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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: O papel do Pedagogo na intervenção metodológica para
a efetivação da Adaptação Curricular.
Autora: Vanessa do Rocio Maciel da Rosa
Disciplina/Área:
Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual Cristo Redentor – Ensino Fundamental
Município da escola:
Nova Prata do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação:
Dois Vizinhos
Professor Orientador:
Janete Ritter
Instituição de Ensino Superior:
Unioeste
Relação Interdisciplinar:
-
Resumo:
A presente unidade didática visa contribuir na formação continuada do pedagogo na escola publica, ressaltando ser fundamental importância a intervenção deste profissional na articulação do processo ensino aprendizagem para que adaptação curricular se efetive na escola. O objetivo principal será promover uma ampla discussão e reflexão sobre a adaptação curricular dos alunos com transtorno especifica de aprendizagem, através da mediação do pedagogo. Sistematiza estudos teóricos e reflexões, com base na metodologia de pesquisa bibliográfica, fundamentada em explicações sistemáticas de autores que abordam e discutem a temática, para tanto apontamos para os estudos Gasparin (2005), Libâneo(2004), Carvalho (2010), dentre outros. A partir das discussões e reflexões realizadas no grupo de estudos de pedagogos e professoras da sala de recursos multifuncional da rede estadual do município de Nova Prata do Iguaçu, pretende-se que fortaleça o elo do conhecimento para posteriormente ser concretizado nos espaços escolares.
Palavras-chave:
Papel do pedagogo. Mediação. Adaptação Curricular.
Formato do Material Didático:
Unidade Didática
Público:
Pedagogos e Professoras da Sala de Recurso Multifuncional I
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Esta unidade didática é o resultado de estudo para se estabelecer
estratégias de ação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, proposto
pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2014, com a temática
O papel do Pedagogo na intervenção de metodologias para a efetivação da
Adaptação Curricular. E tem como objetivo principal promover uma ampla
discussão e reflexão sobre a adaptação curricular dos alunos com transtornos
específicos de aprendizagem, através da mediação do pedagogo. Este
trabalho se desenvolverá no primeiro semestre do ano letivo de 2015, junto
aos pedagogos e professoras da sala de recursos multifuncional das Escolas
Estaduais do município Nova Prata do Iguaçu.
Sabemos que a educação obrigatória é um direito para todos os alunos.
Por isso, é necessário fazer todo o possível para que todos os alunos
aprendam e progridam. Porém nem sempre garantimos esta aprendizagem,
pois a escola possui um grande numero de educandos com Transtorno
Especifico de Aprendizagem que necessitam de uma adaptação curricular,
mas por falta de tempo ou conhecimento nem sempre a escola oportuniza este
direito aos seus alunos, neste contexto percebo ser de fundamental
importância à intervenção do pedagogo na articulação desse processo para
que a adaptação curricular se efetive no âmbito escolar.
Esta temática surgiu de varias indagações vivenciadas no cotidiano
escolar, situações de duvidas e dificuldades em efetivar e garantir a adaptação
curricular aos alunos que apresentam transtorno específico de aprendizagem, e
sendo este, um direito previsto e assegurado pela legislação vigente: Por que a
escola não consegue efetivar a adaptação curricular para os alunos que
apresentam transtornos específicos de aprendizagem? Por que a escola em
alguns momentos vê os alunos que apresentam transtorno específico de
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aprendizagem como preguiçosos, mal educados, desatentos e etc.? E o
professor em sala de aula, não oportuniza a adaptação curricular porque não
sabe ou, porque dá “trabalho”? Qual é o papel do pedagogo neste contexto?
Além dessas indagações, também percebo no dia a dia escolar que quando
tentamos realizar as adaptações curriculares, os registros da vida legal do
educando não são oficializados de forma correta. Nessa perspectiva, pretende-
se refletir e discutir o papel do pedagogo nas intervenções de metodologias
para que a adaptação curricular se efetive na escola, através de um grupo de
estudos com encontros presenciais e não presenciais, com um total de trinta e
duas horas de estudos. Os encontros serão subsidiados por textos, vídeos,
músicas, charges e documentos da legislação vigente.
Para a compreensão desta unidade, dividiram-se os conteúdos em sete
módulos:
Módulo I - Apresentação e exposição do projeto de intervenção pedagógica na
escola aos integrantes do grupo de estudos, para que assim, todos conheçam
os objetivos propostos no PDE.
Módulo II - Estudo, reflexão e debate sobre a capacidade que temos em
aprender e o papel do pedagogo na mediação do currículo.
Módulo III - Estudo e debate do Capítulo 2: O ensino e a aprendizagem: os
dois métodos do livro de Luis Carlos Cagliari, Alfabetizando ba, bé, bi, bó, bu.
Com análise e reflexão de frases retiradas de textos produzidos pelos alunos
quando questionados sobre: COMO TERIA QUE SER UMA BOA AULA PARA
VOCÊ?
Módulo IV - Analise e diferenciação dos conceitos de Dificuldade de
Aprendizagem de Transtorno Específico de aprendizagem, através da leitura
compartilhada do texto e de vídeos complementares.
Módulo V - Estudo, análise e interpretação da legislação vigente e do
documento oficial do MEC Projeto Escola Viva - Garantindo o acesso e
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permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades
educacionais especiais, Nº 6 – Adaptações de Pequeno Porte.
