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ORIGENS DAS CÔNICAS As Cônicas foram estudadas por Menecmo, Euclides e Arquimedes. A elipse, a parábola, a hipérbole e a circunferência eram obtidas como seções de cones circulares retos com planos perpendiculares a um dos elementos do cone, conforme variação do ângulo no vértice (agudo, reto ou obtuso). Menecmo descobriu a elipse pesquisando sobre a parábola e a hipérbole, pois ofereciam as propriedades necessárias para a solução da duplicação do cubo. Também era de seu conhecimento as equações das curvas conforme a sua secção: quando formada por secção de um cone circular retângulo era (uma constante), quando secção de cone acutângulo e quando secção de cone obtusângulo. O tratado sobre as cônicas estava entre algumas das mais importantes obras de Euclides, porém se perdeu pelo fato do trabalho escrito por Apolônio ser mais extenso. A obra de nível mais avançado foi precisamente àquela feita por Apolônio de Perga, que substituiu qualquer estudo anterior. O tratado sobre as Cônicas certamente foi uma obra-prima de Apolônio e teve grande influência no desenvolvimento da matemática. Devido fundamentalmente a este estudo sobre as cônicas ele era conhecido como o "Geômetra Magno". AS SECÇÕES CÔNICAS Considerando-se uma superfície cônica gerada por uma reta chamada geratriz, que gira em torno de uma reta chamada de eixo e mantendo-se fixa em um ponto chamado vértice e tendo como diretriz uma circunferência, obtém-se

ORIGENS DAS CÔNICAS

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ORIGENS DAS CÔNICAS

As Cônicas foram estudadas por Menecmo, Euclides e Arquimedes. A

elipse, a parábola, a hipérbole e a circunferência eram obtidas como seções de

cones circulares retos com planos perpendiculares a um dos elementos do

cone, conforme variação do ângulo no vértice (agudo, reto ou obtuso).

Menecmo descobriu a elipse pesquisando sobre a parábola e a hipérbole, pois

ofereciam as propriedades necessárias para a solução da duplicação do cubo.

Também era de seu conhecimento as equações das curvas conforme a sua

secção: quando formada por secção de um cone circular retângulo era (uma

constante), quando secção de cone acutângulo e quando secção de cone

obtusângulo. O tratado sobre as cônicas estava entre algumas das mais

importantes obras de Euclides, porém se perdeu pelo fato do trabalho escrito

por Apolônio ser mais extenso. A obra de nível mais avançado foi

precisamente àquela feita por Apolônio de Perga, que substituiu qualquer

estudo anterior. O tratado sobre as Cônicas certamente foi uma obra-prima de

Apolônio e teve grande influência no desenvolvimento da matemática. Devido

fundamentalmente a este estudo sobre as cônicas ele era conhecido como o

"Geômetra Magno".

AS SECÇÕES CÔNICAS

Considerando-se uma superfície cônica gerada por uma reta chamada

geratriz, que gira em torno de uma reta chamada de eixo e mantendo-se fixa

em um ponto chamado vértice e tendo como diretriz uma circunferência,

obtém-se um cone duplo. A reta geratriz forma com o eixo um certo ângulo α.

Considerando este cone duplo, secionado por um plano secante, dependendo

do ângulo que este plano secante formar com o eixo, teremos uma das quatro

curvas cônicas: a circunferência, a elipse, a parábola ou a hipérbole.

ASPECTOS HISTÓRICOS E A IMPORTÂNCIA DAS CÔNICAS

Tratados sobre as seções cônicas são conhecidos antes da época de

Euclides (± 325-265 a.C.). E, associado à história dessas curvas, temos

Apolônio que nasceu na cidade de Perga, região da Panfília (atualmente

Turquia) por volta de 262 a.C. e viveu, aproximadamente, até 190 a.C.

