Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
JOÃO EDISON BERLEZE
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Londrina 2013
JOÃO EDISON BERLEZE
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Proposta de atividades práticas de Biologia para o desenvolvimento de Oficina de Capacitação para Professores de Biologia e Ciências do Município de Grandes Rios–PR
Produção didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED PR). Disciplina: Biologia.
Orientadora: Profª Drª Mariana A. Bologna Soares de Andrade.
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
PROPOSTA DE ATIVIDADES PRÁTICAS PARA CURSO DE FORMAÇÃO
Autor João Edison Berleze
Disciplina/área de ingresso no PDE
Biologia
Escola de implementação do projeto
Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli -Ensino Fundamental E Médio
Município Grandes Rios-Pr Núcleo regional de educação
Ivaiporã
Professor orientador Profª Drª Mariana A. Bologna de Andrade Intuição de ensino superior
Universidade Estadual de Londrina
Resumo O presente artigo apresenta uma reflexão acerca da necessidade da incorporação de experimentações em laboratórios de Biologia, que além de despertar grande interesse por parte dos alunos, possibilitando maior motivação com relação ao aprendizado dos conceitos a serem apresentados, cria possibilidades de desmistificar a Biologia como disciplina de difícil memorização e termos técnicos. A implementação aconteceu no Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli no município de Grandes Rios, Paraná com a apresentação de um estudo a respeito do papel que exerce os cursos de formação continuada nas práticas pedagógicas dos professores, com enfoque na aprendizagem significativa. Os dados foram coletados por meio de perguntas abertas e entrevistas e foram analisadas a partir dos pressupostos de análise de conteúdo. Os resultados demonstram que os professores acreditam que os grupos de estudos e a formação continuada são verdadeiros espaços de formação coletiva para preparar os materiais didáticos que utilizam no contexto escolar. Com isso, esperamos estar contribuindo para um aprofundamento teórico/metodológico necessário para intervenções comprometidas com trabalhos didáticos e investigativos, voltados para pesquisa de atividade profissional acerca da experimentação.
Palavra chave Formação continuada. Práticas de laboratório. Ensino de Biologia.
Formato do material didático
Unidade Didática
Público alvo Professores das Disciplinas de Biologia e Ciências
APRESENTAÇÃO
Sendo a biologia, uma disciplina de fundamental importância para que a
escola possa desempenhar o papel a que se propõe na formação cidadã do
individuo, merece atenção especial a utilização de práticas de laboratório que podem
tornar as aulas e os conteúdos significantes e atraentes para os alunos, que tem a
possibilidade de aprofundar seus conceitos dentro da ciência e tecnologia sobre uma
óptica ética e responsável que leve em conta o papel do homem no planeta.
As atividades práticas se apresentam como importante ferramenta no
processo de ensino e aprendizagem da Biologia, sendo que permite ao aluno discutir
e interpretar resultados, relacionando-os aos conteúdos trabalhados.
As dimensões teóricas e empíricas dos conhecimentos científico não são isoladas. Não se trata, pois, de contrapor o ensino experimental ao teórico, mas de encontrar formas que evitem essa fragmentação no conhecimento, para tornar a aprendizagem mais interessante, motivadora e acessível aos estudantes (BORGES, 2002, p. 16).
Esta unidade didática tem como objetivo apresentar aos professores algumas
práticas que podem ser utilizadas como ferramenta na construção do conhecimento
científico, despertando no aluno o interesse pela Biologia e motivando seu
aprendizado. Também coletar dados, junto aos professores participantes do projeto,
por meio de questionários entrevistas e análise de documentos, de forma qualitativa
que irão compor o artigo final (LUDKE, 1986).
Recomendado pelas DCE (PARANÁ 2008), o uso do laboratório, na
realização de experimentos ressalta esta prática como um importante processo de
construção de uma aprendizagem efetiva dos conceitos científicos e da formação
cidadã do aprendiz. As DCE salientam ainda que as práticas que promovam e
integrem diversos conceitos científicos valorizam o pluralismo metodológico,
superando as práticas pedagógicas voltadas para as aulas em laboratório cujo
objetivo seja apenas em formular leis e teorias, sendo esse tipo de metodologia
limitada, pois não promove a construção do conhecimento (BIZZO 1988).
