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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA – PDE/2013
Título: As fábulas como estratégias de ensino para incentivar a leitura e a produção escrita
Autor Aparecida de Almeida Neves
Disciplina/Área (ingresso no
PDE)
Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual 11 de Abril – Ensino Fundamental e Ensino Médio Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, 440
Município da escola Tapejara
Núcleo Regional de
Educação
Cianorte
Professor Orientador Ms. Nilda Aparecida Barbosa
Instituição de Ensino
Superior
UEM – Universidade Estadual de Maringá
Relação Interdisciplinar Não
Resumo A produção didático-pedagógica trata-se de uma sequência didática para incentivar a leitura e a produção escrita por meio de fábulas de Esopo e La Fontaine em um 6º ano do Ensino Fundamental. A ideia de trabalho com o gênero discursivo fábulas deu-se devido à inquietude em relação ao fato de que a maioria dos alunos não compreende o que lê, pois muitas vezes apenas consegue decodificar os códigos não conseguindo dar sentido ao ato de ler. Isso tem levado os alunos a sérios problemas de aprendizagem, pois, a leitura é condição imprescindível para que tenham êxito em sua aprendizagem. Por isso, com essa sequência didática espera-se incentivar o gosto pela leitura e, ao mesmo tempo ampliar o universo de conhecimentos do aluno por meio da escrita.
Palavras-chave (3 a 5
palavras)
Aluno. Fábula. Leitura. Produção Escrita.
Formato do Material
Didático
Sequência Didática
Público Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental
1. APRESENTAÇÃO
Esta produção didático-pedagógica trata-se uma sequência didática para
incentivar a leitura e a produção escrita por meio de fábulas de Esopo e La
Fontaine em um 6º ano do Ensino Fundamental.
Uma sequência didática, na visão de Dolz, Noverraz e Schnewly (2004) são
instrumentos que podem guiar professores, proporcionando intervenções sociais
ações recíprocas dos membros do grupo e intervenções formalizadas na escola,
importantes para a organização da aprendizagem em geral e para o progresso de
apropriação de gêneros em particular.
Com isso, percebe-se que uma sequência didática quando bem elaborada
pode levar o aluno a construir habilidades necessárias à produção ou compreensão
de um determinado gênero.
Assim, a sequência didática a ser proposta contemplará um conjunto de
atividades planejadas e ligadas entre si, para tentar incentivar a leitura e a
produção escrita do aluno na escola.
No entanto, de modo algum esperamos que essa sequência didática seja um
modelo a ser seguido rigorosamente pelo(a) professor(a), mas uma produção
didático pedagógica que auxilie aqueles que veem nas fábulas um modo de
trabalhar a leitura e a produção escrita na sala de aula.
2. MATERIAL DIDÁTICO
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Silva (2010) a leitura ocupa um espaço privilegiado não só
no ensino de Língua Portuguesa, mas também no ensino de todas as disciplinas
acadêmicas que objetivam a transmissão de cultura e de valores para as novas
gerações.
Neste sentido, a leitura é entendida por Bamberger (2004) como sendo um
processo perceptivo durante o qual se reconhece símbolos. Em seguida, acontece
a transferência para conceitos intelectuais. Tal tarefa mental se amplia num
processo reflexivo à proporção que as ideias se ligam em unidades de pensamento
cada vez maiores.
Para ler, segundo Solé (1998, p. 24) é preciso:
[...] dominar as habilidades de decodificação e aprender as distintas estratégias que leva à compreensão [...]. Também se supõe que o leitor seja o processador ativo do texto, e que a leitura seja um processo constante de emissão e verificação de hipóteses que levam à construção da compreensão do texto e do controle desta compreensão – de comprovação de que a compreensão realmente ocorra.
Sobre a leitura, Val (2006, p. 21) ressalta que ela é uma atividade:
[...] que se insere num contexto social, envolvendo disposições atitudinais e capacidades que vão desde a decodificação do sistema de escrita até a compreensão e a produção de sentido para o texto lido. Abrange, pois, desde capacidades desenvolvidas no processo de alfabetização “stricto sensu” até capacidades que habilitam o aluno à participação ativa nas práticas sociais letradas que contribuem para o seu letramento.
Vê-se que o ato de ler implica troca de sentidos não só entre o escritor e o
leitor, mas também com a sociedade, pois os sentidos são resultado de
compartilhamentos de visões do mundo entre os homens e o espaço. De acordo
com Cosson:
Ao ler, estou abrindo porta entre meu mundo e o mundo do outro. O sentido do texto só se completa quando esse trânsito se efetiva, quando se faz a passagem de sentidos entre um e outro. [...]. O bom leitor, portanto, é aquele que agencia com os textos os sentidos do mundo [...] (COSSON, 2012, p. 27).
Diante de tal fato, Peres (2005) complementa que o ato de ler passa a ser
considerado como um elemento catalisador do indivíduo na sociedade, uma vez
que capacita a produzir leituras diferentes de um mesmo texto.
Com isso, percebe-se a importância da leitura. Consequentemente, ela
precisa ser trabalhada na escola de modo significativo para o aluno. Assim,
Bamberger (2004, p. 8) recomenda “[...] que ela seja, ao mesmo tempo, uma
experiência agradável e uma porta para o conhecimento”.
Para um ensino eficaz da leitura na escola, Staiger (1973 apud
BAMBERGER, 2004) elenca alguns pontos importantes, a saber:
Incentivo ao pleno uso das potencialidades do aluno em sua leitura, de
modo a influir ao máximo no seu bem-estar e levá-lo à autorrealização;
Emprego eficiente da leitura com um instrumento de aprendizado e crítica
e também de relaxamento e diversão;
Ampliação constante dos interesses de leitura dos alunos;
Estímulo a atitudes que levem a um interesse permanente pela leitura de
muitos gêneros e para inúmeros fins.
Tudo isso se faz necessário porque a leitura, segundo as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná da Língua Portuguesa (DCEs, 2008) precisa ser
compreendida como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais,
históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado
momento.
Entretanto, para que isso seja possível é preciso que a leitura seja uma
constante na escola, visto que, conforme Cagliari (1995) a atividade fundamental
desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura.
No atual contexto, a leitura torna-se imprescindível, pois o aluno tem
chegado no 6º ano do Ensino Fundamental com grande dificuldade no ato de ler,
uma vez que apenas decodifica os códigos escritos e não compreende o que leu.
Por isso, para que o aluno consiga desenvolver uma leitura com mais
facilidade e de maneira mais adequada, Menegassi (2005) propõe que sejam
utilizadas estratégias de leitura, pois são relevantes para a formação de um leitor
competente, que consiga ler qualquer texto da sociedade, compreendê-lo e fazer
uso de seus conhecimentos para conseguir transitar pelo corpo social em que
convive.
