24
IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS JORNAL SBOT MINAS abril a junho | 2018 Ano IX - Nº 34 Ortopedistas mineiros apoiam Maio Amarelo | 10 Evidência em Ortopedia: nova sessão| 09 Não perca esse evento: 21 CMOT | 07 Invento de ortopedista mineiro é aprovado pelo INPI | 21 Defesa Profissional: vamos apoiar | 13 Projeto Memórias da Ortopedia Mineira presta homenagem ao Hospital Madre Teresa-BH 14

Ortopedistas mineiros apoiam Maio Amarelo | 10 · Pé e Tornozelo: Daniel Soares Baumfeld Joelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva ... Dr. Marco Antônio de Castro Veado Durante

  • Upload
    dothuan

  • View
    232

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

JORNAL SBOT MINAS abri l a junho | 2018Ano IX - Nº 34

Ortopedistas mineiros apoiam Maio Amarelo | 10

Evidência em Ortopedia: nova sessão| 09

Não perca esse evento: 21 CMOT | 07

Invento de ortopedista mineiro é aprovado pelo INPI | 21

Defesa Profissional: vamos apoiar | 13

Projeto Memórias da Ortopedia Mineira presta homenagem ao Hospital Madre Teresa-BH

14

EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Cristiano Magalhães MenezesGestão 2018

Caro colega,

Seguimos no ano de 2018 com diversos desafios, mas trabalhando para colher os frutos da nossa gestão à frente da SBOT MINAS. Temos como grande objetivo, alinhado aos interesses da SBOT nacional, promover a conscientização política dos nossos membros para as próximas eleições de outubro. Necessitamos de maior representação nos Poderes Executivos Federal e Estadual, bem como na Câmara e no Senado, por meio de pessoas que abracem a causa médica. Não se trata de dogmas ou ideologias. Trata-se de nos organizar para defender a prática profis-sional, tendo como partido a Medicina, centrados na ideia de que “o médico apoia quem apoia a causa médica”. É legítimo que busquemos candidatos capazes de nos defender e representar, independente de seus partidos. Como formadores de opinião e profissionais de prestígio social que somos, não podemos mais apoiar, gratuitamente, candidatos sem deles cobrar um compro-misso de defesa dos nossos interesses na sociedade organizada.

Para isso, nossa diretoria propõe diversas ações: 1. Identificar e apoiar ao cargo de deputado federal, um candidato comprometido com a defesa profissional do médico, a exemplo do que vem sendo realizado nas demais regionais da SBOT em todo o país; 2. Promover debates claros sobre propostas de interesse do médico; 3. Aproximar a SBOT MINAS das demais especiali-dades e de seus representantes para que, unindo nossas forças, possamos realmente alcançar êxito no pleito; 4. Promover discussão entre os candidatos ao governo do estado, na sessão de defesa profissional durante o 21º CMOT, em horário nobre do congresso e sob coordenação dos colegas Bernardo Ramos e Agnus Vieira, com a assinatura de uma carta de compromisso com a classe ortopédica do Estado de Minas Gerais; 5. Conscientizar nossos associados, através de campanha apartidária, da necessidade de apoio à causa médica, assim como fazem os ruralistas, os evangélicos e outras bancadas no Congresso Nacional.

Faz-se importante também destacar nossas conquistas como sociedade de DNA científico. O 21º CMOT vem aí, no mês de agosto, tendo à sua frente o Dr Robinson Esteves, bem como o Dr. Túlio Vinícius, liderando a comissão científica, receita certa de sucesso. Com uma grade cientí-fica digna dos maiores eventos da especialidade e a participação de convidados internacionais de renome, o Congresso Mineiro de Ortopedia é o maior dos congressos das regionais da SBOT, destacando-se por sua tradição, organização e história.

E Minas Gerais segue demonstrando maturidade e liderança científicas na organização de eventos. O Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico, que ocorreu em maio, é um exemplo disso: um encontro com perfeita organização e alto nível científico, para mais de mil participan-tes. Da mesma forma, no mês de junho, o evento PEC das Regionais em Uberaba contou com a participação maciça dos colegas do Triângulo, tendo as palestras de Quadril ministradas pelos colegas Carlos César Vassalo e Paulo Henrique Van Erven Louzada, do Rio de Janeiro, sendo este último representante da CEC nacional.

Seguimos, portanto, com uma agenda científica robusta para o ano, dando continuidade, juntos, à história da nossa sociedade.

Um abraço

Em defesa da causa médica

Av. Brasil, 916 s/603 - 6º andar - Funcionários CEP 30.140-001 - B. Hte. / MG Telefax: (31) 3273-3066

E-mail: [email protected] - www.sbot-mg.org.br

Diretoria

Presidente 2018 (Vice-Presidente 2017)Cristiano Magalhães Menezes

Vice-Presidente 2018 (Presidente 2017)Robinson Esteves Santos Pires

Secretário Geral: Antônio Tufi Neder FilhoTesoureiro Geral: Matheus Braga Jacques Gonçalves

Secretário Adjunto: Rodrigo Barreiros VieiraTesoureiro Adjunto: Roberto Zambelli Almeida Pinto

Coordenador Científico: Túlio Vinícius Oliveira CamposEditor-Chefe da Revista Mineira de Ortopedia:

Marco Antônio de Castro VeadoRevisor da revista SBOT MINAS:

Arnóbio Moreira Félix

Conselho Fiscal: Fábio Ribeiro Baião | José Carlos Souza Vilela

Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Ex-Presidentes:Wilel Almeida Benevides | Wagner Nogueira da Silva

Ildeu Afonso Almeida Filho | Carlos César Vassalo Marco Túlio Lopes Caldas

DelegadosElmano de Araújo Loures | Francisco Carlos Salles Nogueira

Gilberto Francisco Brandão | Glaydson Gomes GodinhoIldeu Afonso Almeida Filho | Marcelo Back Sternick

Marco Antônio de Castro Veado | Marco Túlio Lopes Caldas Valdeci Manoel de Oliveira | Wagner Nogueira da Silva

Comissão de Ensino e TreinamentoPresidente 2018: Egídio Oliveira Santana Júnior

Membro Consultor: Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros:Guilherme Barbosa Moreira | Marcos Laube Leite

Carlos Maurício Dutra Mourão | Marcos Laube LeiteHugo Bertani Dressler | Gustavo Araújo Nunes

André Couto Godinho | Heraldo Barbosa CarlosAlessandro Cordoval de Barros | Marcelo Mendes Ferreira Gustavus Lemos Ribeiro Melo | Lucas Amaral dos Santos

Jader de Andrade Neto | Kleber Miranda Linhares Wither de Souza Gama Filho | Lucas da Silveira Guerra Lages

Comissão de Educação ContinuadaAntônio Augusto Guimarães Barros | Flávio Márcio Lago e Santos

Frederico Silva Pimenta | Gustavo Pacheco Martins FerreiraLincoln Paiva Costa | Saulo Garzedim Freire

Rodrigo D’Alessandro de Macedo | Lúcio Flávio Biondi Pinheiro Jr.

