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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE EQUIPE PEDAGÓGICA DO PDE
____________________________________________________________________
O USO PEDAGÓGICO DAS TIC NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: CAMINHOS, LIMITES E POSSIBILIDADES
Produção Didático-Pedagógica
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Título: O uso pedagógico das TIC no processo de ensino e aprendizagem: caminhos, limites e possibilidades
Autor Edina Guardevi Marques Silva
Escola de Atuação Escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco – Ensino Fundamental
Município da escola São Pedro do Ivaí
Núcleo Regional de Educação
Ivaiporã
Orientador Dirce Aparecida Foletto de Moraes
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual Londrina
Disciplina/Área Pedagogia
Produção Didático-pedagógica
Caderno temático
Relação Interdisciplinar Todas
Público Alvo Professores
Localização Escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco – Ensino Fundamental
Apresentação Este material ora apresentado na forma de Caderno Temático é uma produção didático-pedagógica que faz parte das atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2014, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Foi elaborado com o intuito de provocar reflexões teóricas, discussões sobre o uso das TIC no processo de ensino e aprendizagem, bem como subsidiar ações de inserção das mesmas nesta instituição de ensino. O caderno é formado por textos de autores renomados no assunto, apresenta em seu interior um exemplo de utilização das tecnologias da comunicação e informação que obtiveram bons resultados. Além destes textos, o caderno temático propõe uma oficina pedagógica de como elaborar um blog.
Palavras-chave Formação de docentes, TIC, Educação.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE EQUIPE PEDAGÓGICA DO PDE
EDINA GUARDEVI MARQUES SILVA
CADERNO TEMÁTICO
O USO PEDAGÓGICO DAS TIC NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: CAMINHOS, LIMITES E POSSIBILIDADES.
IVAIPORÃ
2015
EDINA GUARDEVI MARQUES SILVA
CADERNO TEMÁTICO
O USO PEDAGÓGICO DAS TIC NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: CAMINHOS, LIMITES E POSSIBILIDADES
Produção Didático-Pedagógica a ser apresentada a SEED/SUED-PR como requisito para o cumprimento das atividades previstas dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Estado do Paraná, orientada pela Prof.ª MS. Dirce Aparecida Foletto de Moraes
IVAIPORÃ 2015
Apresentação Caro educador,
Os avanços tecnológicos propiciam infinitas possibilidades de comunicação e
informação e vêm transformando a maneira de interação, modificando comportamento
quebrando modelos de relacionamento entre indivíduos, vivemos um momento de
revolução da informação e comunicação baseada em novas tecnologias, conhecidas
também como Tic, que são a todo momento atualizadas, que eliminam barreiras culturais
e geográficas, que nos levam a novos caminhos de produção, novas formas de diversão ,
e um novo modo de viver, pensar, agir e interagir, e principalmente trabalhar produzindo
um novo modelo social globalizado, reconhecido como sociedade da informação.
Nessa perspectiva de educação como a base para a formação de cidadãos, faz-se
necessário preparar seus profissionais para dominar as possibilidades que as Tic
oferecem para a educação e permitir o desenvolvimento pedagógico, e dessa forma
consolidar a construção de sujeitos que possam exercer plenamente sua cidadania.
Nessa direção a introdução das novas tecnologias da comunicação e informação
como fonte de mudanças profundas no processo de ensino aprendizagem faz parte das
transformações sociais e educacionais que vivemos atualmente.
Partindo desse pressuposto o presente caderno temático está dividido da seguinte
maneira: uma primeira unidade/encontro de apresentação do tema e textos de apoio
sobre a inserção das TIC no âmbito educacional; na segunda unidade/encontro
discutiremos os limites e possibilidades desta inserção; na terceira unidade/encontro
abordaremos de que forma poderá dar-se essa inserção tendo como foco despertar o
interesse pela leitura por parte dos educandos; na quarta unidade/encontro será
trabalhado alguns apontamentos para uso das tecnologias na educação e nas duas
unidades/encontros subsequentes (quinta e sexta unidades/encontros) será dada uma
oficina com seis (6) horas de duração cada de como criar um blog que posteriormente
fará parte de um web site e na sétima unidade/encontro será feita uma breve avaliação
dos encontros ocorridos e o levantamento de propostas para outras ações bem como
avaliar a necessidade ou não de repetir as oficinas com o intuito de contemplar
professores (as) que não puderam participar desse grupo de estudo.
Sumário
Unidade 1...........................................................................................................................07
Inovações tecnológicas no âmbito educacional
Tecnologia da informação e da comunicação: quem ensina e quem aprende?
Vídeos
Unidade 2...........................................................................................................................13
Potencialidades e limites
Vídeo
Análise de Charges
Unidade 3...........................................................................................................................17
As novas tecnologias da informação e comunicação: aproximações com o objeto
de estudo
A pesquisa em si: o ato de ler e o prazer de escrever por meios digitais
A leitura em ambientes digitais
Unidade 4...........................................................................................................................25
Apontamentos para uso das tecnologias na educação
Unidade 5 ou oficina pedagógica I..................................................................................41
Oficina pedagógica Como montar um blog
Vídeo
Unidade 6 ou oficina pedagógica II.................................................................................44
Como inserir arquivo PDF em um blog
Unidade 7...........................................................................................................................45
Avaliação
Considerações finais
7
Unidade 1
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção." (Paulo Freire) O objetivo deste curso é o de aprofundamento da discussão sobre como introduzir
com sucessos as TIC no dia a dia escolar visando o uso pedagógico das mesmas para
que contribuam com o processo de ensino e aprendizagem. No entanto se faz necessário
alguns questionamentos sobre por qual caminho? Quais os limites e possibilidades desta
inserção ser positiva?
Espero que ao final do curso possamos responder estas e outras questões que
vierem a surgir.
Apresentação do tema
O interesse por esta temática de pesquisa tem suas origens na necessidade de
mudanças das práticas pedagógicas frente às exigências e demandas educacionais que
vem surgindo no atual contexto, principalmente no que se refere ao uso das TIC no
processo de ensino e de aprendizagem.
A sociedade atual vive um momento de revolução da informação e da
comunicação fundamentadas em grande medida, no desenvolvimento das tecnologias,
mais especificamente pelas TIC, as quais conduzem a novos contextos de produção,
novas formas de relação, de modos de viver, pensar e agir diferenciados de outros
tempos. Estes, por sua vez se constituem em um modelo de sociedade globalizada,
identificada como Sociedade da Informação, a qual é mediada pelas tecnologias e tem a
informação com eixo de organização. Estas mudanças no contexto social também vão
interferir e afetar as relações de ensino e aprendizagem no contexto escolar.
As exigências de novas práticas pedagógicas requerem novos modos de formação
e de atuação por parte dos docentes no que tange o uso pedagógico dos aparatos
tecnológicos em sala de aula, bem como o entendimento do seu papel e do aluno neste
contexto. De acordo Almeida e Valente (2005, p. 8) o emprego das tecnologias da
informação e comunicação “impõe mudanças nos métodos de trabalho dos professores,
gerando modificações no funcionamento das instituições e no sistema educativo”.
Em concordância com esta nova forma de ensinar e aprender, Kenski (2007)
ressalta que a proposta é ampliar o sentido de educar e reinventar a função da escola,
8
abrindo-a para novos projetos e oportunidades, que ofereçam condições para ir além da
formação para o consumo e a reprodução.
Os procedimentos didáticos, nesta nova realidade, devem privilegiar a construção
colaborativa dos conhecimentos mediados pela tecnologia, na qual o professor atue como
mediador e orientador nesta construção e o aluno assume um papel mais ativo neste
processo. Dentre as muitas razões da inserção das tecnologias no processo ensino e
aprendizagem destaca-se que seu uso possibilita a concretização de diversos objetivos
pedagógicos e que o interesse dos alunos pelas aulas se intensifique.
Neste sentido a inserção das TIC no processo ensino e aprendizagem podem
contribuir para uma prática pedagógica colaborativa que atue numa perspectiva em que
ocorra uma exploração efetiva e criativa dos recursos midiáticos. Para um total
aproveitamento das suas vantagens a utilização das TIC em sala de aula deve vir
precedida de planejamento adequado, de uma pratica educativa centrada no aluno, de
professores atualizados e principalmente de um currículo receptivos ás inovações
(Almeida, 2004). Portanto como pedagoga da Escola Estadual do Conjunto Habitacional
Virgínio Seco município de São Pedro do Ivaí – PR, pretendo realizar um projeto de
intervenção que tem como meta a superação do uso das TIC como simples recurso de
ensino e o entendimento destas como ferramentas mediadoras que possibilitem
experiências significativas no fazer pedagógico.
Para defender tal proposta nos apoiamos em Barros (2007, p. 105 e 106), que
defende que as aulas dadas tradicionalmente estão gerando desinteresse e
desatualização de informações pelas tecnologias por parte dos alunos, o que está
abalando o conhecimento “inquestionável” dos docentes, sendo assim, o “grande desafio
consiste em integrar os professores com a cultura tecnológica para o processo de ensino
e aprendizagem”.
Assim, entende-se que para as TIC serem realmente incorporadas na prática
pedagógica e tornarem-se instrumentos mediadores no processo de ensino e
aprendizagem é preciso um trabalho formativo de subsídios teóricos para que os
professores possam repensar suas práticas e experimentar novas possibilidades
pedagógicas.
Então cabem a nós, educadores, discutir o uso pedagógico das TIC, pensar em
novos caminhos e possibilidades que essas podem proporcionar ao processo de ensino e
aprendizagem.
Conto com todos vocês.
9
Texto 1 Inovações tecnológicas no âmbito educacional
As novas tecnologias da informação e comunicação desafiam as escolas para a
construção de novas propostas pedagógicas que utilizem as TICs como mediação do
processo ensino/aprendizagem.
As TICs vêm se tornando uma ferramenta de grande importância no contexto
educacional; no entanto, é preciso que todos os envolvidos tenham discernimento, para
que as possibilidades propiciadas por este instrumento sejam usadas adequadamente,
transformando os educandos em agentes capazes de atuarem de forma critica e
participativa no cenário tecnológico contemporâneo.
Segundo Demo (2009, p.96) “A aprendizagem tecnologicamente correta significa
aquela que estabelece com tecnologia a relação adequada no sentido de aprimorar a
oportunidade de aprender bem”. Isso posto leva-se a crer que o uso da tecnologia implica
necessariamente na autoria daquele que ensina. Aprender bem é construir, reconstruir, e
saber que o conhecimento é transitório. O autor afirma que “aprender bem” acontece
numa relação pedagógica de dentro para fora e destaca que as novas tecnologias
acentuam a necessidade da “autoria”.
Na obra Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, Moran (2009) vai mais além
quanto ao uso das tecnologias na educação, quando diz que:
As tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou desejamos. Se somos pessoas abertas, elas nos ajudam a ampliar a nossa comunicação; se somos fechados, ajudam a nos controlar mais. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança (MORAN, 2009, p.27).
Tomando como base a idéia de Moran, a mudança proporcionada pela inserção
das tecnologias na educação é extremamente relevante para romper com paradigmas
impostos pela educação tradicionalista, contribuindo assim para a criação de novas
propostas metodológicas e para o enriquecimento do processo ensino/aprendizagem.