Módulo VI - Análise de um estudo de caso fictício do educando “Joãozinho”,
através de pareceres pedagógico, neurológico e psicológico, finalizando com
uma simulação de registro de adaptação curricular.
Módulo VII - Produção de uma coletânea de estratégias e sugestões de
mediação do pedagogo na intervenção de metodologias para a efetivação da
adaptação curricular na escola.
A avaliação será de acordo com a concepção apresentada pelas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná:
[...] a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica (PARANÁ, 2009).
Desta forma, a avaliação do grupo de estudos se dará continuamente,
de forma diagnóstica, priorizando a apropriação de conhecimentos.
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Reflexão sobre a música:
(Sonho Impossível, Maria Bethania. CD)
Iniciar com música para pensar e comentar sobre o papel que nós
educadores temos que enfrentar no dia a dia escolar para que todos
recebam o direito de aprender, inclusive os alunos com transtorno
específico de aprendizagem, então, como diz na letra da música: temos
que vencer o inimigo invencível, quantas guerras terão de vencer para
assim ver uma flor brotar do impossível chão. E é assim na escola
sonhar mais um sonho impossível é que iremos à busca de nossos
ideais.
Na sequencia, apresentarei através de slides o Projeto de Intervenção
Pedagógica na escola, para que todos os participantes conheçam os
objetivos propostos do grupo de estudos.
Para finalizar o encontro será passado Vídeo: Experiências inovadoras
na educação: José Pacheco at TEDxUnisinos. Onde analisaremos que
aprender é surpreender e ao pensarmos em adaptação curricular é
preciso pensar que temos que mudar práticas metodológicas em sala de
aula.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=reOEnY8jkjo
Tempo de duração: 18 minutos e 12 segundos.
SINOPSE: Há 30 anos, um projeto inovador na educação nascia em Portugal. A frente dele estava José Francisco de Almeida Pacheco. O "Fazer a Ponte" hoje tem projeção internacional porque traz em sua constituição elementos bastante inovadores em termos de organização pedagógica, comunitária e administrativa. A ideia central da iniciativa era formar pessoas e cidadãos cada vez mais cultos, autônomos, solidários e democraticamente comprometidos com a construção de um novo projeto de sociedade. Pelo desenvolvimento dessa proposta, Pacheco recebeu, em 1977, o prêmio "Experiências Inovadoras no Ensino".
O TEDxUnisinos Inovação na Educação mantém o mesmo espírito e missão do TED: "vale a pena
espalhar ideias". É o primeiro evento no Brasil a dedicar todas as palestras ao tema educação
Categoria
6
Nesta unidade vamos refletir e debater se todos os educandos são capazes de
aprender, sendo que aprendemos de formas diferentes e em tempos
diferentes. Também será refletido o papel do pedagogo na mediação do
currículo.
Contação de uma história infantil em Power point: Lilito na escola da
autora Sandra Diniz Costa, Editora Triângulo, Coleção Tempero, 2004.
Link:https://docs.google.com/presentation/d/1oNuIW0b7tVi7ONNakyF2o3C4qY
IfneLaYUPuY8fkcpE/edit?usp=sharing
Com base na história infantil e na sua experiência profissional, reflita e
discuta com seus colegas:
Você, enquanto
professor (a)
pedagogo(a) acredita
que todos os alunos são
capazes de aprender?
Qual o seu papel neste
contexto?
Resumo da história:
Esta história fala de um caracol chamado Lilito, que fazia tudo devagar,
andava devagar, pensava devagar, dormia devagar. Ele não sabia pular, nem
voar. Na escola Lilito estava sempre atrasado, enquanto os colegas estavam
na multiplicação ele começava a entender a adição. Sua professora não podia
mais esperar para não atrasar a sala e Lilito foi ficando para trás até que foi
mandado para outra sala, a sala das lesmas e dos burros. Até que m dia
chegou uma professora diferente, que acreditava em ideias diferentes sobre o
que ensinar e acreditava que toda criança pode aprender.
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Na sequencia será feita a leitura compartilhada do texto, abrindo para discussão, análise e debate.
PAPEL DO PEDAGOGO COMO MEDIADOR DO CURRÍCULO.
A formação do pedagogo, no contexto educacional, cultural e político
brasileiro, favorecem a delimitação de diversos contornos identitários ou
múltiplas identidades, considerando-se que a formação no curso de
pedagogia, sofreu, como qualquer prática cultural humana, profundas
modificações ao longo da história. Assim não é possível traçar uma única
identidade deste profissional da educação. Sendo assim, irei descrever um
pouco sobre a história da pedagogia.
O Curso de Pedagogia foi instituído no Brasil em 1939, pelo decreto-lei
1190, depois de organizado pela Faculdade Nacional de Filosofia (LIBÂNEO,
2002, p. 16). Seu objetivo era formar bacharéis e licenciados para diversas
áreas. O curso sempre enfrentou problemas com sua formação, tendo assim
dificuldade de se colocar no mercado de trabalho. Este problema persistiu até
1962, quando se criou o parecer CFE nº 251 relatado pelo Conselheiro Valnir
Chagas, mas as alterações de nada resolveram os problemas já existentes.
Este parecer discutia se o curso deveria ser extinto ou não.
A ameaça de extinção do curso de Pedagogia ressurgiu por meio de
preocupação de educadores com a reformulação do curso e a crítica a sua
identidade. Polêmica que se intensificou a partir da LDB nº 4.024/61.
