outubro e analisar cada dia desse espaço de tempo nos calen-dários lunares que são usados atualmente para marcarem datas religiosas importan-tes dentro do islamismo, hinduísmo e até dentro do judaísmo. Feito todo esse ca-samento de datas e calendários antigos, nos deparamos com os dias 25, 26, 29 e 30 de setembro, o que nos restou ape-larmos para a numerologia cabalística, que tem o 7 como número da perfeição, portanto 25 = 2+5 = 7 que por sua vez, somado a setembro que é o mês nove temos: 7+9 = 16 = 1+6 = 7. Com base nessa regra chegamos à conclusão que 25 de setembro seria o mais adequado para representar o nosso segmento de dança. Muitos podem questionar o nú-mero 16 por estar relacionado à carta da Torre no Tarô, mas cabe lembrar que devemos levar sempre em consideração a soma do 25 de setembro ao ano em questão, dessa maneira estaremos sem-pre sob uma regência numerológica di-ferente a cada ano, por exemplo: 25 + 09 + 2010 = 2044 = 2+0+4+4 = 10/1 número que marca um novo início de um ciclo de liderança, pioneirismo, for-ça e determinação. Ou seja, tudo foi mi-nuciosamente estudado para criarmos um marco comemorativo da Dança e Música Árabes no Brasil.

Paulo Razec: “análise criteriosa para escolha da data.”

Dia da Dança e Música Árabe

25 de setembro –

uma semana inteira de comemorações!

Seu vídeo no site da Oriente! Se você tem alguma apresentação solo, dupla ou em grupo que considera incrível e que esteja com endereço no youtube, envie um email para: [email protected]. Coloque no campo assunto: Voce no site da Oriente. Se seu vídeo for escolhido será indicado entre os melhores do mês em nosso site . Não esqueça de anotar: endereço correto do youtube, nome do grupo, dos dançarinos, local e dados pessoais para contato.

Novidade Especial

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partir desta edi-ção a Oriente vai trazer até você,

caro leitor, notícias de grandes bailarinas que marcaram a trajetória da nossa arte e que atualmente vivem em outros países transmitindo o charme, alegria e pro� ssionalismo da mulher brasileira.

“A coisa mais grati� cante é trabalhar com aquilo que eu gosto de fazer.”

Esta frase da Nájua é um trecho de uma entrevista que ela deu à revista Oriente, En-

Nájua – México

canto e Magia ainda na primei-ra fase, quando era um jornal, em nossa segunda edição em outubro de 1995. Como se vê, quando se ama o que faz e há vontade de realizar, certamente colaboramos para um futuro de satisfação e felicidade!

Nájua “Comecei a praticar a

dança oriental em 1985 como convidada de minha profes-sora de ballet Manoela, para uma coreogra� a em uma fes-ta árabe no Clube Sírio Liba-nês de Santos.

A

Dança

Fui autodidata, pois na época só existiam duas mes-tras aqui no Brasil: Samira e Shahrazade e, infelizmente, não tive acesso a elas. Em minha trajetória trabalhei em dupla com a bailarina Fátima Fontes, com a Banda de Tony Mou-zayek, na Casa de Chá Egípcia Khan el Khalili, em trio com as bailarinas Shams e Karima e no Ashram com a empresária Vania Leonel que lançou meu primeiro vídeo: ¨Nájua e os Elementos da Natureza¨ (aliás, a partir daí meu trabalho se di-fundiu pelo Brasil e exterior).

Em seguida tive contato com o empresário Artístico Omar Naboulsi que me levou para os países árabes. Agra-deço profundamente a Omar por ter acreditado em meu trabalho, pois fui escolhida para ser a primeira bailarina a trabalhar com ele nos paí-ses árabes. Sua honestidade e compromisso me abriram as

dançado?Por onde tem

portas internacionais para um trabalho sério e digno.

Desde então, segui minha carreira fora do país, dançan-do no Líbano, nos Emirados Árabes Unidos (Dubay e Abu-dabi), Egito, Síria e � nalmente, no México, onde cheguei em 2003 para um contrato em um restaurante típico libanês. O que aconteceu então foi que me casei, fui presenteada com Luan (meu querido � lho de 2 anos e meio) montei minha companhia de dança e passei a viver neste país, ministrando workshops, trabalhando por toda a república mexicana e em outros países, com a arte da dança árabe.