1.1 Tecnologia e Educação
No momento em que a tecnologia avança a passos largos, é preciso que a
educação utilize as TIC em prol do conhecimento e, possibilite desta forma a
transformação de velhos paradigmas em novos caminhos. As TIC não poderão ser vistas
apenas como uma ferramenta, mas como potencializadora de um processo formativo
transformador, fazendo parte efetiva dos processos pedagógicos e no conhecimento de
educadores e educandos.
Assim sendo, uma educação comprometida com a construção de pessoas críticas
10
não pode oferecer um único caminho, uma única metodologia, mas caminhos infindáveis
para que o verdadeiro conhecimento seja construído e reconstruído.
As Novas Tecnologias e a globalização proporcionam um enorme fluxo de
informações e acontecimentos que chegam das mais variadas formas, sejam por meio de
áudio ou vídeo, sem mencionar as diversas maneiras de expressão, estar conectado com
as novas tecnologias é fazer parte de um grupo que interage e apropria-se de uma
linguística específica que se apropria de forma criativa a utilização de letras, símbolos,
imagens, e sons. Esta nova linguagem invadiu as salas de aula e tornou-se elemento
existente na vida escolar e a educação não pode ignorar este fato. No entanto, acredita-
se que é de extrema relevância oferecer uma educação voltada para a formação do ser
crítico capaz de colocar os conhecimentos adquiridos a serviço da transformação do meio
em que está inserido, não se pode, portanto, ignorar que as TICs são instrumentos
existenciais no dia a dia da sociedade. Segundo a abordagem de Masetto:
É importante não nos esquecermos de que a tecnologia possui um valor relativo: ela somente terá importância se for adequada pra facilitar o alcance dos objetivos e se for eficiente para tanto. As técnicas não se justificarão por si mesmas, mas pelos objetivos que se pretenda que elas alcancem, que no caso serão de aprendizagem (MASETTO, 2009, p.144).
Levando-se em consideração o pensamento do autor, entende-se que o educador
só terá condições de levar a tecnologia para a sala de aula, quando esta estiver
entranhada em seu que - fazer, descortinando assim a prática tradicional, contudo não se
pode esquecer que o fazer educativo não pode camuflar-se em nome da modernidade.
Isto posto é importante salientar que para ser efetuado um trabalho de educação
qualificado em relação ao avanço tecnológico desenfreado, é preciso saber filtrar as
informações bem como ter muita ousadia, criatividade, paciência e dedicação, pois mudar
hábitos e conceitos preestabelecidos não é tarefa fácil; ao mesmo tempo é preciso lançar
um novo olhar sobre a prática pedagógica, é preciso não apenas almejar, mas buscar
uma prática que esteja de acordo com as exigências e a pluralidade do século XXI.
Isto implica dizer que para uma educação libertadora é necessária uma proposta
educacional aberta, flexível que esteja voltada para uma prática humanista e
especialmente em permanente avaliação, e também que atenda as transformações
sociais/políticas e os interesses e as expectativas dos que dela fazem parte onde
educadores e educandos caminhem juntos e de mãos dadas, constituindo-se num
referencial dos pressupostos de reflexão e ação. No entanto é extremamente relevante
evidenciar a imensa contribuição que as TICs vêm prestando à educação, pois é
11
imprescindível que a escola motive e impulsione o uso das Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação, e assim exclua um dos problemas que perpassa esta
década, ou seja, o individualismo e a indiferença, e desta forma viabilize a qualidade do
ensino e a aprimoração dos principais modelos educacionais da atualidade bem como
transforme espectadores passivos em atores primordiais para a educação. Deste modo é
preciso que a educação, assim como a tecnologia passe por uma imensa revolução, e
deixe de ser um belo discurso político tornando-se ação concreta e eficaz.
Versão completa disponível em Paidéia – Revista cientifica de Educação a distância Vol.2-
Nº4 – JUL 2011/ISSN 1982-6109
http://revistapaideia.unimesvirtual.com.br/index.php?journal=paideia&page=article&op=vie
wFile&path[]=180&path[]=187
Texto 2 Tecnologia da informação e da comunicação: quem ensina e quem aprende?
Cada cidadão deve estar preparado para encontrar a informação e dela se fazer
bom uso, mas sem um pensamento independente e crítico, esse conhecimento poderá se
transformar apenas em mera reprodução de conhecimento, sem significado nenhum.
Sob esta ótica Alarcão (2008, p. 19) considera:
Qual de nós não sente que hoje cada vez é maior o número das coisas que não sabe e que gostaria ou necessitaria saber? Muitos de nós,facilmente respondem: não há problema, vejo na internet. E vamos à internet para ver os horários dos trens, os preços dos hotéis, os descontos praticados nos restaurantes, os espetáculos que estão em cena, as notícias do dia, as publicações sobre um determinado tema, informação sobre um assunto que desconhecemos, mas sobre o qual queremos saber e tantas outras coisas que fazem parte do nosso cotidiano.
Partindo deste âmbito, é coerente que o sistema educacional aponte caminhos
para que esta tecnologia que envolve diversas formas de ensinar e aprender esteja em
plena harmonia com o novo paradigma que emerge a educação inspirado nos princípios
de liberdade e nos ideal de solidariedade humana tendo como finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualifica
para o trabalho (LDB, art. 2o).
Diante deste discurso, pautado em princípios que privilegiam a construção do
conhecimento, o aprendizado deve ser direcionado a partir de um pensamento criativo,
reflexivo e construtivo por parte do professor. Sendo ator deste seguimento na sala de
aula, sua formação continuada deveria se concretizar por meio de discussões coletivas
sobre suas práticas, planejamentos e situações vivenciadas, aproximando-o das TIC ́s
12
que se faz tão presente no âmbito escolar, principalmente por parte dos alunos, através
do acesso à internet às redes sociais por meio do computador.
Nesse contexto a gestão escolar deveria partir de um trabalho pedagógico para
além de um modelo positivista, ou seja, aquele pautado em estímulos e respostas que se
reflete apenas em memorizar os conteúdos sem considerar as competências que
deveriam ser absorvidas durante todo o percurso de formação do educando. Visto que,
com estes avanços tecnológicos implica-se criar e recriar situações de aprendizagem que
possam ser significativas para o aprendiz e isso só será possível se houver por parte dos
profissionais inseridos no sistema educacional uma reflexão na ação por meio da análise
e interpretação no aprender fazendo.
Para saber mais, acesse este artigo na íntegra em:
www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/.../GT_17_10_2010.pdf Vídeo Educação e Tecnologia: Entrevista com o Professor Doutor José Manuel Moran https://www.youtube.com/watch?v=Sx9QbOILmKM Tecnologia e educação https://www.youtube.com/watch?v=rhFc0126tzI
1) Diante de tanta informação qual o papel do educador nesse processo?
2) Como as TIC podem contribuir no processo de ensino e aprendizagem?
3) O que você educador pode fazer para que as TIC deixem de ser os violões da
educação e sim passar a vê-las com uma ferramenta colaborativa do processo de
ensino aprendizagem?
13
Unidade 2
Texto 1
Potencialidades e limites
[...] Apresentam-se abaixo algumas das reconhecidas potencialidades das TIC (Almeida,
2004), (Wild, 1996).
A1. Ajuda o aluno a descobrir o conhecimento por si: é uma forma de ensino ativo em que
o professor ocupa um lugar intermédio ente a informação e os alunos, apontando
caminhos e avivando a criatividade, a autonomia (pois é grande a variedade de fontes de
informação e têm que escolher) e o pensamento crítico. Existe uma grande relação
refletiva e interventiva entre o aluno e o mundo que o rodeia.
A2. Promove o pensamento sobre si mesmo (meta cognição), a organização desse
pensamento e o desenvolvimento cognitivo e intelectual, nomeadamente o raciocínio
formal.
A3. Impulsiona a utilização, por parte de professores e alunos, de diversas ferramentas
intelectuais.
A4. Enriquece as próprias aulas, pois diversifica as metodologias de ensino –
aprendizagem.
A5. Aumenta a motivação de alunos e professores.
A6. Amplia o volume de informação disponível para os alunos, que está disponível de
forma rápida e simples.
A7. Proporciona a interdisciplinaridade.
A8. Permite formular hipóteses, testá-las, analisar resultados e reformular conceitos, pelo
que estão de acordo com a investigação científica.
A9. Possibilita o trabalho em simultâneo com outras pessoas geograficamente distantes.
A10. Propicia o recurso a medidas rigorosas de grandezas físicas e químicas e o controlo
de equipamento laboratorial (sensores e interfaces).
A11. Cria micro mundos de aprendizagem: é capaz de simular experiências que na
realidade são rápidas ou lentas demais, que utilizam materiais perigosos e em condições
impossíveis de conseguir.
A12. A aprendizagem torna-se de fato significativa, dadas as inúmeras potencialidades
gráficas.
A13. Ajuda a detectar as dificuldades dos alunos.
A14. Permite ensinar através da utilização de jogos didáticos.
Mas as tecnologias apresentam igualmente uma “lista” de limitações da sua utilização, a
14
citar:
B1. As barreiras às inovações tecnológicas que naturalmente surgem nas escolas,
conservadoras por natureza, pelo que necessitam de ações de sensibilização às
inovações. A escola terá que interiorizar que já não é o único meio de transmissão de
conhecimento
B2. Escassez de software de elevada qualidade técnica e pedagógica. A produção deste
material implica um trabalho colaborativo de pedagogos e programadores.
B3. O grande número de alunos, que por dificuldades econômicas, não possuem
computador.
B4. A falta de formação inicial e contínua dos professores para o uso das tecnologias e
respectivo aproveitamento pedagógico. Muitas vezes os professores não gostam das
tecnologias, não se sentem confortáveis a empregá-las, pelo que não as usam nem
incentivam a usá-las.
B5. A falta de conhecimento sobre o impacto do uso das TIC no contexto educativo.
B6. A escassez de tempo, que é indispensável na aprendizagem das tecnologias e
preparação das aulas.
B7. A utilização inadequada de muito material tecnológico, tido como pedagogicamente
enriquecedores.
B8. A ausência de sites específicos para todos os conteúdos, promovendo a navegação
livre pela internet.
B9. Altera-se a relação professor/aluno: torna-se muito mais distante porque o trabalho é
muito autônomo.
B10. Passividade e desinteresse dos alunos porque recebem “tudo pronto”.
Para saber mais veja o trabalho completo em:
http://nautilus.fis.uc.pt/cec/teses/joana/docs/revisao.pdf
Vídeo
Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não revolucionou a educação
https://www.youtube.com/watch?v=ozpEMQ5niUA
15
Análise de Charges
Fonte: http://www.bing.com/images/search?q=inclus%C3%A3o+digital&view=detailv2&&&id=2E63EA4C2CC57A6960C686EE260292C2C17FA945&selectedIndex=180&ccid=8ljoa59x&simid=608037932318130441&thid=JN.fPQyea0mjpF0hIS54rQDgA&ajaxhist=0
16
1)O que falta para o “bom” uso das TIC na escola em que você atua?
2) Como você utiliza os diversos recursos no seu fazer pedagógico?
17
Unidade 3
Texto 1
As novas tecnologias da informação e comunicação: aproximações com o objeto de
estudo
Partindo da perspectiva de que as novas Tecnologias da Informação e Comunicação
são ferramentas potencialmente eficazes no processo de ensino-aprendizagem, servindo
como meio facilitador na busca do saber fundamenta-se este artigo a partir da teoria
sóciointeracionista de Vygotsky (1991) e demais autores, como também dos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental (BRASIL,
1997), entendendo que tais aportes teóricos vêm a consolidar a importância desta
pesquisa para a área educacional, incentivando o uso dessas tecnologias no ambiente
escolar.
