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8/4/2019 Origens Do Yoga Antigo http://slidepdf.com/reader/full/origens-do-yoga-antigo 1/150 DeROSE ORIGENS DO YÔGA ANTIGO UMA LUZ SOBRE OS EVENTOS HISTÓRICOS QUE INFLUENCIARAM AS METAMORFOSES DO Y ÔGA , ABORDANDO : Á SANA Y ÔGA , R ÁJA YÔGA, B HAKTI YÔGA, KARMA YÔGA, J ÑÁNA YÔGA, L AYÁ YÔGA, MANTRA YÔGA TANTRA YÔGA, KUNDALINÍ YÔGA, ASHTÁNGA YÔGA E OUTROS. UNIVERSIDADE DE YÔGA registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o n o . 37959 no 6 o . Ofício  www.uni-yoga.org.br Al. Jaú, 2000 Tel.(005511) 3081-9821 Brasil Endereços nas demais cidades encontram-se no final do livro. -

Origens Do Yoga Antigo

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DeROSE 

ORIGENS DO YÔGA

ANTIGO

UMA LUZ SOBRE OS EVENTOS HISTÓRICOS QUE INFLUENCIARAM AS

METAMORFOSES DO YÔGA, ABORDANDO: ÁSANA YÔGA, RÁJAYÔGA, BHAKTI YÔGA, KARMA YÔGA, JÑÁNA YÔGA, LAYÁ YÔGA,MANTRA YÔGA TANTRA YÔGA, KUNDALINÍ YÔGA, ASHTÁNGA

YÔGA E OUTROS.

UNIVERSIDADE DE YÔGA registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o n o. 37959 no 6o . Ofício

 www.uni-yoga.org.brAl. Jaú, 2000 − Tel.(005511) 3081-9821 − Brasil

Endereços nas demais cidades encontram-se no final do livro.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 2

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ELABORADO PELO AUTOR  

DeRose, L.S.A., 1944 – 

Origens do Yôga Antigo/ DeRose. – São Paulo :

 Nobel.

Inclui bibliografia.

1. Yôga 2. DeRose 3. Yôga na literatura 4. Mestres de Yôga. I. Título

CDD– 181.45

ISBN

Senhor Livreiro.

Este livro não é de auto-ajuda, nem terapias e, muito menos,esoterismo. Não tem nada a ver com Educação Física nem comesportes. O tema YÔGA merece, por si só, uma classificação à parte.

Assim, esta obra deve ser catalogada como YÔGA e ser exposta na

estante de YÔGA.Grato,

O Autor. 

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DeROSE DeRose é o fundador da Universidade de Yôga. Com quase 50 anos de magistério, mais de 20 livros escritos e 24 anos de viagens àÍndia, recebeu o reconhecimento do título de Mestre em Yôga (não-acadêmico) e Notório Saber pela FATEA – FaculdadesIntegradas Teresa d’Ávila (SP), pela Universidade do Porto (Portugal), pela Universidade Lusófona, Lisboa (Portugal), pelaUniversidade Estácio de Sá (MG) e pela UniCruz (RS). Possui título de Comendador e Notório Saber em Yôga pela SociedadeBrasileira de Educação e Integração; e de Comendador pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Foi fundador doConselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga. Fundador da primeira Confederação Nacional deYôga do Brasil. Introdutor do Curso de Formação de Instrutores de Yôga nas Universidades Federais do Rio de Janeiro, Rio Grandedo Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande doNorte etc.; Universidades Estaduais do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia etc.; PUCs – Pontifícias Universidades Católicas do

Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e outras. Em Portugal, foi introdutor do Curso de Formação deInstrutores de Yôga na Universidade Lusófona, de Lisboa, e na Universidade do Porto. Na Argentina foi introdutor do Curso deFormação de Instrutores de Yôga na Universidade Nacional de Lomas de Zamora. É aclamado como o principal articulador daRegulamentação dos Profissionais de Yôga cujo primeiro projeto de lei elaborou em 1978. Por lei estadual, em São Paulo, Paraná eSanta Catarina, a data do aniversário de DeRose foi instituída como o Dia do Yôga em todo o Estado.

ORIGENS DO YÔGAANTIGO

UNIVERSIDADE DE YÔGA registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o n o. 37959 no 6o . Ofício

 www.uni-yoga.org.br

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 4

Al. Jaú, 2000 − Tel.(005511) 3081-9821 − BrasilEndereços nas demais cidades encontram-se no final do livro.

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MESTRE DeR OSE  5

Copyright 2.002: DeRose, L.S.A.

1ª edição em papel, 2.004.

Execução da capa:

Produção gráfica:

Editora Uni-Yôga,órgão de divulgação cultural da

Primeira Universidade de Yôga do Brasil,registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o no. 37959 no 6o. Ofício,

divisão da

UNIÃO INTERNACIONAL DE YÔGA www.uni-yoga.org.br

Al. Jaú, 2.000 − São Paulo − Brasil − Tel.:(11) 3081-9821

Permitem-se as citações de trechos deste livro em outros livros eórgãos de Imprensa, desde que mencionem a fonte e que tenham aautorização expressa do autor.

Proíbe-se qualquer outra utilização, cópia ou reprodução do texto,ilustrações e/ou da obra em geral ou em parte, por qualquer meioou sistema, sem o consentimento prévio do autor.

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À ATENÇÃO DO LEITOR  

Como a maioria dos leitores costuma só travar contato com um ou doislivros de cada autor, até por não dar tempo de ler tudo o que gostaria,adotamos o procedimento editorial de reproduzir alguns dos principais textosda nossa obra global em mais de um livro. Portanto, sempre que vocêlocalizar um desses trechos, não o salte. Releia-o com atenção. A repetição

terá sido intencional por tratar-se de assunto de suma importância.

Esta obra foi adotada como livro-texto dos cursos de Formação deInstrutores de Yôga das Universidades Federais, Estaduais eCatólicas, e é recomendado pela Confederação Internacional de

Yôga.

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SUMÁRIO Definição de Yôga

Demonstração de que a palavra Yôga tem acentoComo ler este livroIntrodução

 A proposta dos livros da Universidade de Yôga A História do Yôga no BrasilPrefácio

Que confusão!A confusão gerada pelos livrosA confusão gerada por desinformaçãoA confusão gerada pelo mercado

A estrutura do HinduísmoVamos localizar o fio da meadaShruti

UpanishadSmriti

ItihasasPuránasÁgamas

Shaiva (Shivaísmo)Vaishna (Vishnuísmo)Shakta (Shaktismo)

DarshanasYôgaSámkhyaVêdántaPurva MimansaNyáyaVaishêshika

Quadro sinótico do Hinduísmo

O que é o YôgaA palavra YôgaA definição do YôgaComo se classificaUma viagem no tempo e no espaçoA opção do Yôga Pré-ClássicoQual é o Yôga mais autêntico

A cronologia histórica do YôgaA principal diferença entre o Yôga Antigo e o Yôga ModernoSão, portanto, correntes antagônicasO Yôga original não era místico

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 10

Os quatro troncos do YôgaO Yôga mais antigo não é o Yôga ClássicoO criador do Yôga era drávidaA origem das castas para segmentação étnicaO Yôga Clássico formaliza a arianizaçãoYôga Medieval: começa a vedantização do YôgaO Hatha Yôga é tântricoO Yôga Contemporâneo é Tantra-VêdántaAs escrituras antigas:

Upanishadas (mais de 1.000 a.C.)Yôga Sútra (cerca do século III a.C.)Vivêkachudamani (século VIII d.C.)Hatha Yôga Pradípika (século XI d.C.)

Mestres contemporâneosTrash books

O Yôga Pré-Clássico é Tantra-SámkhyaCorrentes incompatíveisExercício de revisão de matériaResumo histórico dos eventos que influenciaram o Yôga

Vamos entender os quatro troncos do YôgaO Yôga não tem teoria, logo, não pode doutrinar Como se processou a transformação de um tronco no outroAssociemos cada tronco a um período históricoComo identificar cada troncoOs verbos das raízes:

Yôga – poder; Sámkhya – saber; Vêdánta – crer; Tantra – sentir; Brahmáchárya - dominar  Yôga, Sámkhya e Tantra

As raízes, o tronco e os ramos

As raízesO troncoOs ramosO que são os diversos tipos de YôgaDescrição de várias modalidades de Yôga

O Yôga Clássicoyamaniyamaásanapránáyámapratyáháradháranádhyánasamádhi

O tronco Pré-Clássico

SwáSthya Yôga, o tronco Pré-ClássicoDefiniçãoSwáSthya, o Yôga Antigo

I CaracterísticasII Prática ortodoxaIII Prática heterodoxa

Diferenças entre o SwáSthya e o Hatha YôgaAshtánga yantraO que é uma codificaçãoA Mecânica do Método DeRose

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MESTRE DeR OSE  11

1 Bio-Ex2. ashtánga sádhana

mudrápújámantrapránáyámakriyáásanayôganidrásamyama

3. bhúta shuddhi4. maithuna5. kundaliní 6. samádhiRecursos suplementares

Sat sangaSat chakraNyása (Shiva Natarája nyása, Satguru nyása sádhana)

O ego e o SwáSthya Yôga

 ANEXO: Esta divisão destina-se à divulgação cultural do SwáSthya Yôga Relação de material didático Endereços de Instrutores Credenciados 

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 12

SUMÁRIO DAS ILUSTRAÇÕES E QUADROS SINÓTICOS  

Quadro sinótico do hinduísmoCronologia Histórica do Yôga

 As 4 linhas do YôgaComo se processou a transformação de um tronco no outro

 A transformação de um tronco no outro, em processo cíclico (2D)O mesmo quadro anterior em gráfico espiral (3D)

 Associemos cada tronco a um período histórico

 A árvore do YôgaSwáSthya Yôga ortodoxo e heterodoxoDiferenças entre o SwáSthya Yôga e o Hatha YôgaQuadro da progressão no Yôga Antigo

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MESTRE DeR OSE  13

SUMÁRIO DO LEITOR  Este sumário é para ser utilizado pelo leitor, anotando as passagens queprecisarão ser localizadas rapidamente para referências posteriores.

ASSUNTOS QUE MAIS INTERESSARAM PÁGINAS 

Ao ler, sublinhe os trechos mais importantes para recordar ou que suscitemdúvidas, a fim de localizá-los com facilidade numa releitura.

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DEFINIÇÕES 

Yôga1

é qualquer metodologia estritamente prática queconduza ao samádhi.

Samádhi é o estado de hiperconsciência e autoconhecimento que só o Yôga proporciona.

SwáSthya Yôga é o nome da sistematização do Yôga Antigo,Pré-Clássico, o Yôga mais completo do mundo . 

 As características principais do SwáSthya Yôga (ashtánga guna) são:

1. sua prática extremamente completa, integrada por oitomodalidades de técnicas;2. a codificação das regras gerais;3. resgate do conceito arcaico de seqüências encadeadas sem

repetição;4. direcionamento a pessoas especiais, que nasceram para o

SwáSthya Yôga;5. valorização do sentimento gregário;6. seriedade superlativa;7. alegria sincera;8. lealdade inquebrantável.

1 O acento indica apenas onde está a sílaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tônicaestá noutro lugar. Por exemplo: Pátañjali pronuncia-se “Pat ânjali ”; e kundaliní pronuncia-se“k ú ndaliní ”. O efeito fonético aproxima-se mais de “kún-daliníí ” (jamais pronuncie “kundal í ni ”).Para sinalizar isso aos nossos leitores, vamos sublinhar a sílaba tônica de cada palavra. Se oleitor desejar esclarecimentos sobre os termos sânscritos, recomendamos que consulte oGlossário, do livro Faça Yôga antes que você precise. Sobre a pronúncia, ouça o CD Sânscrito- Treinamento de Pronúncia, gravado na Índia. Para mais conhecimentos, o ideal é estudar osvídeos do Curso Básico de Yôga. 

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DEMONSTRAÇÃODE QUE A PALAVRA YÔGA TEM ACENTO

NO SEU ORIGINAL EM ALFABETO DÊVANÁGARÍ:Extraído do livro Faça Yôga antes que você precise, deste autor. 

= YA (curta). 

= YAA ∴ YÁ (longa). 

= YOO* ∴ YÔ (longa). 

= YÔGA C.Q.D. 

* Embora grafemos didaticamente acima  YOO, este artifício é utilizadoapenas para o melhor entendimento do leitor leigo em sânscrito. Devemosesclarecer que o fonema ô é resultante da fusão do a com o u e, por isso, ésempre longo, pois contém duas letras. Nesta convenção, o acento agudo éaplicado sobre as letras longas quando ocorre crase ou fusão de letras iguais(á, í, ú ). O acento circunflexo é aplicado quando ocorre crase ou fusão deletras diferentes (a + i = ê; a + u = ô), por exemplo, em sa+íshwara=sêshwara

e AUM , que se pronuncia ÔM . Daí grafarmos Vêdánta. O acento circunflexonão é usado para fechar a pronúncia do ô ou do ê, já que esses fonemas sãosempre fechados. Não existe, portanto, a pronúncia “véda” nem “yóga”.

BIBLIOGRAFIA PARA O IDIOMA ESPANHOL:Léxico de Filosofía Hindú, de Kastberger, Editorial Kier, Buenos Aires.

BIBLIOGRAFIA PARA O IDIOMA INGLÊS:Pátañjali Aphorisms of Yôga, de Srí Pur ôhit Swámi, Faber and Faber,Londres.

BIBLIOGRAFIA PARA O IDIOMA PORTUGUÊS:Poema do Senhor, de Vyasa, Editora Relógio d’Água, Lisboa.

Se alguém, supostamente entendido em sânscrito, declarar que a palavra Yôga não tem acento, peça-lhepara mostrar como se escreve o ô-ki-matra. Depois peça-lhe para indicar onde o ô-ki-matra aparece napalavra Yôga (ele aparece logo depois da letra y ). Em seguida pergunte-lhe o que significa cada uma das trêspartes do termo ô-ki-matra. Ele deverá responder que ô é a letra o; ki significa de; e matra traduz-se comoacento. Logo, ô-ki-matra traduz-se como “acento do o”. Então, mais uma vez, provado está que a palavraYôga tem acento.

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COMO LER ESTE LIVRO 

Jamais pegue um livro didático para ler se não tiver papel ecaneta com que possa fazer anotações. Caso contrário, vocêpensa que aprendeu e esquece tudo mais tarde.

Sublinhe e faça anotações também no próprio livro. Organize

um sumário dos assuntos que mais lhe interessaram, com asrespectivas páginas, e anote isso na página de abertura dolivro estudado para ter tais dados sempre à mão.

No final de cada capítulo pare e releia-o, observando asanotações feitas.

Releia sempre os bons livros antigos, já anotados.

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INTRODUÇÃO Alguns livros de DeRose são obras de fôlego, com 400 a 700 páginas.Por esse motivo, em atenção ao leitor interessado num temaespecífico, decidimos lançar uma coleção de livros menores, em quecada volume aborde um tema em particular, pertinente ao Curso deFormação de Instrutores, que o Mestre ministra desde a década de 70nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas de vários estados doBrasil, bem como em Universidades da Europa. Isso nos permitiráeditar livros mais acessíveis, que possibilitarão ao público travar contato com o Yôga Antigo mais facilmente.

Este opúsculo tratará de mais um tema que desperta muito interesse eque as pessoas, geralmente, interpretam de uma forma um tantolimitada, deixando que suas crenças ou sua cultura regional interfiramna visão mais clara do assunto. Como sempre, o DeRose abordará amatéria sob um prisma diferente, novo e mais abrangente.

Comissão Editorial

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A PROPOSTA DOS LIVROS

DA UNIVERSIDADE DE YÔGA 

A proposta desta coleção é proporcionar aos estudiosos o resultado deuma pesquisa desenvolvida durante mais de 40 anos, sendo 24 anos deviagens à Índia. É o resgate da imagem de um Yôga Ancestral que,fora da nossa linhagem, já não se encontra em parte alguma.

Muito se escreveu e escreve-se sobre o Yôga Moderno, mas quasenada há escrito sobre o Yôga Antigo, que é muito mais fascinante. OYôga Pré-Clássico é uma peça viva de arqueologia cultural,considerada extinta na própria Índia, seu país de origem há mais de5.000 anos. O que é raro é mais valioso, mas, independentementedesse valor como raridade, o Yôga Pré-Clássico é extremamentecompleto e diferente de tudo o que você possa estereotipar com ocliché “Yôga”. Além disso, ao estudar essa modalidade, temos ainda asatisfação incontida de estar dedicando-nos ao Yôga original, logo, omais autêntico de todos. Não obstante, como estudar o Yôga maisantigo se não há quase nenhuma bibliografia disponível?

  No início não existia a escrita e o conhecimento era passado por transmissão oral. Depois, na fase do Yôga Clássico, por volta do

século III a.C., não existia a imprensa, os livros tinham de ser escritosa mão e reproduzidos um a um pelos copistas, o que tornava o produtoliterário muito caro e as edições bem restritas. Por essa época haviauma quantidade irrisória de obras e uma tiragem de sucesso teria algocomo uma centena de exemplares. Dessa forma, foi relativamentefácil perderem-se obras inteiras, por incêndios, terremotos, enchentes,

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 22

guerras ou, simplesmente, por perseguições ideológicas. Não nosrestou quase nada.

Por outro lado, do Yôga Moderno praticamente tudo foi preservado.Primeiro, devido ao menor decurso de tempo que transcorreu entre aépoca da publicação e o momento presente. Depois, com o barateamento dos livros, graças ao advento da tipografia, muito maisobras foram escritas e suas tiragens alcançaram a cifra dos milhares decópias. Assim, sempre haveria uns quantos exemplares em outro local

quando ocorressem os incêndios, os terremotos, as enchentes, asguerras ou as perseguições.

O resultado disso é que hoje quase todos os livros, escolas einstrutores de Yôga são de linha Medieval2 ou fortementeinfluenciados por ela. O Yôga Contemporâneo ainda não teve temposuficiente para uma produção editorial relevante. Pior: a maior parteestá contaminada pelos paradigmas da fase anterior e confunde-secom o Medieval, até pelos próprios jargões utilizados e pela distorçãodo significado dos termos técnicos aplicados.

Assim sendo, sem dispor de vias já trilhadas de acesso ao Yôga mais

antigo, para chegar aonde cheguei foi necessário ir revolvendo, polegada por polegada, o entulho dos séculos. Primeiramente analiseio Yôga Contemporâneo. Depois, voltando para o passado mais  próximo, esquadrinhei a vertente do período anterior, o YôgaMedieval. Passados uns bons 15 anos de estudos, tendo esgotado aliteratura disponível, estava na hora de viajar à Índia para pesquisar  inloco. Em Bombaim enfurnei-me no Yôga Clássico e nos Himalayasem tradições, talvez, mais antigas. Um belo dia, descortinei umamodalidade que ficara perdida durante séculos, o Yôga Pré-Clássico.Mais 20 anos se passaram, durante os quais, indo e vindo da Índia,tratei de aprofundar minha pesquisa nos Shástras, na meditação e nos

debates com swámis e saddhus de várias Escolas. O resultado foiimpactante e pode mudar a História do Yôga.

2 Numa história de 5.000 anos, Medieval é considerado Moderno. Estude o quadro daCronologia Histórica, que é explicado em detalhe no livro Origens do Yôga. 

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MESTRE DeROSE  23

É esse resultado que vou expor no texto desta coleção de mais devinte livros publicados sob a chancela da Universidade de Yôga.

COLEÇÃO UNI-YÔGA 

1. DeRose, Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga, L&PM.2. DeRose, Yôga, Mitos e Verdades, Nobel.3. DeRose, Programa do Curso Básico de Yôga, Uni-Yôga.4. DeRose, Faça Yôga antes que você precise, Nobel.5. DeRose, Eu me lembro..., Nobel.6. DeRose, Encontro com o Mestre, Matrix.

7. DeRose, Sútras – máximas de lucidez e êxtase, Nobel.8. DeRose, Alimentação vegetariana: chega de abobrinha! , Nobel.9. DeRose, Tantra, a sexualidade sacralizada, Nobel.10. DeRose, Alternativas de relacionamento afetivo, Afrontamento.11. DeRose, A regulamentação dos profissionais de Yôga, Uni-Yôga.12. DeRose, Boas Maneiras no Yôga, Nobel.13. DeRose, Mensagens do Yôga, Nobel.14. DeRose, Origens do Yôga Antigo, Nobel.15. DeRose, Karma e dharma – transforme a sua vida, Nobel.16. DeRose, Chakras e kundaliní , Nobel.17. DeRose, Corpos do Homem e Planos do Universo, Nobel.18. DeRose, Meditação e autoconhecimento, Nobel .19. DeRose, ÔM – o mais poderoso dos mantras, Nobel.20. DeRose, Yôga Sútra de Pátañjali , Nobel.21. DeRose, Guia do Instrutor de Yôga, Uni-Yôga (esgotado).22. DeRose, Prontuário de Yôga Antigo, (esgotado).23. Santos, Sérgio, Yôga, Sámkhya e Tantra, Nobel.24. Santos, Sérgio, Escala Evolutiva, Uni-Yôga.25. Flores, Anahí, Coreografias do Swásthya Yôga, Nobel.26. Marengo, Joris, 50 Aulas práticas de Swásthya Yôga, Nobel.

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A HISTÓRIA DO YÔGA NO BRASIL Texto escrito na década de 70 pela Comissão Editorial do Prontuário de Yôga Antigo,

atualizado com os eventos que ocorreram posteriormente.

Há muita estória mal contada, muita afirmação reticente sobre este temapolêmico. Os verdadeiros introdutores do Yôga no nosso país estão mortose há muito pouca gente disposta a defendê-los publicamente.

 Afinal, quem foi o primeiro a ensinar Yôga no Brasil? De quem foi o primeirolivro de Yôga de autor brasileiro? Quem lançou a campanha para aregulamentação da profissão? Quem introduziu o Curso de Extensão Uni-versitária para a Formação de Instrutores de Yôga nas Universidades Fede-rais, Estaduais e Católicas? Quem fundou a Primeira Universidade de Yôga

do Brasil? Já está na hora de divulgarmos esses fatos.

QUEM INTRODUZIU O YÔGA NO BRASIL

Quem inaugurou oficialmente a existência do Yôga no Brasil foi SêvánandaSwámi, um francês cujo nome verdadeiro era Léo Costet de Mascheville.Ele colocava o termo sw ámi no final do nome, o que era uma declaração deque não se tratava de um swámi (monge hindu), mas que usava essapalavra como sobrenome, e isso confundia os leigos. Muitos desses leigosse referiam a ele como “Swámi” Sêvánanda, pois um dos mais relevantesMestres de Yôga da Índia, que viveu na época, chamava-se Swámi Si-vánanda.

Sêvánanda viajou por várias cidades fazendo conferências, fundou um

grupo em Lages (SC) e um mosteiro em Resende (RJ). Ele era um líder natural e sua voz era suficiente para arrebatar corações e mentes. ComSêvánanda aprenderam Yôga todos os instrutores da velha guarda. Equando dizemos velha guarda, estamos nos referindo aos que lecionavamna década de 60, cuja maioria já partiu para os planos invisíveis.

Sêvánanda enfrentou muitos obstáculos e incompreensões durante suaárdua caminhada. Enfim, esse é o preço que se paga pelo pioneirismo.Todos os precursores pagaram esse pesado tributo.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 26

 Ao considerar sua obra bem alicerçada e concluída, o Mestre Sêvánandarecolheu-se para viver em paz seus últimos anos. Todos quantos o conhe-ceram de perto guardam-lhe uma grande admiração e afeto, independen-temente dos defeitos que pudesse ter tido ou dos erros que houvesse co-metido, afinal, errar, erramos todos.

QUEM ESCREVEU O PRIMEIRO LIVRO DE YÔGA

Sêvánanda introduzira o Yôga sob uma conotação pesadamente mística eem clima de monastério. Quem iniciou o Yôga como trabalho profissional noBrasil, foi o grande Caio Miranda. Dele foi o primeiro livro de Yôga de autor brasileiro. Escreveu vários livros, fundou perto de vinte institutos de Yôgaem diversas cidades e formou os primeiros instrutores de Yôga. Assimcomo Sêvánanda, Caio Miranda tinha forte carisma que não deixavaninguém ficar indiferente: ou o amavam e seguiam, ou o odiavam e perse-guiam.

Na década de sessenta, desgostoso pelas incompreensões que sofrera,morreu com a enfermidade que ceifa todos aqueles que não utilizam pújáem suas aulas, pois essa técnica contribui para com a proteção do instrutor e os que não a aplicam ficam mais vulneráveis.

 A partir da morte do Mestre Caio Miranda ocorreu um cisma. Antes, haviam-se unido todos contra ele, já que sozinhos não poderiam fazer frente ao seuconhecimento e ao seu carisma. Isso mantinha um equilíbrio de forças. De

um lado, um forte e do outro, vários fracos...Mas a partir do momento em que estava vago o trono, dividiram-se todos.Por essa razão, os nomes desses profissionais serão omitidos, pois nãomerecem ser citados nem lembrados. Pessoas que vivem falando de Deuse de tolerância, mas por trás semeiam a discórdia no seio do Yôga nãomerecem ser mencionadas. São exemplos de incoerência.

QUEM REALIZOU A OBRA MAIS EXPRESSIVA

Em 1960 surgiu o mais jovem professor de Yôga do Brasil. Era DeRose,então com 16 anos de idade, que começara a lecionar numa conhecidasociedade filosófica. Em 1964 fundou o Instituto Brasileiro de Yôga. Em1969 publicou o primeiro livro (Prontuário de Yôga Antigo), que foi elogi-ado pelo próprio Ravi Shankar, pela Mestra Chiang Sing e por outras auto-ridades. Em 1975, já consagrado como um Mestre sincero, encontrou oapoio para fundar a União Nacional de Yôga, a primeira entidade a congre-gar instrutores e escolas de todas as modalidades de Yôga sem discrimina-ção. Foi a União Nacional de Yôga que desencadeou o movimento deunião, ética e respeito mútuo entre os profissionais dessa área de ensino.Desde então, a União cresceu muito e conta hoje com centenas de Nú-cleos, praticamente no Brasil todo, e ainda em outros países da AméricaLatina e Europa.

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MESTRE DeROSE  27

Em 1978 DeRose liderou a campanha pela criação e divulgação doPrimeiro Projeto de Lei visando à Regulamentação da Profissão deProfessor de Yôga, o qual despertou viva movimentação e acaloradosdebates de Norte a Sul do país. A partir da década de setenta introduziuos Cursos de Extensão Universitária para a Formação de Instrutoresde Yôga em praticamente todas as Universidades Federais, Estaduais eCatólicas. Em 1980 começou a ministrar cursos na própria Índia e a lecionar para instrutores de Yôga na Europa. Em 1982 realizou o PrimeiroCongresso Brasileiro de Yôga. Ainda em 82 lançou o primeiro livrovoltado especialmente para a orientação de instrutores, o Guia do Instrutor 

de Yôga; e a primeira tradução do Yôga Sútra de Pátañjali , a maisimportante obra do Yôga Clássico, já feita por professor de Yôga brasileiro.Desafortunadamente, quanto mais sobressaía, mais tornava-se alvo de umaperseguição impiedosa movida pelos concorrentes menos honestos quesentiam-se prejudicados com a campanha de esclarecimento movida por DeRose, a qual dificultava as falcatruas dos vigaristas3. Em 1994,completando 20 anos de viagens à Índia, fundou a Primeira Universidadede Yôga do Brasil e a Universidade Internacional de Yôga em Portugal ena Argentina. Em 1997 DeRose lançou os alicerces do Conselho Federalde Yôga e do Sindicato Nacional de Yôga. Comemorando 40 anos demagistério no ano 2.000, recebeu em 2.001 e 2.002 o reconhecimento dotítulo de Mestre em Yôga (não-acadêmico) e Notório Saber em Yôga pelaFATEA – Faculdades Integradas Teresa d’Ávila (SP), pela Universidade

Lusófona, de Lisboa (Portugal), pela Universidade do Porto (Portugal), pelaUniversidade de Cruz Alta (RS), pela Universidade Estácio de Sá (MG),pela Câmara Municipal de Curitiba (PR) e pela Sociedade Brasileira deEducação e Integração, a qual também lhe conferiu uma Comenda. Em2.003 recebeu outro título de Comendador , agora pela Academia Brasileirade Arte, Cultura e História. Em 2004 recebeu o grau de Cavaleiro, pelaOrdem dos Nobres Cavaleiros de São Paulo, reconhecida pelo Comandodo Regimento de Cavalaria Nove de Julho, da Polícia Militar do Estado deSão Paulo.

Por lei estadual, em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a data doaniversário de DeRose, 18 de fevereiro, foi decretada como o Dia do Yôga em todo o Estado.

