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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Através da utilização de slides, realizar a explanação do projeto, objetivos, metodologia, importância, aos professores,

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2013

Título: O RESGATE DO BRINCAR ATRAVÉS DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

Autor Cleris Teresinha Hartmann

Disciplina/Área Arte

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual José de Anchieta – Planalto -

PR

Município da Escola Planalto – Paraná

Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão

Professor Orientador Daiane Solange Stoeberl da Cunha

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO - Guarapuava

Relação Interdisciplinar Arte

Resumo Que adulto não recorda dos velhos tempos

de criança, quando as brincadeiras eram

aprendidas entre os amigos, vizinhos e

promoviam, além de divertimento, a

manutenção da saúde e do desenvolvimento

psicomotor?

Sabemos que o computador, vídeo game,

televisão, estão tomando conta de nossas

crianças e assim as brincadeiras e os

brinquedos antigos estão sendo esquecidos.

Segundo Kishimoto (1993) “[...] se

desejarmos formar seres criativos, críticos e

aptos para tomar decisões, um dos requisitos

é o enriquecimento do cotidiano infantil com a

inserção de contos, lendas, brinquedos e

brincadeiras”. E é por este motivo que

desenvolveremos este projeto, com o intuito

de resgatar as brincadeiras antigas e com as

mesmas desenvolver um ensino-

aprendizagem que desperte o prazer em

aprender, fazendo da sala de aula um espaço

cultural, de trocas de conhecimento e de

oportunidades a todos.

Palavras-chave Brincadeiras; cantigas; manifestações

culturais.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 6º Ano

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE – ARTE

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

CLERIS TERESINHA HARTMANN

O RESGATE DO BRINCAR ATRAVÉS DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

PLANALTO – PR

2013

CLERIS TERESINHA HARTMANN

O RESGATE DO BRINCAR ATRAVÉS DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

Produção Didático Pedagógica apresentada a SEED – PR, como requisito para o cumprimento das atividades previstas dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Estado do Paraná. Turma 2013

Orientadora: Daiane Solange Stoeberl da Cunha

PLANALTO – PR

2013

APRESENTAÇÃO

Recordar brinquedos e brincadeiras tradicionais (folclóricas), muitas

vezes nos faz lembrar de tempos em que havia poucos e raros brinquedos. Isto

pode ser levado em conta diante da variedade de brinquedos que dispomos

hoje.

Reportamo-nos ao tempo em que era mais valorizado o processo de

construção e reconstrução de brinquedos e das brincadeiras, onde o mais

importante não era o produto final, aquele pronto e acabado, mas sim a

construção.

Sendo assim, concordamos que as brincadeiras tradicionais infantis são

fonte enriquecedora enquanto resgate da cultura e prática do lúdico na

construção de grupos. A brincadeira tradicional, uma das representações

folclóricas, baseadas na mentalidade popular, é considerada como parte da

cultura popular. Neste sentido, o resgate destas brincadeiras tradicionais, é

uma forma de preservar a produção cultural de um povo. E é esta

representação cultural importante para a construção da identidade social que

será tratada neste projeto, utilizando-se dos mais variados recursos a fim de

que os educandos possam interagir e vivenciar de maneira prazerosa esta

vivência.

O projeto visa desenvolver com os educandos brinquedos e

brincadeiras, cantigas e jogos antigos, a fim de conservar a memória e o prazer

proporcionado por brincadeiras, possibilitando aos educandos conhecimento de

que brincar não é apenas manusear objetos e jogos eletrônicos, e sim

participar da construção do brinquedo, interagindo com os colegas nas

brincadeiras e desenvolvendo valores importantes na formação do ser humano.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Antigamente os brinquedos, em virtude das carências de recursos

econômicos, eram fabricados pelos pais e até mesmo pelas próprias crianças,

utilizando-se de muita imaginação e criatividade.

