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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · de instrução era baseado no Ratio Studiorum, de acordo com Veiga ... dogmáticas de pensamento, contra o pensamento critico

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUED

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP

CAMPUS DE JACAREZINHO – PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

JOSÉ ORLANDO SEGANTINI VARASCHIN

A PRODUÇÃO DE TRABALHOS DE ALUNOS: COMPROMISSO COM A

APRENDIZAGEM

Artigo apresentado como requisito para o

cumprimento das atividades previstas no

Programa de Desenvolvimento

Educacional PDE.

Orientadora: Profª Dra. Maria Lúcia Vinha

JACAREZINHO 2014

A PRODUÇÃO DE TRABALHOS DE ALUNOS: COMPROMISSO COM A

APRENDIZAGEM

José Orlando Segantini Varaschin1

Maria Lúcia Vinha2

RESUMO: As metodologias de ensino utilizadas pelos docentes no ambiente escolar

colaboram para a construção do conhecimento. Neste contexto, procurou-se

apresentar estudos de como os alunos podem fazer pesquisa de forma orientada

pelo professor, valorizando o trabalho dos alunos, conscientizando-os sobre a

importância da busca pelo conhecimento de forma sistematizada e também sobre

aspectos técnicos e metodológicos, como direitos autorais e a utilização de recursos

didáticos e tecnológicos. A pesquisa se sustenta em referenciais teóricos que trazem

orientações sobre a produção de trabalhos de alunos, incluso a avaliação do

processo de ensino e aprendizagem. Selecionou-se a instituição de ensino Colégio

Estadual Professor Sílvio Tavares, Cambará Paraná, para desenvolver as atividades

com os alunos 2º ano do Ensino Médio Integrado em administração. Utilizou-se o

ambiente de aprendizagem Moodle (equivalendo a uma tradução livre Ambiente de

Aprendizagem Dinâmico Modular Orientado a Objeto), como suporte para orientação

através da interação das diversas ferramentas como fóruns, diários e outras,

possibilitando a comunicação entre professor e alunos. Os resultados deste estudo

demonstram como o trabalho docente permite a orientação e reorientação dos

alunos, contribuindo para o aprendizado.

Palavras-Chave: avaliação; trabalhos; aprendizagem.

ABSTRACT: The teaching methods used by teachers in the school environment

collaborate to construct knowledge. In this context , we tried to present studies of

how students can do research oriented manner by the teacher , highlighting student

work , making them aware about the importance of the search for knowledge in a

systematic way and also on technical and methodological issues , such as rights

copyright and the use of teaching resources and technology. The research is

grounded in theoretical frameworks that bring guidance on the production of works of

students, included the evaluation of the teaching and learning process. Selected to

School State College professor Silvio Tavares, Cambará Paraná, to develop

activities with students 2nd year of high school in Integrated Management. We used

the learning environment Moodle (equivalent to a translation free Dynamic Learning

Environment for Modular Object Oriented ), as support for guidance through the

interaction of various tools such as forums, journals, and other, allowing

communication between teacher and students. The results of this study demonstrate

how the teacher work allows the orientation and reorientation of students,

contributing to learning.

.

Keywords: evaluation; work; learning.

1 Professor da área de disciplinas técnicas, Colégio Estadual Professor Sílvio Tavares, Cambará, PR. 2 Doutora em Educação na Universidade de São Paulo, Licenciatura em Ciências e Pedagogia,

professora na Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Jacarezinho.

1 INTRODUÇÃO

O Regimento Escolar do Colégio Estadual Professor Sílvio Tavares traz

elementos norteadores para o trabalho docente, entre eles, as formas de avaliação,

que são compostas por avaliação de conteúdo e atividades complementares, na

relação de 7,0 e 3,0 respectivamente. É comum os professores solicitarem

atividades complementares que envolvam trabalhos escolares a serem elaborados

por alunos. Para proposição das atividades, normalmente é fornecido apenas o tema

e a data de entrega. Como resultado destas atividades, em geral, os professores

recebem apenas cópias de conteúdos, principalmente da web. Dessa forma,

percebe-se que as ações não propiciam a devida aprendizagem, por ficarem

restritas ao cumprimento das regras do Regimento Escolar da instituição no seu

aspecto formal.

