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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
SORRISO – MT FEVEREIRO 2012
FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
Monografia apresentada ao
Curso de Educação Física – Bacharelado da FACEM, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Educadora Física sob a orientação do Professor João Ricardo Gabriel de Oliveira
SORRISO – MT FEVEREIRO 2012
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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
FOLHA DE APROVAÇÃO
OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
Monografia defendida e aprovada em __________de__________de 20__________, pela banca avaliadora
_______________________________ Prof. Esp. João Ricardo Gabriel de Oliveira
Orientador (a)
_______________________________ Professor (a) Interno
_______________________________ Professor (a)
ii
Dedicatória
À Deus pelo dom da vida e por me possibilitar viver cada dia.
Aos meus pais por todo amor e carinho transmitidos.
Ao meu marido que esteve presente em todos os momentos desta jornada.
Às minhas filhas lindas, Gabriela que por muitas vezes sentiu a minha ausência e foi paciente e a você Giovana que Deus nos trouxe para encerrar uma etapa da vida, para que eu recomece uma nova caminhada, com “chave de ouro”...
Amo Vocês!
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AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Professor João Ricardo Gabriel de Oliveira, pela orientação, confiança, colaboração e grande amizade; ingredientes indispensáveis para a realização deste estudo. À todos os professores do curso de Educação Física, pelo incentivo, pela transmissão do conhecimento e pela dedicação à docência; Aos professores Ariel Diaz, pela grande colaboração e David pela dedicação e incentivo. À minha família, pelo apoio e incentivo de todas as horas. Aos meus amigos, por darem sempre incentivo para continuar. Aos colegas de faculdade, por fazerem parte desta etapa da minha vida. Entre nós ficam as lembranças dos erros, mas principalmente dos acertos e apesar de tudo cada um é importante de alguma forma e deixará saudade. Aos colaboradores da instituição que são coadjuvantes desta conquista mesmo que nos bastidores, são sempre indispensáveis.
Muito obrigada!
iv
“Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem a serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”
Augusto Cury
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estágios de Desenvolvimento: Piaget................................................. 9
Figura 2 – Questão 1: Ainda mama no peito?...................................................... 21
Figura 3 – Questão 2: Melhorou o sono?............................................................. 22
Figura 4 – Questão 3: Melhorou a alimentação?.................................................. 23
Figura 5 – Questão 4: Fica mais tranqüilo após a aula?...................................... 24
Figura 6 – Questão 5: Está gostando mais do banho?........................................ 25
Figura 7 – Questão 6: Teve doenças respiratórias com mais freqüência?........... 26
Figura 8 – Questão 7: Teve problemas de ouvido (otite)?.................................... 27
Figura 9 – Questão 8: Teve algum problema de pele (dermatite) observado após
o início da natação?......................................................................................... .... 28
Figura 10 – Questão 9: Ficou mais sociável?...................................................... 28
Figura 11 – Questão 10: Está na escolinha?....................................................... 29
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Desenvolvimento padrão de crianças de 0 a 36 meses.....................6
Quadro 2 – Principais aspectos do desenvolvimento psicossocial do nascimento
aos 36 meses....................................................................................................... 11
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SUMÁRIO
Lista de Figuras............................................................................................... ....v
Lista de Quadros................................................................................................. vi
Resumo.................................................................................................................viii
Abstract.................................................................................................................ix
1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 1
2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................. 3
2.1 O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA......................................................... 3
2.1.1 O Crescimento Físico................................................................................... 6
2.1.2 Desenvolvimento Motor................................................................................ 7
2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo.......................................................................... 8
2.1.4 Desenvolvimento Psicomotor da Criança..................................................... 9
2.1.5 Desenvolvimento Psicossocial.................................................................... 10
2.2 NATAÇÃO PARA BEBÊS............................................................................. 12
2.2.1 A Natação e as Fases de Desenvolvimento............................................. ... 12
2.2.1.1 Período Sensório-Motor............................................................................ 12
2.2.1.2 Período Pré-Operacional....................................................................... .... 13
2.2.2 A Natação para Bebês e seus Benefícios.................................................... 13
2.3 AS AULAS DE NATAÇÃO............................................................................. 16
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................ 19
3.1 TIPOS DE PESQUISA.................................................................................... 19
3.2 SUJEITOS...................................................................................................... 19
3.3 TRATAMENTO ESTATÍSTICO...................................................................... 19
3.4 PROCEDIMENTOS..................................................................................... ... 20
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 21
5. CONCLUSÃO................................................................................................... 30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 31
7. ANEXOS.....................................,..................................................................... 33
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RESUMO
GNOATTO, F. A. L. Os Benefícios da Natação para Bebês de 6 a 36 meses. Sorriso, 2012. 50 p. Monografia (Graduação) - FACEM – Faculdade Centro Mato-Grossense. A natação para bebês é uma atividade que se encontra em ascensão e a adesão à prática por parte dos pais vem aumentando significativamente ao longo dos anos. Procurou-se analisar e compreender de que forma a natação e as atividades no meio aquático podem ser utilizadas como ferramenta para o desenvolvimento infantil, sendo assim, o presente estudo surgiu de modo a contribuir com gestores, educadores físicos e os pais acerca dos benefícios que a prática regular da natação promove às crianças. Foram analisados os aspectos da natação e as atividades no meio aquático e sua relação com o desenvolvimento de 20 bebês de 6 a 36 meses, de ambos os sexos. A metodologia utilizada, foi pesquisa de campo, descritiva, coleta de dados, observação, entrevistas e informações que contribuam na análise e interpretações dos resultados, para melhor fundamentação teórica. Os dados foram coletados através de questionário semi estruturado com perguntas fechadas, divididos em grupos de 6 a 12 meses, de 13 a 24 meses e de 25 a 36 meses, que freqüentam aulas de natação duas vezes por semana (45 min/aula) na Escola de Natação AquaSummer no município de Sorriso/MT. Foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e para caracterização da amostra foi utilizado porcentagem. O presente estudo foi capaz de verificar a influência positiva das atividades aquáticas e concluir que a natação oferecida de forma qualificada e adequada é instrumento promotor do desenvolvimento infantil. Palavras-chave: natação; bebês; desenvolvimento; benefícios.
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ABSTRACT
GNOATTO, F. A. L. The Benefits of Swimming for Babies from 6 to 36 months old. Sorriso, 2012.50 p. Graduation Final Thesis - FACEM – Centro Mato-Grossense College. The swimming lessons for babies are an activity that has risen and the accession to this practice by the parents has been increasing significantly along the years. There was an attempt to analyze and comprehend how the swimming and the water activities can be used as tools to the infant development, this way, the present study appeared to contribute with the managers, physical educators and the parents concerning the benefits which the regular swimming practice promotes to children. The swimming aspects and the activities in aquatic environment were analyzed, as well as their relation to the development of 20 babies from 6 to 36 months old, from both genders. The methodology used was by field research, description, data collection, observation, interviews and information that contribute to the analysis and interpretation of the results, to a better theoretical foundation. The data was collected through a semi structured multiple choice questionnaire, divided into groups from 6 to 12 months old, from 13 to 24 months old and 25 to 36 months old, that attend swimming classes twice a week (45min/class) at the Aqua Summer Swimming School in Sorriso/MT. Procedures of the descriptive statistics were used and to a sample characterization it was used the percentage. The present study was capable of verifying the positive influence of water activities and concludes that the swimming lessons, offered in a well qualified and appropriate way, is a promoting instrument of the infant development. Key Words: swimming; babies; development; benefits.
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1. INTRODUÇÃO
No presente estudo, que trata dos benefícios da natação para bebês de 6 a
36 meses, procurou-se de compreender de que maneira os indivíduos obtêm
benefícios com práticas regulares em atividades aquáticas, tendo em vista que
desde a concepção até a primeira infância passam por diferentes etapas de
maturação biológica, caracterizados por um ritmo de crescimento muito acelerado e
intenso, denominado por muitos autores como estágios de desenvolvimento.
Nesta fase caracterizada por grandes mudanças, estes estágios são
fundamentais para que a criança consiga assimilar estas etapas de reorganização
seguidas por períodos de integração a cada estágio alcançado.
Os diversos ambientes são fundamentais para o desenvolvimento dos
bebês, entretanto o meio aquático caracteriza-se como um ambiente estimulante,
que possibilita uma variedade de movimentos, devido à inibição ou minimização do
impacto da gravidade do corpo imerso em água, além dos benefícios que o contato
com o meio líquido pode proporcionar aos bebês.
Sendo assim, a natação pode ser considerada uma excelente ferramenta
para o melhor desenvolvimento da criança, já que o bebê está adaptado ao meio
líquido desde a gestação, momento onde são capazes de realizar movimentos
natatórios, demonstrando uma série de reflexos, comuns na primeira infância.
Para Velasco referenciado por Baggini (2008), a natação deve proporcionar
o prazer e gerar boas experiências, além de desenvolver integralmente o indivíduo.
Segundo Lagrange (1974), “o contato com a água ainda nos primeiros
meses de vida favorece a saúde e proporciona um momento de prazer e
descobertas para os bebês.”
Nas palavras de Fonseca (1995) a criança, principalmente em seus
primeiros anos de vida, passa por um processo intenso de desenvolvimento e
maturação. Até os cinco anos de idade, ela tem a capacidade de ter 90% do seu
cérebro preparado para o futuro. Todos esses desenvolvimentos podem ser
auxiliados e estimulados com a natação.