Todas essas coisas foram precedentes históricos. Isso fez de DeRose o maisdiscutido e, sem dúvida, o mais importante Mestre de Yôga do Brasil, pelaenergia incansável com que tem divulgado o Yôga nos últimos 40 anos emlivros, jornais, revistas, rádio, televisão, conferências, cursos, viagens e

3 A esse respeito, leia as denúncias publicadas nos livros Encontro com o Mestre e  Aregulamentação dos Profissionais de Yôga, os dois de autoria do Mestre DeRose.Denúncias essas, jamais contestadas.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 28

formação de novos instrutores. Formou mais de 5.000 bons instrutores eajudou a fundar milhares de centros de Yôga, associações profissionais eFederações, Confederações e Sindicatos de Yôga, no Brasil e noutros países.

Sempre exigiu muita disciplina e correção daqueles que trabalham com oseu método de Yôga Antigo, o Swásthya Yôga, o que lhe valeu a reputaçãode perfeccionista, bem como muita oposição dos que iam sendo reprovadosnas avaliações das Federações lideradas por ele.

Defende categoricamente o Yôga Antigo, pré-clássico, pré-vêdico, denomi-nado Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, o qual sistematizou

e denominou Swásthya Yôga, o Yôga Ultra-Integral.Exemplo de seriedade, tornou-se célebre pela corajosa autocrítica com quesempre denunciou as falhas do métier, sem todavia faltar com a ética pro-fissional e jamais atacando outros professores. Isso despertou um novoespírito, combativo e elegante, em todos aqueles que são de fato seus dis-cípulos.

O PRATICANTE DEVE TER OPINIÃO PRÓPRIA

Quem pratica Yôga ou filosofias correlatas, tem que ter opinião própria enão deixar-se influenciar por especulações sem fundamento.

Dois dos Mestres aqui mencionados já são falecidos e foram cruelmenteincompreendidos enquanto estavam vivos. Será que teremos de esperar que morram todos para então lamentarmos a sua falta? Será que vamoscontinuar, como sempre, sujeitando os precursores à incompreensão, injus-tiça e desapoio para louvá-los e reconhecer seu mérito só depois de mor-tos?

 Ass. Comissão Editorial 

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MESTRE DeROSE  29

Documentação do título de Mestrereconhecido por diversas entidades

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QUE CONFUSÃO!

A CONFUSÃO GERADA PELOS LIVROS 

Para o leitor leigo, muitos livros de Yôga mais fazem confusão do queesclarecem. Esperemos que este não contribua para piorar a babel,mas, ao contrário, possa desfazer essa barafunda.

O motivo dos livros em geral embaraçarem a compreensão é que amaior parte foi escrita por leigos e o panorama não está claro nem para eles próprios que os escreveram. Ao tentar explicar, confundem.

Há uma parcela de autores que conhecem o assunto, no entanto esses pecam por achar que todo o mundo tem algum conhecimento e falamindiscriminadamente de Vêdas, Puránas, Upanishads, Bhagavad Gítá,Yôga Sútra, Mahá Bhárata, com bastante intimidade, atabalhoandotudo, sem esclarecer o que é cada um desses textos e onde se localizaem relação aos demais. Este livro vai organizar essa miscelânea.

A CONFUSÃO GERADA POR DESINFORMAÇÃO 

  No Ocidente, quando falamos de Yôga, sempre surge alguém comalguma pergunta ou declaração que o associe ao Budismo. Ora, paracomeçar, Budismo é religião e o Yôga é filosofia. Uma coisa não temnada a ver com a outra. Para piorar a gafe, na Índia, menos de 1% da população é budista. Finalmente, para desespero de quem faz esse tipo

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 32

de embrulhada, o Yôga faz parte do Hinduísmo4, enquanto que oBudismo é uma heresia5 do Hinduísmo!

  No entanto, o leitor poderá argumentar que encontrou váriasreferências em livros, que estabeleciam associações entre Yôga eBudismo. De fato, isso existe. Na maior parte das vezes ocorre pelasrazões expostas nos primeiros parágrafos deste capítulo. Ademais, oHinduísmo é tão antigo, tão vasto e tão multifacetado que poderemos,eventualmente, encontrar situações insólitas e contraditórias. Registre-

se, porém, que isso não é a regra: é a exceção.

Existe um Yôga Budista? Sabendo-se que Budismo é uma religião,falar de um Yôga Budista é o mesmo que mencionar um YôgaCatólico, um Yôga Luterano, um Yôga Adventista. Seria algo comoafirmar a existência de um Golfe Católico, um Futebol Luterano, umVôlei Adventista, diferentes dos seus homônimos praticados por outras religiões. Não que o Yôga seja esporte. Poderíamos fazer amesma comparação com outras áreas. Imagine se seria possível umaInformática Judia, uma Física Nuclear Evangélica ou uma EngenhariaUmbandista, diferentes da Informática, da Física Nuclear ou da

Engenharia praticadas por outras religiões!Contudo, às vezes encontra-se no Ocidente propaganda oferecendo“Yôga Cristão” como se isso fosse alguma especialidade. O que o prestador de serviços quer dizer, nesse caso, é que os cristãos podem

4 Vale a pena esclarecer que o Hinduísmo não é uma religião, mas uma cultura. É como oCristianismo. Cristianismo também não é uma religião, mas uma cultura que contém váriasreligiões. Alguns livros aplicam uma referência imprecisa como “a religião hindu” ou “a religiãocristã”, induzindo a confusão quem não estiver familiarizado com o contexto.

5 Ocorre uma diferença crucial entre o conceito de heresia do Cristianismo e o do Hinduísmo.No Cristianismo, através da História, o herege é perseguido, torturado e morto. A simples

pecha de herege já embute um sentido pejorativo. Entretanto, no Hinduísmo o conceito deheresia é entendido no sentido universal: heresia é quando uma religião ou seita discorda e seafasta da doutrina-mãe, que constitui tronco principal. O Budismo teve suas origens noHinduísmo e constituiu uma contestação a ele, portanto, é uma heresia em relação aoHinduísmo. Acontece que o Hinduísmo concede uma tolerância incomensurável àsdivergências e as absorve quase todas, fazendo-as constituir correntes do próprio Hinduísmo.No caso do Budismo as divergências eram muito relevantes e não foi possível absorvê-lo. Por outro lado, numa demonstração chocante de tolerância, o templo hindu Lakshmí-Narayan (BirlaTemple) de Delhi, possui uma alameda que conduz a um templo budista, construído ao ladopelo mesmo mecenas, o Sr. Birla. Os devotos visitam o santuário hindu e, muitas vezes,estendem sua visita ao templo budista – e vice-versa.

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MESTRE DeROSE  33

 praticar suas aulas sem nenhum conflito com a religião, o que, afinal,é verdade. Mas Yôga Cristão não é um ramo de Yôga.

A CONFUSÃO GERADA PELO MERCADO 

Tão incoerente quanto barafundar o Yôga com religiões é misturá-locom nacionalidades. É comum encontrarmos oferta de Yôga Tibetano,Yôga Egípcio, Yôga Israelense. Ora, Tibet, Egito, Israel, são países.“Yôga Tibetano” faz tanto sentido quanto “Yôga Brasileiro”, “YôgaArgentino”, “Yôga Português”. Se existe Yôga no Tibet ele tem queser identificado pelo seu nome verdadeiro: Rája Yôga, Hatha Yôga,Karma Yôga, Bhakti Yôga, etc.

Também ouve-se falar de Yôga Desportivo, Yôga Artístico, YôgaFitness, Power Yôga, etc. Trata-se de táticas modernas para tentar atingir o consumidor onde ele é mais vulnerável: no apelo danovidade. Yôga Desportivo será Hatha Yôga? Yôga Artístico não seráHatha Yôga também? Power Yôga e Yôga Fitness não serãoigualmente Hatha Yôga? Mas Hatha Yôga está gasto, ultrapassado,demodé. Ninguém mais quer praticar Hatha Yôga no Ocidente. Então,

nada melhor que tentar outra denominação.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 36

Upanishad significa literalmente  sentar-se junto, mas normalmente étraduzido como comentário. É que as Upanishads são os comentáriosdos Vêdas e, por isso, estão situadas no final deles6.

As Upanishads servem para fundamentar filosofias como o Vêdánta eo Yôga. Há Upanishads especializadas em diferentes temas, comofilosofia, medicina, religião, astronomia, etc. Em seu livroYôgakundaliní Upanishad , Sivánanda declara que existem 108Upanishads. Em uma das minhas viagens à Índia, encontrei nos

Himalayas uma cópia antiga da Rudráksha Upanishad, que explanasobre a semente de Rudráksha (Lágrima de Shiva), à qual atribuem-se propriedades medicinais. Interessamo-nos especialmente pelas, assimchamadas, Yôga Upanishads: Maitrí Up., Yôgatattwa Up., YôgasháraUp., Yôgakundaliní Up., Dhyánabindu Up., Nádabindu Up., KsurikaUp, Kathaka Up., etc., pois tratam do Yôga.

UPANISHADS (COMENTÁRIOS) DOS RESPECTIVOS VÊDAS 

RIG VÊDA (10 Upanishads) 

PRINCIPAL UPANISHAD: Aitarêya. VÊDÁNTA UPANISHADS: Atmabôdha, Kaushítakí, Mugdala.

SAMNYÁSA UPANISHADS: Nirvána.

YÔGA UPANISHAD: Nádabindu.

VAISHNAVA UPANISHADS:  Não há.

SHAIVA UPANISHADS: Akshamálá.

SHAKTA UPANISHADS: Tripurá, Bahvrichá, Saubhágyalakshmí.

YAJUR VÊDA (51 Upanishads) 

PRINCIPAL UPANISHAD: Katha, Taittiríya,Ísávásya, Brhadáranyaka.

VÊDÁNTA UPANISHADS:  Akshi, Êkáshara, Garbha, Pránágnihôtra, Swêtásvatara, Sháriraka, Sukarahasya,Skanda, Sarvasára, Adhyátma, Nirálamba, Paingala, Mántrika, Muktika, Subála.

SAMNYÁSA UPANISHADS:  Avádhúta, Katharudra, Brahma, Jábála, Turíyátíta, Paramhamsa, Bhikshuka,Yájnavalkya, Sátyáyaní.

YÔGA UPANISHAD:  Amrtanáda, Amrtabindu, Kshurika, Tejôbindu, Dhyánabindu, Brahmavidyá,Yôgakundaliní, Yôgatattwa, Yôgashikhá, Varáha, Advayatáraka, Trishikhibráhmana,Mandalabráhmana, Hamsa.

VAISHNAVA UPANISHADS:  Kalishántarana, Náráyana, Tárasára.

SHAIVA UPANISHADS:  Kálágnirudra, Kaivalya, Dakshinámúrti, Panchabrahma, Rudrahrdaya.

6 Daí deriva o nome da filosofia Vêdánta, termo que significa literalmente o final dos Vêdas, jáque o Vêdánta é baseado nas Upanishads.

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MESTRE DeROSE  37

SHAKTA UPANISHADS: Saraswatírahasya.

SÁMA VÊDA (16 Upanishads) 

PRINCIPAL UPANISHAD: Kêna, Chándôgya. VÊDÁNTA UPANISHADS:  Mahat, Maitráyaní, Vajrasúchí, Sávitrí.

SAMNYÁSA UPANISHADS:  Árunêya, Kundika, Maitrêyí, Samnyása

YÔGA UPANISHAD:  Jábáladarshana, Yôgachúdámani,

VAISHNAVA UPANISHADS:  Avyakta, Vásudêva.

SHAIVA UPANISHADS: Jábálí, Rudrákshajábála.

SHAKTA UPANISHADS:

ATHARVA VÊDA (31 Upanishads) 

PRINCIPAL UPANISHAD: Prasna, Mándúkya, Mundaka.

VÊDÁNTA UPANISHADS: Átmá, Súrya.

SAMNYÁSA UPANISHADS: Náradaparivrájaka, Parabrahma, Paramhamsaparivrájaka.

YÔGA UPANISHAD: Páshupatabrahma. Mahávákya, Sándilya.

VAISHNAVA UPANISHADS: Krishna. Gáruda, Gopálatápaní, Tripádvibhútimahánáráyana, Dattátrêya,Nrsimhatápaní, Rámatápaní, Rámarahasya, Hayagríva.

SHAIVA UPANISHADS: Atharvashikhá, Athavashira, Ganapati, Brhajjábála, Bhasmajábála, Sarabha.

SHAKTA UPANISHADS: Annapúrna, Tripurátápaní, Dêví, Bhávaná, Sítá.

TOTAL POR TIPO DE UPANISHAD 

PRINCIPAIS UPANISHADS: 10VÊDÁNTA UPANISHADS: 24SAMNYÁSA UPANISHADS: 17YÔGA UPANISHAD: 20VAISHNAVA UPANISHADS: 14SHAIVA UPANISHADS: 14SHAKTA UPANISHADS: 9TOTAL: 108

II. SMRITI 

Smriti é divisão mais nova. A maior parte dos textos deste grupo tem  pouco mais de 2.000 anos. Smriti significa memória, referindo-se  provavelmente às recordações posteriores daquilo que o Shrutiensinara no passado remoto.

Fazem parte do Smriti as divisões: Smriti, Itihasas, Puránas, Ágamase Darshanas.

a) ITIHASAS 

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 38

Os Itihasas são os épicos Mahá Bhárata (Grande Índia) e Rámáyana (ocaminho, ou a vida de Ráma). Onde fica o Bhagavad Gítá? Ele é umcapítulo do Mahá Bhárata. O Mahá Bhárata é a descrição de umaguerra. O Bhagavad Gítá (a canção do Sublime) é a descrição de uma batalha daquela guerra. Relata fatos reais, redigidos de forma poética,com ensinamentos filosóficos e éticos.

b) PURÁNAS 

Purána significa antigo, antiguidade. São textos, mais acessíveis, que permitem ao indiano médio compreender os ensinamentos antigos sobuma redação mais simples. Contêm muitos contos, fábulas e outrasformas populares para transmissão do conhecimento. Estes são algunsPuránas:

Shiva Purána, Vishnú Purána, Brahma Purána, Brahmanda Purána,Skanda Purána, Linga Purána, Agni Purána, Naradiya Purána, PadmaPurána, Gáruda Purána, Varaha Purána, Bhagavata Purána,Brahmavaivarta Purána, Markandêya Purána, Bhavishyat Purána,Vamana Purána, Kúrma Purána, Matysa Purána, etc.

c) ÁGAMAS 

Os Ágamas são manuais do culto vêdico, textos que ensinam aodevoto como oficiar o culto pessoal e doméstico às suas divindadeseleitas. Podemos também entender os Ágamas como tendênciasdevocionais.

Certa vez, estávamos diante do Gandhi Memorial, em Delhi, e umdistinto senhor, muito solícito como em geral os indianos são,explicou-nos que, segundo alguns estudiosos, contam-se 330 milhõesde deuses no hinduísmo. Ainda que esse número seja bastante

exagerado, não teríamos espaço nem justificativa para descrever aquicentenas de tendências devocionais. Portanto, vamos ater-nos às três principais, aquelas que abarcam a maciça maioria da população. Sãoelas:

1- Shaiva (Shivaísmo)

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MESTRE DeROSE  39

Consta que Shiva foi um bailarino que viveu na civilizaçãoHarappiana ou Dravídica. Atribui-se a Shiva a criação do Yôga.Shiva tem mais de mil nomes e atributos. Natarája é o Shiva bailarino. Shankar é o Shiva saddhu, meditante. Rudra é o Shivairado. Pashupati é o Shiva senhor dos animais. Representa oAspecto Renovador do Absoluto. Talvez por isso seja o patronodo Yôga, arte de renovação biológica e mental por excelência.

2- Vaishna (Vishnuísmo)

Vishnú é o Aspecto Conservador do Absoluto. É o equivalenteao Espírito Santo do Cristianismo. Vishnú se manifesta nomundo através de seus Avatares, que são as encarnaçõesdivinas. O hinduísmo é tão tolerante que reconhece Buddhacomo um Avatar de Vishnú, apesar de Sidharta ter renegado ohinduísmo! Krishna foi outra dessas encarnações. OKrishnaísmo constitui uma seita do Vishnuísmo. Assim, os HarêKrishnas pertencem a este Ágama.

3- Shakta (Shaktismo)

Shaktismo é o herdeiro do Tantrismo. Digamos que seja umainterpretação tântrica do Hinduísmo, ou uma forma aceita pelasociedade ariana (hindu) de praticar os preceitos tântricos.Shakta é o adorador da Shaktí. Shaktí significa energia e designaa mulher que, além de ser parceira, é cultuada como deusa viva.

  Notemos que das três tendências devocionais mais expressivasda Índia, duas delas estão alicerçadas na cultura pré-ariana, pré-vêdica.

d) DARSHANAS 

Darshana significa ponto de vista. O Hinduísmo compreende seisdarshanas, ou seja, seis pontos de vista segundo os quais ele pode ser   professado. Independentemente das religiões e seitas, o Hinduísmo  possui uma profusão de filosofias. Estas seis detêm o status doreconhecimento formal e acadêmico. Agrupam-se duas a duas, emfunção de suas afinidades.

Primeiro par:

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 40

1-Yôga

2- Sámkhya;

Segundo par:

3- Vêdánta

4- Purva Mimansa;

Terceiro par:

5- Nyáya

6-Vaishêshika.

Podemos constatar que o Yôga é casado com o Sámkhya e não com oVêdánta, como muitos livros e instrutores insistem em ensinar.

  Neste livro tratamos de Yôga. Comentamos um pouco sobreSámkhya, já que o Yôga tem mais afinidade com o Sámkhya.Costumo ensinar aos meus futuros instrutores de Yôga: nosso focodeve ser o Yôga, portanto, invista 99% do seu tempo a ele. NossoYôga é de raízes Sámkhyas, portanto, dedique 0,9% do seu tempo a

ele. A literatura moderna de Yôga é muito influenciada pelo Vêdánta, portanto, aplique 0,1% do seu tempo a ele.

  Não estudaremos Mimansa, Nyáya, nem Vaishêshika, porquantoentendemos que o Yôga não tem praticamente nenhuma relação comesses outros três darshanas.

Agora, que compreendemos a estrutura do Hinduísmo, recordemo-nosde que o Yôga surgiu séculos antes do advento do Shruti, numacivilização que foi extinta justamente quando os arianos ocuparam oseu território. O Vêdismo, que depois foi denominado Brahmanismo,e, finalmente, Hinduísmo, contém muitos elementos da cultura

dravídica, mas diversos autores costumam negar isso.

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Shruti Vêdas

Rig VêdaSama VêdaYajur VêdaAtharva Vêda

MantrasBrahmanas

 AranyakasUpanishads 

(Yôga Upanishads:Maitrí Up.,Yôgatattwa Up.,Yôgashára Up.,Yôgakundaliní Up.,Dhyánabindu Up.,Nádabindu Up.,Ksurika Up,Kathaka Up.)

Smriti Dharma shástras

ItihasasMahá Bhárata (do qual faz parte o Bhagavad Gítá)Rámáyana

Puránas

Shiva Purána,Vishnú Purána,Brahma Purána,Brahmanda Purána,Skanda Purána,Linga Purána,Agni Purána,Naradiya Purána,Padma Purána,Gáruda Purána,Varaha Purána,Bhagavata Purána,Brahmavaivarta Purána,Markandêya Purána,Bhavishyat Purána,

Vamana Purána,Kúrma Purána,Matysa Purána, etc.

ÁgamasVaishnas (vishnuístas)Shaivas (shivaístas)Shaktas (shaktistas)

Yôga eSámkhya

Vêdánta eMimansa

HINDUÍSMO 

Smriti

Darshanas

Nyáya eVaishêshika

Notas do quadro:

1 O Yôga Pré-Clássico é mencionado nas Yôga Upanishads.2 O Yôga que consta do Smriti é o Yôga Darshana ou Yôga Clássico, que surgiu cerca de3.000 anos depois do Yôga Pré-Clássico.

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yaeg O QUE É O YÔGA?

A PALAVRA YÔGA 

O termo Yôga7 é masculino, deve-se escrever com Y e com acento noô. O acento pode variar, dependendo da convenção utilizada(circunflexo, macro, etc.). Contudo, seja qual for o acento, a palavrasempre deve ser pronunciada com ô longo e fechado. O vocábulo

Yôga significa união, no sentido de integração ou integridade.

A DEFINIÇÃO DO YÔGA 

Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao

samádhi 8. Esta é a definição mais abrangente e que serve para todas

as modalidades.

COMO SE CLASSIFICA 

7 O acento indica apenas onde está a sílaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tônicaestá noutro lugar. Por exemplo: pújá pronuncia-se “ pú dja”; e yôganidrá pronuncia-se“yôganí dra”. Para sinalizar isso aos nossos leitores, vamos sublinhar a sílaba tônica de cadapalavra. Consulte o CD Sânscrito - Treinamento de Pronúncia para aprender a pronunciar melhor. [A repetição do texto é intencional e foi admitida como concessão didática.] 8 Samádhi é o estado de hiperconsciência e autoconhecimento que só o Yôga proporciona.Não tem nada a ver com o satori do Zen, nem com o nirvana do Budismo. Essas confusõessão perpetradas pelos teóricos, que leram muito e tendem a embaralhar os sistemas no afã deencontrar um ponto em comum ou para exibir sapiência.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 44

Em termos de classificação, Yôga é uma filosofia. Filosofia de vida.Filosofia prática. Há 4 troncos e 108 ramos de Yôga, todos diferentese muitos deles incompatíveis entre si. Por isso, quem se dedica a umavertente não deve mesclá-la com outra. No desenrolar deste capítulocompreenderemos a razão. Para tanto, é preciso conhecer a história doYôga.

UMA VIAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO 

O estudo do Yôga e da sua história é cativante por tratar-se de umaaventura no tempo e no espaço. Primeiramente, transportamo-nos aoOriente, à Índia, região para nós misteriosa, transbordante de magia,divindades, poderes, fenômenos, montanhas e rios sagrados, templos emonges.

Além dessa viagem ao Oriente, precisamos realizar uma expedição notempo, recuando mil, dois mil, três, quatro, cinco mil anos! Comoseria o povo que viveu naquela época? Quais seriam seus valores eestrutura comportamental9? Para termos uma idéia mais precisa doque significa isso, se retornarmos no tempo dois mil anos, estaremos

 próximos do ano zero da Era Cristã. Se voltarmos mais dois mil, aindafaltarão mil anos para chegarmos ao palco temporal em que tudocomeçou.

A OPÇÃO DO YÔGA PRÉ-CLÁSSICO 

Muita gente pergunta-nos a razão pela qual elegemos para ensinar especialmente o Yôga Pré-Clássico. Não seria mais confortáveltrabalhar com o Clássico ou algum mais moderno, dos quais encontra-se bibliografia às mancheias? Por qual motivo dedicar-nos a umamodalidade que é considerada extinta na própria Índia e de tão difícilinvestigação? A resposta é: o Yôga mais antigo é o melhor, o maisautêntico, o mais completo, o mais forte e o mais lindo. Ainda que elenão o fosse, constituiria uma experiência fascinante pesquisar o YôgaPrimitivo por tratar-se de um dos mais arcaicos patrimônios culturais

9 Leia, sobre esse tema o livro Eu me lembro..., deste autor.

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MESTRE DeROSE  45

da Humanidade, uma verdadeira escavação de arqueologia filosófica.É deslumbrante resgatar esse tesouro quase perdido.

Um tesouro quase perdido, uma vez que ninguém mais se dedica aensinar o Yôga Original. No dias atuais, virtualmente todos preferemensinar o Yôga Moderno, que é utilitarista. O Yôga Moderno acena otempo todo com benefícios, como se a coisa em si nada valesse efosse necessário prometer alguma vantagem em troca da dedicação doaluno. O que pensaríamos de um professor de violino que, ao invés de

focar pura e simplesmente a procura do público na arte de ser violinista, preferisse apelar para os benefícios terapêuticos da música?Sairia dali algum Yehudi Menuhin, alguma Vanessa Mae? O YôgaAntigo, além de ser uma filosofia, é uma arte. Devemos praticá-lo se  já há algo dentro de nós que nos impele a ele, tal como impele oartista a pintar.

QUAL É O YÔGA MAIS AUTÊNTICO 

  Não há dúvida de que o Yôga mais autêntico é o original. Todosconcordam com essa premissa. O primeiro a surgir é o mais legítimo.

As outras variedades modificaram a proposta e a estrutura inicial,conseqüentemente, passaram a oferecer versões menos genuínas. É aíque muita gente se melindra com a verdade, pois ela poderia estar afirmando que o Yôga professado por este ou por aquele não é tãofidedigno. E isso é difícil de se aceitar. Requer muita humildade e pouco ego.

Contudo, a verdadeira proposta do Yôga original é relativamente fácilde se demonstrar pelo estudo da Cronologia Histórica do Yôga.

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A CRONOLOGIA HISTÓRICA

DO YÔGA O Yôga teve sua origem na Índia, ou melhor, no território hojeocupado por ela. De fato, essa nação ainda não existia. No tempo,situa-se há 5.000 anos. Culturalmente, localiza-se na civilizaçãoharappiana ou dravídica, que expandiu-se a partir do Vale do RioIndo10. Ao longo de cinco milênios, o Yôga sofreu inúmerasmutações. Vamos estudá-las.

Convidamos o leitor a ir construindo conosco o quadro da CronologiaHistórica do Yôga.

Primeiramente, dividimos o Yôga em dois grandes períodos: o YôgaAntigo e o Yôga Moderno. O primeiro ocupa um espaço de 4.000anos. O segundo, ocupa apenas os últimos mil anos. Portanto, a primeira divisão deveria ser quatro vezes maior do que a segunda.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO 

Duração 4.000 ANOS 1.000 ANOS 

 No entanto, há muito mais registros dos períodos mais recentes. Dessaforma, a divisão do Yôga Moderno acabou ocupando mais espaço nonosso quadro sinótico.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Duração 4.000 ANOS 1.000 ANOS 

10 Consulte os livros O Vale do Indo, de Sir Mortimer Wheeler, Editora Verbo, Lisboa; e Índia Antiga, da Time-Life, São Paulo.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 48

A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE

O YÔGA ANTIGO E O YÔGA MODERNO 

A diferença mais marcante entre os dois grandes grupos é o fato deque o Yôga Antigo é de tendência predominantemente Sámkhya,enquanto que o Yôga Moderno é de tendência predominantementeVêdánta.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

SÃO, PORTANTO, CORRENTES ANTAGÔNICAS 

O Sámkhya11, é naturalista (não-espiritualista) e interpreta osfenômenos desencadeados pelo Yôga como ocorrências que obedecemàs leis da Natureza e não são devidos a nenhuma graça divina nemmérito espiritual do praticante. Naturalismo é a filosofia que atribuicausas naturais a todos os efeitos.

O Vêdánta, é espiritualista, não raro, místico, quase religioso, e

atribui os fenômenos produzidos pela prática do Yôga à graça divina eao mérito espiritual do praticante. Espiritualismo é a filosofia queatribui causas sobrenaturais a todos os efeitos.

O YÔGA ORIGINAL NÃO ERA MÍSTICO 

  Note que, contrariamente ao que se imagina, o Yôga Antigo não émístico e nem mesmo espiritualista. Esse é o Yôga Moderno. Sempreachamos que os antigos fossem mais supersticiosos e místicos. É quequando nos referimos aos antigos, estamos nos reportando a 200 anosatrás, 500 anos, 1.000 anos. O Yôga Antigo data de 5.000 anos, um

  período denominado proto-histórico, pois nem mesmo histórico ele

11 O hinduísmo é constituído por seis filosofias denominadas darshanas, ou pontos de vista.Os seis são Yôga, Sámkhya, Vêdánta, Mimansa, Nyáya, Vaishêshika. São organizados em trêsgrupos de afinidades: o Yôga tem afinidade de origem com o Sámkhya; o Vêdánta temafinidade, não com o Yôga, mas com o Mimansa; e o Nyáya, com o Vaishêshika.

 As repetições ao transmitir o ensinamento são intencionais para facilitar a memorização dostermos sânscritos e dos conceitos por parte do estudante.

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chegava a ser, já que não foram encontrados textos que registrassem ahistória. A questão é que não conseguimos sequer imaginar como eraaquela civilização. Uma coisa parece certa: não eram religiosos. Nasescavações levadas a efeito desde o século XIX até o século XXI “nãoforam encontradas ruínas de templos, nem esculturas de divindades,nem de devotos em atitude de oração”12. 

O espiritualismo e o misticismo foram se instalando na Índia emtempos posteriores e tiveram o seu apogeu na Idade Média.

OS QUATRO TRONCOS DO YÔGA 

O Yôga Antigo é dividido em Pré-Clássico e Clássico. Mesmo oSámkhya que fundamenta esses dois períodos é diferente. O Pré-Clássico é fundamentado pelo Niríshwara Sámkhya, ou “Sámkhyasem-Senhor”, e o Clássico, pelo Sêshwara Sámkhya, ou “Sámkhyacom-Senhor”. Este último é discretamente teísta, mas ainda não éespiritualista nem místico.

