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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA PARA A SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE
Autora: Ironice da Fonseca
Disciplina/Área:
Ciências
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Polivalente de Apucarana
Município da escola:
Apucarana - Paraná
Núcleo Regional de Educação:
Apucarana - Paraná
Professora Orientadora:
Drª Silmara Sartoreto de Oliveira
Instituição de Ensino Superior:
UEL – Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar:
Língua Portuguesa, Geografia.
Público:
Alunos do 6º do Ensino Fundamental
Formato do Material Didático:
Artigo
Resumo:
Nos dias contemporâneos a educação ambiental
vem como um dos temas mais utilizados em
estratégias para o enfrentamento da crise
ambiental. Neste sentido o presente artigo tem
como objetivo apresentar uma discussão teórica
sobre a educação ambiental como
transformadora do meio ambiente, a qual visa a
melhoria na nossa qualidade de vida, do nosso
meio ambiente e assume um papel essencial no
desenvolvimento sustentável. É através da
educação ambiental que podemos modificar o
quadro crescente da degradação ambiental. O
Brasil possui uma das legislações mais completas
no mundo que pretendem garantir o uso
conservacionista e também de preservação do
enorme e diversificado patrimônio nacional
ambiental. Através da sustentabilidade e
consumo consciente a escola passa a assumir
um papel importante nas questões ambientais
estabelecendo valores sociais, conhecimentos,
habilidades, competências e atitudes voltadas à
preservação do meio ambiente.
Palavras-chave: Crise Ambiental; Práticas Educativas; Qualidade
de Vida.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA PARA A SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE 1
Ironice da Fonseca 2
Resumo
Nos dias contemporâneos a educação ambiental vem como um dos temas
mais utilizados em estratégias para o enfrentamento da crise ambiental. Neste
sentido o presente artigo tem como objetivo apresentar uma discussão teórica
sobre a educação ambiental como transformadora do meio ambiente, a qual
visa a melhoria na nossa qualidade de vida, do nosso meio ambiente e assume
um papel essencial no desenvolvimento sustentável. É através da educação
ambiental que podemos modificar o quadro crescente da degradação
ambiental. O Brasil possui uma das legislações mais completas no mundo que
pretendem garantir o uso conservacionista e também de preservação do
enorme e diversificado patrimônio nacional ambiental. Através da
sustentabilidade e consumo consciente a escola passa a assumir um papel
importante nas questões ambientais estabelecendo valores sociais,
conhecimentos, habilidades, competências e atitudes voltadas à preservação
do meio ambiente.
Palavras-chave: Crise Ambiental; Práticas Educativas; Qualidade de Vida.
1 Artigo apresentado referente à elaboração de Material Didático-Pedagógico do Programa de
Desenvolvimento Educacional promovido pela SEED/PR, sob a orientação da professora Dra. Silmara Sartoreto de Oliveira. Professora Adjunto da Área de Metodologia e Prática de Ensino de Ciências e Biologia do Departamento de Biologia Geral do CCB/UEL/PR. 2 Docente participante do Programa PDE/ Pós-graduada em Fundamentos do Ensino da
Matemática e Administração, Supervisão e Orientação Educacional , graduada em Ciências (habilitação em Biologia e Matemática), Professora do Colégio Estadual Polivalente de Apucarana/PR.
Introdução
O mundo vem enfrentando grandes transformações, dentre elas, pode-
se mencionar a crise ambiental. Porém, mesmo com leis, normas, decretos
entre outros documentos que dão amparos a ações integradas ao meio
ambiente, ainda persistem situações polêmicas em relação ao desenvolvimento
sustentável e biodiversidade, pois não bastam recursos, ferramentas e estudos,
mas é preciso que haja hábitos em nossas casas, trabalhos e comunidades
uma relação intimamente ligada com nosso cotidiano.