Neste sentido, cabe esclarecer que estratégias, segundo Menegassi (2005,
p. 77) “são procedimentos conscientes ou inconscientes utilizados pelo leitor para
decodificar, compreender e interpretar o texto e resolver os problemas que
encontra durante a aula”.
Solé (1998) complementa que ao serem ensinadas estratégias de
compreensão leitora deve-se predominar a construção e o uso de procedimentos
de tipo geral, que possam ser transferidos sem maiores dificuldades para situações
de leituras múltiplas e variadas.
Dessa forma, percebe-se que o ensino das estratégias de compreensão
leitora são importantes para que os alunos possam tornar-se leitores competentes.
Para a compreensão leitora, Solé (1998) propõe estratégias fundamentais, a
saber: definição do objetivo da leitura, atualização de conhecimentos prévios,
previsão, inferência e resumo. Para tanto, a autora sugere que, ensino de
estratégias de leitura se dê por meio de três momentos:
Pré-leitura: aqui são necessários seis passos importantes para a
compreensão leitura (ideias gerais, motivação para a leitura, objetivos da
leitura, revisão e atualização do conhecimento prévio, estabelecimento de
previsões sobre o texto e formulação de perguntas sobre o texto);
Durante a leitura: nessa fase da leitura, são sugeridas as tarefas de leitura
compartilhada, onde professor e alunos assumem a responsabilidade de
organizar a tarefa e de envolver os outros no ato de ler. Para tanto, o
professor conduz o aluno por meio de quatro estratégias básicas:
primeiro, se encarrega de fazer um resumo do que foi lido para o grupo e
solicita sua concordância, logo em seguida, são solicitadas explicações ou
esclarecimentos sobre determinadas dúvidas do texto, após são
formuladas uma ou algumas perguntas aos alunos, cuja resposta torna a
leitura necessária. Por fim, são estabelecidas suas previsões sobre o que
ainda não foi lido, reiniciando-se assim o ciclo (ler, resumir, solicitar
esclarecimentos e prever), desta vez a cargo de outro responsável ou
moderador;
Pós-Leitura: nessa fase é preciso ensinar a ideia principal existente no
texto, é preciso ainda o ensino do resumo do texto, onde o aluno pode por
meio dele identificar a ideia principal do texto e seus detalhes
secundários. Além disso, é preciso formular perguntas e respostas para
que o aluno possa continuar aprendendo.
Com isso, percebe-se que, segundo Solé (1998) as estratégias de leitura
podem ser usadas antes, durante e após a leitura. Goodman (1987; SMITH, 1991
apud MENEGASSI, 2005) também sugerem outras estratégias de compreensão
leitora. São elas:
Seleção: ações que possibilitam ao leitor ater-se apenas ao que lhe é útil
para a compreensão do texto, desprezando aquilo que é irrelevante. Essa
etapa é uma importante etapa, visto que, a seleção é um recurso valioso
para a escolha de textos e também de suas ideias relevantes;
Antecipação: são predições que o leitor constrói sobre o texto que está
lendo, ou seja, durante a leitura do texto, o leitor cria hipóteses e
previsões sobre os significados a partir das informações explícitas e
implícitas constantes no texto que poderão ser confirmadas ou não ao
longo do texto;
Inferência: são ações que unem o conhecimento que não está explícito no
texto, porém possível de ser captado, com o conhecimento que o leitor
tem sobre o assunto. É uma ponte de sentido que o leitor cria com o texto
lido, construindo uma nova informação, que não existia antes no texto,
nem no leitor;
Verificação: esta estratégia vai permitir que se verifique com exatidão se
as demais estratégias escolhidas pelo leitor até o momento estão sendo
eficazes ou não. A cada confirmação das predições levantadas e das
inferências realizadas, mais seguro o leitor se sente, possibilitando-lhe
uma melhor construção de sentido para o texto. No entanto, caso a
verificação mostre que suas hipóteses de significado estão inadequadas,
cabe ao leitor alterar as estratégias, possibilitando uma escolha mais
adequada ao texto trabalhado.
Além das estratégias de leituras, Menegassi (2010) também destaca
algumas etapas importantes para o processo de leitura na escola, a saber:
Decodificação: é a primeira das etapas do processo de leitura, a partir da
decodificação do signo linguístico é que decorre todo o processo de
leitura, ou seja, sem ela, todo o processo fica confinado e não permite que
as demais etapas se concretizem. A decodificação é o resultado do
reconhecimento dos símbolos escritos e da sua ligação com um
significado. No entanto, o mero reconhecimento de letras e sua ligação
com significados não implica em leitura. Por isso, a decodificação, deve
ser aliada à compreensão, além disso, uma decodificação mal feita
compromete em compreensão malsucedida;
Compreensão: compreender um texto é captar sua temática, ou seja, é
resumi-lo. Para tanto, se faz necessário que o leitor reconheça as
informações e os tópicos principais do texto, assim como dominar as
regras sintáticas e semânticas da língua usada. Além disso, é preciso que
o leitor conheça as regras textuais do gênero que está lendo, para
compreender a significação pretendida pelo autor, o que possibilita a
produção de sentidos, em função da situação de leitura determinada pelo
momento em que o leitor se encontra diante do texto no que se refere à
compreensão;
Interpretação: a interpretação é a etapa de utilização da capacidade
crítica do leitor, é o momento em que ele analisa, reflete e julga as
informações que lê. Para que a interpretação aconteça, é preciso que a
compreensão a preceda, caso contrário, não há possibilidade de sua
manifestação. Assim, ao compreender, o leitor faz uso de seus
conhecimentos anteriores, que se interligam aos conteúdos que o texto
apresenta. Com isso, o leitor tem a oportunidade de aliar os
conhecimentos que possui aos conteúdos que o texto fornece, ele amplia
seu acervo de conhecimentos e informações, reformulando conceitos e
ampliando seus conhecimentos prévios sobre a temática do texto. Nessa
fase, o leitor pode produzir um novo texto, uma vez que, a manifestação
da leitura ocorre por meio de informações diferenciada do texto original;
Retenção: essa etapa é responsável pelo armazenamento das
informações mais importantes na memória do leitor. Ou seja, para haver
retenção é preciso ter compreensão e interpretação do texto por parte do
leitor.