O Yôga Moderno é dividido em Medieval e Contemporâneo, ambosregidos pelo Vêdánta.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

Período Yôga Pré-Clássico Yôga Clássico Yôga Medieval Yôga Contemporâneo

O YÔGA MAIS ANTIGO NÃO É O CLÁSSICO 

  Neste ponto, detectamos um erro gravíssimo cometido pela maior  parte dos autores de livros e pelos professores de Yôga. Declaram elescom freqüência que o Yôga mais antigo é o Yôga Clássico, do qualter-se-iam originado todos os demais. É muito fácil provar que estão

sofrendo de cegueira paradigmática. Primeiramente, nada nasce jáclássico. A música não surgiu como música clássica. Primeiramentesurgiu a música primitiva, que precisou evoluir milhares de anos atéque conquistasse o  status de música clássica (tanto faz se música

12 Antigas Civilizações, de Gaston Courtilier.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 50

clássica européia ou música clássica hindu). A dança é outro exemploeloqüente. Primeiro surgiu a dança primitiva, que precisou evoluir milhares de anos até chegar a ser considerada dança clássica (seja elaBallet Clássico ou Bhárata Natya). Nada nasce já clássico. E assim foicom o Yôga. Primeiramente, nasceu o Yôga Primitivo, Pré-Clássico,Pré-Ariano, Pré-Vêdico, Proto-Histórico. Ele precisou se transformar durante milhares de anos para chegar a ser considerado YôgaClássico. Provado está que o Yôga Clássico não é o mais antigo,

conseqüentemente, não nasceram dele todos os demais – o Pré-Clássico, por exemplo, não nasceu dele.

Além dessa demonstração, nas escavações em diversos sítiosarqueológicos foram encontradas evidências de posições de Yôgamuito anteriores ao período clássico e textos que precederam essaépoca já citavam o Yôga.

Mas como doutos escritores e Mestres honestos cometeram um errotão primário?

Acontece que a Índia foi ocupada pelos áryas, cujas últimas vagas deocupação ocorreram em cerca de 1.500 a.C. Isso foi o golpe de

misericórdia na Civilização Harappiana, de etnia dravídica. Conformeregistraram muitos historiadores, os áryas eram na época um povonômade guerreiro sub-bárbaro. Precisou evoluir mil e quinhentos anos  para ascender à categoria de bárbaro durante o Império Romano. AÍndia foi o único país que, depois de haver conquistado a arte daarquitetura, após a ocupação ariana passou séculos sem arquiteturaalguma, pois seus dominadores sabiam destruir, mas não sabiamconstruir, já que eram nômades e viviam em tendas de peles deanimais.

Como sempre, “ai dos vencidos”. Os arianos aclamaram-se raça

superior (isto lembra-nos algum evento mais recente envolvendo osmesmos arianos?) promoveram uma “limpeza étnica” e destruíramtodas as evidências da civilização anterior. Essa eliminação deevidências foi tão eficiente que ninguém na Índia e no mundo inteirosabia da existência da Civilização Harappiana, até o final do séculodezenove, quando o arqueólogo inglês Alexander Cunninghamcomeçou a investigar umas ruínas em 1873. Por isso, as Escrituras

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hindus ignoram o Yôga Primitivo e começam a História no meio docaminho, quando o Yôga já havia sido arianizado.

Tudo o que fosse dravídico era considerado inferior, assim como ofizeram nossos antepassados europeus ao dizimar os aborígines dasAméricas e usurpar suas terras. O que era da cultura indígena passou aser considerado selvagem, inferior, primitivo, indigno e, até mesmo,  pecaminoso e sacrílego. Faz pouco mais de 500 anos que a culturaeuropéia destruiu as Civilizações Pré-Colombianas e as aldeias de

aborígines, e já quase não há vestígio das línguas (a maioria foiextinta), assim como da sua medicina, das suas crenças e da suaengenharia que construiu Machu Picchu, as pirâmides, os templos e asfortalezas, cortando a rocha com tanta perfeição sem o conhecimentodo ferro e movendo-as sem o conhecimento da roda.

Da mesma forma, na Índia, após mil e tantos anos de dominaçãoariana, não restara vestígio algum da extinta Civilização Dravídica. OYôga mais antigo? Só podia ser ariano! Descoberto o erro histórico hámais de duzentos anos, já era hora de os autores de livros sobre oassunto pararem de simplesmente repetir o que outros escreveram

antes dessa descoberta e admitirem que existira, sim, um Yôgaarcaico, Pré-Clássico, Pré-Vêdico, Pré-Ariano, que era muito maiscompleto, mais forte e mais autêntico, justamente por ser o original.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

Período Yôga Pré-Clássico Yôga Clássico Yôga Medieval Yôga Contemporâneo

Época Mais de 5.000 anos séc. III a.C. séc. VIII d.C.  séc. XI d.C. séculos XIX e XX

O CRIADOR DO YÔGA ERA DRÁVIDA 

A tradição, as lendas e mesmo as Escrituras declaram que o Yôga foicriado por Shiva. Só não confessam que Shiva era drávida. Noentanto, chama-nos a atenção um pormenor artístico. Em todas as pinturas, Shiva é representado com a pele mais escura que os demais.As pessoas que aparecem naquelas representações pictóricas têm a tezclara, porém o criador do Yôga é retratado com a cor violácea. Isso é  bastante revelador, uma vez que os drávidas eram bem morenos,

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 52

tinham olhos negros e cabelos negros, enquanto que os arianos eramoriginalmente louros, de pele e olhos claros. Depois, com 3.500 anosde cruzamentos raciais, deixaram de sê-lo. Hoje podemos encontrar saddhus nas montanhas, que cobrem com cinzas sua pele escura eficam com a mesma cor violácea atribuída ao criador do Yôga.

A ORIGEM DAS CASTAS PARA SEGMENTAÇÃO ÉTNICA 

Foi justamente o conflito étnico que gerou a divisão da sociedadeindiana em castas. O termo varna, usado para designar casta, pode ser traduzido literalmente como cor . É que os arianos “puros”,encontrados atualmente entre os germânicos são, geneticamente, umaetnia muito frágil, de genes recessivos. Tanto que se miscigenarem-secom qualquer outra etnia, a descendência trará preponderantemente ostraços dessa outra, cujos genes serão dominantes. Algo precisava ser feito urgentemente para que os guerreiros sub-bárbaros não secaldeassem com os conquistados. Essa medida foi o advento dosistema de castas que dividia a sociedade ariana por patamares de  pureza racial para efeito hierárquico, bem como de heranças e de poder. Nas Américas não foi diferente. Índios, negros e mestiços nãotiveram a aceitação dos europeus e seus descendentes. Tantos séculosdepois, ainda não contam com uma perfeita integração cultural, sociale econômica dos países em que vivem e aos quais emprestam suacontribuição. No entanto, impedir que os senhores cruzassem comsuas escravas era uma empreitada inglória. Por isso, hoje, mesmo osde descendência e tradição ariana, ostentam os traços dos drávidas: pele escura, olhos negros, cabelos negros.

Ocorrera uma ironia do destino. Os áryas venceram pela espada eextinguiram quase todos os drávidas. Entretanto, os poucos drávidassobreviventes venceram pelo sexo e extinguiram todos os arianos!

O YÔGA CLÁSSICO FORMALIZA A ARIANIZAÇÃO 

Cerca de 1.200 anos depois de instaurada a sociedade ariana naextensão de terra que passa a ser chamada Bhárata (os ocidentaischamam-na de Índia), nasce Pátañjali, que codifica o Yôga Clássico,formalizando sua arianização. Novo erro crasso por parte dos

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escritores de livros sobre o tema: Pátañjali é constantementedenominado “o pai do Yôga”. Perguntamos nós: como pode alguémser pai de algo que já existia milhares de anos antes do seu próprionascimento?

YÔGA MEDIEVAL: COMEÇA A VEDANTIZAÇÃO DO YÔGA 

 No século VIII d.C. Shankaráchárya viaja incansavelmente pela terrados Bháratas, para divulgar a filosofia Vêdánta, convertendo, ao longodos anos, grande parte da população hindu. A partir de então, as  pessoas convertidas, ao praticar Yôga estariam professandoobviamente um Yôga vêdantizado. Surge a fronteira ideológica que passará a dividir o Yôga em Antigo e Moderno.

O HATHA YÔGA É TÂNTRICO 

  No século XI d.C. Matsyêndranatha funda a Escola Kaula, dotantrismo (Kaulachara Tantra). Praticamente tudo o que existe deliteratura tântrica no Ocidente é originário dessa Escola. Seudiscípulo13 Gôrakshanatha funda o Hatha Yôga.

O YÔGA CONTEMPORÂNEO É TANTRA-VÊDÁNTA 

  No século XIX começa a surgir um movimento de recuperação doTantra Branco, Dakshinachara Tantra (bem mais antigo que oKaulachara) e tem início o Yôga Contemporâneo.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

Período Yôga Pré-Clássico Yôga Clássico Yôga Medieval Yôga Contemporâneo

Época Mais de 5.000 anos séc. III a.C. séc. VIII d.C.  séc. XI d.C. séculos XIX e XX

Mestre Shiva Pátañjali Shankara Gôrakshanatha Aurobindo 

UPANISHADAS 

13 Se era discípulo de Matsyêndra, seguia a mesma linha. Um discípulo hindu jamaisquestionaria ou contestaria seu Mestre, pois a liberdade de escolha é do discípulo. É ele queescolhe o Mestre e escolhe-o por concordar com suas idéias e com a sua maneira de ensinar.

 A partir daí, aceita tudo o que vier dele.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 54

 No que tange à literatura de cada período, Shiva, ao que nos consta,não escreveu nada. Talvez a escrita nem mesmo existisse. Masfazemos constar na primeira coluna o tipo de Escritura denominadaUpanishad, pois é onde se encontram as mais antigas referências aoYôga14.

YÔGA SÚTRA 

 No século III a.C., o grande mérito de Pátañjali foi o de perenizar oYôga mediante sua tese Yôga Sútra15. O grande demérito foi queoficializou-se como Yôga algo que propunha uma posturacomportamental contrária à proposta original. Deixa de ser tântrica para tornar-se brahmáchárya, seu oposto diametral.

Sútra pode significar cordão ou aforismo. Aforismos sãoensinamentos cifrados em resumidíssimas palavras, somenteinteligíveis para os iniciados naquela linha específica.

VIVÊKA CHUDAMANI 

  No século VIII d.C., Shankara escreve sua obra Vivêkachudamani,

  publicada no Brasil, na década de 1960 pela FEEU (FundaçãoEditorial Educacional Universalista). Trata, obviamente, de Vêdánta.

HATHA YÔGA PRADÍPIKA 

  No século XI d.C., Gôraksha escreve seu livro Hatha Yôga,modalidade que logo passa a ser perseguida por tratar-se de vertentetântrica numa época de vigência brahmáchárya. Todos os exemplaressão destruídos e os seguidores desse ramo são torturados. Por medo domartírio, instala-se o censurável costume, que perdura até os nossosdias, dos praticantes desse ramo de Yôga tântrico, o Hatha,

declararem-se contra o Tantra! O livro proibido de Gôraksha Natha,  por sua vez, é reescrito de memória por um discípulo, décadas maistarde, quando as coisas se acalmam. A obra passa a denominar-se

14 Yôgashára Up., Yôgatattwa Up., Yôgakundaliní Up., Swetaswatara Up., Maitrí Up., KathaUp., etc.

15 Leia o livro Yôga Sútra de Pátañjali , do Mestre DeRose.

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Hatha Yôga Pradípika. Só questionamos se os nossos discípulostambém teriam a competência de reescrever nossos livros de memóriae se conseguiriam preservar a autenticidade do que declaramosoriginalmente...

MESTRES CONTEMPORÂNEOS 

  Nos séculos XIX e XX surge uma nova geração de Mestres, quasetodos de linha Vêdánta. Citamos vários, uma vez que não sabemosqual deles será considerado o mais expressivo Mestre do YôgaContemporâneo. Só o saberemos daqui a uns duzentos anos ou mais. Na sua época, nenhum dos Mestres foi considerado a maior autoridadedo respectivo período histórico. Pelo contrário. Em seu próprio tempo,muitos foram atacados, difamados, perseguidos e torturados.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

Período Yôga Pré-Clássico Yôga Clássico Yôga Medieval Yôga Contemporâneo

Época Mais de 5.000 anos séc. III a.C. séc. VIII d.C.  séc. XI d.C. séculos XIX e XX

Mestre Shiva Pátañjali Shankara Gôrakshanatha

Literatura Upanishad Yôga Sútra VivêkaChudamani

Hatha Yôga

Aurobindo16 

RámakrishnaVivêkánandaShivánandaChidánanda

KrishnánandaYôgêndra

T  RASH   BOOKS  

Quanto à literatura contemporânea, optamos por não mencionar nenhuma. Seria muito prematuro citar algum livro como o principaldeste período17, pois a bibliografia editada nestes séculos costuma

16 Embora a tendência da maior parte dos Mestres e Escolas continue sendo brahmáchárya,no período contemporâneo começa a se instalar uma tendência tântrica (dakshinachara)representada por Aurobindo e Rámakrishna.

17 Nota da Comissão Editorial: muitos professores de Yôga são de opinião de que a obramais importante do século XXI é o livro SwáSthya Yôga Shástra, publicado no Brasil com otítulo Faça Yôga antes que você precise, do Mestre DeRose. Essa obra é considerada a queapresenta o maior acervo de técnicas do mundo em toda a História do Yôga e foi elogiada peloPresidente da Federação de Yôga da Índia, M. S. Viswanath, como “contribuição monumental

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 56

deixar muito a desejar: erros primários são cometidos, a imagem doYôga passa a ser muito mais distorcida, e até caricaturizada, em livros popularescos escritos por autores que não são autoridade – a maiorianem sequer é do ramo! É a era do “Yôga em 10 lições” e do “Cure a sua mazela com o Yôga”.

O YÔGA PRÉ-CLÁSSICO É TANTRA-SÁMKHYA 

O Yôga Pré-Clássico é a única vertente Tantra-Sámkhya da História,isto é matriarcal, sensorial, desrepressora e naturalista (não-espiritualista). Sua designação completa é:

Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga

Este nome é muito esclarecedor, já que define até quais os hábitosalimentares e sexuais do praticante, esclarece que o seguidor dessacorrente professa a liberdade, mas não usa fumo, álcool ou drogas,abomina o misticismo e cultua a Natureza.

Estudando o quadro sinótico completo, abaixo, compreenderemos queo Yôga mais antigo é muito diferente de todos os que vieram depois

dele. Como o estudante pode observar, a primeira coluna apresentauma proposta comportamental tântrica, que é matriarcal, sensorial edesrepressora, enquanto que a partir da chegada dos arianos passa aser brahmáchárya, que é patriarcal, anti-sensorial e repressora.  Noutras palavras, ocorreu a primeira grande deturpação do Yôga,invertendo sua proposta original.

CORRENTES INCOMPATÍVEIS Portanto, primeira barreira é uma fronteira étnica, originada pelaguerra entre os invasores arianos e os donos da terra, os drávidas.Trata-se de uma fronteira mais séria que a existente entre Sámkhya e

Vêdánta, pois esta outra é apenas ideológica. A que divide o YôgaPré-Clássico dos que surgiram depois, é uma fronteira de sangue, quecustou muita dor, torturas, mortes e escravidão. Foi tão intensa queficou profundamente impregnada no inconsciente coletivo da

ao Yôga deste século e a mais inestimável dádiva ao do século vindouro ... uma master-piece no ensinamento do Yôga.”

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Humanidade. Tanto que hoje, 3.500 anos depois, do outro lado domundo, se um latino – que não é drávida nem ariano, que não estavalá e não tem nada a ver com o conflito – ingressa no Yôga,inevitavelmente, involuntariamente, agrega-se a uma das duasvertentes e torna-se opositor à outra! Se sua opção foi pelo Yôga deraízes tântricas, vincula-se ao setor do inconsciente drávida; ou, aocontrário, se sua opção foi pelo Yôga de raízes brahmácháryas, atrela-se ao do inconsciente ariano. Isso se nota imediatamente pelo fato de

que o praticante torna-se fortemente antipático à outra tradição ecomeça a manifestar atitudes hostis com relação a ela.

A primeira reação que temos ao tomar contato com essa realidade é ade não aceitar o antagonismo e querermos conciliar as duas correntes.Infelizmente, todos os que o intentaram foram execrados por ambas,como se fossem duplos traidores. Quando o leitor estudar o temaegrégora, vai entender o motivo pelo qual um indivíduo é sempre oelo mais fraco, que se rompe ao tentar interferir com fenômenosgrupais, especialmente se envolvem muitos seguidores, se a egrégoraé antiga e já está consolidada. Como este assunto é suficientementeexplanado no nosso livro  Encontro com o Mestre, não vamos repetir 

aqui aquelas explicações, mas recomendamos veementemente aleitura da obra mencionada.

Estude, agora, o quadro completo:

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 58

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO YÔGADivisão YÔGA ANTIGO YÔGA MODERNO

Tendência Sámkhya Vêdánta

Período Yôga Pré-Clássico Yôga Clássico Yôga Medieval Yôga Contemporâneo

Época Mais de 5.000 anos séc. III a.C. séc. VIII d.C.  séc. XI d.C. séculos XIX e XX

Mestre Shiva Pátañjali Shankara Gôrakshanatha

Literatura Upanishad Yôga Sútra VivêkaChudamani

Hatha Yôga

AurobindoRámakrishnaVivêkánandaShivánanda

ChidánandaKrishnánandaYôgêndra

Fase Proto-Histórica Histórica

Fonte Shruti Smriti

Povo Drávida Árya

Linha Tantra Brahmáchárya

QUADRO EXTRAÍDO DO LIVRO Y ÔGA, M ITOS E V ERDADES , DESTE AUTOR. 

EXERCÍCIO: PREENCHA AS LACUNAS DO QUADRO ABAIXO 

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RESUMO HISTÓRICO DOS EVENTOS QUE INFLUENCIARAM O YÔGA 

Pré-história – aborígines australóides 

Proto-história – drávidas 

História – arianos, gregos, persas, mongóis e outros povos 

INFLUÊNCIAS ÉTNICAS E POLÍTICAS DATAS EVENTOS QUE INFLUENCIARAM O YÔGA 

Civilização do Vale do Indo, tambémdenominada dravídica ou harappiana.

+ de 3.000 a.C. Shiva cria o Yôga. Na mesma época surgem oTantra e o Sámkhya.

Começo da invasão ariana. No mesmoperíodo tem início a decadência da

Civilização dravídica do Vale do Indo, mas

alguns historiadores declaram que não tevenada a ver com a ocupação ariana. Foicoincidência.

±2.500 a.C. Os guerreiros nômades arianos destróem asedificações da Civilização do Vale do Indo, mas,como viviam em tendas, não sabiam construir 

cidades. Isso fez da Índia o único país que,depois de ter tido a arquitetura, ficou sem ela por vários séculos.

Vaga final da ocupação ariana, após 1.000anos de expedições militares e de

colonização.

±1.500 a.C. O Yôga, o Tantra e o Sámkhya sofremdiscriminação, pois são considerados patrimôniocultural do povo que perdeu a guerra.

Recrudescem as medidas arianas paraevitar a miscegenação racial com os

drávidas.

±Séc. X a.C. Surgem as castas (varnas).

±Séc. VIII aoséc. III a.C.

São escritas as Upanishads. Várias delasmencionam o Yôga, o que prova que o Yôga jáexistia antes de Pátañjali.

Invasão persa. ±Séc VI a.C. Nascimento de Buddha.

Invasão grega (Alexandre Magno). 326 a.C.

Depois das invasões persa e grega, osarianos atenuam suas restrições quanto ao

Yôga.

±Séc. III a.C. Pátañjali escreve o Yôga Sútra, formalizando aarianização do Yôga.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 60

Invasão dos Hunos. ±Séc. V d.C.

Invasão árabe. Séc. VIII Shankaráchárya difunde o Vêdánta. Começa avedantização maciça do Yôga.

A islamização, discretamente iniciada com ainvasão árabe, vai instalar-se efetivamente

com a próxima invasão.

Séc. XI Gôrakshanatha cria o Hatha Yôga. Tem início ocostume de oferecer benefícios terapêuticos emtroca da dedicação ao Yôga.

Invasão turco-afegã. Séc. XII

Invasão mongol (Gengis Khan). Séc. XIII

Invasão portuguesa. Séc. XVI

Invasão inglesa. Séc. XVII Começa a cristianização do Yôga.

Séc. XVIII Começa a influência da ginástica britânica sobreo Yôga.

Charles Masson (codinome de James Lewis)descobre as ruínas de Harappa.

1826

O arqueólogo Alexander Cunninghamencontra as ruínas mencionadas no diário

de Masson.

1853

Cunningham consegue fundos para asescavações, mas quando chega ao local ele

 já havia sido vandalizado.

1873

A Índia passa a receber hordas deocidentais interessados no Yôga, mas queinterpretam tudo errado, de acordo com os

seus paradigmas.

1970 Intensifica-se a deturpação do Yôga noOcidente, sob o comando da Califórnia. Asdemais culturas acatam sua atitude utilitarista,mesclante e mercantilista.

Apesar das descobertas históricas earqueológicas, os professores de Yôga

insistem em ignorar que existiu um YôgaPré-Clássico e persistem em afirmar que o

ariano Pátañjali é o “pai do Yôga”.

2.000 Como reação contra a deturpação do Yôga,DeRose lança uma ofensiva internacional deresgate do Yôga Antigo, que estava emextinção.

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VAMOS ENTENDER OS 4 TRONCOS DO YÔGA Regra áurea do magistério: dizer o óbvio

e ainda repetir três vezes. DeRose

Declarar simplesmente que você estuda, pratica ou ensina Yôga nãoajuda muito a identificar o que você faz, pois o nome Yôga podedesignar quatro troncos diferentes e divergentes.

Veja o quadro abaixo:

Sámkhya X  Vêdánta

 YÔGATantra X Brahmáchárya

As cinco filosofias acima são independentes umas das outras, masinfluenciam-se reciprocamente devido à proximidade territorial e aotempo de centenas ou milhares de anos em que conviveram lado alado. Cada qual teve sua origem separada e existe independentementedas demais. As duas de cima, Sámkhya e Vêdánta, são teóricas. A domeio, o Yôga, é uma filosofia prática. As duas de baixo são

comportamentais, sendo que a maioria dos estudiosos não reconhece oBrahmáchárya como filosofia e sim como apenas uma tradição decomportamento.

 No que diz respeito à classificação do Yôga, o conceito de filosofia  prática é desconhecido no Ocidente. Academicamente, só sereconhece como filosofia aquela de tradição grega, que nasceu doSámkhya, portanto é teórica. Consta que no início da Grécia Clássica

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 62

alguns filósofos indianos foram importados por Atenas. Como nesse  período a Índia também estava passando por seu período clássico, afilosofia vigente era o Sámkhya. Daí as semelhanças entre o Sámkhyae muitos dos princípios da filosofia helênica.

O YÔGA NÃO TEM TEORIA,LOGO, NÃO PODE DOUTRINAR  

Consideramos como uma das maiores virtudes do Yôga sua natureza  puramente técnica. Não tem teoria18, conseqüentemente não podefazer catequese, não interfere nas crenças nem nas questões de foroíntimo.

Pelo fato de o Yôga ser estritamente prático, quando precisamosfundamentá-lo com uma teoria especulativa, recorremos ao Sámkhya,se tratar-se de Yôga Antigo; ou recorremos ao Vêdánta, se tratar-se deYôga Moderno. O problema é que o Sámkhya e o Vêdánta sãofilosofias divergentes. Sámkhya é naturalista, enquanto que o Vêdántaé espiritualista. Então já podemos vislumbrar aqui um antagonismo,conforme nos reportemos ao Yôga Antigo (de mais de 5.000 anos até

 pouco antes da Idade Média) ou ao Yôga Moderno (a partir do séculoVIII d.C.).

Independentemente de uma determinada linha de Yôga estar atreladaao Sámkhya ou ao Vêdánta, poderá estar simultaneamente associada auma das duas filosofias comportamentais, o Tantra ou oBrahmáchárya. Ocorre que essas duas são ainda mais antagônicas, jáque o Tantra é de características matriarcais, sensoriais edesrepressoras; e o Brahmáchárya possui características patriarcais,anti-sensoriais e repressoras.

Isto já deve estar bem compreendido pelo leitor, mas como trata-se de

nomenclatura sânscrita e conceitos novos para muita gente, é melhor   pagar o ônus de uma repetição do que superestimar a capacidade de

18 Se o Yôga não tem teoria, de que tratam os textos de Yôga, inclusive este mesmo livro? Asobras literárias sobre Yôga podem conter em suas páginas a explicação da prática, história,opiniões dos autores, fundamentação Sámkhya ou Vêdánta e, ainda, conceitos do Tantra ou doBrahmáchárya. No entanto, Yôga mesmo é quando você cala a boca e pratica.

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assimilação da matéria e passar batido pela possibilidade de algumestudante não haver compreendido com a clareza necessária.

COMO SE PROCESSOU A TRANSFORMAÇÃO 

 No período mais antigo, Pré-Clássico, o Yôga tinharaízes Sámkhya e Tantra. No período Clássico,  preservou a raiz Sámkhya, mas, com a ocupaçãoariana, passou a ser Brahmáchárya, uma vez queesse era o modelo comportamental dos áryas. NaIdade Média, no século VIII d.C., Shankarácháryaconverte os hindus em massa para sua filosofia, oVêdánta, que já existia anteriormente, mas naantiguidade não era tão popular. O Yôga Medieval  preserva o Brahmáchárya, porém torna-se Vêdánta.  No final do século XIX surge o YôgaContemporâneo. Neste, o Vêdánta é preservado, maso Brahmáchárya cede lugar ao Tantra, que começa ase recuperar na opinião pública.

 Note que, sempre, uma das duas raízes é substituídae outra é preservada, pois se ambas fossem alteradasas pessoas rechaçariam a proposta por nãoreconhecê-la. Dessa forma, as mudanças foram se processando lentamente. Se durante 5.000 anos esse processo obedeceu a um padrão, podemos fazer uma  projeção para o futuro com uma boa margem de precisão. Assim, na década de 1960 deduzimos quea próxima tendência seria novamente Tantra-Sámkhya, como nas origens. Ensinamos isso durantequase 40 anos e, finalmente, ocorreu. Na passagem

ao ano 2000 o Yôga Pré-Clássico, de raízes Tantra-Sámkhya, desencadeou um expressivo crescimento.

A mesma explicação que estudamos acima em diagrama linear,vejamos agora numa ótica circular. Tudo começa no ápice do círculo,com a linhagem original TS (Tantra-Sámkhya). Os yôgins desse

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 64

  período eram naturais, felizes, espontâneos, sem repressões e sem patrulhamento ideológico.

Devido à invasão ariana, o Yôga sofreuma decadência e torna-se BS(Brahmáchárya-Sámkhya). É a primeiragrande deturpação. Os yôgins, a partir dessa época passam a se reprimir e

negar-se. Todos os prazeres,  principalmente o sexual, sofrem umacaça às bruxas. Na Idade Média o Yôgasofre outro golpe e vai ao fundo do poço,tornando-se BV (Brahmáchárya-Vêdán-ta), ou seja o oposto literal da propostaoriginal. Além da repressão sexual eoutras paranóias monásticas, essamodalidade induz a um distúrbio quedenominamos delirium mysticum.Seguindo nossa trajetória circular, por 

força da inércia ocorre uma discretarecuperação. É o movimentocontemporâneo TV (Tantra-Vêdánta). OYôga ainda é místico, mas já torna a ser matriarcal, sensorial e desrepressor.Volta, portanto, a permitir, pelo menosem parte, que as pessoas sejam elasmesmas, que os praticantes possamdançar e amar de forma espontânea esaudável.

Prosseguindo em sua ascensão de volta às origens, o Yôga retorna àsua posição original, TS (Tantra-Sámkhya). É o Yôga do TerceiroMilênio! Surpreendentemente, o habitante do “futuro-que-chegou”, o  jovem do século XXI, abraça incondicionalmente, com grandeentusiasmo, o Yôga mais antigo, que é também o mais vanguardeiro.

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 No entanto, a volta às origens não é bidimensional como no círculodesenhado no papel. O processo evolutivo é, na verdade, uma espiral.Portanto, ao retornar ao mesmo patamar, o Tantra-Sámkhya está numaoutra dimensão, milhares de anos no futuro em relação àquelaestrutura das aldeias proto-históricas.

[Inserir uma ilustração da espiral tridimensional.]

ASSOCIEMOS AGORA CADA TRONCO A UM PERÍODO HISTÓRICO 

TS (Tantra-Sámkhya)  Pré-Clássico YÔGA ANTIGO BS (Brahmáchárya-Sámkhya)  Clássico

BV (Brahmáchárya-Vêdánta)  Medieval YÔGA MODERNO 

TV (Tantra-Vêdánta)  Contemporâneo

COMO IDENTIFICAR CADA TRONCO 

Ora, cada uma das vertentes acima, tem suas características típicas decada momento histórico e é divergente das demais. Por exemplo:

a) Um yôgin do tronco Pré-Clássico,

[S] Por ser Sámkhya, é naturalista (não-espiritualista) e interpretaos fenômenos desencadeados pelo Yôga como ocorrências queobedecem às leis da Natureza e não são devidos a nenhuma graçadivina nem mérito espiritual do praticante.

