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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
O USO DE SOFTWARE EDUCACIONAL COMO RECURSO AUXILIAR
NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
José Cláudio Ranucci1
João Coelho Neto2
RESUMO
A sociedade contemporânea é movida por recursos tecnológicos, mas as escolas com raras exceções, continuam trabalhando de forma tradicional – aulas expositivas, quadro e giz, tornando a aula desinteressante e por isso, não atraindo a atenção dos estudantes, particularmente no ensino de Matemática. Buscando alternativa para superação desta realidade, foi desenvolvido o Projeto de Intervenção Pedagógica, no Colégio Estadual Nóbrega da Cunha, de Bandeirantes, com os professores que atuam no nível de Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). O estudo foi de natureza qualitativa, coletado mediante questionários e entrevistas com professores de Matemática. Desenvolveu-se também, atividades com Grupo de Trabalho em Rede (GTR), com professores e professoras de Matemática, de diferentes municípios do Estado do Paraná. Espera-se com este artigo, contribuir para a ampliação da concepção do uso da tecnologia como forma de proporcionar recurso alternativo para despertar o interesse dos estudantes e também auxiliar na aprendizagem de Matemática.
Palavras-chave: Matemática. Tecnologia. Software. Educação.
1 INTRODUÇÃO
A falta de motivação para ensinar Matemática tem colaborado para o
desinteresse de estudantes (REIS, 2006), porém, cabe a escola e aos professores,
buscarem novas estratégias de ensino, de modo a tornar o aluno um agente na
construção do próprio conhecimento. Assim, o uso de software educacional como
estratégia para o ensino e aprendizagem de Matemática, torna-se um recurso
interessante e desafiador para despertar o gosto pela disciplina.
O uso desta estratégia no ensino provoca uma mudança de visão do papel do
professor em relação ao ato de ensinar matemática, ou seja, o professor se
apresenta como um questionador, mediador e estimulador da aprendizagem no
processo de construção do conhecimento pelo aluno.
1 Pós-graduado em Matemática pela Universidade Norte do Paraná. Graduação em Ciências –
Habilitação em Matemática. Professor do Colégio Estadual Nóbrega da Cunha, Bandeirantes - PR. Contato: [email protected] 2 Doutor em Informática. Professor do Colegiado de Matemática, UENP - Campus de Cornélio
Procópio - PR. Contato: [email protected].
Essas constatações definiram o Projeto de Intervenção Pedagógica
desenvolvido no programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), do Estado do
Paraná, no primeiro semestre de 2014, cujos resultados são apresentados neste
artigo que procurou atender a necessidade de estimular e motivar os professores
para o uso dos recursos tecnológicos.
Evidenciou-se, por meio dos estudos a urgência de uma reflexão acerca de
novas estratégias pedagógicas que contribuam para a facilitação do processo de
ensino e de aprendizagem da Matemática, ao mesmo tempo, em que estimulem nos
alunos o pensamento independente, o que lhes permitirá a utilização de recursos e
instrumentos úteis no seu cotidiano.
Nessa perspectiva, o questionamento que se fez na proposta de intervenção
pedagógica é: De que forma uma abordagem teórica sobre o uso de softwares
educacionais pode auxiliar os professores no processo de ensino das operações de
divisão no Ensino Fundamental?
Dessa forma, este artigo foi divido em seções, na primeira, justifica-se a
necessidade do trabalho em questão, na segunda mostra-se o aporte teórico em
relação ao desafio frente ao uso das tecnologias no ensino, como recurso auxiliar no
processo de ensino e aprendizagem da Matemática, na terceira apresenta-se a
pesquisa-ação e na quarta verifica-se as percepções dos professores sobre o uso de
software educacional com as contribuições dos professores que participaram da
pesquisa finalizando, as considerações finais e referências.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Posicionamento Tecnológico
O uso de software educacional pode proporcionar uma nova dinâmica ao
processo de construção do conhecimento, especialmente na Matemática.
