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Os Comboios de Passageiros em Portugal Grupo civ216 António Miguel Moura de Freitas David Pereira da Silva Dolores Cristina Rodrigues Amorim Filipe Manuel Teixeira Cruz Gonçalo Teixeira Ferreira Lopes Ano Lectivo: 2010/2011

Os Comboios de Passageiros em Portugal · Os Comboios em Portugal – A evolução e as Características dos comboios de passageiros Faculdade de Engenharia – Universidade do Porto

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Os Comboios de Passageiros em Portugal

Grupo civ216

Antoacutenio Miguel Moura de Freitas

David Pereira da Silva

Dolores Cristina Rodrigues Amorim

Filipe Manuel Teixeira Cruz

Gonccedilalo Teixeira Ferreira Lopes

Ano Lectivo 20102011

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 1

RESUMO

Este relatoacuterio tem em vista demonstrar como os comboios de passageiros

evoluiacuteram no nosso paiacutes e assim deste modo verificar como alterou o dia-a-dia da

nossa sociedade

Ateacute podemos salientar que os comboios jaacute fazem parte do ADN portuguecircs tais

satildeo as inuacutemeras histoacuterias e as longas e tradicionais viagens pelas melhores paisagens

do nosso paiacutes

Aleacutem disso facilitou e continua a facilitar o transporte a inuacutemeras pessoas que

natildeo tecircm um veiacuteculo privado e a preccedilos relativamente acessiacuteveis face as dificuldades

econoacutemicas do nosso paiacutes E natildeo nos podemos esquecer das questotildees ambientais ao

usarmos transportes puacuteblicos nomeadamente o comboio pois assim estaremos a

poluir menos o meio ambiente e deste modo a preservar natildeo soacute o nosso paiacutes mas todo

o planeta

Portugal tem uma linha feacuterrea vasta e que liga com eficaacutecia o nosso paiacutes

havendo ainda diferentes tipos de comboios de forma a satisfazerem as necessidades

de quem os utiliza quer essa necessidade seja conforto tempo ou questotildees

monetaacuterias

Para alguns viajar de comboio torna-se mesmo um passatempo um gosto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 2

INTRODUCcedilAtildeO

Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de

um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os

primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros

responsaacuteveis

Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por

isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no

tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse

seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a

funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes

Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que

se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o

paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra

que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave

revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima

referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta

anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na

cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em

Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que

demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de

saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso

desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso

paiacutes vizinho Espanha

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Iacutendice

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6

13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14

16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE

PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16

21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE

FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17

24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17

25 CP-----------------------------------------------------------------------------19

26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23

311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23

312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30

32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39

321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40

322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41

323 REGIONAL--------------------------------------------------------42

324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42

335 METRO------------------------------------------------------------43

4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46

5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47

6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 4

Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41

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passageiros

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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46

Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

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passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

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passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

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passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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RESUMO

Este relatoacuterio tem em vista demonstrar como os comboios de passageiros

evoluiacuteram no nosso paiacutes e assim deste modo verificar como alterou o dia-a-dia da

nossa sociedade

Ateacute podemos salientar que os comboios jaacute fazem parte do ADN portuguecircs tais

satildeo as inuacutemeras histoacuterias e as longas e tradicionais viagens pelas melhores paisagens

do nosso paiacutes

Aleacutem disso facilitou e continua a facilitar o transporte a inuacutemeras pessoas que

natildeo tecircm um veiacuteculo privado e a preccedilos relativamente acessiacuteveis face as dificuldades

econoacutemicas do nosso paiacutes E natildeo nos podemos esquecer das questotildees ambientais ao

usarmos transportes puacuteblicos nomeadamente o comboio pois assim estaremos a

poluir menos o meio ambiente e deste modo a preservar natildeo soacute o nosso paiacutes mas todo

o planeta

Portugal tem uma linha feacuterrea vasta e que liga com eficaacutecia o nosso paiacutes

havendo ainda diferentes tipos de comboios de forma a satisfazerem as necessidades

de quem os utiliza quer essa necessidade seja conforto tempo ou questotildees

monetaacuterias

Para alguns viajar de comboio torna-se mesmo um passatempo um gosto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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INTRODUCcedilAtildeO

Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de

um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os

primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros

responsaacuteveis

Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por

isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no

tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse

seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a

funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes

Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que

se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o

paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra

que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave

revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima

referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta

anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na

cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em

Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que

demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de

saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso

desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso

paiacutes vizinho Espanha

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Iacutendice

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6

13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14

16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE

PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16

21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE

FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17

24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17

25 CP-----------------------------------------------------------------------------19

26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23

311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23

312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30

32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39

321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40

322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41

323 REGIONAL--------------------------------------------------------42

324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42

335 METRO------------------------------------------------------------43

4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46

5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47

6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41

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passageiros

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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46

Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15

16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 2

INTRODUCcedilAtildeO

Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de

um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os

primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros

responsaacuteveis

Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por

isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no

tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse

seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a

funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes

Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que

se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o

paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra

que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave

revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima

referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta

anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na

cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em

Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que

demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de

saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso

desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso

paiacutes vizinho Espanha

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 3

Iacutendice

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6

13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14

16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE

PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16

21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE

FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17

24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17

25 CP-----------------------------------------------------------------------------19

26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23

311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23

312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30

32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39

321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40

322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41

323 REGIONAL--------------------------------------------------------42

324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42

335 METRO------------------------------------------------------------43

4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46

5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47

6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 4

Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 5

38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46

Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 7

18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 8

18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12

Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

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passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 3

Iacutendice

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6

13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14

16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE

PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16

21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE

FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17

24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17

25 CP-----------------------------------------------------------------------------19

26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23

311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23

312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30

32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39

321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40

322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41

323 REGIONAL--------------------------------------------------------42

324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42

335 METRO------------------------------------------------------------43

4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46

5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47

6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 4

Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 5

38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46

Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24

Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41

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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46

Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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passageiros

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Tabela Paacutegina

1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15

2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6

1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS

EM PORTUGAL

11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE

A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de

produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de

transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e

rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam

em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de

percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de

muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a

primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37

km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei

D Pedro V

12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO

Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um

dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro

Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia

Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de

Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853

Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua

exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a

Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro

Portugueses

A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram

o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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passageiros

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

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3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte

(Lisboa Stordf Apoloacutenia)

18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo

18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte

18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de

Alcacircntara

18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e

Porto

18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta

18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da

Linha do Minho com a Galiza

18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o

Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra

18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -

Paris e Calais

18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a

Salamanca por Barca de Alva

18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo

da Linha do Oeste

18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio

18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)

18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e

Campolide)

18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e

Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa

18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da

Beira Baixa

18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12

Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24

Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 8

18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da

Linha da Beira Baixa

18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar

18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo

Bento)

19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)

19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio

Conclusatildeo da Linha do Sul

19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da

Linha do Tua

19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha

de Mora

19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da

Linha do Vouga

Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 9

Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12

Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 13

O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15

16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional

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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

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passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 10

13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS

Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma

posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que

actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes

rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio

dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas

Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a

diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos

A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por

demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar

de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes

14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS

Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma

locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por

ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas

actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor

tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral

Figura 2 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

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passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 11

Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor

diesel

Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel

Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco

poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico

Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A

corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados

Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas

As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo

que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante

dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro

carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada

nos motores eacute de milhares de voltes

Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12

Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

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passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12

Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem

variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a

surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando

tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na

localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas

que permitem mais velocidade e menos balanccedilos

Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 13

O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 14

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15

16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 13

O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de

uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a

electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade

funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo

geacutenero

Figura 6 - Automotora

A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade

com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes

velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto

espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros

Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente

ainda natildeo existem em Portugal

Figura 7 ndash TGV

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 14

15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15

16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO

Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma

determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a

circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo

tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e

modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a

Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular

nela facilitando o acesso a todas as regiotildees

Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola

comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute

dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola

europeia

Figura 8 ndash Caminho de Ferro

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15

16 COMPETIVIDADE

O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no

seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector

dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos

comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos

clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais

despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias

rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes

Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que

se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo

nenhuma

Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional

De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias

pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente

crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte

colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas

favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL

21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS

MEIOS DE TRANSPORTE

A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a

melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio

O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees

(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe

permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-

cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido

agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees

contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias

No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de

transporte nomeadamente

Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de

passageiros

Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte

porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias

distacircncias

A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes

encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias

contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees

22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e

alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e

longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma

oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 22

Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17

23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

24 REFER

A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das

infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo

da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que

tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo

As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de

mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das

existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo

de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo

Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de

passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal

Vantagens Desvantagens

Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro

Menos poluente e consome menos recursos

Reduzido impacto ambiental

Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada

Raacutepido natildeo tem congestionamentos

Fraca sinistralidade

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)

Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias

Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas

Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas

Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18

ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos

cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-

de-ferro entre outras

Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees

de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas

ferroviaacuterias

A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis

associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e

colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo

Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)

CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico

Geral

EIM- European Rail Infrastructure Managers

ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia

UIC - Union Internationale des Chemins de Fer

CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation

RNE - Rail Net Europe

AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes

Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19

25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

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passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

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passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

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passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