Na década de 70, através das indicações do CFE de 1973/1975/1976,
estabelece normas a serem seguidas em todos os cursos de licenciatura e
propunha adotar experiências feitas por países desenvolvidos, na época
incompatível com a realidade brasileira.
Segundo Silva, define o pedagogo como um especialista em educação,
a identidade do pedagogo estaria vinculada aos estudos a respeito da
educação.
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Em 1980 foi criado o Comitê Nacional Pró – Reformulação dos cursos de
Formação de Educadores, este comitê passou a ser um dos principais nas
disputas em razão da reformulação dos cursos de formação de educadores. A
partir de 1990, a identidade do curso fica sob a coordenação da ANFOPE,
estando centrada na formação dos educadores em geral a base comum
nacional. Com a LDB/1996 em seus artigos 62 a 64, as quais deveriam
destacar em seus currículos a base comum nacional e considerar a docência
como a base da identidade profissional de todos os profissionais da educação.
No ano de 2001 os currículos passaram a ter uma “base comum
nacional” ficando a docência como a base da identidade profissional. Em 2002
a 2006 o curso de pedagogia passou a ser norteado pelas diretrizes
curriculares, que estabelece duas modalidades de docência: para educação
infantil e para as series iniciais do ensino fundamental, juntando a cada uma
delas a possibilidade de atuação na formação pedagógica do profissional
docente e na gestão educacional.
Nos diversos contextos sócio-históricos revelam varias identidades
atribuídas ao pedagogo. Explicitando essa questão Iria Brzezinski (1996, p.
123) afirma que:
Na atualidade, segundo a Resolução CNE/CP n. I, de 15/05/2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacional do Curso de Pedagogia (DCNPedagogia), a docência consiste na base da identidade profissional do pedagogo. Respeitada a base docente, a implementação destas diretrizes vem induzindo uma identidade múltipla e complexa ao pedagogo, na qual se articula o ser Professor, o ser pesquisador e o ser gestor.
Pelo fato do pedagogo ser visto como um profissional com múltiplas
funções e sem uma identidade específica se faz necessário continuar a luta e
teorizar a nossa pratica para que consigamos construir uma única identidade.
Então a escola vem sendo alvo de disputa de interesses distintos, os
quais expressam a organização da nossa sociedade do mundo capitalista. Ela
reproduz a ideologia do capital e ao mesmo tempo oferece condições de
emancipação humana. Além de manifestar e reproduzir relações sociais,
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políticas, econômicas e culturais. Faz dizer, portanto, que a escola não é
neutra.
Rossler diz:
Mas vivemos em uma sociedade de classes marcada por intensos processos de alienação, de exclusão e dominação. Dominação de uma classe social por outra. Vivemos numa sociedade regida pelas leis do capital e que se assenta sob a égide da propriedade privada e da produção de mercadorias, de bens de consumo. (ROSSLER, 2006, p. 40)
Dentro destas contradições que se analisa o papel do currículo que
etimologicamente vem do latim curriculum, que significa “pista de corrida”.
Segundo Saviani (1984, p.23), a escola existe “para saber propiciar a
aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado,
bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber”.
Também Saviani (1984) destaca o papel do currículo como o conjunto
das atividades nucleares da escola. O currículo faz uma seleção intencional
dos conteúdos e da especificidade da escola a fim de promover a socialização
do saber e o compromisso com a elevação cultural das massas.
O currículo especifica o que, como e quando ensinar e o que como e
quando avaliar. O currículo é uma seleção sim de conteúdos, de concepções,
de intenções os quais devem ser democratizados para toda a população, uma
vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma
sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.
Gasparin diz que os conteúdos devem ser integrados e aplicados teórica
e praticamente no dia a dia do educando. Explicitando essa questão, Gasparin
(2005, p. 2) afirma:
Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano. Isso possibilita evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações sociais de trabalho em cada
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produção. Consequentemente, os conteúdos reúnem dimensões conceituais, científicas, históricas, econômicas, ideológicas, políticas, culturais, educacionais que devem ser explicitadas e apreendidas no processo e ensino-aprendizagem.
Retomando a concepção de que o pedagogo é o profissional que atua
em várias funções da prática educativa, vinculadas à organização e aos
processos de aquisição de saberes acumulado historicamente, definido
coletivamente no Projeto Político Pedagógico, esse passa ser compreendido
como mediador e o articulador deste projeto na escola, que se efetiva, através
do Plano de Trabalho Docente e do trabalho efetivo do professor em sala de
aula.
Como a escola é a mediadora entre o conhecimento e a comunidade, o
professor é o mediador entre o conhecimento e o aluno, sendo o pedagogo o
mediador entre o método, as formas de condução do conhecimento e a prática
docente. É do pedagogo a responsabilidade de transformar o conhecimento
difuso em sistematizado e assimilável, ou saber escolar (Saviani,1985).
Para pensar sobre o papel do pedagogo, Pimenta (1991, p.148) situa o
pedagogo [...] cujo trabalho se configura como mediação entre a organização
da escola e o trabalho docente de modo a garantir as condições favoráveis a
consecução dos objetivos pedagógicos-políticos da educação escolar
efetivados pelos conteúdos, pela metodologia e pelos objetivos.
Segundo Libâneo (2004, p. 63.):
Cabe ao pedagogo dar suporte ao trabalho docente, utilizando-se do conhecimento, próprio da sua formação, dos componentes técnicos práticos, psicológicos, sociopolíticos, decorrentes das ciências auxiliares da educação, no ato educativo.