O tema é relevante, pois é nesta fase de estudos que os alunos, se bem

orientados, poderão se tornar bons pesquisadores, contribuindo para a construção

do próprio conhecimento e de seus pares. Há de se asseverar que o objeto de

pesquisa e sua implementação dirige-se para o Ensino Médio Integrado em

Administração, o que exige ainda mais dos alunos, pois o ato de administrar requer

uma constante busca pelo novo, e não se consegue o novo sem pesquisa

sistematizada.

Através de estudo bibliográfico pretende-se sugerir formas de orientar os

alunos a pesquisarem de maneira que contribuam para a produção de trabalhos

compromissados com a aprendizagem.

A mediação pedagógica envolve o ato de ensinar os alunos à forma de

organização dos trabalhos de pesquisa, o que inclui preparação, execução e

apresentação. O foco principal da mediação pedagógica é a aprendizagem dos

alunos, o que inclui avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Acredita-se

que a mediação pedagógica deve ser realizada intencionalmente e que propicie

elementos de avaliação mais objetivos e mais democráticos.

Nesse contexto, procurou-se apresentar estudos de como fazer pesquisa

escolares feitas por alunos, de forma orientada pelos professores, valorizando o

trabalho dos mesmos, conscientizando-os sobre a importância da busca e da

sistematização dos conhecimentos, e também sobre aspectos metodológicos e

técnicos relacionados à apresentação de trabalhos acadêmicos.

Desta forma, o texto foi organizado em quatro momentos: A mediação do

conhecimento e seu regaste histórico, o uso da tecnologia AVA (Ambiente Virtual de

Aprendizagem) como instrumento de mediação entre professor e alunos,

contribuições dos participantes do Grupo de Trabalhos em Redes (GTR), para a

implementação em sala de aula, a implementação das atividades na escola com

orientação do professor e suporte do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

2 A MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO E SEU RESGATE HISTÓRICO

A educação passa pela escola, local ideal, para a apropriação do

conhecimento sistematizado. Nesse sentido, Luckesi e Passos (2002, p. 16),

colocam:

[...] no que se refere ao conhecimento, há quatro elementos a serem destacados: um sujeito que conhece; um objeto que é conhecido; um ato de conhecer, e, finalmente um resultado, que é a compreensão da realidade ou o conhecimento propriamente dito (a explicação produzida e exposta, tomada disponível às pessoas).

É importante destacar que a compreensão dessa realidade só pode ocorrer

com a mediação do professor. Com este objetivo o professor deve realizar um

“conjunto de operações didáticas coordenadas entre si, sendo elas: o planejamento,

a direção de ensino e da aprendizagem e a avaliação, onde cada uma delas é

desdobrada em tarefas e funções, que convergem para a realização do ensino.”

(LIBÂNEO, 2004, p. 72).

A pesquisa como prática educativa visa apropriação do conhecimento pelo

aluno com mediação do professor, o que possibilita ao aluno apropriar-se do

conhecimento, o objeto de estudo. O estudo de forma orientada propicia ao aluno o

preparo para o estudo autônomo produzindo novos conhecimentos como também a

capacidade de análise crítica sobre o objeto estudado.

Nesse sentido, este trabalho parte de uma breve retrospectiva histórica da

didática na perspectiva crítica, isto é, compromissada com a aprendizagem de todos,

o que passa por desafios, conflitos e possibilidades.

O início da educação, no Brasil, é marcado pelos jesuítas, pois foram os

principais educadores do período colonial entre 1549 a 1759, época em que o plano

de instrução era baseado no Ratio Studiorum, de acordo com Veiga (1990, p. 26):

A ação pedagógica dos jesuítas foi marcada pelas formas dogmáticas de pensamento, contra o pensamento critico. Privilegiavam o exercício de memória e desenvolvimento do raciocínio. [...] o mestre prescrevia o método de estudo, a matéria, e o horário; as aulas eram expositivas, a repetição visava decorar, e expor em aula, os exames eram orais e escritos que visava avaliar o aproveitamento do aluno.