Comissão de Comunicação e MarketingEduardo Frois Temponi | Otaviano Oliveira Junior

Comissão de Políticas PúblicasAgnus Welerson Vieira | Guilherme Zanini Rocha

Hudson César José Vieira | Márcio Gholmie LabriolaMiller Gomes de Assis

Comissão de Defesa Profissional Philipe Maia | Rodrigo Galinari da Costa Faria

Comissão de Benefícios e PrevidênciaEgídio Oliveira Santana Junior | Roberto Garcia

Comissão de Controle de MateriaisFrederico de Souza Ferreira | Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Tecnologia da InformaçãoThiago Ildefonso Dornellas Torres | Eduardo Frois Temponi

Antônio Augusto Guimarães Barros

JORNAL SBOT MINASEdição e Arte Final: Via Comunicação - Tel.: (31) 3291-1305

Fotolito/Impressão: Gráfica PremierPeriodicidade: trimestral | Tiragem: 1.500 exemplares

As informações da revista SBOT MINAS podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Comissão de Interlocução com o SINMEDChristiano Esteves Simões | Rodrigo Santos Lazzarini

Comissão CientíficaTrauma: Nathan Oliveira Moreira Santos

Coluna: Bruno FontesOsteometabólica: Sérgio Nogueira Drumond Júnior

Pé e Tornozelo: Daniel Soares BaumfeldJoelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva

Ombro e Cotovelo: Lucas Braga Jacques GonçalvesCirurgia da mão: Gustavo Pacheco Martins Ferreira

Alongamento e Reconstrução: Henrique Carvalho de ResendeMedicina Esportiva: Rodrigo Otávio Dias de AraújoQuadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira

Ortopedia Pediátrica: Rodrigo Galinari da Costa Faria

SeccionaisCoordenador Científico das Seccionais

Elmano de Araújo Loures

Diretor de Políticas Públicas das SeccionaisPaulo Henrique Lemos de Moraes

SulPresidente: Júlio César Falaschi Costa

Vice-Presidente: Eugênio César Mendes

SudoestePresidente: Anderson Amaral de Oliveira

Vice-Presidente: Tiago Rodrigues Calil

MetropolitanaPresidente: Marco Túlio Guimarães Leão

Vice-Presidente: Leonardo Marques Adami

LestePresidente: José Mauro Drumond Ramos

Vice-Presidente: Luiz Henrique Vilela

Zona da MataPresidente: Oseas Joaquim de OliveiraVice-presidente: Leonardo de Castro

NortePresidente: Lucas Carvalho

Vice-Presidente: Raphael Cândido Brandão

TriânguloPresidente: Fabiano Canto

Vice-Presidente: Anderson Dias

VertentesPresidente: Mauro Roberto Grissi Pissolati

Vice-Presidente: Leonardo Elias Esper

20 Sugestão de Leitura

21 INPI aprova patente a invento mineiro

22 Meu Hobby Dr. Guilherme Horta Dias

07 Agende esse evento: 21º CMOT

09 Nova sessão: Evidência em Ortopédia

10 SBOT MINAS apoia Maio Amarelo

11 Festa Junina: cuidado com os fogos de artifício 12 PEC Uberaba

13 Defesa Profissional: vamos apoiar

14 Memórias da Ortopedia Mineira

15 Seccional Norte 16 XXIV CBOT

18 Como eu faço

ÍNDICE

CET-MG inicia novo curso de preparação ao TEOT 2019 | 17Dr. Guilherme Barbosa Moreira, Dr. Egídio Santana Jr. e Dr. Wither de Souza Gama Filho

07

Não perca esse grande evento.

02 a 04 Agosto2018

B.Hte | MG

O tradicional evento da SBOT MINAS, o Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia vai acon-tecer entre os dias 2 e 4 de agosto, no Hotel Ouro Minas, em Belo Hori-zonte, com a presença de expoentes da Ortopedia brasileira e interna-cional dicutindo temas de interesse da classe. Segundo o presidente do 21º CMOT, Dr. Robinson Esteves, a grade científica já está completa. “Te-remos um Congresso robusto que abrangerá todas as áreas da Ortope-dia e da Traumatologia. Vamos esti-mular a participação ativa dos con-gressistas, principalmente na sessão onde serão apresentados e discutidos casos práticos, com os palestrantes convidados”, adianta.

Especialistas internacionais - Neste ano, “Trauma e Cirurgia Re-construtiva, Cirurgia da Coluna e Lesões Esportivas estarão entre os temas principais abordados durante o evento. São assuntos extremamen-te frequentes no cotidiano do orto-pedista e teremos convidados inter-nacionais do mais alto nível para compartilhar seus conhecimentos conosco”, afirma. São eles os profes-

Comissão Organizadora prepara últimos detalhessores Dr. Robert Schenck, conside-rado um dos principais nomes da medicina esportiva mundial e cria-dor de um sistema de classificação das luxações de joelho, que é usado mundialmente; o Dr. Pedro Berja-no, um dos palestrantes mais requi-sitados em todo o mundo, que irá abordar temas como as correções de deformidades complexas na co-luna, e que ministrará também um curso pré-congresso, patrocinado pela empresa Nuvasive, com grade científica elaborada pela SBOT MI-NAS, ressalta o Dr. Robinson Este-ve, anunciando ainda a presença no congresso do Dr. Frank Liporace, considerado uma unanimidade na Traumatologia Ortopédica. Como exímio cirurgião, vasta experiência e inúmeras publicações, ele tam-bém realiza artroplastias e revisões de artroplastias de joelho e quadril, temas que estão incluídos na grade científica do Congresso.

Novidades - De acordo com o presidente do 21º CMOT uma das novidades do evento será a sessão de vídeos de vias de acesso espe-ciais no trauma ortopédico, em

formato 3D, com apresentação agendada para o dia 2 de agosto. O formato das sessões também será diferente esse ano, com pequenos grupos de profissionais atuando como debatedores, o que permitirá maior aproximação entre professo-res e congressistas, e, com isso, um melhor aprendizado. “O Congresso é uma oportunidade para atualizar conteúdos científicos e para estar lado a lado com especialistas regio-nais, nacionais e internacionais do mais alto nível. Em última análise, os pacientes serão os maiores be-neficiados”, enfatiza o Dr. Robin-son Esteves.

O CMOT está incluído no ca-lendário científico nacional como um dos mais importantes do país. Além da atualização científica, os colegas participantes terão a opor-tunidade de apresentar trabalhos científicios na sessão Temas Livres, cujo prazo de inscrição será libera-do em breve, bem como participar dos eventos sociais que estão sen-do cuidadosamente planejados. Aguardem!

08

Não perca esse grande evento!

02 a 04 Agosto2018

B.Hte | MG

Graduou-se na Universidade de Granada/Espanha, sua terra natal. Especializou-se em Madri e fez Doutorado em Salamanca. Atualmente, é Diretor da Divisão de Cirurgia Vertebral do Instituto Ortopédico IRCCS Galeazzi, em Milão. É pioneiro no uso de técnicas de micro cirurgia, laparos-cópica, toracoscópica e de técnicas percutâneas para vertebroplastia e cifoplastia. Desde 2009 tem aplicado, com sucesso, as mais modernas técnicas minimamente invasivas em procedimentos com-plexos, incluindo a técnica XLIF para dor lombar, deformidades adultas, compressão espinhal e estenose.

Dr. Frank Liporace, | Nova York - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se pela Universidade Estadual de Nova York. Posteriormente, completou o Programa de Residência de Cirurgia Ortopédica no Hospital for Joint Diseases / New York. Em seguida, especiali-zou-se em Traumatologia Ortopédica no Hospital Geral de Tampa, sob a tutela do Dr. Roy Sanders, e em cirurgia reconstrutora no Instituto Ortopédico da Flórida. Seus interesses incluem Cirurgia Pélvica e Acetabular, Reconstrução Completa do Trauma Ortopédico, Reconstrução do Quadril e do Joelho e tratamento de complicações associadas ao Trauma Ortopédico.

É vice-presidente do Departamento de Ortopedia e Chefe de Trauma e Reconstrução Ortopédica no Jersey City Medical Center. Tem mais de 100 publicações em revistas com revisão de pares e mais de 15 capítulos em livros de texto ortopédicos. Já realizou mais de 300 palestras sobre Trauma Ortopédico e Reconstrução Óssea em todo o mundo.

Dr. Pedro Berjano | Milão - Itália | Cirurgião de Coluna

Dr. Robert C. Schenck | Albuquerque - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se na Universidade do Colorado / Estados Unidos. Fez residência em Ortopedia no Johns Hopkins Hospital / Baltimore. É especialista em Medicina Esportiva, cirurgião geral e M.D., todos pelo Johns Hopkins University, e criador da “Classificação para luxação de joelho” utilizada em todo o mundo.

É professor na University of New Mexico / Department of Orthopaedics Albuquerque, e membro de diver-sas entidades médicas, como American Academy of Orthopaedic Surgeons, American Orthopaedic Association , American Orthopaedic Society for Sports Medicine e Association of Bone and Joint Surgeons. É autor de qua-tro livros e tem mais de 30 capítulos como autor e co-autor.