Segundo a teoria vygotskiana, a linguagem é fator determinante no processo de
desenvolvimento intelectual do indivíduo contribuindo para a aquisição de novas
competências, ou seja, ela é a base para a construção de toda subjetividade humana,
servindo assim como instrumento social de mediação e interação, e sendo o ponto de
partida para o desenvolvimento dos fenômenos psicológicos tipicamente humanos.
Vygotsky defende a existência de uma Zona de Desenvolvimento Proximal no
indivíduo que seria o elo para a aquisição de novas competências, através da interação e
ajuda dos membros mais amadurecidos do grupo de forma dialética, tornando-o capaz de
superar os obstáculos, adquirindo cada vez mais novas aprendizagens que favorecerão o
seu pleno desenvolvimento. Assim, “a Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas
funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação,
funções que amadurecerão” (VYGOTSKY, 1991, p. 97).
Essas novas “funções” serão amadurecidas e ganharão significado para o indivíduo,
através da interação com o meio social e com seus pares, a fim de que solidifique a
aprendizagem adquirida gerando novas competências, ou seja, o homem se desenvolve
em interação com outros homens por meio da linguagem e dos instrumentos mediadores
sociais da cultura e da história e não apenas por meio de um funcionamento biológico,
mas principalmente através da integração deste com as práticas sociais promovendo o
aprimoramento de sua inteligência.
Destacando a importância da linguagem para o pleno desenvolvimento humano, os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (BRASIL, 1997), documento
oficial elaborado pelo Ministério da Educação, defendem aspectos do ensino da língua
18
materna, traçando as concepções para o letramento infantil, como se vê em sua
apresentação:
O domínio da língua, oral ou escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes lingüísticos, necessários para o exercício de cidadania, direito inalienável de todos (BRASIL, 1997, p. 15).
Neste aspecto, o ato educativo em contextos específicos de ensino, torna-se
fundamental, pois deve promover situações de cooperação e interação entre os
indivíduos, mediante uma intervenção pedagógica consciente e intencional, onde o ato de
escrever e ler ganha uma dimensão discursiva que implica em produzir sentidos pela
linguagem, promovendo a desenvoltura cultural e social necessárias à plena cidadania.
Sendo assim, o domínio da leitura e da escrita, que é o resultado do
desenvolvimento histórico-cultural dos seres humanos, só é atingido mediante processos
de ensino que levem a esse aprendizado de forma objetiva e organizada através da
intervenção do educador. Nas palavras de Oliveira (1995):
o indivíduo não tem instrumentos endógenos para percorrer, sozinho, o caminho do pleno desenvolvimento, o mero contato com objetos do conhecimento não garante a aprendizagem, assim como a imersão em ambientes informadores não promove, necessariamente, o desenvolvimento, balizados por metas culturalmente definidas. A intervenção deliberada dos membros mais maduros da cultura no aprendizado das crianças é essencial ao seu processo de desenvolvimento (OLIVEIRA, 1995, p.12).
A mediação do professor é fundamental na tarefa de ensinar a ler. É função
primordial da escola, garantir uma efetiva intervenção no processo de desenvolvimento
cognitivo do indivíduo desde o princípio de sua formação, procurando através dos atuais
meios disponíveis estabelecer uma aprendizagem eficaz, como nos alerta Silva (2005):
Se a escola não inclui a Internet na educação das novas gerações, ela está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão social ou exclusão da cibercultura. Quando o professor convida o aprendiz a um site, ele não apenas lança mão da nova mídia para potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular, mas contribui pedagogicamente para a inclusão desse aprendiz na cibercultura (SILVA, 2005, p.63).
Ao integrar as novas tecnologias ao ensino, o professor não está apenas ampliando
o horizonte de possibilidades educativas ao aluno, mas acima de tudo está promovendo a
inclusão digital deste no mundo contemporâneo, viabilizando o acesso aos materiais
disponíveis pela cultura e, principalmente, oferecendo as condições favoráveis ao uso que
19
se faz deles nas práticas sociais. Nas palavras de Ferreiro (2008):
Graças às Novas Tecnologias, talvez seja mais fácil introduzir a criança à cultura letrada. As Novas Tecnologias são muito poderosas e não tem sentido perguntar se são boas ou más, se servem ou não. A presença da escrita na tela do computador é hoje um fato universal. A tecnologia da informação e da comunicação está trazendo mudanças importantes não apenas no mercado de trabalho, mas também nas práticas de leitura e escrita (FERREIRO, 2008, s.p).
Desta forma, o trabalho do professor não pode estar desassociado do uso das novas
Tecnologias da Informação e Comunicação, pois, como afirma Emília Ferreiro (2008), elas
são “muito poderosas”, capazes de servir como estratégias que favoreçam uma
aprendizagem prazerosa, significativa, dinâmica e produtiva inserindo de forma efetiva o
aluno no mundo letrado, transpondo as barreiras da sala de aula e despertando no
mesmo o interesse pelo saber, tornando-o assim autor do seu próprio conhecimento de
modo a ampliar suas possibilidades de participação na sociedade.
A pesquisa em si: o ato de ler e o prazer de escrever por meios digitais
Visando alcançar os objetivos propostos no Projeto de Pesquisa, as etapas do
trabalho foram traçadas de forma a incentivar a participação dos alunos durante o seu
desenvolvimento, como salienta os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa (BRASIL, 1997):
Para tornar os alunos bons leitores — para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura — a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler (e também ler para aprender) requer esforço. Precisará fazê-los achar que a leitura é algo interessante e desafiador, algo que, conquistado plenamente, dará autonomia e independência. Precisará torná-los confiantes, condição para poderem se desafiar a “aprender fazendo”. Uma prática de leitura que não desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente (BRASIL, 1997, p. 43).
O uso da mídia digital foi um fator determinante em todo o desenrolar do Projeto de
Leitura, objetivando promover uma prática docente inovadora, demonstrando assim que
se faz necessário o uso do computador no ambiente escolar, a fim de promover uma
prática educativa mais proativa, pois alguns softwares possibilitam a digitação e edição de
textos produzidos pelos alunos, facilitando o trabalho com aprendizagens específicas,
sobretudo a leitura (BRASIL, 1997, p. 62). Com o uso do computador, podem-se criar
estratégias eficazes de ensino, pois o mesmo tem a capacidade de prender a atenção do
aluno despertando o seu interesse, promovendo assim um trabalho de leitura e escrita
envolvente e significativo.
20
Buscamos utilizar o laboratório de informática como cenário favorável para o
desenvolvimento das etapas do projeto, uma vez que o mesmo possuía acesso a internet
facilitando e promovendo o uso do site “O Pequeno Leitor” como ambiente virtual de
aprendizagem, através do estímulo à leitura e produção textual de forma prazerosa e
dinâmica, objetivando contribuir para a formação de leitores e escritores autônomos e
competentes. Nessa perspectiva, iniciamos o projeto dando ênfase à importância que o
mesmo teria para as vivências escolares dos alunos, seguindo com a apresentação do
referido site e de sua criadora Stela Loducca (através de imagens extraídas do Google),
sendo explicados quais os motivos que a levaram à criação do mesmo, dentre eles, o de
estimular o gosto pela leitura oportunizando as crianças um contato prazeroso com o
mundo da literatura através de um layout colorido e atraente, reforçando o que nos diz
Silva e Costa (2010, s.p) “o software educacional infantil deve ser simples, mas intuitivo,
com muitas imagens, cores e sons interessantes, pois deve estimular as aptidões que
estão sendo desenvolvidas nessa faixa etária”.
Em seguida foi explicada a interface do site e as diversas formas de interação com o
mesmo, indo desde a escuta e leitura das histórias nele contidas, até a possibilidade de
se fazer um avatar, publicar as próprias histórias inventadas, indicar histórias aos colegas,
como também acumular pontos para serem trocados por coleções virtuais no próprio site,
mediante cadastro do email do responsável, tornando assim possível desfrutar de todas
as opções de interação disponibilizadas. Os alunos se interessaram bastante pelo
cadastro, o que foi viabilizado através do nosso e-mail como professora responsável pelo
projeto, após prévia autorização da criadora.
Vale salientar que o cadastro e a interação com o referido site, não possibilita a
exposição da imagem da criança (através de fotografias) nem a opção de bate-papo,
visando sua proteção durante o tempo de navegação pela rede. Essa configuração do site
tornou dispensável a autorização prévia dos pais, legitimando o projeto como de cunho
exclusivamente educativo, sendo voltado para o aprimoramento da leitura e escrita dos
educandos.
Terminada a fase de criação de login, os alunos puderam navegar livremente pelo
site conhecendo e entendendo seu funcionamento, criando seu avatar, escutando e lendo
as diversas histórias nele contidas, sendo-lhes explicado que ao final do projeto seria
confeccionado um livro contendo as histórias que a turma publicasse como culminância
do trabalho.
A ideia de se ter uma história publicada no site e posteriormente inclusa no livro, foi
21
um grande estímulo para os alunos, pois todos se interessaram pelo projeto almejando
ver suas histórias publicadas, o que motivou bastante o início das produções textuais e
aprofundou o conhecimento do uso adequado do teclado e do mouse, valorizando ainda a
importância da mídia impressa no mundo contemporâneo.
O momento de produção das histórias foi espontâneo, sendo esclarecido aos alunos
que não se preocupassem com os erros de escrita, mas que se dedicassem à criatividade
na elaboração das ideias, pois teriam a oportunidade de reescreverem suas histórias
quando as mesmas fossem enviadas ao nosso email para serem autorizadas. À
proporção que as histórias iam sendo enviadas, eram copiadas no editor de textos,
impressas e corrigidas, a fim que os alunos pudessem visualizar os pontos onde
precisavam melhorar e fazer as devidas correções reescrevendo-as no site. Nesse
momento foi pedido que lessem as histórias antes de publicar, observando a coerência e
a coesão das mesmas.
Esse processo além de aprofundar o conhecimento da ortografia e suas implicações
linguísticas no texto, ajudou os alunos a compreenderem as principais partes de um
discurso (início, meio e fim), como também a perceberem a função social da escrita que é
a de comunicar, favorecendo as diversas formas de participação ativa na sociedade.
Por fim, como instrumentos de coleta de dados, foram colhidos alguns depoimentos
de alunos e feita uma entrevista com o (a) professor (a) da classe a fim de investigar até
que ponto o projeto contribuiu para despertar o gosto pela literatura, como também
melhorar o desempenho dos educandos na leitura e na produção de textos.
Texto 2 A leitura em ambientes digitais
Na internet, é simulado o ambiente ideal para a interação do leitor e do autor, se
pensar que a comunicação com o autor via e-mail ou site se torna mais fácil e possível,
quanto com o texto, uma vez que o leitor pode escolher seus próprios percursos de leitura
nos textos digitais.
Nesse cenário, a autonomia do leitor, de acordo com Zilberman (2000, p.103)
equipara-se ao autor, até então detentor único dos direitos sobre a criação artística; e,
quando isso acontece, faculta-se a permissividade, e o leitor pode intervir, invadindo o que
lhe estava vetado.