[T] Por ser tântrico, seu comportamento é pautado pelomatriarcalismo, pela sensorialidade e pela desrepressão. Logo,coloca a mulher numa posição privilegiada na família, na

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 66

sociedade, e na administração pública; cultiva uma sexualidade plena e exuberante, sem culpas nem malícias.

 b) Um yôgin do tronco Clássico,

[S] Por ser Sámkhya, também é naturalista (não-espiritualista) einterpreta os fenômenos desencadeados pelo Yôga comoocorrências que obedecem às leis da Natureza e não são devidos anenhuma graça divina nem mérito espiritual do praticante.

[B] No entanto, por já ser brahmáchárya19, é marcado pelo  patriarcalismo, pela anti-sensorialidade e pela repressão.Conseqüentemente, não admite que o poder recaia sobre a mulher,cuja função deve resumir-se a gerar filhos e às tarefas caseiras;não aceita o prazer, a liberdade nem a sexualidade.

c) Um yôgin do tronco Medieval,

[V] Por ser Vêdánta, é espiritualista, não raro, místico, e atribui osfenômenos produzidos pela prática do Yôga à graça divina e aomérito espiritual do praticante.

[B] Por ser brahmáchárya, é vincado pelo patriarcalismo, pelaanti-sensorialidade e pela repressão. Conseqüentemente, nãoadmite que o poder recaia sobre a mulher, cuja função deveresumir-se a gerar filhos e às tarefas caseiras; não aceita o prazer,a liberdade nem a sexualidade.

d) Um yôgin do tronco Contemporâneo,

[V] Por ser Vêdánta, é espiritualista, não raro, místico, e atribui osfenômenos produzidos pela prática do Yôga à graça divina e aomérito espiritual do praticante.

[T] Por ser tântrico, seu comportamento é pautado pelo

matriarcalismo, pela sensorialidade e pela desrepressão. Logo,coloca a mulher numa posição privilegiada na família, nasociedade, e na administração pública; cultiva uma sexualidade plena e exuberante, sem culpas nem malícias.

19 Utilizaremos inicial maiúscula quando nos referirmos ao sistema em si, e inicial minúsculaquando tratar-se de algo referente a ele.

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Assim, se duas pessoas desconhecidas, de linhas diferentes de Yôga,encontrarem-se por acaso numa livraria, perceberem que têminteresses supostamente comuns em Yôga, e passarem a conversar,será apenas uma questão de tempo para que comecem a sedesentender, justamente pelo fato de ambas praticarem Yôga... delinhas incompatíveis!

Se os dois forem: um de linha Sámkhya e outro de linha Vêdánta, o  primeiro começará a ter muita pena que o outro seja um crente,

enquanto que o segundo ficará indignado pelo fato do primeiro ser umcético, ateu e materialista. Na verdade, não que é que o primeiro sejaisso tudo, mas é assim que o segundo interpreta.

Se os dois forem: um de linha tântrica e outro de linha brahmáchárya,o primeiro começará a deplorar que o outro seja tão reprimido emoralista – ou, talvez, hipócrita – enquanto o segundo ficará revoltadoque o primeiro declare praticar Yôga, mas seja um depravado, imoral,  pervertido. Na realidade, nenhum dos dois é, forçosamente, o que ooutro interpreta, contudo, é como eles se vêem, pois partem de paradigmas comportamentais antagônicos.

Agora, imagine um encontro entre um Sámkhya-Tantra e outroVêdánta-Brahmáchárya! Tornam-se nada menos que inimigos por causa de uma filosofia que se chama União. Incoerência? Talvez. Masse estudarmos a História do Yôga é possível que passemos acompreender esses antagonismos.

OS VERBOS DAS RAÍZES 

Os verbos que melhor explicam estas filosofias, são:Yôga –  poder  Sámkhya –  saber  

Vêdánta – crer  Tantra –  sentir  Brahmáchárya – dominar 20 

20 Dominar, controlar, não constituem proposta do Yôga e sim do Brahmáchárya. Portanto, nãofaz o menor sentido aquele estribilho escutado a torto e a direito pelos praticantes de Yôga:

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Colocando lado a lado os verbos acima, poderemos ter uma idéia mais precisa dos resultados das receitas assim obtidas.

1. Casando   poder, saber e sentir , obtemos uma proposta sábia esensível da administração do poder. Essa estrutura é a das antigascivilizações não-guerreiras, a mesma do Yôga Pré-Clássico.Parece ser a melhor de todas as combinações, a mais humana, amais racional e a mais equilibrada. É relacionada com a sapiênciae com a arte.

2. Associando poder, saber e domínio, poderemos obter algo em queo poder fica mais forte com o conhecimento para conseguir adominação das pessoas. Isso é um perigo. O nazi-fascismo temessa estrutura.

3. Amalgamando   poder, crença e domínio, chegaremos a umresultado em que o poder respaldado pela crendice torna-seirracional no desempenho da dominação. Essa foi a estrutura daSanta Inquisição e é praticada atualmente por alguns gruposespiritualistas21. Aliás, a própria ciência, que se diz racional, estácontaminada por essa praga.

4. Juntando   poder, crença e sensibilidade, obteremos umaadministração sensível do poder, porém conduzido pela crendice,resultando em atitudes irracionais e emocionais. Produz muitossonhos, devaneios e idealismo, porém sem ter os pés no chão. Essaestrutura foi proposta pela filosofia hippie e é professada pelos

“Você não pratica Yôga? Deveria se controlar melhor.” Na verdade, essa frase é umadeclaração de ignorância a respeito da verdadeira natureza do Yôga e costuma ser aplicadapelos mais íntimos para manipular o yôgin, a fim de que ele se submeta às conveniências dosoutros. O leigo acha que o Yôga tem essa proposta de dominar-se, controlar-se, pois o únicoYôga que conhece é o Medieval, da vertente brahmáchárya, a qual é repressora. O Yôga não érepressor. Nem poderia, uma vez que ensina apenas técnicas.

21 Não confunda espiritualista com espírita. São conceitos distintos. Espírita é o que tem por fundamento os ensinamentos dos espíritos dos mortos recebidos pelos vivos através damediunidade. Por definição o espírita é também espiritualista, porém alguns espiritualistas não-espíritas discordam. Esses combatem o espírita porque não concordam que os espíritos depessoas mortas tenham mais sabedoria do que os das pessoas vivas. Muito menos aceitam amediunidade, que consideram perigosa e prejudicial. Espiritualistas são, por exemplo, osteosofistas, eubióticos, antroposofistas, rosicrucianos e mais uma infinidade de escolas detendência ocultista. Note bem: isso não quer dizer que todas essas instituições sejamantagônicas ao espiritismo. Vale também lembrar que este autor não é espiritualista nemespírita, mas não tem nada contra essas duas correntes. 

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seus herdeiros atuais, os alternativos. Têm boas-intenções,contudo, é mais freqüente que seus projetos terminem em fracassodo que cheguem a bom termo. Pode conduzir à auto-enganação,sugestibilidade e hipnose.

Pelas comparações acima, compreendemos que o Yôga mais antigo,Pré-Clássico, pré-vêdico, pré-ariano, proto-histórico seja consideradoa melhor proposta.

YÔGA, SÁMKHYA E TANTRA22 Uma outra questão é: os Mestres mais sérios defendem o purismo edesaconselham as mesclas. O que verificamos neste capítulo nãoseriam misturas? O Yôga mestiçado com o Sámkhya e com o Tantraou com o Vêdánta e com o Brahmáchárya, não ocasionaria choque deegrégoras?

 Não. Na verdade, essas filosofias não estão misturadas, estão casadas,ou seja, uma apenas complementa a outra num território em que aoutra não interfere. Note que o Yôga, que é prático, combina-se comuma filosofia teórica e com uma comportamental. Não existe a

 possibilidade, por exemplo, de um Yôga Sámkhya-Vêdánta, uma vezque essas duas correntes são ambas teóricas e, ao se mesclar,entrariam inevitavelmente em choque. Como seria concebível que um praticante fosse ao mesmo tempo espiritualista e não-espiritualista? Omesmo ocorre com as raízes comportamentais. Não se pode mesclar Tantra com Brahmáchárya, pois são da mesma natureza, logo,antagônicas. Seria possível alguém ser matriarcal e patriarcal;sensorial e anti-sensorial; repressor e desrepressor, simultaneamente?Portanto, as declarações: “não sou de linha nenhuma” ou “sou de

22  Recomendamos a leitura do livro Yôga, Sámkhya e Tantra, do Mestre Sérgio Santos,Presidente da Federação de Yôga de Minas Gerais, considerado um dos melhores livros jáescritos sobre o tema.

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todas as linhas”, constituem incoerência e, na prática, o cumprimentodessa premissa é impossível.

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AS RAÍZES, O TRONCO E OS RAMOS 

AS RAÍZES 

Já vimos que o Yôga mais antigo é de bases Tantra e Sámkhya.Acontece que existem vários tipos de Tantra e vários tipos deSámkhya.

O Tantra mais antigo é o Tantra Branco, ou “da mão direita”,denominado Dakshinachara (dakshinah = direita + achara =comportamento). Temos então o Dakshinacharatántrika.

Essa modalidade de Tantra é considerada tão antiga que teria suas

origens no neolítico. Assim sendo, não possui todo aqueleemaranhado de símbolos e ritos que complicam a vida do adepto deum Tantra posterior, como o Vamachara ou o Kaulachara, quefloreceu sob o obscurantismo da Idade Média.

O Sámkhya mais antigo é o Niríshwara (nir = sem + Íshwara =Senhor). Temos então o Niríshwarasámkhya. O prefixo nir  confundiu alguns estudiosos de linha contrária, os quais quiseramentender que essa vertente seria ateísta. Na verdade, a intenção éapenas a de deixar claro que não há nenhuma conotação teísta nemespiritualista23, tal como na Engenharia, Física ou Química. Séculos

23 Não confunda espiritualismo com espiritualidade. A espiritualidade é um patrimônio do ser humano. O Yôga de qualquer modalidade, desde que autêntico, desenvolve a espiritualidade.Espiritualismo é a institucionalização da espiritualidade, ou o sistema que toma por centro oespírito em contraposição à matéria, baseando-se no conceito da dicotomia entre corpo e almacomo coisas separadas e oponentes. 

  A espiritualidade é uma função biológica. É como a digestão. Todos a temos: uns, melhor;outros, nem tanto. O Yôga a aprimora. Contudo, ficar com fixação sobre isso é sinal dedistúrbio psicológico. Você só pensa na sua digestão quando ela não está funcionando bem. É

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mais tarde surge o Sêshwarasámkhya (sa = com + Íshwara = Senhor),com características discretamente teístas, mas ainda não propriamenteespiritualistas.

Ora, como demonstramos anteriormente, se apenas encontrarmos umYôga cujas raízes sejam o Tantra associado com o Sámkhya, já  poderemos afirmar que trata-se da vertente Pré-Clássica. Se, noentanto, o tipo de Tantra for o mais arcaico e o tipo de Sámkhya for omais ancestral, não resta sombra de dúvida de que estamos nos

referindo a uma tradição muito, mas muito antiga. Temos, então, asraízes:

Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga24 

O TRONCO 

Como já vimos nos capítulos anteriores, existem quatro troncos: oTronco do Yôga Pré-Clássico (Tantra-Sámkhya), o Tronco do YôgaClássico (Brahmáchárya-Sámkhya), o Tronco do Yôga Medieval(Brahmáchárya-Vêdánta) e o Tronco do Yôga Contemporâneo(Tantra-Vêdánta). Na verdade, todos os troncos nasceram do tronco

mais antigo, como é óbvio, mas cada um deles passou a ter identidade

a mesma coisa com a espiritualidade. Imagine alguém lendo livros sobre digestão, indo aconferências sobre digestão, debatendo sobre digestão e seguindo Mestres de digestão! Essapessoa deve ser doente da função digestiva... Quem assiste a palestras sobre espiritualidade,lê livros sobre esse tema, debate-o, ou segue Mestres espirituais, por analogia, também deveser uma pessoa doente da espiritualidade. Caso contrário, desfrutaria dela com naturalidade ea aprimoraria com discrição. [Quando afirmamos que a espiritualidade é uma função biológica,estamos utilizando este termo num sentido amplo, estendendo-o para até onde exista a vida,bios, e não o limitamos ao âmbito corporal.] 24 Em sua origem, o nome do tronco pré-clássico era simplesmente Yôga, até porque não

havia outro com o qual pudesse ser confundido. A partir do surgimento de outras modalidadestornou-se necessário distinguir o mais antigo. Assim, quando foi introduzido um Yôgabrahmáchárya precisou-se esclarecer que o mais antigo não era árya, patriarcal e sim Tántrika,matriarcal. Quando surgiu o Tantra Negro com seus excessos, foi preciso deixar bem claro queo mais ancestral não tinha nada a ver com aquilo, que o Yôga original era de Linha Branca. Atéentão, a Linha Branca nem sequer tinha nome. Era o Tantra de um lado e o Tantra Negro dooutro. Com o tempo, para evitar mal-entendidos, foi preciso criar uma denominação:Dakshinachara. Nosso tronco original passou a ser conhecido como Dakshinachara-tántrikaYôga. Quando foi introduzida a vertente Sêshwara-sámkhya, sentiu-se a necessidade deinformar que o tronco mais antigo era Niríshwara-sámkhya. E, assim, o nome foi crescendo atétornar-se impraticável a sua aplicação no dia-a-dia. 

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  própria e conflitante com os demais. De cada um deles nasceramramos, que são os tipos ou modalidades de Yôga.

Os troncos proporcionam a fundamentação teórico-especulativa(Sámkhya ou Vêdánta) e comportamental (Tantra ou Brahmáchárya).Os ramos proporcionam a fórmula ou receita resultante do tipo detécnicas utilizadas e em que proporção.

OS RAMOS 

Os ramos são as diferentes combinações de técnicas, como se fossemdiferentes receitas de bolo. Nesta receita, utilizamos farinha de trigo,manteiga, ovos, açúcar, sal e fermento. Nesta outra, utilizamos farinhade milho, margarina, ovos, mel e fermento. Nesta terceira, não usamosovos. Nesta quarta, não usamos fermento. Ele fica duro, mas há quemgoste. E há receitas que consistem em substituir a farinha por pó deserragem, a manteiga por óleo diesel, o açúcar por talco e o sal por arsênico. Fórmulas ilegítimas, intragáveis e prejudiciais à saúde comoesta, por incrível que pareça, estão no mercado e as pessoas pagam por ela, por ser desinformadas ou, pior, mal-informadas.

  No caso do Yôga, alguns dos ingredientes que constituem asdiferentes receitas (todas legítimas neste exemplo) são:

• Pratyáhára, dháraná, dhyána e samádhi (Rája Yôga Pré-Clássico).

• Yama, niyama, ásana, pránáyáma, pratyáhára, dháraná, dhyána esamádhi (Rája Yôga Clássico).

• Yama, niyama, ásana e pránáyáma (Hatha Yôga25).

25 O Hatha Yôga, que surgiu em torno do século XI d.C., hoje está desfigurado. Yama eniyama eram elementos fundamentais, tanto que nos demais tipos de Yôga aplicam-se 5yamas e 5 niyamas, mas no Hatha Yôga, são 10 yamas e 10 niyamas. No entanto, não se

ensinam mais essas normas éticas. A estrutura aplicada pelo Hatha no século XX erapránáyáma e ásana (finalizavam a classe com shavásana, que é um ásana de relaxamento). Éadmissível incluir mudrás, kriyás e bandhas na sessão de Hatha, o que está igualmentecorreto, mas não é obrigatório. Portanto, se a aula não tiver esses elementos, será consideradacompleta e correta, de acordo com os parâmetros do Hatha Yôga. E se os tiver, também.Contudo, no final do século passado já estavam acrescentando elementos apócrifos, tais comomantra e meditação, que absolutamente não fazem parte do Hatha Yôga. Pior: atualmente,muitos ensinantes mesclam elementos alienígenas, que não fazem parte sequer do Yôga, taiscomo macrobiótica, massagem, do-in, budismo, aquecimento de ginástica, reiki, cristais, florais,enfim, vale tudo, desde que o mercador ofereça uma versão “nova”, “dele”, diferente do que jáexista, mestiçando as tendências da moda naquele ano.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 74

• Kirtan, japa e bíja (Mantra Yôga).

• Mantra e pújá (Bhakti Yôga).

• Dhyána (Dhyána Yôga).

• Ásana (Ásana Yôga).

• Sêvá (Karma Yôga).

• Et caetera.

São ao todo 108 combinações de técnicas, ou 108 ramos,homologados no passado como métodos reconhecidos. Em princípio,todos os ramos poderiam pertencer a todos os troncos26, salvo asexceções. Por exemplo, o Tantra Yôga é um ramo que não pode  pertencer a nenhum dos dois troncos brahmácháryas, poisBrahmáchárya e Tantra, são incompatíveis. Fora isso, verifica-se quealguns ramos não existem num determinado tronco, simplesmente por ninguém os haver sistematizado. Exemplo: existe um Rája Yôga Pré-Clássico (Tantra-Sámkhya), um Rája Yôga Clássico (Brahmáchárya-Sámkhya) e um Rája Yôga de estrutura Medieval (Brahmáchárya-Vêdánta). Poderia existir um Rája Yôga Contemporâneo (Tantra-

Vêdánta), mas não existe, porquanto ninguém o codificou.

[Desenho da árvore do Yôga, do livro do Mestre SérgioSantos. O copyright do livro é nosso.]

Extraído do livro Yôga, Sámkhya e Tantra, do Mestre Sérgio Santos.

O QUE SÃO OS DIVERSOS TIPOS DE YÔGA 

26 Isso nos daria mais de 400 possibilidades!

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MESTRE DeROSE  75

Aquelas criativas receitas foram elaboradas empiricamente ao longode 5.000 anos para adaptar-se a diferentes tipos de praticantes. Ascombinações entre si alcançam uma variedade incalculável e, pode-sedizer, há pelo menos uma modalidade de Yôga perfeita para cada  pessoa. Ou seja, um método ideal para conduzi-la à meta, que é osamádhi (a hiperconsciência), desenvolvendo adicionalmente, durantea jornada, uma série de efeitos colaterais para a saúde, que o leigoconfunde com a finalidade do Yôga em si. Confunde os meios com os

fins.

DESCRIÇÃO DE VÁRIAS MODALIDADES DE YÔGA 

Para sua ilustração, vamos descrever alguns tipos de Yôga.

Rája Yôga, o Yôga mental

Rája significa real  (dos reis). Consiste em quatro partes ou angas:  pratyáhára (abstração dos sentidos), dháraná (concentração mental),dhyána (meditação) e samádhi (hiperconsciência). Posteriormente, emtorno do terceiro século antes de Cristo, a estas quatro técnicas, foi

acrescentada uma introdução constituída por outras quatro (yama,niyama, ásana, pránáyáma) com o que codificou-se o Ashtánga Yôga,ou Yôga Clássico. Veja, mais adiante, a explanação sobre o YôgaClássico.

Do Rája Yôga mais antigo nasceram o Pátañjala Rája Yôga (ouAshtánga Yôga), e o Suddha Rája Yôga. Do Ashtánga Yôga, nasceu oKriyá Yôga.

Bhakti Yôga, o Yôga devocional

Bhakti significa devoção. O Yôga devocional não é forçosamenteespiritualista. Em suas origens pré-clássicas, sua fundamentação eranaturalista e na região em que floresceu não foram encontradasevidências da existência de religiões institucionalizadas. O BhaktiYôga pré-clássico consiste em cultuar as forças da Natureza, o Sol, aLua, as Árvores, os Rios, etc. Já o Bhakti Yôga medieval consiste emcultuar as divindades e os Mestres espirituais.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 76

Karma Yôga, o Yôga da ação

Karma significa ação. É um Yôga que induz à ação. Sua vertentemedieval passou a ter conotações da filosofia Vêdánta, o que lheconferiu um ar de “ação desinteressada”, quando na verdade a  proposta é impelir à ação, ao trabalho, à realização. Por certo, taldinâmica em princípio não visa a benefícios pessoais, recompensas oureconhecimento.

Jñána Yôga, o Yôga do autoconhecimentoJñána significa conhecimento. O método dessa modalidade consisteem meditar na resposta que o seu psiquismo elaborar para a pergunta“quem sou eu?”, até que não haja mais nenhum elemento que possaser separado do Self  e analisado. Nesse ponto, o praticante teráencontrado a Mônada, ou o Ser.

Do Jñána Yôga nasceram o Dhyána Yôga e o Mahá Yôga.

Layá Yôga, o Yôga das paranormalidades

Layá significa dissolução. A intenção neste tipo de Yôga é dissolver a  personalidade, ou seja eliminar a barreira que existe entre o ego e oSelf . Como o Self ou Mônada é o próprio Absoluto que habita em cadaser vivente, ao se dissolver a barreira da personam, todo o seu poder esabedoria fluem diretamente para a consciência do praticante.

Do Layá Yôga nasceu o Kundaliní Yôga.

Mantra Yôga, o Yôga do domínio do som e do ultra-som

Mantra significa vocalização. Trata-se de um ramo de Yôga que  pretende alcançar a meta através da ressonância transmitida aoscentros de energia do próprio corpo, conduzindo-os a um pleno

despertar. Como conseqüência, a consciência aumenta e o praticanteatinge o samádhi.

Do Mantra Yôga nasceram o Japa Yôga e o Náda Yôga.

Tantra Yôga, o Yôga da sensorialidade

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Tantra significa, entre outras coisas, a maneira correta de fazer qualquer coisa, autoridade, prosperidade, riqueza; encordoamento (de um instrumento musical). É a via do aprimoramento e evoluçãointerior através do prazer. Ensina como relacionar-se consigo mesmo,com os outros seres humanos, família, superiores ou inferioreshierárquicos, animais, plantas, meio ambiente, tudo enfim. Tambémtrata de tudo o que se refira à sensorialidade e à sexualidade. Pretendeatingir a meta mediante o reforço e canalização da libido. Para evitar 

confusões, registre-se que a literatura do autor Rajneesh (Osho) nãotrata de Tantra Yôga, mas simplesmente de Tantra (VamacharaTantra).

Do Tantra Yôga nasceram o Hatha Yôga, o Urdhwaratus Yôga e oAmritá Yôga.

SwáSthya Yôga, o Yôga Antigo, de raízes pré-clássicas, quecompreende todos os anteriores

SwáSthya27 significa auto-suficiência, saúde, bem-estar, conforto, satisfação. SwáSthya Yôga é o nome da sistematização do Yôga

Antigo, o próprio tronco do Yôga Pré-Clássico, por isso é tãocompleto, pois possui o gérmen do que, séculos mais tarde, dariaorigem aos oito ramos mais antigos (Ásana Yôga, Rája Yôga, BhaktiYôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Layá Yôga, Mantra Yôga e Tantra

27 Swá significa seu próprio. Também embute o sentido de bem ou bom. Sthya transmite aidéia de estabilidade. Por isso um dos significados de SwáSthya é auto-suficiência (self-dependence), ou seja, dependência de si próprio, estabilidade em si mesmo; e outro significadoé bem-estar (sound state).

O leitor já deve estar curioso a respeito da grafia adotada neste livro para escrever SwáSthya,com um S maiúsculo no meio da palavra. Essa é uma medida corretiva que fomos obrigados aadotar após décadas de perplexidade ao testemunhar pessoas perfeitamente alfabetizadas

pronunciarem sistematicamente “swátia”, ignorando solenemente o segundo S. No início,achávamos que o problema era do brasileiro que, supúnhamos, entrava em pânico com letrasincomuns na nossa língua, tais como W e o  Y. Com o passar dos anos constatamos quenoutros países esse fenômeno também ocorria. Ora, como no passado ninguém teveproblemas em pronunciar  swástika e no presente também ninguém se atrapalha para pedir uma água tônica Schweppes, que, convenhamos, é foneticamente muito mais complicado,deduzimos que está ocorrendo um problema mundial de aculturação hollywoodiana. Pareceque a partir do seriado S.W.A.T., que foi veiculado pela televisão durante anos em todas ascolônias, o cérebro dos nossos contemporâneos simplesmente se recusa a registrar aexistência de um S entre o A e o T. Esperemos que a concessão didática de escrever o S medial com maiúscula conte com a sua indulgência e possa corrigir a pronúncia do leigo. 

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 78

Yôga). Sua prática consiste em oito feixes de técnicas, a saber: mudrá(linguagem gestual), pújá (sintonização com o arquétipo), mantra(vocalização de sons e ultra-sons), pránáyáma (respiratórios), kriyá(purificação das mucosas), ásana (técnica corporal), yôganidrá(técnica de descontração) e samyama (concentração, meditação eoutras técnicas mais profundas). Trata-se da sistematização doDakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, um proto-Yôgaintegrado de origens dravídicas com mais de 5.000 anos.

Do Yôga Pré-Clássico nasceram os oito mais antigos: Ásana Yôga,Rája Yôga, Bhakti Yôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Layá Yôga,Mantra Yôga e Tantra Yôga. Destes, nasceram todos os demais.

Suddha Rája Yôga, uma variedade de Rája Yôga medieval,pesadamente místico

Suddha significa  puro. Dá a entender que pretende ser a versão mais pura do Rája Yôga, o que não é verdade, já que o Rája Yôga era defundamentação Sámkhya e o Suddha Rája é fundamentado pelo pontode vista oposto, o Vêdánta. Consiste em mantras e meditação. Aqui no

Brasil, sofreu influência do Cristianismo e passou a ser exercido comoum híbrido de religião cristã. Atualmente é difícil de ser encontradono Brasil.

Kundaliní Yôga, o Yôga do poder

Kundaliní significa aquela que tem a aparência de uma serpente. Éum tipo de Yôga que visa ao despertamento da energia que leva o seunome (kundaliní). Essa energia está situada no períneo e tem relaçãodireta com a sexualidade. Seu despertamento e ascensão pela medulaespinhal até o cérebro produz uma constelação de paranormalidades,culminando num estado expandido da consciência denominado

samádhi, que é a meta do Yôga. Na verdade, não apenas estamodalidade, mas todos os tipos autênticos de Yôga trabalham odespertamento da kundaliní, conforme nos diz o Dr. Sivánanda em seulivro   Kundaliní Yôga, Editorial Kier, página 70. Nos Estados Unidosfloresceu uma vertente apócrifa de Kundaliní Yôga, transmitido por 

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adeptos da religião sikh28, muito diferente, portanto, do verdadeiro,que é de tradição estritamente hindu. É curioso que no Ocidentetenham ocorrido alterações cuja coerência precisa ser analisada, já quena Índia, sikhs e hindus são inimigos seculares – e o Yôga é detradição hindu! Recentemente, na década de 80 do século XX, aPrimeira-Ministra Indira Gandhi, foi assassinada pelos seus própriosseguranças, que eram sikhs. Em conseqüência, sikhs e hindus, maisuma vez, trucidaram-se mutuamente em todo o país. Na Índia, nunca

vi um sikh que fosse yôgin29

, portanto, estranhei bastante quandoencontrei uma linha de Yôga proveniente dos Estados Unidos em quetodos são sikhs.

Siddha Yôga, o Yôga do culto à personalidade do guru

Siddha significa o perfeito, ou aquele que possui os siddhis (poderes paranormais). Pelo nome em sânscrito, pode dar a entender que tem parentesco com o Kundaliní Yôga, mas, na verdade, manifesta poucasimilaridade com ele. Pratica-se muito mantra, pújá e meditação, masa base é mesmo a reverência à personalidade do guru. No Brasil, haviaum pequeno grupo de Siddha Yôga no Rio de Janeiro, mas atualmente

não se sabe se está ativo.

Kriyá Yôga, o Yôga que consiste em auto-superação, auto-estudoe auto-entrega

Kriyá significa atividade. Trata-se de um Yôga que foi muitodifundido nos Estados Unidos na década de 50, onde hoje mantémricas instalações. Consiste em três niyamas (normas éticas): tapas(auto-superação), swádhyáya (auto-estudo) e íshwara pranidhána(auto-entrega). É citado no Yôga Sútra, livro do século III a.C. Há

28 Os sikhs são aqueles indianos típicos, que usam turbante e barba. Constituem apenascerca de 6% da população da Índia, no entanto, quando pensamos num indiano característico,o que vem à nossa mente é um sikh, de barba e turbante. E os sikhs não são hindus! Quandocheguei à Índia em minha primeira viagem, tive uma injustificada decepção ao dar-me conta deque praticamente todos os indianos vestiam-se com calça e camisa, não portavam turbantesnem barbas, e falavam inglês, uma língua européia.