De acordo com Ferreira (2007), a natação proporciona aos bebês benefícios
físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos, melhora a adaptação na água,
2
aprimorando a coordenação motora, noções de espaço e tempo, prepara o
psicológico e neurológico para o auto-salvamento, aumento da resistência
cardiorrespiratória e muscular. A natação ajuda também a tranqüilizar o sono,
estimular o apetite, melhorar a memória, além de prevenir algumas doenças
respiratórias.
A natação para bebês é uma atividade que se encontra em ascensão e a
adesão à prática por parte dos pais vem aumentando significativamente ao longo
dos anos, tendo em vista que pode ser utilizada como ferramenta para o
desenvolvimento da criança.
Neste contexto, o presente estudo pretende contribuir com os educadores
físicos acerca dos benefícios que a prática regular da natação promove, analisando-
se os aspectos da natação e as atividades no meio aquático e sua relação com o
desenvolvimento de bebês na faixa etária de 6 a 36 meses que participam
periodicamente de aulas de natação na Escola de Natação AquaSummer do
município de Sorriso/MT.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O período de desenvolvimento intra-uterino de um indivíduo dura cerca de
nove meses e neste período o feto realiza uma série de transformações até o
nascimento.
Tais transformações continuam ao longo do desenvolvimento humano
através de uma complexidade de fatores genéticos, biológicos, físicos e sociais.
Nos primeiros anos de vida, o desenvolvimento biológico passa por uma
série de evoluções e segundo Piaget (1989), o desenvolvimento da criança ocorre
por estágios, ocorrendo uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação,
propiciando diferentes maneiras de o indivíduo interagir com o meio, ou seja, de
organizar seus conhecimentos visando sua adaptação.
Piaget (op. cit.), não define idades rígidas para os estágios, mas sim que
estes se apresentam em uma seqüência constante.
O desenvolvimento da criança está sujeito a inúmeras influências e as
diferenças individuais aumentam à medida que a criança cresce os estágios de
desenvolvimento, de acordo com Ramaldes de forma sintetizada são:
Período: 06 a 18 meses/fase: emocional/características – aparece o riso e o choro,
demonstrando sentimento e desenvolvimento das emoções capitais: dor, bem-estar, fome, alegria. Período: 18 a 24 meses/fase: sensório motor/características: coordenação de dois sistemas
básicos: sensório, motor, experiências: tatocinestésicas, viso-motora, auditivas fônicas. Período: 24 a 30 meses/fase: projetivo/características – necessidade se torna presente e o
objeto ausente. Ação é estimuladora da atividade mental. (1999)
Cada criança é semelhante às outras em certos aspectos, mas é única em
diversos outros, como por exemplo a estrutura física, o peso, a altura, a saúde, a
personalidade, as reações emocionais e comportamentais conforme o ambiente e o
contexto em que estão inseridas.
Para Le Boulch,
Para desenvolver-se, o bebê, após o nascimento requer além da manutenção dos processos orgânicos, o intercâmbio com outras pessoas. É através da relação com os outros que o ser se descobre e constrói pouco a pouco sua personalidade. Esse intercâmbio se inicia entre a mãe e a criança a partir de uma série de organizadores, como o olhar, a mímica, e a mais importante, o sorriso e a linguagem. (LE BOULCH,1982)
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Ainda, numa visão geral, conforme Brunet e Gesell citados por Marangon
(2004) as escalas de desenvolvimento caracterizam-se por:
1.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Deitado de bruços ajeita a cabeça para
poder respirar, aperta firmemente um dedo que lhe é oferecido. Postura característica: membros flexionados, cabeça oscilante, mãos fechadas.
Desenvolvimento Intelectual: Atividade reflexa dominante (por ex: sucção), percepção visual boa só de perto, falta acomodação visual.
Desenvolvimento social: Fixa o olhar num rosto que se aproxima, pára de chorar quando a mãe se aproxima ou ouvir sua voz pequenos sons guturais, sorri ao ouvir voz humana, reconhece a mãe pelo seu aroma.
2.° Mês: Desenvolvimento intelectual: Suga o polegar ou um dos dedos, brinca com a
língua, reproduz sons (tosses, risos), olha as próprias mãozinhas, segue com os olhos uma pessoa ou objeto que se desloca, pára de chorar e se anima ao ver a mamadeira.
Desenvolvimento social: Faz gestos fisionômicos, ao se aproximar um rosto humano sorri, fica imóvel ao ouvir voz conhecida, emite gorjeios.
3.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Firma a cabeça, muda de posição quando deitado de lado, ficando sobre as costas, agarra o lençol e puxa-o para si.
Desenvolvimento social: Balbucia, faz vocalizações prolongadas, sorri a todos que se aproximam sorrindo para ele, troca olhares com a mãe, reconhece-a visualmente.
4.° Mês: Desenvolvimento social: Aparecem as gargalhadas, reage à chamada de seu nome girando a cabeça, grande riqueza de emissões vocais, arrulhos.
5.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Começa a sentar com apoio e mantém as costas retas, segura um objeto, agarra-o quando está ao seu alcance.
Desenvolvimento intelectual: Age sobre os objetos, bate os brinquedos contra a beira da cama e começa a se interessar realmente por eles, encontra um objeto escondido se tem uma parte visível, começa a imitar gestos, manifesta-se no momento certo para chamar a atenção (por exemplo, já desperto só chora ou ri quando percebe que a mãe se levanta), sorri diante de um espelho.
Desenvolvimento social: Ri e emite sons ao brincar, solta gritos de alegria, começa a utilizar contatos físicos para se comunicar com outras pessoas (agarra com as mãos, apalpa). A fase de desenvolvimento intelectual se estende do 5.° ao 9.° mês.
6.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Fica sentado por longo tempo com apoio, pega os pés com as mãos.
Desenvolvimento social: Distingue perfeitamente rostos familiares e estranhos; modula suas emissões vocais tendendo a limitá-lo aos sons ouvidos da mãe.
7.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Fica sentado alguns momentos sem apoio; arrastando-se se desloca do lugar, segura pequenos objetos na palma da mão após havê-los puxado para si, os dedos em forquilha, consegue segurar um objeto em cada mão.
8.° Mês: Desenvolvimento social: Participa ativamente de brincadeiras como “achei...” e troca sinais com adultos, adora morder, tem reações de inquietação ou indecisão face a pessoas estranhas.
9.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Fica em pé sozinho e se segura; engatinha ou anda com quatro membros; segura pequenos objetos entre os polegares e o indicador.
Desenvolvimento social: Articular a primeira palavra (de duas sílabas), reage corretamente a certas palavras familiares (me dá, pega...), reconhece seu nome e os de seus familiares.
10.° Mês: Desenvolvimento intelectual: Age intencionalmente: levanta a coberta para pegar o brinquedo que ficou por debaixo dela, reproduz movimentos que não pode ver pessoalmente (mexe os olhos, a boca), começam os brinquedos de encaixar.
Desenvolvimento social: Procura imitar os sons que ouve, compreende certas proibições.
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11.° Mês: Desenvolvimento intelectual: Age intencionalmente: levanta a coberta que ficou por debaixo dela, reproduz movimentos que não pode ver pessoalmente (mexe os olhos, a boca), começam a brincar com os brinquedos de encaixar.
12.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Bom equilíbrio sentado, consegue se voltar
para o lado, inclinar-se, início do caminhar, seguro por uma mão, por exemplo, solta os objetos, quando solicitado.
Desenvolvimento intelectual: Age intencionalmente: levanta a coberta para pegar o brinquedo que ficou por debaixo dela, reproduz movimentos que não pode ver.
Desenvolvimento social: Repete gestos ou atitudes que provocam risadas, emite pelo menos, três palavras diferentes.
15.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Anda sozinho, ajoelha-se sozinho, sobe escadas com os quatro membros.
Desenvolvimento social: Início da autonomia, anda, bebe líquido sem ajuda. Procura insistentemente a participação da mãe em suas atividades e experiências, usa qualificativos ligados a sua experiência (bom, ruim...).
18.° Mês: Desenvolvimento motor e de postura: Fica sentado sozinho, sobe e desce
escadas segurando-se no corrimão, começa a saltar sobre os dois pés. Desenvolvimento intelectual: Atos coordenados mais complexos: pode, por exemplo à
distância puxar a coberta que cobre um brinquedo, estuda os efeitos produzidos por suas atividades, deixa um objeto cair de várias formas “para ver” (faz o mesmo com a água), transporta blocos de construção pela casa, bate-os uns contra o outro, constrói uma torre com três ou quatro cubos, faz rabiscos espontâneos, evita estar diante do espelho, volta-se de costas, foge.
2 anos: Desenvolvimento motor e de postura: Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio, empilha objetos em equilíbrio.
Desenvolvimento intelectual: Começa a refletir para resolver pequenos problemas, sabe que os objetos estão ali, mesmo se não os vê, através da representação mental, imita algum gesto mesmo que não haja modelo reconhece-se no espelho, alinha os blocos de construção e enche carrinhos com blocos.
Desenvolvimento social: Chama-se pelo próprio nome, participa da arrumação de suas coisas, começa a utilização sistemática do “não”, forma de se afirmar opondo-se ao que o cerca, constrói frases negativas e interrogativas, entende cerca de 300 palavras, comunica-se com gestos, atitudes, mímica, sobretudo com outras crianças.
2,5 anos: Desenvolvimento motor e de postura: Tenta se equilibrar num só pé, consegue carregar um copo cheio sem derrubá-lo.
Desenvolvimento intelectual: Faz construções verticais e horizontais com blocos de construções.