Com isso a sociedade além de ter uma atitude ecologicamente correta
no dia a dia, na hora de fazer suas compras também precisa dar preferências
às empresas que tenham certificados ou selos de responsabilidade que
assegurem um padrão de produção sustentável. A partir da Conferência Rio 92
e durante toda a década de 1990, o tema do consumo vem emergindo como
questão de política ambiental relacionado às propostas de sustentabilidade.
O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico, com o
aumento constante do consumo com isso verificam-se os impactos no plano
ecológico global.
A legislação Ambiental Brasileira é uma das mais completas no mundo,
pois pretendem garantir o uso conservacionista e também de preservação do
enorme e diversificado patrimônio nacional ambiental.
Diante destas perspectivas a escola tem um papel fundamental de
auxílio à análise e compreensão da realidade, devido à sua função pedagógica
na construção do conhecimento.
Esta constatação das dificuldades dos impactos ambientais causado
pelo mau uso dos recursos naturais buscou, nesse estudo, contribuir para o
entendimento da Educação Ambiental, a fim de adquirir uma consciência crítica
da sustentabilidade e consumo.
Para tanto, realizamos uma pesquisa de caráter qualitativo onde
dialogamos com educadores que trabalham conteúdos estruturantes e básicos
e também conteúdos específicos em questão ambiental.
Este estudo, por ouvir sujeitos envolvidos com a temática, contribui
com a discussão em torno da educação ambiental e do processo de
conscientização e sustentabilidade que está se iniciando no Brasil, é uma
oportunidade de reflexão das práticas pedagógicas e da própria finalidade do
sistema educacional.
Educação Ambiental e as Práticas Educativas
No intuito de conhecer as políticas, os programas e as ações
educacionais já existentes, além de multiplicar as oportunidades inovadoras e,
após conhecer a história da educação ambiental no Brasil, buscamos nos
aprofundar na outra possibilidade da sustentabilidade e consumo excessivo.
Para uma formação integral e conscientização dos futuros cidadãos do nosso
mundo.
Já são quase cinco décadas de história em que os movimentos
ambientalistas se consolidaram dentre muitos movimentos sociais pela justiça,
liberdade, solidariedade e equilíbrio ambiental. Nesse período, a Educação
Ambiental foi se consolidando como principal instrumento de ação para
proporcionar as mudanças de hábito e costumes, em relação às ações
humanas sobre o meio ambiente (TAMOIO, 2002).
É evidente que o ecossistema impõe limites a muitas atividades
humanas e obriga a uma educação para o consumo equilibrado dos recursos.
A garantia das gerações futuras não esta só na economia inclui
também em concordância as dimensões sociais, culturais, éticas e espirituais.
Hodiernamente a questão ambiental passou a ser elemento integrante
da cultura humana, em função de sua degradação e do conseqüente
comprometimento que isso provoca à vida na Terra, a escola passou a assumir
um papel muito importante no trato da questão ambiental (GUIMARÃES, 2000).
Neste sentido a educação ambiental assume cada vez mais uma
função transformadora no desenvolvimento sustentável. É através da educação
ambiental que podemos modificar o quadro crescente da degradação
ambiental.
A Educação Ambiental em conjunto com o desenvolvimento
sustentável para transformação da realidade através do cotidiano no processo
pedagógico.
Para tanto a educação ambiental está relacionada aos acontecimentos
globais sobre meio ambiente e constitui o processo de transformação da
sociedade contemporânea para a construção de um mundo mais equilibrado
ambientalmente, socialmente e economicamente (MARCATTO, 2002).
Em 1979, o MEC, em conjunto com vários órgãos ambientais publica
um dos primeiros materiais especificamente para a área ambiental o
documento “Ecologia uma Proposta para o Ensino de 1º e 2º Graus”. Na
década de 1980, período de fim da era militar no país e reabertura
democrática, os movimentos ambientalistas começam a ganhar forças, uma
vez que a luta pelo fim da Ditadura vai chegando ao fim. Em 1981, é decretada
a Lei 6.938, de 31 de agosto, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio
Ambiente. Em 1984, o Conselho Nacional do Meio Ambiente apresenta as
primeiras diretrizes para uma Política Nacional de Educação Ambiental
Brasileira.