Convidados internacionais já confirmados:

09

Medalha da InconfidênciaO colega Romero Iago Freitas Mendes recebeu, no último dia 21 de abril,

em Ouro Preto, a mais alta comenda concedida pelo Governo de Minas Ge-rais, atribuída a personalidades que contribuíram para o prestígio e a projeção mineira - a Medalha da inconfidência, criada em 1952, durante o governo de Juscelino Kubitscheck.

Dr. Romero Iago é membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho. Atualmente é coordenador do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitá-rio Clemente de Faria - HUCF UNIMONTES. Há dois anos, ocupa a Diretoria Técnica da instituição.

“Ser indicado pela Universidade Estadual de Montes Claros para receber tal homenagem deixou-me lisonjeado e representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos os colegas de nossa equipe”, comentou.

Ev dênciaem ortopedia

A Associação Médica Brasileira recomen-da a todos os colegas médicos apoiarem os pré-candidatos da categoria às próximas eleições. A decisão foi aprovada em reu-nião realizada no último dia 22 de maio, em São Paulo. Entre os pré-candidatos indicados está o colega mineiro Bernardo Ramos, ortope-dista pediátrico, membro do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde. Atualmen-te, ele é o Primeiro Vereador Suplente na Câmara Municipal de Belo Horizonte e integra a Frente Parlamentar de Medici-na - FPMed. Nas próximas eleições, o Dr. Bernardo Ramos concorre a uma vaga na Câmara Federal pelo Partido Novo.

Eleições 2018

Eleições na SBCJ

O pré-candidato Dr. Bernardo Ramos (Partido Novo) recebe apoio da AMB, às próximas eleições. Na foto, ele e o presidente da entidade, Dr. Lincoln Lopes Ferreira

Em tempo de Copa do Mundo, destaque para o cole-ga Rodrigo Lasmar, da equi-pe médica da Seleção Brasi-leira que, esse ano, elevou o nome da Ortopedia brasileira ao trazer o jogador Neymar para ser operado em Belo Horizonte.

Em março, durante partida entre o Paris Saint-Germain, do atacante, e o Olympique de Marselha, Neymar sofreu uma fratura no quinto me-tatarso. A operação foi con-duzida pelo médico mineiro Rodrigo Lasmar.

Destaquemineiro

Destaque também para o Dr. Wagner Lemos, novo presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, o maior comitê de especialidades da SBOT. Ele é o terceiro mineiro a ser eleito para esse cargo, que já foi ocupado pelo Dr. Neylor Pace Lasmar e Dr. Marco Antônio Percope de Andrade.

Dr. Wagner Lemos é diretor da clínica IOT-BH e coordenador do Serviço de Residên-cia R4 em Cirurgia do Joelho do Hospital Biocor. Formou-se na UFMG em 1990, fazendo residência médica no HC-UFMG, onde trabalhou como preceptor por 20 anos. Fez sua especialização em Cirurgia do Joelho em Lyon/França, em 1996.

“Uma de nossas grandes vitórias em 2018 foi realizar o Congresso Brasileiro de Ci-rurgia do Joelho em abril, no Rio de Janeiro, em plena crise de segurança naquele estado. O evento aconteceu e foi um sucesso, com um número recorde de participações: mais de 1.800 inscritos. Uma superação da expectativa, já que a Sociedade conta com pouco mais de 1.600 membros efetivos”, destaca o novo presidente da entidade.

Em sua gestão, o Dr. Wagner Lemos focará seu trabalho nos projetos de Educação Continuada Internacional da Sociedade. São eles, o “Joelho sem Fronteiras” e o “Treinan-do os Treinadores”.

Dr. Wagner Lemos: foco na educação continuada

10

Ortopedistas mineiros apoiam Maio Amarelo

Respondendo a uma convoca-ção da SBOT NACIONAL, a SBOT MINAS uniu-se ao poder público e a sociedade civil em prol do mo-vimento Maio Amarelo para cha-mar a atenção da população para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam Minas Gerais, entre os estados brasileiros, com o maior número de acidentes nas ro-dovias federais em 2017. Ao todo, foram registradas mais de 12,7 mil ocorrências, duas mil a mais do que Paraná, que vem em seguida com o maior número de batidas. Nas estradas mineiras, 869 pesso-as perderam a vida e 13,1 mil fica-ram feridas ano passado.

Para se ter ideia da gravidade dessa situação, destaca o presiden-te da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Menezes, “para cada pessoa que morre em virtude de acidente de trânsito, 11 ficam com sequelas, 38 são internadas e 380 precisam de atendimento ambulatorial”. Existe ainda um custo social imen-so causado pela perda de vidas e pela incapacitação para o trabalho

de pacientes arrimo de família, acrescenta, chamando a atenção ao fato de que “são mortes e fe-rimentos evitáveis, desde que o motorista e o pedestre observem as leis de trânsito”.

O álcool é um dos principais responsáveis pelos acidentes. Hoje, dirigir alcoolizado é considerado imoral e ilegal. “Porém, o mesmo não acontece com o uso do celu-lar, que causa também mortes e se-quelas, muitas delas irreversíveis. Inúmeros acidentes têm ocorrido justamente pela irresponsabilida-de do motorista em usar o celular ao dirigir, seja conversando, en-viando ou recebendo mensagens, sem se preocupar com o risco que corre”, enfatiza.

Devido ao perigo que repre-senta o uso do celular ao dirigir, durante o Maio Amarelo a SBOT alertou os motoristas sobre esse comportamento de alto risco. “Em frações de segundos, você pode perder a vida ou sofrer sequelas irreversíveis somente por atender a uma ligação enquanto está ao volante”, lamenta o presidente da SBOT MINAS.

maioamarelon ó s a p o i a m o s

11

No mês de junho acontecem as tradicionais festas juninas em todo o país, que se estendem também ao mês de julho. A alegria das qua-drilhas e das sanfonas é contagian-te, mas um momento de alegria e confraternização pode se transfor-mar em muita tristeza em decor-rência dos acidentes com fogos de artifício. Nessa época do ano, mui-tas pessoas chegam aos hospitais, com queimaduras e graves lesões que acabam levando a amputações da mão devido ao manuseio ina-dequado desses artefatos.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2008 e 2016, qua-se 5.000 pessoas se acidentaram e outras 200 morreram em função do uso inadequado de fogos de artifício. Tradicionalmente, no mês de junho acontece quase 1/3 dos acidentes registrados em um ano. Levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra que 45% dos acidentados têm entre 19 e 59 anos e quase 30% têm mais de 60 anos. Os ferimentos mais comuns são no rosto e nas mãos. Preocupadas com essa situação, a Sociedade Brasileira de Orto-pedia e Traumatologia - SBOT, Conselho Federal de Medicina - CFM e Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão – SBCM fazem um alerta sobre os riscos de brin-car com fogos de artifício.

Para o presidente da Regional mineira da SBOT, Dr. Cristiano Menezes, “a iniciativa é da maior importância, pois são situações trágicas que ocorrem em mo-mentos de alegria e confrater-nização. A pessoa que estava se

Festas juninas: todo cuidado é pouco!

Nessa época ocorrem muitos acidentes com fogos de artifício

divertindo em uma festa, em um segundo pode ter sua vida modi-ficada para sempre ao manusear indevidamente um foguete”.

O alerta das entidades médi-cas é da maior importância, prin-cipalmente nos meses de junho e julho, em função das festas de São João e São Pedro. Ele lembra que a venda da maioria desses artefatos é proibida para meno-res, “mas quase 25% dos feridos por fogos de artifício têm menos de 18 anos”, destaca, chamando a atenção dos pais: “crianças não devem jamais brincar com esse tipo de artifício. O recomendado é que somente pessoas treinadas podem manuseá-los”. Nesse sen-tido, o Dr. Cristiano Menezes re-comenda todos observarem as di-cas a seguir para evitar acidentes: os fogos de artifício devem ser soltos sempre ao ar livre, nunca

em recintos fechados ou perto da rede elétrica; não devem ser sol-tos também perto de substâncias inflamáveis, assim, verifique an-tes a redondeza; e, não se esque-ça, fique a uma distância mínima de 30 metros do local. Em caso de acidente nunca se automedi-que. Procure imediatamente por um centro de saúde especializa-do. Você pode também acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefo-ne 192 ou o SAMU de sua cidade pelo 192.