O ambiente virtual de leitura é composto por um gigantesco esquema hipertextual,
que pode oferecer milhares de possibilidades ao leitor, que deve saber orientar-se e
22
posicionar-se diante desse mar de informações. Marcuschi relata que,
“no caso do hipertexto, o leitor tem à sua disposição um sem-número de possibilidades continuativas e não recebe todas as sugestões do autor. O autor não pode antecipar todos os espaços possíveis que o leitor pode navegar” (2006, p. 10).
É daí que surge o entendimento do leitor como um co-autor do hipertexto. Ele trilha
seus caminhos na leitura, faz escolhas e tende a buscar uma leitura linear de um objeto
multi-sequencial, pois, na internet, o leitor passa a ser também autor em duas esferas:
quando publica seus próprios textos e quando se orienta e escolhe caminhos nos textos
de outros autores, seguindo um esquema de leitura próprio e individual. Porém, para
Regina Zilberman (2000, p. 51), de acordo com a teoria da Estética da Recepção
elaborada por Wolfgang Iser, a participação do leitor no ato de criação é inerente ao
processo de leitura, não sendo, portanto, “criação” do hipertexto:
Numa obra de ficção, personagens, coisas, sentimentos, espaço e até o tempo aparecem de forma inacabada e descontínua, exigindo necessariamente a intervenção do leitor. Ele completa lacunas colocadas pelo texto, tornando-se coparticipante do ato de criação. Wolfgang Iser sublinha que são tais indeterminações que permitem ao texto “comunicar-se com o leitor”, induzindo-o a tomar parte na produção e compreensão da intenção da obra.
Portanto, entendemos que apesar de explicitada e intensificada no hipertexto e nas
mídias digitais, a relação dialógica entre leitor e escritor sempre existiu, uma vez que o
autor constrói o significado do texto a partir de sua ideologia, tentando conduzir o leitor ao
entendimento de sua escrita; o leitor, por outro lado, entenderá essa escrita de acordo
com sua formação, seus conhecimentos prévios, sua experiência pessoal e, também, a
visão que ele tem de outros elementos internos ou externos ao texto, como a imagem que
ele tem do autor e do suporte em que encontra o texto, por exemplo. Retomando o
pensamento de Paulo Freire de que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”,
encontramos o panorama ideal para tal teoria na leitura hipertextual, que conta com as
experiências do leitor para a seleção e construção do sentido do conteúdo a ser lido,
como retoma Xavier:
A leitura do mundo, da realidade que circunscreve o leitor de Paulo Freire passa a ser profundamente alargada pelo hipertexto. Esse, em tese, deve expandir os horizontes de expectativa e de surpresa do leitor a patamares inimagináveis. O hipertexto reúne condições físicas de materializar a proposta paulofreiriana até às últimas consequências. Se para ler / entender a palavra é necessário saber antes ler o mundo, conforme apregoava o educador, o hipertexto vem consolidar esse processo, uma vez que viabiliza multidimensionalmente a compreensão do leitor pela exploração superlativa de informações, muitas delas inacessíveis sem os recursos da hipermídia (2004, p.172).
23
Para localizar-se em meio a tantas informações, não podemos deixar de considerar
também a agilidade necessária ao leitor da internet, que precisa ter alta capacidade de
percepção, uma vez que recebe informações que despertam seus diferentes sentidos ao
mesmo tempo, através da combinação de diferentes mídias, gêneros e linguagens. No
caso das histórias em quadrinhos, a visualidade sempre foi fator primordial para a leitura e
a interpretação. Nas HQtrônicas, isso se torna ainda mais evidente, pois além da leitura
visual, o leitor precisa também fazer escolhas, interagir com essa visualidade por meio de
links.
Para você refletir
Metáfora das Colheres com cabos compridos
Havia um homem que fazia muito tempo vinha pedindo em oração para que Deus
lhe mostrasse como é o céu e como é o inferno. Certo dia Deus apareceu para este
homem, o pegou pelas mãos e o levou a uma viagem ao centro da terra onde se encontra
o inferno, passaram por um grande portão vermelho e logo na entrada, no centro de uma
grande sala, o homem viu uma panela enorme cheia de arroz cozido. Em volta desta
panela havia centenas de pessoas, magras, famintas, clamando por um pouco de
alimento. Na mão de cada um destes infelizes havia uma grande colher de madeira com o
cabo muito longo, que permitia pegar o arroz na grande panela, mas não dava para trazer
o alimento até a boca devido ao comprimento desproporcional do cabo. Todos sofriam e
agonizavam tendo o estomago vazio diante de tamanha fartura.
Em seguida Deus levou o homem até o céu e após passarem por um grande
portão entraram numa sala muito parecida com a que viram antes, havia uma grande
panela de arroz no meio e em volta centenas de pessoas, também com colheres de cabo
longo, todas muito satisfeitas, fartas, felizes, pois estavam muito bem alimentadas. O
homem não entendeu aquilo, como podia ser, por que estes estavam felizes e os outros
não e pergunto a Deus: Meu senhor, eu não entendo, a situação é a mesma, no entanto
estes estão felizes e satisfeitos enquanto os outros estão famintos. Deus com seu olhar
misericordioso explicou: A grande diferença é que aqui todos aprenderam a usar a colher
de cabo comprido para dar comida ao próximo, e um ajudando ao outro puderam matar a
fome material e espiritual.
Moral da história: O Egoísmo: As pessoas no inferno eram egoístas e cada um estava
preocupado com a própria fome, em resolver o seu problema o que impossibilitava de ver
a solução obvia.
24
Altruísmo e trabalho em equipe: As pessoas no céu olharam para aqueles que estavam
ao seu redor e conseguiram ver uma solução simples e lógica pois entenderam que o
problema era o mesmo para todos e que trabalhando juntos poderiam se ajudar.
A Criatividade: A criatividade é um processo que pode ser individual ou coletivo, para
atingi-la é necessário analisar as várias possibilidades que existem ao seu redor e tomar
uma iniciativa comum que resolva o problema e beneficie a todos.
25
Unidade 4 Nesse quarto encontro daremos inicio a discussão sobre como nós educadores
podemos fazer uso das TIC no contexto educacional (blog, redes sociais e outros).
Texto 1
Apontamentos para uso das tecnologias na educação
Diante do que foi exposto até aqui, pretende-se apontar alguns caminhos e
reflexões sobre a utilização das tecnologias na escola. Não são receitas de como usar
essa ou aquela tecnologia e sim iniciar um diálogo com o professor que no decorrer desse
trabalho poderá expor suas experiências e idéias, para que através do estudo, sua
aplicação e avaliação, em conjunto encontrem o caminho, as respostas e as soluções
para minimizar os problemas e as dificuldades de aprendizagem na educação.
Cabe lembrar aqui que a tecnologia por si só não faz a diferença em sala de aula,
mas sim a capacidade do professor de manuseá-la com conhecimento, criatividade e
objetividade. Nossa tecnologia mais antiga e mais usada, ainda é o quadro de giz e
apesar de toda evolução tecnológica, encontramos profissionais que fazem maravilhas
com esse recurso didático, no entanto, Kenski afirma que:
A apresentação oral em uma aula, seja ela feita por professores ou por alunos (nos tradicionais ‘seminários’ ou no relato oral de trabalhos de grupo), mesmo acompanhada de recursos tecnológicos, como o Power point, por exemplo, pode ser muito interessante ou tremendamente cansativa e aborrecida (Kenski, 2008, p. 54).
Ainda, segundo a autora alguns estudos recentes mostram que os alunos mais
jovens, acostumados com as dinâmicas da oralidade televisiva, ficam mais distraídos
quando o professor fala de forma mais lenta e mono tônica. A articulação linear da aula,
em que o professor só fala, para depois responder às perguntas dos alunos, nem sempre
produz os resultados esperados. (...) O tom de voz do professor, a velocidade, a ênfase
na enunciação dos focos do assunto e a própria dinâmica da aula, não tendo o professor
como o único ser falante na sala, a participação ativa, o uso intensivo da comunicação
oral, do diálogo em classe criam outro clima, favorável à aprendizagem (Kenski, 2008, p.
54-55).
Portanto, conforme BABIN (apud Kenski, 2008, p.56) cabe à escola fazer “o uso
paralelo de linguagens e comportamentos educacionais clássicos e de novas abordagens
de ensino ligadas ao uso competente das múltiplas mídias existentes”. Para que a escola
cumpra seu papel de dominar o potencial educativo das tecnologias é indispensável que
os professores reflitam sobre algumas questões como as sugeridas por POCHO (2003,
26
p.108):
(...) de que modo os telejornais operam com as notícias? O que há de implícito/explicito na estrutura narrativa da novela, do outdoor, das campanhas publicitárias, dos filmes de sucesso? Quais são os motivos da sedução exercida pelos videogames? Há somente uma influência do consumismo? Como analisar o fascínio pela linguagem fragmentada dos videoclips ou dos anúncios publicitários?
De posse dessa discussão, levá-la para a classe, após perguntar aos alunos
(individualmente ou em pequenos grupos), sobre os meios de comunicação preferidos; os
programas e as razões de sua preferência; o que o leva a ver TV, ouvir rádio, ler jornais e
revistas e o que o afasta de cada um desses meios de comunicação de massa (Pocho,
2003, p.109) e a partir daí, refletir com o grupo as questões que foram debatidas com os
demais professores anteriormente e outras que poderão ser acrescentadas a essa
discussão, a partir da análise das respostas dos alunos.
Rádio:- os programas de rádio atingem todas as classes sociais e larga faixa etária,
possuem linguagem clara e objetiva, para BRITO e PURIFICAÇÃO (2008, p. 55) “os
nossos alunos, muitas vezes, não sabem da existência das ondas AM e FM, por isso é
importante utilizar pedagogicamente toda a programação, e não apenas os programas
educativos, incitando a análise de tudo o que ouvirem”.
Televisão:- é o meio de comunicação mais utilizado em nossa sociedade, “nossos alunos
estão mais expostos ao conhecimento que a televisão proporciona que àqueles advindos
da escolaridade ou das relações familiares” (Brito e Purificação, 2008, p. 54), cabe ao
professor ajudar os alunos a receberem criticamente todo conteúdo veiculado pela
imprensa televisiva. Como sugerem BRITO e PURIFICAÇÃO (2008), o professor pode
utilizar os programas de qualidade para alimentar sua ação na sala de aula e para
atualizar suas fontes de informações. Mas também pode questionar com eles os
programas do dia-a-dia, como por exemplo, os telejornais:
- quais preferem e por que, o que mudariam nesse telejornal, que semelhanças e
diferenças percebem-nos vários telejornais. POCHO (2003, p.110) cita sugestões
segundo Montezano (apud Chiappini, 2000): (...) em relação aos telejornais, deve-se
perguntar e procurar sempre identificar o porquê da veiculação de um fato de uma
determinada maneira, e não de outra. Isto inclui questionar:
· Cenários: cores; como aparece o apresentador? Como estão dispostos os
equipamentos?
· Técnicas de produção: são usadas vinhetas? Como? Há apresentação de matérias ao
vivo? Como são apresentadas? Como é feito o enquadramento? Quem ou o que aparece
27
em primeiro plano? Como são finalizados os assuntos tratados?
· Entrevistas: como são feitas? Por quem? Onde ficam posicionados os entrevistados e o
entrevistador? Qual o cenário apresentado? Como as respostas dos entrevistadores são
veiculadas? Quanto tempo os entrevistados ficam no ar? Quem manifesta opinião? Todos
os envolvidos no fato têm voz? O que é mais importante? Qual a notícia que tem mais
imagens? Quais são as manchetes? Qual a seqüência das notícias e suas relações? Que
assuntos têm destaque? Houve a necessidade de introduzir notícias agradáveis no final
do telejornal?