Desenvolvimento social: Emprega o “eu’ e o “meu”, participa ativamente do ato de se vestir, começa a dispensar as fraldas noturnas, comunica-se com seus semelhantes através de atitudes e gestos.
3 anos: Desenvolvimento motor: Sobe escadas colocando um pé de cada vez no degrau (só ao subir), consegue se manter em pé sobre uma única perna, anda de triciclo.
Desenvolvimento intelectual: Sabe dizer qual é seu sexo Desenha círculos, começa a desenhar um bonequinho Enumera os elementos que compõem uma ilustração Interessa-se pelo nome dos objetos Constrói edifícios com blocos de construção de formas e tamanhos variados, combina-os com trenzinhos, diverte-se mais ao construir do que com a obra acabada.
Desenvolvimento social: Em geral já não precisa de fraldas, tanto de dia como à noite, início do uso de ‘meu cãozinho” e do advérbio de lugar (dentro, sobre...), entende mais de 1000 palavras, pergunta o nome dos objetos, integra progressivamente artigos, pronomes, advérbios à sua fala Crise de personalidade: opõe-se vigorosamente aos outros, para se afirmar.
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Mediante o exposto e num contexto geral entende-se que o desenvolvimento
da criança é o resultado da complexidade de interações ambientais, sociais,
biológicas e físicas de cada indivíduo e por esta razão a fase de desenvolvimento
são determinantes no processo de estruturação orgânica decisivas para toda a vida.
2.1.1 O Crescimento Físico
É notório o rápido desenvolvimento de uma criança nos primeiros anos de
vida. O crescimento da criança é acelerado até os três anos e depois deste período
o crescimento é regular, porém mais lento.
Para Corrêa (2002), o desenvolvimento físico e motor normal, ocorre em uma
seqüência pré-ordenada, além de influenciado pela hereditariedade, fatores do
ambiente, tais como renda, nutrição, raça e sexo.
A herança genética também representa fator determinante para o crescimento
físico (altura, peso), entretanto, existem marcos de desenvolvimento padrão,
conforme quadro abaixo:
Quadro 1: Desenvolvimento padrão de crianças de 0 A 36 meses - Adaptado de Corrêa (op. cit.)
Altura (centímetros) Peso (quilos) Idade
Meninos Meninas Meninos Meninas Nascimento 50,80 50,16 3,28 3,28
1 mês 53,97 53,34 4,53 4,42 6 meses 66,04 65,40 7,59 7,14 12 meses 74,93 74,29 10,09 9,52 18 meses 81,95 80,64 11,45 10,99 24 meses 86,99 86,36 12,58 12,24 30 meses 92,07 91,44 13,60 13,26 36 meses 96,52 95,88 14,62 14,39
Importante ressaltar que é de consenso comum, que as crianças que crescem
em ambientes aonde existem melhores condições de moradia, de saúde e de
alimentação desenvolvem-se melhor do que aquelas que crescem em lares
humildes e com alimentação deficiente.
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2.1.2 Desenvolvimento Motor
A necessidade humana de se movimentar é vital e acontece desde o ventre
materno, evoluindo de movimentos mais simples a movimentos mais complexos.
Para Manoel apud Dias (2009), “o desenvolvimento motor é o processo pelo
qual todos os seres humanos percorrem em busca de aquisições de habilidades no
decorrer de suas vidas.”
O desenvolvimento motor é um processo extenso e difere de indivíduo para
indivíduo, quanto ao momento que ocorre, entretanto a seqüência como ocorre é
basicamente a mesma em todas as crianças.
Para Gallahue e Ozmun citados por Höher (2007), O crescimento pode ser definido como o aumento na estrutura corporal realizado pela
multiplicação ou aumento das células; o desenvolvimento como um processo contínuo de mudanças no organismo humano que se inicia na concepção e se estende até a morte; ainda, segundo os autores, a maturação refere-se às mudanças qualitativas que capacitam o organismo a progredir para níveis mais altos de funcionamento e que, vista sob uma perspectiva biológica, é fundamentalmente inata, ou seja, é geneticamente determinada.
Conforme Meinel referenciado por Matos (2009), (...) as formas de movimento mais importantes que se aprimoram e que também são
adquiridas entre o primeiro e o terceiro ano de vida são: o andar, subir, equilibrar, saltar de um plano superior, correr, saltitar e saltar, gatinhas, rodar, rolar, empurrar, puxar, trepar, pendurar e balançar, carregar, indícios do pegar e diferentes formas de lançar.
Nesta fase de desenvolvimento a criança adquire habilidades e adaptações
do tipo comportamental, entretanto ainda não desenvolveu habilidades de raciocínio
e coordenação motora mais fina.
Ainda Höher (op. cit.) enfatiza que, Os movimentos da criança, com poucas semanas de vida, são fundamentalmente
movimentos incontrolados, não coordenados; a criança não controla o seu corpo. Entretanto, ao final da primeira infância, a criança apresenta um quadro notavelmente diferente: seus movimentos são voluntários e coordenados, controla a posição do corpo e dos segmentos corporais mais importantes (pernas, braços, tronco), é capaz de andar e de correr.
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2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo
Logo ao nascer o bebê apresentas inúmeras habilidades que se
desenvolvem rapidamente ao longo das semanas que precedem o parto, e algumas
características e particularidades passam a ser evidentes ao passar destas
semanas, momento este em que a criança começa a ter consciência de si mesma e
daqueles que a cercam.
Conforme, Höer (2007) as habilidades e competências perceptivos-
cognitivas das quais os bebês dispõem desde muito cedo não existem por capricho
ou causalidade, estando na verdade a serviço da relação da criança com o mundo
dos objetos ou com o das pessoas.
Em cada estágio de desenvolvimento a criança vai descobrindo e realizando
coisas novas e à medida que se desenvolve apresentam novos e diferentes
interesses e seu comportamento vai se modificando ao longo do tempo.
Conforme Corrêa (2002), “a tarefa principal da criança nos dois primeiros
anos de vida é a descoberta do mundo físico e de si mesma, como um objetivo
desse mundo.”
O mesmo autor, ainda nos diz que “a descoberta do mundo físico é um
processo que se inicia no nascimento e se completa por volta dos dezoito meses.
Nesta época, a criança já apresenta as noções de objeto permanente, espaço
unitário, tempo e casualidade.” (CORRÊA, 2002)
Com base nos pressupostos de Piaget, considerado por Braga (2004) a
inteligência constrói-se progressivamente ao longo do tempo, por quatro estágios ou
etapas constantes de aprendizagem e desenvolvimento, dos quais os dois primeiros
estágios relevantes para este estudo são:
Sensório-motor (0-2 anos): A atividade intelectual é de natureza sensorial e motora. A
criança percebe o ambiente e age sobre ele, por isso é essencial a estimulação nos primeiros dias de vida. Desenvolvimento da consciência do próprio corpo, diferenciado do restante do mundo físico. Desenvolvimento da inteligência.
Pré-operatório (2-7 anos): Desenvolvimento da linguagem, a partir de 2 anos desenvolve-se mais rapidamente; com três conseqüências para a vida mental a) socialização da ação (atividades de faz de conta, desenhos, sonhos), com trocas entre os indivíduos; b) desenvolvimento do pensamento, a partir do pensamento verbal: finalismo (porquês, causa/efeito), animismo(presume que todos os objetos têm vida e sentimentos) e artificialismo: c) desenvolvimento da intuição. (BRAGA, 2004)
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Figura 1: Estágios de Desenvolvimento: Piaget
Fonte:http://peadportfolio164242.blogspot.com/2010/10/estagios-do-desenvolvimento-segundo.html
2.1.4 Desenvolvimento Psicomotor da Criança
O desenvolvimento psicomotor da criança é um processo contínuo. Segundo
Dias (2009), desde os movimentos mais rudimentares ou reflexos até a organização
mais estrutural do movimento transcorrem uma série de aquisições de capacidades
motoras, as quais permitem um processo de adaptação e domínio.
Para Hoër (2007), A psicomotricidade está relacionada às implicações psicológicas do movimento e
da atividade corporal na relação do organismo com meio em que se desenvolve. A meta do desenvolvimento psicomotor é o controle do próprio corpo até ser capaz de extrair todas as possibilidades de ação e expressão que sejam possíveis a cada um.
A psicomotricidade é a resposta do organismo aos estímulos externos e
varia de criança para criança. Conforme Franco apud Matos (2009) a educação
psicomotora adéqua e adapta a criança ao meio utilizando o corpo como instrumento
e referência como forma de auto-conhecimento e desenvolvimento e sua relação
com os objetos e o mundo.
Conforme Hoër (op. cit.), um ambiente que forneça estímulos suficientes
através da abundância de oportunidades e encorajamento positivo pode vir a ser
benéfico, pois acelera o desenvolvimento de tarefas rudimentares estabilizadoras,
locomotoras e manipulativas que se seguem.
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Durante este período a criança começa a manipular o meio externo. Chora
quando sente ou deseja algo. É o período em que a imunidade já está mais
desenvolvida, considerada época favorável para se adaptar ao meio líquido. Quando
a água molha as vias respiratórias externas (boca e nariz) a respiração do lactente
sadio é bloqueada por reflexos.
Hoër (2007) ainda aponta que,
O desenvolvimento psicomotor ocorre impulsionado pelo estímulo duplo da maturação
biológica inerente ao processo de crescimento e da estimulação social que a criança recebe. Portanto, além da maturação a criança precisa de situações que estimulem a aprendizagem de determinadas habilidades e sua prática posterior; necessita de orientação, modelos e motivação.