Uma das leis de suma importância para nossa educação ambiental é a
Lei nº 9795/99 da Política Nacional de Educação Ambiental entende que a
educação ambiental é um processo que estabelecem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à preservação e
conservação com um caráter interdisciplinar, sistêmico e integrador (BRASIL,
1999).
Historicamente, o grande propulsor foi a obediência à legislação. E por
esta ótica, muitas vezes, o fato era e ainda é encarado como custo adicional.
Esta visão limitada não permite ver que atuar sobre os impactos ambientais
agrega valor ao produto ou serviço prestado. No Brasil, a legislação ambiental
está alterando significativamente a economia. Junte-se a isto o fato de que a
parcela de consumidores verdes está se ampliando para constatar que não agir
em conformidade com a lei e exigências de consumidores pode trazer prejuízos
significativos ao bolso e à imagem de uma empresa ou entidade.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências também
relata quanto às praticas e conteúdos dos professores que precisam
contextualizar esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes,
básicos e também com conteúdos específicos sobre as questões ambientais
(PARANÁ, 2008).
A década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável
potencializa as políticas, os programas e as ações educacionais já existentes,
além de multiplicar as oportunidades inovadoras (BRASIL, 2007).
Contudo a educação ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo.
A crise ambiental junto com a educação ambiental possibilita ampliar
ainda mais a consciência das pessoas junto ao que se considera
“ecologicamente correto”. Uma sociedade que no seu dia-a-dia utiliza-se dos
conceitos da educação ambiental, no sentido de agir com mais cautela na hora
de consumir, de cuidar de sua comunidade, trabalhar suas atitudes junto à
preservação de nosso planeta estará também compartilhando das ações em
prol do meio ambiente.
Sustentabilidade e Consumo e as Práticas Alternativas
Nas últimas décadas o meio ambiente e a sustentabilidade têm sido
tema muito debatido e refletido em conferências mundiais, assim resultando na
elaboração de importantes documentos.
Ao longo da história o ser humano ampliou seu domínio sobre a
natureza, produzindo elementos artificiais, ele também a degradou, reduzindo a
sua influência no meio ambiente. Com isso os seres humanos retiram da
natureza as condições de sua própria existência, produzindo a partir dela, os
meios necessários para a manutenção de sua vida, a redução de sua influência
no meio ambiente implica redução das possibilidades de intervenção do ser
humano. Por extensão, a reprodução da vida fica fortemente ameaçada, não só
a humana como de a todos os elementos bióticos (PARANÁ, 2008 p 40, 41).
Com a crescente degradação das condições ambientais é fato que a
maior parte da população não esta refletindo sobre a crise ambiental sobre os
desafios para mudar as formas de pensar e agir com o meio ambiente. Estes
complexos problemas ambientais precisam de mudanças radicais, como na
construção de novos conhecimentos, dos valores e dos comportamentos em
torno do planeta.
A necessidade de abordar este tema se deu pela reflexão das
condições ambientais acerca das práticas existentes na humanidade que é
cada vez mais linear que se produz em garantir práticas coletivas numa inter-
relação dos saberes, ações e valores comuns em prol da natureza.
O tema sustentabilidade é um paradigma da sociedade de risco.
Implicando-se em direito a acesso a informação e a educação ambiental para
multipicarem suas práticas numa perspectiva integradora.
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades
humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem
comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está
diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir
o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que
eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode
garantir o desenvolvimento sustentável.
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo
prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas
formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários
para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais
(florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida
para as futuras gerações.
Conforme Bellen (2005) conceito dado para a sustentabilidade esta
relacionado com os aspectos sociais, culturais, ambientais dos seres humanos
que acarretam nas discussões sobre a responsabilidade humana pensando no
bem estar e qualidade de vida para um desenvolvimento sustentável.