De acordo com Altoé e Silva (2005, p. 18),
[...] no Brasil o uso das tecnologias na Educação esteve primeiramente voltado para o ensino à distância. O Instituto Rádio Monitor em 1939, e o Instituto Universal Brasileiro em 1941, foram os pioneiros nas experiências educativas com o rádio.
Entre essas experiências, citam-se a criação do Movimento de Educação de
Base (MEB) que visava alfabetizar e apoiar a educação de jovens e adultos por meio
das “escolas radiofônicas”, principalmente nas regiões norte e nordeste do Brasil.
Desse modo, o programa brasileiro de informática na educação, ao ser
comparado ao programa desenvolvido por outros países, pode ser considerado
como um programa muito peculiar. Isto porque, o programa do Brasil, desde o início,
teve a preocupação em usar o computador para provocar mudanças pedagógicas
profundas, em vez de “automatizar o ensino” ou preparar o aluno para ser capaz de
trabalhar com a informática (VALENTE, 1999).
Pedagogicamente, é compreensível que os alunos não aprendam
determinado conteúdo em tempos iguais, porque cada indivíduo tem um tipo de
memória para aprender e um ritmo próprio, por isso, o uso da tecnologia pode ser o
diferencial positivo. O computador por seu caráter lógico-matemático pode ajudar no
aspecto cognitivo do aluno e, especialmente, na compatibilização dos diferentes
ritmos de aprendizagem.
De acordo com Valente (1999), dentre as concepções pedagógicas aplicadas
ao ensino de Matemática, no paradigma construcionista permite-se usar o
computador como instrumento de construção do conhecimento por parte do aluno,
na resolução de problemas. Isso porque, a vertiginosa evolução sociocultural e
tecnológica do mundo provocou mudanças no pensamento humano e nas
organizações como um todo, exigindo independência, criatividade e crítica na
construção do conhecimento.
Com base nessas atribuições, nas palavras de Almeida (2000, p. 13),
[...] a primeira revolução tecnológica da aprendizagem aconteceu quando Comenius (1592-1670) transformou o livro impresso em ferramenta de ensino e de aprendizagem, com a invenção da cartilha e do livro-texto. Nos tempos atuais alcançamos a universalização do ensino quanto ao acesso, mas não conquistamos quanto à democratização do conhecimento.
Nas palavras da autora a proposta de Comenius era utilizar esses
instrumentos para ensejar um novo currículo, direcionado para a universalização do
ensino.
Ainda, nesse contexto, Drucker (1993, p. 153) comenta que a tecnologia está
“engolindo as escolas”, mas também enfatiza a importância de “repensar o papel e a
função da educação: seu foco, sua finalidade, seus valores”.
Compartilhando a ideia, Kenski (2008) comenta que as Tecnologias da
Informação e da Comunicação (TIC), sobretudo a televisão e o computador
movimentam a educação e provocam novas mediações entre a abordagem do
professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado com imagens, sons e
movimento, oferecendo informações mais realistas em relação ao que está sendo
ensinado, pois, quando bem trabalhadas, provocam alteração no comportamento de
professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e aprofundamento do
conteúdo estudado.
Nessa perspectiva, Ferreira e Dias (2011) apresentam que o professor deve
compreender o processo que engloba a construção do conhecimento, para mediar
da melhor forma a aprendizagem do aluno, pois o conhecimento não é transferido de
uma pessoa para outra, apesar de ocorrer na interação com o outro.
Nas palavras de Coelho Neto (2009, p. 99),
[...] há uma carência quando se trata de informática na educação, pois a formação de um professor no uso das tecnologias não se dá por meio somente por meio da prática. Ela deve ser um processo contínuo, consagrando teoria e prática. Há, pois, a necessidade de uma compreensão dos professores de que a tecnologia é um complemento do processo pedagógico, já que o usuário deve estar preparado não para o uso, mas para proporcionar, no ambiente da sala de aula, uma interação entre o conteúdo ministrado e a inserção destes novos meios.
Por isso, a tecnologia no ensino além das máquinas requer um planejamento
de trabalho docente, explicitando como será introduzida esta nova competência ou
habilidade no processo de ensino e de aprendizagem.