A escola jesuítica não foi transformadora da realidade social daquele

momento histórico, já que era limitada para poucos e os alunos não tinham espaços

para estudos que levassem em conta a autonomia. Segundo Behrens (2011, p. 42)

referendada por uma visão cartesiana, a metodologia característica desse modelo

jesuítico fundamentava-se em quatro pilares: escutar, ler, decorar e repetir.

Após os jesuítas, professores leigos começaram a ser admitidos para as

“aulas régias” introduzidas pela reforma Pombalina. Com a reforma republicana em

1890, sob a influência do positivismo, a escola busca disseminar uma visão

burguesa de mundo a fim de garantir a consolidação da classe dominante. Segundo

Veiga (1990, p. 28):

[…] A pedagogia tradicional leiga, está centrada no intelecto, o professor se torna o centro do processo de aprendizagem, concebendo o aluno como um ser receptivo e passivo. A disciplina é a forma de garantir a atenção, o silêncio e a ordem, […] A atividade docente é entendida como inteiramente autônoma face à politica, dissociada das questões entre escola e sociedade. Uma didática que separa teoria e prática.

Reforça (BEHRENS, 2011, p.42 apud MIZUKAMI, 1986) “O aluno na

tendência de ensino tradicional, [...] deve obedecer sem questionar. Sua real função

no processo educativo é realizar tarefas, preferencialmente sem questionar os

objetivos.”

A revolução de 1930 inicia uma nova fase na história da república no Brasil,

sendo que em 1932 é lançado o manifesto dos pioneiros da escola nova, cujo

movimento também foi chamado de Escolanovismo sendo que suas características

principais são:

A valorização da criança, vista como ser dotado de poderes individuais, cuja liberdade, iniciativa, autonomia e interesses devem ser respeitados. […] A ênfase recai no ensinar bem, mesmo que a uma minoria. [...] a didática também sofre sua influência passando a acentuar o caráter prático técnico do processo ensino aprendizagem, onde teoria e prática são justapostas […] o ensino é concebido como um processo de pesquisa, partindo do pressuposto de que os

assuntos de que tratam o ensino são problemas. (VEIGA, 1990, p.

31).

Destaca-se algumas características nesta escola que contribuem para um

bom pesquisador, como a valorização da liberdade, inciativa, autonomia, e a

pesquisa partindo de problemas. As formas de avaliação sugerem indagações,

Segundo Behrens (2011, p. 46) “A avaliação escolanovista privilegia a autoavaliação.

O processo avaliativo tem como pressuposto essencial, a busca de metas pessoais”.

Com relação à aceitação pelos professores, afirma Behrens (2011, p. 47). […] houve

dificuldade desta tendência em larga escala […] pela falta de preparo do professor

para assumir nova postura. Embora no interior da escola continuasse a proclamação

dos procedimentos escolanovistas e democráticos, os professores, em geral, não

abdicavam do ensino tradicional. O problema do escolanovismo era tratar os

problemas numa perspectiva apenas interna da escola e voltada para uma minoria,

devido ao fato da sociedade estar dividida em classes.

Entre 1948 e 1961 desenvolveram lutas ideológicas em torno da oposição

entre escola particular e defensores da escola pública. Entre 1960 e 1968 foi

marcado pela crise da pedagogia nova e articulação da tendência tecnicista,

assumida pelo grupo militar e tecnocrata. De acordo com Veiga (1990, p. 36):

Na didática tecnicista, a desvinculação entre teoria e prática é mais acentuada. O professor torna-se mero executor de objetivos instrucionais, de estratégias de ensino e de avaliação. Acentua-se o formalismo didático através de planos elaborados segundo normas

pré-fixadas. A didática é concebida como estratégia para o alcance dos produtos previstos para o processo ensino aprendizagem.