Sendo assim, o pedagogo tem o papel de mediar o processo ensino
aprendizagem, reconhecendo que cada aluno possui diferentes maneiras de
aprender, ritmos, interesses diversos, estilos e estratégias diferenciadas, mas
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fazer com que essa diversidade se enquadre na sala de aula e fora dela,
tornando-se aprendizagem positiva para todos.
A partir do texto, Reflita e debata com seus colegas.
Para saber mais acesse:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/
jul_2009/aprendizagem_desenvolviemnto_sforni.pdf
Como na escola esta o
nosso papel de mediador
do Currículo? O que
podemos fazer para
melhorar essa atuação?
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Leitura compartilhada do Capítulo 2: O ensino e a aprendizagem: os dois
métodos.
Do livro:
Após o estudo e leitura do texto será realizado um debate com base nas
perguntas abaixo:
Qual o método mais utilizado na sua escola: O método 1 ou
método 2? Justifique.
Como pode ser a atuação do pedagogo para que o método 2 se
concretize nas salas de aula?
Como está o processo ensino aprendizagem de sua escola?
Para acrescentar o debate será feito uma análise e reflexão de frases
retiradas de textos produzidos pelos alunos quando questionados sobre:
COMO TERIA QUE SER UMA BOA AULA PARA VOCÊ?
Aluno A:
“Teria que ser na prática, mais vezes na sala de computação, na TV, no
livro, também algumas aulas fora da sala. Com bastante explicação, também
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-bé-bi-bó-
bu. São Paulo: Scipione, 2009.
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fazendo textos, copiando do quadro, com aulas mais animadas, com filmes
etc... Para mim desse jeito seria melhor para entender as aulas, eu já entendo
bem mas assim entenderia melhor, as aulas seriam mais divertidas e os
alunos entenderiam mais”.
Aluno B:
“... tinha que ser mais prática, porque no livro a gente só vê as fotos das
coisas vivas que existem”.
Aluno C:
“Teria que ser uma aula sem conversa, sem bagunça, os professores
teriam que explicar melhor. Todos explicam bem, mas com conversa não dá
para se concentrar, etc... Para mim é um pouco difícil porque eu não tenho
internet e os professores sempre dão tarefas para pesquisar e eu tenho que ir
lá à minha vó para ir à minha amiga fazer as tarefas. Então teria que ter
computadores para os alunos fazerem as tarefas. Eu gostei de estudar aqui,
mas eu não consigo tirar notas muito boas”.
Aluno D:
“Teria que ter o livro didático, mas também teria que ter aula prática,
com brincadeiras e experiências. Poderíamos ver vídeos, fazer cartazes, fazer
teatros, fazer pesquisas nos computadores, fazer caça-palavras e cruzadinhas
sobre o assunto. Poderá ter mais diversão. É sempre aquela aula consecutiva,
poderia ter vídeos e filmes, um momento de diversão. Por exemplo, em
alguma aula, poderia ter teatro, ou ter alguma aula prática com experiências e
brincadeiras. Poderia ter mais palestras, apresentações e concursos”.
Aluno E:
“... devíamos ter aulas de computação, aulas práticas, mas algumas
teóricas também, porque as aulas ficam mais boas quando se mistura prática e
teoria. Os professores deviam chegar na sala e explicar o conteúdo e não
somente chegar e mandar copiá-lo por inteiro. Podíamos também ter um
laboratório para fazer pesquisas do assunto abordado na matéria, e também
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uma sala de vídeo para assistir filmes, que quase não assistimos, pois
raramente assistimos filme que fazem parte do conteúdo”.
Aluno F:
“... os professores passassem a matéria e explicassem bem, um
exemplo: trabalhamos os estados físicos da água (sólido, líquido e gasoso), ai
poderia ir à cozinha para ver os três estados físicos da água. Eu queria que
tivesse aulas diferentes às vezes. Eu queria aulas temporárias também. É isso
que eu penso de ser uma boa aula”.
Aluno G:
“... o professor deveria chegar na sala, fazer a gente se animar, fazer
aula prática, sair, ir nas mesas, mas ultimamente só estão passando no
quadro, ditando e no livro”.
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Nesta unidade iremos analisar e diferenciar os conceitos de Dificuldade de
Aprendizagem de Transtorno Específico de aprendizagem, através da leitura
compartilhada do texto e de vídeos complementares.
Para iniciar o encontro iniciarei com o vídeo INTERPRETANDO O
PROBLEMA - Dificuldades de Aprendizagem, onde refletiremos sobre
a importância de sabermos a diferença dos termos ou conceitos de
dificuldade de aprendizagem de transtorno especifico de aprendizagem,
para que assim não ocorram enganos que possam comprometer a
evolução acadêmica e consequentemente seu futuro, rotulando nosso
educando.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=2IKlsW15vLY
Tempo de duração: 5 minutos e 18 segundos
Leitura compartilhada do texto:
CONCEITUANDO E DIFERENCIANDO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
DE TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM.
Segundo o dicionário Dificuldade é qualidade do que é difícil.
Impedimento, obstáculo. Apuro, aperto. Aprendizagem é Ação de aprender;
SINOPSE: Esse vídeo traz exemplos comuns de alunos com dificuldades de aprendizagem e mostra como pode haver erros de interpretação. Publicado 21/10/2013.