Valente (1993) relata que as práticas pedagógicas com uso do computador se
realizam sob abordagens que se situam entre dois grandes polos: “instrucionista e
construcionista”.
O construcionismo parte do princípio que o aluno deve ser o construtor do seu
próprio conhecimento. Porém, cabe ao professor promover a aprendizagem do aluno
para que este possa construir o conhecimento dentro de um ambiente que o desafie
e o motive para a exploração, a reflexão, a depuração de ideias e descobertas.
Nos estudos de Papert (1994, p. 122).
[...] no instrucionismo a melhor aprendizagem ocorre do „aperfeiçoamento do ensino‟ enquanto que o construcionismo não nega o valor do instrucionismo, mas assevera que o construcionismo tem por meta „produzir mais aprendizagem a partir do mínimo ensino‟.
Nesse sentido Freire e Prado (1995, p. 98) comenta:
[...] a Educação não se reduz a uma técnica, mas não se faz Educação sem ela. Utilizar computadores na educação „em lugar de reduzir pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas‟. Para o autor, „o homem deve se instrumentar com os recursos da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa da sua humanização e de sua libertação‟.
O papel da escola, nesse sentido, não é apenas transmitir o conhecimento
historicamente acumulado, mas atribuir significado a eles.
Para Masetto (2006), compreende-se como mediação pedagógica a atitude, o
comportamento do professor que se assemelha a uma ponte em movimento entre o
estudante e sua aprendizagem, que significativamente contribui para que os
objetivos do estudante sejam alcançados.
Os professores recorrem as novas tecnologias mais fora da sala de aula do
que propriamente dentro dela, o que vem a ser uma pena, pois a sua utilização se
tornaria fator motivacional para o aluno, ajudando-o a desenvolver sua autonomia,
sua competências de cálculo, sua capacidade de raciocinar e uma compreensão
mais aguçada da ciência Matemática.
2.2. Abordagem sobre o Ensino da Matemática
A Matemática, integrante comum da base de formação educacional do
indivíduo, caracteriza-se como um campo de saber essencial, ainda mais nos dias
atuais, em que o aparato tecnológico, construído em grande parte a partir deste
conhecimento, torna-se necessário em quase todas as atividades do cotidiano
(SOARES, 2009).
A Matemática, como ciência, sempre teve uma relação muito especial com as
tecnologias, desde as calculadoras e os computadores, aos sistemas multimídia e a
Internet. No entanto, os professores (como, de resto, os próprios matemáticos) têm
demorado a perceber como tirar partido destas tecnologias como ferramenta de
trabalho (PONTE,1997)
A aplicação da Matemática no cotidiano, ocorre como resultado do
desenvolvimento e do aprofundamento de certos conceitos nela presente. De acordo
com Bicudo (1991) a Matemática é vista por alguns como o grande legado da
humanidade e, como tal, a atitude de considerá-la como:
[...] a priori, independente da experiência. Exata no sentido de terem todos os seus termos, definições, regras de inferência, etc. um significado preciso. [...] Abstrata no sentido de eliminar de uma situação o que não for essencial a um dado propósito. [...] Absoluta, não passível de revisão com base na experiência. [...] Simbólica sendo uma das principais características de Matemática. Esse uso está ligado a sua natureza exata, mas ainda mais ao desenvolvimento da Matemática como um tipo de linguagem (BICUDO, 1991, p. 34).
Discutir essa forma de entender a Matemática, leva a uma reflexão sobre o
papel que está sendo desempenhado em sala de aula e também a questionar para o
que se prepara os estudantes e, se realmente, está sendo valorizado os
conhecimentos deles.
Ainda de acordo com Neves (2013), os professores da disciplina de
Matemática devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a
aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção,
raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, promovendo a socialização e
aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
Por isso, Moran (2010) explica que ensinar com as novas mídias será uma
revolução, se mudar simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que
mantêm distantes professores e alunos. A Internet é um novo meio de comunicação,
ainda incipiente, mas que pode ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das
formas atuais de ensinar e de aprender.