2.1.5 O Desenvolvimento Psicossocial
Apesar de os bebês partilharem desde o início de padrões comuns de
desenvolvimento, revelam personalidades diferentes, as quais refletem as
influências sociais e ambientais, processo este que é longo, gradativo e contínuo.
O processo de desenvolvimento não é caracterizado por nenhum tipo de
marcação que separa a infância da adolescência e da vida adulta, entretanto, a
partir da infância o desenvolvimento psicossocial está diretamente interligado com
as relações sócio-ambientais apontadas em diversas teorias acerca da formação da
personalidade da criança, sendo assim a teoria psicossocial de Erikson apontada
por Corrêa (2002) nos diz que:
Um bebê (do nascimento a um ano e meio de idade) na fase oral tem prazer e gratificação,
através da estimulação oral. De um ano e meio a três anos, a criança está na fase anal e tem estimulação agradável pela movimentação dos intestinos. Durante o início de infância, o id de um bebê atua sob o principio do prazer, profiando por gratificação imediata.
(...) As diferenças individuais de personalidade entre os bebês resultam em parte de seu temperamento, do tamanho da família e da ordem de nascimento.
Ao que se refere ao desenvolvimento social, de acordo com Corrêa (op. cit.),
as crianças são capazes de distinguir familiares e estranhos entre cinco e sete
meses, entretanto a aceitação à estranhos difere muito de bebê para bebê, pois
alguns esquivam-se daqueles que não são familiares, outros acolhem bem todos
que se aproximam, considerando-se a experiência que tiveram com pessoas
estranhas e o grau de liberdade dado pelos pais.
11
Tendo em vista o acima exposto, fica evidente que o temperamento, as
emoções e as experiências fazem parte da base psicossocial, formando um sistema
interligado, e o desenvolvimento da criança é o resulta desta interação.
Quadro 2: Principais aspectos do desenvolvimento psicossocial do nascimento aos 36 meses. Adaptado de Feldman et al. apud Matos, (2009)
Idade Aproximada (Meses) Características
0 – 3 Os bebês estão abertos à estimulação. Começam a revelar interesse e curiosidade e sorriem facilmente às pessoas.
3 – 6
Os bebês são capazes de antecipar o que vai acontecer e sentem desapontamento quando tal não se verifica, demonstrando-o ficando zangados ou agindo com cautela. Eles sorriem, vocalizam e riem com freqüência. É um período de despertar social e de trocas recíprocas precoces entre o bebê e a figura parental.
6 – 9
Os bebês envolvem-se em “jogos sociais” e tentam obter respostas das outras pessoas. Eles “falam”, tocam e lisonjeiam outros bebês para levá-los a responder. Exprimem emoções diferenciadas, revelando alegria, medo, raiva e surpresa.
9 – 12
Os bebês estão extremamente preocupados com a sua figura parental principal, poderão revelar medo de estranhos e agir com desânimo em situações novas. Por volta do ano de idade, comunicam mais claramente as suas emoções, revelando estados de humor, ambivalência e gradações de emoções.
12 – 18
As crianças pequenas exploram o seu ambiente, utilizando as pessoas às quais estão mais vinculadas como base segura. À medida que dominam o ambiente, tornam-se mais confiantes e mais ávidas de se afirmarem.
18 – 36
Algumas vezes as crianças pequenas ficam ansiosas porque compreendem agora quanto têm de se separar da sua figura parental. Elas tomam consciência das suas limitações através da fantasia e do jogo e pela identificação com adultos.
De maneira geral, “basicamente, a tarefa da criança nessa primeira etapa da
vida é a descoberta do mundo que a rodeia. Assim, os bebês entram como um
elemento desse universo e não como alguém que tenha atrativos especiais.”
(CORRÊA, 2002)
Analisando-se os aspectos expostos é importante salientar que diversos
autores dizem que o desenvolvimento psicossocial da criança origina-se em
resposta aos estímulos recebidos, ao convívio familiar e ao ambiente a que está
inserida, características estas que acompanham o indivíduo ao longo da vida.
12
2.2 NATAÇÃO PARA BEBÊS
2.2.1 A Natação e as Fases de Desenvolvimento
De acordo com a definição de Vieira & Freitas (2006) a natação é a
“atividade física que consiste em movimentar braços e pernas para fazer o
deslocamento dentro da água; é quase intuitivo e tão antigo quanto o próprio
homem.”
Desde o nascimento o bebê já possui respostas motoras e reflexos no meio
líquido, além disso, a cada fase de desenvolvimento a criança vai apresentando
determinadas capacidades e facilidades para o desenvolvimento das atividades
dentro da água.
O processo compreendido entre os seis e os trinta e seis meses e dividido
em fase sensório-motora e a pré-operacional, as atividades desenvolvidas no meio
aquático se estabelecem nestas fases conforme descrito a seguir:
2.2.1.1 Período Sensório-Motor
Nesta fase a criança adquire habilidades e adaptações do tipo
comportamental, entretanto ainda não desenvolveu habilidades de raciocínio e
coordenação motora mais fina. Os exercícios são realizados através de adaptações
de estímulos, respostas e estímulos condicionados.
Segundo Lima citado por Zulietti & Sousa (2006), A criança utiliza mais os reflexos no relacionamento com o meio ambiente, isto é, qualquer
barulho ou uma luz mais forte chamará a atenção da criança. Os primeiros banhos são importantes para a adaptação ao meio líquido; a maneira com que os pais molham o rosto ou transferem o seu calor para a criança ajudará no aprendizado da natação.
Zulietti & Sousa (op. cit.) enfatiza ainda que durante este período de vida a
criança fortalece seu relacionamento com o mundo exterior, começa a sentir prazer
pela água e as diferenças de temperatura. Praticamente o elo entre a criança e o
meio ambiente é o choro.
13
Durante este período a criança começa a manipular o meio externo. Chora
quando sente ou deseja algo. É o período mais interessante para colocá-la na
natação, pois sua imunidade já está mais desenvolvida, sendo a época ideal, não
para aprender os estilos, mas sim para se adaptar ao meio líquido. Quando a água
molha as vias respiratórias externas (boca e nariz) a respiração do lactente sadio é
bloqueada por reflexos.
Nas afirmativas de Lima apud Zulietti & Sousa (2006) é um período ótimo de
desenvolvimento da natação, pois pode-se relacionar os exercícios aos brinquedos.
Antes o brinquedo era para atrair a atenção da criança e agora o objetivo é de
integrá-lo aos exercícios.
2.2.1.2 Período Pré-operacional
Para Zulietti & Sousa (op. cit.) é o fim do período comportamental e início da
compreensão, do entendimento, agrupamento de conceitos, aquisição e
desenvolvimento da coordenação mais fina e desenvolvimento das habilidades do
aprendizado dos estilos da natação.
O autor ainda considera que as crianças têm a capacidade de compreender
novos conceitos, aprendem a nadar os estilos, iniciando por movimentos mais
rústicos até a realização de movimentos mais complexos.
Segundo Corrêa & Massaud referenciados por Zulietti & Sousa (op. cit.), na
criança, um dos principais objetivos para que se consiga um desenvolvimento, em
busca de saúde e equilíbrio, é desenvolver o gosto pela atividade, através de ações
lúdicas, prazerosas, com objetivos claros, dentro de sua capacidade psicomotora.
Segundo Lima apud Zulietti & Sousa (op. cit.), é nesta fase que surgem os
primeiros movimentos oriundos da coordenação mais fina
2.2.2 A Natação para Bebês e seus Benefícios
A natação ou ato de nadar é a atividade física considerada como excelente
agente educativo para o desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial da criança,
considerando-se o ambiente prazeroso, o grupo de movimentos complexos
14
realizados e as inúmeras possibilidades de atividades que podem ser desenvolvidas
no meio aquático.
Neste aspecto Lagrange citado por Azevedo (2008) afirma que: O bebê já é adaptado ao meio líquido desde a gestação e estando acostumado ao meio
líquido desde a fase uterina, pode exibir uma performance que encanta e até surpreende quem assiste a uma aula de natação para crianças. O contato com a água ainda nos primeiros meses de vida favorece a saúde e proporciona um movimento de prazer e descobertas para os bebês. (2008)
De acordo com Ramaldes (1999) a prática regular da natação é um dos
meios mais eficazes para prevenção e correção de problemas posturais, auxilia no
desenvolvimento fisiológico, principalmente o cardiopulmonar permitindo novas
possibilidades de coordenação, além de ser considerada como um excelente
método pedagógico e favorável para um relacionamento melhor consigo e com os
outros.
No olhar de Carvalho & Coelho (2011), A natação é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes e dos mais
exigentes, por movimentar praticamente todos os músculos e articulações do corpo. Proporciona às crianças, além dos benefícios físicos e orgânicos, também os sociais, terapêuticos e recreativos.
Salles e Mataruna apud Hoër (2007), por sua vez, apontam e reforçam
alguns benefícios dessa prática:
a. O bebê que tem a oportunidade de experimentar o meio aquático como algo satisfatório,
desenvolve uma atitude aquática positiva e terá uma conduta na água substancialmente melhor que outros que não tiveram a mesma oportunidade;
b. O bebê relaxa na água, aprende novos movimentos, fortalece sua musculatura e aprende a controlar a sua respiração, aspectos que contribuem de forma decisiva para seu desenvolvimento motor;
c. O meio aquático contribui significativamente para o desenvolvimento e conhecimento da criança, atuando sobre sua conduta, fazendo-o mais independente e ativo ao explorar o meio, o que favorece a socialização;
d. A atividade na água, ainda atua sobre o apetite, melhora a qualidade do sono, pois facilita o relaxamento e tem algum efeito de sedação;
e. A prática aquática reforça a personalidade e a independência, e pode influir no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem.