Foi somente no final do século XIX, que surgiram no Brasil algumas

pequenas indústrias que começaram a fabricar alguns brinquedos, tais como:

carrinhos de madeira, bonecas, trenzinhos de metal, evoluindo aos poucos

para metais mais sofisticados. A partir de então inicia-se o processo onde todas

as crianças começam a desejar ter um brinquedo pronto, não mais apenas

inventá-lo e fabricá-lo. Até mesmo as que não possuíam condições para

adquirir estes brinquedos prontos, começaram a usar da sua imaginação,

fantasiando, sonhando com aquele brinquedo vendido nas lojas.

Aos poucos o cenário começa a mudar. As ruas que antes serviam de

pátio para as crianças brincarem livremente são ocupadas por veículos, sendo

necessário que agora as crianças brinquem nos quintais, dentro das casas, nos

pátios das escolas, nos corredores dos prédios.

Além do mais, nos dias atuais, a valorização das imagens veiculadas

pela televisão, as novas tecnologias e os brinquedos eletrônicos tem

modificado o repertório das brincadeiras infantis. Para Benjamim (1984), os

brinquedos associados à industrialização e ao mercado capitalista, acabam

proporcionando exclusões sociais, já que os mais cobiçados são por

consequência os mais caros, o que os torna fora do alcance das classes

menos favorecidas.

A cultura lúdica contemporânea encontra incentivo na mídia, que cada

vez mais procura estimular bombardeando as crianças por meio da televisão,

com brinquedos cada vez mais tecnológicos, acarretando em uma sociedade

consumista, na qual as crianças “brincam de colecionar brinquedos”

(SANTOMÉ, 2001).

Neste contexto, torna-se natural as crianças deixarem de lado seus

brinquedos, desfruta-os por pouco tempo na intenção de conseguir novos, de

determinadas marcas que venham a completar sua coleção. É essencial,

então, resgatar as brincadeiras de antigamente, bolinhas de gude, carrinhos de

rolimãs, pega-pega, passa-anel, roda pião, soltar pipa, pular corda, entre tantas

outras. Para que a cultura do brincar não fique perdida no tempo, mas sim seja

resgatada sempre de forma a contribuir para a formação da criança, ampliando

seu universo cultural.

A brincadeira tradicional infantil desenvolve modos de convívio social,

permite a transmissão da cultura e garante o lado lúdico e a situação

imaginária.

De acordo com Fantin (2000):

Resgatar a história de jogos tradicionais infantis, como a expressão da história e da cultura, pode nos mostrar estilos de vida, maneiras de pensar, sentir e falar, e sobretudo, maneiras de brincar e interagir. Configurando-se em presença viva de um passado no presente.

Friedmann (1995) assinala a relevância do resgate dos jogos tradicionais

considerando que estes fazem parte de nosso patrimônio lúdico. Destaca que o

jogo tradicional tem um importante papel de servir como um instrumento para o

desenvolvimento das capacidades físicas, motoras, sociais, afetivas, cognitivas

e linguísticas nas crianças.

Oliveira (2000) também faz menção à importância do brincar como

condição necessária para o desenvolvimento saudável da criança. Expressa o

modo como ela organiza sua realidade além de introduzi-la no universo sócio-

histórico-cultural.

Destaca que:

[...] é brincando que a criança se humaniza aprendendo a conciliar de forma efetiva a afirmação de si mesma à criação de vínculos afetivos duradouros. [...] o brincar abre caminho e embasa o processo de ensino/aprendizagem favorecendo a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade (OLIVEIRA, 2000, p. 7-8).

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volumes 1, 2

e 3) no qual se destaca o brincar como uma das atividades fundamentais para

o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança. Aponta o direito

ao brincar como forma particular de expressão, pensamento, interação e

comunicação infantil, sendo o brincar considerado como linguagem infantil que

favorece a simbolização, socialização, autoestima, e criatividade. O significado

atribuído ao educar é:

Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso pelas crianças aos conhecimentos

mais amplos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, Vol. 1, p. 23).