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aprendizado. Tempo durante o qual se aprende. Psicologia Método que
consiste em estabelecer conexões.
Para Major e Walsh (1990), o termo dificuldade de aprendizado é
frequentemente mal interpretado, em parte, devido às várias definições que lhe
foram atribuídas. Geralmente, quando falamos de uma criança com um
problema de aprendizado, nos referimos a uma criança de inteligência
mediana, sem problemas emocionais ou motores sérios e que pode ver e ouvir
dentro dos parâmetros normais, porém, que ainda assim apresenta alguma
dificuldade nas atividades escolares habituais. No contexto escolar, muitos
alunos podem apresentar diferentes dificuldades de aprendizagem em algum
momento de sua vida acadêmica, com defasagem em uma ou mais disciplinas
(mas não necessariamente em todas elas).
As dificuldades de aprendizagem são decorrentes de aspectos naturais
ou secundários são passíveis de mudanças através de recursos de adequação
ambiental. Para reconhecer em uma criança a dificuldade de aprendizagem, se
faz necessário primeiramente entender o que é aprendizagem e quais os
fatores que nela interferem.
Através dos estudos de Luiz Carlos Cagliari (2009, p.38), aprender é:
Aprender é um ato individual: cada um aprende segundo seu próprio metabolismo intelectual. A aprendizagem não se processa paralelamente ao ensino. O que é importante para quem ensina, pode não parecer tão importante para quem aprende. A ordem da aprendizagem é criada pelo indivíduo, de acordo com sua história de vida e raramente, acompanha passo a passo a ordem de ensino.
De acordo com a definição proposta por Sisto (2001 b) dificuldade de
aprendizagem momentânea refere-se àquelas que aparecem em um dado
momento escolar e não são afetadas por aspectos psicobiológicos ou
neurológico, uma vez que os parâmetros cognitivos são normais.
A definição de dificuldade de aprendizagem apontada por este autor diz
que:
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A dificuldade de aprendizagem engloba um número heterogêneo de transtorno, manifestando-se por meio de atrasos ou dificuldades em leitura, escrita, soletração, cálculo, em crianças com inteligência potencialmente normal ou superior e sem deficiências visuais, auditivas, motoras ou desvantagens culturais. (SISTO, 2001 c,p.193)
Partindo destes conceitos, compreendemos que dificuldade de
aprendizagem é momentânea sem disfunção neurológica, onde o educando
num dado momento educacional vivência situações em que não consegue
acompanhar o ritmo de aprendizagem de seus colegas da mesma idade. Mas
essas dificuldades podem ser superadas e sanadas através de aulas de
reforço, contra turno ou salas de apoio, pois suas dificuldades são decorrentes
da defasagem dos conteúdos básicos da disciplina de matemática e língua
portuguesa, cujos fatores podem ser internos ou externos.
Após entendermos o conceito de dificuldade de aprendizagem, irei
apresentar o que o estado do Paraná entende por Transtornos Funcionais
Específico de Aprendizagem.
Conforme a Instrução n° 016/2011 – SEED/SUED, Transtornos
Funcionais Específicos é:
Transtornos funcionais específicos: Refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas, na atenção e concentração.
Esses transtornos funcionais específicos abrangem um grupo de alunos
que apresentam problemas específicos de aprendizagem escolar manifestada
por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura,
escrita ou habilidades matemáticas, não existindo para os mesmos uma
explicação evidente. Estas desordens são intrínsecas ao sujeito,
presumivelmente deve-se a disfunções neurológicas em determinada área
cerebral, que compromete a aquisição e o desenvolvimento das habilidades
escolares.
18
O aluno com transtornos funcionais específicos não deve ser
'classificado' como deficiente, trata-se apenas de um educando que aprende de
uma forma diferente, pois apresenta capacidade motora adequada, inteligência
na média ou acima, audição e visão normais, assim como ajustamento
emocional. Esse aluno possui uma dificuldade específica em determinada
aprendizagem, como por exemplo: não aprende as quatro operações; não
compreende o que lê; compreende o que lê, mas não sabe escrever.
No estado do Paraná, por entendermos que esse grupo de alunos necessita de
um complemento à escolarização da classe comum para obterem êxito na sua
vida escolar, a SUED/DEEIN oferta este apoio especializado em Sala de
Recursos Multifuncionais, atendimento normatizado pela Instrução 16/11–
SEED/SUED – PR.
Para complementar nossos estudos sobre a temática do encontro,
iremos assistir e anotar alguns apontamentos sobre o vídeo Dificuldade
de Aprendizagem (Ensino Especial), para posteriormente refletir sobre
os apontamentos que cada participante registrou.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=cbLIHjnPLoU
Tempo de duração: 41minutos e três segundos
Para saber mais:
SINOPSE: Este vídeo foi produzido pela Secretaria Estadual de Goiás como um recurso de materiais pedagógico da Escola de Formação de professores do estado publicado em 26/03/2013. Com a gerência o ensino especial e ministrado pela Pedagoga e Fonoaudióloga Ms. Eliana Souza da Costa Marques da equipe multiprofissional do estado de Goias. O vídeo pretende refletir sobre algumas inquietações de dificuldades de aprendizagem que enfrentamos na escola com base em autores como Fonseca(1995), Souza(2008), Vygotsky.
SISTO, Fermino Fernandes. Dificuldade de Aprendizagem no Contexto Psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 2001.