De acordo com Lisboa (2007) no fim do século XX, as atividades
humanas vem provocando uma crise ecológica. Tais manifestações da crise é
o aquecimento global resultante das altas concentrações de gases causadores
do efeito estufa na nossa atmosfera.
Segundo Gonçalves e Duarte (2006) a primeira definição de
desenvolvimento sustentável foi feita pelo Brutland Report em 1987, afirmando
que desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do
presente sem comprometer o atendimento as gerações futuras. Nas décadas
seguintes, grandes conferências mundiais foram realizadas, como a Rio 92, no
Rio de Janeiro, em 1992 e a Rio+10, em Johannesburgo, em 2002. Nessas
reuniões protocolos internacionais foram firmados, a fim de rever as metas e
elaborar mecanismos sustentáveis.
A segunda conferência ambiental organizada pela ONU no Rio de
Janeiro, também chamada de Eco 92, reuniu 108 chefes de Estado para criar
um plano de ação para preservar os recursos naturais do globo. As nações do
norte tentaram defender o direito a um ambiente saudável, ao passo que os do
sul buscavam o direito de se desenvolverem. O resultado foi a Agenda 21,
documento com 2500 recomendações para implantar estratégias para a
conservação do planeta e estabelecer metas para a exploração sustentável do
patrimônio natural, sem impedir, porém, o desenvolvimento de nenhum país
(GUSTAVSEN, 2007).
O ano de 2012 foi marcado pelo Rio+20 com a Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável ela foi importante para a
Educação Ambiental. Nesta Conferência foram lançadas as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental que constitui em elemento
estruturante que demarca um campo político de valores e práticas, mobilizando
atores sociais comprometidos com a prática político-pedagógica
transformadoras e emancipatória capaz de promover a ética e a cidadania
ambiental (BRASIL, 2012).
A exploração crescente dos recursos naturais dessa maneira coloca
em risco as condições físicas de vida na Terra, na medida em que a economia
capitalista exige um nível e tipo de produção e consumo que são
ambientalmente insustentáveis.
Um documento de suma importância e referência é a Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), responsável
pela implementação do Desenvolvimento Sustentável, aponta que:
"[...] as conseqüências do consumo excessivo e do
desperdício que caracterizam alguns modos de vida, são um
argumento muito forte para que se dê especial atenção ao
programa Educação para o Desenvolvimento Sustentável"
(UNESCO, 2005).
O desenvolvimento sustentável está em constante transformação no
qual a exploração de recursos naturais, o gerenciamento dos investimentos, a
orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais
deverão ser compatíveis com as presentes situações vividas pela humanidade
(FRANCO, 2001).
O homem como ser vivo depende do solo, do ar, da água e do
ecossistema. É evidente que a qualidade ambiental do ambiente em que o
homem vive interfere diretamente na saúde, bem-estar, cidades, emprego,
indústria e agricultura. Os recursos ambientais estão intimamente relacionados
e interligados, determinando assim qualidade de vida humana (LISBOA, 2007).
É evidente que o ecossistema impõe limites a muitas atividades
humanas e obriga a uma educação para o consumo equilibrado dos recursos.
O desafio do meio ambiente está em propiciar a compreensão do
conceito de ambiente para além dos seus aspectos, físicos, químicos e
biológicos, incorporando as dimensões sociais e culturais da sociedade que
além de interferir nas dinâmicas dos demais componentes também sofre o
reflexo do seu equilíbrio e/ou desequilíbrio.
A garantia das gerações futuras não está só na economia inclui
também em concordância as dimensões sociais, culturais, éticas e espirituais.
Veiga (2005), afirma que nosso estilo poluidor e consumista de vida,
não é fruto da técnica, mas sim de um modelo econômico que tem de ser posto
em causa. A economia centralizada na globalização, com ênfase no consumo,
nas políticas, na privatização, na competitividade e na internacionalização
econômica, política e sociocultural.