Nessa didática, os planos e as normas eram elaborados por quem tinha o

privilégio de pensar enquanto outros tinham a função apenas de executar.

. Alguns problemas são apresentados na abordagem tecnicista, segundo

Behrens (2011, p. 48-49 ):

O elemento principal da abordagem tecnicista não é o professor, nem o aluno, mas a organização racional do meio. O planejamento e controle asseguram a produtividade do processo. [...] a cisão entre sujeito e objeto provocam uma educação fragmentada e mecanicista. […] O sistema capitalista exige uma escola que articule uma formação do aluno para o sistema produtivo. Na realidade, a tendência tecnicista procurou transpor para a escola a forma de funcionamento da fábrica, perdendo de vista a especificidade da educação.

A partir de 1974, época da abertura do regime autoritário, a didática é

questionada e os movimentos em torno de sua revisão apontam para a busca de

novos rumos. Na década 1980, a luta operária, e dos educadores ganha força.

Estudos apontam para pedagogia critica. Segundo Veiga (1990, p. 39-40):

Os educadores se empenham para reconquista do direito e dever de participarem na definição da politica educacional e na luta pela recuperação da escola pública, […] esboçam-se os primeiros estudos em busca de alternativas para a didática dos pressupostos da pedagogia crítica. [...] A didática crítica busca superar o intelectualismo formal do enfoque tradicional, evitar os efeitos dos espontaneísmo escolanovista, combater a orientação desmobilizadora do tecnicismo e recuperar as tarefas especificamente pedagógicas, desprestigiadas a partir de discurso reprodutivista. Procura, ainda compreender e analisar a realidade

social onde está inserida a escola.

Através do breve retrospecto histórico pontuou-se elementos com a finalidade

de construir um perfil para o professor que tem a intenção de mediar a pesquisa

como principio educativo.

Com base nestes referenciais teóricos, pode-se conceituar alguns elementos

que devem nortear a ações do professor que deseja orientar seus alunos na busca

do conhecimento através da pesquisa. Desta forma, entendemos que ao propor um

trabalho de pesquisa o orientador deve expor os conteúdos, objeto de pesquisa,

orientar o aluno a estar aberto a receber as informações de forma criteriosa,

propiciar a “autonomia” que o significado é independente, consciente, valorizar a

liberdade e a inciativa. A pesquisa deve partir de problemas, fazendo uma análise

crítica dos conteúdos. O mediador deve interferir no processo de conhecimento

orientando a construção deste pelo aluno. O resultado dos estudos deve ser exposto

pelos alunos. Não está dissociada a orientação da avaliação, o professor ao orientar

percebe a dificuldade do orientando, e procura mostrar os caminhos para a sua

superação. A avaliação dos resultados deve refletir, todo processo, usando

instrumentos e critérios que possam medir se o aluno apropriou-se de conhecimento

que permita fazer pesquisa de forma autônoma. Conceituação semelhante

encontramos nas palavras de Behrens (2011, p. 82 ):

O Professor na metodologia do ensino com pesquisa, torna-se figura significativa no processo como orquestrador da construção do conhecimento. Tem a função de mediador, articulador crítico e criativo do processo pedagógico. Como produtor de seu próprio conhecimento, instiga o aluno [...], centrando sua competência estimuladora no ensino com pesquisa. Orienta os alunos para se expressarem de maneira fundamentada, exercitando o questionamento e a formulação própria.

Na sala de aula é que o trabalho do professor acontece, contudo se esta

estiver vazia, nenhum trabalho será realizado. É para transformar o aluno em

cidadão crítico para viver em sociedade, que o professor se prepara.

A proposta da produção de trabalho de pesquisa é muitas vezes recebida

pelos alunos, com preconceito, atribuindo significados de “chato”, “sem motivação”.

Segundo Bagno (2010, p. 13) “na maioria das vezes os comandos para a realização

de uma pesquisa residem apenas em: tema e data de entrega.”