Apolônio foi contemporâneo e rival de Arquimedes que viveu,

aproximadamente, entre 287 a.C. e 212 a.C. e, juntamente com Euclides,

formam a tríade considerada como sendo a dos maiores matemáticos gregos

da antiguidade. Apolônio estudou com os discípulos de Euclides em Alexandria

e foi astrônomo notável, talvez ele, e não Euclides, mereceu dos antigos o

adjetivo de "o grande Geômetra ". A maior parte das obras de Apolônio

desapareceu. O que sabemos dessas obras perdidas devemos a Pappus de

Alexandria (século IV a.C.). Sua obra prima é Seções Cônicas composta por 8

volumes (aproximadamente 400 proposições!). Da obra original sobreviveram 7

volumes, sendo 4 escritos em grego e 3 traduzidos para o árabe por Thabit Ibn

Qurra (826 a 901) no séc. IX.. Os três primeiros volumes são baseados em

trabalhos de Euclides e o oitavo volume foi, infelizmente, perdido. Em 1.710,

Edmund Halley traduziu os sete volumes sobreviventes de Secções Cônicas

para o latim e todas as demais traduções para as línguas modernas foram

feitas a partir da tradução de Halley.

Os precursores de Apolônio no estudo das cônicas foram Manaecmo,

Aristeu e o próprio Euclides. Nesse período, elas eram obtidas seccionando um

cone circular reto de uma folha com um plano perpendicular a uma geratriz do

cone, obtendo três tipos distintos de curvas, conforme a seção meridiana do

cone fosse um ângulo agudo, um ângulo reto ou um ângulo obtuso.

Apolônio foi o matemático que mais estudou e desenvolveu as seções

cônicas na antiguidade. Suas contribuições foram: ter conseguido gerar todas

as cônicas de um único cone de duas folhas, simplesmente variando a

inclinação do plano de interseção; ter introduzido os nomes elipse e hipérbole e

ter estudado as retas tangentes e normais a uma cônica.

   

A importância do estudo de Apolônio sobre as cônicas dificilmente pode

ser questionada. Temos a inegável influência dele sobre os estudos de

Ptolomeu. Este foi astrônomo e geógrafo e fez observações em Alexandria de

127-151 d.C.. Suas obras mais famosas são o Almagesto (astronomia) e

a Geografia (8 volumes). Ptolomeu introduziu o sistema de latitude e longitude

tal como é usado hoje em cartografia e usou métodos de projeção e

transformações estereográficas. Este estudo faz uso de um Teorema de

Apolônio que diz que todo cone oblíquo tem duas famílias de seções circulares.

As Cônicas de Apolônio também tiveram forte influência nos estudos de Kepler.

O interesse de Kepler pelas cônicas surgiu devido às suas aplicações à óptica

e à construção de espelhos parabólicos. Em 1.609, Kepler edita a Astronomia

Nova, onde apresenta a principal lei da astronomia: "os planetas descrevem

órbitas em torno do Sol, com o Sol ocupando um dos focos". A propósito, a

palavra foco é devida a Kepler e provém da forma latinizada foccus cujo

significado é fogo, lareira. Outra aplicação prática das cônicas aparece na obra

de Galileu (1.632), onde "desprezando a resistência do ar, a trajetória de um

projétil é uma parábola". Galileu se reporta à componente horizontal e à

componente vertical de uma parábola. Foi a Matemática pura de Apolônio que

permitiu, cerca de 1.800 anos mais tarde, os "Principia " de Sir Isaac Newton. A

lei da gravitação de Newton matematizou as descobertas empíricas de Kepler

e, a partir do século dezessete, possibilitou o estudo analítico das cônicas e

das suas aplicações aos movimentos no espaço, este, por sua vez, deu aos

cientistas de hoje condições para que a viagem de ida e volta à Lua fosse

possível.

Também não podemos deixar de falar em aplicações práticas usuais

recentes como nos receptores parabólicos, telescópios, navegação LORAN,

etc.