Damasceno citado por Morais (2008) ressalta ainda que, através de um
programa de natação é possível supor que as estimulações corporais,
transformadas em gestos motores, levarão os indivíduos a conseguirem progressos
em suas habilidades motoras, psíquicas e sociais, requeridas para adequada
estruturação da personalidade infantil.
De acordo com Le Boulch,
A criança necessita do contato com outras crianças da mesma faixa etária, conhecer e aproximar-se de adultos, a fim de iniciar sua fase elementar de socialização. O caráter coletivo da
15
aprendizagem da natação, através do intercâmbio com as outras pessoas permite à criança ampliar sua relação afetivo-social. (LE BOUCH, 1982)
Já Santos apud Baggini enfatiza que “a criança deve ser considerada um ser
que constrói suas relações com o mundo através de suas próprias atividades
cotidianas”. (2008)
Dentre as vantagens da prática estão o desenvolvimento e a maturação do
bebê, considerando-se a capacidade de estímulo que a natação favorece.
Segundo Ferreira apud Azevedo (2008): A natação proporciona aos bebês benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e
recreativos, melhora a adaptação na água aprimorando a coordenação motora, noções de espaço e tempo, prepara o psicológico e neurológico para o auto-salvamento, aumento da resistência cárdio-respiratória e muscular. A natação ajuda também a tranqüilizar o sono, estimular o apetite, melhorar a memória, além de prevenir algumas doenças respiratórias.(2008)
Ao que diz respeito às desvantagens, Camus (1993), aponta algumas
contra-indicações, na maioria dos casos passageira, como os resfriados e os
problemas alérgicos relacionados ao cloro que não são considerados entraves para
a prática da atividade, já que existe no mercado produtos alternativos como o cloro
orgânico que evita tais reações.
Considerando-se os aspectos relacionados às doenças respiratórias,
Rodrigues afirma que “a natação no ponto de vista fisiológico, melhora o
desempenho muscular e ventilatório da criança”. (2006)
Ramaldes (1999) acrescenta um discutível beneficio da natação para bebês:
o fato de favorecer aos pais mais segurança. Segundo a autora, aprender a nadar
cedo, de forma autônoma, é uma prevenção vital na vida diária e, principalmente,
em período de férias, quando os riscos de acidentes são maiores, na medida em
que o contato com a água é mais freqüente.
Sendo assim, importante salientar para que bons resultados sejam
alcançados que a natação para os bebês deve estar focada no desenvolvimento e
no benefício à saúde e não como objetivo principal o de tornar a criança um atleta
olímpico.
16
2.3 AS AULAS DE NATAÇÃO
As aulas de natação para bebês devem ser agradáveis e ter em média
duração entre 30 e 45 minutos já que o sistema termo-regulador não está em pleno
desenvolvimento e para não tornar a atividade cansativa. O progresso deve ser
gradativo, apresentando sempre exercícios que despertem o interesse dos bebês.
Até a idade de três anos é indicado que a criança realize a prática junto com
um acompanhante na piscina ou então até que sinta-se confiante e esteja
acostumada com a atividade aquática, pois o aprendizado deve ser entendido como
seguro e prazeroso para a criança e deste modo contribuir para o desenvolvimento
fisiológico e sócio-afetivo.
Segundo Zulietti & Sousa (2006), é recomendado que o acompanhante nas
aulas de natação sejam os pais levando-se em consideração os aspectos
psicológicos de cada criança:
(...) o bebê ainda tem um círculo muito restrito de seu meio ambiente; os adultos que o cercam, são os de sua convivência familiar e doméstica, portanto, qualquer pessoa estranha que entre no seu pequeno mundo será motivo de abalo em seu equilíbrio emocional. (ZULIETTI & SOUSA, op. cit.)
Ramaldes (1999) aponta que o papel do professor consiste em corrigir as
falhas cometidas pelos alunos através de:
1) Correções verbais; 2) Correções manuais; 3) Mostrar e explicar o gesto que o aluno deverá fazer mantendo acima de tudo a
segurança do aprendiz. Ainda conforme Ramaldes (1999), a adaptação ao meio líquido subdivide-se
em:
a) Adaptação Psicológica: visa familiarizar o aluno ao meio líquido, através de jogos e brincadeiras que busquem contato direto com a água;
b) Adaptação Fisiológica: a partir da imersão (mergulho) do rosto. Neta fase se inicia a respiração principalmente a expiração que favorece tremendamente o acesso do fundo. Para isso é primordial uma boa introdução ao meio líquido através da fase psicológica.
Além disso, a orientação para o ensino no nível até 3 anos é de:
• A temperatura da água deve ser agradável; • Nunca apressar um processo ou mostrar imponência; • Tentar evitar que a criança ponha violentamente o rosto na água; • Sugere-se o uso de bóias, durante o período das aulas, e recreação supervisionadas.
(RAMALDES, 1999)
17
Importante ressaltar que a relação entre o professor e o bebê envolve
domínio afetivo, o “sentir” da criança, seus medos, suas ansiedades, suas alegrias,
suas tristezas, suas pulsões.
O oferecimento de atividades aquáticas adequadas à criança constitui-se em
um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da suas
capacidades motoras.
Para alcançar o pleno desenvolvimento dos bebês, a saúde e o equilíbrio
buscados, é fundamental desenvolver na criança o gosto pela atividade aquática,
através de objetivos claros e firmes, respeitando-se as faixas etárias, propondo
atividades dentro de sua capacidade psicomotora, conforme seu desenvolvimento e
suas habilidades além de a relação entre professor e o bebê ser de segurança e
confiança. De acordo com Delgado (2000) dentre as atitudes, o modo de
relacionamento e as qualidades básicas do professor estão:
a) conhecimento específico; b) experiência; c) paciência; d) dedicação; e) hostilidade; f) equilíbrio; g) psicologia infantil; h) fisiologia infantil; i) criatividade; j) positivismo e alegria; k) o professor deve ficar sempre preparado, de sunga ou short (sunga), chinelo e camisa; l) o professor deve estar dentro d’água, de acordo com as necessidades, para
acompanhar o aluno; m) o professor deve exigir pontualidade, assiduidade e uniforme; e n) o professor deve ter amor à criança. Considerando todos os aspectos, independente da metodologia e mais
importante que ensinar o bebê a nadar, as aulas de adaptação ao meio aquático
devem promover na criança o prazer e a satisfação de estar na água e combater
possíveis inseguranças e medos; desenvolver a capacidade e noções de limites;
desenvolver a capacidade sócio-afetiva; permitir mais agilidade e equilíbrio e
promover a saúde.
Ao que se refere à metodologia que será adotada para as aulas de natação,
importante observar as razões as quais os pais procuram a atividade no meio
aquático, portanto:
Identificar os motivos que levam os pais a matricularem seus filhos nas aulas de natação
pode facilitar a escolha das metodologias a serem aplicadas, possibilitando resultados mais satisfatórios para os pais e a garantia de continuidade da prática. (CARVALHO & COELHO, 2011)
18
Além disso, Xavier Filho e Manoel apud Baggini (2008) argumentam que o
profissional deve permitir que a criança, primeiramente, descubra várias formas de
locomoção na água, para depois iniciar a aprendizagem dos estilos, pois os
movimentos rudimentares das crianças são fundamentais para a futura
movimentação eficiente e consistente.
Salienta-se ainda que diversos autores defendem que o pediatra deve ser
consultado antes de se iniciar qualquer atividade com o bebê, onde o profissional da
saúde ateste que a criança está em dia com as vacinas e apta a realizar a atividade
no meio aquático.
Além disso, importante ressaltar que a presença dos pais é indispensável
nas aulas, pois,
(...) aumenta a confiança do bebê facilitando seu processo de aprendizagem além disso,
somente os pais conhecem as reações e as expressões dos filhos. Quando os bebês estão com os pais, têm maior liberdade e segurança para expressar seus sentimentos sem ficarem inibidos. (HOËR, 2007)
A presença dos pais é importantíssima para o aprendizado e desenvolvimento do bebê pois
com isso, ele consegue adaptar-se melhor ao meio adquirindo autoconfiança, aumentando seu convívio social relacionando-se com outras crianças, além do fato de ser mais um momento de total contato com os pais recebendo muito carinho, amor e aconchego. (HOËR, op. cit.)
19
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
Foi realizada uma pesquisa descritiva com o objetivo de coletar dados e
informações que contribuam na análise e interpretações dos resultados, além de
pesquisa bibliográfica para melhor fundamentação teórica. Como instrumento de
coleta de dados utilizou-se o questionário semi estruturado com perguntas fechadas.
Esta pesquisa teve como característica uma pesquisa de campo que é
utilizada como objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese ou ainda
descobrir novos fenômenos ou relações entre eles. (MARCONI, 2006).
3.2 SUJEITOS
Participaram do estudo 20 bebês de ambos os sexos, na faixa etária entre 6
e 36 meses, divididos em grupos de 6 a 12 meses, de 13 a 24 meses e de 25 a 36
meses, que freqüentam aulas de natação 2 vezes por semana (45 min/aula) na
Escola de Natação AquaSummer no município de Sorriso/MT.
3.3 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Os dados foram tabulados através de uma planilha de Excel. Sendo que
para análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva para
caracterização da amostra foi utilizado porcentagem.