A inserção de atividades experimentais na prática docente, apesar das
dificuldades com equipamentos, espaços e número de alunos nas salas, quando
bem planejada, é uma ferramenta importante desde que o professor tenha claros
seus objetivos, e esteja qualificado para desenvolver essa aula, proporcionando aos
alunos, reflexões que permitem a formação de conceitos e construção de
conhecimento. Mesmo diante de dificuldades, os docentes são unânimes, segundo
Carvalho e Peixe (2010), em afirmar que o uso do laboratório facilita a aprendizagem
dos alunos e permite a apresentação da natureza do conhecimento cientifico dos
conteúdos trabalhados em suas disciplinas.
Diante do exposto, propõe-se uma serie de experimentos com viabilidade de
execução nas escolas públicas do Paraná em um curso de formação para
professores, que convergem para uma aprendizagem significativa dos alunos, e uma
desmistificação da realização de experimentos em laboratório.
MATERIAL DIDÁTICO
A proposta aqui apresentada é uma Unidade Didática onde estão
relacionadas uma série de experimentos a serem desenvolvidos em um curso de
formação para os professores de biologia e ciências do município de Grandes Rios –
PR.
São sugeridas atividades pertinentes aos conteúdos de Biologia apresentados
nos Planos de Trabalho dos Professores (PTD) da escola participante do projeto,
mesmo assim esta proposta poderá ser adaptada e utilizada pela maioria dos
professores do Estado do Paraná. Os laboratórios existentes nas escolas (conforme
exigência do Conselho Estadual de Educação do Paraná para reconhecimento e
oferta do Ensino Médio) são fundamentais enquanto espaço pedagógico para
realização dos experimentos, o que não significa que outros espaços caso este seja
inexistentes não possam ser utilizados para a realização das atividades, que nesta
unidade didática tomou os devidos cuidados para que houvesse possibilidade das
práticas propostas serem desenvolvidas na maioria das escolas publicas do Paraná.
Nesta Unidade Didática gostaria de citar a fonte de cada experimento
apresentado, mas isso fica impossibilitado por acreditar que muitas das ideias
constantes nos experimentos são resultadas de adaptações ou construídas ao longo
de minha carreira de docente, ou por não saber quem é o autor, dada a imensa
quantidade de fontes como museus, feiras, exposições, revistas internet e demais
recursos que temos acesso. Assim as referências principais estarão apresentadas
na bibliografia no final desta Unidade Didática, que não se propôs a descobrir a
origem de cada experimento, mas encaminhar os experimentos de maneira que os
professores de biologia possam ter uma orientação para a utilização desse tipo de
atividade.
Para Gaspar (2005, p. 24):
[...] a aprendizagem não resulta da atividade em si, mas das interações sociais que é capaz de desencadear. Então, este deve ser o objetivo fundamental das atividades experimentais: promover interações sociais que tornem as explicações mais acessíveis e eficientes.
Abaixo estão selecionados os experimentos que irão compor o curso de
formação que será aplicado aos professores, a opção por esses experimentos deve-
se ao fato de seguir uma sequência tradicional utilizada pela maioria dos livros
didáticos de Biologia. Essa opção além de facilitar o trabalho do professor,
apresenta ordenamento de complexidade dos conteúdos facilitando a abordagem
dos conceitos apresentados.
Cada tema a ser trabalhado experimentalmente aborda uma discussão teórica
onde devem ser relacionados conceitos relevantes, e contextualizados. Também se
propõe trabalhar algumas normas de segurança, com o intuído de preparar os
professores para situações adversas que possam ocorrer e também desmistificar
este espaço como sendo um local extremamente perigoso, tornando este mais um
espaço pedagógico, e uma ferramenta importante na relação ensino aprendizagem.
A instrumentalização do professor também está proposta, familiarizando o professor
com equipamentos, vidrarias e reagentes de uso nas experimentações. Enfim,
pretende-se que os participantes deste curso desenvolvam conhecimentos sobre o
que se usa, como se faz e como funciona cada um dos experimentos propostos.