Esses são aspectos que devem ser analisados na maior riqueza possível de
detalhes, gerando escritos, por exemplo, por parte do grupo, sendo depois
sistematicamente discutidos. Em POCHO (2003) também são sugeridas atividades como:
a elaboração de um noticiário radiofônico, a partir da gravação de telejornais e de
exemplares de jornais veiculados no mesmo dia; ou a identificação de falhas do telejornal
na veiculação de determinada notícia, mas sempre com o objetivo de analisar
criticamente de modo a perceber se há neutralidade e possíveis interesses ideológicos
por trás da notícia, se ela está contextualizada ou não, se remetem a uma marca de
tempo, se nos levam a refletir sobre causas e consequências dos fatos; pensar na
superficialidade, sensacionalismo, espetacularização, na seriedade ou polêmica que o
fato representa; lembrar que as notícias podem ser fabricadas; perceber porque as
notícias más são sempre seguidas de uma notícia agradável ou de um sorriso de boa
noite do apresentador.
Geralmente não refletimos sobre os meios de comunicação de massa como
produtos culturais, suas conseqüências sociais e ideológicas, por isso a leitura crítica da
comunicação envolve, no caso da televisão, desmistificar a sua credibilidade,
competência, veracidade, imparcialidade, fascínio e autoridade; isto significa que
educadores e educandos passam a assumir o papel de, mais que telespectadores ativos,
analistas e pesquisadores, desvendando mecanismos de produção da informação e suas
intenções (Pocho, 2003, p. 112).
Estas atividades servem como ponto de partida para desenvolver-se junto aos
alunos uma proposta de análise do seu comportamento diante da televisão: desenhos
animados, seriados, aventuras, novelas, comerciais, informação (critérios editoriais e
possível manipulação), jornais impressos e programas radiofônicos (Pocho, 2003, p.113).
E ainda, poderá ser utilizada para análise de filmes, internet, vídeo game, esta reflexão
pode ser ampliada e enriquecida conforme o desenvolvimento da turma.
28
Para KENSKI (1996, apud Veiga 2006, p. 139) “a televisão é o meio tecnológico
mais importante e característico da nova sociedade da comunicação” e sua influência é
tanta que “seduz o telespectador para a adoção da virtualidade de seus sons e imagens
como a principal fonte de realidade e de conhecimento sobre um determinado assunto”;
ou seja; a neve, a superfície lunar, os terremotos passam a ser experiências reais. Hoje o
telespectador já não tem mais o perfil passivo, uma vez que interagem com a televisão
opinando, posicionando-se e influenciando no destino das personagens das telenovelas.
Essas interações e as incorporações dos sons e imagens pela memória dos indivíduos
tornam necessário o trabalho sistemático em sala de aula.
A escola precisa aproveitar essa riqueza de recursos externos, não para reproduzi-
los em sala de aula, mas para polarizar essas informações, orientar as discussões,
preencher as lacunas do que não foi apreendido, ensinar os alunos a estabelecer
distâncias críticas com o que é veiculado pelos meios de comunicação (Kenski, 1996,
apud Veiga 2006, p. 143).
A Secretaria de Estado do Paraná, através da TV Paulo Freire, com fins
exclusivamente educativos, oferece uma programação voltada para a formação
continuada de professores e proporciona fontes de pesquisa para o desenvolvimento dos
conteúdos curriculares. Seus programas estão organizados em quatro categorias:
formação do professor, informativos para a comunidade escolar, programas de conteúdos
complementares ao currículo escolar e campanha de mobilização voltada para ações
educacionais, dessa forma, o professor terá acesso a produções acadêmicas; a história,
cultura, produções artísticas, literárias, científicas e informações sobre o potencial turístico
e ambiental do Paraná; poderá co-produzir programas com seus alunos, valorizando
saberes escolar e permitindo acesso à diversidade regional; entre outras.
Filmes:- seu uso nas escolas brasileiras está relacionado ao vídeo e a televisão e
não ao cinema especificamente. Parece desnecessário dizer que o professor deve assistir
ao filme que irá utilizar para depois planejar as estratégias de motivação e
desenvolvimento da aula. O professor precisa considerar o tipo de aluno e o conteúdo que
irá trabalhar de acordo com os objetivos propostos em seu planejamento.
Segundo KENSKI (1996, apud Veiga 2006, p. 136)
“É preciso que o professor, ao utilizá-los, informe aos seus alunos alguns aspectos que situem o que vai ser visto no contexto do que está sendo trabalhado em sala de aula. É preciso também que a exibição do vídeo seja enriquecida com atividades orientadas, definidas previamente, complementadas com conversas e discussões amplas sobre o tema do programa, após sua apresentação.”
29
A autora sugere que o professor prepare previamente seus alunos para “olharem” o
filme, com atenção e predisposição à análise crítica, e que depois canalize todo o
envolvimento com as cenas vistas na formulação de debates, conversas e atividades
comunicativas entre eles, visando a reflexão crítica e assimilação do conteúdo.
Vídeo:- José Manuel Moran, em seu texto O Vídeo na Sala de Aula, aborda de forma
clara e objetiva a importância do vídeo e da televisão na escola, aponta os usos
inadequados dos mesmos e propõe formas de trabalhar esse recurso em sala de aula.
MORAN (1995) sugere o uso do vídeo como sensibilização – para introduzir um novo
assunto, despertar a curiosidade e motivar para novos temas; como ilustração – para
mostrar o que se fala em sala de aula; como simulação – para simular experiências que
seriam perigosas em um laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos; como
conteúdo de ensino – para mostrar determinado assunto de forma direta ou indireta;
como produção – para documentar o que é mais importante, registrar eventos, aulas,
estudos do meio, experiências, entrevistas e depoimentos, para intervir, modificar um
determinado programa, um material audiovisual, acrescentando uma trilha sonora ou
editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos
significados, interferir num vídeo assim como ele interfere em um texto escrito, como
forma de expressão, uma nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade
principalmente das crianças e dos jovens, tem uma dimensão moderna e lúdica e filmar é
uma das experiências mais envolventes tanto para crianças como para adultos, o s alunos
podem produzir um vídeo dentro de uma determinada matéria ou de um trabalho
interdisciplinar, produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em
lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitos alunos possam assisti-los;
como avaliação dos alunos, do professor e do processo; vídeo- espelho – ver-se na tela
para poder compreender-se, descobrir seu corpo, seus gestos e cacoetes, para incentivar
os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem espaço aos colegas, pra o
professor examinar usa comunicação, suas qualidades e defeitos; como
integração/suporte de outras mídias, para gravar ou reproduzir filmes, documentários,
interagir com o computador, o CDROM, com os videogames e com a Internet.
Sugere que o professor antes da exibição informe aspectos gerais do vídeo (autor,
duração, prêmios...), cheque o vídeo antes, conheça-o e verifique a qualidade da cópia.
Deixe-o no ponto antes da exibição, zere a numeração (apertando a tecla resset), aperte
também a tecla “memory” para voltar ao ponto desejado; cheque o som (volume), o canal
de exibição (3 ou 4), o tracking (a regulagem de gravação e o sistema (NTSC ou PAL-M).
30
Durante a exibição anote as cenas mais importantes; se for necessário (para regulagem
ou para fazer algum comentário rápido) apertar o pause ou still, sem demorar muito nele,
porque danifica a fita; observe as reações do grupo. Depois da exibição volte a fita ao
começo (resset/memory); reveja as cenas mais importantes ou difíceis. Se o vídeo for
completo, exibi-lo uma segunda vez, chamando a atenção para determinadas cenas, para
a trilha musical, diálogos ou situações; passe quadro a quadro as imagens mais
significativas; observe o som, a música, os efeitos, as frases mais importantes.
Propõe alguns caminhos para a análise do vídeo em classe, tais como: análise em
conjunto, análise globalizante, análise concentrada; análise “funcional”, análise da
linguagem, completar o vídeo. Modificar o vídeo, vídeo produção e vídeo espelho e outras
dinâmicas interessantes.
Teleconferência/videoconferência:- Embora o vídeo e a teleconferência não
sejam considerados mídias, eles utilizam diferentes mídias na sua aplicação. São
recursos utilizados geralmente na educação à distância. A teleconferência consiste em
palestra, apresentação ou aula, via satélite, com a possibilidade de interação via fax,
telefone ou internet, enquanto a videoconferência “possibilita a conversa em duas vias,
permitindo que o processo ensino/aprendizagem ocorra em tempo real (online) e possa
ser interativo, entre pessoas que podem ser ver e ouvir simultaneamente” (CRUZ;
BARCIA, 2000, p. 5) A diferença entre elas se dá na forma da interação a
videoconferência permite a socialização entre todas as pessoas ao mesmo tempo, todos
ouvem e falam sem necessidade de troca de mensagens. É um excelente recurso para
aproximar professores e alunos sem a necessidade do deslocamento, porém apresenta
alto custo para implementação, instalação e manutenção.
Para MASETTO (2007, p. 156) a teleconferência deve ser...
(...) precedida de estudos sobre o tema, em que seja abordada a relação do tema com o programa que vem sendo desenvolvido naquele curso, em que sejam passadas informações sobre o pensamento do conferencista, ou sobre os trabalhos que vem desenvolvendo, providências que permitirão um aproveitamento maior das contribuições do professor, um debate no ar com perguntas, aportes, exemplos, debates, enfim, uma teleconferência que não seja um monólogo, mas um diálogo.
Se não houver esse trabalho anterior e posterior a apresentação, ela poderá se
tornar uma atividade isolada e com pouco significado.
Jornal:- como analisam os dois principais jornais de sua cidade ou estado; qual exerce
maior influência sobre a população; existe interferência político-partidária sobre essa
31
mídia na sua cidade/estado; quais são as notícias mais importantes e qual o enfoque
dado; que notícias coincidem com o telejornal, se há diferenças de interpretação; qual é a
opinião do jornal nesse dia (análise dos editoriais, das matérias, que normalmente estão
na segunda ou terceira página e não estão assinadas); há diferença entre ler uma notícia
no jornal, ouvi-la no rádio e vê-la na televisão? Os alunos também podem fazer um jornal
impresso ou em vídeo, com notícias das aulas e da vida deles e o professor discute com
eles como foi o processo de seleção das notícias e de produção do jornal ou telejornal
(MORAN, 1995).
TV Pendrive:- A TV Pendrive ou TV multimídia foi enviada para todas as escolas do
Estado do Paraná, possui entrada para dispositivos USB e leitor de cartões de memória.
Os formatos de arquivo multimídia suportados pelo televisor são:
Arquivos de vídeo: MPEG (MPEG1, MPEG2), DIVX® E XVID.
Arquivos de áudio: MP3 e WMA.
Arquivos de imagem: JPEG.
Por esse motivo, pode-se levar para sala objetos de aprendizagem produzidos em
outras mídias como: computador, filmadoras, máquinas fotográficas, computadores e em
diversas plataformas. Com a conexão USB a integração entre o computador e a televisão
é rápida e prática. Uma boa opção de uso da TV Pendrive em suas aulas é a exibição de
slides criados no computador para apresentar algum conteúdo aos seus alunos durante
uma aula.