As reflexões realizadas até o presente momento permearão nossas

ações no decorrer das intervenções que faremos, instigando-nos a propor o

resgate dos jogos e das brincadeiras tradicionais no contexto escolar.

UNIDADE DIDÁTICA

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

1. INTERVENÇÃO: CONHECENDO AS BRINCADEIRAS E JOGOS

ANTIGOS

1.1 Socializando conhecimentos

Objetivo: Socializar com professores, pedagogos e direção do Colégio Estadual

José de Anchieta – Planalto - PR o projeto.

Carga Horária: 2hs/aula

Metodologia:

Através da utilização de slides, realizar a explanação do projeto, objetivos,

metodologia, importância, aos professores, pedagogos e direção do Colégio

Estadual José de Anchieta – Planalto – PR.

1.2 Sondando o que o ALUNO e sua FAMÍLIA sabem sobre o tema.

Objetivo Geral: Socializar com os educando sobre o projeto.

Carga Horária: 10 hs/aula

Desenvolvimento:

1ª e 2ª aula:

Objetivo Específico: Familiarizar-se com o tema.

Metodologia: Assistir o filme A Fábrica dos Brinquedo, para introduzirmos os

alunos no tema brinquedos e brincadeiras.

3ª aula:

Objetivo Específico: Resgatar as brincadeiras dos pais e avós.

Metodologia: Realizar uma roda de conversa, com anotação dos nomes das

brincadeiras, músicas e jogos antigos que os alunos conheçam e execução de

algumas.

Resgatar as brincadeiras dos pais e avós, para descobrirmos do que os mesmo

brincavam. Está atividade será realizada pelos educandos como tema de casa.

Debater sobre as respostas obtidas na pesquisa realizada em casa, montando

um cartaz com os nomes das brincadeiras e brinquedos antigos bem como dos

brinquedos atuais, fazendo um comparativo das brincadeiras antigas e das

atuais.

4ª aula:

Objetivo Específico: Conhecer e relembrar brincadeiras cantadas.

Metodologia: A aula será no pátio da escola, formando uma grande roda para

cantar e encenar as cantigas: Atirei o pau no gato, Ciranda cirandinha, A canoa

virou, Terezinha de Jesus, Se eu fosse um peixinho, Tango-tarango-tango,

Tanta laranja madura, O gato e o rato, Corre cutia e Passar anel. Recursos:

bola, folha sulfite, anel.

5ª e 6ª aula:

Objetivo Específico: Integrar pais e filhos na construção de brinquedos.

Metodologia: Convidar alguns pais e avós para virem à escola e juntamente

com seus filhos construam alguns brinquedos de sua época de infância,

ensinando os mais jovens a confeccionarem o brinquedo e brincarem.

7ª e 8ª aulas:

Objetivo Específico: Brincar, socializar.

Metodologia: No pátio ou quadra da escola, realizar as brincadeiras Escravos

de Jó e Cinco Marias. Realizar também o jogo roda pião, bola de gude e pula-

corda resgatando os jogos antigos, havendo uma troca de experiência e

valorização dos mesmos. Fazer a brincadeira batata-quente e Amarelinha.

9ª aula:

Objetivo Específico: Avaliar o que foi interiorizado pelo educando.

Metodologia: Nestas aulas faremos uma retomada do que aprendemos até o

presente momento. Distribuir revistas para que os alunos recortem figuras que

representem as brincadeiras antigas também terá diversos desenhos

impressos para selecionar e depois escrever pequenos cartazes sobre a

importância de resgatar as brincadeiras para montar um mural coletivo.

10ª aula:

Objetivo Específico: Socialização dos conteúdos interiorizados.

Metodologia: Realizar as apresentações das brincadeiras da época de criança

dos pais dos alunos a outros membros da comunidade escolar, valorizando as

diversidades culturais.