LABORATÓRIOS: ALGUNS LEMBRETES FUNDAMENTAIS NA RELAÇÃO
LABORATÓRIO, PROFESSOR E ALUNO
A palavra “laboratório” significa labor = trabalho + oratium (ou oratorium) local
de reflexão. Portanto, laboratório refere-se a um local de trabalho e concentração,
não necessariamente perigoso, desde que sejam tomadas certas precauções. Os
laboratórios das áreas biológica e química são locais onde podem ser encontrados
tanto contaminantes de origem biológica quanto química e materiais inflamáveis e/ou
tóxicos são manuseados, entre outros. Esta característica requer uma atenção
especial e um comportamento adequado para reduzir ao mínimo o risco de
acidentes. Portanto, a observância das normas de segurança pessoal é importante
para a integridade física das pessoas que atuam de forma permanente (professores,
aluno, pessoal de coleta de lixo etc.).
É importante frisar que as práticas de laboratório tornam os alunos
construtores do conhecimento, por meio da experimentação, incentivando o gosto do
aluno pelo saber.
NORMAS DO LABORATÓRIO
Na elaboração destas normas de conduta e uso do laboratório de biologia,
foram utilizados como fonte de pesquisa, materiais de diversos institutos indicados
nos sites:
http://www.aridesa.com.br/arquivos/institucional/sedes/normas_laboratorio_biologia.pdf
http://people.ufpr.br/~cid/farmacognosia_I/Apostila/seguranca.pdf
Apresentando viabilidade de utilização posterior por professores e
estudantes da grande maioria das escolas desse Estado.
Habitualmente os trabalhos realizados em laboratório são efetuados em
equipes. Para que o trabalho seja satisfatório e o relacionamento harmonioso, é
necessário que estejamos aptos a utilizar de maneira adequada o equipamento e
material de laboratório, que todos conheçam normas de funcionamento que visam a
facilitar as atividades e prevenção de acidentes.
Outro aspecto muito importante é a nossa disponibilidade para trabalharmos
juntos com o objetivo comum de construirmos conhecimento. É importante, ainda, o
professor conhecer e se familiarizar com esse espaço, saber com quantos alunos
podem trabalhar, e organizar os grupos de trabalho, fornecendo um roteiro da
atividade aos alunos.
ORDEM
1. No laboratório devemos sempre estar trajados de bata, pois a mesma nos
protege de acidentes mais graves;
2. Estejamos sempre calmos e concentrados no trabalho;
3. Cada um, após a leitura do roteiro, e tendo a certeza de ter compreendido
completamente a sequência da operação a ser desenvolvida, etiquete
cuidadosamente todo o material e verifique se já dispõe de tudo que
precisará;
4. Não retire frascos de reativos do lugar onde se encontram. Leve seu
recipiente ao lugar dos reativos e retire o que necessitar.
LIMPEZA
1. Mantenha o laboratório sempre limpo;
2. Ao final de cada experiência, deixe completamente limpos todo material,
equipamento e lugar utilizados.
CUIDADOS
1. Aprenda com o professor como trabalhar com os aparelhos de laboratório;
2. Use os aparelhos com todo cuidado. Não se esqueça de que eles são muitos
caros e que seus colegas também deverão usá-los;
3. Lidando com vidrarias, proceda com cuidado para evitar quebras ou cortes
perigosos;
4. Porções de reativos não utilizados, como norma geral, não devem retornar ao
frasco original;
5. Não introduza pipetas em fracos de reativos. Deve retirá-los derramado
porções de líquidos num recipiente, pois assim evitará contaminação;
6. Quando usar produtos químicos, nunca o toque com os dedos, nem o inale ou
prove, salvo se o professor autorizar;
7. Leia sempre o rótulo de qualquer frasco antes de usá-lo;
8. É proibido fumar e se alimentar no laboratório;
9. Quando ocorrer algum acidente, mantenha a calma para poder solucioná-lo.
ATITUDES
1. Tenha sempre um lápis e um caderno de registro para anotar as suas
observações;
2. Não confie na memória. Uma das partes mais importantes do trabalho em
laboratório é o registro de dados;
3. É necessário o registro no momento da observação;
4. Após a experiência, os questionários que vêm sempre depois dos roteiros das
aulas deverão ser respondidos. Qualquer dúvida, consulte seu professor na
aula seguinte.