Importante: fique sempre atento à classificação dos fogos de artifício: Classe A - venda livre; Classe B - venda permiti-da somente para maiores de 16 anos; Classe C - venda permitida para maiores de 18 anos; Clas-se D - venda permitida somente para profissionais que possuem licença.

12

PEC Uberaba

cidade mineira de Uberaba foi sede de mais uma edição da PEC 2018 - Programa de Educação Continuada da SBOT. O even-to, realizado no último dia 9 de junho, no anfiteatro do Hospital Universitário Mario Palmerio, teve como tema central o “Quadril”. Na programação ainda assuntos como “Atualidades em artroplastia total de quadril em protrusão acetabular e em DDQ” e “Tratamento cirúrgico do impacto femoroacetabular”.

O Dr. Anderson Alves Dias, vice-presidente da Seccional do Tri-ângulo Mineiro da SBOT MINAS, que esteve à frente de sua orga-nização, abriu o evento, que contou com a presença do Dr. Carlos César Vassalo/MG, e do Dr. Paulo Henrique Van Erven Louzada/Rio de Janeiro, além do Dr. Constantino Jorge Calapodopulos, nome expressivo da Ortopedia de Uberaba, que encerrou o encontro.

Esta nova edição da PEC 2018 da SBOT teve grande repercussão entre os colegas de Uberaba e contou com a participação maciça de ortopedistas e médicos residentes daquele município.

Uberaba tem hoje dois serviços de Residência em Ortopedia: o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e o Hospital Universitário Mário Palmerio.

Para o Dr. Anderson Dias, eventos como esse são um incenti-vo à atualização científica dos ortopedistas do interior do Estado. “Esperamos, em breve, receber mais encontros dessa magnitude no Triângulo Mineiro”.

AEquipe organizadora da PEC 2018 em Uberaba, com convidados palestrantes e participantes do encontro.

Dr. Carlos César Vassalo/MG

Palestrantes, diretoria da Seccional Triângulo Mineiro e chefes da

preceptoria de residência

Geral do Encontro

13

Defesa profissional

CHEGOU A VEZ DA MEDICINA: VAMOS APOIAR !

Dr. Bernardo RamosOrtopedista Pediátrico da Rede Mater Dei de Saúde

Pré-Candidato a Deputado Federal pelo Partido Novo em Minas GeraisInstagram: @bernardolframos | Facebook: @drbernardoramos2018

Whatsapp: +55 (31) 98850-7282

Existem diversas formas de lutar-mos pela classe médica e por uma SAÚDE de excelência. Com certeza, a PRINCIPAL delas passa por ocupar-mos espaços na esfera política, onde as decisões importantes são de fato tomadas. Para isso criamos a Frente Parlamentar de Medicina (FPMed) que congrega médicos defensores da nossa profissão e dos nossos pacien-tes. Com MUITO orgulho faço parte desse grupo.

No dia 22 de maio de 2018, esti-vemos em uma reunião na Associa-ção Médico Brasileira (AMB) em São Paulo, onde recebemos o apoio oficial da entidade às próximas eleições. Di-versos colegas médicos, de diversos estados, juntos, com um único obje-tivo: REPRESENTAR A MEDICINA NO LEGISLATIVO!

Nos encontramos órfãos dentro do Congresso Nacional. Médicos e pacientes estão vulneráveis e NÃO somos representados na Câmara Fe-deral e no Senado. Com raríssimas exceções, a maioria dos “colegas” elei-tos não compartilha os nossos valo-res, as nossas ideias.

Passados alguns anos de envolvi-mento político, uma certeza: NADA conseguiremos mudar se não fizer-

mos as escolhas certas nas URNAS. Só assim seremos REPRESENTA-DOS! Faremos nossas vozes serem de fato escutadas.

Em 2016 todo o planejamento da Frente Parlamentar da Medicina foi feito. Saímos do “papel”. Agora é chegada a hora de realmente come-çarmos a existir, superar diferenças, entender que precisamos estar juntos para crescer. É chegada a hora de nos espelharmos na americana “Advoca-cy” e dar exemplo de gestão, eficiên-cia e transparência legislativa.

O ano de 2018 poderá entrar para a nossa história! Poderemos, enfim, apoiar e divulgar pré-candidatos que realmente pensam como a gente, que defendem ideias semelhantes, pautas homogêneas - visando o melhor para os nossos PACIENTES, dentre elas, citamos dois exemplos:

EXAME NACIONAL DE PRO-FICIÊNCIA EM MEDICINA - Es-tudantes de medicina só irão obter o registro profissional no CFM após serem diplomados pelas uni-versidades e aprovados nesse exa-me. Como é feito com os advoga-dos no exame da OAB.

REVALIDA - Transformar em Lei o que hoje é uma portaria interminis-

terial dos Ministérios da Saúde e da Educação e que não é cumprida pelo programa Mais Médicos.

Diversos outros questionamen-tos poderão ser levados ao plenário uma vez que tivermos representa-ção. Um caminho para podermos defender nossas ideias, expor nossos pensamentos, contrapor argumen-tos, respeitar deveres, exigir direitos, lutar não apenas pelos médicos, mas, principalmente, por uma Medicina de excelência, que beneficia a todos, principalmente nossos pacientes.

Como representante da classe, tenho incansavelmente repetido, e não irei parar. Deixemos a vaidade de lado. Vamos sair da nossa “zona de conforto” e arregaçar as mangas. Se desejamos ser valorizados, faça-mos por onde! Nos consultórios, nos hospitais e nas mais diversas esferas políticas. A SBOT, a SBOT MINAS e a AMB têm prestado sua grande contribuição. Precisamos ir além. Outras Sociedades e Associações precisam aderir. Senão ocuparmos nossos espaços, outros farão. Disso não tenho dúvida!

Vamos TODOS! Vamos JUNTOS! Afinal 2018 chegou! Nos acompa-nhem. Nos APOIEM NESSA LUTA!

14

Hospital Madre Teresa

O Projeto Memórias da Ortopedia Mineira prestou homenagens, no último dia 29 de maio, a uma das mais importantes instituições hospitalares de Belo Horizonte - o Hospital Madre Teresa, referência em várias áreas da medicina, entre elas a Or-topedia. No encontro, representantes da diretoria da SBOT MINAS e da instituição relembraram a trajetória da instituição.

O Madre Teresa de Belo Horizonte nasceu de um projeto do Instituto das Peque-nas Missionárias de Maria Imaculada - IPMMI, fundado por Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, com sede em São José dos Campos/SP, que desenvolve ações filan-tropicas em saúde, educação e assistência social. O IPMMI está presente em Minas, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e desenvolve missões na Itália, Portugal e no continente africano. “É um trabalho maravilho que as religiosas do IPMMI realizam. Elas administram sete hospitais, seis recantos para idosos(as), três centros de educação infantil, casas de retiro, obras sociais, residências episcopais e atividades pastorais nas diversas Dioceses”, destaca o presidente da Regional mi-neira, Dr. Cristiano Menezes, lembrando a missão do instituto: promover a saúde de seus pacientes por meio da excelência dos serviços prestados, de caráter humanizado, além da busca da efetivação dos direitos sociais por meio do desenvolvimento de ações educacionais e socioeducativas. Tal missão pode ser observada na assistência direta do corpo clínico e pessoal administrativo ao paciente.

Participaram do encontro, representando o Hospital Madre Teresa, os douto-res Lúcio Honório de Carvalho Júnior, Luciano Henrique Martins, Jorge Luiz Lopes, Tiago Jacques Gonçalves, Ronaldo Percopi de Andrade, Paulo Randal Pires e o Dr. Guilherme Zanini Rocha (na platéia). Pela SBOT MINAS, os colegas Robinson Este-ves, O Dr. Marco Antonio de Castro Veado, o Dr Cristiano Magalhães e o Dr. Marcelo Sternick.

Durante o evento, a diretoria da Regional mineira prestou homenagens aos Drs. Luciano Henrique Martins, Jorge Luiz Lopes, Tiago Jacques Gonçalves, Ronaldo Per-copi de Andrade e Paulo Randal Pires pelos relevantes serviços prestados à Ortopedia.