29 Isso não quer dizer que não existam. Contudo, reforço, em 24 anos de viagens à Índia,freqüentando o ambiente de diversos tipos de Yôga, nunca encontrei um aluno ou instrutor quefosse sikh.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 80

  poucas entidades que o representam no Brasil, sendo a Bahia seu  principal reduto. A maioria o estuda por livros. O melhor livro é oTantra Yôga, Náda Yôga e Kriyá Yôga, de Sivánanda, Editorial Kier,Buenos Aires. Essa é a única obra que ensina abertamente o KriyáYôga, sem fazer mistério.

Yôga Integral, o Yôga de integração nas atividades do dia-a-dia

É chamado Yôga Integral não por ser mais integral que os outros,

como o nome pode sugerir por associação com os alimentos integrais.Denomina-se assim porque sua proposta é integrar-se na vida  profissional, cultural e artística do praticante. Foi criado por SríAurobindo, que defendia o desejo de que “o Yôga cesse de parecer alguma coisa mística e anormal que não tenha relações com os processos comuns da energia terrena”.

Yôga Clássico, um Yôga árido e duro, com restrições sexuais eoutras

O Yôga Clássico – ou Ashtánga Yôga – não é o Yôga mais antigonem o mais completo, como se divulga. O mais antigo e completo é oPré-Clássico. O Yôga Clássico tem um nome forte, mas sua prática éinviável para o homem moderno devido à lentidão com que seus passos são trilhados. A prática é tão restritiva e tediosa que ninguém pagaria para receber esse tipo de aprendizado. Por isso, o que se vê noOcidente são escolas que exploram o célebre nome desse ramo, masna prática ensinam um Hatha Yôga modificado. O Yôga Clássico éconstituído por oito partes ou angas que são: yama, niyama, ásana,  pránáyáma, pratyáhára, dháraná, dhyána, samádhi. No Brasil, omelhor livro é o Yôga Sútra de Pátañjali . (Veja mais adiante ocapítulo sobre o Yôga Clássico.)

Hatha Yôga, o Yôga físico

Hatha significa   força, violência, e não o poético “Sol-Lua”, comodeclaram alguns livros. Trata-se de uma vertente medieval, fundadano século XI da era Cristã, portanto, é considerado um Yôga moderno,surgido mais de 4.000 anos depois da origem do Yôga primitivo! Éconstituído pelos quatro angas iniciais do Ashtánga Yôga (yama,

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niyama, ásana, pránáyáma), contudo, nas academias, os dois primeirosangas não são ensinados, ficando na prática restrito apenas a ásana(técnicas corporais) e pránáyáma (respiratórios). Outras técnicas  podem ser agregadas, tais como bandhas, mudrás e kriyás, mas nãoforçosamente. A meditação não faz parte e não deve ser incluída numa prática de Hatha. Já foi o Yôga mais popular no Ocidente. No Brasil,hoje está sobejamente suplantado pelo SwáSthya Yôga. O melhor livro já publicado em português sobre o tema foi Hatha Yóga, ciência

da saúde perfeita, de Caio Miranda.

Iyengar Yôga, uma variedade de Hatha Yôga

B. K. S. Iyengar é o nome de um professor de Hatha Yôga. Não éadequado chamar seu método pelo nome do professor (seria o mesmoque denominar Sérgio Yôga ou Carlos Yôga ao método utilizado por esses Mestres). Trata-se de uma interpretação extremamente vigorosado Hatha Yôga. O método é descrito no livro   Light on Yôga. Atradução castelhana denomina-se Yôga cien por cien. Foi cometidauma edição em português, tão resumida que não faz justiça ao méritoda obra.

Power Yôga, outra variedade de Hatha Yôga

Power Yôga é um método pouco praticado no Brasil. Por exemplo, até o presente momento (ano 2003 d.C.) nenhum professor publicou livro algumdessa modalidade no nosso país. Trata-se de uma marca de fantasia paraum tipo de Hatha Yôga simplificado, praticado nos Estados Unidos, o quefica patente pelo próprio caráter híbrido do nome inglês-sânscrito.

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O YÔGA CLÁSSICO A maior parte dos escritores da Índia atribui uma idade de mais de2.000 anos à obra de Pátañjali, o Yôga Sútra, na qual o Yôga Clássicofoi codificado. Menciona-se o século III ou II antes de Cristo comodata dessa sistematização. No Ocidente, porém, é popular a opinião deque teria sido estruturado seiscentos ou setecentos anos depois, lá peloséculo IV d.C.

O Yôga Clássico, também chamado Rája Yôga, Pátañjala Yôga,Pátañjala Rája Yôga, Ashtánga Yôga30, Yôga Darshana ou aindaSêshwarasámkhya Yôga, é constituído pelas oito partes mencionadasno Yôga Sútra, capítulo II, sútra 29:

1. yama cinco proscrições éticas2. niyama cinco prescrições éticas3. ásana técnicas orgânicas4. pránáyáma expansão da bioenergia através de respiratórios5. pratyáhára abstração dos sentidos externos6. dháraná concentração7. dhyána meditação8. samádhi hiperconsciência, megalucidez, autoconhecimento

De acordo com a tradição do verdadeiro Yôga Clássico, o discípulosomente passa ao anga seguinte quando já dominou o precedente. Isso

significa que, no Rája Yôga, antes de ministrar técnicas orgânicas ourespiratórias, o instrutor só pode ensinar a parte ética – cinco yamas ecinco niyamas – e assim permanecer durante anos, até que osdiscípulos já tenham assimilado na sua vida cotidiana esses rígidos

30 No século XX, surgiu nos Estados Unidos uma modalidade moderna que usa o nome Ashtánga Yôga, mas que não é o Ashtánga Yôga de Pátañjali.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 84

  princípios. Acontece que muitos ensinantes de Yôga Clássico nãocumprem tais normas éticas e nem mesmo as conhecem. São elas:

yamas ahimsá não agredir satya não mentir astêya não roubar brahmáchárya não dissipar a sexualidadeaparigraha não cobiçar 

niyamas shaucha limpezasantôsha alegriatapas auto-superaçãoswádhyáya auto-estudoíshwara pranidhána auto-entrega

  No que concerne ao ahimsá, a não-agressão, conhecemos um bomnúmero de ensinantes que agridem seus colegas só porque professamoutra linha de Yôga.

Quanto ao satya, não mentir, muitos são os que afirmam inverdades bem graves a respeito do Yôga e sobre os seus colegas.

Mais freqüente ainda é o desrespeito ao astêya, não roubar, pois,cotidianamente detectamos o roubo de idéias, métodos, conceitos,

frases e até textos inteiros, utilizados por um instrutor ou escritor, semrender o devido crédito autoral a quem de direito.

  Não apenas o Yôga Clássico, mas qualquer ramo de Yôga de linha  brahmáchárya, reconhece o quarto yama como sendo uma restriçãoclara e absoluta à atividade sexual. Somente as modalidades de Yôgade tradição tântrica é que admitem um sentido mais tolerante, de“castidade-nos-atos-sexuais”, pois utilizam a sexualidade comoferramenta para alavancar a evolução interior. Portanto, um praticantede Yôga Clássico não deveria ser casado. Muito menos um ensinantedessa modalidade. Mas não é o que se verifica.

Fora isso, o fato de o candidato à prática do Yôga Clássico ter queiniciar por um demorado processo de reeducação ética antes deaprender qualquer técnica, estabelece uma verdadeira barreira que bloqueia o interesse do público.

Mesmo na etapa seguinte, a das técnicas orgânicas, o Yôga Clássiconão possui em seu acervo mais do que posições de meditação,

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sentadas e imóveis. Isso constitui outro obstáculo para a captação dealunos em número suficiente para manter um estabelecimento que sededique a essa modalidade de Yôga. Somente os Yôgas de tradiçãotântrica possuem uma grande variedade de técnicas orgânicas. E todossabem, ou deveriam saber, que não se podem misturar práticastântricas com outras de tradição anti-tântrica.

A conclusão é que o Yôga Clássico possui uma tal aridez que ésimplesmente impraticável sua aplicação em centros de Yôga

ocidentais.

Fora tudo isso, resta uma questão. Se esse Yôga se denominaClássico, isso é uma confissão de que não é o mais antigo, afinal, nadanasce já clássico. O que existia antes do Yôga Clássico era o YôgaPré-Clássico, que estudaremos no próximo capítulo.

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O TRONCO PRÉ-CLÁSSICO 

O Yôga Pré-Clássico não havia sido sistematizado. Um dos motivosfoi porque a vida era bastante descomplicada na civilização primitivaem que teve origem. Assim, não se preocuparam comfundamentações, academicismos e outras complicações. No entanto,hoje sentimos a necessidade de uma codificação daquele YôgaAntigo, Pré-Clássico, até para poder distingui-lo das correntes maismodernas e explaná-lo de forma clara e documentada. Esse Yôgadenomina-se

Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga.

Como o leitor há de convir, é um nome muito longo e de difícilmemorização para um leigo. Assim, na década de sessenta do séculoXX, com o intuito de facilitar o entendimento, passamos a referir-nosa esse Yôga Antigo pelo nome de SwáSthya, em alusão a uma de sua  principais características, a auto-suficiência proporcionada pelautilização de regras gerais.

SWÁSTHYA YÔGA, O TRONCO PRÉ-CLÁSSICO 

SwáSthya Yôga (pronuncie: “ suástia”) é o Yôga Antigo, o maisintegral que existe. Para compreender melhor, observe o desenho daárvore no capítulo anterior e, no tronco, substitua o que está escrito por SwáSthya Yôga. Aí, você compreenderá que (a) o SwáSthya nãoé um ramo e sim um tronco; e (b) o motivo por que SwáSthya é tãocompleto, pois do tronco Pré-Clássico nasceram todos os demais tiposde Yôga.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 88

 SwáSthya, em sânscrito, língua morta da Índia, significa auto-suficiência  (swa = seu próprio). Também embute os significados de saúde, bem estar, conforto, satisfação. Em hindi, a língua mais faladana Índia, significa simplesmente saúde. Nesse caso, com o sotaquehindi, pronuncia-se “ suásti”. Não permita que pessoas poucoinformadas confundam  SwáSthya, sânscrito, método antigo, comSwásthya (“ suásti”), hindi, que daria uma interpretação equivocadacom conotação terapêutica. Consulte a respeito o Sanskrit-English

 Dictionary, de Sir Monier-Williams, o mais respeitado dicionário desânscrito.

 Na Índia, em Jaipur, encontrei um centro de saúde que utiliza o Yôgacomo método terapêutico. Chama-se Swásthya Yôga Center  (nessecaso, “Suasti” Yôga Center ) e não tem nada que ver com o SwáSthyaYôga. Trata-se apenas de um Centro de Saúde através do Yôga! Coi-sas assim podem confundir os que tiverem menos cultura lingüística.

COMO SE ESCREVE SWÁSTHYA YÔGA

EM ALFABETO DÊVANÁGARÍ 

Primeiramente, utilizamos as letras abaixo:s v a s w y yae g

sa va a sa tha ya yô ga

Em seguida, modificamos os caracteres, eliminando o fonema a dasletras em que isso for necessário:

S v a S W y  yae g 

s va a s th ya yô ga

Finalmente, juntamos os caracteres para formar uma só palavra. Nessaoperação, a crase formada por duas letras aa, passa a ser sinalizada

com um acento agudo:SvaSWy yaeg 

swásthya yôga

A DEFINIÇÃO FORMAL DO SWÁSTHYA YÔGA:

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SwáSthya Yôga é o nome da sistematização do Yôga Antigo,Pré-Clássico, o Yôga mais completo do mundo . 

SWÁSTHYA, O YÔGA ANTIGO 

A principal característica que distingue o nosso método é a primeira.Denomina-se ashtánga sádhana. Essa prática, extremamente completa,em oito partes, contém os seguintes elementos31:

1) mudrá gesto reflexológico feito com as mãos;2) pújá sintonização com o arquétipo; retribuição de energia;3) mantra vocalização de sons e ultra-sons;4) pránáyáma expansão da bioenergia através de respiratórios;5) kriyá  Atividade de purificação das mucosas;6) ásana técnica orgânica;7) yôganidrá técnica de descontração;8) samyama concentração, meditação e hiperconsciência.

R EGISTRE ESTA INFORMAÇÃO IMPORTANTE Só é SwáSthya Yôga se tiver estas características. Mesmo a modalidadeheterodoxa, precisa observar os itens 2 a 8, abaixo. Se alguém lhe

ensinar algo com o nome de SwáSthya Yôga e não respeitar estasparticularidades, não é o nosso método.

Ainda que a pessoa em questão tenha feito curso de formação conoscoe possua certificado de instrutor, uma vez formada, tem a autonomia para ensinar o tipo de Yôga que bem entender, já que o Yôga Antigo(SwáSthya) contém em si os elementos constituintes de praticamentetodos os demais ramos de Yôga. Alguns instrutores mantêm-se fiel-mente dentro da linha que os diplomou. Outros se desviam, mesclamsistemas e passam a transmitir versões apócrifas. Portanto, muita aten-ção a este tema, você que pratica, você que ensina, você que pretende

tornar-se instrutor. 

LEIA COM ATENÇÃO 

31 A repetição do texto é intencional e foi admitida como concessão didática.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 90

Estude cuidadosamente as páginas que se seguem. Você precisa incor- porar esses ensinamentos de forma a ser capaz de explicar, ensinar e –  principalmente – debater a respeito da sistematização do Yôga Antigo,conforme os conhecimentos abaixo transmitidos. Se não dispuser decaneta para fazer anotações, consiga uma. Se estiver com pressa, fecheo livro e deixe para ler mais tarde.

 No final do capítulo, não siga em frente. Volte e leia tudo outra vez,  prestando mais atenção às anotações que tiver feito na primeira

leitura.

I. CARACTERÍSTICAS DO SWÁSTHYA 

1) ASHTÁNGA SÁDHANA 

A característica principal do SwáSthya Yôga é sua prática ortodoxadenominada ashtánga sádhana (ashta = oito; anga = parte; sádhana =  prática). Trata-se de uma prática integrada em oito partes, a saber:mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá, samyama.

2) R EGRAS GERAIS DE EXECUÇÃO 

Uma das mais notáveis contribuições históricas da nossa sistematizaçãofoi o advento das regras gerais, as quais não são encontradas emnenhum outro tipo de Yôga... a menos que venham a ser incorporadas a  partir de agora, por influência do SwáSthya Yôga. Já temostestemunhado exemplos dessa tendência em aulas e textos de váriostipos de Yôga em diferentes países, após o contacto com o SwáSthya.

É fácil constatar que as regras e demais características do nosso mé-todo não eram conhecidas nem utilizadas anteriormente: basta consul-tar os livros das várias modalidades de Yôga publicados antes da codi-ficação do SwáSthya. Em nenhum deles vai ser encontrada referênciaalguma às regras gerais de execução.

Por outro lado, podemos demonstrar que as regras gerais constituíramapenas uma descoberta e não uma adaptação, pois sempre estiveram  presentes subjacentemente. Tome para exemplo algumas técnicas

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quaisquer, tais como uma anteflexão (paschimôttánásana), uma retro-flexão (bhujangásana) e uma lateroflexão (trikônásana), e execute-asde acordo com as regras do SwáSthya Yôga. Depois consulte um livrode Hatha Yôga e faça as mesmas posições seguindo suas extensas des-crições para cada técnica. Você vai se surpreender: as execuções serãoequivalentes em mais de 90% dos casos. Portanto, existe um padrãode comportamento. Esse padrão foi identificado por nós e sintetizadona forma de regras gerais.

Tal fato passou despercebido a tantas gerações de Mestres do mundointeiro durante milhares de anos e foi descoberto somente na entradado terceiro milênio da Era Cristã, da mesma forma como a lei da gra-vidade passou sem ser registrada pelos grandes sábios e físicos daGrécia, Índia, China, Egito e do mundo todo, só vindo a ser descoberta bem recentemente por Newton. Assim como Newton nãoinventou a gravidade, também não inventamos as regras gerais deexecução. Elas sempre estiveram lá, mas ninguém notou.

  No SwáSthya Yôga as regras ajudam bastante, simplificando aaprendizagem e acelerando a evolução do praticante. Ao instrutor,

além disso, poupa um tempo precioso, habitualmente gasto comdescrições e instruções desnecessárias.

As regras são explicadas no capítulo Á SANA , subtítulo Regras Gerais dolivro Faça Yôga antes que você precise.

3) SEQÜÊNCIAS COREOGRÁFICAS 

Outra importante característica do SwáSthya Yôga é o resgate do con-ceito primitivo de treinamento, que consiste em execuções mais natu-rais, anteriores ao costume de repetir as técnicas. A instituição do sis-

tema repetitivo é muito mais recente do que se imagina. As técnicasantigas, livres das limitações impostas pela repetição, tornavam-se li-gadas entre si por encadeamentos espontâneos. No SwáSthya Yôgaesses encadeamentos constituem movimentos de ligação entre os ása-nas não repetitivos nem estanques, o que predispõe à elaboração deexecuções coreográficas.

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Assim, [A] a não repetição, [B] as passagens (movimentos de ligação)e [C] as coreografias (com ásanas, mudrás, bandhas, kriyás, etc.), sãoconseqüências umas das outras, reciprocamente, e fazem parte destaterceira característica do SwáSthya Yôga.

As coreografias também não são uma criação contemporânea. Esseconceito remonta ao Yôga primitivo, do tempo em que o Homem nãotinha religiões institucionalizadas e adorava o Sol. O último rudimentodessa maneira primitiva de execução coreográfica é a mais ancestral prática do Yôga: o súrya namaskára!

Ocorre que o súrya namaskára é a única reminiscência de coreografiaregistrada nas lembranças do Yôga moderno. Não constitui, portanto,característica sua. Vale lembrar que o Hatha Yôga é um Yôga mo-derno, um dos últimos a surgir, já no século XI depois de Cristo, cercade 4.000 anos após a origem primeira do Yôga.

Importante: o instrutor que declara ensinar SwáSthya Yôga, mas nãomonta a aula inteira com formato de coreografia não está transmitindoum SwáSthya 100% legítimo. Quem não consegue infundir nos seus

alunos o entusiasmo pela prática em forma de coreografia, precisa fazer mais cursos e estreitar o contato com a nossa egrégora, pois ainda nãocompreendeu o ensinamento do codificador do SwáSthya Yôga.

4) PÚBLICO CERTO 

É fundamental que se compreenda: para tratar-se realmente deSwáSthya Yôga não basta a fidelidade ao método. É preciso que as pessoas que o praticam sejam o público certo. Caso contrário, estarãotecnicamente exercendo o método preconizado, mas, ao fim e ao cabo,não estarão professando o Yôga Antigo. Seria o mesmo que dispor da

tecnologia certa para produzir um determinado tipo de pão, masquerer fazê-lo com a farinha errada.

5) SENTIMENTO GREGÁRIO 

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O sentimento gregário é a força de coesão que nos fez crescer etornar-nos tão fortes. Sentimento gregário é a energia que nos mo- biliza para participar de todos os cursos, eventos, reuniões e festasdo SwáSthya Yôga, pois isso nos dá prazer. Sentimento gregário é osentimento de gratidão que eclode no nosso peito pelo privilégio deestar juntos e participando de tudo ao lado de pessoas tão especiais.É o poder invisível que nos confere sucesso em tudo o que a gentefizer, graças ao apoio que os colegas nos ofertam com a maior boa

vontade. Sentimento gregário é a satisfação incontida com a qualcompartilhamos nossas descobertas e dicas para o aprimoramentotécnico, pedagógico, filosófico, ético, etc. Sentimento gregário é oque induz cada um de nós a perceber, bem no âmago da nossa alma,que fazer tudo isso, participar de tudo isso, não é uma obrigação,mas um privilégio.

6) SERIEDADE SUPERLATIVA 

Ao travar contato com o SwáSthya Yôga, uma das primeiras im- pressões observadas pelos estudiosos é a superlativa seriedade que

se percebe nos nossos textos, linguagem e procedimentos. Essaseriedade manifesta-se em todos os níveis, desde a honestidade de  propósitos – uma honestidade fundamentalista – até o cuidado ex-tremado de não fazer nenhum tipo de doutrinação, nem de proseli-tismo, nem de promessas de terapia. Definitivamente, não se en-contra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de Yôga.

Fazemos questão absoluta de que nossos instrutores e alunos sejamrigorosamente éticos em todas as suas atitudes, tanto no Yôga,quanto no trabalho, nas relações afetivas, na família e em todas ascircunstâncias da vida. Devemos lembrar-nos de que, mesmo en-quanto alunos, somos representantes do Yôga Antigo e a opinião pública julgará o Yôga a partir do nosso comportamento e imagem.

Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que é preferível perder onobre metal do que perder um amigo, ou perder o bom nome, ou perder a classe.

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Devemos mostrar-nos profundamente responsáveis, maduros e ho-nestos ao realizar negócios, ao fazer declarações, ao evitar confli-tos, ao buscar aprimoramento em boas maneiras, ao cultivar a ele-gância e a fidalguia. O mundo espera de nós um modelo de equilí- brio, especialmente quando tivermos a obrigação moral de defender corajosamente nossos direitos e aquilo ou aqueles em que acredi-tamos. Fugir à luta seria a mais desprezível covardia. Lutar comgalhardia em defesa da justiça e da verdade é um atributo dos co-

rajosos. Contudo, lutar com elegância e dignidade é algo que pou-cos conseguem conquistar.

7) ALEGRIA SINCERA 

Seriedade e alegria não são mutuamente excludentes. Você pode ser uma pessoa contagiantemente alegre e, ao mesmo tempo, seriíssimadentro dos preceitos éticos e comportamentais que regem a vida emsociedade.

A alegria é saudável e nos predispõe a uma vida longa e feliz. Aalegria esculpe nossa fisionomia para que denote mais juventude e

simpatia. A alegria cativa e abre portas que, sem ela, nos custariammais esforço. A alegria pode conquistar amigos sinceros e preservar as amizades antigas. Pode até salvar casamentos.

Um praticante de SwáSthya Yôga sem alegria é inconcebível. Se oYôga traz felicidade, o sorriso e o comportamento descontraído sãosuas conseqüências inevitáveis.

Entretanto, administre sua alegria para que não passe dos limites enão agrida os demais. Algumas pessoas quando ficam alegres tor-nam-se ruidosas, indelicadas e invasivas. Esse, obviamente, não é ocaso do swásthya yôgin.

8) LEALDADE INQUEBRANTÁVEL 

Lealdade aos ideais, lealdade aos amigos, lealdade ao seu tipo deYôga, lealdade ao Mestre, são também características marcantes doYôga Antigo. No SwáSthya valorizamos até a lealdade aos clientese aos fornecedores. Simbolicamente, somos leais mesmo aos nossos

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objetos e à nossa casa, procurando preservá-los e cultivar a estabi-lidade, ao evitar a substituição e a mudança pelo simples impulsode variar (Yôga chitta vritti nirôdhah32). Há circunstâncias em quemudar faz parte da evolução e pode constituir a solução de um pro- blema de estagnação. Nesse caso, é claro, não se trata de instabili-dade emocional. O próprio Shiva, criador do Yôga, tem como umdos seus atributos a renovação.

 Não há nada mais lindo que ser leal. Leal quando todos os demais

  já deixaram de sê-lo. Leal quando todas as evidências apontamcontra o seu ente querido, pessoa amada, colega ou companheiro,mas você não teme comprometer-se e mantém-se leal até o fim.

Realmente, não há nada mais nobre que a lealdade, especialmentenuma época em que tão poucos preservam essa virtude.

II. PRÁTICA ORTODOXA 

SwáSthya Yôga é o próprio tronco do Yôga Antigo, Pré-Clássico,após a sistematização. O SwáSthya Yôga mais autêntico é o ortodoxo,no qual cada prática é constituída pelas oito partes seguintes:

1. mudrá gesto reflexológico feito com as mãos;

2. pújá33  retribuição de energia; trânsito energético;3. mantra vocalização de sons e ultra-sons;

4. pránáyáma expansão da bioenergia através de respiratórios;

5. kriyá atividade de purificação das mucosas;6. ásana técnica corporal;

32 Chitta, habitualmente traduzido como mente, significa mais apropriadamente consciência.Vritti , pode ser traduzido como onda, vibração, modificação, instabilidade. Nirôdhah, significa

cessação, supressão, eliminação. Assim sendo, podemos traduzir Yôga chitta vritti nirôdhahcomo “o Yôga é a parada das ondas mentais” ou, numa tradução melhor, “o Yôga é asupressão da instabilidade da consciência.”

33 O acento indica apenas onde está a sílaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tônicaestá noutro lugar. Por exemplo: kundaliní pronuncia-se “k ú ndaliní ”; e Pátañjali pronuncia-se“Pat ânjali ”. Para sinalizar isso aos nossos leitores, vamos sublinhar a sílaba tônica de cadapalavra. Se o leitor desejar esclarecimentos sobre os termos sânscritos, recomendamos queconsulte o Glossário, do livro Faça Yôga antes que você precise. Sobre a pronúncia, ouça o CDSânscrito - Treinamento de Pronúncia, gravado na Índia. Para mais conhecimentos, o ideal éestudar os vídeos do Curso Básico de Yôga. 

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7. yôganidrá técnica de descontração;8. samyama concentração, meditação e samádhi.

Existem vários tipos de ashtánga sádhana. A estrutura acima é a pri-meira que o praticante aprende. Denomina-se ádi (seguido de palavrainiciada por vogal, o i se transforma em  y, ády). O segundo tipo é oviparíta ashtánga sádhana. Depois virão mahá, swa, manasika e guptaashtánga sádhana, somente acessíveis a instrutores de Yôga.

Entretanto, se você não se identifica com esta forma mais completa,em oito partes, existe a opção denominada Prática Heterodoxa.

III. PRÁTICA HETERODOXA 

As pessoas têm diferentes necessidades ou capacidades. Dess’arte, há praticantes que não conseguem gostar de algum dos angas ortodoxos.Um não se adapta ao pújá; outro, ao mantra; outro, ao ásana; e por aívai.

Ao longo de um processo de sistematização, que durou mais de 40anos, fomos descobrindo que o SwáSthya possuía determinadas

características que nem nós mesmos sabíamos. Tratamos de observar os que professavam esse tronco e ouvir o que tinham a dizer. Comisso, descobrimos mais: havia praticantes que não se adaptavam com aversão ortodoxa e deixavam de incluir este ou aquele anga no seusádhana, porém, não estavam enquadrados em nenhum outro tipo deYôga, uma vez que observavam as demais características – utilizavamas regras gerais, acatavam o conceito de execução das técnicasencadeadas, etc. Então, descobrimos que existia uma variaçãoheterodoxa de SwáSthya Yôga, que precisava ser reconhecida.

Esta variedade é totalmente flexível. A estrutura de cada prática é de-

terminada pelo instrutor que a ministra. Portanto, a sessão pode ser constituída por um só anga, dois deles ou quantos o ministrante quiser utilizar, e na ordem que melhor lhe aprouver. Pode, por exemplo, mi-nistrar um sádhana exclusivamente de ásana, ou de mantra, ou de pránáyáma, ou de samyama, ou de yôganidrá, etc. Ou pode combinar alguns deles à sua vontade. Ainda assim pode ser SwáSthya Yôga,desde que obedeça às demais características mencionadas no sub-

 

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título I (CARACTERÍSTICAS DO SWÁSTHYA)  e desde que haja umaorientação generalizada de acordo com a filosofia que preconizamos.

Todavia, na aplicação desta alternativa o instrutor deverá, de preferên-cia, utilizar todos os angas, conquanto possa fazê-lo em ocasiões dife-rentes e com intensidades variáveis. Dessa maneira, nas diversas aulasque ministrar durante o mês, terá proporcionado aos alunos a experi-mentação e os resultados de todos os oito angas.

O ideal é que o instrutor não adote somente a versão heterodoxa e simque a combine com a ortodoxa, lecionando, por exemplo, duas vezes por semana, uma com a primeira e outra com a segunda modalidadede prática; ou dia sim, dia não, alternando as duas modalidades.

Já para os exames de habilitação de instrutores perante a Universidadede Yôga e as Federações Estaduais só é aceita a versão ortodoxa.

O quadro abaixo resume o que foi explicado.

SWÁSTHYA YÔGA

Ortodoxo: Heterodoxo:

1ª característica – sua prática extrema-mente completa, integrada por oitomodalidades de técnicas;

2ª característica – a codificação dasregras gerais;

3ª característica – resgate do conceitoarcaico de seqüências encadeadas semrepetição;

4ª característica – direcionamento apessoas especiais, que nasceram para oSwáSthya Yôga;

5ª característica – valorização dosentimento gregário;

6ª característica – seriedade superlativa;

7ª característica – alegria sincera;

8ª característica – lealdade inquebran-tável.

Todas as características são observadas,menos a primeira.

 Assim, podemos executar uma práticacomposta de um único anga, ou dois,três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove,etc.

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  No quadro da direita mencionamos que o yôgin pode executar uma prática composta de um único anga, ou dois, três, quatro, cinco, seis,sete, oito, nove, etc. Essa declaração gera duas questões:

1) Com oito angas não seria uma prática ortodoxa?

2) Nove angas? Como assim, se só existem oito angas?