Espero em breve retornar ao Brasil para visitar a todos e ver de perto como anda a dança por aí!”

Se quiser conhecer mais sobre o

trabalho de Nájua, acesse o site:

www.najua.net

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rganize sua excursão: dias 15, 16 e 17 de abril esperamos você em São Paulo para o maior festival de dança oriental árabe do mundo!

As inscrições para estandes, mostras de dança, concursos e excursões estarão abertas a partir do dia 1o de setembro diretamente através do site da Oriente: www.orienteencan-toemagia.com.br no link Mercado Persa.

Novidades e SugestõesNesta edição, como sempre, o festival promete muitas

novidades. Estamos em fase de elaboração e você tam-bém pode participar! Se tem sugestões, entre em contato

O

Mercado Persa

o quanto antes enviando seu e-mail para: [email protected]

Categoria da MaturidadeAlgumas boas novas: em 2011 teremos o primeiro con-

curso de dança Categoria Maturidade. Se você tem 60 anos ou mais e gosta muito de dançar, inscreva-se! Venha mostrar a sua arte, pois o Mercado Persa deseja abrir um espaço es-pecial para você!

Concurso CiganoCom o sucesso da competição de solo cigano na edição 2010

vamos abrir mais duas categorias: Dupla e Grupo Cigano.

3o Congresso Mercado PersaJá estamos recebendo materiais e sugestões. Envie seu

projeto para: [email protected] e escreva no campo assunto: Apresentação de projeto ou suges-tões para Congresso 2011. Vamos de� nir os principais temas, palestras e debates deste ano.

Acesse o site da Oriente para mais informações. Lá você ainda encontra uma área para participar da seleção de temas e pro� ssionais e também enviar suas sugestões para o evento. As primeiras notícias sobre o evento entram no ar em setem-bro. Fique ligado e até breve!

Grupo Adriana D´ Angelo de Santana do Parnaiba / SP 1o lugar Categoria Moderno MP 2010

Inscrições abertas a partir de

1o de setembro

Mercado Persa 2011

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ostaria muito que a Orien-te publicasse matérias so-bre abusos de “pro� ssio-

nais superestrelas” que não respeitam o trabalho de seus colegas, reconhecendo como corretos somente os que dançam dentro do mesmo padrão ou pertencem ao mesmo estilo.

Logicamente temos muitas rami� ca-ções e cada professor segue uma escola: de essência libanesa, americana, brasilei-ra, egípcia, etc. Isso signi� ca que existem diferentes pontos de referência para os alunos escolherem. Esta diversidade é im-

G

Espaço Aberto

portante e portanto, não se deve criticar o estilo do outro pro� ssional apenas por-que é diferente do seu, e sim respeitá-lo.

Não podemos deixar que estes es-trelismos estraguem o nosso merca-do, pois corremos o risco de entrar em um comércio negro e não existe brilho na escuridão!

Este ano estive no Mercado Persa e achei perfeita a ideia do evento que agrega todos os estilos e pro� ssionais e espero que as pessoas não se deixem in� uenciar por dançarinos que só que-rem se autodivulgar e criticar os demais

diferençasRespeitando as

desmerecendo seus trabalhos, porque temos é que nos unir. A dança é única e feita de alma, por isso ninguém dança igual a ninguém, todos nós temos um estilo intrínseco e único. É essência!

Dançarina e professora Aini da cidade de Natal/ RN

Oriente vai aproveitar a semana cultural de 19 a 26 de setembro para realizar em São Paulo, no Es-paço Oriente, a edição anual das avaliações do Selo

de Excelência Oriente, Encanto e Magia para dançarinos.

Con� ra as categorias:As inscrições estarão abertas para ambos os sexos

e serão avaliadas as categorias de dança oriental árabe clássica, folclórica ou moderna.