Fonseca, Vitor. Introdução às Dificuldade de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
https://www.youtube.com/watch?v=WurheIyza0s
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Nesta unidade teremos como embasamento o estudo das legislações vigentes
que tratam sobre adaptação curricular.
Para pensar e discutir com os colegas:
Interpretação e reflexão da charge abaixo.
O que você entende por
adaptação Curricular? É
realizado em sua
escola? De que forma?
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Através da análise da charge, os participantes serão questionados se
esta situação acontece no cotidiano escolar. Os alunos são vistos como
seres em condições “iguais”? As ferramentas e os instrumentos são os
mesmos para todos?
Na sequencia veremos o que a legislação nos diz a respeito da
Adaptação curricular.
Sendo a educação obrigatória como um direito para todos os
educandos, é necessário que a escola faça todo o possível, usando os
diversos instrumentos e recursos metodológicos para que todos os educandos
se apropriem dos conhecimentos produzidos historicamente.
Com base na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) Lei
9394/96:
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (APP Sindicato, 1997, p.47).
Art. 27º. Os conteúdos curriculares da educação básica obsevarão, ainda, as seguintes diretrizes:
II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento. (APP Sindicato, 1997, p. 56).
Art. 59º. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender as suas necessidades; (APP Sindicato, 1997, p.66).
A Declaração de Salamanca: de princípios políticos e prática para as
necessidades educativas especiais (1994, item 2, p. 1) diz:
[...] “as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso a escola regular que deveria acomodá-las dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades”. (1994, p. 1)
21
De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Especial
(2006), as ações pedagógicas que buscam flexibilizar o currículo são
denominadas de adaptações curriculares e se apresentam como uma
possibilidade da escola atuar frente às dificuldades significativas de
aprendizagem.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Especial na Educação
Básica orientam que:
[...] flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, [...] (BRASIL, 2001).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais explicita adaptações curriculares como:
...estratégia e critérios de atuação docente, admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender à diversificação de necessidades dos alunos na escola. (MEC/SEESP/SEB, 1998, p.15)
A utilização deste termo está mais ligada às alterações e propostas de
conteúdos educacionais que são solicitadas a partir da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Dessa forma, os Parâmetros e
as Diretrizes Curriculares Nacionais para os vários níveis de ensino baseiam-se
no pressuposto de que a realização de adaptações curriculares pode atender a
necessidades particulares de aprendizagem dos alunos.
Através da Resolução CNE/CEB n.2 de 11 de setembro de 2001, artigo
8; Inciso III, que destaca a importância da adaptação curricular.
Art.8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover, na organização de suas classes comuns:
22
III – Flexibilização e adaptação curriculares, que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processo de avaliação adequada ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola respeitado a frequência obrigatória (CNE, 2001, p.71).
Segundo a Secretaria de Educação Fundamental (SEF) do Ministério da
Educação (MEC), as adaptações curriculares são medidas pedagógicas
adotadas em diversos âmbitos: no nível do projeto pedagógico da escola, da
sala de aula, das atividades e, quando necessário, aplicam-se ao aluno
individualmente. Visam ao atendimento das dificuldades de aprendizagem e
das necessidades especiais dos educandos e ao favorecimento de sua
escolarização. Ainda, “essas medidas adaptativas focalizam a diversidade da
população escolar e pressupõem que o tratamento diferenciado pode significar,
para os alunos que necessitam igualdade de oportunidades educacionais.
Desse modo, buscam promover maior eficácia educativa, na perspectiva da
escola para todos”.
O documento Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e a permanência de
todos os alunos na escola, publicado pelo MEC/SEEP (2000, p. 09), volume 5 e 6
trata de dois tipos de adaptações curriculares, sendo elas:
Adaptações Curriculares de Grande porte, que “compreendem ações que são de competência e atribuição das instâncias político-administrativas superiores, já que exigem modificações que envolvem ações de natureza política, administrativa, financeira, burocrática, etc.”
Adaptações Curriculares de Pequeno Porte, que “compreendem modificações menores de competência específica do professor. Elas constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula.”
Na escola uma das funções que também é atribuída ao pedagogo é o
acompanhamento periódico dos livros de Registro de Classe, vistando-os ao
final de cada período (bimestre, semestre, trimestre, etapa, etc.) os registros
das ações docentes e discentes. Esta função exige que o pedagogo auxilie os
docentes quanto ao preenchimento correto deste documento oficial da escola
e quando se trata das adaptações curriculares, a instrução nº 07/10-
23
SEED/DAE/CDE que estabelece as normas para preenchimento do livro
registro de classe na rede estadual de ensino diz: “h) o campo
Adaptação/Dependência destina-se ao registro dos alunos em regime de
adaptação ou progressão parcial” (2010).
Análise do livro registro de classe no campo de adaptação
Fonte: Arquivo pessoal
Após conhecermos a legislação iremos compreender o que é adaptação
curricular de Pequeno Porte através do estudo do documento oficial do Mec –
Projeto Escola Viva.
24
Na leitura faça um registro dos apontamentos que considera relevantes
sobre a temática adaptação curricular no ensino comum e ao termino do
estudo socialize com seus colegas debatendo sobre seu ponto de vista.
Para saber mais acesse:
MEC, SEESP. Projeto Escola Viva - Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais, Nº 6 – Adaptações de Pequeno Porte. Brasília, 2000. Link: https://drive.google.com/file/d/0B5vyyv4dN_fQNEZZUENEUmp0MkE/view?usp=sharing
http://www.cnotinfor.pt/inclusiva/pdf/Adaptacao_curricular_pt.pdf Acessado
em 03 de dezembro de 2014.