Para o Dr. Lúcio Honório, iniciativa da Diretoria da SBOT MINAS é excelen-te. “Já tive bons e prazerosos momentos vendo os depoimentos dos outros serviços, principalmente aqueles pelos quais passei quando da residência médica (Hospital da Baleia). Reviver a nossa própria história nos faz pensar no futuro. Parabéns a todos!”, afirmou.

O quinto vídeo da série Memórias da Ortopedia Mineira já pode ser acessado no canal do youtube da SBOT MINAS, juntamente com os demais vídeos do refe-rido projeto.

Membros da diretoria da SBOT MINAS e dirigentes do Hospital Madre Tereza: registro em vídeo da história do hospital Madre Teresa

15

Seccionaisquem é quem

Norte

colegas Raphael Cândido Brandão e Lucas Carvalho assumiram no início do ano passa-do, a direção da Seccional Norte, respectivamente como presidente e vice presidente, com o objetivo de promover a atualização científica e a valorização dos ortopedistas da região. Desde então, têm realizado esforços para fortalecer a especia-lidade dentro do cooperativismo, “pois contamos com a cooperativa médica SANCOOP, já bastante atu-ante no Norte de Minas”.

De acordo com o Dr. Lucas Car-valho, a região conta com três ser-viços de Residência Médica, ofere-cendo seis vagas, anualmente, em Ortopedia. Como ponto negativo, ele aponta o pouco interesse da ges-tão pública municipal de Montes Claros na atenção especializada.

Recentemente, mais precisa-mente nos dias 20 e 21 de abril, a

Seccional promoveu o Congres-so Norte Mineiro do Trauma, no espaço de eventos da regional da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, movimentando toda a classe ortopédica da região. O evento foi promovido conjuntamente com as ligas acadêmicas LANOT, LANEST, LANMC, a Neuroliga, o Hospital Universitário Clemente de Faria e a Universidade Estadual de Montes Claros, e contou com a participação de 280 inscritos, entre acadêmicos e profissionais.

O congresso teve como tema central o Trauma, bem como sua abordagem extra e intra-hospitalar, e suas implicações nas áreas de or-topedia, cirurgia geral, anestesio-logia, radiologia e neurologia, bem como no campo da Odontologia e Enfermagem.

Entre os palestrantes, o Dr. Ra-phael Cândido Brandão, que minis-trou uma palestra sobre Fraturas do Anel Pélvico; o Dr. Gustavo Veloso Lages, que falou sobre Alterações Radiológicas no TCE; e Dr. Viní-cius Turano Mota, que abordou O Trauma Torácico.

Pelo fortalecimento da classe

Os

Montes Claros

16

O evento superou as expectativas dos or-ganizadores. Realizado entre os dias 17 e 19 de maio, em Belo Horizonte, simultaneamen-te ao IV Congresso Brasileiro de Fisioterapia no Trauma Ortopédico, o XXIV CBTO con-tou com 1088 inscritos e número recorde de apresentação de trabalhos científicos na his-tória dos eventos do gênero, informa o presi-dente desse encontro, Dr. Robinson Esteves. O tema central foi o tratamento de fraturas articulares, com grade científica cuidadosa-mente preparada pela diretoria da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, que tem à frentre o Dr. Francisco Ramiro Cavalcante.

“Recebemos um feedback extremamen-te positivo dos congressistas e dos pales-trantes nacionais e internacionais”, afirma, Dr. Robinson Esteves Pires, ao explicar que, pelo quarto ano consecutivo, os dois con-gressos são realizados simultaneamente, com organização local da fisioterapeuta e ortopedista Tânia Claret. “Entendemos que é fundamental que ortopedistas e fisiote-rapeutas tenham uma interlocução sadia e embasada em fundamentos científicos para que os pacientes recebam o que há de me-lhor em termos de tratamento”, acrescentou.

Os convidados internacionais foram um capítulo à parte do Congresso. O Dr. Maurí-

XXIV CBTO: sucesso de público e discussões científicas

cio Kfuri, atualmente referência mundial em traumas de joelho, apresentou sua classifica-ção para as fraturas do planalto tibial, que é uma atualização da classificação de Schat-zker. Ele também abordou o tratamento das fraturas complexas da patela, os retalhos para cobertura do terço proximal da tíbia e a experiência da Universidade de Columbia (Missouri, Estados Unidos) nas reconstru-ções biológicas do joelho.

Também norte-americano, o Dr. Mark Vrahas, uma das maiores autoridades mun-diais do trauma ortopédico e, em especial, da cirurgia da pelve e acetábulo, trouxe seus conhecimentos sobre este tema e apre-sentou sua experiência no tratamento das fraturas do planalto tibial e da dor crônica pós-traumática.

Já o Dr. Kyle Jeray, da Carolina do Sul (EUA), apresentou os avanços recentes no tratamento das fraturas por fragilidade ós-sea, das fraturas atípicas do fêmur e das fra-turas complexas do pilão tibial.

O alemão Dr. Michael Raschke apre-sentou sua experiência com o uso de hastes intramedulares cobertas com antibióticos e demonstrou o passo-a-passo da sua técnica denominada “jail technique” para as fraturas do planalto tibial.

Na lista de avanços apresentados no Congresso da Fisioterapia estão ainda a atualização nas reabilitações de lesões traumáticas complexas e a realização de workshops sobre Bandagem Funcional e Abordagens Terapêuticas nas Principais Complicações no Pós-operatório das Fra-turas de Membros Inferiores.

Corrida - Na programação do evento teve destaque também a Corrida do Trauma Or-topédico realizada no dia 19, no Parque Mu-nicipal, nas modalidades caminhada (3km) e corrida (5 km e 10 km) para os congressistas e pessoas da comunidade. “Tivemos uma adesão satisfatória e os vencedores receberam troféus como premiação. O objetivo da cor-rida foi chamar a atenção da população para os hábitos de vida saudáveis e, consequente-mente, promover uma melhor saúde do apa-relho osteomuscular”, explicou o presidente do XXIV CBTO, ao anunciar a realização do próximo evento. Segundo informou, o XXV CBTO será realizado em maio de 2019, no Paraná. O presidente da SBTO será o Dr. Ser-gei Fisher, daquele estado.

Dr. Michael Raschke - Alemanha Dr. Kyle Jeray - Estados Unidos

Dr. Francisco RamiroPresidente da Sociedade

do Trauma Ortopédico/2018

Dr. Mark Vrahas - Estados Unidos

Drs. Kyle Geray/USA, Paulo Barbosa/RJ, e o presidente do XXIV CBTO, Dr. Robinson Esteves

Dr. Mauricio Kfuri - Estados Unidos

17

CET-MG inicia curso PRÉ-TEOT 2019A Comissão de Ensino e Treinamen-

to da SBOT MINAS - CET-MG iniciou, no último dia 16 de março, em Belo Ho-rizonte, mais um curso visando preparar os candidatos para a prova de Título de Especialista em Ortopedia e Traumato-logia, marcada para o início do ano que vem, em Campinas. Setenta e oito R3s participam do curso, sendo 47 de Belo Horizonte, seis de Juiz de Fora, três de Montes Claros, nove de Uberaba, cin-co de Ipatinga, três de Pouso Alegre e cinco de Uberlândia. O Preparatório é dividido em cinco módulos, cada um enfocando um assunto da Ortopedia e da Traumatologia. O primeiro módulo abordou Pé e Joelho, o segundo, reali-zado nos dias 25 e 26 de maio, Tumor e Coluna, o terceiro, marcado para 17 e 18 de agosto, irá tratar de questões rela-cionadas ao Quadril e à Ortopedia Pedi-átrica, o quarto, nos dias 25 e 26 de ou-tubro, terá como temas Mão e Ombro, e o último módulo, agendado para o dia 1º de dezembro, irá checar os conheci-mentos dos candidatos através do Exa-me Físico e Habilidades. Geralmente, eles examinam voluntários do Serviço Militar (igual ao TEOT em Campinas).

No exame oficial desse ano, os can-didatos de Minas Gerais saíram-se muito bem. Todos que participaram do Preparatório ano passado tiveram êxi-to, informa o presidente da CET-SBOT MINAS, Dr. Egídio Santana Júnior.