CUIDADOS NO USO DO MICROSCÓPIO
a) Nunca forçá-lo. Todas as conexões devem funcionar suavemente. Caso
contrário, chame o professor;
b) As lentes da objetiva nunca devem tocar a lâmina. Portanto, nunca focalizar
abaixando o canhão com o parafuso macrométrico olhando para a ocular;
c) Não tocar as lentes. Se estiverem sujas, limpe-as com algodão ou com pano
que serão fornecidos;
d) Limpar sempre a objetiva de imersão após o uso. Se o óleo está endurecido,
pode aplicar um pouco de xilol sobre o algodão. Cuidado, pois um excesso de
xilol pode dissolver o cimento das lentes;
e) Não esquecer a lâmina no microscópio após o uso;
f) Manter a platina sempre limpa e seca. Limpar com o guardanapo apropriado;
g) Não inclinar o microscópio, pois neste curso quase todas as técnicas
empregadas exigem que a lâmina seja examinada sempre na posição
horizontal;
h) Quando o microscópio não estiver em uso, deverá ser guardado coberto ou
em sua caixa;
i) Habitue-se não deixar a fonte de luz acesa quando não estiver utilizando o
microscópio.
USO DO MICROSCÓPIO
As instruções sugeridas para o uso seguro e correto do microscópio óptico
foram adaptadas de Stadnik (2013):
a) Com a amostra a ser examinada sempre na parte superior, colocar a lâmina
sobre a platina, tomando o cuidado de que a parte a ser examinada esteja
bem no centro;
b) Ajustar a iluminação de forma a que passe maior quantidade possível de luz
através da amostra;
c) Colocar a objetiva de menor aumento e abaixar o canhão utilizando o
parafuso micrométrico até que a lente esteja cerca de 0,5 cm da lâmina.
Nunca efetuar esta operação olhando pela ocular;
d) Olhar pela ocular e levantar levemente o canhão até obter uma focalização
grosseira. Se não conseguir, repetir a operação;
e) Após focalizar grosseiramente, utilizar o parafuso micrométrico para uma
focalização fina;
f) Acertar a quantidade de luz, movimentando o diafragma. A iluminação deve
ser adequada, nem fraca nem excessiva. Nunca movimentar o condensador
para baixo para diminuir a quantidade de luz. O condensador deve estar
sempre em posição elevada;
g) Se necessário um aumento maior, girar o revolver para utilizar a objetiva de
aumento 40X. Reajustar a focalização com o parafuso micrométrico e a
iluminação com o diafragma;
h) Para utilizar a objetiva 100X, é necessária a colocação de uma gota de óleo
sobre a lâmina depois da perfeita focalização com as objetivas de aumento
10X e 40X. Observando lateralmente, girar o revolver até encaixar a objetiva
de aumento 100X, ficando esta imersa no óleo e sem que a lente toque na
lâmina. A seguir, reajustar o foco com o parafuso micrométrico e a iluminação
como no item f. Nunca tentar focalizar diretamente com as objetivas de maior
aumento.
EXPERIMENTO 1
Titulo
Identificação de carboidratos
Objetivo
Identificar a presença de amido em diversos alimentos
Materiais
Maisena, fubá, açúcar, arroz, gelatina incolor, farinha de trigo, leite em pó,
tubérculos e raízes diversas, tubo de ensaio, estante, lugol, Becker, pipeta, baqueta.
Procedimento
1-Dissolver 1 colher de sopa dos alimentos em pó em 200 ml de água;
2-Colocar uma pequena quantidade de cada alimento nos tubos de ensaio e
identificar;
3-Cortar um pedaço (cerca de 2 cm) dos tubérculos e raízes e identificar;
4-Pingar de 2 a 3 gotas de lugol em cada amostra.
Resultado
Os alimentos que tiverem presença do amido adquirem uma coloração escura.
Discussão
Os carboidratos são um grupo de sustâncias orgânicas mais abundantes na face da
terra, também são à base da nutrição humana e são os principais fornecedores de
energia para as atividades celulares. São divididos em três grupos:
monossacarídeos, Dissacarídeos e polissacarídeos, O amido pertence ao grupo dos
polissacarídeos e é a principal fonte de reserva dos vegetais superiores.