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3161_1327.pdf
Acessado em 03 de dezembro de 2014.
25
Neste encontro iremos analisar um estudo de caso fictício do educando
Joãozinho, simulando situações que enfrentamos na escola. Neste estudo
veremos um parecer pedagógico, neurológico e psicológico.
Relatório Pedagógico
Joãozinho nasceu no ano de 2001, iniciou seus estudos em nosso
estabelecimento de ensino no ano de 2012 no 6º ano, o aluno frequentou a Sala de Apoio
(contra turno) o ano todo no período contrário em que estuda. No presente ano de 2013, o
educando apresenta falta de atenção e concentração, é lento e esforçado, tenta realizar
as atividades proposta pelos educadores, embora não tenha avanços significativos na sua
aprendizagem. Sendo um aluno assíduo e que demonstra interesse pelo estudo.
Percebemos que o educando tem dificuldade na leitura, na interpretação, na
produção escrita, não utilizando os sinais de pontuação, apresentando uma letra ilegível.
Sua leitura é lenta, sem ritmo, não respeitando a pontuação. Demonstra insegurança nas
atividades que vai realizar principalmente na leitura, na escrita e na interpretação.
O aluno é comunicativo e no convívio social tem um ótimo relacionamento com os
colegas e professores. A mãe acompanha o seu desenvolvimento escolar, assim como as
atividades extra-classe.
Devido às queixas relatadas pelos docentes, o aluno foi encaminhado para a Sala
de Recurso Multifuncional para ter um apoio pedagógico especializado estando em
processo de avaliação pedagógica.
Colocamo-nos a disposição para maiores esclarecimentos e se possível
gostaríamos de receber um parecer médico a respeito do aluno, para orientar os
educadores no trabalho com o educando.
___________________ _______________________
Prof. Especialista Prof. Pedagoga
26
Parecer Neurológico
O menor Joãozinho foi submetido a avaliação multiprofissional (psicológica,
pedagógica e neuropediátrica) com dados compatíveis com distúrbios de
aprendizagem escolar na área da leitura: Dislexia.
Apresenta sintomatologia acentuada de desatenção na sala de aula e será
medicado para tal.
Diante do exposto, sugiro atendimento em sala de recursos multifuncional
tipo I, por se tratar de um transtorno funcional.
Em relação à escola, tem direito a adaptações curriculares, de ensino e de
avaliação (Ex: avaliações escolares diferenciadas, assistidas e/ou utilizando a
oralidade, sentar próximo ao professor, maior tempo na realização das atividades
e provas, linguagem de questões claras e simples, destacar partes de textos mais
importantes, explicar erros ortográficos, permitir uso de dicionário para correção
de erros, não apressar para terminar tarefas, valorizando a autoestima).
Fico à disposição para maiores esclarecimentos.
Dra. XXXXX XXX Neurologista pediátrica
27
Parecer de Avaliação Psicológica
A avaliação psicológica de Joãozinho foi solicitada por sua professora. A
razão para o encaminhamento está associada a queixas de “baixo rendimento
escolar, insegurança, medo de escrever, é bastante lento, se distrai com muita
facilidade”.
Com base na observação clinica de Joãozinho o mesmo revela-se uma
pessoa insegura no que se refere á aprendizagem escolar, nas demais situações
cotidianas demonstra segurança, boa adaptabilidade a novas situações, durante
as sessões de avaliação, notou-se que apresentava um discurso espontâneo rico
e habilidades intelectuais adequadas e aplicadas ao cotidiano, é criativo e
interessado pela aprendizagem.
De acordo com a tabela de normas e conversões da amostra brasileira de
interpretação do WISC III, o paciente apresentou habilidades intelectuais totais
dentro da média esperada, com os seguintes valores objetivos de QI:
QI Verbal = 116 Média Superior QI Execução = 87 Média Inferior QI Total = 103 Média
Os ÍNDICES FATORIAIS apresentarem-se de maneira geral dentro da média
esperada,
Compreensão Verbal = 110 Média Superior Organização Perceptual = 83 Média Inferior Resistência à Distração = 87 Média Inferior Velocidade de Processamento = 74 Limítrofe
Conforme interpretação qualitativa o paciente apresenta potenciais
intelectuais preservados e com condições para uma aprendizagem adequada se
realizadas adaptações que respeitem seu ritmo de desempenho, apresentou
menor desempenho em atividades da Escala de Execução.
Apresenta prejuízos no desempenho em subtestes (Armar objetos e
procurar símbolos) que exigem: praxia construtiva, representação mental de
objetos, percepção e memória semântica visual, análise e síntese, memória de
curto prazo e atenção alternada.
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Apresentou excelente resultado no subteste de compreensão e vocabulário que
estão relacionados a: memória episódica, memória semântica, habilidades sociais/
julgamento moral, compreensão oral auditiva, memória léxico semântico visual e
auditiva, flexibilidade cognitiva, e tomada de decisão (componente executivo).
O paciente apresentou 08 pontos no teste de Bender – Sistema de
pontuação gradual. Indicando um percentil 49 o que indica que o paciente obteve
mais erros do que 49% das crianças de sua idade, estando ligeiramente abaixo do
esperado no que se refere à maturidade percepto-motora. Analisando a
distribuição dos pontos, estes estão de acordo com a ordem de dificuldade
esperada.