Coube a Pierre de Fermat (1.601-1.665) a descoberta das equações

cartesianas da reta e da circunferência, e as equações mais simples da elipse,

da parábola e da hipérbole. Ele aplicou uma transformação equivalente à atual

rotação de eixos para reduzir uma equação do 2° grau à sua forma mais

simples.

AS CÔNICAS NA ARQUITETURA

Em arquitetura como no caso das pontes, pórticos, cúpulas, torres e arcos,

usam-se as cônicas devido às suas propriedades físicas e até mesmo

estéticas. Um Exemplo é o cabo de suspensão de uma ponte, quando o peso

total é uniforme distribuído segundo o eixo horizontal da ponte, toma a forma

de uma parábola, como se pode ver na Figura 1 .

Um outro exemplo é a planta do Coliseu em Roma, como se pode ver na

Figura 2

A hipérbole, ao rodar em torno de um dos eixos de simetria, gera uma

superfície que tem o nome de hiperbolóide de revolução. Nestas superfícies as

secções ao eixo de rotação são circunferências e as secções paralelas ao eixo

são hipérboles. Em 1669, Christopher Wren1 mostrou que o hiperbolóide de

uma folha pode ser gerado pelo movimento de uma reta que se apóia em duas

circunferências, esta superfície pode ser considerada formada por uma

infinidade de retas e é conhecida como superfície regrada. O hiperbolóide de

uma folha é usado na construção de centrais de energia, nomeadamente em

centrais atômicas, que são regradas e podem ser reforçadas com barras de

aço retilíneas, que se cruzam por forma a obter estruturas extremamente

fortes.

Na representação Arquitetônica nada melhor do que Oscar Niemeyer,

arquiteto famoso, principalmente, pelas curvas impostas a edificações de

arquitetura singular em Brasília e pelas formas revolucionárias de seu estilo

arquitetônico. Oscar Niemeyer tem um gênio de artista e vê a arquitetura de

forma única:

"De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa,

ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte."

Oscar Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro, em 1907. Em 1934,

diplomou-se como engenheiro e arquiteto no Rio de Janeiro. Iniciou sua vida

profissional no escritório do arquiteto Lúcio Costa, que projetou o Plano-Piloto

de Brasília. Oscar Niemeyer projetou várias obras no Brasil e em vários outros

países, entre elas o conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, o conjunto

Ibirapuera, em São Paulo, os principais prédios de Brasília, o Museu de Arte

Contemporânea e muitas outras obras importantes. Em muitas das suas obras

é bem visível o traçado da tangência e concordância de arcos de circunferência

e curvas cônicas. As Figuras 4 a11 apresentam algumas obras que evidenciam

exemplos desses traçados e entre as figuras apresentam-se algumas citações

de Oscar Niemeyer.

Figura 3- Conjunto da Pampulha. Igreja de São Francisco - Belo

Horizonte, 1940.

Figura 4 - Conjunto Copan. São Paulo, 1951.

Figura 5 - Catedral de Brasília. Brasília,1958

Figura 6 - Editora Mondadori. Segrate, Milão, 1968.

EXENTRICIDADE, DIRETRIZ E FOCO DE UMA CÔNICA

        A menos do círculo (caso particular de uma elipse) uma cônica

suave C tem pelo menos uma diretriz e um foco. Para construir uma diretriz,

consideramos uma superfície esférica  S inscrita no cone K e tangente ao

plano   que determina a cônica (ver Lema 3.3). S intersecta K ao longo de um

círculo   . Todo círculo está contido num plano, assim, seja   o plano que

contém   .

A reta

   

É uma diretriz da cônica C, e o ponto    é seu foco associado.

Quando C é um círculo temos que   é paralelo a   e, assim, a diretriz não

existe. A excentricidade e de uma cônica C é dada pelo quociente

   

Assim, temos a seguinte classificação com relação à excentricidade:

   se     é uma hipérbole,

   se     é uma parábola,

   se     é uma elipse não circular,

   se     é um círculo.