Fonte de pesquisa:
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm>. Acesso em: 5 nov. 2013.
EXPERIMENTO 2
Titulo
Identificação de proteínas
Objetivo
Identificar a presença de proteínas em diversos alimentos
Materiais
Tubos de ensaio, estante para tubos, sulfato de cobre 0,1molar, hidróxido de sódio
0,1molar, um ovo de galinha, um ovo de codorna, uma gelatina em folha, 300 ml de
leite de vaca, 300 ml de leite de soja, dois colheres de leite em pó, duas colheres de
sopa de amido de milho, duas colheres de sopa de fubá, duas colheres de sopa de
açúcar, duas colheres de sopa de farinha de trigo.
Procedimento
1 - Dissolver a gelatina e o leite em pó conforme indicação do produto;
2 - Dissolver o açúcar, o fubá, o amido e a farinha de trigo separadamente em
um Becker com 300ml de água;
3 - colocar uma amostra de cada produto em um tubo de ensaio;
4 - adicionar 10 gotas de sulfato de cobre sobre cada amostra diluindo-a
completamente;
5 - adicionar 10 gotas de hidróxido de sódio em cada amostra e observar.
Resultado
Os alimentos que tiverem a presença de proteínas deverão adquirir uma coloração
violeta escura.
Discussão
As proteínas são polímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas, essas
ligações ocorrem entre um grupo acido carboxílico de um aminoácido e o grupo
amina do outro liberando uma molécula de água. O hidróxido de sódio e o sulfato de
cobre interferem nesta reação formando o biureto um composto de coloração violeta
escuro (reação de Biuret), quanto mais violeta ficar a solução mais ligações
peptídicas, portanto mais proteico o alimento.
Fonte de pesquisa
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfC5MAB/caracterizacao-proteinas. Acesso em: 2 nov. 2013.
EXPERIMENTO 3
Titulo
Observação de células vegetais
Objetivo
Observar e comparar as células vegetais
Materiais
Microscópio, laminas, lamínulas, lugol, estilete, pinça, conta gotas, papel filtro, 1
cebola.
Procedimento
1 - Sobre uma lamina colocar uma gota d’água;
2 - com o auxilio do estilete ou de uma faca destacar o bulbo da cebola e retirar
a película que envolve o bulbo;
3 - colocar em cima da lamina contendo a gota d’água um pequeno pedaço
desta película e distender;
4 - sobrepor a lamínula e observar ao microscópio;
5 - retirar a lamina do microscópio, pingar uma gota de lugol e absorver do lado
oposto com papel filtro;
6 - observar novamente ao microscópio e comparar.
Resultado
Na primeira observação observa-se a células justapostas, já na segunda observa-se
a presença do núcleo celular.
Discussão
O lugol por ser um corante acidófilo adere ao núcleo celular corando este
fortemente, as células são mononucleadas e bem visíveis nas objetivas de 4X e
10X. Apresentando estruturas como a parede celular característica das células
vegetais.
Fonte de pesquisa:
http://genoma.ib.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/04/Observacao_Celulas_Vegetais_web1.pdf. Acesso em: 5 nov. 2013.
EXPERIMENTO 4
Titulo
Mitose celular
Objetivo
Observar células em processo de mitose celular
Material
Raízes novas de cebolas (preparadas anteriormente), solução de orceína acética
1%, copos de becker, lâminas e lamínulas, pinça, lâmina de barbear, pipeta, papel
de filtro, lamparina, microscópio.
Procedimento
1 - Colocar a cebola com as raízes raspadas em um copo com água, com a
região da raiz imersa;
2 - Esperar aproximadamente de 5 a 7 dias até as raízes atingirem uma média
de 2 cm;
3 - Corte 3 ou 4 raízes em tamanhos de 1 a 2 centímetros a partir da região
apical e as transfira para placa de petri contendo orceína acética;
4 - Aqueça a placa de petri com uma lamparina a álcool até a emissão de
vapores, sem deixar ferver;
5 - Pegue as raízes com uma pinça e coloque-as sobre uma lâmina. Seccione a
região do meristema e despreze o restante da estrutura;
6 - Pingue uma gota de orceína acética sobre o meristema seccionado e, com
muito cuidado, cubra o material com a lamínula;
7 - Com um pedaço de papel absorvente elimine o excesso de corante;
8 - Cubra a lamínula com o papel absorvente e, cuidadosamente, pressione com
o polegar até visualizar uma camada única de células ao microscópio óptico;
9 - Coloque a lâmina no microscópio e visualize as células em divisão mitótica.