Na escrita, ao ser utilizado livro apenas ilustrado, demostrou criatividade na
construção da história, porém sua escrita apresenta omissões das consoantes de
ligação (cotado/cortado, godinho/gordinho, avores/árvores), erros na segmentação
e aglutinação. Para realizar Leitura sempre demonstrou cansaço e grande esforço
mental. Em atividade de cópia, apresenta aglutinação, omissão, trocas e não fez
uso adequado de letras maiúsculas.
Conclusão:
As características de insegurança reveladas pelo paciente sugerem relação
com suas dificuldades na aprendizagem, sendo que revela frustração ao perceber
seus erros, embora, haja desejo de superá-los. Sugiro que seja estimulado em
aspectos de autoconfiança e que suas atividades em sala de aula respeitem seu
ritmo de desempenho realizando adaptações curriculares de ensino.
Neste momento encaminho o aluno para seja atendido em Sala de Recurso
Multifuncional I, a fim de atender melhor suas necessidades.
Sem mais para o momento coloco-me a disposição.
YYYYYYYYYYYYY Psicóloga
29
Com base nos estudos sobre adaptação curricular, na análise do livro de
registro de classe e no estudo de caso do educando “Joãozinho”, os
participantes serão questionados de:
Após refletirem sobre o questionamento será simulado um registro de
adaptação curricular para o educando “Joãozinho”.
REGISTRO DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES E DE ACESSO AO CURRÍCULO
1. Identificação do aluno:
Nome:________________________________________________________
Data de nascimento: ______________________________________________
Filiação:
Pai____________________________________________________________
Mãe: __________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
Telefone:_______________________Cidade: __________________________
Tipo e grau da deficiência que possui: ________________________________
2. Informações sobre a Escolarização:
Estabelecimento: ________________________________________________
Série e/ou ano: __________________________________________________
Dados anteriores à escolarização (“vida particular”): _____________________
Como oficializar essas
adaptações
curriculares?
30
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
Apoio especializado ( ) sim ( ) não . Qual?
____________________________________________
Apoio não especializado atual ( ) sim ( ) não. Qual?
_______________________________________
e anterior a escolarização ( ) sim ( ) não. Qual?
_________________________________________
3. Informações sobre atendimentos ou tratamentos recebidos atualmente
e no passado:
(laudos, avaliações, encaminhamentos...)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. Indicação das Adaptações Curriculares anteriores:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. Necessidades atuais de Adaptação Curricular e/ou de Acesso ao
Currículo:
- Objetivos ( ) Conteúdos ( ) Metodologia/Atividades
Critérios de Avaliação ( ) Temporalidade ( ).
31
Objetivos:______________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Conteúdos:_____________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Metodologia/Atividades___________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Critérios de Avaliação adotados:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
Temporalidade:_________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
6. Período indicado para as adaptações, duração prevista:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
Local e Data. ____________________________________________________
Equipe responsável: (nome legível, função e assinatura):
_____________________________ ______________________________
____________________________ ______________________________
____________________________ ______________________________
____________________________ ______________________________
____________________________ ______________________________
32
No ultimo encontro iremos produzir uma coletânea de estratégias de mediação
do pedagogo na intervenção de metodologias para a efetivação da adaptação
curricular na escola.
Encerramento do grupo de estudos e auto avaliação realizada pelos
participantes.
Música:
(Enquanto houver sol, Titãs. CD)
33
BOSSA, N.A. Dificuldades de Aprendizagem: O Que São? Como Tratá-las? 1. ed. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas Sul, 2000.
BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96. Brasília, 1996. BRASIL. Resolução CNE/CEB N°2, de 11 Setembro de 2001. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Adaptações Curriculares/Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. _ Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998. BRZEZINSKI, Iria. Pedagogo: delineando Identidades. In: Revista UFG, julho 2011, ano XII , nº 10 p. 123. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bA-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 2009. CARVALHO, Rosita Edler. Escola Inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2010. UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na área das necessidades educativas especiais. 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário: o minidicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Editora Positivo, 2008. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico - Crítica. 3.ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2004. MAJOR, S.; WALSH, M.A. Crianças com Dificuldades de Aprendizado: Jogos e Atividades. 1. ed. São Paulo: Ed. Manole, 1990.
34
MEC, SEESP. Projeto Escola Viva - Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais, Nº 6 – Adaptações de Pequeno Porte. Brasília, 2000. PARANÁ. Leis, decretos, portarias, etc. Instrução n. 16/11: Estabelece normas para o funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional, na Educação Básica, na área da deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos. Curitiba: SEED/SUED, 2011. ROSSLER, João Henrique. Sedução e alienação no discurso construtivista. Campinas, SP: autores Associados, 2006. SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo; Cortez, 1984. SAVIANI, D. Sentido da Pedagogia e o Papel do Pedagogo. In. Revista Ande, São Paulo, nº 9, 1.985 SISTO, Fermino Fernandes. Dificuldade de Aprendizagem no Contexto Psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 2001.
Imagens
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/fev_2014/anexo16_sujeitos_escola_publica.pdf Acesso em 27/10/2014
Vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=reOEnY8jkjo Acesso em 21/10/2014
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica
/jul_2009/aprendizagem_desenvolviemnto_sforni.pdf Acesso em 21/10/14
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http://www.youtube.com/watch?v=cbLIHjnPLoU Acesso em 23/10/14