Nas observações de Valente (1999, p. 98),
[...] por meio do processo de resolver problemas o aprendiz pode aprender como adquirir novas informações necessárias para a resolução de problemas (aprender como aprender); ser crítico em relação aos resultados que se obtém; desenvolver estratégias de depuração e entender que depuração é o motor que produz a aprendizagem.
Conhecer Matemática quer dizer, basicamente, utilizar-se do que diferencia o
ser humano, ou seja, a aptidão de pensar, meditar sobre o real, utilizando em sua
ação como instrumento, o conhecimento construído de acordo com as necessidades
surgidas no aqui e no agora.
Assim, o uso de softwares educativos em processos de ensino, compreende-
se que emerge a visão de que esses recursos possibilitam o avanço de
conhecimentos que estão imbricados no contexto educativo, tanto para o professor
quanto para o aluno, favorecendo a construção de novos significados.
Ainda no âmbito do foco ensino, a Internet, segundo as pesquisas de Fuck
(2010) e Damásio (2007), é considerada uma fonte de informação inesgotável para
planejar e integrar as tecnologias da informática na docência.
Bicudo (1993, p. 22) ao abordar a pesquisa em educação matemática, assim
se expressa:
Do meu ponto de vista, a pesquisa em Educação Matemática vale. Ela permite que se compreenda a Matemática, o modo pelo qual ela é construída, os significados da Matemática no mundo. Com isso ela presta serviço à Educação e à Matemática. À Matemática por ajudá-la a compreender-se. À Educação, por auxiliar a ação político-pedagógica.
A autora é uma das maiores autoridades em Educação Matemática no país e
sua fala denota credibilidade à pesquisa em Matemática e esse referencial, por si só,
justifica o nosso empenho em buscar a pesquisa como alternativa da solução-
problema da dificuldade em ensinar e aprender Matemática.
Estudos divulgados por Carraher, Carraher e Schliemann (2003) e Castela
(2005) constataram que os estudantes não apresentam dificuldades para resolver
problemas práticos, mas sim, em exercícios formais. Castela (2005) centralizou sua
pesquisa na parte formal. Esses autores com pesquisas diferentes perceberam as
deficiências dos alunos ao trabalhar com as quatro operações, sobretudo com a
divisão.
D‟Ambrósio (1991), evidencia ainda a necessidade de se abandonar o
tradicionalismo, isto é, a visão da matemática como disciplina que desperta
ansiedade e medo em crianças, jovens e adultos, além de apresentar o maior índice
de reprovação nas escolas.
Diante da percepção da motivação nas diferentes áreas da educação para o
uso de software, é fato que esse instrumento pode despertar para o conhecimento
matemático através de habilidades, cognições e emoções. Alguns professores não
integram o software educativo na sua prática docente por desconhecerem a suas
possibilidades; de acordo com Solé e Coll (1997, p. 11), “nenhuma inovação
educativa tem sentido se não pode ser colocada em prática”.
Nas palavras de Valente (1999) e Levy (2004) a ideia é que o software não
resolverá todos os problemas educacionais, entretanto poderá ser instrumento valido
para construção de conhecimento significativo, despertando no aluno o “saber
pensar”, “o aprender a aprender”, a autonomia e reflexão.
Silva (2014), comenta que a utilização de softwares em aulas de Matemática
no ensino fundamental pode atender objetivos diversos: ser fonte de informação,
auxiliar o processo de construção de conhecimentos, desenvolver autonomia do
raciocínio, da reflexão e da criação de soluções.
Nesta mesma linha de raciocínio, Pinto (1999) e Lopes, Pinto, Veloso (1998),
afirmam que não é suficiente saber como lidar com um determinado software, sendo
necessário compreender quais as vantagens da sua utilização para a organização
do pensamento e a socialização da criança, e também inserir a tecnologia em uma
abordagem multidisciplinar.