Resultado
Deve-se observar a presença de diversas células, entre elas algumas em divisão
mitótica
Discussão
Este experimento deve ser realizado após a aula sobre divisão celular, podendo ser
abordado as fases da divisão e diversos conceitos relacionado ao tema.
Fonte de pesquisa:
http://genoma.ib.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/04/Observacao_Mitose_Cebola1.pdf. Acesso em: 5 nov. 2013.
EXPERIMENTO 5
Titulo
Observação dos estômatos
Objetivo
Observar a estrutura dos estômatos nas células vegetais
Materiais
Microscópio, estilete ou laminas de barbear, pinça, folhas de septecreacea purpúrea,
laminas, lamínulas.
Procedimento
1 - Com o auxilio de o estilete destacar um fino corte da epiderme inferior da
folha;
2 - Distender sobre a lamina, colocando uma gota de água;
3 - sobrepor à lamínula e observar ao microscópio nas objetivas de 4X, 10X e
40X.
Resultado
Observa-se a presença de vários estômatos, podendo na objetiva de 40X observar
as suas estruturas.
Discussão
Os estômatos são estruturas foliares que promovem as trocas gasosas entre as
plantas e o meio, sendo fundamentais para a realização da fotossíntese pela planta,
apresentando mecanismo fotoativo e hidroativo de abertura e fechamento do ostíolo.
Fonte de pesquisa:
http://www.aprenda.bio.br/portal/wp-content/uploads/2011/06/Aulas-Pr%C3%A1ticas-Ensino-M%C3%A9dio-e-Fundamental-Bot%C3%A2nica-Est%C3%B4matos.pdf. Acesso em: 5 nov. 2013.
EXPERIMENTO 6
Titulo
Observação de células animais
Objetivo
Observar células animais e comparar
Material
Microscópio, laminas, lamínulas, azul de metileno, papel de filtro, cotonete ou
paletas esterilizadas.
Procedimento
1 - Com o auxilio de cotonetes ou uma paleta esterilizada, recolha o material
existente na parte interior da bochecha;
2 - faça um esfregaço na lamina, espere segar por 01 ou 2 minutos;
3 - Pingue uma gota de azul de metileno, sobrepõe à lamínula;
4 - enxugue o excesso com papel filtro e leve ao microscópio, com analise nas
objetivas de 10X e 40X.
Resultado
Observa-se de forma bem visível diversas células mononucleadas.
Discussão
As células da mucosa bucal são um exemplo de células eucarióticas com núcleo
bem definido, que se apresenta mais corado pela ação do azul de metileno, observa-
se também o citoplasma celular limitado pela membrana citoplasmática (mesmo esta
não sendo visível ao microscópio óptico).
Fonte de pesquisa:
http://genoma.ib.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/04/Observacao_Celulas_Humanas_web1.pdf Acesso em: 5 nov. 2013.
Experimento 7
Titulo
Bactéria gram. positivas e gram negativas
Objetivo
Através da técnica de gram, identificar bactérias gram positivas e gram negativas
Material
Iogurte natural, microscópio óptico, lamina, lamínulas, lugol, fucsina básica, violeta
cristal, pipeta, água destilada, lamparina. Álcool a 95%.
Procedimento
1 - Confeccionar o esfregaço;
2 - Corar com violeta de cristal por 60 segundos;
3 - Lavar com esguicho de água destilada;
4 - Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
5 - Lavar com esguicho de água destilada;
6 - Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos;
7 - Lavar com esguicho de água destilada;
8 - Corar com fucsina básica por 60 segundos;
9 - Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.
Resultados:
Gram (+) coram de roxo, gram (-) cor de rosa
Discussão
A técnica de Gram, também conhecida como coloração de Gram, é um método de
coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian
Joachim Gram (1853-1938), em 1884, o qual permite diferenciar bactérias com
diferentes estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem
após tratamento com agentes químicos específicos. O método consiste em tratar
sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal
violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a
coloração azul violeta são chamadas de Gram-positivas e aquelas que adquirem a
coloração vermelho são chamadas de Gram-negativas. O método da coloração de
Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas
de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com etanol-
acetona enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o
fazem. (TÉCNICA..., 2013).