A resposta à primeira pergunta é que se você tiver oito angas, porémnoutra ordem, não será uma prática ortodoxa. Quantas combinações

conseguiríamos colocando esses oito angas em diferentes posições?Mais variações do que aquelas que conseguimos com apenas setenotas musicais!

A resposta à segunda questão é que qualquer outra técnica poderia ser utilizada como anga, como por exemplo bandha, pratyáhára, etc.

A boa compreensão deste capítulo é imprescindível para afundamentação do nosso trabalho, bem como para assimilar a proposta desta modalidade de Yôga. Seria uma ótima idéia você voltar e ler tudo outra vez, com mais atenção. Releia um pequeno trecho decada vez, pare e analise o que leu.

DIFERENÇAS ENTRE O SWÁSTHYA E O HATHA YÔGA 

Todos os 108 tipos de Yôga são diferentes entre si: não apenas estesdois aqui abordados são distintos um do outro. Ocorre que o Hatha émais comum e o leitor poderá utilizar este quadro como parâmetro decomparação entre uma imagem popular (Hatha) e uma outra maisancestral (SwáSthya).

Várias modalidades que utilizam nomes diferentes, modernos,chamativos ou em inglês, tratam-se de vertentes de Hatha Yôga comalgumas alterações. Portanto, o quadro comparativo da página

seguinte servirá também para aquelas modalidades que, embora comoutro nome, são, na realidade, Hatha Yôga adaptado.

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DIFERENÇAS SWÁSTHYA YÔGA HATHA YÔGA 

1. FUNDAMENTAÇÃO: Tantra-Sámkhya(assumido).

Tantra-Vêdánta (mas umnúmero expressivo deinstrutores desse ramodeclara-se contra o Tan-tra e alinha-se comoBrahmáchárya-Vêdánta).

2. FASE HISTÓRICA EM

QUE SITUA SUAS

RAÍZES:

Pré-clássica(mais de 5.000 anos).

Medieval(± século XI da EraCristã).

3. CULTURA DE RE-FERÊNCIA:

Dravídica (pré-ariana). Ariana.

4. CONSTITUIÇÃO

CARACTERÍSTICA DA

PRÁTICA:(não nos referimos atodo o conteúdo detécnicas da modali-dade analisada, mas

apenas às que sãoconsideradas indis-pensáveis para que aaula da modalidadeem questão seja con-siderada autêntica.)

Oito partes: mudrá, pújá,mantra, pránáyáma,kriyá, ásana, yôganidrá,samyama.

 Além destes oito elementosmínimos, constitutivos deuma prática do SwáSthyaYôga, podem constar aindaalguns recursossuplementares, tais como:chakra sádhana, nyása,bandha, etc.

Duas partes: pránáyámae ásana. O shavásanatambém é ásana.

 Além desses dois ele-mentos mínimos, consti-

tutivos de uma prática deHatha Yôga, podemconstar ainda algunsoutros como kriyá, mudráe bandha, mas nãoobrigatoriamente.

5. REGRAS GERAIS DE

EXECUÇÃO:O SwáSthya é o únicoYôga que possui regrasexplícitas de execução.

O Hatha não usa regras.Livro algum as menciona.

6. PASSAGENS CO-ORDENADAS DE UM

ÁSANA A OUTRO:

O SwáSthya Yôga possuipassagens.

O Hatha Yôga não utilizapassagens.

7. COREOGRAFIAS: O SwáSthya Yôga cultivacoreografias, tanto parademonstrações, quantopara a prática individual epara a estrutura da aula.

O Hatha Yôga não cultivacoreografias.

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8. CRITÉRIO SELETIVO

PARA MONTAR UMA

PRÁTICA:

O SwáSthya Yôga possuidois critérios de seleçãoaplicados simul-taneamente, cruzados,para obter uma série bemcompleta e balanceada.

O Hatha Yôga, em geral,possui um critério por Escola, o qual pode va-riar de uma para outra.Na prática, a maior partedos instrutores não oaplica por ignorá-lo.

9. REPETIÇÃO: No SwáSthya Yôga nãose repetem os ásanas, anão ser em caráter ex-cepcional.

No Hatha Yôga os ása-nas são repetidos trêsvezes, cinco vezes ouaté 25 vezes.

10. RELAXAMENTO

DURANTE OS ÁSANAS:No SwáSthya, executa-se o relax como fasepreliminar de cadaásana, inseparável dele.É o próprio ásana emvariação sukha.

No Hatha, executa-se orelax após os ásanas,entre uma e outra técnica.Isso cria um ritmo inter-rompido entre ásanas es-tanques e repetidos.

11. POLARIZAÇÃO DAS

TÉCNICAS:No SwáSthya Yôga exe-cutamos uma fase pas-siva e outra ativa emcada ásana, conforme foiexplicado acima.

No Hatha Yôga, geral-mente, aplica-se umásana ativo e depoisoutro passivo, e assimsucessivamente.

12. AQUECIMENTO

MUSCULAR PRÉVIO:Nenhum tipo de Yôgalegítimo aplica aquecimen-to muscular. O aqueci-mento, assim como a re-petição, foi absorvido daginástica britânica durantea colonização da Índia.

O Hatha também nãoutiliza aquecimento. Osinstrutores que o adotam,fazem-no copiando daEducação Física. Mas éapócrifo.

13. CRITÉRIO PARA

HABILITAÇÃO DOS

INSTRUTORES:

Só leciona o SwáSthyaquem for formado e qua-lificado mediante cursos,

exames, revalidaçõesanuais e supervisão deum Mestre. E achamosque todos esses cuida-dos ainda não são sufi-cientes.

No Hatha a maioria leci-ona sem nenhum pre-paro, sem curso, sem

avaliação, sem certifi-cado e sem registro pro-fissional. Referimo-nos auma realidade da maior parte dos países do Oci-dente no século XX.

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14. TIPO DE PÚBLICO (NO OCIDENTE,SÉCULO XX):

Pessoas dinâmicas, inte-lectuais, artistas, escri-tores, cientistas, jornalis-tas, empresários, execu-tivos, profissionais libe-rais, universitários, des-portistas, etc.

 Alternativos, espiritualis-tas, idosos, enfermos,nervosos, gestantes, se-nhoras donas de casa,etc.

15. FAIXA ETÁRIA:  Adultos jovens dos 18aos 50 anos de idade.Poucas pessoas acimadessa faixa.

 A maioria, dos 50 anosem diante. Poucas pes-soas abaixo dessa faixa.

16. NÍVEL CULTURAL: Superior e médio. Médio e básico.

17. CLASSE SÓCIO-ECONÔMICA:

Todas as classes, masespecialmente A e B.

Todas as classes, masespecialmente B e C.

18. SEXO (NO OCIDENTE): Maior procura por partedos homens.

Maior procura por partedas mulheres.

19. MOTIVO PELO QUAL

PRATICAM:

Prazer de praticar, satis-

fação pessoal, adquirir boa forma, qualidade devida, definição muscular,administrar o stress,autoconhecimento.

Problemas psicológicos,

doenças, expectativa devantagens espirituais.

20. PROPOSTA DO

MÉTODO:Como em qualquer tipolegítimo de Yôga, a pro-posta é atingir o samádhi.

O Hatha Yôga não tem aproposta de atingir osamádhi. Por isso asmaiores autoridades or-todoxas não consideramo Hatha como um Yôga.

Bem feito é melhor do que bem explicado.Benjamin Franklin

 

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ASHTÁNGA YANTRA 

O ashtánga yantra é o símbolo do SwáSthya Yôga, o Yôga Antigo. Suas origensremontam às mais arcaicas culturas da Índia e do planeta. Parte de sua estrutura éexplanada no Shástra Yantra Chintamani . Nessa obra clássica, sob a ilustraçãoconsta a legenda: “Este é o yantra que detém a palavra na boca do inimigo”. Cons-titui um verdadeiro escudo de proteção, lastreado em arquétipos do inconscientecoletivo.

Como qualquer escudo de proteção, não pode ser usado como arma de ataque. Assim, ninguém conseguirá utilizá-lo para fazer mal a pessoa alguma. No entanto,

se alguém agredir um protegido pelo ashtánga yantra, ferir-se-á gravemente. Por isso, quase todas as pessoas que usam o verbo para atacar o portador do ashtángayantra costumam colher tão amargos infortúnios.

 Ao reproduzi-lo, atente para o fato de que nas extremidades dos trishúlas não hápontas angulosas, mas sim curvilíneas. Para respeitar rigorosamente seu traçado,ao invés de o redesenhar, fotolite ou escaneie a ilustração acima.

 Amigo e inimigo são como o yin e o yang: precisamos dos dois.Uma árvore cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria raí-zes, que se desenvolvem nas trevas, mas sem as quais aárvore não teria força nem estrutura para manter-se de pé. Osinimigos são as raízes e os amigos, os ramos que a fazemflorescer.

DeRose

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O QUE É UMA CODIFICAÇÃO Imagine que você ganhou como herança um armário muito antigo (nonosso caso, de cinco mil anos!). De tanto admirá-lo, limpá-lo, mexer eremexer nele, acabou encontrando um painel que parecia esconder alguma coisa dentro. Depois de muito tempo, trabalho e esforço paranão danificar essa preciosidade, finalmente você consegue abrir. Erauma gaveta esquecida e, por isso mesmo, lacrada pelo tempo. Ládentro você contempla extasiado um tesouro arqueológico:ferramentas, pergaminhos, sinetes, esculturas! Uma inestimávelcontribuição cultural!

As ferramentas ainda funcionam, pois os utensílios antigos erammuito fortes, construídos com arte e feitos para durar. Os pergaminhosestão legíveis e contêm ensinamentos importantes sobre a origem e autilização das ferramentas e dos sinetes, bem como sobre o significadohistórico das esculturas. Tudo está intacto sim, mas tremendamentedesarrumado, embaralhado e com a poeira dos séculos. Então, vocêapenas limpa cuidadosamente e arruma a gaveta. Pergaminhos aqui,ferramentas acolá, sinetes à esquerda, esculturas à direita. Depois vocêfecha de novo a gaveta, agora sempre disponível e arrumada.

O que foi que você tirou da gaveta? O que acrescentou? Nada. Você

apenas organizou, sistematizou, codificou.Pois foi apenas isso que fizemos. O armário é o Yôga antigo, cujaherança nos foi deixada pelos Mestres ancestrais. A gaveta é umcomprimento de onda peculiar no inconsciente coletivo. Asferramentas são as técnicas do Yôga. Os pergaminhos são osensinamentos dos Mestres do passado, que nós jamais teríamos a

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  petulância de querer alterar. Isto foi a sistematização do SwáSthyaYôga.

Por ter sido honesta e cuidadosa em não modificar, não adaptar, nemocidentalizar coisa alguma, nossa codificação foi muito bem aceita  pela maioria dos estudiosos. Hoje, esse método codificado no Brasilexiste em todos os Continentes. Se alguém não o conhecer pelo nomede SwáSthya Yôga, conhecerá seguramente pelo nome erudito eantigo: Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga.

Seu nome já denota as origens ancestrais uma vez que o Yôga maisantigo (pré-clássico, pré-ariano) era de fundamentação Tantra eSámkhya. Compare estas informações com o quadro da Cronologia Histórica.

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ESQUEMA DE ATUAÇÃO ESCALONADADO MÉTODO DeR OSE DE YÔGA AVANÇADO 

ETAPA FASE ESTÁGIO EM QUE CONSISTE

1 Bio-Ex Preparatório antes do Yôga.

INICIAL 2 ashtánga sádhana Reforço da estrutura biológica.

3 bhúta shuddhi Purificação corporal intensiva.

MEDIAL 4 maithuna Canalização da energia sexual.

5 kundaliní Despertamento da energia criadora.

FINAL 6 samádhi Estado de hiperconsciência.

A MECÂNICA DO MÉTODO DeR OSE Capítulo extraído de uma das aulas do Curso Básico de Yôga, em vídeo.

O MÉTODO CONSISTE EM TRÊS ETAPAS:1. A etapa inicial – tem por objetivo preparar o praticante parasuportar o empuxo evolutivo que ocorrerá na etapa final. O resultadodesse preparo prévio, é o reforço da estrutura biológica com umaumento sensível e imediato da vitalidade. 

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2. A etapa medial – tem por objetivo a purificação mais intensiva eenergização da sexualidade. 

3. A etapa final – tem por objetivo despertar a energia kundaliní, com oconseqüente desenvolvimento dos chakras, seus poderes paranormais e,finalmente, a eclosão da hiperconsciência chamada samádhi. 

  Noutras palavras, a etapa inicial visa a proporcionar saúde e forçasuficientes para que o praticante agüente as prodigiosas alterações

 biológicas resultantes de uma evolução pessoal acelerada que ocorrerána etapa final.

Por isso, a etapa inicial tende a proporcionar aqueles proverbiaisefeitos que são do conhecimento de todos. É que a fase final vaitrabalhar para tornar o praticante uma pessoa fora da faixa danormalidade, acima dela. Se alguém está fora dessa faixa para baixo, afase inicial vai içá-lo até à normalidade plena, conferindo-lhe umacota ótima de saúde e vitalidade. Daí poderemos fazer um bomtrabalho de desenvolvimento interior equilibrado e seguro, no qual o  praticante vai conquistar a evolução de um milhão de anos em umadécada. Para isso, há que adquirir estrutura.

Por esse motivo, existe uma legião de pessoas que adotam o Yôgaapenas visando aos benefícios propiciados pela prática introdutória e por aí ficam, satisfeitas com os ótimos resultados obtidos.

Vejamos agora, estágio por estágio.

I − BIO-EX 

BIO-EX é um pré-Yôga. Foi um desdobramento do SwáSthyaheterodoxo que, todavia, conquistou identidade própria. Não deve ser confundido com Yôga. Por isso recomendamos que não sejamencionado em artigos sobre Yôga; e que o Yôga não seja citado em

matérias a respeito de Bio-Ex.

BIO-EX NÃO É YÔGA?

Embora pertença à estrutura global do SwáSthya como um pré-Yôga,ele sozinho não é Yôga. Bio-Ex não é Yôga uma vez que não seenquadra na definição técnica do Yôga. Lembra-se dela? Yôga é

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qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.Ora, se Bio-Ex não se propõe a conduzir ao samádhi, como de fatonão conduz, então, tecnicamente não é Yôga.

II − ASHTÁNGA SÁDHANA 

Uma das principais características do SwáSthya Yôga é o ashtángasádhana. Ashtánga sádhana significa  prática em oito partes (ashta =oito; anga = parte; sádhana = prática). Utilizamos diversos níveis

desse programa óctuplo. O primeiro nível, para aqueles que já foramautorizados a ingressar no Yôga, é o ády ashtánga sádhana (ádi/ády =  primeiro, fundamental), o qual é constituído pelas oito partesseguintes, nesta ordem:

1) mudrá

2) pújá

3) mantra

4) pránáyáma

5) kriyá

6) ásana

7) yôganidrá

8) samyama

A NÁLISE DOS 8 ANGAS:

1) Mudrá

É o gesto ou selo que, reflexologicamente, ajuda o praticante aconseguir um estado de receptividade superlativa. Mesmo os que nãosão sensitivos podem entrar em estados alfa e theta já nestaintrodução.

2) Pújá (manasika pújá)

É a técnica que estabelece uma perfeita sintonia do sádhaka com oarquétipo desta linhagem. Com isso, seleciona um comprimento deonda adequado a esta modalidade de Yôga, conecta seu  plug  nocompartimento certo do inconsciente coletivo e liga a corrente,

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 108

estabelecendo uma perfeita troca de energias entre o discípulo e oMestre.

3) Mantra (vaikharí mantra: kirtan e japa)

A vibração dos ultra-sons que acompanham o "vácuo" dasvocalizações, neste caso do ády ashtánga sádhana, têm a finalidade dedesesclerosar os canais para que o prána possa circular. Prána é onome genérico da bio-energia. Somente depois dessa limpeza é que se

 pode fazer pránáyáma. O SwáSthya Yôga utiliza centenas de mantras:kirtan e japa; vaikharí e manasika; saguna e nirguna mantras.

4) Pránáyáma (swara pránáyáma)

São exercícios respiratórios que bombeiam o prána para que circule pelas nádís e vitalize todo o organismo. E também a fim de distribuí-loentre os milhares de chakras que temos espalhados por todo o corpo.Bombear aquela energia por dutos obstruídos pelos detritos decorrentesde maus hábitos alimentares, secreções internas mal eliminadas eemoções intoxicantes, pode resultar inócuo ou até prejudicial. Por isso,antes do pránáyáma, procedemos à prévia limpeza dos canais, na área

energética.

5) Kriyá 

São atividades de purificação das mucosas, que têm a finalidade deauxiliar a limpeza do organismo, agora no nível físico. Em se tratandode Yôga, só se deve proceder aos ásanas após o cuidado de limpar ocorpo por meio dos kriyás.

6) Ásana 

Esta é a parte mais conhecida e característica do Yôga para o públicoleigo. Não é ginástica e não tem nada a ver com Educação Física. São astécnicas orgânicas que produzem efeitos extraordinários para o corpoem termos de boa forma, flexibilidade, musculatura, equilíbrio de peso esaúde em geral. Para aproveitar ao máximo seu potencial, os ásanasdevem ser precedidos pelos kriyás, pránáyámas, etc. Os efeitos dosásanas começam a se manifestar a partir do yôganidrá.

7) Yôganidrá 

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É a descontração que auxilia o yôgin na assimilação e manifestaçãodos efeitos produzidos por todos os angas. A eles, soma os própriosefeitos de uma boa recuperação muscular e nervosa. Mas atenção:yôganidrá não tem nada a ver com o shavásana do Hatha Yôga.Shavásana, como o nome já diz, é apenas um ásana, uma posição, emque se relaxa, porém, não é a ciência do relaxamento em si. Essaciência se chama yôganidrá e ela não consta do currículo do HathaYôga. Por isso muitos instrutores de Hatha Yôga censuram o uso de

música ou de indução verbal do ministrante durante o relaxamento. Oyôganidrá aplica não apenas a melhor posição para relaxar, comotambém a melhor inclinação em relação à gravidade, o melhor tipo desom, de iluminação, de cor, de respiração, de perfume, de induçãoverbal, etc.

8) Samyama 

Essa técnica compreende concentração, meditação e samádhi "aomesmo tempo", isto é, praticados juntos, em seqüência, numa só sentada (etimologicamente, samyama pode significar  ir junto). Se o praticante vai fazer apenas concentração, chegar à meditação ou atingir 

o samádhi, isso dependerá exclusivamente do seu adiantamento pessoal.Assim, também é correto denominar o oitavo anga de dhyána, quesignifica meditação. É uma forma menos pretensiosa.

Portanto, mesmo uma prática de SwáSthya Yôga considerada parainiciantes, como este conjunto de oito feixes de técnicas queacabamos de analisar e que constitui a fase inicial do nosso método,será bem avançada em comparação com qualquer outro tipo de Yôga, já se prevendo a possibilidade de atingir um sabíja samádhi.

R EAÇÃO DOS QUE VIERAM DE OUTRAS LINHAS DE YÔGA 

Muitos migram para o SwáSthya Yôga, deparam-se com o ashtángasádhana e ficam perplexos. Freqüentemente, após o choque da primeira aula, repetem a mesma frase:

  – Em anos de yóga não aprendi tanto quanto nesta primeira aula deSwáSthya!

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E isso, tendo conhecido só o ády ashtánga sádhana, a nossa práticamais elementar. Depois vêm outros mais adiantados: o viparítaashtánga sádhana, o mahá ashtánga sádhana, o swa ashtánga sádhana,o manasika ashtánga sádhana, etc.

Como o SwáSthya Yôga pode ser tão completo? Ele é  prodigiosamente global por tratar-se de um proto-Yôga integrado,Yôga Pré-Clássico, pré-vêdico, pré-ariano. Yôga original, resgatadodiretamente de seu registro akáshico. Do Yôga Pré-Clássico nasceram

todos os demais e por essa razão ele possui os elementos constitutivosdos principais e mais antigos ramos de Yôga. SwáSthya é o nome do  próprio Yôga Pré-Clássico após a sistematização. Por isso é tãocompleto.

Certa vez, um aluno perguntou-nos se havia alguma literatura queexplicasse o motivo pelo qual o nosso método era tão eficiente.Indicamos o livro Kundaliní Yôga, do Swámi Shivánanda, página 126da segunda edição da Editorial Kier. Em poucas linhas, o Mestrehindu nos proporciona uma excelente elucidação, quando diz:

"Os hatha yôgins o conseguem mediante a prática de pránáyáma,ásana e mudrá; os rája yôgins, mediante a concentração e otreinamento da mente; os bhaktas, por devoção e entrega total; os  jñánis, mediante o processo analítico da vontade; e os tântricos,mediante mantras, bem como pelo kripá guru (a graça do Mestre) por imposição das mãos, a fixação do seu olhar ou o mero sankalpa." 

Aqui cabe uma pergunta: um método detentor, simultaneamente, detodos esses recursos e outros mais, como se denominaria um Yôgaassim tão completo?

Seu nome é SwáSthya Yôga, sistematizado em 1960 a partir do

Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, hoje extinto.

OUTRAS TÉCNICAS 

Independentemente das diversas gradações de ashtánga sádhanaortodoxo e das miríades de variações heterodoxas, nossa tradiçãoainda oferece ao praticante os demais estágios 3, 4, 5, e 6, que se

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seguem e, além deles, as técnicas denominadas suplementares, postoque não fazem falta, mas auxiliam. Estudemos, a seguir, o estágionúmero três.

III – BHÚTA SHUDDHI 

É a etapa de purificação intensiva do corpo e seus canais de prána, asnádís. Na terceira parte do ády ashtánga sádhana (o anga mantra), edepois na quinta parte (o anga kriyá), já demos os primeiros passos

nessa tarefa. Trata-se agora de especializar e aprofundar a purificação,não apenas com mantras, kriyás, pránáyámas, mas também com umarígida seleção alimentar, jejuns regulares moderados e com um sistemade reeducação das emoções para que o praticante não conspurque seucorpo com os detritos tóxicos das emoções viscosas como o ódio, ainveja, o ciúme, o medo, etc. Também tratamos de regular a quantidadede exercício físico, de trabalho, de sono, de sexo e de alimentos. Háuma medida ideal para cada um desses fatores. Qualquer excesso oucarência pode comprometer o resultado almejado.

Estes e outros recursos são utilizados para deixar os canais desimpe-

didos, desesclerosados, a fim de que a energia possa fluir livrementequando for despertada. Caso contrário, se despertarmos a kundaliní semtermos antes liberado seu caminho pelas nádís, sua eclosão avassaladora  pode romper os dutos naturais e vazar para onde não deve, causandoinconvenientes à saúde. Como os praticantes da " yóga", com ó aberto,não conhecem os procedimentos corretos, nutrem um justificado medode despertar a kundaliní . O homem receia o desconhecido e esse tema,  para aqueles da " yóga", é ignorado, misterioso. Daí o misticismo dealguns. Na verdade, seguindo as regras do jogo e a orientação de umMestre, despertar a kundaliní é menos perigoso que atravessar a rua. Por isso, os praticantes do Yôga, com ô fechado, não o temem e dominam

 perfeitamente esse processo de desenvolvimento.

IV – MAITHUNA 

Uma vez obtido o grau desejado de purificação, sempre cultivando a  prática do ashtánga sádhana, chegamos à parte mais fascinante docurrículo tântrico: a alquimia sexual. Evidentemente, nenhuma obra

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ensina as técnicas do maithuna, pois pertencem à tradição chamadagupta vidyá ou ciência secreta. O que se encontra nos livros são, emsua maioria, informações falsas e fantasiosas para iludir os curiosos.  Não obstante, transmito no meu livro Tantra, a sexualidade

sacralizada boa parte do que pode ser ensinado por escrito.

Para quem deseja iniciar-se nessa via, é preciso procurar um Mestreautêntico que aceite transmitir pessoalmente esse conhecimento. Os poucos instrutores que de fato conhecem tais técnicas, também evitam

ensiná-las, uma vez que a maior parte das pessoas não tem maturidadee nem sensibilidade suficientes para merecer essa Iniciação. Fora isso,ainda há os entraves culturais e não foram poucos os Mestres cujosdiscípulos, nessa etapa, sentindo as pérolas sob seus pés "voltaram-see os despedaçaram" (Mateus, 7:6).

Contudo, o maithuna é o meio mais poderoso e eficiente de atiçar aserpente ígnea. Segundo esse processo tântrico, temos na regiãogenital uma usina nuclear, à nossa disposição. Podemos deixá-laadormecida como fazem os monges e os beatos de quase todas asreligiões. Podemos simplesmente usá-la e desperdiçá-la sob o impulso

cego do instinto, como fazem todos os bichos, inclusive o bichohomem. Ou podemos cultivá-la, usufruindo um prazer muito maior eainda canalizando essa força descomunal para onde quisermos: paraum melhor rendimento nos esportes, nos estudos, no trabalho, na artee no objetivo principal dessa prática – o autoconhecimento advindo dodespertamento da kundaliní e pela eclosão do samádhi.

 Normalmente poderíamos dizer que em relação ao sexo não há meiotermo: ou você usa ou não usa. O Tantra nos oferece uma terceiraopção: domesticá-lo e passar de escravo a senhor desse poderosoinstinto. Usá-lo sim, e até mais intensamente, mas de acordo comcertas técnicas de reeducação e aproveitamento da força gerada. Para

utilizá-la, é só bombear mais ou menos pressão na caldeiratermonuclear que todos possuímos no ventre. Em seguida, ir liberandoo vapor aos poucos para que sempre haja alta pressão na usina.

V – K UNDALINÍ 

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Kundaliní é uma energia física, de natureza neurológica emanifestação sexual. Kundaliní é o explosivo que, quando detonado,  produz um clarão. Esse clarão é a iluminação ou samádhi.(Complemente estas informações com as do livro Chakras e

kundaliní .)

VI – SAMÁDHI 

Samádhi é o estado de hiperconsciência, de megalucidez, que

  proporciona o autoconhecimento, bem como o conhecimento doUniverso.

Os praticantes de outros tipos de Yôga consideram o samádhi algoinatingível, digno apenas dos grandes Mestres. Algo que simplesmortais não devem nem almejar sob pena de ser considerados pretensiosos. E quem o atinge, deve negá-lo publicamente para evitar o escárnio dos demais yôgis! Quanta estupidez! Quanta distorção! Sea meta do Yôga é o samádhi, todos os que o praticam devem atingir esse estado de magalucidez.

O sabíja samádhi, ou samádhi com semente, é um estado de

consciência que pode ser traduzido como pré-iluminação e está aoalcance de qualquer praticante saudável e disciplinado, que tenha passado por todos os estágios anteriores e permanecido em cada umdeles o tempo prescrito pelo seu Mestre.

  Não há perigo nem misticismo algum. É apenas um estado deconsciência.

O nirbíja samádhi34 é o estágio final, em que o praticante atinge ameta do Yôga, o coroamento da evolução do ser humano. Não hácomo descrevê-lo. Conta-se que, quando os discípulos do iluminadoRámakrishna pediam-lhe para explicar o que era o samádhi, o Mestre

simplesmente entrava em samádhi.

34 Se o leitor desejar esclarecimentos sobre os termos sânscritos, recomendamos que consulte oGlossário do livro Faça Yôga antes que você precise. Sobre a pronúncia, ouça o CD Sânscrito - Treinamento de Pronúncia, gravado na Índia. Para mais conhecimentos, o ideal é estudar osvídeos do Curso Básico de Yôga. 

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Aceite-se, apenas, que o fenômeno é um estado de consciência que estámuitas dimensões acima da mente e, por isso, é impossível compreendê-lo com o auxílio dos mecanismos mentais, da lógica ou da cultura. Essasferramentas só serão úteis depois que o fenômeno tiver sidoexperienciado, para conceituá-lo. Isto basta por ora. Desejandoaprofundar-se neste tema, consulte o nosso livro Meditação.

QUADRO DA PROGRESSÃO NO YÔGA ANTIGO 

6

SAMÁDHI HIPERCONSCIÊNCIA, AUTOCONHECIMENTO 

5KUNDALINÍ 

DESPERTAMENTO DO PODER INTERNO 

4MAITHUNA TÉCNICAS DE CANALIZAÇÃO DA ENERGIA SEXUAL 

3BHÚTA SHUDDHI 

F ASE DE PURIFICAÇÃO INTENSIVA 

2ASHTÁNGA SÁDHANA 

REFORÇO DA ESTRUTURA BIOLÓGICA 

1BIO-EX 

TÉCNICAS BIOLÓGICAS DE INTRODUÇÃO

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R ECURSOS SUPLEMENTARES 

Além da estrutura em três etapas e seis estágios, que acabamos deestudar, o SwáSthya Yôga possui alguns recursos que sãoconsiderados suplementares por não fazerem falta no processo decrescimento e evolução do praticante, mas que, por outro lado, podemcontribuir para com a sua melhor integração na egrégora, assim como para proporcionar maior satisfação ao estudante. Tais recursos são:

SAT SANGA Sat sanga significa reunião em boa companhia, ou simplesmenteassociação. Designa um tipo de reunião festiva, geralmente promovidaapenas para executar kirtans. Nessa oportunidade o oficiante podeaproveitar para fazer uma preleção ou uma meditação com o grupo.