1.3 TRANSPOSIÇÃO

Carga horária: 24 hs/aula

Objetivo Geral: Reler as obras de Ivan Cruz de diversas maneiras fazendo com

que as crianças resgatem as brincadeiras infantis que fizeram parte da vida dos

seres humanos por séculos e séculos.

Desenvolvimento:

1ª, 2ª e 3ª aulas:

Objetivo Específico: Conhecer as obras de Peter Brueguel e Ivan Cruz.

Metodologia: Mostrar o quadro “Brincadeiras Infantis” (anexo 1) de Peter

Brueguel de 1560 e conversar sobre as brincadeiras que aparecem na obra.

São as mesmas que os avós brincavam, os pais e os educandos brincam?

Mostrar as obras de Ivan Cruz (anexos 2). Através de imagens na TV

multimídia na sala de informática, propondo que os mesmos entrem no site do

artista e vejam todas as suas obras (pinturas e esculturas), pesquisando sobre

suas fases, cores utilizadas, materiais, etc.

Falar sobre a importância de brincar como lazer e como aprendizagem

(aprende-se a respeitar o outro, conviver com regras, grupos, etc).

Propor aos educandos que para a próxima aula tragam para a escola sucatas

diversas, tais como: latas de leite em pó e de Nescau, caixas de leite, litros

descartáveis, entre outros.

4ª, 5ª e 6ª aulas:

Objetivo Específico: Desenvolver a coordenação motora e a habilidade de

construir seus próprios brinquedos.

Metodologia: Propor que utilizando-se das sucatas trazidas, construam

brinquedos. Após ir à quadra e pátio da escola e deixa-los brincar, socializando

os brinquedos confeccionados.

7ª, 8ª e 9ª aulas: “Brincadeiras Infantis” – Brincando pra valer

Objetivo Específico: Realizar a transposição da obra de Ivan Cruz.

Metodologia:

a) Inspire-se na obra de Ivan Cruz “Carrinhos de rolimã”, “perna de pau” e “pé

de lata” e recorte o papelão em formato de casa. Pinte com guache, Tinta PVA

ou Tinta Acrílica. Recorte as janelas e flores em papel color set e cole sobre as

casas.

b) Montagem – Cubra a parece com TNT azul. Coloque sobre ele as casas

feitas em papelão.

c) Para reler as obras, as crianças precisam ficar na frente das casas

brincado com carrinho de rolimã, pipas, rolos, pé de lata, bolinha de sabão,

perna de pau e outros.

10ª, 11ª e 12ª aulas: Releitura – “Meninos pulando cela” – Pintura de lata

Objetivo Específico: Desenvolver a coordenação motora fina.

Metodologia:

a) Passe uma demão de Primer sobre a lata, espere secar e passe uma

segunda demão.

b) Inspire-se numa das obras de Ivan Cruz, desenhe-o na lata e pinte com

Tinta Acrílica.

c) Contorne com a própria Tinta Acrílica preta, utilizando um pincel mais fino.

13ª, 14ª e 15ª aulas: Transposição – “Bolinhas de sabão” - Customização de

camiseta

Objetivo Específico: Confeccionar sua própria obra partindo de uma obra já

existente.

Metodologia:

a) Inspire-se numa das pinturas de Ivan Cruz e crie seu desenho sobre a

camiseta.

b) Pinte as casas, chão, bolinhas, crianças e outros detalhes com Tinta de

tecido.

c) Recorte pedaços de tecido e cole sobre o desenho com Super cola pano.

Faça os contornos com Canetas Acrilpen ou Tinta Dimensional Brilliant branca

ou preta. (fazer alguns pontinhos com linha e agulha após a colagem dos

tecidos)

16ª, 17ª e 18ª aulas: Releitura – “Meninos pulando cela” – Montagem

tridimensional

Objetivo Específico: Desenvolver o senso de criatividade.