Importância
A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados
em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o
primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem
importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são
prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas
em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico
monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis.
Fonte de pesquisa
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram. Acesso em: 1 nov. 2013.
EXPERIMENTO 8
Titulo
Meios de cultura
Objetivo
Criar um meio de cultura para observação
Materiais
1 colher de sopa de açúcar, meia colher de sobremesa de sal de cozinha, 3 pacotes
de gelatina incolor, 1 cenoura crua, 1 beterraba crua, 1 batata, 1 prato de sobremesa
de repolho roxo desfolhado, 14 placas de petri, 1 panela de pressão, 1 fogareiro ou
bico de Bunsen, 3 becker de 500ml, Cotonetes, 2 vasilhas plásticas pequenas com
tampa, Filtro de papel.
Procedimento
1 - Cozinhe a batata inteira e o repolho roxo na panela de pressão com 400 ml
de água coe reserve o liquido ao lado do fogareiro tampado;
2 - separe 300 ml desse caldo, coloque o sal, o açúcar e a gelatina incolor,
misture tudo ate ficar homogêneo;
3 - deixe esfriar e coloque em placas de pétri esterilizados para formar uma
superfície de semeadura;
4 - tampe as placas e espere a gelatina endurecer, o meio devera apresentar
uma coloração lilás e um aspecto turvo;
5 - coletar os micro-organismos (em notas de dinheiro, teclados etc.) com um
cotonete esterilizados (para esterilizar o cotonete basta passar 5 vezes sobre
vapor de água) e espalhar sobre o meio de cultura cuidadosamente;
6 - tampe as placas e vede com fita adesiva;
7 - pegue um pedaço de cenoura e um de beterraba descasque e cozinhe por
um minuto;
8 - coloque nas vasilhas de plástico, em cima de um papel filtro e tampe;
9 - embrulhe com papel alumínio e deixe em um canto por 2 ou3 dias.
Resultado
Devem-se observar colônias de bactérias sobre os meios de cultura e a presença de
fungos sobre os alimentos cozidos
Discussão
Os microrganismos estão disseminados por todos os ambientes e tal como outros
organismos vivos necessitam de obter os nutrientes apropriados do seu meio para
sua sobrevivência. Assim se queremos cultivar e manter microrganismos vivos em
laboratório, necessitamos de colocar em meios de cultura, contendo os nutrientes
apropriados para o seu crescimento. A batata o açúcar fornece os nutrientes para os
micro-organismos enquanto o repolho é um indicador acido- base. O que pode
mudar com a presença dos microorganismos.
Fonte de pesquisa
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia/mod_4_2004.pdf. Acesso em: 1 nov. 2013 http://www.youtube.com/watch?v=FY1-7eIijaY. Acesso em: 23 out. 2013.
EXPERIMENTO 9
Titulo
Cultivo e observação de protozoários
Objetivo
Observar as estruturas celulares dos protozoários
Materiais
2 folhas de alface, microscópio óptico, frasco de vidro com bocal largo, laminas,
lamínulas, pipeta e algodão.
Procedimento
1 - Coloque no frasco de vidro um pouco de água filtrado, sem cloro e deixe em
repouso por 24 horas;
2 - Pique as folhas de alface sem lavar e coloque as no frasco;
3 - Deixe o frasco em cima da bancada, tampado, sem iluminação direta por 48
horas;
4 - Coloque alguns fiapos de algodão na lâmina e adicione algumas gotas de
água do frasco, cubra com a lamínula e leve ao microscópio.
Resultado
Deverá aparecer preso aos fiapos de algodão protozoários (paramecium)
Discussão
Peça para o grupo desenharem o observado, faça uma comparação com o livro
didático, discuta, a função das estruturas observadas.
Fonte de pesquisa
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1884. Acesso em: 5 nov. 2013.