Denotaremos por     a distância entre dois pontos ou, entre um

ponto e uma reta ou ainda, entre duas retas.

Proposição 3.4   Se C é uma cônica suave distinta de um círculo com

excentricidade e, diretriz  d, e foco associado F, então

   

para todo ponto   .

Demonstração.

   

(Faremos uma demonstração devido da Dandelin.) Seja   o plano

contendo   , e seja P um ponto arbitrário em C. Escolha os pontos Q, R,

e T de forma que 

i)     e     é perpendicular ao plano     ,

ii)     e     é perpendicular à reta     ,

ii)     é o ponto de     dado por     .

O segmento     é paralelo ao eixo do cone, conseqüentemente, o

segmento     e o eixo do cone são perpendiculares ao plano     . A

reta     está contida em     e     é perpendicular a     , assim,

concluímos que     é perpendicular a     . Considerando que     

também é perpendicular a     , segue-se que o plano que contém os

pontos     ,     e     é perpendicular à reta     . Sendo     uma

reta contida em     , temos que esse plano é perpendicular ao plano     .

Logo,     porque     é paralelo ao eixo do cone, e   

 pela mesma razão. Assim, 

   

Mas, pelo Lema 3.2,      porque as retas     e     

são tangentes à superfície esférica     em     e     . Agora,   

 porque     é perpendicular à reta     .

Conseqüentemente, 

   

Dividindo ambos os membros dessa igualdade por    completamos a

prova. 

Corolário 3.5   Se uma cônica C é uma parábola com foco F e diretriz d,

então    para todo ponto   .

Demonstração. Basta observar que se C é uma parábola então e = 1. 

Observação 3.1   O Lema 3.3 junto com a Proposição 3.4 e seu

Corolário 3.5 permitem concluir que a elipse e a hipérbole são cônicas com

duas diretrizes e dois focos, enquanto que a parábola é uma cônica de uma

única diretriz e um único foco associado.

Proposição 3.6   Se C é uma elipse de focos F1 e F2, então   é o mesmo para

todo ponto   . Ou seja,    constante.

   

Demonstração. Seja P um ponto arbitrário da elipse C de focos F1 e F2 dados

pela interseção do plano   com as superfícies esféricas S1 e S2 .

   

O segmento    é tangente à esfera S1 em F1 e    é tangente à

esfera S2 em F2, desde que as superfícies esféricas S1 e S2 sejam tangentes

à   nestes pontos (ver Lema 3.3). Sejam

 

Como S1 e S2 são tangentes ao cone K, ao longo de círculos    e    , temos

que    é tangente à S1 em Q1 e    é tangente à S2 em Q2.

Conseqüentemente, segue-se do Lema 3.2 que

   

Então,    , em que    é a distância

entre os círculos    e    . Como a distância entre eles não depende

de P segue-se que a soma    é a mesma para todo ponto   . Isto

completa a prova. 

A demonstração da próxima proposição é uma simples adaptação da

demonstração da proposição anterior.

Proposição 3.7   Se C é uma hipérbole de focos F1 e F2, então    é o

mesmo para todo   . Ou seja,    constante.

   

Demonstração. Seja P um ponto arbitrário da hipérbole C de

focos F1 e F2 dados pela interseção do plano   com as superfícies

esféricas S1 e S2 . O segmento    é tangente à esfera S1 em F1 e    é

tangente à esfera S2 em F2, desde que as superfícies esféricas S1 e S2 sejam

tangentes à   nestes pontos (ver Lema 3.3).

   

Sejam

 

Como S1 e S2 são tangentes ao cone K, ao longo de círculos    e    , temos

que    é tangente à S1 em Q1 e    é tangente à S2 em Q2.