Por extensão pode denominar-se sat sanga uma reunião festiva na casade um praticante de Yôga, de preferência se todos os convidadosforem também yôgins.

SAT CHAKRA 

Sat chakra é uma modalidade de sat sanga em chakra, em círculo. Nãoconfundir com termo shat chakra que significa “os seis chakras”.

Sat chakra é um tipo de chakra sádhana, isto é, prática feita em círculo.

Quando o objetivo é realizar um pújá, denomina-se chakra pújá, que éuma técnica tipicamente tântrica. No nosso livro Faça Yôga antes que

você precise, o tema pújá está mais desenvolvido.

O sat chakra é um exercício em que os praticantes, em númeromínimo de seis pessoas, sentam-se formando um círculo, no qual vãoexecutar seis angas, a saber:

1. captação de energia, através de pránáyáma, bombeando a energia do ar paradentro do organismo e o prána para os chakras;

2. equalização da energia, através de mantra, realizando os mesmos mantras, aomesmo tempo, no mesmo volume e no mesmo ritmo;

3. dinamização da energia, pelas palmas, ao atritar os 35 chakras que possuímosem cada mão;

4. circulação da energia, dando-se as mãos e fechando a corrente;5. projeção da energia, por mentalização e/ou imposição de mãos;

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6. filtro contra retorno kármico, através de mentalização específica. Este é utilizadoquando aplicamos o sat chakra para fins de beneficiar a pessoas enfermas oucom qualquer outro tipo de problema.

NYÁSA 

  Nyása significa identificação. Consiste num exercício de origenstântricas que visa a produzir um fenômeno muito peculiar em que o praticante se identifica de tal maneira com o objeto da sua concentraçãoque passa a possuir as características desse objeto. Terminado o nyása, as

características cessam. Contudo, se o yôgin praticar sistematicamentenyása sobre um mesmo objeto, gradativamente suas qualidades vãosendo incorporadas pelo praticante.

Assim, se o sádhaka pratica nyása com o seu Mestre, vai compreender melhor o ensinamento dele. Passa a incorporá-lo como seu. É possívelexecutar nyása, não apenas com pessoas vivas ou mortas, mas tambémcom objetos da Natureza, tais como uma flor ou uma pedra. E, ainda,com egrégoras e com seres mitológicos.

Há várias formas de nyása. Duas delas são: o Satguru nyása sádhana eo Shiva Natarája nyása.

SATGURU NYÁSA SÁDHANA 

Trata-se de uma prática muito forte. Ela é tão poderosa pelo fato de odiscípulo a receber por via direta, de dentro para fora, numa espéciede catarse desencadeada por ação de presença do Mestre.

Este sádhana só pode ser transmitido pelo Satguru, isto é, pelo Mestremais antigo desta linhagem. Sua simples presença catalisa as energiasdos sádhakas e eles passam a executar ásanas, mudrás, pránáyámas,mantras, bandhas, kriyás, dháraná, dhyána e samádhi sem que oPreceptor transmita qualquer ensinamento concretamente. Ele apenasse permite corrigir alguma prática que não tenha sido captada deforma correta.

SHIVA NATARÁJA NYÁSA 

Esta é uma identificação com Shiva no seu aspecto de Natarája,aquele que dança dentro de um círculo de fogo, marcando o ritmo do

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Universo com seu tambor dhamaru, e pisoteando o demônio daignorância, Avidyá (o qual também é conhecido por outros nomes).

  Num nível inicial, reprograma a movimentação do neófito paraaprimorar a linguagem gestual associada aos ásanas e suas passagensnas coreografias. Em nível mais profundo, promove a identificação como criador do Yôga, facilitando a sintonia relativa à origem primeira,conseqüentemente, à autenticidade e legitimidade do ensinamento quenos propomos a representar.

Se bem feito, o Shiva Natarája nyása pode introjetar a egrégora deShiva no inconsciente do yôgin, tornando-o uno com o criador doYôga.

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O EGO E O SWÁSTHYA YÔGA 

As modalidades de Yôga que se tornaram mais conhecidas nosúltimos séculos eram do tronco medieval (Vêdánta-Brahmáchárya).Uma característica dessa linhagem é o esforço para aniquilar o ego.Isso confunde muito os praticantes (e até instrutores) do tronco Pré-Clássico (Sámkhya-Tantra), pois esse conceito está bastante difundidona Índia de hoje e na literatura que proveio de lá. Como estudiososque são, nossos adeptos travam contato, de alguma maneira, com a  bibliografia que prega a aniquilação do ego e mesclam-nainadvertidamente com a proposta do SwáSthya Yôga. Então, vamosesclarecer o estudante sobre como a nossa linhagem interpreta isso.

Quando alguém nos desagrada, a atitude mais primária é querer livrar-nos da pessoa, ao invés de administrar o relacionamento e torná-lo  produtivo. Quando um animal é indomável, a solução primitiva écastrá-lo. Assim fazem os Vêdánta-Brahmácháryas com o ego.

  Nossa estirpe, 4.000 anos mais antiga, tem outra opinião. Nósentendemos que o ego é uma ferramenta importante do ente humano.  Não queremos acabar com o ego, ao contrário, nosso método detrabalho atua no sentido de reforçar o ego para poder utilizar suacolossal força de realização.

Sem ego não há criatividade, combatividade, arte ou beleza. E mais: amaioria dos que declaram que o ego é isto, que o ego é aquilo, sãohipócritas porque manifestam muito mais ego que os outros;frustrados por não conseguir eliminá-lo; ou mal  intencionados por utilizar esse argumento para manipular seus seguidores.

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Anular o ego seria como castrar um animal de montaria e depoisutilizá-lo, caminhando cabisbaixo, sem libido. Trabalhar o egoequivale a domar e montar um cavalo andaluz inteiro, fogoso,orgulhoso, com sua cabeça erguida e suas passadas viris. Você é oPúrusha, sua montaria é o ego. Você prefere montar um pangaréderrotado ou um elegante garanhão?

Castrar o ego seria fácil demais. Domá-lo, isso sim é uma empreitadaque requer coragem e muita disciplina. Eliminar o ego corresponde à

covardia e fuga perante o perigo. Adestrá-lo denota coragem edisposição para a luta.

O SwáSthya Yôga, nome moderno do Dakshinacharatántrika-  Niríshwarasámkhya Yôga, quer que você não seja castrado. OSwáSthya reforça sua libido e o seu ego. Em seguida, canaliza essaforça resultante para fins construtivos. Ter ego não é o problema. Tê-lo deseducado, selvagem, incivilizado, criador de casos e de conflitoscom as outras pessoas, esse é o grande inconveniente. Basta não nosesquecermos de que devemos mandar nele e não o contrário.

Portanto, no lugar de envidar esforços para destruir, vamos investir 

em algo construtivo. Nada de destruir o ego. Vamos cultivá-lo, comdisciplina e a noção realista de que precisamos dele para a nossarealização pessoal, profissional e evolutiva.

Já está na hora de sabermos converter energias negativas em positivas,como no quadro abaixo:

POSITIVO(utilize:)

NEGATIVO(no lugar de:)

amor   paixão

zelo ciúme

erotismo luxúriaraiva ódio

orgulho vaidade

ambição cobiça

admiração inveja

precaução medo

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MESTRE DeROSE  121

agressividade violência

sinceridade franqueza (crudeza)

prosperidade opulência

diplomacia hipocrisia

liberdade anarquia

disciplina repressão

sugestão crítica

colaboração reclamação

Sim, a coluna da esquerda apresenta alguns sentimentos que nossacultura judaico-cristã considera depreciativamente. Contudo, a raiva constrói. A agressividade educada conduz à vitória. Dessa forma,eliminando o ego, o erotismo, a raiva, o orgulho, a ambição, aagressividade, todos os tratores do sucesso são igualmente eliminados.

  No SwáSthya não queremos lidar com fracassados. Queremos genteforte, com um ego poderoso, mas educado.

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R ECOMENDAÇÕES FINAIS 

Como despedida, deixo-lhe estas recomendações:

1. Recomece agora mesmo a leitura deste livro, dando especialatenção aos trechos que já foram assinalados por você na primeiraleitura. Releia com mais calma, saboreando cada parágrafo e parando para meditar e assimilar o seu conteúdo.

2. Conheça os demais livros da Coleção Uni-Yôga:1. Karma e dharma, transforme a sua vida;2. Alimentação vegetariana: chega de abobrinha;

3. Tantra, a sexualidade sacralizada;4. ÔM, o mais poderoso dos mantras;5. Meditação;6. Corpos do Homem e Planos do Universo;7. O hinduísmo e as origens do Yôga;8. Alternativas de relacionamento afetivo;9. Eu me lembro...;10. Tudo sobre Yôga;11. Yôga, mitos e verdades;12. Faça Yôga antes que você precise.

Leia e estude especialmente os dois últimos que são os mais

importantes e têm o poder de mudar a vida de uma pessoa.3. Considere a possibilidade de tornar-se um instrumento paramelhorar, não só o seu karma, mas o destino de milhares de sereshumanos, formando-se como instrutor de SwáSthya Yôga.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 124

SE QUISER SABER MAIS 

Se você quiser saber mais sobre este e outros assuntos, recomendamosque participe do curso de formação de instrutores da Universidade deYôga. Caso não seja possível participar pessoalmente, resta aalternativa de fazer o curso pelos nossos livros, vídeos e CDs, cujarelação é divulgada no Anexo, que consta no final deste volume. Paracomeçar, visite o nosso site, pois você já vai aprender muita coisa lá.

www.uni-yoga.org.brO  site da Universidade de Yôga não vende nada. Mas contém umaquantidade inimaginável de informações e instruções – teóricas e  práticas – sobre o Yôga Antigo, Pré-Clássico, o mais completo queexiste e que deu origem a todos os demais.

  Não abrimos concessão aos modismos estereotipados, nem àsinvencionices comerciais, nem ao comportamento questionável devender benefícios, terapias ou misticismos. O trabalho da Uni-Yôga ésério e nosso foco é o Yôga Ancestral, sua filosofia deautoconhecimento e a formação profissionalizante de bons instrutores

que tenham essa mesma visão. Nossa Jurisdição atualmentecompreende Brasil, Argentina, Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

O site permite free downloads (sem ônus) de muitos livros e MP3 devários CDs com música e com aulas práticas de Yôga, descontração,meditação, mantras, etc. Tudo sem custo algum. É o único  site deYôga com essas características.

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MESTRE DeROSE  125

ANEXO Esta é uma divisão suplementar, que não faz parte do livro,

destinada à divulgação do SwáSthya Yôga.

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COMO CONTRIBUIR COM A NOSSA OBRA 

Veja quais das opções abaixo se enquadram nas suas possibilidades.

1) Organize mostras de vídeo, palestras e cursos na sua cidade, emuniversidades, associações, bibliotecas, colégios, clubes, livrarias,entidades filosóficas. Isso não lhe custará nada e ainda poderáproporcionar muita satisfação.

2) Torne-se instrutor de Yôga e ajude a difundir o autoconhecimento, aqualidade de vida, a alegria, a saúde e o amor. Você pode iniciar a suaformação aí mesmo na sua cidade através do Curso Básico em vídeo.

3) Filie-se à União Nacional de Yôga em alguma das diversas categorias.Informe-se para saber qual delas oferece a melhor relaçãocusto/benefício para as suas expectativas.

4) Outra forma de contribuir é adquirindo o material didático relacionadonas páginas que se seguem.

Qualquer que seja a sua escolha, saiba que terá uma legião de pessoasbeneficiadas com seu gesto.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 128

MATERIAL DIDÁTICO DISPONÍVEL NAS UNIDADES

DA REDE DeROSE

DESCONTOS 

Você pode ter de 10% a 50% de desconto nos produtos abaixo. Informe-se por telefone sobre os descontos existentes e como ter acesso a eles. 

LIVROS DO MESTRE DeROSE 

FAÇA YÔGA ANTES QUE VOCÊ PRECISE (SWÁSTHYA YÔGA SHÁSTRA):  Umclássico.  É considerada uma obra canônica, a mais completa obra do mundo emtoda a História do Yôga, com 700 páginas e mais de 2.000 fotografias. Contém 32mantras em sânscrito, 108 mudrás do hinduísmo (gestos reflexológicos) com suasilustrações, 27 kriyás clássicos (atividades de purificação das mucosas), 54exercícios de concentração e meditação, 58 pránáyámas tradicionais (exercíciosrespiratórios) e 2.000 ásanas (técnicas corporais). Apresenta capítulos sobre karma,kundaliní  (as paranormalidades), samádhi (o autoconhecimento) e Tantra (asexualidade sacralizada). Oferece ainda um capítulo sobre alimentação e outro deorientação para o dia-a-dia do praticante de Yôga (como despertar, a meditaçãomatinal, o banho, o desjejum, o trabalho diário, etc.). É o único livro que possui umanota no final dos principais capítulos com instruções e dicas especialmente dirigidasaos professores de Yôga. Indica uma bibliografia confiável, mostra como identificar os bons livros e ensina a estudá-los.

 YÔGA, MITOS E VERDADES: A mais importante obra do Mestre DeRose. Contémuma quantidade inimaginável de informações úteis sobre: História, mensagens,poesia, mistério, Tantra, vivências, percepções, viagens à Índia, revelações inéditas,experiência de vida, crônicas e episódios bem humorados. Contém testemunhossobre a história do Yôga no Brasil registrados por um dos últimos professores aindavivos que presenciaram os fatos para não deixá-los cair no esquecimento. Diferentede todos os livros já escritos sobre Yôga, é leitura indispensável para o praticante ouinstrutor. É o livro mais relevante do SwáSthya Yôga. Ninguém deve deixar de lê-lo.

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MESTRE DeROSE  129

TUDO O QUE VOCÊ NUNCA QUIS SABER SOBRE YÔGA:  O título provocativo ebem humorado sugere a leveza da leitura. O texto foi estruturado em perguntas erespostas para esclarecer aquelas questões que todo o mundo quer saber, masnunca nem imaginou formular por não ter alguém confiável a quem perguntar. “Seráque estou praticando um Yôga autêntico ou estarei comprando gato por lebre? Meuinstrutor será uma pessoa séria ou estou sendo enganado por um charlatão? O queé o Yôga, para que serve, qual sua origem, qual a proposta original, quando surgiu,onde surgiu, a quem se destina? Há alguma restrição alimentar ou da sexualidade?Será uma espécie de ginástica, terapia, religião?” Tudo sobre Yôga indica umavasta literatura de apoio, ensina como escolher um bom livro, como aproveitar melhor a leitura, e inclui documentação bibliográfica discriminada, de forma que as

opiniões defendidas possam ser confirmadas em outras obras. Orienta inclusive paraa formação de instrutores de Yôga e é livro-texto da Primeira Universidade de Yôgado Brasil.

EU ME LEMBRO...:  Poesia, romance, filosofia. Este livro tem um pouco de cada.Como o autor muito bem colocou no Prefácio, este livro não tem a pretensão deestar relatando fatos reais ou percepções de outras existências. Ele preferiu rotular aobra como ficção, a fim de reduzir o atrito com o bom-senso, já que há coisas quenão se podem explicar. No entanto, é uma possibilidade no mínimo curiosa, queDeRose assim o tenha feito pelo seu proverbial cuidado em não estimular misticismoem seus leitores, mas que trate-se de lembranças de eventos verídicos do períododravídico, guardados no mais profundo do inconsciente coletivo.

A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA: Este livro reúne ahistória da luta pela regulamentação da nossa categoria, desde 1978, quando

DeRose apresentou a primeira proposta. Contém documentos úteis para a proteçãodos profissionais da área, o texto e as emendas do novo projeto de Lei, 4680 de2.001, relatórios das reuniões com as opiniões e o registro histórico das reações daspessoas a favor ou contra a regulamentação, o depoimento das conseqüências se oYôga for encampado pela Ed. Física, a fogueira das vaidades dos “professores” de“yóga”, relatos dramáticos e outros hilariantes dessa campanha.

ENCONTRO COM O MESTRE: Esta ficção relata a surrealista experiência doencontro entre o jovem DeRose, com 18 anos de idade e o Mestre DeRose com 58anos. O jovem candidata-se à prática do SwáSthya Yôga e é recusado pelo velhoMestre. O que resulta daí é um diálogo com debates filosóficos, éticos e iniciáticos,envolvendo temas como: o vil metal, a reencarnação, o espiritualismo, o radicalismo,meditação, sexo, a multiplicidade de mestres e escolas pelas quais o meninopassara, etc. O final apresenta uma surpresa inusitada que a maioria não vai notar,

mas os que tiverem estudado os demais livros vão descobrir... se prestarem muitaatenção!

SÚTRAS – MÁXIMAS DE LUCIDEZ E ÊXTASE: Este livro foi escrito por DeRoseaos 18 anos de idade e estava inédito até agora. Em 1962 chamava-se As Setentae Sete Chaves, por apresentar 77 máximas. Algumas são sérias, outras sãoengraçadas; umas são cáusticas, outras doces; umas são leves e outrasfilosoficamente muito profundas; algumas delas só poderão ser compreendidas noseu sentido hermético se forem lidas por pessoas com iniciação maçônica ou similar.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 130

Naquela época o único exemplar que existia era usado, pelo próprio autor, comoconselheiro para o dia-a-dia. Ele se concentrava sobre uma questão que desejasseconsultar, e abria o livro numa página aleatoriamente. Lia e meditava sobre opensamento e sua relação com a questão. Muitas vezes o resultado erasurpreendente.

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA – CHEGA DE ABOBRINHA!:  A maior parte doslivros sobre vegetarianismo peca por preocupar-se em demonstrar que aalimentação vegetariana é nutritiva e até curativa, mas relega o sabor a um sétimosubplano do baixo astral. Este livro não quer provar que você pode sobreviver sendovegetariano, pois as evidências estão aí: um bilhão de hindus, todos os cristãos

adventistas do mundo e todos os praticantes de SwáSthya Yôga (hoje, já mais deum milhão só no Brasil). O livro apresenta unicamente receitas de-li-ci-o-sas, paravocê adotar o vegetarianismo sem que a sua família nem sequer perceba que ospratos não têm carne e, ainda, incrementando muito o paladar, o refinamento e asofisticação culinária.

  YÔGA SÚTRA DE PÁTAÑJALI:  Nova edição da obra clássica mais traduzida ecomentada no mundo inteiro. Recomendável para estudiosos que queiram ampliar sua cultura em 360 graus. Depois de 20 anos de viagens à Índia, DeRose revisou eaumentou seu livro publicado inicialmente em 1980. Sendo uma obra erudita, todoestudioso de Yôga deve possui-lo. É indispensável para compreender o YôgaClássico e todas as demais modalidades.

MENSAGENS DO YÔGA: Este é um livro que reúne as mensagens mais inspiradasque foram escritas por DeRose em momentos de enlevo durante sua trajetória como

preceptor e mentor desta filosofia iniciática. Aqui compilamos todas elas para que osadmiradores dessa modalidade de ensinamento possam deleitar-se com a força doverbo. É interessante como o coração realmente fala mais alto. DeRose tem mais devinte livros publicados em vários países, leciona Yôga desde 1960 e ministra o Cursode Formação de Instrutores de Yôga em praticamente todas as UniversidadesFederais, Estaduais e Católicas do Brasil há mais de 20 anos. No entanto, muitagente só compreendeu o ensinamento do Mestre DeRose quando leu suasmensagens. Elas têm o poder de catalisar a força interior de quem as lê edesencadear um processo de modificação do karma através da potencialização davontade e do amor.

VIAGENS À ÍNDIA DOS YÔGIS: Fotos de vinte anos de viagens de DeRose àquelepaís, para nós, tão misterioso. O país mais invadido da História, suas montanhasgeladas, seus desertos escaldantes, seus yôgis, sua comida, suas ruínas, seusmosteiros, seu povo com tantas religiões e etnias. A sabedoria oriental, as

paranormalidades, os homens santos e os mágicos de rua.

PROGRAMA DO CURSO BÁSICO DE YÔGA:  Contém todo o programa doSeminário de Preparação ao Curso de Formação de Instrutores de Yôga. Essecurso pode ser feito por qualquer pessoa que queira conhecer o Yôga maisprofundamente e é especialmente recomendado aos que já lecionam ou pretendamlecionar. Também disponível em vídeo.

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MESTRE DeROSE  131

BOAS MANEIRAS NO YÔGA: Bons modos são fundamentais para todos. Nós quenão comemos carnes, não tomamos vinho e não fumamos, como deveremos noscomportar num jantar, numa recepção, numa visita ou quando formos hospedados?Você já está educado o bastante para representar bem o Yôga? E, refinado osuficiente para ser instrutor de Yôga ou Diretor de Entidade? Qual a relação entreMestre e Discípulo? Algumas curiosidades da etiqueta hindu. Nosso Código de Ética.

GUIA DO INSTRUTOR DE YÔGA: É o único livro no mundo escrito especialmentepara instrutores de Yôga. Orienta sobre como montar um núcleo, como legalizá-lo,como administrá-lo. Contém textos de várias leis que regem essa profissão e que osadvogados e contadores desconhecem. Como se habilitar legalmente, como tornar 

seu ideal economicamente viável, como organizar cursos, como ascender nahierarquia da profissão e chegar a presidente de uma Federação ou a representanteda Universidade Internacional de Yôga na sua cidade.

TANTRA, A SEXUALIDADE SACRALIZADA: Esta obra disserta sobre o Tantra, aúnica via de aprimoramento físico e espiritual através do prazer, tradição secreta daÍndia antiga que começa a ser desvendada pelo Ocidente. Aborda a questão dasexualidade de forma natural, compreensível, a um só tempo técnica e poética.Ensina exercícios e conceitos que otimizam a performance e o prazer dospraticantes, independentemente de idade, canalizando a energia sexual para amelhor qualidade de vida, saúde, criatividade, produtividade profissional,sensibilidade artística, rendimento nos esportes, autoconhecimento e evoluçãointerior. Tantra, a sexualidade sacralizada ensina como conseguir uma relaçãoerótica com a duração de três horas ou mais; como transformar uma vida conjugalacomodada e já sem atrativos em uma experiência plena de remotivação e alegria

de viver; como vivenciar o hiper orgasmo, um estado inebriante de hiperestesiasensorial que nenhuma droga externa seria capaz de proporcionar, mas somenteobtenível pelas drogas endógenas, segregadas pelo próprio corpo, com suasendorfinas. E ainda introduz a proposta de alcançar elevados níveis deaperfeiçoamento interior a partir do prazer!

LIVROS DOS EX-ALUNOS DE DeROSE   YÔGA, SÁMKHYA E TANTRA:  do Mestre Sérgio Santos, ilustrado com váriosquadros sinóticos, é prefaciado e recomendado pelo próprio DeRose como um livroextremamente sério, profundo e honesto, que destrincha e explana com linguagemsimples questões até então muito complexas ou controvertidas. A obra é a tese deMestrado do autor e, por isso mesmo, severamente fundamentada sobre citaçõesdas escrituras hindus (os Vêdas, os Tantras, as Upanishades, o Gítá, o Yôga Sútra,

o Mahá Bhárata) bem como de livros célebres das maiores autoridades da Índia e daEuropa nos últimos séculos (Sivánanda, John Woodroffe, Mircéa Éliade, TaraMichaël) sobre Yôga, Sámkhya, Tantra, História, Arqueologia, Antropologia, etc..

O GOURMET VEGETARIANO:  da Profa. Rosângela de Castro, é um livro dealimentação refinada. Além das receitas, fornece dados importantes sobre nutrição,assimilação e excreção. Como todos os nossos livros, este também não é sectário enão quer convencer ninguém de que a alimentação vegetariana é a melhor.Simplesmente, fornece dados e receitas aos que aspiram por uma nutrição ultra-

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 132

biológica, sadia e deliciosa. Contém um guia sobre vitaminas e sais minerais.Praticantes de Yôga, desportistas e profissionais que precisam de uma alimentaçãoque proporcione o máximo ao corpo e à mente, não podem deixar de adquirir estelivro.

COREOGRAFIAS DO SWÁSTHYA YÔGA: da instrutora Anahí Flores, uma dasmelhores demonstradoras internacionais. O livro ensina como montar uma prática deSwáSthya, com técnicas corporais e mudrás, para utilização tanto de iniciantesquanto de veteranos e instrutores. Todos os alunos deveriam estudar as dicasensinadas pela autora, bem como adquirir seus lindíssimos pôsteres e postais.

COLEÇÃO CURSO BÁSICO DE YÔGACADA UM DOS LIVROS ABAIXO TAMBÉM EXISTE 

NA FORMA DE CURSO GRAVADO EM VÍDEO 

TANTRA, A SEXUALIDADE SACRALIZADA: Esta obra disserta sobre o Tantra, aúnica via de aprimoramento físico e espiritual através do prazer, tradição secreta daÍndia antiga que começa a ser desvendada pelo Ocidente. Aborda a questão dasexualidade de forma natural, compreensível, a um só tempo técnica e poética.Ensina exercícios e conceitos que otimizam a performance e o prazer dospraticantes, independentemente de idade, canalizando a energia sexual para amelhor qualidade de vida, saúde, criatividade, produtividade profissional,sensibilidade artística, rendimento nos esportes, autoconhecimento e evoluçãointerior. Tantra, a sexualidade sacralizada ensina como conseguir uma relaçãoerótica com a duração de três horas ou mais; como transformar uma vida conjugal

acomodada e já sem atrativos em uma experiência plena de remotivação e alegriade viver; como vivenciar o hiper orgasmo, um estado inebriante de hiperestesiasensorial que nenhuma droga externa seria capaz de proporcionar, mas somenteobtenível pelas drogas endógenas, segregadas pelo próprio corpo, com suasendorfinas. E ainda introduz a proposta de alcançar elevados níveis deaperfeiçoamento interior a partir do prazer!

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA – CHEGA DE ABOBRINHA!: A maior parte doslivros sobre vegetarianismo peca por preocupar-se em demonstrar que aalimentação vegetariana é nutritiva e até curativa, mas relega o sabor a um sétimosubplano do baixo astral. Este livro não quer provar que você pode sobreviver sendovegetariano, pois as evidências estão aí: um bilhão de hindus, todos os cristãosadventistas do mundo e todos os praticantes de SwáSthya Yôga (hoje, já mais deum milhão só no Brasil). O livro apresenta unicamente receitas de-li-ci-o-sas, paravocê adotar o vegetarianismo sem que a sua família nem sequer perceba que os

pratos não têm carne e, ainda, incrementando muito o paladar, o refinamento e asofisticação culinária.

KARMA E DHARMA – TRANSFORME A SUA VIDA: Ensinamentos revolucionáriossobre como comandar o seu destino, saúde, felicidade e finanças.

CHAKRAS, KUNDALINÍ E PODERES PARANORMAIS: Revelações inéditas sobreos centros de força do corpo e sobre o despertamento do poder interno.

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MEDITAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO: A verdade desvendada a respeito dessatécnica adotada por milhões de pessoas no Ocidente e por mais de um bilhão noOriente.

CORPOS DO HOMEM E PLANOS DO UNIVERSO: A estrutura dos veículos sutisque o ser humano utiliza para se manifestar nas diversas dimensões da Natureza.

ÔM – O MAIS PODEROSO DOS MANTRAS: As várias formas de pronunciar omantra que deu origem a todos os demais mantras, e como evitar erros perniciosos.

PROGRAMA DO CURSO BÁSICO DE YÔGA:  Contém todo o programa doSeminário de Preparação ao Curso de Formação de Instrutores de Yôga. Esse

curso pode ser feito por qualquer pessoa que queira conhecer o Yôga maisprofundamente e é especialmente recomendado aos que já lecionam ou pretendamlecionar. Também disponível em vídeo.

POSTERES 

POSTER COM AS FOTOS DA PRÁTICA BÁSICA: Didático e decorativo, apresentadezenas de fotografias de DeRose executando as técnicas descritaspormenorizadamente no CD Prática Básica.

POSTER DO SÚRYA NAMASKÁRA: Mostra a mais antiga coreografia, a única queainda resta no acervo do Yôga Moderno, a Saudação ao Sol, em doze ásanasexecutados pelo próprio DeRose.

CDS COM AULAS E MANTRAS 

  YÔGA - PRÁTICA BÁSICA: Contém 84 exercícios entre técnicas corporais,respiratórios, relaxamentos, mantras, meditação, mudrás, kriyás e pújás com adescrição pormenorizada para permitir perfeita compreensão ao iniciante. Asilustrações referentes às técnicas, bem como instruções detalhadas encontram-seno livro F  AÇA Y ÔGA ANTES QUE VOCÊ PRECISE .

RELAX - REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL: Relaxamento profundo com ordensmentais para beneficiar a saúde, desenvolvimento interior, aprimoramento do caráter e dos costumes, obter maior produtividade no trabalho, nos estudos, nos esportes;melhor integração social e familiar. Para ser utilizada após a prática de Yôga ouantes de dormir. Ou, ainda, enquanto trabalha, lê, etc. para que vá diretamente aoseu subconsciente. Não deve, entretanto, ser utilizada enquanto conduz qualquer tipo de veículo por descontrair muito e, eventualmente, reduzir reflexos.