Crie seus slides, normalmente, no BrOffice Impress (disponível nos computadores
do PRD). A página da TV Pendrive, no Portal Dia-a-dia Educação, disponibiliza objetos de
aprendizagem prontos para serem baixados para o pendrive, ou seja, já convertidos para
os formatos JPG, MP3, MPEG1, MPEG2, DIVX ou XDIV. Esses objetos de aprendizagem
são: sons, imagens, animações, vídeos, enfim, materiais que ilustram suas explicações,
com o objetivo de contribuir para a aprendizagem de conteúdos escolares. Antes de
utilizá-los, verifique a lei de direitos autorais em anexo.
Além da página da TV Pendrive, você encontrará, no Portal Dia-a-dia Educação, a
página de Objetos de Aprendizagem. A diferença entre os dois meios é que, na página da
TV Pendrive, você encontrará objetos para serem inseridos no pendrive e na TV, já na
página “Objetos de Aprendizagem”, você encontrará materiais para usar em outras mídias
como computador e aparelho de som.
A página “Objetos de Aprendizagem” pode ser acessada através da página inicial
(home) do Portal Dia-a-dia Educação. Enriqueça o conteúdo das suas aulas! Fique à
32
vontade para pesquisar objetos de aprendizagem na internet e tornar sua aula ainda
melhor. (Portal Dia-a-dia Educação, em 27/10/08). Mas atenção: antes de colocar seu
pendrive na TV, abaixe o volume para evitar um susto e antes de retirá-lo desligue a TV
ou mude para outro canal (botão TV/player no controle remoto). Ao utilizar recursos de
imagem, áudio e vídeo observe se há restrições de uso, respeitando assim os direitos
autorais.
No portal o professor poderá encontrar mais detalhes sobre a TV pendrive, bem
como sugestões de atividades e links para consultas.
Computador:- Na busca para facilitar seu trabalho o homem desenvolveu vários
instrumentos para auxiliá-lo e o ábaco foi um deles, tão simples e eficaz que não sofreu
alterações ao passar de uma civilização para outra, e segundo BRITO (2008, p. 39) é
considerado o primeiro dos computadores. Na década de 40 aparecem os computadores
modernos, que eram eletromecânicos, em 1946 foi construído o primeiro computador
eletrônico, porém somente na década de 70 surgem os microcomputadores que
chegaram ao mercado na década de 80, mas foi à criação de programas de edição de
textos e planilhas que os tronaram popular.
Na educação a informática chega para o setor administrativo, na década de 70. A
partir daí surgem diversos projetos com o EDUCOM (Educação e Computador),
FORMAR (Formação de especialistas na área de informática para educação), PRONINFE
(Programa Nacional de Informática educativa), PROINFO (Programa Nacional de
Informática na Educação) entre outros, no Paraná, mais especificamente, o Paraná Digital
(PRD). Houve também um grande investimento em softwares educativos “cuja proposta
era integrar o trabalho nos laboratórios de informática com as disciplinas curriculares,
proporcionando ao educando a construção do conhecimento” BRITO (2008, p. 67). Estes
softwares foram classificados em abertos, semi-abertos e fechados, estes dois últimos
considerados tradicionais por estabelecerem com o aluno uma relação de estímulo e
resposta. A falta de conhecimento tanto teórico como prático pelos profissionais da
educação, gerou desapontamento quanto ao seu uso.
Para BRITO (2008, p. 79) o computador como tecnologia educacional exige uma
mudança de postura do professor, pois o aluno domina muito mais essa tecnologia do que
ele, portanto sua interação com os alunos é necessária para o bom andamento do seu
trabalho pedagógico. Encontra-se no mercado um grande número de softwares
educacionais, porém poucos atingem seu verdadeiro objetivo, o de “propiciar condições
para que o aluno aprenda a buscar informações e saiba usá-las ao invés de recebê-las e
33
memorizá-las, esquecendo-as rapidamente” (BRITO, 2008, p. 89).
Segundo BRITO (2008, p. 90) eles classificam-se em 5 categorias: Exercício e
prática que normalmente privilegiam a memorização e podem servir para exercitar,
corrigir os resultados e detectar incorreções, têm como vantagem permitir a correção
imediata do erro, com eles pode-se trabalhar capitais de países ou estados, elementos da
tabela periódica, nomes das partes do corpo humano, resoluções de operações
algébricas, etc.; os Tutoriais onde o programa atua como um tutor, “instrui” o aluno e
através de perguntas verifica se ele compreendeu a lição, pode realizar funções de
avaliação (diagnósticos inicial, contínuo e final), são úteis para alunos com problemas de
aprendizagem, porque eles podem repetir a lição tantas vezes quanto for necessário sem
que se sintam inibidos; os Tutores inteligentes apresentam um conteúdo específico
dentro de uma estrutura mais aberta, não linear, podem centrar-se na descoberta, onde
opta-se primeiro pelo problema e depois pelo conteúdo ou somente na explicação, ou
seja, primeiro o conteúdo e depois os problemas; os Simuladores onde os conteúdos
abordados são mais divertidos e seguros, possibilitam ensinar temas de enorme
dificuldade de compreensão e permitem que os alunos experimentem todas as
possibilidades que não seriam possíveis em uma situação real, como simular a
transmissão de epidemias, os terremotos, o crescimento de uma árvore, estudar reações
químicas e observar moléculas interagindo na tela e os Jogos educativos cuja principal
característica é a exploração do sentido lúdico dos indivíduos e de suas fantasias para um
bom desenvolvimento psicossocial, para a solução dos problemas propostos exige-se dos
alunos a aplicação de regras lógicas, eles são inseridos em um “ambiente onde aprendem
fatos, fazem inferências e testam hipóteses que propiciam a antecipação dos resultados,
bem como o planejamento de estratégias de solução”(BRITO, 2008, p. 95).
Além dessas categorias existem as linguagens de programação, que permitem
ajudar a melhorar o pensamento, o raciocínio lógico e acelerar o desenvolvimento
cognitivo, embora haja controvérsias à esse respeito. A linguagem de programação mais
conhecida é a LOGO, criada por Parpet. Há também, as ferramentas ou aplicativos de
uso polivalente como os processadores de texto, planilhas, bancos de dados, entre
outras, que ajudam a organizar, processar, armazenar, recuperar e transmitir informações.
“Os editores de textos são programas que permitem escrever, ajustar, transferir, copiar,
recortar, modificar, compor, decompor, gravar e imprimir todos os tipos de textos”
(BEHRENS, 2007, p. 97). Há ainda os programas de criação de apresentação que
podem ser explorados com fins didáticos, como o power point, programa para confecção
34
de slides que contempla textos, imagens e gráficos e que pode ser impresso e convertido
em transparências para retroprojetor ou projetado pelo datashow ou equipamento
semelhante.
O CD-ROM assim como o power point “são técnicas multimidiáticas e
hipermidiáticas que integram imagem, luz, som, texto, movimento, pesquisa, busca, links,
já organizados neles próprios ou com possibilidade de torná-los presentes através de
acesso à Internet” (MASETTO, 2007, p. 162), deverão funcionar como incentivadores de
atividades de reflexão, debate, pesquisa, redação entre outras; com o objetivo de
favorecer a aprendizagem e a interaprendizagem.
Para BRITO e VERMELHO (1996) apud BRITO (2008, p. 98)
(...) o computador na escola não deve mais ser encarado apenas como um mero suporte, nem como um meio pelo qual o professor poderá mudar sua postura, mas, sim, deve ser incorporado no cotidiano do meio social escolar enquanto um recurso desenvolvido pela humanidade que tem muitas possibilidades ainda não descobertas.
O desenvolvimento dessas atividades se dá off-line, ou seja, não é necessário
estar conectado a internet para realizá-las, porém podem ser utilizadas através dela.
Internet:- A internet é uma “rede de redes de computadores que se comunicam de forma
transparente ao usuário, através de um protocolo comum TCP/IP (Protocolo de Controle
de Transferência/Protocolo Internet)” (KENSKI, 2008, p. 137). Através dela todos os
usuários podem estar em contato com outros usuários, que estejam conectados a ela, em
qualquer parte do mundo. A internet nasceu nos Estados Unidos da América em 1969, no
auge da Guerra Fria, tendo como principal conceito o de ser uma rede de computadores
em que todos os pontos se equivaliam, sem haver uma administração central, justamente
para evitar que, em caso de um bombardeio, toda a rede parasse (BRITO, 2008, p. 101).
Por duas décadas seu uso ficou restrito aos ambientes acadêmico e científico. Na
década de 90 promoveu grandes mudanças transformando as relações e comunicações
globais, BRITO (2008), nessa mesma época, houve um direcionamento da internet para a
educação que se encontra em plena expansão. Esse direcionamento traz inúmeras
possibilidades, mas também, desafios e incertezas, que serão sanados à medida que os
professores forem pesquisando, estudando e discutindo todas as possibilidades positivas
e negativas que ela oferece. Através dela os jovens aprendem entre si, mesmo que
estejam em cidades ou países diferentes, pois não há necessidade de treinamento ou
formação específica para acessar e manipular a informação, KENSKI (2008 p. 51), há
comunicação direta entre autores e leitores e todos podem ser autores e trocar
35
informações e conhecimentos com todo mundo.
(...) com a Internet dispomos de um recurso dinâmico, atraente, atualizadíssimo, de fácil acesso, que possibilita o ingresso a um número ilimitado de informações e dá a oportunidade de contatar todas as grandes bibliotecas do mundo inteiro, os mais diversos centros de pesquisa, os próprios pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais, os periódicos mais importantes das diversas áreas do conhecimento. Todavia essa acessibilidade traz a tona outros problemas, como as pesquisas que o aluno entrega aos professores, sem ao menos ler e compreender o que foi “pesquisado”, pois como explica BRITO (2008), ele faz uma “pescópia”, ou seja, procura o tema na internet, copia e cola em uma página do Word, imprime e entrega para o professor; sem contar a facilidade em que eles têm para encomendar os trabalhos escolares on-line, atitudes estas, que tornam esse tipo de atividade pouco eficaz. Para um bom aproveitamento do uso das tecnologias em sala de aula, o professor precisa conhecer seus alunos, estabelecer uma relação de empatia, descobrir o conhecimento que eles têm sobre as tecnologias e utilizar esse conhecimento para desenvolver sua atividade, esse processo de parceria entre professor e aluno, estabelece uma relação mais forte e favorece as condições de aprendizagem dos alunos de modo geral. Para Moran (2007, p. 46) “o professor – tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta que pressupõe a participação dos alunos – pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos”.
Assumir uma nova postura frente à sala de aula, não é fácil, exige do professor a
pré-disponibilidade para o novo, a disposição para o estudo, para a pesquisa, para a troca
de informações, conhecimentos e experiências, para errar e acertar, mas, sobretudo, para
crescer e dessa forma transformar suas aulas e as relações na escola. É um processo
mais lento para uns e mais rápido para outros, mas cada um no seu ritmo deve começar
essa caminhada de iniciar a aula na sala e continuar além dela. A utilização da internet
como recurso didático, faz com que a sala de aula se abra para,
(...) o restante do mundo e busca novas parcerias e processos para ensinar e aprender. Comunicações entre alunos e professores se tornam comuns, fora da sala de aula. Professores e alunos são contatados via e-mail em qualquer lugar, a qualquer hora. Dependendo do assunto, listas de discussões, fóruns e chats acontecem cada vez com mais freqüência. As aulas se deslocam dos horários e espaços rígidos das salas presenciais e começam a criar vida de forma cada vez mais intensiva no ciberespaço. O ensino mediado pelas tecnologias digitais redimensiona os papéis de todos os envolvidos no processo educacional. Novos procedimentos pedagógicos são exigidos. Em um mundo que muda rapidamente, professores procuram auxiliar seu aluno a analisar situações complexas e inesperadas; a imaginação criadora, a sensibilidade tátil, visual e auditiva, entre outras. O respeito às diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos que os professores procuram trabalhar com seus alunos. Aprender a ser – professores e alunos – cidadãos do país e do mundo é uma necessidade advinda com as parcerias nos projetos educacionais em rede (KENSKI, 2008, p.93).