O grande desafio da Matemática é descobrir se ela conseguirá contribuir de
modo significativo para a aprendizagem do aluno ou se persistirá como um motivo
de rejeição na trajetória escolar da maioria dos alunos.
3 ABORDAGEM METODOLÓGICA
O estudo desta pesquisa desenvolveu-se pelos princípios da pesquisa
qualitativa, porque atende à questões muito sui generis. Ela se preocupa com o nível
de realidade que não pode ser quantificado (BODGAN; BIKLEN, 1994).
Destaca-se, entre as várias características da pesquisa qualitativa, a
possibilidade de compreender a realidade. Conforme, apresenta Bodgan e Biklen
(1994, p. 49) quando afirmam que:
[...] a abordagem da investigação qualitativa exige que o mundo seja examinado com ideia de que nada é trivial, que tudo tem um potencial para constituir uma pista que nos permita estabelecer uma compreensão mais esclarecedora do nosso objeto de estudo.
Nessa perspectiva, iniciou-se com a socialização do Projeto de Intervenção
Pedagógica no Colégio, contando com a presença da Diretora, Equipe Pedagógica,
professores e comunidade escolar
Em razão dessas asserções, antes de se dar início à coleta de dados,
realizou-se uma revisão bibliográfica com a intenção de criar estratégias
metodológicas e documentar teoricamente a pesquisa.
A pesquisa consolidou-se com a aplicação do trabalho para 05 (cinco)
professores de Matemática, do ensino fundamental do Colégio Estadual Nóbrega da
Cunha e 15 (quinze) professores de diferentes municípios do Estado, participantes
do Grupo de Trabalho em Rede (GTR).
Os encontros para implementar o trabalho desenvolvido, ocorreram no
laboratório de informática do colégio citado, quinzenalmente, no período vespertino.
Nesses encontros eram debatidos os temas e concomitantemente respondidas
algumas questões propostas, para fins de diagnósticos. Com o propósito de
preservar a privacidade dos entrevistados, estes foram registrados com códigos, P1
(professor 1), P2 (professor 2), e assim sucessivamente.
Foram realizados oito encontros (dois por mês) na sala de informática do
Colégio Estadual Nóbrega da Cunha e discutidos os seguintes temas: Informática na
Educação; Concepções Pedagógicas; Abordagem sobre o Ensino de Matemática e
Informática; O uso de software no Ensino das operações Matemática; Algoritmo da
divisão.
O tema Informática na Educação foi amplamente debatido e os professores
relataram que nas escolas, a informática deve inteirar-se ao ambiente e à realidade
dos alunos, não só como meio, mas como recurso multidisciplinar, constituindo-se
também em um instrumento com que o professor dispõe para bem executar o seu
trabalho.
No segundo momento, discutiu-se sobre as Concepções Pedagógicas e por
unanimidade os professores concordaram com o texto e elegeram as palavras de
Coelho Neto (2009, p. 99), para expressar as suas percepções:
[...] há uma carência quando se trata de informática na educação, pois a formação de um professor no uso das tecnologias não se dá por meio somente por meio da prática. Ela deve ser um processo contínuo, consagrando teoria e prática. Há, pois, a necessidade de uma compreensão dos professores de que a tecnologia é um complemento do processo pedagógico, já que o usuário deve estar preparado não para o uso, mas para proporcionar, no ambiente da sala de aula, uma interação entre o conteúdo ministrado e a inserção destes novos meios.
No terceiro momento houve uma discussão sobre a Informática aplicada à
Matemática e os participantes concordaram que, com a finalidade de alcançar os
objetivos educacionais de um ensino que consiga chegar a todos os alunos, e que
esses venham a assimilar o conteúdo num todo, é necessário que o modelo de
ensino e aprendizado empregado nas aulas de Matemática seja revisto.
No quarto momento discutiu-se sobre o uso de software no Ensino das
operações Matemática. No quinto momento discutiu-se sobre o algoritmo da divisão.