DESENVOLVA A SUA MENTE: Ensina exercícios práticos para o aumento docontrole mental, estimula o despertar de faculdades latentes e aprimora asensitividade, visando a conduzir aos estados alfa, téta e outros mais profundos.Induz à meditação, ensina a transmitir força e saúde pelo pensamento, testa o índicede paranormalidade, treina a projeção astral e oferece muitos outros exercícios.

SÂNSCRITO - TREINAMENTO DE PRONÚNCIA: Não cometa mais gafes! Algunstermos mal pronunciados podem ter significados embaraçosos... Gravada na Índiapelo Dr. Muralitha, Mestre de sânscrito para hindus, esta fita contém entrevistas com

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 134

swámis indianos sobre a importância mântrica de pronunciar corretamente os termostécnicos do Yôga, explanações teóricas e exercícios de dicção. O apoio bibliográficoa esta gravação são os livros F  AÇA Y ÔGA  ANTES QUE VOCÊ PRECISE  e T UDO O QUE VOCÊ 

NUNCA QUIS SABER SOBRE Y ÔGA. 

SAT CHAKRA - CÍRCULO DE ENERGIA: Gravada originalmente nos Himalayas por DeRose, contém respiratórios, mantras, mentalizações, técnicas de projeção ecanalização de energia para fortalecimento pessoal, bem como para moldagem dofuturo de cada participante. É utilizada por praticantes e professores de todo omundo para estabelecer uma forte sintonia recíproca. Todas as quartas-feiras (ou,

pelo menos, nas terceiras 4as feiras de cada mês), à mesma hora, os professoresacionam esta gravação em seus Núcleos de Yôga. Os demais interessados podemadquirir o CD de Sat Chakra para reunir seus familiares ou amigos e praticar estepoderoso exercício gregário.

MANTRA, PRINCÍPIO, PALAVRA E PODER  (do Mestre Carlos Cardoso):Experimente a maravilhosa sensação de ouvir mantras de várias linhas de Yôga,vocalizados em sânscrito por um coral a 4 vozes, constituindo um manancial inéditode musicalidade ancestral. Para ser utilizado nas práticas diárias ou simplesmenteenergizar o ambiente com estes sons poderosos.

ÔM, O SOM ETERNO  (do Mestre Carlos Cardoso): “Em todas as escrituras daÍndia antiga o ÔM é considerado como o mais poderoso de todos os mantras. Osoutros são considerados aspectos do ÔM e o ÔM é a matriz de todos os demaismantras. É denominado mátriká mantra, ou som matricial.” Sinta a força de mais de

100 vozes entoando este som primordial. Sinta o incontável número de sonsharmônicos naturais gerados para lhe propiciar concentração e meditação.

KIRTANS, OS MANTRAS DA ÍNDIA ANTIGA  (do Mestre Carlos Cardoso): Estesmantras fabulosos da Índia têm uma aceitação e respeito de ordem mundial. Nassuas letras, de cunho folclórico, épico ou mitológico, exaltam-se e reverenciam-se ospersonagens mais importantes da história indiana - como Shiva, Ganêsha, Parvatí,Ráma, Krishna - que remonta mais de 5.000 anos.

BÍJA, O SOM DOS CHAKRAS (do Mestre Carlos Cardoso): No despertamento dakundaliní , os chakras desempenham um importante papel como elementoscatalisadores e distribuidores do prána (bio-energia). Os bíjas, sons-semente doschakras, induzem, desenvolvem, organizam os chakras para um funcionamento maisadequado ao que se deseje obter. Elaborados com um efeito sonoro relaxante,

ensina a vocalização correta desses sons primordiais.

MANTRA (do Prof. Edgardo Caramella): Este CD é recomendado para escutar emcasa, no carro e até para animar as festas! É lindíssimo, acompanhado de umaprimorosa percussão executada pelos próprios instrutores de SwáSthya que fazemparte do coro. Foi produzido por uma das representações da Universidade de Yôgana Argentina.

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MESTRE DeROSE  135

COREOGRAPHIA (do shakta ZéPaulo): Músicas orquestradas, sem vocal,cronometradas no tempo certo, para utilizar na demonstração de coreografias.Também podem ser utilizadas como música ambiente. Constitui um trabalhoimpecável. Foi produzido por uma das representações da Universidade de Yôga emPortugal.

TANTRA MUSIC  (do Prof. Roberto Locatelli): Contém músicas compostas eexecutadas no computador pelo próprio Prof. Locatelli. São músicas que têm umsentimento vibrante de força, poder e energia – dinâmicas como o SwáSthya Yôga. 

INCENSO KÁLÍ-DANDA 

Um dos melhores do mundo e dos raros que realmente são elaborados com amatéria prima chamada incenso. Durante a queima são liberadas substânciasprovenientes do amálgama alquímico com a propriedade de dissolver larvas emiasmas astrais. Limpa e purifica ambientes e as auras das pessoas. Auxilia aconcentração e a meditação. 

PERFUME TÂNTRICO CAREZZA DE ALTA FIXAÇÃO 

Essência pura, o Carezza é extremamente energético e estimulante. Leia a Lendado Perfume Carezza nos livros já mencionados.

MEDALHA COM O ÔM (SÍMBOLO UNIVERSAL DO YÔGA)

Cunhada em forma antiga, representa de um lado o ÔM em alto relevo, circundadopor outras inscrições sânscritas. No reverso, o ashtánga yantra, poderoso símbolodo SwáSthya Yôga. O ÔM é o mais importante mantra do Yôga e atua diretamenteno ájña chakra, a terceira visão, entre as sobrancelhas. Para maiores informaçõessobre o ÔM, a medalha, o ashtánga yantra e os chakras, consulte os livros acimacitados.

FAÇA O SEU PEDIDO PARA:

BRASIL: (00 55 11) 3088-9491

(00 55 11) 3081-9821

ARGENTINA: (00 54 11) 48 64 70 90

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 136

PORTUGAL: (00 351 21) 84 53 974(00 351 22) 60 03 212

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MESTRE DeROSE  137

VOCÊ SABE O QUE É A UNIÃO NACIONAL DE YÔGA?

DESCULPE, MAS NÃO SABE.  A Uni-Yôga foi criada e existe para auxiliar você a melhorar seusconhecimentos de Yôga, sua qualidade de aula, seu sucesso na profissão,bem como para aumentar o número dos seus alunos e, conseqüentemente,beneficiá-lo economicamente.

O MAIS INTERESSANTE É QUE A FILIAÇÃO É GRATUITA.

Você sabia? Claro que não sabia, pois, se soubesse, já estaria filiado e cre-ditando essas vantagens na conta da sua Unidade, Núcleo ou Academia.

Os professores que entenderam a proposta da União usam-na para ampliar 

seu patrimônio a cada mês que permanecem filiados e, dessa forma,crescer não apenas na qualidade e autenticidade do Yôga que ensinam,mas também melhorando as instalações para proporcionar mais conforto ebem-estar a si mesmos e aos seus alunos... e, a médio prazo, comprar asua sede própria para afastar as preocupações materiais. Afinal, elas nãodevem interferir com a sua missão de difundir o Yôga mais legítimo.

Se você responder: “é, mas agora não dá”, saiba que você tem umproblema sério de paradigma. Nesse caso, não podemos fazer nada por você. Os outros instrutores vão continuar crescendo e você vai permanecer estagnado. Só você pode decidir melhorar o karma da sua vida e profissão.

Queremos você na nossa família, queremos a sua amizade, queremosajudar-nos mutuamente.

 Ass. Seus Amigos da Uni-Yôga

A força está na União; na separação, a fraqueza.DeRose 

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 138

PARA QUE SER FILIADO À UNI-YÔGA 

  A motivação maior das pessoas é o carinho e a vontade de fazer partedesta grande família. Contudo, uma filiação traz certas vantagens. Algumasdelas são (por ordem de importância):

1. Ter o privilégio de poder declarar-se filiado à União Nacional de Yôga. 

2. Contar com o respaldo do nome e da experiência do Mestre DeRose.

3. Trocar conhecimentos e desfrutar de um largo círculo de amizades com outros instrutores de Yôga.

4. Ser convidado para dar cursos ou fornecer algum produto seu noutrascidades.

5. Se for Credenciado, ter a possibilidade de ocupar o cargo dePresidente da Associação de Professores de Yôga da sua cidade(deixando de ser Credenciado, precisará devolver a pasta).

6. Contar com descontos em cursos e eventos para o Diretor, osInstrutores e os praticantes da sua Unidade.

7. Contar com descontos na compra de livros, CDs, vídeos e outrosprodutos da Uni-Yôga.

8. Se for Credenciado, ter gratuidade ao participar de cursos, congressose festivais que forem classificados como prioridade A.

9. Ser indicado pela União Internacional de Yôga como um instrutor sérioe competente.

10. Seus alunos poderão freqüentar gratuitamente as demais unidadesda rede quando em viagem por todo o Brasil e exterior.

11. Ter a possibilidade de se cotizar com os demais filiados para apublicação de divulgação em veículos nobres.

12. Todos os demais benefícios de fazer parte de uma grande rede deNúcleos de SwáSthya Yôga, inclusive o de estar sempre atualizado,recebendo notícias e as últimas novidades para saber o que está

acontecendo na área de Yôga, o intercâmbio cultural, a documentação,o aprimoramento contínuo e o apoio dos seus companheiros, nãoapenas para o trabalho, mas para a vida social.  Afinal, ninguém podeficar só. Todo instrutor de Yôga deve estar filiado a alguma entidade. Aquestão é fazer uma escolha acertada.

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O QUE É A

UNIVERSIDADE DE YÔGA 

Universidade de Yôga é o nome da entidade legalmente registrada em cartório deRegistro Civil das Pessoas Jurídicas. Essa é a razão social. Temos dois registros:um como PRIMEIRA UNIVERSIDADE DE YÔGA DO BRASIL, registrada nos termos dos arts.18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o no. 37959 no 6o. Ofício e outro comoUNIVERSIDADE INTERNACIONAL DE YÔGA, registrada sob o no. 232.558/94 no 3o. RTD,com jurisdição mais abrangente, para promover atividades culturais na AméricaLatina e Europa.

DEFINIÇÃO JURÍDICA 

PRIMEIRA UNIVERSIDADE DE YÔGA DO BRASIL é o nome do convênio firmado entre aUnião Nacional de Yôga, as Federações de Yôga dos Estados, e as UniversidadesFederais, Estaduais ou Católicas que o firmarem, visando à formação de instrutoresde Yôga em cursos de extensão universitária. Esse convênio apenas formaliza e dácontinuidade ao programa de profissionalização que vem se realizando sob a nossatutela, naquelas Universidades desde a década de 70 em praticamente todo o país.

PROPOSTA E JUSTIFICATIVA 

Queremos compartilhar com você uma das maiores conquistas da nossa classeprofissional. Nos moldes das grandes Universidades Livres que existem na Europa eEstados Unidos há muito tempo, foi fundada a Primeira Universidade de Yôga do

Brasil.Inicialmente esta entidade não pretende ser um estabelecimento de ensino superior e sim ater-se ao conceito arcaico do termo universitas: totalidade, conjunto. Na IdadeMédia, universitas veio a ser usada para designar “corporação”. Em Bolonha o termofoi aplicado à corporação de estudantes. Em Paris, ao contrário, foi aplicado aoconjunto de professores e alunos (universitas magistrorum et scholarium). EmPortugal, universidade acha-se documentado no sentido de “totalidade, conjunto (de

 pessoas)”, nas Ordenações Afonsinas (Dicionário Etimológico da Língua

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 140

Portuguesa). O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia deCiências de Lisboa, oferece como primeiro significado da palavra universidade:“conjunto de elementos ou de coisas consideradas no seu todo. Generalidade,totalidade, universalidade”. No Brasil, o Dicionário  Michaelis define como primeirosignificado da palavra universidade: “totalidade, universalidade”. E o Dicionário Houaiss, define como primeiro significado: “qualidade ou condição de universal”.Portanto, o conceito de que Universidade seja um conjunto de faculdades é apenasum estereótipo contemporâneo.

Tampouco somos os primeiros a idealizar este tipo de instituição. A UniversidadeLivre de Música Tom Jobim (mantida pelo Estado de São Paulo), a Universidade

Corporativa Visa (de São Paulo), a Universidade SEBRAE de Negócios (de Porto  Alegre), a Universidade Holística (de Brasília), a Universidade Livre do Meio Ambiente (de Curitiba), e a Universidade de Franchising (de São Paulo), são algunsdos muitos exemplos que podemos citar como precedentes.

O que importa é que a sementinha está lançada e queremos compartilhá-la comtodos os nossos colegas. Conto com o seu apoio para fazermos uma UNIVERSIDADE

DE YÔGA digna desse nome!

DeRoseReconhecimento do título de Mestre em Yôga (não-acadêmico) e Notório Saber pelas Faculdades Integradas Teresa d’Ávila (SP), 

pela Universidade Estácio de Sá (MG), UniCruz (RS), Universidade do Porto (Portugal) e Universidade Lusófona de Lisboa.Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.

Comendador pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.Fundador do Conselho Federal de Yôga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga.

Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.Fundador da primeira Confederação Nacional de Yôga do Brasil.

Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil e Universidade Internacional de Yôga, em Portugal.Criador do primeiro projeto de lei em 1978 e principal articulador da Regulamentação dos Profissionais de Yôga.

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A maior entidade de Yôga do país com 205 unidades no Brasil, Merco-Sul e na Europa

Turma Agenda FICHA DE PRATICANTE 

USE LETRA BEM LEGÍVEL 

Nome: _____________________________________________ Nº de controle:

 _____________ 

SÓ É PERMITIDO

INGRESSAR PARA A PRIMEIRA AULA

COM A FOTO NAFICHA 

Endereço residencial: ____________________________________________________________ 

Bairro: __________________________________ Telefones: (_____) ______________________ 

CEP: _______________ Cidade: ______________________________ Estado: _____________ 

Profissão: _______________________________________ Cargo:

 ________________________ Empresa: _________________________________________ e-mail: _______________________ 

Endereço profissional: ____________________________________________________________ 

Bairro: __________________________________ Telefones: (_____) ______________________ 

CEP: _______________ Cidade: _______________________________ Estado: _____________ 

Data de nascimento: _____/_____/_____ Estado civil: ___________________________________ 

Deseja praticar Yôga ou Bio-Ex? _____________ Motivo pelo qual decidiu praticar: ___________ 

 ____________________________________________________________________________  __ 

Já praticou antes? __________ Já leu algo a respeito? _________ Livros que leu: ____________ 

 ____________________________________________________________________________  __ 

Já se dedicou a alguma modalidade similar? ____________ Qual (ou quais)? _________________ 

 ____________________________________________________________________________  __ 

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 142

Indicado por: ___________________________________________________________________  

ASSINALE COM UM X OS CURSOS QUE VOCÊ GOSTARIA DE FAZER NO FUTURO: 

❏ Alimentação biológica  ❏ Ásanas (técnicas corporais)  ❏ Mantra 

❏ Karma – transforme a sua vida  ❏ Formação profissional  ❏ Tantra

❏ Chakras e kundaliní  ❏ Curso Superior de Yôga (3º grau)  ❏ Meditação 

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MESTRE DeROSE  143

EXAME MÉDICO OBRIGATÓRIO – NÃO ACEITAMOS ATESTADO O atestado médico declara apenas que o interessado pode fazer Yôga. Isso é uma redundância, já que todas aspessoas podem praticá-lo, com qualquer estado de saúde. Alguém que tivesse, ao mesmo tempo, pressão alta,problemas cardíacos, problemas graves de coluna, asma e úlcera, tudo junto, ainda poderia praticar até 90% dastécnicas de Yôga, a saber: todos os mudrás (gestos reflexológicos feitos com as mãos); quase todos os kriyás(purificações orgânicas); um bom número de ásanas (técnicas corporais) dos quais se suprimiriam os contra-indicados pelo médico; todos os yôganidrás (relaxamentos); e todos os samyamas (exercícios de concentração,meditação e outros dessa natureza).

Por essa razão, apresentamos as ilustrações abaixo, para que o competente julgamento do médico autorize oucontra-indique os exercícios, conforme o caso. E não o Yôga, como um todo!

Médicos de convênios, clubes e empresas poderão não aceitar esta ficha por motivos administrativos. Nesse caso,procure o seu médico particular ou solicite indicação na sua Unidade da Rede De Rose.

PARA USO DO MÉDICO

Os exercícios assinalados são contra-indicados para este praticante 

Declaro que examinei o paciente em questão e que ele não é portador de doenças infecto-contagiosas, nem afecções graves e, portanto, está autorizado a praticar Yôga e/ou Bio-Ex,exceto as contra-indicações que eu eventualmente tiver assinalado nos desenhos acima.

Nome do Médico: ________________________________________________________________ 

Endereço: _________________________________________________ Telefone: ____________ 

Local e Data: ______________________________________________ CRM: ________________ 

 Assinatura: _____________________________________________________________________ 

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO PRATICANTE

Estou ciente das contra-indicações assinaladas pelo médico e comprometo-me aobservá-las, assumindo total responsabilidade a respeito e, portanto, isentando meu

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 144

instrutor, a Unidade onde pratico e a União Nacional de Yôga de toda e qualquer responsabilidade. 

Local e data: ____________________________________________________________________ 

  Assinatura do Aluno ou responsável: _________________________________________________ 

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CARTA ABERTA AOS MÉDICOS 

Prezado Doutor.

Nestes mais de quarenta anos de trabalho com Yôga Técnico, temos recebidomuitos clientes enviados por Clínicos e Especialistas de diversas áreas. Queremosagradecer a confiança depositada em nosso trabalho e, ao mesmo tempo, prestar um esclarecimento à classe médica.

  A bem da honestidade é nosso dever informar que Yôga pode ser um excelentesistema para manter a boa saúde, mas não é uma terapia. Não é para enfermos,nem para idosos, nem para pessoas com problemas. O instrutor de Yôga não temformação de terapeuta e, por uma questão de seriedade, não pode extrapolar suaatuação para além dos limites legais e morais da profissão. Tanto a ética quanto alegislação o determinam.

Um dos motivos deste posicionamento é o fato de que nós não conseguiríamosensinar verdadeiramente Yôga àquele público pelas razões expostas neste livro. Háalgum tempo surgiram, principalmente no Ocidente, interpretações consumistasdiferentes da que acabamos de expor. Tal distorção foi gerada pelo fato de o Yôga,praticamente, não ter contra-indicações. Isso criou a ilusão de que seria umexercício para quem não contasse com idade ou saúde para dedicar-se aosesportes. Não é assim.

O Yôga Antigo (SwáSthya Yôga) nada tem a ver com a imagem ingênua que lhe foiatribuída por ensinantes sem habilitação. É forte, mas possui a característica derespeitar o ritmo da cada um.

O Yôga trata-se de um conjunto de técnicas para pessoas jovens e saudáveis, quedesejam preservar a saúde, aumentar a energia, reduzir o stress e maximizar seurendimento no trabalho, na arte, nos estudos e nos esportes.

Isto posto, queremos convidar o prezado leitor Médico a experimentar o método paraconfirmar seu sofisticado nível técnico. E colocamos nossas instalações à disposiçãodos seus pacientes jovens que estejam saudáveis e necessitem apenas fazer exercícios inteligentes*.

Cordialmente,

* Os portadores de problemas psicológicos, psiquiátricos ou neurológicos não devem ser encaminhados à prática do Yôga. Um Yôga verdadeiro e forte poderia agravar seus males.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 146

ADVERTÊNCIA O SwáSthya Yôga cresceu muito nas últimas décadas e difundiu-se por toda parte.Centenas de estabelecimentos sérios e milhares de profissionais honestos estãorealizando um ótimo trabalho nos núcleos de Yôga, bem como nas empresas, clubese academias de todo o país. Nas livrarias, os livros de SwáSthya Yôga nãoesquentam prateleira. Assim que chegam, esgotam-se.

No entanto, precisamos reconhecer o outro lado da medalha: bastante gente diz queensina SwáSthya Yôga, mas muitos nem sequer prestaram exame na Federação,outros foram reprovados, outros nem curso de formação fizeram, e todos esses

tentam vender um grosseiro engodo aos seus crédulos alunos.

Para defender-se, bem como proteger a sua saúde e poupar o seu dinheiro, tome asseguintes precauções:

1. Peça, cordialmente, para ver o certificado do profissional. Algo como: “Ouvidizer que o certificado de Instrutor de Yôga do Mestre DeRose é lindíssimo! Dizemque o documento é expedido por Universidades Federais, Estaduais e Católicas. Eugostaria de vê-lo. Você pode me mostrar o seu?”

2. Se o ensinante não mostrar, desconfie. Por que alguém não teria todo ointeresse e satisfação em exibir seu certificado de instrutor de Yôga? Ele semelindrou? Então é porque não é formado. Fuja enquanto é tempo.

3. Se o profissional mostrar algum papel, leia com atenção para constatar se odocumento declara expressamente que é um Certificado de Instrutor de Yôga, ou

se é apenas um certificado de pequenos cursos, que qualquer aluno pode conseguir num workshop de duas horas, o qual, obviamente, não autoriza a lecionar. Verifiquetambém se não é uma mera falsificação feita em casa, no computador. Se for,denuncie. Lugar de falsário é na cadeia.

4. Confirme pelos telefones da Uni-Yôga, (11) 3081-9821 e 3088-9491, se essapessoa é mesmo formada, se o seu certificado é verdadeiro e se permanece válido.Casos de descumprimento da ética, de desonestidade ou de indisciplina gravepodem resultar na cassação da validade do certificado. Você não gostaria de ser aluno de uma pessoa com esse tipo de caráter, gostaria?

5. Independentemente de o profissional ser mesmo formado e seu certificado estar válido, caso ele ensine algo que esteja em desacordo com os livros do codificador doSwáSthya Yôga, o Mestre DeRose, essa é uma demonstração cabal de que nãoestá havendo fidelidade. Não aceite um instrutor que adultere o método. A garantiade segurança e autenticidade só existem se o método for respeitado na íntegra.

Portanto, é importante que você, aluno, leia os livros de SwáSthya Yôgarecomendados na bibliografia, assista aos vídeos com aulas e utilize os CDs deprática. Se tiver dificuldade em encontrá-los, ligue para a Uni-Yôga pelos telefonesacima.

Com estes cuidados, temos a certeza de que você estará respaldado por umaestrutura de seriedade, honestidade e competência que lhe deixarão plenamentesatisfeito.

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MESTRE DeROSE  147

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 148

O QUE AS NOSSAS UNIDADES CREDENCIADAS OFERECEM A VOCÊ 

Desenvolvemos um trabalho extremamente sério e gostamos que seja assim. Nossopúblico também gosta. Dessa forma, se a sua Unidade não têm:

• Processo seletivo para admissão ao Yôga;

• Testes mensais para avaliação de aproveitamento;

• Estrutura com doze atividades culturais;

Então, sentimos informar: se não oferece os três itens acima, não é uma UnidadeCredenciada pelo  Mestre DeRose, mesmo que o seus dados ainda constem darelação de endereços nas páginas seguintes. Quanto ao terceiro item, confira abaixo

em que consiste.ESTRUTURA COM DOZE ATIVIDADES CULTURAIS

Oferecemos um programa diversificado com doze atividades culturais, visando,essencialmente, à formação profissional e que permite aos mais dedicadoscomparecer de segunda a sábado e, cada dia, praticar ou estudar coisas diferentes.

PRÉ-REQUISITO:

1. curso básico: terças-feiras às 21 horas; reprise, em vídeo, noutros dias ehoras. Na semana em que o inscrito faltar ao curso básico, ficará impedido de freqüentar qualquer outra atividade. Poderá, no entanto, repor essa aula assistindo-a em vídeo. 

ATIVIDADES ELETIVAS (INCLUÍDAS NA MENSALIDADE):

2. mantra (sat sanga);

3. meditação;

4. mentalização (sat chakra);

5. treinamento de coreografia;

6. círculo de leitura;

7. prática regular com a orientação de instrutores formados;

8. horários para a prática livre, sem instrutor;

9. biblioteca, com livros, vídeos e CDs: quando utilizados na Universidade;

10.mostras de vídeo: com documentários e filmes pertinentes.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (NÃO INCLUÍDAS NA MENSALIDADE):

11.cursos e workshops: com autoridades nacionais e internacionais em fins-de-semana;

12.além das atividades acima, que todas as Unidades mantêm, cada qualpromove algumas outras atividades recreativas, tais como jogos, jantares,bazares, passeios, Yôga trekkings, Yôga SPAs, Yôga camps, Yôga surfs, etc.

SE A SUA UNIDADE NÃO FUNCIONA DESTA FORMA, PROCURE OUTRA.

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INSTRUTORES CREDENCIADOS EM TODO O BRASIL E NO EXTERIOR Peça sempre referências do instrutor pelos nossos telefones 

Há mais de 5.000 instrutores que foram formados pelo Mestre DeRose em todo o Brasil eno exterior nos últimos 40 anos. Não aceite a simples declaração feita por um instrutor ouestabelecimento, de que ele seja nosso representante, filiado ou credenciado. Muitagente o declara sem ser. O fato de terem sido formados por DeRose não significa queestejam filiados à Uni-Yôga ou supervisionados por ele. Só a supervisão constante, osexames anuais de revalidação e o controle de qualidade da filiação podem garantir opadrão de exigência e sobriedade que nos caracterizam.

A MAIOR DO MUNDO 

 A Uni-Yôga é a maior rede de Yôga técnico do mundo, com mais de 200 Unidades noBrasil e dezenas noutros países da América Latina e Europa. Apesar disso, continuamoscom o mesmo zelo e atenção pelo aluno, o que constitui o segredo do nosso sucesso:turmas pequenas, orientação personalizada e instrutores de Yôga formados nasUniversidades Federais, Estaduais e Católicas, selecionados entre os que foramaprovados com excelência técnica.

NO ENTANTO, DeROSE SÓ TEM UMA UNIDADE 

Chamamos de Rede DeRose ao conjunto de entidades autônomas (escolas, núcleos,centros culturais, associações e federações) que, em vários países, reconhecem aimportância da obra desse educador e que acatam a metodologia por ele proposta. Écomo a rede mundial de escolas Montessori. São milhares. Nem por isso alguém achaque pertençam à professora Maria Montessori. Apenas uma Unidade pertence a DeRose.

 As demais, cada qual tem o seu proprietário, diretor ou presidente. Todas decidiram unir-se por uma questão de intercâmbio cultural e outras facilidades operacionais.

A LISTA DE ENDEREÇOS 

 A listagem das nossas Unidades é freqüentemente alterada por estarmos em constantecrescimento. Todos os meses algumas sedes são trocadas por instalações melhores.

  Assim sendo, não devemos imprimir aqui todos os endereços onde você encontra onosso método. Afinal, o livro permanece, mas os endereços vão-se alterando.Certamente temos uma Unidade Credenciada perto de você. Estamos em praticamentetodas as capitais e mais de 150 cidades do Interior. Desejando a direção da Unidademais próxima, entre em contato com a Central de Informações da União Nacional de

 Yôga, tel.: (11) 3081-9821 ou da Universidade de Yôga, tel.: (11) 3088-9491.

Por disposição estatutária, só podem ser divulgados os endereços de UnidadesCredenciadas Efetivas, conseqüentemente, que estejam em dia com seus compromissosde quaisquer naturezas com a União Nacional de Yôga. Se você solicitar um endereço ea Central informar que essa Unidade está com o “credenciamento sob interdição”, isso

significa que ela deixou de satisfazer a algum requisito do nosso exigente controle dequalidade.

Caso você tenha interesse em tornar-se instrutor de SwáSthya Yôga e/ou representá-lona sua cidade, pegue o telefone e entre em contato conosco agora mesmo. É importantefazer-nos saber que deseja trabalhar conosco e expandir o Yôga pelo nosso país e pelomundo. Conte conosco. Queremos ajudar você.

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ORIGENS DO YÔGA ANTIGO 150

INSTRUTORES CREDENCIADOS EFETIVOS Seria impossível relacionar todos os endereços da nossa Rede. Selecionamos, então, algunsdos melhores e mais fiéis cumpridores das nossas normas. Vamos indicá-los comoreconhecimento pela sua qualidade, disciplina e regularidade na observância das nossasrecomendações.

Se você estiver inscrito em qualquer uma dessas Unidades Credenciadas, terá o direito defreqüentar todas as demais quando em viagem, desde que comprove estar em dia com o seupagamento à Unidade de origem e apresente os documentos solicitados (conveniência estasujeita à disponibilidade de vaga).

PARA CONHECER NOSSOS ENDEREÇOS ATUALIZADOS, QUEIRA CONSULTAR O SITE www.uni-yoga.org.br  

SÃO PAULO − AL. JAÚ, 2000 − TEL. (11) 3081-9821 E 3088-9491.