Metodologia:

a) Recorte um retângulo no fundo da caixa de camisa. Coloque a tampa, ela

será o fundo o seu trabalho. Passe tiras de jornal para “encapar” a caixa.

b) Passe uma demão de base acrílica para artesanato. Depois, pinte com

Tinta Acrílica e dê acabamento com Textura criativa dourada.

c) Pinte uma lixa grossa com Giz de cera triangular. Cole sobre a caixa

(fundo).

d) Inspire-se na obras de Ivan Cruz, escolha uma e risque as crianças

brincando sobre uma caixa de leite longa vida. Recorte. Proceda da mesma

forma com as casas. Passe uma demão de Primer e espere secar.

e) Pinte as casas e as crianças com Tinta Acrílica.

f) Cole as casas sobre a lixa, em seguida, recorte na espuma as siluetas das

crianças, pinte com Tinta Acrílica preta e cole sobre as casas e lixa. Por último,

cole as crianças sobre a espuma para finalizar sua releitura.

19ª, 20ª e 21ª aulas: Releitura – “Crianças soltando pipas” – Painel

Objetivo Específico: Realizar a transposição da obra de Ivan Cruz.

Metodologia:

a) Pegue um pincel chato de cerdas duras e bem largo. Coloque Tinta de

tecido num prato (várias cores). Passe o pincel na tinta (quase nada de tinta) e

vá deslizando sobre o tecido, misturando as cores do céu ao chão.

b) Recorte em feltro vermelho ou outra cor que escolher, as crianças, as

pipas, o sol, raios e pedras. Cole esses elementos sobre o painel de maneira

que fique harmonioso. Utilize a Super cola pano.

c) Com a Caneta Acrilpen preta, risque as linhas das pipas até as crianças.

d) Com Crystal cola prata desenhe as rabiolas. Cole os lacinhos ou tirinhas

sobre o fio da rabiola.

e) Está pronto o painel, é só colocar num lugar bem visível da escola e

convidar os alunos para, num lugar adequado, fazerem um campeonato de

pipas, sem cerol, é claro.

22ª, 23ª e 24ª aulas: Releitura – “Crianças brincando de roda” – Painel

Objetivo Específico: Realizar a transposição da obra de Ivan Cruz, através das

brincadeiras e das músicas.

Metodologia:

a) Faça o desenho no tecido inspirado na obra de Ivan Cruz escolhida.

b) Pegue um pincel chato de cerdas duras, ref. 054, nº 16. Coloque Tinta de

tecido num prato (várias cores). Passe o pincel na tinta (quase nada de tinta) e

vá deslizando sobre o tecido pintando parte por parte. O pincel não deve ser

encharcado para que a pintura não fique endurecida, chapada.

c) Faça os contornos das linhas com a Caneta Acrilpen preta. Cole laços nos

cabelos das meninas, faça-os com fitas de 0,5 ou 1,0 cm.

d) Depois de pronto, coloque-o numa parede bem grande e convide as

crianças para brincarem de roda. Faça um resgate da brincadeira e das

músicas.

25ª e 26ª aulas:

Objetivo Específico: Desenvolver a criatividade, a noção de tempo e de espaço.

Metodologia: Organizar uma exposição para todos os colegas do colégio, pais

e professores. Nestas aulas, organizaremos a exposição, separando o que

será exposto, confeccionaremos convites para serem levados aos pais e

também para ser entregue aos colegas e professores da escola.

27ª, 28ª, 29ª e 30ª aulas:

Objetivo Específico: Desenvolver o senso de trabalho em equipe e a

desenvoltura.