20
3.4 PROCEDIMENTOS
A pesquisa será feita no ambiente da Escola AquaSummer, localizada na
cidade de Sorriso, no Estado de Mato Grosso.
No âmbito deste estudo, considerou-se a infância o período compreendido
entre o nascimento e os três anos de vida e, neste contexto, foram analisados os
aspectos da natação e das atividades no meio aquático e a sua relação com o
desenvolvimento de bebês que participam periodicamente de aulas de natação.
Iniciou-se a pesquisa com uma breve revisão da literatura relativa ao tema,
elaboração de projeto e em seguida foi encaminhado ao Comitê de Ética da
instituição uma carta com as intenções da pesquisa que após aprovada, deu-se
seqüência ao trabalho de conclusão de curso.
Foi encaminhada à Escola de Natação uma carta de apresentação,
juntamente com as intenções da pesquisa, a qual foi recebida pela direção e
aprovada.
Os responsáveis por responder os questionários do estudo foram informados
que estariam participando de uma pesquisa com objetivo de avaliar os benefícios da
natação para bebês de 6 a 36 meses, ocasião em que assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido, que expressa sua livre vontade de participar do
programa proposto e, para que o pesquisador possa utilizar os dados levantados em
trabalhos e publicações relativas ao tema no âmbito nacional e internacional sem,
para isso, fazer uso de dados pessoais que possam servir para identificar os
participantes, mantendo assim o total anonimato dos indivíduos.
O instrumento de coleta de dados foi desenvolvido por meio de um
questionário contendo 10 (dez) questões fechadas, direcionadas aos a pais ou
responsáveis de 20 (vinte) bebês em três categorias de entrevistados, considerando-
se as faixas etárias de 6 (seis) a 12 (doze) meses, de 13 (treze) a 24 (vinte e quatro)
meses e de 25 (vinte e cinco) a 36 (trinta e seis) meses, os quais foram respondidos
de forma livre e espontânea; posteriormente os dados foram analisados em conjunto
com a bibliografia pertinente ao assunto, tabulados os dados e elaborados os
gráficos, mantendo-se o anonimato dos participantes.
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O presente estudo tem como foco os benefícios que a natação oferece aos
bebês de modo geral.
Foram realizadas 20 (vinte) entrevistas, as quais os questionários foram
respondidos de forma livre e espontânea pelos responsáveis pelos bebês que
freqüentam as aulas de natação na Escola de Natação AquaSummer.
Neste estudo participaram bebês de ambos os sexos, entretanto no
momento da tabulação dos dados o gênero das crianças não foi considerado,
apenas a faixa etária de 6 (seis) a 12 (doze) meses, de 13 (treze) a 24 (vinte e
quatro) meses e de 25 (vinte e cinco) a 36 (trinta e seis) meses.
Apesar de ignorado o gênero no momento da tabulação de dados, sabe-se
que de maneira geral, ao nascer, os meninos são ligeiramente maiores do que as
meninas, em todas as dimensões corporais (CORRÊA, 2002), portanto esta
informação não foi considerada relevante para o estudo.
Dos bebês avaliados, a questão – 1, do tipo fechada, objetivava saber sobre
o aleitamento materno, aonde se obteve os seguintes dados apontados na Figura 2:
na faixa etária de 6 a 12 meses, 67% ainda mamam no peito e 33% não mamam. Na
faixa etária entre 13 a 24 meses apenas 22% mamam no peito e 78% já não possui
mais o leite materno como fonte de alimentação e na faixa etária entre 25 a 36
meses nenhuma criança, ou seja, 100% não se alimenta mais com o leite da mãe.
Figura 2: Questão 1 – Ainda mama no peito?
22
De acordo com a recomendação é de que durante os seis primeiros meses
de vida, o aleitamento materno seja exclusivo, pois o leite materno é um alimento
completo, porque possui todos os nutrientes que seu bebê necessita para crescer
forte e saudável durante os seis primeiros meses de vida. Após o sexto mês de vida,
aos poucos podem ser introduzidos, contudo o leite materno deverá ser mantido até
os dois anos ou mais. (BORDIN, et. al. 2011)
A questão – 2, do tipo fechada, avaliou se a atividade no meio aquático
contribuiu para a melhora do sono dos bebês, segundo os dados obtidos mostrados
na Figura 3, 100% dos bebês de 6 a 12 meses melhoraram o sono após iniciarem a
natação. Dos bebês entre 13 e 24 meses, 78% dormem melhor após a atividade na
água e 22% afirmam não haver mudanças no sono da criança. Dos bebês
praticantes de natação na faixa etária entre 25 e 36 meses 87% melhorou o sono
após a prática física no meio aquático e 13% destes não obtiveram melhora no sono.
Nenhum dos entrevistados deixou de observar o comportamento das crianças após
o início das aulas de natação.
Figura 3: Questão 2 – Melhorou o sono?
A natação é um exercício físico complexo que trabalha diversos grupos
musculares, oxigena o sangue e conseqüentemente melhora as condições do sono.
Por outro lado, de acordo com Dias (2009), as atividades aquáticas para
lactantes podem proporcionar melhorias em nível motor, tornando os bebês
mais ativos e por esta razão pode alterar o sono da criança. Além disso, muitos
pediatras recomendam a natação para bebês como um complemento saudável à
formação físico-psíquica das crianças.
23
Salles e Mataruna apud Hoër (2007) afirmam que “a atividade na água,
ainda atua sobre o apetite, melhora a qualidade do sono, pois facilita o relaxamento
e tem algum efeito de sedação.”
Na visão de Lopes (2004), a água oferece vantagens e efeitos terapêuticos e
promovem o relaxamento, melhora a coordenação motora e o equilíbrio.
Segundo Ramaldes (1999), a prática regular da natação, permite
desenvolver todos os mecanismos fisiológicos: a capacidade pulmonar e o sistema
cardiovascular, sendo assim, conseqüentemente as condições do sono podem
melhorar.
A questão – 3, do tipo fechada, avaliou a melhora na alimentação dos bebês
que fazem natação, aonde se pode observar na Figura 4 que: Dos bebês de 6 a 12
meses 67% melhoraram a alimentação, nenhum pai referiu-se a mudanças
alimentares nos seus bebês e 33% dos pais não observaram se a prática de natação
alterou o comportamento de seus bebês à mesa.
Na faixa etária entre 13 e 24 meses, 78% dos entrevistados observaram que
a alimentação das crianças teve melhora, 22% afirmam não ter alterado a
alimentação e nesta faixa etária todos os entrevistaram perceberam a melhora ou
não da alimentação.
Dos 25 aos 36 meses observou-se que 50% das crianças melhoraram a
alimentação e 50% manteve o mesmo apetite após início das atividades de natação,
sendo que nesta faixa etária, também não houve nenhum entrevistado que não
tivesse observado a melhora na alimentação dos filhos.
Figura 4: Questão 3 – Melhorou a alimentação?
24
Zulietti & Sousa (2006), afirmam que o meio líquido estimula a percepção
dos cinco sentidos: tato, audição, visão, olfato e paladar; o que pode contribuir para
a melhora do apetite dos bebês.
A visão de Ferreira numa breve contextualização confirma os dados
apontados nas três primeiras questões acima descritas:
A natação é uma das atividades físicas mais completas que o ser humano pode praticar.
Por isso, o meio aquático proporciona as pessoas, desde a mais tenra idade, uma gama de benefícios como: o de melhorar a coordenação motora; proporcionar noções de espaço e tempo, preparar a criança psicologicamente e neurologicamente para o auto-salvamento, estimular o apetite, aumentar a resistência cardiorrespiratória e muscular, tranqüilizar o sono e também prevenir várias doenças respiratórias. (FERREIRA apud HOËR, 2007)
A questão – 4, do tipo fechada, analisou se a criança fica mais tranqüila
após a aula de natação. Na Figura 5 os entrevistados afirmaram, que os bebês nas
faixas etárias de 6 a 12 meses e de 13 a 24 meses ficam mais tranqüilos após a aula
conforme os dados apontados no Gráfico 4.
Na faixa etária entre 25 e 35 meses 75% dos entrevistados observaram que
as crianças ficam mais tranqüilas após a aula, 12,5% apontam não haver mudança
no comportamento e 12,5% não observou alterações neste sentido.
Figura 5: Questão 4 – Fica mais tranqüilo após a aula?
Para Salles e Mataruna apud Hoër (2007), “o meio aquático contribui
significativamente para o desenvolvimento e conhecimento da criança, atuando
sobre sua conduta, fazendo-o mais independente e ativo ao explorar o meio, o que
favorece a socialização.”
25
Na questão – 5, do tipo fechada, foram questionados sobre o banho, aonde
pode-se observar na Figura 6, que na faixa etária de 6 a 12 meses, os entrevistados
afirmaram que após o início da natação, todas os bebês estão gostando mais do
banho. Na faixa etária entre 13 e 24 meses, 89% dos entrevistados afirmaram que
suas crianças estão mais contentes com o banho e 11% diz não ter nenhuma
mudança relacionada com a natação; e destes não houve nenhum entrevistado
deixou de observar se houve o não mudanças ao que se refere ao banho.
Dos 24 aos 36 meses, 25% afirmou que a criança passou a gostar mais do
banho após o início das atividades na água, 62% afirma não ter havido mudanças e
13% não observou se a criança gosta mais ou não do banho após ter iniciado na
natação.
Figura 6: Questão 5 – Está gostando mais do banho?