EXPERIMENTO 10
Titulo
Extração de pigmentos fotossintetizantes
Objetivo
Demonstrar a existência de vários tipos de pigmentos em células vegetais
Material
Tesoura, folhas de diversos vegetais, cadinho epistilo, álcool, acetona, areia, tiras de
papel de filtro, placas de petri.
Procedimento
1 - Com o auxilio de uma tesoura corte em pedaços as folhas dos vegetais;
2 - Macere bem o material utilizando um pouco de areia, acetona ealcool;
3 - Coloque a parte liquida deste material em uma placa de petri;
4 - Coloque as tiras de papel em contacto com o liquido e aguarde por 20
minutos.
Resultado
Observa-se nas tiras de papel varias cores, indicando a presença de antocianina,
xantofila, clorofila A e B.
Discussão
Indica-se a realização desta prática após a aula sobre o processo de fotossíntese
com a pratica pode ser abordado o papel da clorofila A e B e também dos pigmentos
acessórios deste processo.
Fonte de pesquisa
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13602. Acesso em: 29 nov. 2013.
EXPERIMENTO 11
Titulo
Separação de pigmentos lipossolúveis de hidrossolúveis
Objetivo
Separar pigmentos solúveis em lipídios e pigmentos solúveis em água
Materiais
Éter de petróleo, funil de separação, demais materiais utilizados no experimento
anterior.
Procedimento
1 - Utilizar o mesmo procedimento do experimento anterior para a obtenção do
substrato;
2 - Após filtrar este substrato em uma gaze, e colocá-lo dentro do funil de
separação;
3 - Adicionar a mesma quantidade de éter de petróleo;
4 - Aguardar por 5 minutos e proceder a separação das fases.
Resultado
A clorofila se depositara no fundo do funil, enquanto a xantofila ficara sobre está.
Discussão
Esta prática deve ser feita após a aula sobre o processo da fotossíntese, com o
auxilio desta fica provado alem da existência de mais de um pigmento no processo a
natureza de cada um.
Fonte de pesquisa
http://pt.scribd.com/doc/124046850/separacao-de-pigmentos-hidrossoluveis-e-lipossoluveis-de-folhas-avermelhadas. Acesso em: 29 out. 2013. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PARA REALIZAÇÃO DO CURSO
Proposta
para
realização
da oficina
Tipo de atividade Horas
prevista
para
realização
Local
1° dia
- Discussão do tema
- Aplicação de questionário de
pesquisa aos professores
participantes
- Apresentação dos materiais a
serem utilizados
- Discussão das normas de
utilização do laboratório
8 horas
Laboratório do
Colégio Est.
Comendador.
Geremias
Lunardelli de
Grandes Rios
2º dia
- Realização de experimentos
8 horas
Laboratório do
Colégio Est.
Comendador.
Geremias
Lunardelli de
Grandes Rios
3º dia
Manhã: Montagem
laboratório, Polinização
artificial, preparo meio de
8 horas
Universidade
Estadual de
Londrina
cultura, Esterilização dos
tecidos.
Tarde: Semeadura in vitro,
Subcultivos, Clonagem,
Fitorreguladores, aclimatização
mudas.
4º
- Realização de experimentos
- Aplicação de questionário
pesquisa aos professores
participantes 8 horas
Laboratório do
Colégio Est.
Comendador.
Geremias
Lunardelli de
Grandes Rios
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1988.
BORGES, T. Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino da Física, Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 291-313, dez. 2002.
CARVALHO, A. C.; PEIXE, B. C. S. Estudo para diagnóstico dos laboratórios de biologia, física e química: escolas de ensino médio da rede pública estadual do núcleo regional de Curitiba. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Formulação e gestão de políticas públicas no Paraná: reflexões, experiências e contribuições. Cascavel: UNIOESTE, 2010. p. 33-50.
GASPAR, A. Experiências de ciências para o ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2005. (Biblioteca do Professor).
LUDKE, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação básica. Curitiba: SEED, 2008.
STADNIK, M. J. Aula prática II: microscopia e preparações microscópicas. Disponível em: <http://www.cca.ufsc.br/labfitop/AULASPRATICAS/aula2Microscopia.pdf>. Acesso em: 5 out. 2013.
TÉCNICA de gram. In: WIKIPÉDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram>. Acesso em: 5 out. 2013.