O sistema de avaliações é individual e fechado (sem plateia) e acontece com horário pré-agendado em apenas um dia. A duração aproximada de cada avaliação é de 40 minutos. São duas apresentações (clássica e folclórica para mulheres) e uma apresentação de dança folclórica mascu-lina ou moderna para homens.

Solicite sua inscrição o quanto antes: [email protected]

ou pelos telefones (11) 5041-6103 e 5542-3860

Atenção: as vagas são limitadas!

Selo de Excelência Oriente Edição Anual – inscrições abertas setembro

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ste ano, fui privilegiada em poder participar de dois festivais mun-diais de dança do ventre no mês

de abril. O primeiro foi o Mercado Persa, grande instituição brasileira de dança do ventre, onde fui jurada para as competi-ções de Dança Cigana e Solos Pro� ssionais. Recém-chegada do exterior para meu país adotado, Brasil, � quei impressionada com o festival em todos os sentidos: organiza-ção, variedade das apresentações, alto ní-vel de talentos, e, acima de tudo, um astral muito positivo. Acabei escrevendo um ar-tigo sobre o “Megafestival” para a revista americana “The Gilded Serpent” (www.gildedserpent.com/cms/2010/07/02/paola-blanton-megacity-megafest/).

A editora do “The Gilded Serpent”, Lynette Harris, é uma das patrocina-doras do “Megafestival” Canadense, o “IBCC” – International Bellydance Conference of Canada, e depois de três anos contribuindo para a revista dela em vários cantos do mundo, nós � nalmente nos conhecemos em Toronto no festival que durou quatro dias – de 21 a 25 de abril. Com enfoques para corpo, mente e alma, o Congresso proporcionou uma experiência muito diferenciada, de alta qualidade, mergulhando desde as raízes, até as alturas do pensamento � losó� co.

Entre todas as atividades e cursos, um destaque especial para a bailarina Delilah, pois suas palavras e formas de encarar a dança me marcaram muito e vou dividir estas impressões com vocês:

A dança do ventre e as estações Eu já tinha ouvido falar da Delilah –

ela é uma das pioneiras da dança do ventre na costa oeste dos Estados Unidos desde os anos 70, e uma das primeiras propo-nentes do estilo American Cabaret (Ca-baret Americano) e estilo Deusa (Goddess

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Dança

Dance): a dança do ventre como uma dan-ça que evoca o arquétipo de Deusa dentro de cada uma de nós. “Busque o que não está escrito. Vá atrás da estória ainda não contada,” diz a Delilah.

“Olhem como o desenvolvimento de uma performance de dança do ventre tem uma forma natural...como as esta-ções,” ela teorizou. Segundo a Delilah, existe uma forma natural e orgânica para um show de dança do ventre, uma forma estética que se repete e repete, porque imita o girar do ano.

“A bailarina entra envolvida em véu. Isso é o começo – a nascente Primavera. A � or ainda não desabrochou; todo potencial ainda está dentro dela. Ela começa a girar, abrindo o véu como as � ores se abrem du-rante a Primavera, e também começa a se abrir mais para o seu público, transmitindo mais emoção. Na fase seguinte, ela já está aquecida e larga o véu para entrar num rit-mo mais energético. Isso é o Verão – cheio

Festivais MundiaisDescobertas em

Paola Blanton – Estados Unidos

de cores emocionais e energia efusiva. Daí, ela desce para o chão – o Outono da per-formance, imitando o caimento das folhas no chão na estação do Outono. Logo se torna Taxim – introspectivo, solitário, mo-vimentos voltados para dentro – isso é o Inverno da dança. Depois vem uma músi-ca mais ritmada para despertar a energia até a explosão do derbake, completando o ciclo. O ciclo do ano e o perfeito ciclo de uma dança. Uma dança perfeita, orgânica, instintiva e intuitiva.”

Com essa aula de � loso� a da dança, fui assisti-la dançando na noite de Gala tea-tral, girando no véu de aspecto extasiado, com uma � uidez e graça muito leves, quase mística, como se fosse mesmo uma oração. A Delilah me deixou impressionada em vários níveis – uma � losofa artística, uma sacerdotisa dançante para nosso século.

Paola Blanton Estados Unidos

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