Já no sexto momento, foi realizada uma síntese dos estudos com os
docentes, visando à obtenção do feedback da implementação do projeto. No sétimo
momento realizou-se a entrevista com os professores participantes. A entrevista
consistiu em cinco perguntas abertas e cujas respostas foram transcritas, na seção a
seguir.
4 PERCEPÇÂO DOS PROFESSORES
De acordo com o objetivo proposto nesta pesquisa e para melhor
compreender a realidade do ensino de Matemática, foram realizados encontros de
estudos e entrevistas com cinco docentes da disciplina.
Neste aspecto, deu-se voz aos professores, quando se procurou preservar
seus apontamentos como realmente foram apresentados.
Perguntado se “concorda com o uso de software de operações matemáticas
como ferramenta auxiliar de ensino” todos foram unânimes em responder que sim.
O professor P1 justificou:
[...] concordo plenamente. Estamos vivendo em tempos de globalização e a tecnologia está presente em tudo. É uma ferramenta que sabendo usar é fantástica e facilitadora. Nossos alunos dominam as tecnologias e muitos de nós, precisam aprender.
Dominar as tecnologias significa estar integrado com as transformações do
mundo contemporâneo.
O professor P2 comentou:
Sim, concordo porque os avanços tecnológicos começam a ser utilizados praticamente em todos os ramos do conhecimento e a escola deve fomentar estes recursos para que todos possam conhecer e usar.
O professor P3 relatou:
Concordo. Hoje, o aumento das informações e dos recursos tecnológicos é grandioso, aliado à velocidade de mudanças e faz com que haja uma busca permanente de atualização em relação aos novos estudos e novas tecnologias e, em contrapartida, a nova realidade mundial faz com que os alunos estejam cada vez mais informados, atualizados e participantes desse mundo globalizado e a escola não pode omitir-se.
As tecnologias realizam o sonho de longos séculos: oferecer uma educação
massificada, porém, individualizada. Permite ainda, que o estudante busque
informações mais completas e importantes para a sua realidade.
O professor P4 pensa que:
A escola precisa inovar. Nesse mundo novo, o computador passa a ser um instrumento que revoluciou a escola, pois, permite que se faça uma educação massificada e ao mesmo tempo individualizada e o software é parte desse processo.
A escola e os profissionais da educação precisam tomar contato com as
tecnologias, até então distantes do seu meio de trabalho, é um problema a ser
enfrentado.
Outra contribuição vem do professor P5, que assim se expressa:
A necessidade de que os profissionais da educação tomem contato com as tecnologias é um problema a ser enfrentado. Eu sinto essa necessidade, aprender passar e-mail, produzir blog e evidentemente, inserir o software nas aulas, decidi que preciso aprender.
No decorrer das discussões, questionou-se sobre a “informática aplicada à
educação e o risco da figura do professor desaparecer”, todos se declararam
favoráveis e acreditam que o professor não corre risco de ser substituído.
Assim se manifestou o professor P1:
[...] substituir penso que não, mas o professor terá que mudar a „função‟. As tecnologias invadiram nosso espaço pedagógico, mas muitos professores continuam dando suas aulas para uma “velha escola”, talvez seja por isso, que o uso dessas tecnologias tenha fracassado em muitas escolas, o que torna o professor ultrapassado está sendo essa falta de modernização de prática pedagógica.
O computador veio para ficar e desde que surgiu em 1946, vem passando
por processos de inovações e trazendo melhorias para a história da humanidade.
O professor P2 comenta:
[...] o professor não será substituído pelo computador, mas precisa inserir essa ferramenta no seu cotidiano escolar. Quando liga o computador, fica conectado com o mundo e a escola necessita deste avanço.
O computador é um instrumento de apoio e a formação docente da sociedade
contemporânea passa pela capacidade de interagir com vários elementos sendo um
deles, a tecnologia.
Para o professor P3 a ideia é:
O professor precisa atualizar os conhecimentos e aderir às novas tecnologias, assim, não ficará obsoleto.
É uma necessidade que o profissional da educação precisa suprir. Na mesma
linha de raciocínio, o professor P4 complementa:
[...] o professor é uma figura ímpar para a escola e a sociedade, não será substituído, nem engolido pelas novas tecnologias.