Para esse ano, ressalta, “mantive-mos a mesma filosofia dos cursos an-teriores: qualificar os residentes/espe-

cializandos dos serviços credenciados da SBOT MINAS para o exame oficial. Esse ano, facilitamos a inscrição e a divulgação das notas para os serviços. Estamos utilizando as mídias sociais, como meio de divulgação das nossas atividades, com canal direto com resi-dentes e preceptores, e, ainda, já pro-gramamos um dia dedicado totalmente ao Residente/Especializando durante o Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia, marcado para o próxi-mo mês de agosto”.

Importante salientar, ainda, o esfor-ço de todos os membros da CET-MG no planejamento e na realização do Preparatório. Segundo o Dr. Egídio Santana, “todas as questões da prova oral e escrita são vistas e revistas pelos colegas. Digo sempre que a CET-MG é

uma EQUIPE em constante busca de qualidade nas questões e no preparo dos residentes e especializandos para a prova do TEOT em Campinas. Todo esse cuidado e atenção refletem-se no alto índice de aprovação dos nossos candidatos mineiros no exame oficial”.

Curso Pré-TEOT 2019 - Classificação 1º e 2º Módulos

Felipe Viana de Assis

Eli Ávila Souza Júnior

Bruno Jannotti Pádua

Haroldo Oliveira de Freitas Júnior

Alesson Filipi Bernini

André de Sá

Camilo Miranda de Pinho Tavares

Guilherme Ferreira Simões

Thiago Rodrigues Sérgio

Thiago Orsi Guimarães Romano

3º4º5º6º7º8º

Ciências Médicas de Minas Gerais

Fac. Medicina UFMG/BH

Francisco José Neves/Unimed-BH

Francisco José Neves/Unimed-BH

Maria Amélia Lins/Fhemig-BH

Santa Casa de Belo Horizonte

Mater Dei-Belo Horizonte

Faculdade de Medicina UFMG-BH

Francisco José Neves-Unimed-BH

Ciências Médicas de Minas Gerais

Candidatos Serviços/Hospitais

Examinadores e equipe da CET-MG durante o segundo módulo do Preparatório

Candidatos durante exame

18

C o n d u t aq u a l s e r i a a s u a ?

Como eu faço

CASO CLÍNICO

Paciente de 34 anos, sexo masculino, lado dominan-te esquerdo, atleta recreacional, sofreu queda de bici-cleta apresentando fratura do terço médio da clavícula esquerda.

Primeiro atendimento em pronto socorro onde foi imobilizado com tipoia e encaminhado para avaliação.

Ao exame físico não apresenta qualquer outra lesão do sistema músculo-esquelético. Não há déficit sensiti-vo ou motor no membro superior esquerdo.

Sente muita dor à tentativa de mobilização.

Qual seria sua conduta?

Dr. Ronaldo PercopiOrtopedista - TraumatologistaPreceptor Chefe do Curso de Especialização em Ortopedia e Traumatologia do Hospital Madre Teresa de Belo Horizonte

19

Dr. Ildeu Afonso de Almeida Filho

Dr. Flávio de Oliveira França

As fraturas de clavícula foram por muito tempo tratadas de forma conservadora em sua maioria. Re-centemente alguns estudos têm mostrado os resultados de médio e longo prazo deste tratamento e dire-

cionado para a melhor forma de terapêutica. Alguns casos ainda podem gerar polêmica mas algumas vari-áveis devem ser levadas em consideração para a escolha do tratamento.Alguns fatores são predisponentes para o desenvolvimento da pseudoartrose nas fraturas diafisárias da clavícula e, entre eles, podemos citar: presença de cominuição, fraturas desviadas, pacientes em idade avançada e gênero feminino. Estudos mos-tram que cerca de 15% dos casos de fraturas diafisárias de clavícula desviadas desenvolvem pseudoartrose quando tratadas conservadoramente, contra 2,2% no tratamento cirúrgico com RAFI. Estudos mostram que neste grupo, tratado conserva-doramente, queixas de dor e cosméticas nos MMSS estavam presentes em cerca de 30%.No caso em questão, trata-se de uma fratura do 1/3 médio da clavícula, classificada como 2B1, segundo Robinson. Neste tipo de fratura não há contato entre os fragmentos, podendo haver ou não uma cunha. Este paciente, de 34 anos, apresenta vida ativa, é praticante de esporte, apresenta uma fratura desviada no lado dominante. Optaria pelo tratamento cirúrgico, com redução aberta e fixação com placa bloqueada superiormente, ou placa DCP an-tero-inferiormente. A escolha se baseia em proporcionar uma menor morbidade, melhor ganho funcional e minimizar a possibilidade de desenvolvimento da pesudoartrose.

Coordenador Científico do Serviço de Cirurgia e Reabilitação do Ombro do Hospital Ortopédico de Belo Horizonte e cirurgião de ombro dos hospitais Lifecenter e Ortopédico BH

Coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Felício Rocho - 2015 - 2018

Dr. Marco Antônio de Castro Veado

Durante a minha formação ortopédica, e muitos anos depois, havia um concenso no meio que fratura de clavícula não se operava.Assim mostravam os clássicos trabalhos (Neer,1960, Rowe 1968).

Entretanto, nessa época não haviam escores específicos para avaliação funcional do ombro e os implantes cirúrgicos disponíveis eram muito rudimentares.

A questão primordial é avaliar a real necessidade de tratamento cirúrgico. Se o encurtamento é maior que 1,5 -2 cms, a fixação cirúrgica se impera pela maior probabilidade de se desenvolver pseudartrose, consolidação viciosa com suas consequências funcionais (fadiga, dor nas costas com o uso de mochila e bolsas tiracolo), além do encurtamento total-mente antiestético e inaceitável, principalmente nos pacientes magros e do sexo feminino. Sabemos que uma cirurgia bem indicada e tecnicamente bem feita permitirá um tempo mais curto de consolidação com melhora nos escores de avaliação (DASH e Constant).

Mas como avaliar adequadamente o encurtamento? Duas incidências subestimam o desvio. Quatro incidências ava-liam melhor. Como eu faço: AP do ombro, AP da clavícula a 45 cefálico, tórax PA com o paciente deitado e com o paciente de pé. Dessa maneira é possível medir-se com mais precisão o comprimento de ambas as clavículas.

No caso apresentado, jovem atleta, apenas com essas duas incidências, parece apresentar um encurtamento grande. Prefiro um tratamento aberto, sem desperiostização, redução adequada - apesar da fragmentação, e fixação com placa bloqueada. Em princípio, não vejo necessidade de enxertia óssea. Permito liberação da tipóia com 15 dias e uso do MS para atividades leves.

Coordenador do Serviço de Ombro do Hospital Mater Dei- Belo Horizonte Professor Emérito da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - Belo Horizonte

Durante muitos anos o tratamento conservador das fraturas do terço médio da clavícula foi conduta quase que unânime na literatura médica. Mais recentemente, alguns trabalhos mudaram esse conceito

ao mostrar que o índice de pseudartrose é maior nos casos não operados e que a função pode sim, ficar comprometida nos encurtamentos maiores do que 2,0 cm ou 10% em relação ao comprimento contralate-

ral. Nesse caso especificamente, a indicação é cirúrgica em função da cominução óssea afetando o lado dominante, de um paciente jovem e ativo, com importante dor e dificuldade para mobilização. Faria uma via de acesso anterior no ombro, 1,0 cm distal e paralela ao longo eixo axial da clavícula. Osteossíntese com placa (de reconstrução ou bloqueada) e parafusos (corticais ou de ângulo fixo), preservando ao máximo as partes moles para não comprometer a vascularização.