A ausência de um rosto definido é uma das características marcantes nos quadros de Ivan Cruz. Sobre isso, Ludmila Guerra, Coordenadora do Projeto Brincadeiras de Criança, analisa: não existe uma definição de uma única pessoa; pode ser qualquer uma que já brincou a brincadeira retratada na tela. Pode ser uma criança brasileira, europeia, japonesa ... branca, negra, pobre, rica... não tem raça, nação... Para Ivan Cruz, seu trabalho não tem compromissos com a forma clássica: "existe rosto, mãos pés, mas não nas formas convencionais, tanto é que as pessoas, as crianças conseguem concluir a forma que são crianças brincando"

Metodologia: Expor os trabalhos realizados nesta etapa no saguão da escola,

compartilhando com os demais colegas do colégio o que aprenderam sobre as

brincadeiras e brinquedos antigos. Durante a exposição pedir para que alguns

alunos e alguns pais relatem suas experiências com esse resgatar das

brincadeiras e brinquedos. No final eu também realizarei uma fala, relatando a

importância do brincar e de sempre estarmos resgatando estas brincadeiras

antigas. Agradecer a compreensão e o empreendimento de todos no

desenvolvimento do projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENJAMIN, Walter. Reflexões: A criança, o Brinquedo, a Educação. São

Paulo: Sammus, 1984.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1982.

BRASIL. Constituição Federal Brasileira, 1988.

CARVALHO NETO, Paulo de. Folclore e educação. São Paulo: Forense

Universitária, 1981.

FARIA JUNIOR, Alfredo G. A reinserção de jogos populares nos programas

escolares. In Motrivivência, Florianópolis, n 9, p.44-65, 1996.

FERES NETO, Alfredo. A esportivização do mundo e/ou a industrialização

do esporte: suas influências na vivência lúdica com a criança em especial

com o brinquedo. In Motrivivência, Florianópolis, n 9, p.109-117, 1996.

FERNANDES, Florestan. O Folclore em questão. 2. ed. São Paulo: Hucitec,

1989.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da

Educação Física. São Paulo: Scipione, 1997

GUIMARÃES, J. Gerardo M. O folclore na escola. 3. ed. São Paulo: Manole,

2002.

GUIMARÃES, J. Gerardo M. Repensando o folclore. São Paulo: Manole,

2002.

HUIZINGA, Jonhan. Homo ludens: o jogo como emento da cultura. São

Paulo: Perspectivas/ EDUSP, 1971.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogo, brincadeira e a Educação Física

na pré-escola. In Motrivivência, Florianópolis, n 9, p.66-77, 1996.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a

educação. São Paulo: Cortez, 1996.

LENDAS. Disponível em <www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 08 de

junho de 2013.

MARCELLINO, Nelson C. Lazer e Educação. Campinas: Papirus, 1995. 3ºed.

MARCELLINO, Nelson C. Pedagogia da Animação. Campinas: Papirus, 1990.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de

retextualização. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

MATTOS, Maria Isabel. Televisão modifica estrutura da mente. Folha de

São Paulo, 4 de novembro de 1992, p.12 ( Caderno 1).

OLIVEIRA, Paulo S. Brinquedo e indústria Cultural. Petrópolis: Vozes, 1986.

Florianópolis, n 9, p.66-77, 1996.

Saiba mais sobre o folclore e suas definições. Disponível em:

<www.folclore.art.br>. Acesso em: 08 de junho de 2013.

ANEXOS

Anexo 1 - Quadro “Brincadeiras Infantis” de Peter Brueguel

A pintura "Jogos Infantis", do flamengo Pieter Brueghel, de 1560, que mostra 84 atividades

lúdicas – Extraída do site http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/brinca8.htm

Anexo 2 – Obras de Ivan Cruz

Carrinhos de Rolimã – Extraído do site

http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=183&visivel=sim&mes=55

Perna de Pau - Extraído do site

http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=183&visivel=sim&mes=55

Pé na Lata - Extraído do site

http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=183&visivel=sim&mes=55

Meninos pulando cela - Extraído do site

http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/quadros.htm

Bolinhas de sabão - Extraído do site

http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=183&visivel=sim&mes=55

Crianças soltando pipas - Extraído do site

http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/quadros.htm

Crianças brincando de roda - Extraído do site

http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/quadros.htm