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passageiros

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25 CP

A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma

empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o

territoacuterio nacional e no estrangeiro

Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o

cariz dos serviccedilos prestados

Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto

Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional

CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-

Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal

CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-

Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees

CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso

ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular

CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash

opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra

26 FERTAGUS

A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo

Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte

Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta

em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro

A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e

exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave

REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que

este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs

No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da

ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees

da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

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passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20

de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo

e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees

Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca

de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo

Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem

Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso

entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela

Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de

estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte

Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao

fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer

Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o

automoacutevel na travessia

O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31

dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem

e 36 maior flexibilidade

O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala

de 1 a 5

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21

Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24

Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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passageiros

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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)

Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm

semestre) Total

CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820

Fertagus 340 362 378 391 198 1669

CP Porto 446 500 530 577 300 2353

CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464

CP Regional 602 604 574 569 275 2624

Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

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passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

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passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

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passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio

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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

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passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

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passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

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passageiros

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23

3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM

PORTUGAL

31 TIPOS DE COMBOIOS

311 LOCOMOTIVAS

Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em

Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi

efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por

uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a

vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo

seguidamente apresentados

As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para

colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte

de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por

diversas razotildees Para

Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo

Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo

Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o

comboio todo

Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo

seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio

Figura 12 ndash Locomotiva a vapor

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24

Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24

Locomotivas a vapor

A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este

composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da

energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que

transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a

construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o

combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina

Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva

As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela

empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por

locomotivas ldquoCompoundrdquo

Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875

Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25

As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26

Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 27

Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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passageiros

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim

reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas

eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh

Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930

Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais

pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel

Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo

Locomotivas a diesel

As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem

entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e

locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute

transmitida do motor agraves rodas

Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente

foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam

problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o

elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam

facilmente

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

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passageiros

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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

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passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

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passageiros

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel

acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo

Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador

formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma

As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees

do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de

potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha

com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de

funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade

Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no

nosso paiacutes

Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos

1972 e 1977

Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

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passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

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Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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6Bibliografia

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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

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10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 27

Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas

diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas

em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente

mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais

complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas

mais procuradas

Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam

comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e

terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e

no arranque com o mesmo peso aderente

Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas

ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas

Seacuterie 1100 (1151-1186)

Unidades Operacionais 16

Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967

Velocidade maacutexima (kmh) 58

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 1400 (1401-1467)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969

Velocidade maacutexima (Kmh) 105

Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)

Unidades Operacionais 18

Ano de entrada em serviccedilo 1973

Velocidade maacutexima (kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

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passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28

Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada em serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 100

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)

Unidades Operacionais 6

Ano de entrada ao serviccedilo 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao serviccedilo 1979

Velocidade maacutexima (Kmh) 120

Tipo de transmissatildeo eleacutectrica

Locomotivas Eleacutectricas

As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de

uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria

energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de

distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica

necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave

locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso

As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas

podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29

Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem

as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais

As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de

deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo

produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo

As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade

por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel

Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas

Seacuterie 2500 (2501-2515)

Unidades Operacionais 11

Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 5600 (5601-5630)

Unidades Operacionais 29

Ano de entrada ao Serviccedilo 1993

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4700 (4701-4725)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 2009

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2500 (2551-2570)

Unidades Operacionais 13

Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2602-2612)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1974

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 2600 (2621-2629)

Unidades Operacionais 9

Ano de entrada ao Serviccedilo 1987

Velocidade Maacutexima (Kmh) 160

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt

312 AUTOMOTORAS

As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que

pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus

proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A

principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular

As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo

estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-

ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em

circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab

Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um

interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam

maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro

Figura 21 ndash Automotora Borsig

Construtor ABorsig

Ano de Construccedilatildeo 1906

Ano de retirada ao serviccedilo 1942

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31

Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que

possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina

Construtor CP (Oficinas de Sernada)

Ano de Construccedilatildeo 1941-1947

Velocidade maacutexima (Kmh) 89

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute

Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53

Automotoras M 1 a 7

Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)

Ano de Construccedilatildeo 1943-1948

Velocidade Maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3

Potecircncia 90 cavalos

Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7

+ marcha a reacute

Combustiacutevel Gasolina

Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash

Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada ao serviccedilo 2007

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11

Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

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passageiros

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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

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passageiros

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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

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passageiros

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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

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passageiros

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Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32

Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca

procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1948

Ano de retirada 1981

Velocidade maacutexima (Kmh) 80

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis

Potecircncia 219 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050

Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega

Construtor Nohab

Ano de Construccedilatildeo 1949

Ano de retirada ao serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70

Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802

Potecircncia 120 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100

Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe

uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar

condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num

tempo record de 4 horas e 20 minutos

Construtor FIAT ferroviaacuterio

Ano de Construccedilatildeo 1953

Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33

Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa

Potecircncia 480 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica

Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal

como na Linha da Beira Baixa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954 1955

Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T

Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027

Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem

menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua

Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa

Construtor NV Allan

Ano de Construccedilatildeo 1954

Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh

Motorizaccedilatildeo diesel Volvo

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S

Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300

Transmissatildeo Eleacutectrica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34

Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo

tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de

bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram

colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1965

Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001

Velocidade Maacutexima (Kmh) 110

Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV

Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400

Potecircncia Total 510 cavalos

Transmissatildeo Hidraacuteulica

Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees

Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe

Construtor Alsthom

Ano de construccedilatildeo 19761977

Ano de retirada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1

Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600

Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos

Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos

Transmissatildeo Eleacutectrica

Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com

inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica

sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35

Construtor Duro Dakovic

Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969

Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980

Velocidade Maacutexima (Kmh) 60

Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710

Potecircncia 185 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades

Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de

circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em

andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha

da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa

Construtor Waggon fabrik Uerdingen

Ano de construccedilatildeo 19661969

Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980

Ano de retirada ao Serviccedilo 198990

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750

Potecircncia 165 cavalos por motor

Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080

Construtor Sorefame

Anos de construccedilatildeo 1952 19621966

Ano de retirada ao Serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 90

Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750

Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36

Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200

Construtor Sorefame

Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)

Ano de retirada ao serviccedilo 2005

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400

Potecircncia 2360 cavalos

Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades

ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo

Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais

Seacuterie 0300 (0351-0371)

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0300 (0301 VIP)

Unidades Operacionais 1

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 0451-0469

Unidades Operacionais 19

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37

Seacuterie 0100 (0101-0115)

Unidades Operacionais 4

Ano de entrada ao Serviccedilo 1980

Velocidade Maacutexima (kmh) 100

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica

Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)

Unidades Operacionais 25

Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e

1989

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica

Seacuterie 9600 (9601-9637)

Unidades Operacionais 7

Ano de entrada ao Serviccedilo 1991

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 9500 (9501-9509)

Unidades Operacionais 5

Ano de entrada ao Serviccedilo 2000

Velocidade Maacutexima (kmh) 84

Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash

Hidraacuteulica

Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as

eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta

Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38

Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)

Unidades Operacionais 14

Ano de entrada ao Serviccedilo 1997

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

Seacuterie 3200 (3251-3271)

Unidades Operacionais 17

Ano de entrada ao Serviccedilo 1998

Velocidade Maacutexima (kmh) 90

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 2200 (2241- 2297)

Unidades Operacionais 57

Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005

Velocidade Maacutexima (kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)

Unidades Operacionais 34

Ano de entrada ao Serviccedilo 2002

Velocidade Maacutexima (kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica

assiacutencrona

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39

Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)

Unidades Operacionais 12

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 140

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)

Unidades Operacionais 39

Ano de entrada ao Serviccedilo 1992

Velocidade Maacutexima (Kmh) 120

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)

Unidades Operacionais 10

Ano de entrada ao Serviccedilo 1999

Velocidade Maacutexima (Kmh) 220

Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona

Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em

wwwcppt

32 TIPOS DE SERVICcedilO

Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos

passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo

entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes

tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas

Urbanos

Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para

melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio

assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40

necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta

Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos

como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de

comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do

local de origem e do destino

Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos

comboios Urbanos do Porto

Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto

321 ALFA PENDULAR

Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute

mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica

cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo

fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados

de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41

mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois

lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada

O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat

Ferroviaacuteria

Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular

322 INTERCIDADES

Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada

vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade

Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42

323REGIONAL

Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais

324 INTERNACIONAL

- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia

seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees

Lugar sentado na 2ordf classe

Nas carruagens cama

Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas

com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica

Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas

com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno

Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com

lavatoacuterio e artigos higieacutenicos

Restaurante

BarCafetaria

Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso

-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf

Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43

optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas

condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de

Chamartin

Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel

Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel

325METRO

Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro

um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade

reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em

pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como

o tracircnsito nas zonas densamente povoadas

Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes

vantagens

Impacto no desenvolvimento da economia

Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo

Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas

Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas

Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico

Modernizaccedilatildeo do paiacutes

Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44

Desenvolvimento dos serviccedilos

Desenvolvimento do turismo

Coesatildeo social e territorial do paiacutes

Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas

Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa

Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes

veiacuteculos

- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de

80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas

automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado

com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da

estaccedilatildeo

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt

27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

vapor-pelo-dourohtml

10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45

Figura 47 - Metro do Porto

- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou

em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores

condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as

mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de

bicicletas

Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46

4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47

5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48

6Bibliografia

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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929

27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml

2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm

httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro

3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-

inveno-da-mquina-vaporhtml

10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp

10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-

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10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html

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passageiros

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4 Comboio Histoacuterico

Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em

funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada

ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as

estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a

percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro

e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina

A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no

percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o

depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos

Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de

250 lugares

Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo

Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso

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passageiros

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5CONCLUSAtildeO

A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos

acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua

caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria

nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos

O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas

alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos

domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela

crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras

alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo

mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios

abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais

procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o

comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda

indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por

isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos

Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de

passageiros

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