Mas conforme o tipo de atividade que se realize através da internet, pode-se
36
manter a forma tradicional do ensino, pois se o objetivo for apenas a transmissão de
informações ou aquisição de destreza ela perde seu caráter dinâmico e atual, e a
aprendizagem deixa de ser significativa para o aluno. Há diversas formas para o professor
utilizar a internet como recurso pedagógico, uma vez que ela permite pesquisar, simular
situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, idéias,
produzir novos textos, avaliações e experiências. MORAN (2007, p. 45) sugere ao
“professor criar uma página pessoal na internet, como espaço virtual de encontro e
divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno”, pois ela pode
ampliar o seu trabalho, divulgar suas ideias e propostas, ser um ponto de encontro
permanente com seus alunos.
O autor indica alguns programas disponíveis na Internet que facilitam a criação de
ambientes virtuais e permitem ao professor disponibilizar seu curso, orientar seus alunos
a criarem suas páginas, participarem de pesquisas em grupo, discutirem os assuntos em
fóruns ou chats, como por exemplo: o Eureka da PUC de Curitiba, o Learning Space da
Lotus-IBM, O WEBCT, o Aulanet da PUC do Rio de Janeiro, o Firstclass, o Universite, o
Blackboard; onde as interações ficam registradas e as entradas e saídas os alunos são
monitoradas. MORAN (2007, p. 45-46). Sugere ainda a criação de uma lista eletrônica
com os e-mails de todos os alunos, para criar uma conexão virtual permanente entre
professor e alunos, levando informações importantes para o grupo, orientação
bibliográfica, de pesquisa, para dirimir dúvidas, trocar sugestões e enviar textos e
trabalhos.
A lista eletrônica é um novo campo de interação que se acrescenta ao que começa
na sala de aula, no contato físico e que depende dele. Se houver interação real na sala, a
lista acrescenta uma nova dimensão, mais rica. Se no presencial houver pouca interação,
provavelmente essa interação também não ocorrerá no virtual (MORAN, 2007, p. 46).
Propõe ainda as Aulas-informação, nas quais o professor mostra alguns cenários,
algumas sínteses, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema e as Aulas-
pesquisa, onde professor e alunos procuram novas informações, cercam problemas,
desenvolvem experiências, avançam em um campo desconhecido. Cabe lembrar que
existe uma ferramenta na Web, as chamadas páginas de procura ou busca, que a partir
de palavras-chave, apontam todos os textos relacionados ao tema, disponíveis na rede.
MORAN (2007) sugere que os grandes temas da matéria sejam coordenados,
iniciados, motivados pelo professor e pesquisados pelos alunos, ora individualmente ora
em grupo. A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando somente o
37
tema sem referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo com a
sua experiência e seu conhecimento prévio. Isso permite ampliar o leque de opções de
busca, a variedade de resultados, a descoberta de lugares desconhecidos pelo professor.
Eles vão gravando os endereços, os artigos e as imagens mais interessantes em disquete
e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão
salvando. O professor incentiva a troca constante de informações, a comunicação,
mesmo parcial, dos resultados que vão sendo obtidos, para que todos possam se
beneficiar dos achados dos colegas. O professor estará atento aos ritmos, às
descobertas, servirá de elo entre todos, será o divulgador dos achados, o problematizador
e principalmente o incentivador. Depois de um tempo, ele coordena a síntese das buscas
feitas, organiza os resultados, os caminhos que parecem mais promissores (MORAN,
2007, p. 47).
O aluno passa a ser co-pesquisador, pois seu trabalho enriquece o material
preparado pelo professor no seu planejamento. Os alunos apresentam verbalmente para
a classe o resultado de suas pesquisas e enviam um resumo escrito, pela lista eletrônica
à todos os participantes. Nesta atividade todos perguntam, participam e complementam,
até mesmo o professor, que irá contextualizar, problematizar e ampliar o universo
alcançado pelos alunos. Outra forma interessante de trabalho proposta por Moran (2007,
p. 49-51) é a construção cooperativa, através de um site provisório, interno, sem
divulgação; ou de um conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos, cria-se uma
página como um espaço virtual de referência, aonde os alunos vão colocando textos,
endereços, análises, pesquisas, que posteriormente poderá ser disponibilizado ao público
externo.
Nesta atividade os alunos combinarão o que fazer em sala de aula e o que farão a
distância, pois poderão se comunicar e acessar os materiais construídos em conjunto em
sua Home Page, na hora que for mais conveniente para cada um. Poderão ingressar nos
sites das bibliotecas e universidades brasileiras. Ao criar sua Home Page é sempre
importante que o professor descreva passo a passo sua proposta, ofereça aos alunos
algumas sugestões de endereços eletrônicos, bem como, organize os endereços que os
alunos forem encontrando na rede. Segundo BEHRENS (2007, P. 99) “a pesquisa de
dados, a assinatura de revistas eletrônicas e o compartilhamento de experiências em
comum podem vir a anexar um novo significado à prática docente”, pois se utilizada com
critério, pode tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo, pois
propicia a criação de ambientes ricos, motivadores, interativos, colaborativos e
38
cooperativos. Os chats e fóruns permitem que alunos e professores compartilhem
informações sobre determinados assuntos através dos grupos de discussão. GADOTTI
(1999, p. 254 apud BEHRENS, 2007, p. 116) esclarece que:
A informatização na Web está organizada num conjunto de nós e “links”. Usando a Web, os professores podem criar suas páginas na rede para guiarem os seus alunos por esta nova geografia mundial, para socializarem trabalhos de alunos, enviar resumos, exercícios, bibliografias, programas, etc. o educador pode também fazer links sobre a matéria para páginas relacionadas com o assunto, para que os alunos possam ter uma visão mais realista da matéria. (...) criar páginas Web é uma tarefa simples. Podem ser construídas através de programas como Toolbook ou Front Page que é a linguagem que a Internet entende.
Além da Home Page, o professor pode dispor do chat, fórum ou bate-papo on
line, uma interface gráfica que possibilita conversa com diversas pessoas ao mesmo
tempo. Ele pode ser exclusivo do grupo ou permitir a entrada de outros alunos. Para
MASETTO (2007, p. 156) este é um momento onde os participantes expressam suas
idéias e associações de forma livre, dessa forma...
(...) possibilita-nos conhecer as manifestações espontâneas dos participantes sobre determinado assunto ou tema, aquecendo um posterior estudo e aprofundamento desse tema; possibilita-nos também preparar uma discussão mais consistente, motivar um grupo para o assunto, incentivar o grupo quando o sentimos apático, criar ambiente de grande liberdade e expressão.
Essa atividade exige do professor um acompanhamento detalhado para
posteriormente direcioná-la para o que se espera, deve ser orientada para a busca de
uma síntese das idéias apresentadas; para leituras de um determinado site. Ou de um
texto previamente anexado, ou outra atividade que se fizer necessária.
Outro recurso é o correio eletrônico, através dele os alunos poderão trocar
informações e imagens via e-mail independente do horário da escola. O professor poderá
se comunicar com todos os alunos ou apenas com alguns deles em particular. Segundo
MASETTO (2007, p. 159) “este é um recurso importante para a aprendizagem dos alunos
porque os coloca em contato imediato, favorecendo a interaprendizagem, a troca de
materiais, a produção de textos em conjunto”. Mas é necessário que o professor tenha
disponibilidade para responder os e-mails dos alunos e lembrar que a quantidade de e-
mails recebidos pode ser enorme e desse modo deverá pensar em uma alternativa para
resolver este problema. Ao conhecer as dificuldades e necessidades dos alunos, muitas
vezes as respostas deverão ser individuais e diferentes de um aluno para outro, assim
como acontece numa situação presencial.
Há ainda a lista de discussões, que segundo MASETTO (2007, p. 157) é uma
39
técnica que “cria on-line grupos de pessoas que possam debater um assunto ou tema
sobre o qual sejam especialistas ou tenham realizado estudos prévios”. Tem por objetivo
produzir um trabalho de qualidade, partindo das discussões sobre o conhecimento,
informações ou experiências do grupo. O professor atuará nesse grupo reorientando as
discussões e oferecendo um feedback para dinamizá-la, porém não deverá fazer
interferências diretas a fim de resolver os problemas ou responder às dúvidas que
apareçam, e nunca deve fechar o assunto. Esta atividade exige um tempo maior para ser
realizada uma vez que não há necessidade de todos os participantes interagirem
simultaneamente on-line.
O blog ou weblog, também pode ser um grande aliado para a educação, pois
conforme KENSKI (2008, p. 122) “seu conteúdo abriga uma infinidade de assuntos:
agendas, piadas, links, notícias, poesias, idéias, fotografias, enfim, tudo o que a
imaginação do autor permitir”. Por ser uma espécie de diário, na forma de página da web
que precisa manter-se atualizado e que pode ser facilmente construído, é possível que
cada aluno tenha seu blog no site da escola, onde ele possa postar resumos, anotações,
exercícios e interagir com outros alunos e pessoas que visitem as páginas, recebendo e
oferecendo informações e colaboração na realização das atividades escolares. Se usarem
senhas poderá restringir o acesso de pais, professores, alunos ou de outras pessoas da
rede a determinadas partes de seu diário.
Um ponto fundamental do trabalho na Internet é a avaliação, que segundo
BEHRENS (2007) é processual e intermitente, depende do envolvimento e dedicação do
aluno o tempo todo, que pra isto, precisa ter acesso sobre seu andamento e desempenho
no processo. Esta avaliação não é apenas do trabalho individual, mas é também uma
avaliação da participação nos trabalhos em grupo. O uso das tecnologias como mediação
da aprendizagem necessita que a avaliação seja considerada um processo integrado ao
processo de aprendizagem (MASETTO, 2007, p. 164), que ela seja um processo de
feedback trazendo as informações necessários para o desenvolvimento da aprendizagem,
servindo como elemento motivador e incentivador, como forma de orientar o aluno em
suas dificuldades, informando o aluno se está progredindo ou não em direção aos
objetivos propostos.
Essa informação é comunicada ao aluno pelo professor que analisa suas
atividades e imediatamente lhe informa se estão corretas ou não, se é interessante uma
informação que incentive o aluno a avançar ainda mais para além do que já aprendeu, se
se trata de pedir que refaça aquela mesma atividade ou outra que a substitua (o que em
40
geral dá mais resultado) para aprender e marcar nova data de entrega. Por vezes, a
informação (não a nota) pode vir de outro colega ou de um grupo que analisa as
atividades de outro colega ou de outro grupo e eles se oferecem feedback mutuamente.