Como afirma Hoër (2007), o banho, para além do seu caráter higiênico,
deverá também ter um caráter lúdico e experimental, ou seja, será um momento não
só de higiene pessoal mas, também de brincadeira e de experiência da criança com
o meio aquático.
No olhar de Zulietti & Sousa (2006),
O bebê na água relembra sua vivência dentro da barriga da mamãe durante a gestação, podendo-se deduzir, então, que a água é prazerosa, principalmente o banho deve ser uma descontração. Os primeiros passos de uma estimulação aquática seria o banho, que tem por objetivo trazer prazer ao bebê. Deixar respingar água no rosto e depois deixar escorrer a água da cabeça para o rosto e brincar muito durante o banho.
26
Na questão – 6, do tipo fechada, os entrevistados foram questionados
acerca de ocorrência de doenças respiratórias nas crianças, após estas ingressarem
na natação. Na Figura 7, observa-se que dos 6 aos 12 meses não foram observadas
alterações respiratórias; dos 13 aos 24 meses, dos entrevistados, 22% afirmam que
as crianças sofreram com algum problema respiratório e 73% dizem não ter
ocorrência de doenças respiratórias nos seus filhos após o início das atividades de
natação.
Dos 25 aos 36 meses também não foram observadas ocorrências de
doenças respiratórias relacionadas com a prática de atividades no meio aquático.
Neste questionamento, nenhum dos entrevistados deixou de observar
alterações ou não ao que se refere à doenças respiratórias.
Figura 7: Questão 6 – Teve doenças respiratórias com mais freqüência?
No ponto de vista de Camus (1993):
A natação apresenta algumas contra-indicações, mas na maioria dos casos são passageiras, como gripes e inflamações. No caso de crianças com rinite (reação inflamatória da membrana mucosa nasal) há divergência de opiniões médicas. Alguns indicam a natação e outros não aconselham. Outro problema comum em bebês é a alergia ao cloro. No entanto, está-se começando a usar cloro orgânico ou sal no tratamento das piscinas, o que evita reações alérgicas.
Além disso, Corrêa (2002), afirma que “o condicionamento da capacidade
respiratória – a pressão da imersão, também aumenta o trabalho respiratório em
60% melhorando a capacidade respiratória do corpo.”
A respiração é uma das fases mais importantes na aprendizagem da
natação, as primeiras dificuldades encontradas pelo nadador está em não conseguir
controlar a respiração, já que na água a respiração difere da respiração normal, pois
no meio líquido inspiramos pela boca e expiramos pelo nariz.
27
Por esta razão, muitos médicos recomendam as atividades na água como
método terapêutico para pessoas com enfermidades respiratórias.
A questão – 7, do tipo fechada, refere-se a problemas no ouvido, como a
otite (inflamação no ouvido). De acordo com os entrevistados e descritos na Figura
8, 33% dos bebês de 6 a 12 meses apresentaram algum tipo de inflamação no
ouvido após o início da natação, sendo que 66% afirmam não ter havido problemas.
Na faixa etária entre 13 a 24 meses apenas 11% das crianças apresentaram algum
tipo de otite e 89% não tiveram nenhum problema de ouvido após as atividades
realizadas na água. Na faixa etária entre 25 e 36 meses não ouve ninguém
apresentou problemas auditivos relacionados com a natação. Neste item, nenhum
dos entrevistados deixou de observar o assunto proposto.
Figura 8: Questão 7 – Teve problemas de ouvido (otite)?
A questão – 8, do tipo fechada, refere-se aos problemas relacionados à
dermatite (inflamação na pele). A Figura 9 mostra que todos os entrevistados
afirmaram que as crianças não apresentaram nenhum tipo de alteração na pele após
terem iniciado as aulas de natação.
Quanto mais cedo a criança iniciar na atividade aquática, melhor será sua
adaptação no meio líquido e conseqüente aumento da resistência à doenças.
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Figura 9: Questão 8 – Teve algum problema de pele (dermatite) observado após o início da
natação?
A questão – 9, do tipo fechada, trata da sociabilidade da criança após o
início das aulas de natação e no Figura 10, é possível observar que todos os
entrevistados foram unânimes em dizer que as crianças ficaram mais sociáveis após
iniciarem as atividades no meio líquido.
Figura 10: Questão 9 – Ficou mais sociável?
Hoër (2007) afirma que para o bebê, essa prática tem grande importância
para sua vida social. Nessa idade ele tem pouco contato social e a natação vai
permitir a convivência com outras pessoas. A aula de natação é um dos primeiros
locais que o bebê e até mesmo a mãe têm a oportunidade de convívio social, sendo
ainda um momento a mais de afetividade e troca de carinho entre mãe e filho.
Ainda sobre a sociabilidade, importante ressaltar que: Para desenvolver-se, o bebê, após o nascimento requer além da manutenção dos
processos orgânicos, o intercâmbio com outras pessoas. É através da relação com os outros que o ser se descobre e constrói pouco a pouco sua personalidade. Esse intercâmbio se inicia entre a mãe
29
e a criança a partir de uma série de organizadores, como o olhar, a mímica, e a mais importante, o sorriso e a linguagem (LE BOULCH apud HOËR 2007).
Lima (2000) aponta que alguns pais se mostraram, surpresos com algumas
constatações, principalmente as relacionadas aos fatores cognitivos e sócio-
emocionais, como a segurança e a sociabilização.
“O equilíbrio emocional, uma vez que se relaciona com outras crianças e
outros adultos, favorece a sociabilização, a conquistar determinados objetivos,
favorecendo a auto-estima.” (LIMA, op. cit)
Referente à questão – 10, do tipo fechada, foi perguntado aos entrevistados
se freqüentam a Escola. A Figura 11 aponta que dos 6 aos 12 meses, nenhum dos
bebês freqüenta a Escola. Dos 13 aos 24 meses 89% não freqüenta a Escola e 11%
freqüenta.
Dos 25 aos 36 meses, 50% das crianças freqüenta e 50% das crianças não
freqüentam a Escola.
Figura 11: Questão 10 – Está na Escolinha?
A inserção em diferentes meios, como por exemplo a Escola, as atividades
no meio aquático são de certo modo promotoras do desenvolvimento psicomotor,
cognitivo e da personalidade da criança. Portanto, além da maturação a criança
precisa de situações que estimulem a aprendizagem de determinadas habilidades e
sua prática posterior; necessita de orientação, modelos e motivação. (HOËR, 2007)
30
5. CONCLUSÃO
A partir do estudo realizado, foi possível demonstrar os efeitos esperados na
prática de natação para bebês dos 6 aos 36 meses e confirmar o que é consenso
entre autores, técnicos e pais, que buscam além do aprendizado da natação a
adaptação ao meio aquático.
A natação contribui significativamente com a socialização, aumenta as
possibilidades motoras, afetivas, cognitivas, importantes para crescimento saudável
e o desenvolvimento integral do bebê.
Oferecer atividades no meio líquido adequadas, bem estruturadas e de
forma lúdica é fundamental para que os objetivos da prática sejam alcançados.
Através da atividade lúdica, as crianças crescem, aprendem a usar os músculos,
coordenam o que vêem com o que fazem e adquirem domínio sobre o corpo.
(NETTO, 1995)
Pode-se dizer que a prática de atividades aquáticas aumenta as
possibilidades motrizes do bebê e permite a experimentação de novas situações que
o ajudarão a crescer. Por isso acredita-se que a atividade aquática deve ser paralela
ao crescimento e estar presente de forma continuada. (HOËR, 2007)
Importante salientar que as atividades de natação devem ser propostas
dentro da capacidade psicomotora de cada criança, respeitando sua idade, seus
limites e suas habilidades para que o desenvolvimento infantil não seja prejudicado e
a criança tome gosto pela prática.
O professor deve estar apto a desempenhar as atividades, programando-as
e avaliando-as constantemente, o que exige uma gama de conhecimentos que vão
além das técnicas de natação, como por exemplo, conhecimentos de
psicomotricidade, psicologia infantil e fisiologia.
A presença dos pais é fundamental, diferente de outras práticas físicas, a
criança nesta modalidade precisa da segurança e do incentivo afetivo peculiar aos
pais.
Por fim, o presente estudo foi capaz de verificar a influência positiva das
atividades aquáticas e concluir que a natação oferecida de forma qualificada e
adequada é instrumento promotor do desenvolvimento infantil.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, A. M. P., et. al. Os benefícios da Natação Para Bebês de 6 a 24 meses de Idade. UFPB-PRG – XI encontro de Iniciação à Docência. 2008.