Cosson (2012) também contribui com as reflexões ao elencar modos
(etapas) de compreender a leitura. Segundo o autor, a primeira etapa refere-se à
antecipação que consiste nas várias operações que o leitor realiza antes de
penetrar no texto propriamente dito. Assim, são relevantes tanto os objetivos da
leitura que levam o leitor a adotar posturas diferenciadas diante do texto quanto os
elementos que compõem a materialidade do texto. A segunda etapa é a decifração,
pois para ela se faz preciso o domínio das letras e das palavras. Assim, quanto
maior for a familiaridade e o domínio delas, mais fácil será a decifração. A terceira
etapa é a interpretação que é entendida como as relações estabelecidas pelo leitor
quando processa o texto. Para tanto, o leitor precisa fazer inferências, ou seja, ele
precisa entretecer as palavras com o conhecimento, em um diálogo que envolve
autor, leitor e comunidade.
Essas considerações foram necessárias, pois como já pontuado a leitura
exerce um importante papel na aprendizagem, ou seja, ela é fundamental para o
bom rendimento escolar do aluno, inclusive na sua produção escrita. Por isso, a
leitura precisa ser trabalhada em sala de aula, mas precisa ser abordada de uma
forma agradável e significativa para o aluno.
Sendo assim, para desenvolver esse trabalho optamos pelo estudo do
gênero discursivo fábulas. Passamos em seguida, a elencar alguns de seus
elementos importantes para o nosso trabalho.
Para Bagno (2004) as fábulas podem ser entendidas como sendo gêneros
literários muito antigos que encontra em praticamente todas as culturas e em todos
os períodos históricos. Além disso, são consideradas narrativas pequenas que tem
por objetivo ilustrar algum vício ou virtude, e termina inevitavelmente com uma lição
de moral.
Nesse contexto, enfatiza-se que:
A fábula é uma narrativa curta, que apresenta, via de regra, uma moralidade ao final: essa moralidade, em última análise, é um provérbio, uma máxima reveladora de uma visão estática de mundo, que expressa o senso comum. De modo geral, as personagens são animais que assumem comportamento humano, revelando questões relacionadas às relações éticas, políticas ou questões de comportamento (ABÍLIO; MATTOS, 2006, p. 86).
Sobre as fábulas, Machado (1994) esclarece que esses gêneros discursivos
têm o intuito inicial de transmitir um ensinamento, ou seja, as fábulas têm uma linha
moral.
Devido às características que lhes são inerentes, o professor pode explorar
o contexto das fábulas, observando que estas foram lidas, relidas e reescritas
através dos tempos. Compreender essas mudanças, ao revisitar as fontes e suas
posteriores transformações, é uma forma de ampliar a leitura do aluno e seu
conhecimento de mundo.
Por isso, as fábulas podem ser consideradas estratégias importantes, pois
podem fazer com que o aluno tenha maior interesse pela leitura e,
consequentemente pela escrita.
Tendo maior interesse pela leitura e pela escrita, na visão de Soares (2000)
podem-se inserir os alunos em práticas de letramento, visto que serão criadas
condições para que eles se envolvam de forma consciente e crítica nas muitas e
variadas práticas sociais de leitura e de escrita.
Para a mesma autora, o letramento refere-se ao indivíduo que não só sabe
ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a
escrita, posiciona-se e interage com as exigências da sociedade diante das
práticas de linguagem, demarcando sua voz no contexto social.
O letramento também é retratado por Cosson (2012, p, 11) ao esclarecer
que este termo trata-se “[...] não da aquisição da habilidade de ler escrever, como
concebemos usualmente a alfabetização, mas sim da apropriação da escrita e das
práticas sociais que estão a ela relacionadas”.
Por isso, para ir além da simples habilidade de ler e escrever é que o
letramento, neste caso em particular, o literário (a partir das fábulas) é de
fundamental importância no processo educativo. Pois, na escola, segundo Cosson
(2012) a leitura literária tem a função de ajudar a ler melhor, não apenas porque
possibilita a criação do hábito de leitura ou porque seja prazerosa, mas sim, e,
sobremaneira, porque fornece como nenhum outro tipo de leitura faz, os
instrumentos necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito
de linguagem.
Diante disso, é que se propõe o uso do gênero discursivo fábulas como
importantes estratégias para trabalhar a leitura e a produção escrita no contexto
escolar.
2.2 SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A moral é um conjunto de valores, como a honestidade,
a bondade, a virtude, considerados universalmente
como norteadores das relações sociais e da conduta
dos homens. Por meio da moral, geralmente costumam
ser definidos quais comportamentos são
aceitáveis na sociedade e quais não são (OLIVEIRA, RODRIGUES; CAMPOS,
2009).
O QUE É UMA FÁBULA?
A palavra fábula veio do verbo latino fabulare, que significa “conversar,
narrar” (OLIVEIRA; RODRIGUES; CAMPOS, 2009).
As fábulas podem ser entendidas como sendo gêneros literários muito
antigos que encontra em praticamente todas as culturas e em todos os períodos
históricos. Além disso, são consideradas narrativas pequenas que tem por objetivo
ilustrar algum vício ou virtude, e termina inevitavelmente
com uma lição de moral (BAGNO, 2004).
Para Abílio e Mattos (2006) as fábulas são
narrativas curtas, que apresentam uma moralidade ao
final, geralmente é um provérbio, uma máxima
reveladora de uma visão estática de mundo, que
expressa o senso comum. Além do mais, as
personagens são animais que assumem comportamento
humano, revelando questões relacionadas às relações
éticas, políticas ou questões de comportamento.
As fábulas são narrativas curtas que costumam apresentar uma
moral, ou seja, um ensinamento. As personagens são animais que
agem como seres humanos: pensam, falam, discutem, têm
sentimento. Nessas histórias, os defeitos e as virtudes das pessoas
são mostrados por meio de comportamento dos animais
(SOUZA; CAVÉQUIA, 2009, p. 85).
Sobre as fábulas, Machado (1994) complementa que são gêneros
discursivos cujo intuito inicial é transmitir um ensinamento, ou seja, as fábulas têm
uma linha moral.
Assim, ao ler uma fábula tem-se a oportunidade de refletir sobre diferentes
assuntos, pois nessas histórias os defeitos humanos são mostrados por meio do
comportamento de animais (SOUZA; CAVÉQUIA, 2009).
Geralmente, os animais que costumam ser as personagens desse gênero de
texto, segundo os mesmos autores apresentam as seguintes características:
Rato
É um animal pequeno e aparentemente frágil. No entanto, utiliza toda a sua
esperteza e sua agilidade quando se sente ameaçado.
Lembrada principalmente por sua lentidão, a tartaruga muitas vezes se
vale de sua persistência e sabedoria para atingir seus objetivos.