Essa informação, mais do que “julgamento” ou “sentença”, certa ou errada, aprovada ou
não aprovada, apresenta-se como um estímulo para se aprender agora, durante o curso,
com outras oportunidades (MASETTO, 2007, p. 165).
Este trabalho de avaliação é detalhado e permite ao professor acompanhar passo a
passo o aprendizado de seus alunos e aos alunos que percebam seus avanços e suas
dificuldades. Considerando a importância que a tecnologia tem hoje na sociedade
contemporânea, cabe aos educadores, através da análise, reflexão e discussão, encarar
o desafio que lhes é proposto e encontrar meios de adequar o uso das tecnologias ao
ambiente escolar, pois como afirma BRITO (2008, p.111).
Do livro ao quadro-de-giz, ao retroprojetor, à TV, ao vídeo e ao laboratório de
informática, a escola vem tentando dar saltos qualitativos, sofrendo transformações que
levam junto um professorado mais ou menos perplexo, que se sente muitas vezes
despreparado e inseguro frente ao enorme desafio que representa a incorporação do
computador ao cotidiano escolar. Portanto, a situação professor versus tecnologias não
tem mais lugar em nossas escolas. É hora de pensarmos em: professor + computador +
recursos pedagógicos + livros + quadro de,giz = professor que age, planeja, integra
conhecimentos (BRITO, 2008, p. 212). E esse despreparo e insegurança só serão
vencidos se o professor se dispuser a enfrentá-los, a tirar proveito do que a tecnologia
tem a oferecer e aliá-la as demais práticas pedagógicas já incorporadas ao cotidiano
escolar. O fato dos alunos não possuírem computador em casa não impossibilita o
trabalho em sala de aula, pois eles arrumam um jeito de ter acesso a eles, nem que seja
em Lan Houses (espaços comerciais em que se disponibilizam computadores e redes
para acesso dos usuários). Portanto, é hora de ir à luta e vencer mais esse desafio:
redimensionar o papel do professor para este novo modelo de sociedade, que exige
cidadãos conscientes, que saibam lidar criticamente, com as sucessivas transformações
do conhecimento.
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Unidade 5 ou oficina pedagógica I
Como montar um blog
No encontro e hoje daremos inicio da construção de um blog - é um site de fácil
utilização, onde você pode postar rapidamente o que pensa; interagir com as pessoas e
muito mais. O blog é um diário pessoal, uma tribuna diária, um espaço interativo, um local
para discussões políticas, um canal com as últimas notícias, um conjunto de links. O blog
pode ter a forma que a pessoa quiser. Há milhões de blogs, de todos os tamanhos e
formatos. Na verdade, não há regras. Dito de forma simples, o blog é um site onde você
está sempre escrevendo coisas. As novidades aparecem na parte de cima, para que os
visitantes vejam. Em seguida, eles podem fazer comentários sobre a novidade,
acrescentam um link ou enviam emails, se assim quiserem. Posteriormente os blogs
passarão a compor o website - Conjunto de páginas ou lugar no ambiente da web da
internet que é ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até
vídeos) de uma empresa ou de uma pessoa, neste caso desta escola.
Como fazer um Blog
O Blogger possui uma interface agradável e muito simples de usar (ideal para
utilizadores com pouca experiência). O serviço não coloca limites no número de
publicações, dando liberdade para publicar todo conteúdo que desejar.
Para criar um Blog, comece por aceder ao Blogger e faça login com a sua conta
Google. Você poderá fazer login usando a sua conta Google Mais, YouTube, Orkut ou
Gmail. Caso não possua uma conta Google, poderá criar uma gratuitamente. Poderá criar
uma gratuitamente acedendo ao seguinte link: Criar conta Google. Em seguida, clique no
42
botão “Blogue Novo” e digite o título e respetivo endereço que pretende usar (depende da
disponibilidade). Esta parte é muito importante, você deverá dar um nome fácil de
memorizar pelos seus visitantes, e ao mesmo tempo, relacionado ao tema que você irá
abordar.
Por fim, selecione um template para o seu Blog e clique no botão “Criar Blogue”.
Você poderá alterar o template do seu blog mais tarde. Uma simples busca na Internet
permite encontrar milhares de templates gratuitos no seu Blog (recomendamos o
diretório BTemplates), ou criar o seu próprio template para o Blogger.
O seu blog está pronto.
Personalizar o seu Blog
Após criar o seu blog, deverá definir qual será o visual da sua página. Poderá optar por
fazer o download de templates para o seu Blog ou criar o seu próprio template. Veja como
fazer aqui:
Download templates para Blogger;
Como criar templates Blogger.
Em seguida, poderá começar a postar o seu conteúdo, acedendo ao Painel de
Controlo do seu blog e selecionando “Nova Mensagem”. Poderá inserir fotos, vídeos do
YouTube ou simplesmente texto. A edição do seu texto é bastante simples (o “interface” é
muito semelhante ao Word).
Vídeos
43
Como inserir fotos no blog
Como inserir vídeo do YouTube no blog
Contador de Visitas
Um contador de visitas é essencial para controlar a evolução do seu Blog. O
Montar um Blog aconselha o Google Analytics, este serviço fornece várias informações
essenciais das suas páginas. Veja como inserir o Google Analytics aqui: Tutorial Google
Analytics.
Formulário de Contacto para Blog
Manter o contacto com os seus leitores é igualmente essencial. Para inserir um
formulário de contacto poderá utilizar o Wufoo (novamente gratuito). Para isso, consulte o
seguinte artigo: Criar um Formulário de Contacto para Blog.
Existem outras formas de manter o contacto com os seus visitantes, por exemplo:
Inserir um Chat no Blog
Colocar chat (com Webcam) no Blog
Barra de pesquisa
Adicione uma barra de pesquisa no seu blog, para que o seu leitor possa encontrar
o conteúdo pretendido facilmente. Para isso, realize os procedimentos do seguinte
artigo: Barra de Pesquisa no Blogger
Vídeo
Como montar um blog passo a passo
https://www.youtube.com/watch?v=6rU9JgM_kck
44
Unidade 6 ou oficina pedagógica II
No encontro de hoje vamos dar continuidade à criação do blog. Para aqueles que
não conseguiram terminar no nosso último encontro poderão fazer hoje e para aqueles
que terminaram o desafio de hoje será compartilhar um documento PDF no seu blog e há
várias maneiras para isso, no entanto embuti-lo pode ser a mais conveniente. Os leitores
poderão ler o arquivo na sua página sem ter que baixar ou clicar em um link. Para se
embutir um arquivo PDF no Blogger, você precisará utilizar um site de hospedagem de
sua preferência e algumas linhas de código.
Instruções 1) Encontre um serviço de hospedagem de arquivo e faça o que for necessário para
fazer o upload de seu arquivo PDF. Alguns sites pedem para que usuários novos
cadastrem-se antes de qualquer utilização do site, enquanto outros não. Há
alguns sites populares que servem como servidores de arquivo, como o Scribd e
MediaFire.
2) Clique no botão ou link "Embed". O site fornecerá algumas linhas de código que
você usará para embutir seu arquivo PDF no post do seu blog. Clique no botão
"Copy" para copiar o código embutido, ou selecione o código e aperte o botão
direito do mouse e selecione "Copiar".
3) Vá para seu Blogger, e abra o post no qual quer embutir o PDF. Clique no ícone
do lápis no final do post para abrir a edição. Se desejar embutir o arquivo em um
novo post, clique em "New Post" na caixa de ferramentas no topo da janela.
4) Clique na aba "Edit HTML" acima do espaço para o texto. Aperte com o botão
direito do mouse no lugar onde queira que seu documento apareça e clique "colar"
para inserir o código.
5) Clique no botão "Preview" no fundo da área de edição para ver seu PDF embutido
antes de publicar o post ou clique "Publish Post" para ver o resultado final.
45
Unidade 7 Ao findarmos este grupo de estudo se faz necessário fazer uma avaliação. Para
isso responda o seguinte questionário:
1 ) você tinha algum conhecimento prévio quanto ao assunto abordado ?
( ) vagos
( ) alguns
( ) bons
( ) amplos conhecimentos
2) O tema/curso realizado:
( ) não me proporcionou conhecimentos além dos já possuídos
( ) proporcionou-me novos conhecimentos sobre o assunto
3) No decorrer do grupo de estudo, você teve oportunidade de reformular conceitos e
pontos de vista que tinha a respeito do assunto.
( ) tive ( ) não tive
Quais
4) Quanto a aplicabilidade os conteúdos abordados podem ser aplicados em sua vida
profissional:
( ) muito pouco do que se falou tem aplicação prática na minha vida profissional
( ) grande parte do que se falou tem aplicação prática na minha vida profissional
5) O grupo de estudos ofereceu aos participantes oportunidades de trocarem experiências
entre si:
( ) pouquíssimas
( ) poucas
( ) algumas
( ) inúmeras
6) quanto ao material de estudos você os considera como:
( ) suficiente
( ) insuficiente
46
Palavras finais
Na atualidade vivemos várias transformações e na escola como instituição social
que é também vivemos essas mudanças. E as inovações tecnológicas influenciam a
forma de ensinar bem como de aprender e cabe os educadores se apropriarem destas
tecnologias para fomentar suas aulas tornando-as mais atrativas para crianças e
adolescentes.
Diante disso espero que a proposta trazida por meio deste caderno temático tenha
contribuído de forma relevante para este novo modelo de educação. Haja vista, que esse
novo molde requer que os agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem
tenham clara a necessidade de ruptura com o antigo modelo de ensinar aquele giz e
quadro, em que o professor era o único detentor do conhecimento e passem a ser
mediadores desse mesmo conhecimento fazendo uso das novas tecnologias. Com isso
os educandos aprenderão a manipular as informações e posteriormente construirão novos
saberes sendo sujeitos das mudanças e do seu aprendizado.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 6 ed. São Paulo,: Cortez, 2008. ALMEIDA, F. J.; VALENTE, J. A. Visão Analítica da Informática na Educação no Brasil: A Questão da Formação do Professor. Disponível em: <http://www.proinfo.gov.br>. Acesso em: 02 de jul. 2015. ALMEIDA, D. Segunda Lei da Termodinâmica. Recursos Digitais e Ensino da Química. Tese de Mestrado de Química para o Ensino. Porto: Faculdade de Ciências da Universidade Porto (2004). BABIN, P. Os novos modos de compreender. São Paulo: Paulinas, 1989. BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba, PR: Champagnat, 1999. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (1a à 4a série) Volume 2 - Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008. DEMO, P. Educação hoje: “novas” tecnologias, pressões e oportunidades. São Paulo: Atlas, 2009. GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. 2a ed., São Paulo,SP: Editora Cortez, 1993. FERREIRO, E. Valoriza as novas Tecnologias. Disponível em http://www.planetaeducacao.com.br/ambientevirtual/conteudo2008/conteudomensagem.asp?ID_POSTAGEM=119&siteArea=64&assuntoid=41. Acesso em: 03 de junho de 2015. KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007. Marcuschi, L. A. Análise da Conversação. São Paulo: Editora Ática, 2006.96 p. MASETTO, M. T. In MORAN, J.M; BEHRENS, M.A; Novas tecnologias e mediação pedagógica. 3 ed. Campinas, SP: Papirus, 2009, p.143-173. _______________. Mediação pedagógica e uso da tecnologia; In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 8a. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2000, p.133-173. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2008, p.135, vl. 2. _________________________Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental Secretaria de Educação Básica. Brasília,(BRASIL, 1997)
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