A realidade é essa: não haverá substituição, mas necessidade de
compartilhamento.
Nas palavras do professor P5, tem-se que:
[...] A presença física do professor em sala de aula, diante do aluno, pode diminuir, porém, não desaparecerá. Ainda que, a tecnologia opere „milagres‟, a presença do professor é a garantia da aprendizagem.
O professor foi e continuará sendo fundamental no processo educativo e deve
perceber a informática como parceira e jamais como substituta nas suas funções.
No quesito sobre “qual concepção pedagógica está implícita no uso dos
instrumentos tecnológicos aplicados à aprendizagem”, houve unanimidade na
resposta: construtivismo.
Comentando a resposta, o professor P1 escreve:
[...] é bom lembrar os conceitos de Piaget e Vygotsky que são interacionistas e chamam a atenção para o fato de que os sujeitos constroem seu conhecimento à medida que interagem.
Esta teoria interessa em especial ao estudo interativo da educação e da
comunicação mediada pelo computador.
Nova contribuição nos é dada pelo professor P3:
Penso que ao interagir quem ensina e quem aprende, resulta em aprendizagem estando longe ou perto, fisicamente.
Se o professor despertar a curiosidade de seus alunos e possibilitar aos
mesmos uma interação, favorecerá a troca de conhecimento e a edificação da
aprendizagem.
Complementado o professor P4 assim se manifesta:
A medida que interagem, os sujeitos constroem seus conhecimentos ensina Piaget e no uso das tecnologias é o que se percebe.
A interatividade é a palavra-chave para a construção de conhecimentos com
uso do computador.
No entendimento do professor P5:
Ao disponibilizarmos os novos recursos tecnológicos em sala de aula, os alunos estarão mais preparados, informados e desenvolvendo capacidades de comparação e senso crítico, como fruto do construtivismo.
O construtivismo é a forma de compreender o conhecimento: sua origem e
seu desenvolvimento, obtendo como resultado uma nova maneira de ver o universo,
a vida e o mundo.
Na questão que aborda se “já trabalhou com software em Matemática”, três
professores responderam que “sim” e dois responderam que “não”.
O professor P1 comenta:
[...] já trabalhei e trabalho. Os alunos adoram, o problema é „que os computadores nem sempre estão em condições de uso e isso causa transtornos.
O professor P2 complementa:
[...] trabalho há dois anos e os alunos gostam muito e a experiência tem sido válida. Iniciei com jogos e depois, apliquei questões práticas de Matemática.
Nas palavras do professor P3 tem-se:
[...] trabalho com software eventualmente, os alunos preferem, mas eu ainda não tenho segurança para fazer um bom trabalho.
Estes depoimentos demonstram o novo perfil do professor da escola
contemporânea, precisa estar antenado, enfrentando os desafios do dia a dia e
apresentar-se “aberto” para novos conhecimentos.
O professor P4 foi categórico:
[...] nunca trabalhei e o motivo é que não tenho habilidade com o computador.
O professor P5 relata:
[...] nunca trabalhei e tenho dificuldade para lidar com as novas tecnologias, ainda prefiro o giz e o quadro.
Estes depoimentos revelam a resistência ao novo e certamente dificuldades
para manterem-se no mercado de trabalho.
Na questão sobre “o algoritmo da divisão” todos concordaram que a
“operação da divisão oferece maior dificuldade aos alunos” e por isso, é necessário
resgatar o estudo do algoritmo.
Sobre o assunto, o professor P1 assim se manifesta:
[...] o curso de Licenciatura em Matemática ofertou a disciplina de Didática da Matemática e as tecnologias não se inseriram no contexto. A Secretaria de Estado da Educação tem ofertado cursos de capacitação para professores e estes também buscam apoio entre si, para amenizar as dificuldades para ensinar.
É uma realidade dos cursos de Licenciatura que retardaram muito a mudança
da matriz curricular, com a inserção das novas tecnologias.