Tartaruga
Raposa
Considerada orgulhosa, astuta e traiçoeira, a raposa sempre tenta agir de
maneira a obter vantagens e a não se deixar enganar.
Gosta de passar o tempo cantando e não se preocupa com trabalho. Para ela, o
importante é aproveitar a vida sem se preocupar com o futuro.
Cigarra
Formiga
A característica mais marcante da formiga é a dedicação ao trabalho. A
organização e a cooperação também fazem parte de seu comportamento.
História das Fábulas
As fábulas mais antigas que conhecemos
começaram a ser contadas no Oriente, milhares
de anos atrás. De onde hoje fica a Índia, elas
migraram para a Pérsia e se espalharam pela
Grécia Antiga.
O primeiro contador do Ocidente foi o grego
Esopo (século VI antes de Cristo). Aliás, Esopo
não deixou nenhuma fábula escrita, pois só as
contava oralmente. Quem escreveu suas histórias
eram outros autores, entre eles, seu grande
admirador, o romano Fedro.
Durante a Idade Média, as fábulas gregas e
romanas foram redescobertas. O famoso pintor
Leonardo da Vinci (1452-1519) se interessou
muito por elas e as reescreveu em italiano. O
escritor Jean de La Fontaine (1621-1695) obteve
muito sucesso ao traduzi-las em versos para o
francês. La Fontaine gostava tanto dessas
histórias que até chegou a inventar suas próprias
fábulas [...] (OLIVEIRA; RODRIGUES; CAMPOS,
2009, p. 56).
Você Sabia?
Professor(a),
Devido às características que lhes são inerentes, o professor pode
explorar o contexto das fábulas, observando que estas foram lidas,
relidas e reescritas através dos tempos. Compreender essas mudanças, ao
revisitar as fontes e suas posteriores transformações, é uma forma de
ampliar a leitura do aluno e seu conhecimento de mundo.
Por isso, as fábulas podem ser consideradas estratégias
importantes, pois podem fazer com que o aluno tenha maior interesse
pela leitura e, consequentemente pela escrita.
Na verdade, sabe-se pouco da história de Esopo, que parece ter levado uma
vida muito interessante no século VI antes de Cristo. Talvez ele tenha nascido
na África, porque muitos dos animais que ele cita em suas fábulas são de
origem africana.
Dizem que ele era muito feio, deformado e até escravo. Teria conseguido sua
liberdade e viajou pelo mundo, conhecendo muitas culturas diferentes. Esopo,
um criador de confusão, teria tido uma morte violenta, foi jogado de um
penhasco pelos moradores enfurecidos da ilha de Delfos (OLIVEIIRA;
RODRIGUES; CAMPOS, 2009).
Jean de La Fontaine nasceu na França, em 1621. Quase virou padre, acabou
estudando Direito, mas que ele fez durante toda a vida foi mesmo escrever
literatura! Quando tinha quase 60 anos resolveu trabalhar em suas fábulas,
reescrevendo em versos muitas histórias de Esopo e de Fedro (OLIVEIIRA;
RODRIGUES; CAMPOS, 2009).
O Rato do Mato e o Rato da Cidade
Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de
um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente
de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
– Tenho muita pena da pobreza em que você vive – disse. –
Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais
fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa
casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se
empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma
pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do
campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
Professor (a),
Nessa sequência didática vamos estudar as fábulas, onde serão contemplados um
conjunto de atividades de leitura, compreensão, interpretação e análise linguística, para
tentar incentivar a leitura e a produção escrita do aluno na escola.
Sendo assim, as atividades propostas na fábula “o rato do mato e o rato da
cidade” visam desenvolver momentos de leitura e escrita, por meio da compreensão do
texto lido. Para tanto, sugere-se que sejam feitas leituras da fábula, a escolha do
professor, podendo ser silenciosa, em voz alta, em forma de jogral dividindo a sala em
dois grupos, etc. para compreensão do texto. Para somente depois, solucionar as
atividades propostas.
– Eu vou para o meu campo – disse o rato do campo quando o
perigo passou. – Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas
comidas gostosas com todo esse susto.
Moral
Mais vale magro no mato, que gordo na boca do gato.
Fonte: Abreu et al. (2000).
Glossário
Acomodaram: acolheram
Espavoridos: assustados
Fartas: muitas
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) O texto que você acabou de ler é uma fábula. Comente essa afirmação,
destacando características desse gênero literário.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2) Leia a fábula e discuta com um colega sobre ela, destacando o significado
da história.
3) O que encontramos na cidade que não tem no campo?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4) Se você fosse o rato do mato agiria como ele agiu? Justifique sua
resposta.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5) Explique com suas palavras a moral da fábula “mais vale magro no mato,
que gordo na boca do gato”.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Atividades de Análise Linguística
1) (Fernandes, 2001) Assinale cada uma das frases abaixo com a letra A,
quando o fato representa o que realmente aconteceu no reino animal, e com a letra
B, quando representa o que pode acontecer com os seres humanos.
( ) Gatos comem ratos.
( ) Ratos vivem em tocas.
( ) Ratos fazem festas.
( ) Gatos andam nos telhados.
( ) Ratos usam armas.
( ) Ratos marcham para batalhas.
( ) Ratos têm exército.
2) Os dois ratos correram “espavoridos” para se esconder. A palavra
destacada é pode ser substituída por:
a) Assustados
b) Seguros
c) Determinados
d) Decididos
e) Firmes
3) Identifique as características das personagens:
a) rato do mato:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
b) rato da cidade:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
4) A fábula “o rato do mato e o rato da cidade” ensina que:
a) Para conquistar comida vale qualquer sacrifício.
b) Se pode fazer qualquer coisa para conseguir comida.
c) A fome é a inimiga da perfeição.
d) Mais vale uma vida sossegada do que uma mesa farta.
A Cegonha e a Raposa
Um dia, a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para
jantar. Mas preparou para a amiga uma porção de comidas moles,
líquidas, que serviu sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se
esforçasse só conseguia bicar a comida, machucando o bico sem
comer nada.
A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela não
conseguia, e acabou indo para casa com fome.
Em outra ocasião, a cegonha, convidou a raposa para jantar
com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e
altos, onde seu bico entrava com facilidade, mas o focinho da
raposa não alcançava.
Professor (a),
A seguir sugerimos atividades para serem trabalhadas com a fábula “a cegonha e
a raposa”, onde serão priorizadas a leitura e a escrita. Por isso, sugere-se que sejam
mostradas imagens dos personagens, bem como desenhos das personagens feitos pelos
próprios alunos. Somente depois é que devem ser realizadas as atividades propostas.
Quanto à leitura, a mesma pode dar-se de várias maneiras, onde o aluno pode ser
questionado a respeito da atitude da cegonha para com a raposa e vice-versa. Podem
ainda serem feitas reflexões a respeito das qualidades dos seres humanos observadas com
a fábula. Além disso, a escrita será reforçada por meio de várias atividades inclusive por
meio da escrita de convite.
Então, foi a raposa que voltou para casa desapontada e
faminta.
Moral
Nunca faça com o outro aquilo que você não quer que faça com
você.
Fonte: Abreu et al. (2000).
Glossário
Desapontada: triste
Insistia: pedir algo muitas vezes
Ocasião: momento oportuno
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) Volte à história e releia os quatro primeiros parágrafos. Depois, responda:
a) Quem era a raposa no início da história?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
b) O que a raposa preparou para a cegonha jantar? Onde ela serviu o
jantar?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
c) A cegonha conseguiu jantar? Justifique sua resposta.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
2) Discuta com um colega, em seguida, responda as questões abaixo:
a) A fábula mostra alguns vícios e defeitos das personagens que também
podemos encontrar nos seres humanos. Liste alguns desses vícios e
defeitos e depois procure os sinônimos no dicionário.
Cegonha:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Raposa:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
b) Em sua opinião, quais eram as reais intenções da raposa e da cegonha?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
c) Qual a sua opinião sobre a atitude da raposa e da cegonha? O que você
faria no lugar delas? Justifique.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
3) Aproveitando a oportunidade para reforçar o gênero “convite”. Escreva um
convite imaginando o que a cegonha poderia escrever para a raposa ou o que a
raposa poderia escrever para a cegonha.
4) Escreva com suas palavras como a cegonha e a raposa serviram o jantar
uma para a outra.
Cegonha
Raposa
5) A fábula traz um ensinamento ao leitor. Qual ensinamento é este?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Atividades de Análise Linguística
1) Esse texto lido é:
a) Uma poesia
b) Uma fábula
c) Um conto de fadas
d) Um texto informativo
2) Quem são as personagens dessa fábula e quais características
apresentam.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3) Você daria outro título para à fábula? Qual? Justifique sua resposta.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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4) (Ferreira et al., 2009) Ter um bom vocabulário ajuda muito na
compreensão da fábula. Nessa atividade, você ampliará seu vocabulário, para isso,
leia as palavras dos quadros abaixo e procure no dicionário seu significado.
preparar porção esforçar
machucar insistir
facilidade desapontada faminta
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5) Complete a fábula utilizando o banco de dados abaixo.
Um dia a raposa, que era _______ da cegonha, convidou-a para ______.
Mas preparou uma porção de ___________, líquidas, que ela servia
sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse só
conseguia bicar a comida, ____________ seu bico e não comendo nada.
A raposa ________ para que a cegonha comesse, mas ela não
conseguia, e acabou indo para casa com fome.
Então a cegonha, em outra ocasião, convidou a ________ para jantar
com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou em ____________ e altos, onde
seu bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava.
Foi a vez da raposa voltar para casa __________ e faminta.
Banco de Dados
jantar – desapontada – machucando – amiga – vasos
compridos – comidas moles – insistia – raposa.
A Mercadora de Leite e seus Cálculos
Alegre vinha para a cidade uma camponesa trazendo à cabeça
bojuda bilha de leite. “Hei de vendê-lo todo”, dizia, “e com o favor de
Deus, sempre hei de achar no lucro o preço de uma linda frangalhona”.
Há de ser tão bonita, quão boa poedeira, pois hei de escolhê-la por certo
sinal que nunca falha. De cada postura dar-me-há dezoito ovos, e,
emprestando-me a vizinha alguma galinha choca, de mês em mês terei
uma ninhada de dezoito pintinhos. Como são bonitos, como medram! Os
machos vou-os vendendo, e ajuntando o dinheiro, as fêmeas crescem;
saem à mãe dão-me ovos que é um regalo; crio-as até ter um cento delas.
Cem? não: dez dúzias, é muito suficiente; não tenhamos mais, que lhes
não dê a peste.
Ora, com o dinheiro dos frangãos e dos ovos, estou rica! Qualquer
tola iria comprar alguma fita para enfeitar-se aos domingos. É bom
andar uma moça faceira e bonita; mas eu antes quero fazer render meu
dinheiro. Compro pois uma porca; e porque não uma vaquinha? E então
ovos, frangãos, leite, bezerros, em menos de nada, com juízo e economia,
Professor (a),
Na sequência vamos trabalhar com a fábula “a mercadora de leite e seus
cálculos”, onde deve ser feita a leitura da fábula em voz alta e também pode ser
solicitado que o aluno faça a dramatização da narrativa, com o intuito de motivar a
leitura e, consequentemente a escrita.
Em seguida, sugere-se que os alunos pesquisem as palavras desconhecidas, bem
como seus sinônimos. Somente depois é que as atividades de leitura, interpretação,
compreensão e análise linguística devem ser solucionadas.
dão-me com que compre um lindo sítio. Eis-me senhora, enfim graças a
Deus! escolho criadas jeitosas, servem-me elas para levar à cidade o meu
leite, os meus ovos, e frutas, e hortaliça; e então, se aparecer algum
rapaz bem feito, bonito, de bom gênio, e amigo de trabalhar, dou-lhe
minha mão e a minha riqueza. Que fortuna e que prazer.
Embebida nessa prosperidade, a camponesa esquece-se do que
trazia a cabeça, e põe-se a dançar, a bilha vem ao chão, quebra-se; adeus
leite, adeus galinha, pintos, adeus fortuna!
Moral
A esperança toda a vida nos embala; basta-lhe qualquer
circunstância, por insignificante que seja, para que nela assente seus
castelos, castelos que a imaginação doura, e que o menor sopro da
realidade desfaz.
Fonte: Rocha (2001).
Glossário
Bilha: vasilha bojuda e com gargalo estreito
Embala: envolve
Embebida: encharcada
Faceira: graciosa
Jeitosa: bonita
Medram: acrescentam
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) Reescreva com suas palavras a parte da fábula que melhor mostra a
expectativa da camponesa ao vender o leite. Por que ela tem essa expectativa?
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2 – Quando você acha que os sonhos da camponesa se desfazem?
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3 – Para você o que significa “castelos que a imaginação doura”? Você faria
esse tipo de castelo? Justifique.
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4 – Você já passou por uma situação como a da camponesa?
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5) Conte resumidamente para um colega de classe o trecho da fábula em
que a camponesa esqueceu-se do que trazia na cabeça.
6) Explique com suas palavras qual é a moral dessa fábula e qual é a sua
finalidade.
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7) Leia o boxe ao lado, releia a fábula
“A mercadora de leite e seus cálculos”, depois
escreva no espaço abaixo: na fábula o
narrador é personagem ou observador?
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Quem Conta a História?
Quem conta a história é
chamado de narrador Quando
o narrador participa dos fatos
é também personagem, ele é
chamado de narrador-
personagem. Quando o
narrador não participa da
história e conta-a sem fazer
referência a si mesmo, ou
seja, é apenas um observador,
diz-se que ele é narrador-
observador (CEREJA;
MAGALHÃES, 2009).
Sinônimos são palavras com
sentidos semelhantes, e não
idênticos. Sendo assim, devemos
primeiramente considerar o
contexto, para depois selecionar
um vocabulário que tenha um
sentido equivalente, aproximando
ao que se quer substituir (SOUZA;
CAVÁQUIA, 2009).
8) Dê asas à imaginação e crie livremente uma fábula levando em conta que
a camponesa conseguiu vender o leite.
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Atividades de Análise Linguística
1) Para que serve uma fábula?
a) Divertimento
b) Ensinamento
c) Informação
2) Copie em seu caderno cada uma
das frases abaixo, substituindo o termo
destacado por um sinônimo.
a) Alegre vinha para a cidade uma
camponesa trazendo à cabeça
bojuda bilha de leite.
b) “Hei de vendê-lo todo”, dizia, “e com
o favor de Deus, sempre hei de
achar no lucro o preço de uma linda
frangalhona”.
c) É bom andar uma moça faceira e bonita; mas eu antes quero fazer render
meu dinheiro.
d) Eis-me senhora, enfim graças a Deus! Escolho criadas jeitosas [...].
e) Embebida nessa prosperidade, a camponesa esquece-se do que trazia a
cabeça, e põe-se a dançar, a bilha vem ao chão, quebra-se [...].
Após fazer as substituições dos termos em negrito, você acha que o sentido
das frases mudou? Dê sua opinião.
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O Lobo e o Cordeiro
Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou
e também começou a beber, um pouco mais para baixo.
O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
– Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou
bebendo?
– Como sujar? – respondeu o cordeiro. – A água corre daí para cá,
logo eu não posso estar sujando sua água.
– Não me responda! – tornou o lobo furioso. – Há seis meses seu
pai me fez a mesma coisa!
– Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter
culpa disso? – respondeu o cordeiro.
– Mas você estragou todo o meu pasto – replicou o lobo.
– Como é que posso ter estragado seu pasto, se nem dentes eu
tenho?
O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais
nada: pulou sobre ele e o devorou.
Moral
Professor (a),
Agora vamos trabalhar com a fábula “o lobo e o cordeiro”. Nesta fábula,
também serão priorizadas a leitura e a escrita.
Sugere-se que sejam mostradas outras versões da fábula por meio de slides e
vídeos.
Pois ao ser trabalhada com essa fábula serão enfatizados os sinais de pontuação
e a estrutura da sequência narrativa da fábula (título, situação inicial, conflito, clímax
e desfecho) relacionando-a com a moral da fábula.
A razão do mais forte é sempre melhor.
Fonte: Abreu et al. (2000).
Glossário
Arreganhou: abriu
Devorou: comeu
Furioso: bravo
Ousadia: coragem
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) Qual é o assunto narrado nessa fábula?
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2) Na fábula há um diálogo, ou seja, uma conversa entre as personagens
(lobo e cordeiro). Identifique alguns trechos desse diálogo.
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3) O que você acha que as personagens que aparecem na fábula sentem
uma pela outro? Explique, descrevendo a que acha.
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4) Reescreva a fábula “O lobo e o cordeiro”, escrevendo-a com suas
palavras. Para isso, organize os parágrafos conforme se pede:
Título
Situação Inicial
Conflito
Clímax
Desfecho
Moral
Fique Atento:
Situação inicial: Apresentação inicial da história, ou seja, é a situação de
equilíbrio; Conflito: Motivos que desencadeiam a
ação da história; Clímax: Parte emocionante da história, ou
seja, é o momento de maior tensão;
Desfecho: final da história (BORGATTO; BERTIN; MARCHEZI, 2010).
5) Em duplas:
a) Criem um desfecho diferente para a fábula: “O lobo e o cordeiro”.
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b) Conte aos colegas o desfecho criado pela dupla.
6) Reescreva a fábula substituindo as personagens por outras. No entanto,
leve em consideração a moral da história.
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Atividades de Análise Linguística
1) Leia o boxe informativo abaixo sobre “Sinais de Pontuação”, depois retire
da fábula:
Professor(a): Neste momento, pode-se explorar as características de outros animais com os alunos. Ou seja, quais animais possuem características parecidas com o lobo e quais são parecidos com o cordeiro.
a) Um exemplo de frase que usa a vírgula:
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a) Um exemplo de frase que usa o
travessão:
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b) Um exemplo de frase que usa os dois-
pontos:
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c) Um exemplo de frase que usa o ponto
final:
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d) Um exemplo de frase que usa o ponto
final:
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2) Procure no dicionário o significado das
seguintes palavras:
Sinais de Pontuação
* Ponto de interrogação (?) é usado no final das frases para indicar que uma pergunta está
sendo feita; * Ponto de exclamação (!) expressa uma emoção ou
sentimento; * Ponto final (.) é usado para
terminar as frases declarativas, isto é, as frases que não fazem
perguntas ou não têm a intenção de demonstrar sentimentos ou
emoções particulares; * Reticências (...) marca uma
interrupção na frase, muitas vezes para indicar ideias e sentimentos
que não foram expressos por palavras. Assim é criado um
espaço para que o leitor imagine o que não está explícito;
* Vírgula (,) é um sinal de pontuação que pode ser utilizado
para articular, sequenciar, ordenar itens de uma enumeração.
Também pode ser utilizada para indicar palavras e expressões
intercaladas, isto é, que se colocam;
* Dois-pontos (:) são usados, sobretudo para introduzir uma fala,
citação ou pensamento, ou para esclarecer, explicar o desenvolver
uma ideia anterior; * Travessão (–) é usado no
diálogo para iniciar uma fala ou indicar que terminou. Também pode ser usado para separar
termos ou expressões; * Aspas (“”) são usadas
principalmente para separar falas ou citações, para destacar
palavras estrangeiras ou aquelas a que se pretende dar um sentido
especial (KANASHIRO et al., 2006).
a) Arreganhar os dentes:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
b) Culpa:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
c) Estragar:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
d) Replicou:
___________________________________________________________
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3) Complete as frases, com os termos abaixo:
* num riacho.
* se nem dentes eu tenho?
* como é que eu posso ter culpa disso?
* não disse mais nada: pulou sobre ele e o devorou.
a) Há seis meses eu nem tinha nascido, *
b) Como é que posso ter estragado seu pasto, *
c) O lobo não tendo mais como culpar o cordeiro, *
d) Um lobo estava bebendo água *
O Lobo e o Cão
Um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo:
– Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pelo lustroso...
Estou até com inveja!
– Ora, faça como eu – respondeu o cão. – Arranje um bom amo. Eu tenho
comida na hora certa, sou bem tratado... Minha única obrigação é latir à noite,
quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o mesmo tratamento.
O lobo achou ótima a ideia e se puseram a caminho.
Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa.
– O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado... –
observou ele.
– Bem – disse o cão – isso é da coleira. Sabe?
Durante o dia, meu amo me prende com uma coleira, que é para eu não
assustar as pessoas que vêm visitá-lo.
O lobo se despediu do amigo ali mesmo:
– Vamos esquecer – disse ele. – Prefiro minha liberdade à sua fartura.
Moral
Professor (a),
Neste momento iremos trabalhar com a fábula “o lobo e o cão”, onde serão
priorizadas atividades que levem o aluno fazer leituras para poder interpretar e
compreender a narrativa. Além disso, são sugeridas atividades de análise linguística,
priorizando os tipos de frases.
Para trabalhar com a fábula sugere-se que os alunos façam a leitura e depois
reconte a narrativa para um amigo e para o grande grupo para, somente depois resolver
as atividades sugeridas.
A liberdade não tem preço.
Fonte: Abreu et al. (2000).
Glossário
Afugentar: pôr em fuga
Astúcia: habilidade em enganar
Esfomeado: faminto
Faminto: com fome
Lustroso: brilhante
Nítida: clara
Robustez: vigor, força
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) Para você o autor da fábula quis destacar o companheirismo das
personagens ou o valor de ser livre?
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2) Leia a fábula novamente e destaque abaixo o que o cão recebia de seu
dono.
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3) Leia a frase abaixo que expressa a moral da fábula “O lobo e o cão”.
“A liberdade não tem preço”.
Você concorda com essa moral? Justifique sua resposta.
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4) Organize os alunos em grupos de três para fazer a leitura dramatizada da
fábula. Uma será o narrador, outro o lobo e outro o cão. Depois, de preparados,
apresentar para a classe a sua leitura.
5) Reescreva a fábula, dando uma nova versão, podendo, inclusive colocar
novos elementos a história, mudando o cenário dos acontecimentos, sempre
adaptando para a nossa realidade e levando em conta a moral da história.
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Atividades de Análise Linguística
1) (Fernandes, 2001) Assinale com um X as afirmativas corretas.
( ) O animal selvagem precisa encontrar seu próprio alimento e é
livre para ir aonde quiser.
( ) O animal doméstico precisa caçar para sobreviver.
( ) Para ter boa comida, o lobo deveria viver preso.
( ) O cachorro tinha uma boa vida e era livre.
( ) Em troca de comida, o cão agradava seu dono e usava coleira.
2) (Fernandes, 2001) Escreva as expressões que o autor usa para descrever
o estado em que o lobo e o cão se encontravam:
Tipos de Frase
De acordo com o sentido que
se pretende, podem-se
produzir diferentes tipos de
frase. Tradicionalmente, a
gramática classifica as frases
em quatro frases:
* Interrogativa: usado para
fazer uma pergunta. Na
escrita, a frase interrogativa é
indicado por ponto de
interrogação;
* Declarativa: usado para dar
uma resposta, uma
informação ou contar alguma
coisa. Na escrita, a frase
declarativa é indicada por
ponto;
* Exclamativa: usado para
expressar espanto, surpresa,
emoção, admiração, alegria,
etc. Na escrita, a frase
exclamativa é indicada por
ponto de exclamação;
* Imperativa: usado para
expressar uma ordem, em
desejo, uma advertência, um
pedido. Na escrita, a frase
imperativa é indicada por
ponto ou por ponto de
exclamação (CEREJA;
MAGALHÃES, 2012).
a) lobo:
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
b) cão:
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
3) (Fernandes, 2001) Qual poderia ser o
ensinamento dessa fábula?
a) Pior que um inimigo: dois inimigos.
b) Mais vale ter pouco e ser livre do
que ter muito e ser escravo.
c) Contra a força não há argumentos.
4) Leia as informações contidas no boxe
ao lado “tipos de frase”, depois identifique na
fábula “O lobo e o cão”:
a) Um exemplo de frase interrogativa:
_______________________________
_______________________________
_______________________________
b) Um exemplo de frase declarativa:
_______________________________
_______________________________
_______________________________
c) Um exemplo de frase exclamativa:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
d) Um exemplo de frase imperativa:
__________________________________________________________
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O CACHORRINHO E O BURRO
Tinha um homem um cachorrinho e um burro. Toda a vez que
voltava da rua, o cachorrinho lhe fazia festa, lhe saltava ao colo; e o
senhor o afagava, dava-lhe docinhos, brincava com ele. Via-o o burro, e
mordia-se de inveja: assentou de si para si que, se fizesse o mesmo que o
cachorrinho, seria tratado da mesma maneira. Vai no dia seguinte, à
hora em que seu amo costumava recolher-se, pôs-se à espreita; e mal o
vê entrar, começa a zurrar, a saltar, encosta-lhe aos ombros as patas,
quer lamber-lhe a cara.
Espantado o senhor chama quem lhe acuda; chegam os criados, e
a poder de pancadas arrumam o burro na estrebaria.
Moral
Nada assenta bem senão quando pela própria índole é inspirado:
um burro a fazer meiguices faria rir as pedras. Cada qual para o que
Deus o fez.
Fonte: Rocha (2001).
Glossário
Professor (a),
Na fábula “o cachorrinho e o burro” sugere-se que sejam feitos questionamentos
sobre a fábula, após a leitura em voz alta, silenciosamente ou dramatizada. Também
podem ser solicitados que o aluno façam desenhos sobre as personagens. Além disso,
serão priorizados momentos de escrita onde o aluno possa expressar a compreensão da
narrativa por meio da linguagem escrita.
Acudir: ajudar
Afagava: acariciava
Assentou-se: apoiou-se
Espreitar: investigar
Zurrar: relinchar
Atividades de Leitura, Interpretação e Compreensão
1) Na fábula “O cachorrinho e o burro” é feita uma crítica ao comportamento
humano. Você saberia descrever qual é esse comportamento?
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2) Na fábula “O cachorrinho e o burro” são apresentadas várias ações
realizadas pelos personagens. Cite algumas das ações realizadas pelo cachorro e
pelo burro.
Cachorro Burro
3) Você mudaria a moral da história? Justifique.
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4) O que você acha que as personagens que aparecem na fábula sentem
uma pela outra? Justifique.
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5) A moral da fábula “O cachorrinho e o burro” está representada pela
seguinte frase: “Nada assenta bem senão quando pela própria índole é
inspirado: um burro a fazer meiguices faria rir as pedras. Cada qual para o que
Deus o fez”.
Em sua opinião qual é o significado dessa frase?
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Atividades de Análise Linguística
1) (Souza; Caváquia, 2009) Em uma folha à parte, escreva cinco palavras.
Entregue a folha a um colega para que ele escreva sinônimos para cada palavras.
Você fará o mesmo em relação aos vocabulários escolhidos por seu colega.
2) Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª coluna:
a) Burro ( ) Corria para dar boas vindas ao dono.
b) Cachorro ( ) O dono não ligava para ele.
( ) Serve para vigiar.
( ) Serve para carregar.
3) Procure no dicionário, o significado das palavras abaixo:
Assentar:
Estrebaria:
Índole:
Meiguices:
Professor(a),
Após a realização das atividades de leitura, interpretação,
compreensão e análise linguística sugere-se que o aluno crie sua própria
fábula.
A seguir são mostrados os passos necessários para que o aluno
possa dar asas a sua imaginação.
Fabulando: Criando sua Fábula
Selecionando provérbios
Com base em provérbios, solicitar aos alunos que criem suas próprias
fábulas.
Para tanto, pedir para os alunos que pesquisem com seus pais, avós ou
amigos e anote em seu caderno vários provérbios populares. Também pode ser
pesquisado na biblioteca ou na internet.
Em sala de aula, discutir com os colegas sobre os provérbios pesquisados.
Por exemplo: Há provérbios que se repetem na lista dos outros colegas? Há
aqueles que são semelhantes, dizem a mesma coisa, têm a mesma moral? Há
provérbios que se contradizem?
Após a discussão, cada aluno deve escolher o provérbio preferido. Pois, ele
será a moral da sua fábula.
Escolhendo as personagens
Com a moral da fábula em mente, o aluno deve escolher duas personagens
para participar da fábula. Essas personagens podem ser animais, humanos ou até
mesmo objetos.
Escrever no caderno quais são essas personagens e suas características,
qualidades e defeitos humanos.
O(a) professor(a) deve pedir para que o aluno também faça um desenho das
personagens.
Como começar a fábula?
Pedir para o aluno na introdução da história, descrever a situação em que as
personagens se encontram. Por exemplo: Qual o lugar em que a história se passa?
Há uma árvore, um rio, uma caverna? Descrever os elementos do espaço que são
importantes para a história.
O conflito da fábula
Qual será o conflito entre as personagens? O que cada uma delas quer?
Alguma delas consegue realizar seu desejo, seu objetivo?
Solicitar que os alunos escreva um diálogo entre as personagens, por meio
do qual esse conflito e sua resolução fiquem claros.
Lembrar os alunos que a resolução do conflito deve combinar com o
provérbio escolhido.
A moral
Pedir para que o aluno escreva a moral da história: aquele provérbio
escolhido e anotado no caderno.
O título
Por fim, o(a) professor(a) deve solicitar ao aluno que escolha o título da sua
fábula.
Avaliando a primeira versão e reescrevendo a fábula
Ao escrever a primeira versão da fábula, o aluno deve trocá-la com um
colega. Cada um lerá a história do outro.
Cada aluno precisa entender a fábula do outro, onde precisam discutir se há
dúvidas na história, se há algo que não ficou claro, se falta alguma informação na
história do colega.
Após a discussão, é importante que cada aluno leve em consideração a
conversa com o colega sobre a sua história, releia e faça as modificações que
forem necessárias.
Cada aluno deve fazer uma leitura silenciosa e perceber se o texto que
escreveu está bom para ser lido em voz alta.
Passe a limpo esse segunda versão, com todas as alterações.
Lendo a fábula para os colegas
Para a leitura das fábulas em voz alta, organize os alunos em círculo ou
quem for ler pode ir para frete da sala.
O(a) professor(a) precisa lembrar os alunos que é necessário silêncio para
escutar a fábula do colega.
Depois de lidas em voz alta, os alunos podem comentar as fábulas uns dos
outros.
Essa atividade é sugerida por Oliveira, Rodrigues e Campos
(2009).
Professor(a),
Algumas dicas para refletir sobre a produção das fábulas dos
alunos:
* As personagens apresentam características humanas?
* O texto foi organizado de modo que contemplasse as partes
fundamentais da narrativa: situação inicial, complicação e desfecho?
* A linguagem empregada está adequada?
* Há ideias confusas, trechos desnecessários, palavras escritas
de modo incorreto?
* A extensão do texto está adequado ao gênero em questão?
* A pontuação do texto está de acordo com o que foi estudado
sobre esse assunto?
* O título escolhido está apropriado à história? (SOUZA;
CAVÁQUIA, 2009).
3. REFERÊNCIAS
ABÍLIO, E. C.; MATTOS, M. S. de. Letramento e leitura da literatura. In: CARVALHO, M. A. F. de; MENDONÇA, R. H. M. (Orgs.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006, p. 84-95.
ABREU, A. R. et al. Alfabetização: livro do aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000.
BAGNO, M. (Org.). Linguística da norma. 2.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2004.
BORGATTO, A. M. T.; BERTIN, T. C. H.; MARCHEZI, V. L. de C. Tudo é linguagem: língua portuguesa. 2.ed. São Paulo: Ática, 2009.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização & linguística. 8.ed. São Paulo: Scipione, 1995.
CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens, 6º ano. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2012.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHENEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.
FERNANDES, M. T. O. S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: fábula. São Paulo: FTD, 2001.
FERREIRA, G.; CORDEIRO, I. C.; KASTER, M. A. A.; MARQUES, M. Trabalhando com a linguagem: língua portuguesa. São Paulo: Quinteto Editorial, 2009.
KANASHIRO, Á. R.; COHEN, D. C. P.; EL KADRI, R. C. P.; PAMPLONA, R. L. P. Projeto araribá: português. São Paulo: Moderna, 2006.
MACHADO, I. A. Literatura e redação: os gêneros literários e a tradição oral. São Paulo: Scipione, 1994.
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