Conseqüentemente, segue-se do Lema 3.2 que

   

Então,    , em que

   

não depende dos pontos Q1 e Q2 pertencentes aos círculos    e    . Como a

ultima soma não depende do ponto P segue-se que o módulo da diferença

 é constante. Isto completa a prova Estudo Analítico das Cônicas

        Uma curva pode ser definida como sendo o conjunto de pontos que

gozam de uma mesma propriedade, ou seja, como um lugar geométrico, ou

como gerada por um ponto móvel que se desloca no plano ou no espaço, ou

ainda como a interseção de duas superfícies. As cônicas de Apolônio

(interseções de superfícies) foram caracterizadas por suas propriedade focais

(lugares geométricos) com estabelecido na seção anterior. Nessa seção,

vamos representar mediante o emprego de coordenadas, pontos de um objeto

geométrico por números e suas imagens por equações. Ou seja, vamos aplicar

o método da Geometria Analítica para descrever e resolver problemas

geométricos. O mérito desse método é creditado ao pai da filosofia moderna

René Descartes ( 1.596-1.650). Sua obra “Discours de la Méthode'', publicada

em 1.637 em Leyden, na Holanda, continha um apêndice denominado La

Géometrie, que apresentava as idéias fundamentais sobre a resolução dos

problemas geométricos usando coordenadas (sistema cartesiano) e equações

algébricas. Entretanto Descartes não tratou de quase nada do que se entende

hoje por geometria analítica, não tendo deduzido sequer a equação de uma

reta. Esse mérito do marco zero da geometria analítica deve ser creditado a

Pierre de Fermat que conclui em 1.629 o manuscrito “Ad locos planos e et

sólidos isagoge'' (Introdução aos lugares planos e sólidos).

Usando as Proposições 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7 acima podemos definir as

cônicas como um lugar geométrico em termos da chamada propriedade focal.

Precisamente temos:

Definição 4.1   Denomina-se cônica o lugar geométrico dos pontos de

um plano cuja razão entre as distâncias a um ponto fixo F e a uma reta fixa d é

igual a uma constante não negativa e. O ponto fixo é chamado de foco, a reta

fixa de diretriz e a razão constante de excentricidade da cônica. Quando e = 1

a cônica é chamada de parábola, quando 0 < e < 1 de elipse e quando e > 1 de

hipérbole.

Adotando um sistema cartesiano de coordenadas retangulares podemos

supor:

foco: ponto     ;

diretriz: reta     ;

excentricidade: constante   

De acordo com a definição, um ponto   pertence à cônica quando

(1)

Elevando membro a membro ao quadrado, fazendo       ,     

,     e     , podemos escrever:

o que fornece a equação denominada equação focal das cônicas:

   

eem que     e     são as coordenadas do foco e     é a

equação da diretriz correspondente. 

Desenvolvendo os produtos notáveis e ordenando as potências de acordo com

as potências das variáveis     e     temos uma igualdade da forma: 

(2)

em que as constantes A, B, C, D, E e F satisfazem

   

que é a forma geral da equação cartesiana geral das cônicas. Os vários valores

que as constantes A, B, C, D, E e F podem assumir fornecem: pontos, retas ,

círculos, parábolas, elipses e hipérboles.

Por exemplo, se em um certo sistema de coordenadas cartesianas ortogonais

tem-se   e   , então temos uma parábola com:

   

   

Ou seja, a parábola tem equação:

   

A forma da equação de uma cônica depende da escolha do sistema de eixos

coordenados. Além disso, existe uma relação entre elas!

Consideremos o sistema de coordenadas cartesianas ortogonais para o plano,

em que o eixo   é a reta perpendicular à diretriz d passando pelo foco F e o

eixo   coincide com a diretriz. Seja    a origem desse sistema de coordenadas.

Fazendo    e usando a definição (1) temos que um ponto P com

coordenadas    , em relação a esse sistema de coordenadas, pertence à

cônica de diretriz d , foco F e excentricidade e se, e somente se,

   

Desenvolvendo e simplificando essa igualdade obtemos a equação cartesiana

das cônicas em função dos parâmetros P e e: