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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...O uso da produção fotográfica sobre os conceitos de População, Comunidade e Sociedade Professora PDE Giselle Marquette Nicaretta1

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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O uso da produção fotográfica sobre os conceitos de População, Comunidade e Sociedade

Professora PDE Giselle Marquette Nicaretta1

Orientadora: Profª Drª Simone Crocetti2

Resumo: O uso da produção fotográfica no auxilio da compreensão e diferenciação dos

conceitos de População, Comunidade e Sociedade para o contexto da Ecologia e do Cotidiano pode ser discutido de maneira coletiva. Para que esta discussão ocorra, o recorte deste trabalho se constitui pelas orientações das Diretrizes Curriculares às disciplinas de Ciências e Biologia da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e pelos Cadernos Temáticos e Pedagógicos relacionados com a temática deste trabalho. O foco do desenvolvimento da discussão tem como conteúdo estruturante a Biodiversidade e procura, por meio da produção fotográfica, relacionar as polissemias dos conceitos de População, Comunidade e Sociedade com o cotidiano e o conteúdo estruturante. Este artigo discorre sobre como a produção fotográfica, por meio de construção de roteiros coletivos, pode ser desenvolvida na forma de oficina, com etapas que relacionam as noções de fotografia e as noções de produção de roteiro, culminando em uma produção fotográfica a partir do roteiro coletivo desenvolvido e produzido pelos discentes. Os materiais utilizados incluem, além dos disponíveis no ambiente escolar, o uso de máquinas fotográficas digitais e softwares livres para edição de imagem. Este artigo mostra como a proposta de preparar as aulas na forma de script pode contribuir e auxiliar na organização do trabalho pedagógico docente e tem como base teórica a pedagogia da autonomia para compreensão da polissemia de conceitos sobre População, Comunidade e Sociedade, por meio do ensino e pesquisa pela produção fotográfica.

Palavras-Chave: Produção Fotográfica. Biodiversidade. Ciências. Interdisciplinaridade.

1. Introdução

O tema abordado neste artigo envolve o estudo sobre os conceitos de

População, Comunidade e Sociedade a partir do trabalho desenvolvido para o

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná - SEEDPR3, turma do ano de 2013-2014.

Para discutir este tema, a proposta do Projeto De Intervenção

Pedagógica na Escola, organizado na forma de Unidade Didática/Caderno

1 Professora PDE 2013. Contato: [email protected].

2 Professora da UTFPR, orientadora nas produções PDE. Contato:[email protected].

3 Siglas: PDE para Programa de Desenvolvimento Educacional e SEEDPR para Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

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Pedagógico para a Implementação do Projeto na Escola, buscou discutir como

algumas áreas do conhecimento possuem expressões que a princípio parecem

semelhantes mas ao mesmo tempo possuem definições diferentes, como os

termos de População, Comunidade e Sociedade.

A proposta da Unidade Didática/Caderno Pedagógico foi analisada por

professores de diferentes áreas do conhecimento, pela Plataforma Moodle no

Ambiente de Aprendizagem e-escola, inscritos no Grupo de Trabalho em Rede

- GTR4, e desenvolvida com professores de diferentes áreas do conhecimento,

na forma de oficinas, no Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro

- CECAGV5.

A base teórica foi fundamentada na pedagogia da autonomia, fotografia

e roteiro. A organização do trabalho pedagógico foi proposta para o professor

em aulas planejadas na forma de script, trazendo encaminhamentos para o

professor desenvolver as aulas expositivas dialogadas, a pesquisa e as

atividades práticas, atividades de pesquisa e aulas teórico-práticas, junto com

e para os alunos, com sugestões de materiais e fontes para ambos e o tempo

em hora/aula e hora/relógio para cada momento e atividade propostos nos

scripts.

A partir do desenvolvimento de todas as etapas do projeto, além da

análise e avaliação dos professores no GTR e da aplicação na forma de

Oficina, foi possível perceber e a dimensão pedagógica deste projeto.

2. Referencial Teórico

Esta pesquisa teve como base referenciais teóricos da ecologia,

sociologia, fotografia e produção de roteiro, a fim de estabelecer discussão

sobre o uso pedagógico da produção fotográfica nas aulas de Ciências e nas

disciplinas de diferentes áreas do conhecimento na perspectiva da pedagogia

da autonomia.

4Grupos de Trabalho em Rede – GTR atividade do PDE, onde ocorre a interação virtual entre os

Professores PDE e os demais professores da Rede Pública Estadual. 5 Sigla CECAGV corresponde a Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro.

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2.1.1 Os Conceitos de Comunicação, População e Sociedade

No cotidiano, Sociedade pode ser compreendida como um conjunto de

pessoas que interagem entre si e formam uma comunidade; Comunidade

também é considerada um conjunto de pessoas que se organiza sob o mesmo

conjunto de normas, em um determinado local, com uma determinada história e

cultura; e População forma outro conjunto de pessoas que vivem juntas em um

determinado espaço e tempo.

Na Ecologia podemos considerar População como organismos da

mesma espécie que vivem juntos, capazes de reproduzir entre si, vivendo em

um determinado local; Comunidade (também chamados de “comunidade

biótica”, “biocenose”) inclui todas as populações que ocupam uma mesma

região, uma determinada área; Sociedade é entendida como uma das

Relações Ecológicas, em que os seres de uma mesma população interagem de

maneira harmônica.

Assim, estes termos recebem definições diferentes, porém ao relacionar

as diferentes formas de concepção há a possibilidade de iniciar discussões

sobre Ecologia, Cultura e também sobre Biodiversidade.

Para Cassini (2005) em Ecologia – conceitos fundamentais para o Programa de

Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espirito

Santo – UFES utiliza as seguintes definições:

POPULAÇÃO - é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa mesma área e num determinado período. COMUNIDADE OU BIOCENOSE - é o conjunto de populações de diversas espécies que habita uma mesma região num determinado período. SOCIEDADES - são associações entre indivíduos da mesma espécie, organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os indivíduos componentes de uma sociedade se mantêm unidos graças aos estímulos recíprocos. (CASSINI, 2005, p. 5-13).

Já para o conceito de População, o autor Livi-Bacci (1993) entende que

é "um conjunto de indivíduos, constituído de forma estável, ligado por vínculos

de reprodução e identificado por características territoriais, políticas, jurídicas,

étnicas e religiosas". E para os termos Comunidade e Sociedade se referem a

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relações de troca em que a forma como acontece pode ser de carácter pessoal

ou impessoal.

A comunidade é a forma de viver junto, de modo íntimo, privado e exclusivo. É a forma de se estabelecer relações de troca, necessárias para o ser humano, de uma maneira mais íntima e marcada por contatos primários. Sociedade é uma grande união de grupos sociais marcada pelas relações de troca, porém de forma não-pessoal, racional e com contatos sociais secundários e impessoais (DANTAS, 2013, p. 3).

Para Giddens (2012, p. 404), Sociedade pode receber o conceito de ser

“um sistema de relações estruturadas que conecta as pessoas segundo uma

cultura partilhada”, População está ligada a Demografia, que tem como foco a

mensuração do tamanho e a tentativa de explicar a dinâmica dos três fatores

que regem os padrões populacionais que são: nascimento, morte e migrações.

O autor explica que a Demografia é entendida como “um ramo da sociologia,

pois os fatores que influenciam o nível de nascimentos e mortes em um

determinado grupo ou sociedade, bem como as migrações da população, são

principalmente sociais e culturais”.

Os termos como População, Comunidade e Sociedade estão presentes

no cotidiano e parecem ser compreendidos pela maioria das pessoas; porém,

ao buscar o conceito destes termos no dia-a-dia, percebemos que há

diferenças de significados entre o que é cotidianamente conhecido e o

estudado em áreas como as Ciências e a Biologia.

2.1.2 A Fotografia e Os Roteiros Coletivos

Na fotografia, para Kossoy (2001), os saberes do outro se revelam na

forma como capturam a imagem e constroem o registro visual sobre o que é

fotografado. Assim, quando o aluno está na posição de quem fotografa é capaz

de revelar a forma como entende o mundo e como compreende determinados

conceitos.

O registro visual documenta, por outro lado, a própria atitude do fotógrafo diante da realidade; seu estado de espírito e sua ideologia acabam transparecendo em suas imagens, particularmente naquelas que realiza para si mesmo enquanto forma de expressão pessoal. (KOSSOY, 2001, p. 42).

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A relação entre fotografia e realidade, assim como a relação com as leis

de ótica da Física, mostra, além do ato de registrar em foto determinada

situação, o pensamento do conceito de biodiversidade e/ou a diversidade

ecológica, que inclui pensar no ser humano, nas áreas urbanas, rurais,

costeiras, ribeirinhas, áreas protegidas e reservas naturais e na relação com o

cotidiano político e econômico que vivemos hoje.

O conceito de biodiversidade inclui todos os produtos da evolução orgânica, ou seja, toda a vida biológica no planeta, em seus diferentes níveis – de gens até espécies e ecossistemas completos –, bem como sua capacidade de reprodução. Corresponde à "variabilidade viva", ao próprio grau de complexidade da vida, abrangendo a diversidade entre e no âmbito das espécies e de seus hábitats. (ALBAGLI, 1998, p. 8).

Para, Kossoy (2001), a fotografia “teria papel fundamental enquanto

possibilidade inovadora de informação e conhecimento, instrumento de apoio à

pesquisa nos diferentes campos da ciência e também como forma de

expressão artística”. Este papel fundamental leva a fotografia tanto para fazer o

registro de uma determinada situação, contexto e momento, como também

corrobora no produto final da ação humana, que pode documentar algo ou

discutir determinada questão por meio ficcional, pela produção de um ou vários

roteiros para discutir o assunto ou tema.

“O produto final, a fotografia, é portanto resultante da ação do homem, o fotógrafo, que em determinado espaço e tempo optou por um assunto em especial e que, para seu devido registro, empregou os recursos oferecidos pela tecnologia.” (KOSSOY, 2001, p. 37).

A fotografia está presente em todas as áreas das ciências, tanto de

maneira ilustrativa como objeto e fonte de pesquisa. No início a fotografia era

utilizada pelos cientistas para documentar fenômenos, eventos naturais e

observação de humanos e a animais. Com o surgimento da revista Nature a

partir de 1890 suas publicações utilizavam fotos como ilustrações.

Segundo Hacking (2012) a antropologia no início do século XIX era

considerada parte das ciências naturais e, em muitos casos, utilizava a

fotografia para realizar “investigações científicas”; em outros estudos havia um

padrão para coletar as “evidências fotográficas”, como os registros fotográficos

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de etnias diferentes, onde o padrão estava relacionado com o enquadramento

que as fotos eram tiradas. O estudo do corpo para a medicina também buscou

na fotografia uma forma de registro do que era considerado anormal até as

patologias diversas. Outro uso científico da fotografia está relacionado com a

atividade criminal, que teve início no século XIX e desde então faz parte dos

procedimentos dos registro de evidências por peritos criminais.

A partir desta curiosidade, a fotografia se expandiu ao microscópio e ao

telescópio, originando imagens da natureza, fenômenos científicos, fotografias

astronômicas e até as fotografias de raios-X.

A ciência da fotografia, conforme argumenta o escritor e pesquisador Dr. Kelley Wilder, se desenvolveu em paralelo com as descobertas sobre a radiação “Esses métodos fotográficos, como seus nomes sugerem, vão além do uso causal da fotografia.” (Hacking, 2012, p.143)

Para Alves et al. (2008), “a imagem fotográfica é fundamental na

constituição e formação do indivíduo e deve ser incorporada pelos níveis de

ensino em seus próprios programas educacionais”; deste modo, quando a

fotografia passa a fazer parte da prática pedagógica, amplia o modo como

professor e aluno leem o mundo ao seu redor.

Assim, para entender como os roteiros coletivos podem fazer parte da

prática pedagógica, Puccini (2009, p. 31), explica que a primeira etapa da

produção é a pesquisa e tem como função “garantir condições para o

aprofundamento dessa pesquisa [...] a escrita da proposta marca também o

início de um processo de seleção necessário para ajustar esse conteúdo do

mundo ao formato discursivo de um filme” (PUCCINI, 2009, p.31), e no caso

deste trabalho o formato para a produção fotográfica.

[...] um instante presente do mundo ligado à objetividade do real. A qualidade do registro desse instante depende da sensibilidade do olhar do operador de câmera e da interação deste com o ambiente que o cerca. O registro desse instante de mundo será resultado de um olhar (da câmera) que reage a um momento único, que não se repete. (PUCCINI, 2009, p. 31).

A produção de roteiros coletivos não foge ao contexto de pesquisa,

análise e construção de uma história. O que muda é que o roteiro é discutido

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em grupo e escrito de forma conjunta, sendo que a pesquisa é uma das

questões mais importantes, pois para Field (2001, p. 11), “quanto mais você

sabe, mais pode comunicar. Pesquisa é essencial para escrever o roteiro” , ou

seja, iniciar a sua construção e a produção efetiva.

2.1.3 A Pedagogia da Autonomia

Na prática educativa que fundamenta o cotidiano do professor há

sempre uma reflexão que pode se considerada crítica, sobre a importância da

relação entre teoria e prática. Esta reflexão precisa levar em conta os saberes

que o educando traz consigo, pois para Freire (1996), “não há docência sem

discência”, o que significa que ensinar e aprender coexiste e que aprender de

forma crítica possibilita o estímulo à “curiosidade epistemológica”, onde o poder

apassivador do “bancarismo”6 deixa de ter poder.

Desta forma, segundo Freire (1996), para haver uma prática docente

crítica, a verdadeira aprendizagem transforma os educandos em sujeitos

capazes da construção e da reconstrução do saber, que compreendem a

importância da leitura verdadeira, que não restringem o texto apenas a seu

autor ou autora, mas que buscam a compreensão de seu contexto;

compreendem o pensar certo, que traz a necessidade de não estarem

demasiadamente certos em suas certezas, que é preciso estarem ao lado da

pureza e distantes do puritanismo, pois o conhecimento do mundo tem

historicidade.

A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando “blábláblá” e a prática, ativismo. (FREIRE, 1996, p. 22, nota: aspas do autor).

A historicidade que Freire (1996), aponta, mostra a importância de

entender que a relação entre ensino e pesquisa acontece o tempo todo, pois

ensinar não é apenas transferir conhecimento, exige uma prática docente

crítica, dentro de uma atividade educativa política, moral, gnosiológica, com

6 Paulo Freire chama de “bancarismo” ou ensino “bancário” o modo de ensinar na forma de receita

pronta, que cerceia a criatividade, que segrega o conhecimento, sem contextualizá-lo e sem entende-lo

de maneira crítca.

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alegria e esperança. O trabalho pedagógico, utilizando como ferramenta a

fotografia, coaduna para a coesão entre a prática e a teoria, exigidas pelo ato

de fotografar, porque mostra a relação entre ensino e pesquisa. Além disso,

propicia a discussão dos saberes do professor e do aluno, trazendo a

necessidade de relacionar estes saberes com a realidade e o cotidiano e sendo

importante para a construção da autonomia e da identidade do aluno com a

ação pedagógica do professor.

A prática pedagógica pode trabalhar com os textos não verbais também,

ou seja, além dos escritos as imagens, pinturas, ilustrações, animações, filmes

e fotos podem fazer parte do cotidiano escolar.

Dada a exposição atual de alunos, desde a mais tenra idade, às imagens fotográficas, a escola não pode se furtar de incluir a fotografia em seu repertório e currículo, procurando compreender qual o idioma deste meio e de que forma ele é incorporado pelos alunos (ALVES et al., 2008).

Além da inclusão da fotografia na prática pedagógica e o entendimento

de que o registro fotográfico exista, precisa-se considerar quem opera a

câmera, ou seja, considerar quem realiza a foto e captura determinada

imagem. A seleção do que se tornará uma fotografia está relacionado com os

contextos culturais, sociais, econômicos, históricos e naturais em que se vive, e

vale tanto para o professor quanto para o aluno.

A ação de escolher o que será ou não registrado em uma fotografia,

além de ser um recorte particular, traz a importância de discutir qual o objetivo

e razão desta escolha, o que possibilita ao professor e ao aluno

compreenderem a importância do planejamento, da definição de objetivos e da

realização do trabalho de fotografar. Esta discussão pode trazer para o

cotidiano da prática pedagógica o diálogo entre a fotografia e a educação.

2.2 Metodologia

Para a discussão dos conceitos, População, Comunidade e Sociedade ,

a proposta foi desenvolvida em quatro momentos, sendo o primeiro constituído

pelo Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, o segundo pela

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organização de uma Unidade Didática/Caderno Pedagógico na forma de script,

o terceiro pela análise e avaliação do Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola e da Unidade Didática/ Caderno Pedagógico. Essas etapas foram

realizadas pelos cursistas do Grupo de Trabalho em Rede – GTR. No quarto

momento ocorreu a aplicação do Projeto e uso do Caderno Pedagógico na

forma de Oficinas no CECAGV, quando a proposta foi desenvolvida com

professores de diferentes áreas do conhecimento, constituindo-se num trabalho

interdisciplinar.

2.2.1 Produção Didática

A proposta da Produção Didática se constitui na forma um caderno

pedagógico com dez scripts para discutir os conceitos População, Comunidade

e Sociedade por meio da produção fotográfica, organizada a partir da

construção de um roteiro coletivo.

Os conceitos foram discutidos a partir do conteúdo estruturante

Biodiversidade e da relação com outras áreas do conhecimento como

Geografia e Sociologia e para discutir sobre a produção fotográfica e roteiro as

relações abarcam também a Arte, a Física e a Língua Portuguesa.

Os scripts possuem uma organização pedagógica com

encaminhamentos para o professor, com atividades teórico-práticas para os

alunos, com sugestão de tempo, tanto em horas/aula como em minutos. Os

scripts propõem aulas expositivas dialogadas, realização de pesquisas,

atividades práticas e mostra dos trabalhos realizados.

A organização dos scripts possibilita serem usados separadamente ou

de maneira sequencial, pois cada etapa pode resultar numa produção final a

partir de uma pesquisa, de um roteiro e de uma produção fotográfica sobre um

tema.

Para os professores há as orientações de material de apoio com lista de

textos, vídeos, livros didáticos públicos, cadernos temáticos e pedagógicos e

artigos; há uma sugestão de contexto que orienta o professor sobre o enfoque

e o recorte proposto no script para discussão; indica outros itens para

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discussão e apresenta uma prática pedagógica com questões que orienta os

encaminhamentos dos alunos.

Para discentes há dois momentos distintos: pesquisa e prática

para trabalhar a relação entre teoria e prática. O material produzido pelos

alunos pode ser utilizado em outros scripts, mostrando que a construção do

conhecimento acontece de maneira processual e contínua. O caderno também

sugere uma produção final na forma de portfólio e de exposição para mostrar o

resultado de todo o processo, conforme se pode observar no Quadro 1.

UNIDADE 1 – Fotografia e Meio Ambiente Aula 1 – História, princípios da fotografia e a câmera fotográfica; Aula 2 – Fotografia, luz e enquadramento - fotografando objetos e pessoas; Aula 3 – Linguagem fotográfica; Aula 4 – O que é um ambiente? A relação entre ambiente e fotografia; Aula 5 – Cada um fotografa o colega e o lugar preferido na escola;

UNIDADE 2 – Roteiro e Meio Ambiente Aula 6 – Contar histórias - contando as histórias do cotidiano; Aula 7 – O roteiro e o roteiro coletivo; Aula 8 – Produção do roteiro coletivo sobre os conceitos de População, Comunidade e Sociedade; Aula 9 – A pré-produção e a produção das fotos sobre os conceitos de População, Comunidade e Sociedade; Aula 10 – A edição e finalização.

Quadro 1. Tema dos Scripts. Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

2.2.2 Interação com Grupo de Trabalho em Rede – GTR

O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) traz, na forma de interação a

distância com professores da Rede Pública Estadual, a possibilidade de

socializar, discutir, analisar e avaliar o Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola, a Produção Didático-pedagógica e o modo proposto de Implementação

do Projeto de Intervenção na Escola.

Para isso, o GTR separa em três etapas, chamadas de temáticas, estas

análises, sendo que na Temática 1 ocorre um processo de aprofundamento

teórico, onde o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola é apresentado e

analisado. Na Temática 2 se discute a estratégia metodológica do Projeto de

Intervenção Pedagógica na Escola por meio de análise, discussão e

contribuições para Produção Didático-pedagógica. Na Temática 3 é proposto

ao professor cursista que implemente pelo menos uma das ações em sua

escola/local de trabalho e depois relate como esta ação foi vivenciada e, a

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partir daí, possa contribuir e debater sobre proposta.

Há uma última etapa em que ocorre a avaliação de todo processo e

contribuições para auxiliar na revisão e melhoria do projeto proposto.

2.2.3 Aplicação na forma de Oficinas

Para que a aplicação do projeto e dos scripts acontecesse, a

implementação foi realizada no Centro Estadual de Capacitação em Artes

Guido Viaro –CECAGV, na forma de oficinas, com carga horária de vinte horas,

por meio da Oficina de Produção de Fotonovela ofertada para os Cursos de

Formação Continuada para Professores da Rede Estadual de Ensino.

Com a carga horária de cinco horas por encontro, os scripts foram

utilizados de forma coadunada para que o proposto na Produção Didático-

pedagógica fosse trabalhado integralmente.

Com esta organização pedagógica de Oficinas de vinte horas, foi

possível a discussão com aproximadamente sessenta Professores da Rede

Estadual de Ensino, pertencentes aos Núcleos Regionais de Curitiba, da Área

Metropolitana Norte e Sul e Litoral, totalizando seis turmas de oficinas de vinte

horas.

2.3. Resultados e Discussão

A proposta pensada para o Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola, para a Produção Didático-pedagógica e para a Implementação do

Projeto de Intervenção na Escola atingiu um total de setenta e dois professores

da Rede Estadual de Ensino, sendo doze participantes do GTR e sessenta

cursistas das Oficinas no CECAGV.

No GTR foram inscritos dezessete professores, sendo que destes, doze

finalizaram o curso com todas as atividades. Entre os professore do GTR havia

professores de diferentes das áreas do conhecimento como Ciências, Biologia,

História e Geografia.

Já em todas as ofertas de Oficinas do CECAGV, foram setenta

professores inscritos e entre as áreas de conhecimento havia Artes, Biologia,

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Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,

Matemática, Pedagogia, Educação Especial, Educação Profissional, Ensino

Fundamental e Médio e Professores PDEs, conforme se pode observar na

Figura 1.

Figura 1 - Professores Participantes do GTR e Cursistas das Oficinas. Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

Nas análises e avaliações realizadas pelos professores cursistas do

GTR, as observações ao projeto foram feitas por etapas, ou seja, por

temáticas. Na Temática 1, por meio do Diário 1 o objetivo era de contribuir com

o Projeto de Intervenção Pedagógica para a Escola e discutir qual a

experiência do professor sobre o uso da fotografia e da produção coletiva. No

Fórum 1, a discussão abordava como a fotografia está presente no ensino de

Ciências e da forma como o cursista organizaria seu trabalho pedagógico para

discutir os conteúdos de sua disciplina a partir do uso de fotografias.

Os resultados para essa temática mostraram que os professores

possuem familiaridade com a fotografia em suas práticas pedagógicas, tanto

pela fotografia coletada por meios online, como produzida juntos com os

alunos, assim como entendiam o termo “produção coletiva” (Figura 2).

Figura 2 – Diário 1. Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

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No Fórum 1 foi possível perceber que a fotografia, seja ela pesquisada e

coletada por meios impressos ou digitais ou produzida com os alunos, está

presente nas disciplinas como um todo, pois os alunos do GTR eram de

diferentes áreas do conhecimento, como Biologia, Ciências, Geografia,

Geometria, História e Pedagogia (Figura 3).

Figura 3 – Áreas do Conhecimento – Professores GTR. Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

Já na Temática 2 o Diário 2 abordava o trabalho pedagógico a partir de

scripts e qual a contribuição deste para a prática cotidiana e para a organização

do trabalho docente.

Para os professores do GTR o trabalho pedagógico a partir dos scripts é

positivo e contribui para que o saber que o aluno possui possa fazer-se

socializado e ampliado, o que corrobora o desenvolvimento cognitivo do aluno,

pois a configuração dos scripts apresenta atividades que retira o aluno da

postura passiva diante do conhecimento. Alguns professores também

observaram que de alguma forma já trabalharam com propostas semelhantes e

que no cotidiano escolar é preciso que várias possibilidades pedagógicas

estejam presentes e que a proposta por scripts pode e deve estar presente na

prática docente (Figura 4).

Figura 4 – Diário 2. Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

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Junto a esta análise sobre a contribuição dos scritps, o Fórum 2 teve o

objetivo de socializar a Produção Didático-pedagógica e discutir se usariam a

proposta de script na sua prática pedagógica, qual a possibilidade desta

proposta fazer parte da sua organização do trabalho pedagógico e se

destacaria algum dos scripts em especial. Parte da discussão do Fórum 2 já

tinha sido respondida nos diários da mesma temática e foram ampliados nas

trocas realizadas pelo cursistas.

No Fórum 2, além de coadunar com o postado nos Diários 2, os

cursistas destacaram os seguintes scripts: “Scripts 4 - O que é um ambiente? A

relação entre ambiente e fotografia”, “Scripts – 5.1 Cada um fotografa o colega

e o lugar preferido na escola”, "Scripts – 6.1 Contar histórias", " Scripts – 7. O

roteiro e o roteiro coletivo ", “ Aula 8 – Produção do roteiro coletivo sobre os

conceitos de População, Comunidade e Sociedade; Scripts – 8.1 Produção do

roteiro coletivo” e foram enfáticos nas discussões ao expressar que a proposta

por scripts faria parte da organização de seus trabalhos pedagógicos.

Na Temática 3 o Fórum 3 teve o objetivo de socializar os

encaminhamentos metodológicos da implementação, na perspectiva do

Professor cursista a partir da escolha de três atividades, quando poderiam

aplicar uma ação de implementação ou relatar experiências e/ou sugerir uma

atividade. Neste momento do GTR, a análise avaliativa feita pelos professores

cursistas foi de que a proposta pedagógica com scripts pode ser considerada

como uma “ruptura”, uma “inovação” e como uma possibilidade de alterar

práticas pedagógicas com características mais passivas, para uma prática em

que a dinâmica de ensino e de aprendizagem tenha como protagonistas tanto o

professor como o aluno.

Nas Oficinas de Produção de Fotonovela realizadas no CECAGV,

durante os cinco encontros de cinco horas, os professores produziram um

roteiro coletivo sobre a problemática proposta no projeto de intervenção “O uso

da produção fotográfica sobre os conceitos de População, Comunidade e

Sociedade” e construiram uma produção fotográfica para discutir conteúdos

relacionados com suas disciplinas. Nestas produções específicas, os

conteúdos e temáticas abordaram desde explicar o que é perspectiva até

temas como envelhecimento, sexualidade, impacto ambiental, figuras de

linguagens e comportamento, lembrando que as áreas de conhecimento a que

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pertenciam os professores cursistas das oficinas eram de Artes, Biologia,

Ciências, Educação Especial, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua

Estrangeira Moderna, Língua Portuguesa, Matemática, além de profissionais e

professores que atuam como Técnicos Administrativos, Gestores, Pedagogos e

também professores da Educação Especial, da Educação Profissional, do

Ensino Fundamental e Médio e integrantes do PDE (Figura 5).

Figura 5 – Áreas do Conhecimento – Cursistas das Oficinas. Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Ao todo, por oficina, foram produzidos de cinco a seis temas diferentes,

relacionados com as disciplinas dos professores cursistas e duas versões

diferentes para a fotonovela sobre os conceitos de População, Comunidade e

Sociedade.

Com o exercício de produzirem um material específico para sua

disciplina e também realizarem a produção coletiva para discutir os conceitos

do projeto de intervenção de forma interdisciplinar, foi possível verificar

viabilidade pedagógica do uso da produção fotográfica, na forma de fotonovela,

proposta no projeto.

Tanto os professores cursistas do GTR como os professores

participantes das Oficinas no CECAGV apontaram o fato de ser uma proposta

simples e possível de ser utilizada em sala de aula.

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3. Considerações Finais

Como mostrar que os conceitos de População, Comunidade e

Sociedade possuem uma polissemia e que algumas áreas do conhecimento

contem expressões que a princípio parecem semelhantes e ao mesmo tempo

apresentam definições tão diferentes?

Para responder esta questão, o uso da produção fotográfica foi o meio

pelo qual o tema foi abordado, desenvolvido e transformado neste artigo para o

PDE da SEEDPR, turma do ano de 2013-2014 com o título de “O uso da

produção fotográfica sobre os conceitos de População, Comunidade e

Sociedade”.

Em todas as etapas - Projeto De Intervenção Pedagógica na Escola,

Unidade Didática/Caderno Pedagógico e Implementação do Projeto na Escola,

a proposta deste trabalho tinha como objetivo trazer a discussão pelo olhar da

interdisciplinaridade, pois, como algumas áreas do conhecimento também

abordam e conceituam os termos de População, Comunidade e Sociedade, se

faz importante que o aluno perceba as semelhanças e diferenças destes

conceitos em todas as áreas do conhecimento.

Tanto a análise como a implementação da proposta ocorreram com

professores de áreas do conhecimento correlatas e não correlatas à disciplina

de Ciências, o que promoveu uma discussão interdisciplinar do material

didático e foi possível perceber as possibilidades positivas e a necessidade

delas serem desenvolvidas na proposta.

No GTR as indicações dos professores cursistas possibilitaram

melhorias para sua aplicação e a proposta na forma se script recebeu análises

positivas, por indicar encaminhamentos tanto para o aluno como para o

professor, contribuindo pedagogicamente para o trabalho docente.

Nas Oficinas, a avaliação dos professores participantes mostrou que o

fato da fotonovela ser uma proposta simples ampliava as possibilidades do

professor na organização pedagógica do seu trabalho.

Deste modo, este trabalho, que uniu o uso da produção fotográfica para

discutir os conceitos de População, Comunidade e Sociedade, foi além da

discussão dos conceitos, contribuiu para o desenvolvimento da criatividade e

do diálogo interdisciplinar entre diferentes as áreas do conhecimento.

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4. Referências

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