20

comentários

abstract

autoresSUGESTÃO DE LEITURA

A 20-Year Prospective Longitudinal Study of Degeneration of the Cervical Spine in a Volunteer Cohort Assessed Using MRI - Follow-up of a Cross-Sectional Study

AUTORES: Kenshi Daimon, MD, Hirokazu Fujiwara, MD, PhD, Yuji Nishiwaki, MD, PhD, Eijiro Okada, MD, PhD, Kenya Nojiri, MD, PhD, Masahiko Watanabe, MD, PhD, Hiroyuki Katoh, MD, PhD, Kentaro Shimizu, MD, PhD, Hiroko Ishihama, MD, Nobuyuki Fujita, MD, PhD, Takashi Tsuji, MD, PhD, Masaya Nakamura, MD, PhD, Morio Matsumoto, MD, PhD, and Kota Watanabe, MD, PhD.SERVIÇOS: Departments of Orthopedic Surgery (K.D., E.O., N.F., M.N., M.M., and K.W.) and Diagnostic Radiology (H.F.), Keio University School of Medicine, Tokyo, Japan; Department of Environmental and Occupational Health, School of Medicine, Toho University, Tokyo; Department of Orthopedic Surgery, Isehara Kyodo Hospital, Isehara, Japan; Department of Orthopaedic Surgery, Surgical Science, Tokai University School of Medicine, Isehara,; Department of Orthopaedic Surgery, Spine Center, Sanokousei General Hospital, Sano, Japan; Department of Orthopaedic Surgery, Fujita Health University, Toyoake, Japan | PERIÓDICO: J Bone Joint Surg Am. MAY 2018;100:843-9 - http://dx.doi.org/10.2106/JBJS.17.01347

ABSTRACT:Background: Few studies have addressed in detail long-term degenerative changes in the cervical spine. In this study, we evaluated the progression of degenerative changes of the cervical spine that occurred over a 20-year period in an originally healthy cohort. We also sought to clarify the relationship between the progression of cervical degenerative changes and the development of clinical symptoms. Methods: For this prospective follow-up investigation, we recruited 193 subjects from an original cohort of 497 participants who had undergone magnetic resonance imaging (MRI) of the cervical spine between 1993 and 1996. The subjects were asked about the presen-ce or absence of cervical spine-related symptoms. Degenerative changes of the cervical spine were assessed on MRI using an original numerical grading system. The relationship between the progression of degenerative changes and the onset of clinical symptoms was evaluated by logistic regression analysis. Results: Degeneration in the cervical spine was found to have progressed in 95% of the subjects during the 20-year period. The finding of a decrease in signal intensity of the intervertebral disc progressed in a relatively high proportion of the subjects in all age groups and occurred with similar frequency (around 60%) at all intervertebral disc levels. The rate of progression of other structural failures on MRI increased with age and was highest at C5-C6. The progression of foraminal stenosis was associated with the onset of upper-limb pain (odds ratio, 4.71 [95% confidence interval, 1.02 to 21.7]). Conclusions: A progression of degenerative changes in the cervical spine on MRI over the 20-year period was detected in nearly all sub-jects. There was no relationship between the progression of degeneration on MRI and the development of clinical symptoms, with the exception of an association found between foraminal stenosis and upper-limb pain. Level of Evidence: Prognostic Level III. See Instructions for Authors for a complete description of levels of evidence.

COMENTÁRIOS: A doença degenerativa discal é a doença mais estudada na coluna vertebral, suas repercussões clínicas interferem com a saúde do

paciente em todas as suas fases: disfunção, instabilidade e estabilização. O exame de ressonância magnética, padrão ouro, para estudo das degenerações, tem sido utilizado para formação de diversas classificações: Pirfmann, Puertas, Matsumoto e outros. Essas classificações demonstram as alterações degenerativas, mas não existe uma correlação clínica com a dor cervical ou lombar.

Esse é um importante estudo que corrobora com a nossa prática diária, onde observamos pacientes com dores importantes e discos com aparência de normalidade, como também observamos grandes degenerações e instabilidades com pacientes assintomáticos. Mas a sua grande contribuição está na comprovação que disco preto e protrusão discal não é igual a dor e a cirurgia. Outro fato importante também é sobre a discussão, que sempre fica na literatura, em relação à degeneração do nível adjacente quando se faz artrodese. Alguns autores defendem a prótese discal, como a salvadora do nível adjacente e outros acreditam que a fusão não é o fator determinante da de-generação adjacente. Particularmente, eu acredito que a degeneração discal é mutifatorial, dependendo de fatores genéticos, ambientais, comorbidades, tabagismo, sedentarismo e outros.

K. Watanabe nos mostra que nesse trabalho a degeneração é um processo natural e inevitável, fazendo parte do envelhecimento natural e a fatores individuais de cada participante. Acredito que cada técnica cirúrgica tem que ser individualizada para cada paciente, levando em consideração fatores genéticos, ambientais e a clínica do paciente. O mais importante em qualquer tratamento: a clínica sempre será soberana, mas o clínico, nem sempre.

Somos uma sociedade nova em relação à japonesa, com exemplares cirurgiões e pesquisadores, temos que nos unir para produzir também trabalhos muticêntricos, prospectivos, randomizados, revisões sistemáticas e meta análises para que possamos mostrar também a nossa experiência.

COMENTÁRIO: Dr. Valdeci Manoel de Oliveira/ Ortopedista/ Cirurgião de Coluna.Prof. da Disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA; Chefe do Serviço de Residência de Ortopedia e Traumatologia do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus; Prof. Adjunto da Disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do Departamento de Cirurgia da UFJF; Prof. Ajunto de Anatomia Humana do Departamento de Anatomia do ICB da UFJF; Mestrado e Doutorado pela UNIFESP/EPM.

21

Após 12 anos, INPI confere patente a invento mineiro

O Instituto Nacional de Proprieda-de Industrial - INPI, deferiu o pedido de patente referente ao Compósito Ósseo Radioativo do colega Rodrigo D’Alessandro, de autoria conjunta com o Dr. Tarcísio Passos Ribeiro de Cam-pos. O deferimento acontece 12 anos após a entrada do pedido junto ao ór-gão. Nesse deferimento, o INPI reco-nhece o invento dos dois autores, em todo o território nacional, e os direitos dela decorrentes, e a UFMG - Univer-sidade Federal de Minas Gerais como proprietária da patente, uma vez que a institutição é a sua proponente. A no-tícia foi recebida pelos inventores com muita alegria e surpresa, “pois, confes-so, que tinha até esquecido desta so-licitação, após tanto tempo de aguar-dando”, observa D’Alessandro.

Para os autores, o deferimento do INPI recompensa um trabalho reali-zado e uma ideia. É também o reco-nhecimento da importância de unir dois conhecimentos científicos (Enge-nharia Nuclear e Medicina) na busca de uma melhoria para tratamento de pacientes. “A Medicina apresenta uma demanda (cura ou controle de um tumor ósseo) e a Engenharia Nuclear oferece uma possibilidade. Essa inte-ração entre áreas diversas pode gerar resultados satisfatórios”, destaca o Dr. Rodrigo D’Alessandro.

Ele explica que o projeto nasceu quando fazia mestrado na UFMG. “Na época, discuti com o orientador sobre opções de tema para tese de mestra-do. Estava, então, muito entusiasma-do com a técnica de vertebroplastia e cifoplastia para tratamento minima-mente invasivo de fraturas vertebrais secundárias a doenças neoplásicas. Durante essa discussão, de forma análoga ao tratamento de braquitera-pia para alguns tumores, como o de próstata, levantamos a tese sobre um estudo de realizar a mesma proposta de tratamento para tumores ósseos; ou seja, uma braquiterapia óssea. Nesse contexto, pensamos que o nosso car-reador poderia ser o polimetimeta-crilato (PMMA - bastante conhecido na Ortopedia). Além deste fim, ele forneceria uma estabilidade parcial ao ósseo e de forma imediata, auxiliando no tratamento de uma eventual fratu-ra ou servindo para completar uma fa-

lha óssea (pensando em ossos longos). Faltava, no entanto, pensar no mate-rial radioativo (semente radioativa) que poderia ser inoculada junto com o PMMA. Neste ponto, o conhecimento da Engenharia Nuclear foi de impor-tância essencial, com o Dr. Tarcísio Passos Ribeiro de Campos abraçando o projeto”, explica o ortopedista, enfati-zando a importância do professor Tar-císio. “Ele reconheceu a relevância do tema e dele partiu a proposta para ini-ciarmos o processo de patente”, lembra.

A tese de mestrado do Dr. Rodrigo D’Alessandro foi estudar qual seria o material radioativo recomendado para a braquiterapia óssea. “Foi propos-to, então, construirmos um fantoma computacional, a partir dos elementos que compõem os ossos. Esse fantoma permite medir de forma rápida a ra-dioatividade em pontos específicos. Assim, poderíamos assegurar uma maior radioatividade no centro do tumor. Consideramos, inicialmente, as vértebras (local mais frequente de tumores secundários). Nesse caso, tí-nhamos a preocupação quanto a me-dula espinhal. Foram testado diversos compostos radioativos e obtivemos re-sultados promissores quanto ao obje-tivo desejado – maior dose no centro e baixa radiação na periferia e radiação insignificante para medula”, informa.

O invento apresenta inúmeros be-nefícios, entre eles, a eliminação do custo da radioterapia. Em algumas situações, o composto (PMMA e se-

mente radioativa) pode ser aplicado de forma minimamente invasiva. Pode também ser indicado para tratamento de outras condições de tumores ósse-os. Teoricamente, pode ainda aliviar a dor rapidamente e ser um tratamento alternativo à radioterapia (RT) con-vencional,

De acordo com o Dr. Rodrigo D’Alessandro, “ainda teoricamente fa-lando, como vantagens sobre a radio-terapia convencional, podemos citar sua utilização em uma única aplicação, a não necessidade do fracionamento da RT, oferecer ao mesmo tempo es-tabilidade parcial e diminuir o risco de fratura, além de servir como trata-mento ou coadjuvante ao tratamento da fratura. Além disso, a analgesia é potencializada pelo próprio PMMA”.

A ideia incial, afirma, era do com-posto ser aplicado apenas à área médica. No entanto, devido à sua abrangência, “consideramos interessante estende-lo para a Odontologia e a Veterinária, diante de seu potencial interesse”.

Outra informação importante, acrescenta, “é que ampliamos a cober-tura da patente, já que a ideia original se baseava apenas no tratamento de tumores ósseos”.

Com o ok do INPI, agora, o próxi-mo passo é o Dr. D’Alessandro buscar parceria para realizar testes em animais.

Embora tenham sido cerca de 17 anos de espera, ele é um grande incen-tivador à pesquisa no Brasil. “Quem tiver uma ideia interessante, busque parceria, muitas vezes em áreas dife-rentes a sua área de trabalho. Discu-ta, troque ideias e elabore um projeto. Pode ser demorado, mas uma ideia foi plantada. As universidades têm exce-lentes pesquisadores e profissionais interessados em construir um vasto conhecimento cientifico. Eles am-pliam as nossa ideias e muitas vezes propõem alternativas e viabilizam as nossas demandas da pratica médica”.

Hoje, quase 230 mil documentos estão na fila no INPI a espera de aná-lise. O processo pode levar anos, de acordo com o segmento da invenção. É a maior demora do planeta para patentes.

Mais informações sobre patentes no site www.inpi.gov.br/ .

Dr. Rodrigo D’Alessandro: recompensado por anos de espera

22

Como surgiu o seu interesse pela co-zinha? Surgiu pela vontade de compar-tilhar bons momentos à mesa. Cozinhar é doação. Poder comprar um alimento e prepará-lo, transformando em um prato saboroso, é um grande prazer. Isto facili-ta muito receber amigos e familiares em casa. Facilita também cozinhar na casa de amigos, em viagens, propiciando encon-tros que, de outra forma, não ocorreriam. Eu diria que tenho paixão pela gastrono-mia, pela arte de preparar pratos que fo-gem do comum, da comida do dia a dia. A comida do dia a dia é importante do ponto de vista nutricional. Já a gastrono-mia quer ir além disto: propicia bons mo-mentos com amigos, familiares à mesa. Costumo até dizer que a gastronomia fa-cilita exercitar a “mineiridade”.Quando começou a cozinhar? De uma maneira mais séria, há cerca de oito anos. De lá para cá, fiz vários cursos com o Chef Renato Quintino mas, como já disse, como forma de reunir amigos em torno da mesa. Nunca participei de con-cursos. Nunca pensei na gastronomia competitivamente e sim recreativamente. Cozinho para meus amigos e familiares, de maneira gratuita. O que mais valoriza em sua cozinha? Acho que são os meus utensílios: mi-nhas facas, panelas, tesouras, moedores, etc. Os temperos também. Quando em viagem, sempre compro algo diferente. Além de enriquecer os pratos prepara-dos, facilitam a sua preparação, tornando-os ainda mais prazerosos. Quais os pratos de sua preferência? Gosto muito das massas trufadas e das carnes. A presença do creme de leite é frequente. Tenho um cardápio já monta-do, com os pratos que costumo fazer que inclui entradas, massas, carnes, peixes, acompanhamentos e sobremesasQual cozinha que mais te influencia? - Gosto muito da culinária italiana, france-

Nesta edição, entrevistamos o Dr. Guilherme Horta Dias, que tem dois hobbies: gastronomia e música.

Ele é graduado em Medicina pela UFMG, com Especialização e Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Orto-pédico de Belo Horizonte, e subes-pecialização em Quadril, no mesmo hospital. Sua rica formação como médico inclui aperfeiçoamentos na Inglaterra e Estados Unidos e Equi-valência ao Mestrado Integrado em Medicina pela Faculdade de Medi-cina da Universidade de Lisboa, em Portugal.

sa e, é claro, portuguesa. Aprecio muito do gosto e importância da manteiga e creme de leite nos pratos franceses. O sabor fica fantástico e a textura incrível. Sou também português. Assim, o bacalhau (com muito azeite) e a cataplana (tipo de panela) de frutos do mar não podem faltar. Qual a sua principal especialidade? Acho que as carnes. Isto porque compro e limpo a peça, retirando as gorduras, e a preparo sem medo de sujar a cozinha (risos).Quais os desafios de uma boa cozinha? Paciência, doação e ingredientes de quali-dade (não necessariamente caros). É pre-ciso ter amor ao que se prepara. Afinal, tem um pouco da gente no prato pronto. Há contratempos? Sim, quando alguém fica do lado não para ajudar, mas dan-do palpites como: não acha que colocou muito sal? não está mal passado demais? pimenta não faz mal para a saúde”? ou quando alguém te chama para cozinhar na casa dela para determinado número de pessoas e quando chego ela te infor-ma que chamou mais alguém. Cozinhar pratos mais complexos para mais pesso-as não é fácil. Até porque a gente tam-bém quer aproveitar do evento, e não só trabalhar. Cozinhar relaxa? Sim, com a práti-ca tudo fica mais rápido e o estresse da preparação dos pratos diminui e flui. A gastronomia mudou a minha vida na medida em que falicita os encontros com amigos e familiares. Já fui convidado para

muito eventos, na verdade, porque sabia cozinhar. Isto socializa. Costumo dizer que eu cozinho, desde que não seja de “bico seco”. Sem um vinho, não vale! Além das panelas, o senhor tem outro hobby, a música. Quando começou esse interesse? Na adolescência. No entanto, fiquei um tempo parado com vestibular, faculdade e residência. Depois disto, me matriculei em uma escola de música e a coisa fluiu. Meu pai sempre foi um grande incentivador. Costumo dizer que tocar um instrumento é uma atividade desafiadora. Falo, em tom de brincadeira, que uso o método chinês: toco um pouco todo dia para não me esquecer (até o artista que compõe a música precisa ensaiá-la para fi-car bom). Toco mais, no final de semana. Faço voz e violão (ou guitarra). Plugado ou não (plugged ou unplugged). Nunca participei de um grupo. Como trabalho voluntário: ensino violão para crianças do interior que tratam de câncer em Belo Ho-rizonte, em uma fundação que as acolhe. Finalizando, gostaria dizer para os meus colegas ortopedistas que quando eu toco e canto não penso em mais nada além da música. Isto diminui o estresse. Para mim, a música traz uma energia boa. Não consi-go tocar ou cozinhar triste. É preciso estar alegre antes. Tem que “chegar de bem com a vida” antes. Aí a coisa flui. A melodia fica bacana. O tempero da comida melhora. Não há como forçar a barra. Tem que ter amor no ofício.

Dr. Guilherme Horta: da gastronomia à música

M e u h o b b y