BAGGINI, F. C. Caracterização do processo ensino/aprendizagem da natação para diferentes faixas etárias. UNESP. Bauru. 2008 BORDIN, A. B. et. al. Alimentação infantil: Cartilha de orientação aos pais. Secretaria Municipal de Saúde. Curitiba/PR. 2011. BRAGA, E. M. R. Esquema dos estágios do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget. Belo Horizonte, UNIBH. 2004. Disponível em <http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=4805&cat=Ensaios&vinda=S> Acesso em: 30/01/2012 CAMUS, L. J. Las práticas acuáticas del bebé. Barcelona, Editorial Paidotribo, 1993. CARVALHO, A. B. P. C; COELHO, D. C. M. Natação para crianças: o que motiva os pais a escolherem esta modalidade esportiva para seus filhos. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco. 2011 CAVALCANTI, P. Natação e Doenças Respiratórias. Mesa Redonda. 2006 CORRÊA, C. R. F. Atividades aquáticas para bebês. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint. 2002 DELGADO. Cesar Augusto. Escolas de Natação e Hidro. Rio de Janeiro: Sprint. 2000 DIAS, J. A. B. S. Efeitos das atividades aquáticas sobre o desenvolvimento motor de bebês de 6 a 14 meses nascidos a termo. Curitiba: UFPR. 2009 FERNANDES, J. P. O. F. A revolução psicomotora da criança no meio aquático. Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mêndes. 2007. FERREIRA, F. G. Natação para bebês. Disponível em: http//www.guiadobebê.com.br Acesso em: 10 Ago. 2011
FERREIRA, P. L. Desenvolvimento Psico-Motor em Atividades Aquáticas. 2007
FONSECA, V. Temas de psicomotricidade. O papel da motricidade na aquisição da linguagem. Cruz Quebrada – Lisboa. Edições F.M.H. – U.T.L. 1995. HÖER, E. L. S. Natação para bebês: Limites e possibilidades do desenvolvimento infantil na percepção dos gestores, professores e pais envolvidos nessa prática. Novo Hamburgo/RS: FEEVALE. 2007
32
LAGRANGE, G. Manual de psicomotricidade. Lisboa: Editorial Estampa. 1974. LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982. LIMA, E. L. Jogos e brincadeiras Aquáticas com materiais alternativos. Jundiaí: Fontoura, 2000.
LOPES, M.G.O; PEREIRA, J.S. A influência da natação sobre o equilíbrio em crianças. Fitness & Performance Journal. v.3, n. 4. 2004
MADORMO, Sandra Rossi. Levantamento de Dados: Influência da Natação na Saúde dos Bebês. 1º Congresso Brasileiro de Natação Infantil. (slides) MARANGON, C. "Pequenos, sim, mas independentes." Artigo: Revista Nova Escola. Ed. 171, abril, 2004, p. 22 e 23. MARCONI, Maria de Andrade, Técnicas de Pesquisa 6° edição São Paulo 2006. MATOS. L. A. Estudo Exploratório da Natação para Bebés na Área do Grande Porto: Condições estruturais, materiais e humanas, objectivos e opções metodológicas. Universidade do Porto. 2009
MORAIS, L. C. A contribuição da natação como fator de inclusão social sobre o desenvolvimento da criança com síndrome de Down. UFPB-PRG. 2008. NETTO, J. B. Natação. A didática moderna da aprendizagem. Grupo Palestra Sport. Rio de Janeiro: Ícone, 1995. PALMER, M. L. A ciência do ensino da natação. São Paulo: Manole. 1990
PEREIRA, K., et al. Desenvolvimento motor de bebês que praticam natação. PUC/RS. 2009
PEREIRA, D. L. et al. A Natação e o Processo para Alfabetização de Crianças.R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 15, n. 1, p. 20-31, 2007. PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
RAMALDES, A. M. Natação – 100 Aulas Bebês à Pré-Escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2 ed. 1999. VIEIRA, S.; FREITAS, A. O que é natação. Rio de Janeiro: Casa da Palavra. 2006
ZULIETTI, L. F; SOUSA, I. L. R. A aprendizagem da natação do Nascimento aos 6 Anos – Fases de Desenvolvimento. UNIVAP. 2006
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7. ANEXOS
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ANEXO 1
Sorriso, 10 de Outubro de 2011.
Ao Comitê de Ética da FACEM – FACULDADE CENTRO – MATOGROSSENSE
S O L I C I T A Ç Ã O
Eu, FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO, acadêmica do 8º.
Semestre do curso de Educação Física – Bacharelado, sob orientação do Prof. João
Ricardo Gabriel de Oliveira, apresento a minha intenção de pesquisa e solicito
autorização para realizá-la com pais de bebês de 6 a 36 meses, da Escola de
Natação AquaSummer de Sorriso/MT.
___________________________________________ FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
Discente: Educação Física/Bacharelado
_________________________________________ JOÃO RICARDO GABRIEL DE OLIVEIRA
Professor Orientador
__________________________________________________________________________ Autorizado por:
Sorriso _____ / _____ /___________
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ANEXO 2
INTENÇÃO DA PESQUISA: OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO1 JOÃO RICARDO GABRIEL DE OLIVEIRA2
A realização desta pesquisa pretende contribuir com os educadores físicos e
os pais acerca dos benefícios que a prática regular da natação e as atividades no
meio aquático promovem aos bebês.
Serão analisados os aspectos da natação e as atividades no meio aquático e
a sua relação com o desenvolvimento de bebês de 6 a 36 meses que participam
periodicamente de aulas de natação na Escola de Natação AquaSummer do
município de Sorriso/MT.
O questionário será aplicado de forma livre e espontânea e acompanhado de
um termo de consentimento livre e esclarecido que deverá ser assinado pelos pais
de bebês participantes da pesquisa, permitindo ao pesquisador a utilização dos
dados para estudo, em publicações e apresentações mantendo sempre o anonimato
dos participantes.
Os dados obtidos mediante a aplicação do questionário serão analisados e
incorporados ao estudo realizado através de revisão bibliográfica do banco de dados
desta instituição, do meio eletrônico e de artigos referentes ao tema.
1 Acadêmica do Curso de Educação Física: Bacharelado – FACEM – Faculdade Centro-
Matogrossense
2 Professor Orientador do Curso de Educação Física: Bacharelado – FACEM – Faculdade Centro-Matogrossense
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ANEXO 3
Sorriso/MT, 04 de Novembro de 2011.
Prezado(a) Senhor(a): Eu, FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO, discente da
FACEM - Faculdade Centro Mato-grossense, do curso de Educação Física – Bacharelado solicito a autorização para a coleta de dados e entrevista com os responsáveis pelos bebês de 6 a 36 meses que participam periodicamente de aulas de natação na Escola de Natação AquaSummer, para realização da pesquisa intitulada: “OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES”.
Informo que a pesquisa tem por finalidade a realização de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e que não haverá procedimento invasivo, não causará nenhum constrangimento e as informações serão utilizadas apenas para análise, mantendo o anonimato dos participantes.
Agradeço desde já a atenção dispensada para a realização desta importante pesquisa acadêmica, colocando-me à disposição para eventuais esclarecimentos que se fizerem necessários.
Nestes termos, peço deferimento. Cordialmente,
___________________________________________ FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
Discente: Educação Física/Bacharelado
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À Escola de Natação AquaSummer Sorriso/MT
ANEXO 4
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Pesquisa: OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
No presente estudo, serão analisados os aspectos da natação e as
atividades no meio aquático e a sua relação com o desenvolvimento de bebês de 6 a
36 meses que participam periodicamente de aulas de natação na Escola de Natação
AquaSummer do município de Sorriso/MT.
O questionário deverá ser assinado pelos pais ou responsáveis pelos bebês
participantes da pesquisa, permitindo ao pesquisador a utilização dos dados para
estudo, em publicações e apresentações mantendo sempre o anonimato dos
participantes.
Os dados obtidos mediante a aplicação do questionário serão analisados e
incorporados ao estudo realizado através de revisão bibliográfica do banco de dados
desta instituição, do meio eletrônico e de artigos referentes ao tema.
O estudo não oferece nenhum risco adicional aos participantes da pesquisa,
não há procedimento indolor ou invasivo.
Os dados obtidos mediante a aplicação do questionário serão analisados em
conjunto com os dados existentes em referências anteriores e incorporados ao
estudo realizado através de revisão bibliográfica.
As avaliações serão realizadas por acadêmica do curso de Educação
Física/Bacharelado, supervisionados por Educador Físico habilitado (docente) e
informações adicionais pertinentes ao procedimento e à pesquisa poderão ser
solicitadas a qualquer momento.
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO
Discente: Educação Física/Bacharelado
JOÃO RICARDO GABRIEL DE OLIVEIRA Professor / Orientador
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ANEXO 5
CONSENTIMENTO PARA PESQUISA
Pesquisa: OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 A 36 MESES
Eu,____________________________________________________, RG ou
CPF_____________________, Data de Nascimento: _____/_____/__________,
Idade: __________, Endereço:________________________________________
Telefone:________________________ concordo em participar voluntariamente
desta pesquisa e permito a utilização anônima dos dados informados.
Estou ciente e concordo que para participar da pesquisa, devo submeter-me aos questionamentos da pesquisadora
Estou ciente do conteúdo deste termo (li/ouvi), recebi esclarecimentos/informações e tirei minhas dúvidas oralmente, além de entender a proposta do estudo, da ausência de riscos e da ausência de procedimentos invasivos na participação da avaliação.
Sorriso/MT____/____/________
____________________________________
Assinatura
Eu, FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO, acadêmica do curso de Educação Física/Bacharelado, esclareci e discuti todos os detalhes relevantes do estudo proposto com o responsável da instituição e com o entrevistado, utilizando uma linguagem simples, apropriada e afirmo que todos receberam as informações de forma clara e objetiva.
Sorriso/MT____/____/________
__________________________________
FRANCIELI APARECIDA DE LORENSI GNOATTO Discente: Educação Física/Bacharelado
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ANEXO 6
QUESTIONÁRIO
1. Ainda mama no peito? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 2. Melhorou o sono? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 3. Melhorou a alimentação? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 4. Fica mais tranqüilo após a aula? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 5. Está gostando mais do banho? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 6. Teve doenças respiratórias com mais freqüência? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 7. Teve problemas de ouvido(otite)? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 8. Teve algum problema de pele (dermatite) observado após o início da natação? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 9. Ficou mais sociável? ( )SIM ( )NÃO ( )NÃO OBSERVADO 10. Está na Escolinha? ( )SIM ( )NÃO
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