Neste sentido podemos identificar uma preocupação no que tange ao
perigo de uma dada opção acarretar impactos ambientais graves, sendo
necessário optar-se pelo caminho que oferece mais segurança ao ambiente e
ao cidadão, sem esperar pelas provas científicas finais de relação causa-efeito
(LISBOA, 2007).
A legislação brasileira, Lei 6938/81, em seu artigo 3ª, IV, esclarece
dizendo que poluidor é “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou
privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental”.
No entanto, prevê também a pessoa que causa indiretamente a
degradação, como sujeito passivo de uma responsabilização por dano ao meio
ambiente, e não somente a pessoa direta que causou o respectivo dano,
importante dado já que um dos problemas em ações judiciais ambientais é
saber corretamente quem gerou aquele determinado dano ambiental, pois em
diversos casos teremos vários sujeitos atuando naquela área específica, e a
delimitação de um sujeito causador da poluição não é sempre possível.
Em uma lei mais recente nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010, instituiu-
se a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual visa combater um sério
problema no país que é a ausência de regulamentação para o tratamento
adequado do lixo. Ela ainda destaca os seguintes princípios: prevenção e
precaução; poluidor-pagador e o protetor-recebedor; gestão de resíduos
sólidos; desenvolvimento sustentável; eco-eficiência para redução do impacto
ambiental; cooperação entre as esferas do poder público, setor empresarial e a
sociedade; responsabilidade compartilhada entre outros.
Esta mesma lei 12.305/2010 ainda classifica os resíduos sólidos
quanto à sua origem em domésticos, de limpeza urbana, sólidos, de
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, de serviços públicos
de saneamento básico, industriais, de serviços de saúde, de construção civil,
agrossilvopastoris, de transportes e de mineração; e quanto a sua
periculosidade, sendo classificados como perigosos e não perigosos.
A realidade é triste, mas mesmo com diversos documentos no Brasil
ainda acontecem descasos na questão ambiental a escassez de água, poluição
do ar, excessos de lixo, aquecimento global, desmatamento, destruição da
biodiversidade, buraco na camada de ozônio são alguns dos problemas
enfrentados e á procura de solução.
O cenário apresentado no século XXI às políticas ambientais para a
conservação do planeta é impossível não pensarmos nos impactos de
quaisquer que sejam nossas ações, o maior desafio do momento é promover o
desenvolvimento social e consciente, sem destruir o seu capital natural. Para
isso é necessário a busca pelo desenvolvimento sustentável, preservando os
recursos naturais, realizando o crescimento e gerando qualidade de vida para a
população.
Considerações Finais
O presente estudo tentou-se colaborar especialmente com dados sobre
a importância do entendimento sobre o tema Educação Ambiental, a fim de
apresentar uma consciência crítica, assumindo o compromisso de conservar os
recursos naturais através de uma metodologia de ensino diferenciada, assim
como conscientizar o consumo e exploração ambiental e incentivar educadores
a fazerem a relação de contexto ao trabalharem com conteúdos específicos a
educação ambiental.
Trouxe subsídios para entender de que maneira a educação ambiental
influencia o comportamento dos futuros cidadãos para uma sociedade mais
sustentável.
As referências apresentadas nortearam as discussões sobre a
educação ambiental como uma modalidade que visa enfocar as necessidades
dos educadores e cidadãos conscientes e contribuir para a criação de uma
sociedade sustentável.
Uma das considerações gerais que pode ser relatadas a respeito das
perspectivas de sustentabilidade democrática no Brasil são os hábitos que
compõem seu estilo de vida que causam a crise ambiental que não pode
continuar e temos que fazer reflexões sobre os recursos naturais como a
alimentação, energia elétrica, água, habitação e transporte.
Assim, constatou-se que a sustentabilidade e consumo é um elemento
integrante da cultura humana e com isso a escola passou a assumir um papel
muito importante na questão ambiental estabelecendo valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à preservação e
conservação do meio ambiente com um caráter interdisciplinar, sistêmico e
integrador.
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