Segundo o professor P2:
[...] existe uma lacuna na formação do professor de Matemática, especialmente, na metodologia de ensino. Como ensinar? E a questão mais complexa e a divisão é um processo difícil de ensinar e aprender.
Essas lacunas devem ser corrigidas com cursos de aperfeiçoamento e/ou
sugerida mudança nos cursos de formação docente.
Na observação do professor P3:
[...] concordo. É necessário resgatar o ensino de Matemática no ensino fundamental. Os estudantes estão traumatizados e não gostam da disciplina.
Segundo o professor P4:
[...] existe uma rejeição ao estudo da Matemática e o aluno encontra dificuldade para aprender e o professor para ensinar.
O que precisa mudar no ato de ensinar para resgatar o interesse do ato
de aprender Matemática? Penso que seja a metodologia, apresentar aulas bem
preparadas capazes de despertar a atenção e renovar a vontade de aprender.
Outra contribuição é dada pelo professor P5:
[...] as dificuldades para aprender matemática é generalizada, pois, na avaliação realizada pelo MEC ficamos classificados no final da lista, dado o baixo padrão de conhecimento.
Não conseguindo interpretar problemas do cotidiano que envolvem
habilidades essenciais para a série em curso, nossos alunos pedem ajuda e a
aplicação da informática à educação, poderá ser a solução.
Finalizando esta importante etapa do projeto de implementação pedagógica, o
oitavo momento ocupou-se em analisar as questões que envolveram a proposta e
agradecimentos ao Colégio Estadual Nóbrega da Cunha pelo apoio recebido,
durante a execução do PDE.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso de software educacional como instrumento auxiliar para o ensino de
Matemática é uma alternativa de apoio pedagógico e estrutural, dentro das escolas.
O planejamento das aulas deve levar em conta, prioritariamente, o conhecimento
dos alunos, seus avanços e o foco de interesse.
O projeto desenvolvido sensibilizou o grupo de professores para aprofundar
estudos sobre o uso de softwares educativos e dar novo foco ao ensino de
Matemática.
Desta forma, identificou-se que o projeto desenvolvido auxiliou os professores
na assimilação e análise crítica do uso das tecnologias e como esses instrumentos
tecnológicos podem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, conforme
excertos apontados por esses professores.
O questionamento que se fez na proposta de intervenção pedagógica de:
Como a abordagem teórica sobre o uso de softwares educacionais pode
auxiliar os professores no processo de ensino das operações de divisão no
Ensino Fundamental?
Evidencia-se assim que, esta aprendizagem, só será possível na medida em
que o professor proporcione um ambiente de trabalho que estimule o aluno a
indagar, criar, discutir, questionar e ampliar ideias que foram construídas ao longo
da vida e que serão ressignificadas no ambiente escolar.
E o software torna-se, facilitador da aprendizagem entre os alunos e pode
revolucionar a escola por permitir algo procurado há tempos, que é uma educação
massificadora e ao mesmo tempo, individualizada, como pode-se evidenciar pelos
excertos dos professores analisados.
Assim, do uso de softwares educativos como metodologia de ensino, surge a
visão de que esses métodos permitem a melhoria da assimilação dos
conhecimentos que se encontram dispostos no contexto educativo, tanto para o
aluno quanto para o próprio professor, oferecendo aos mesmos, condições propícias
para a formação de novos significados.
Acredita-se que este estudo deva despertar a curiosidade, ousadia e o desejo
dos professores em utilizar esse instrumento, lembrando que o apoio da equipe
pedagógica é de suma importância para vencer barreiras e assim, criar uma nova
dimensão de transformação do saber e desta forma, conscientizar a sociedade
escolar das mudanças advindas do uso das novas tecnologias.
Espera-se, que este artigo tenha contribuído para novas abordagens que
tenham como objetivo o estudo de temas relacionados com as tecnologias aplicadas
à Educação, no âmbito do Ensino Fundamental.
6 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B. T. M. P. de. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. ProInfo: informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação/SEED, 2000. v. 1.
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