Os professores devem aumentar as chances dos alunos a se interessarem

pelos conteúdos, criando situações, que possibilitem tomar uma posição pessoal a

respeito de um tema. Desta forma, é possível que estabeleçam relações entre os

novos conteúdos e os conhecimentos que já possuam, realizando aprendizagens

mais significativas.

Em relação ao processo ensino aprendizagem, Libâneo (2001, p. 54) se

expressa claramente: ”Ensinar é aprender, pois, são facetas do mesmo processo, e

que se realizam em torno das matérias de ensino, sob a direção do professor”.

Reafirma Bagno (2002, p.15), “não é apenas mostrar os caminhos, mas também

orientar o aluno para que desenvolva um olhar crítico que lhe permita reconhecer,

em meio ao labirinto de informações, as verdadeiras fontes de informação e

conhecimento”.

A informação e o conhecimento são oriundos de pesquisa, segundo Bagno

(2002, p. 17):

Pesquisa é uma palavra que veio do espanhol. Este por sua vez herdou-a do latim. Havia em latim o verbo perquiro, que significava “procurar; buscar com cuidado; procurar por toda parte; informa-se; inquirir; perguntar; indagar bem, aprofundar na busca”. O particípio passado desse verbo latino era perquisitum. Por alguma lei da fonética histórica, o primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol, dando o verbo pesquisar que conhecemos hoje. Percebemos que os significados desse verbo em latim insistem na ideia de uma busca feita com cuidado e profundidade. Nada a ver, portanto, com trabalhos superficiais, feitos somente com a finalidade de “dar notas”.

O resultado destas “pesquisas” são convertidos em trabalhos de alunos, que

são transcritos para editores de texto, e posteriormente impressos para entrega ao

professor. O professor de posse do trabalho faz a correção e devolve o documento

impresso com a sua impressão sobre o trabalho, atribuindo nota. Ponderamos que

se não houve orientação e acompanhamento para a construção deste instrumento

de aprendizagem, não se pode garantir que o aluno evoluiu em conhecimento. Desta

forma, a atribuição da nota se tornou apenas uma obrigação legal, não refletindo

uma mensuração do possível aprendizado adquirido.

Neste sentido através de estudos foram utilizadas estratégias com a

finalidade de proporcionar aos alunos conhecimento através da elaboração de

trabalhos com o orientação do professor.

3 O USO DA TECNOLOGIA AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) COMO

INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNOS

O uso de tecnologia como instrumento de mediação entre professor e alunos

iniciou da década de 1990 com a proliferação da internet. Segundo (PRUDÊNCIO;

CARVALHO; FERREIRA, 2009, p. 56):

Os primeiros AVAs foram projetados para uso pessoal de coordenadores de cursos, ou ainda para o uso especifico de instituições cujo alcance era pouco abrangente. [...] Esse é o caso de alguns [...] sistemas conhecidos [...], como o Blackboard e o WebCT, cujo o inicio se deu como apoio a projetos de pequenas faculdades.

Com o desenvolvimento das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação)

com fins pedagógicos, propiciou o desenvolvimento de várias plataformas para

Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). As “plataformas bastante utilizadas são

AulaNet, Learning Space, Teleduc, e-Proinfo e o Moodle.” (PRUDÊNCIO;

CARVALHO; FERREIRA, 2009, p. 56).

É com base neste último ambiente virtual de aprendizagem é que faremos

apontamentos, iniciando com o conceito de ambiente virtual de aprendizagem; e

discorrendo sobre as possibilidades da utilização do Moodle no curso técnico de

administração; bem como incentivo ao uso deste ambiente no espaço escolar; e a

implementação da proposta, a produção de trabalhos de alunos: compromisso com a

aprendizagem.

3.1 CONCEITO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

Os alunos ou nativos digitais ficam à vontade com as tecnologias,

principalmente na utilização das redes sociais, onde informam e são informados

sobre diversos assuntos, curiosidades, fatos, noticias, e outros. O AVA utiliza esta

tecnologia, com aspectos formais, seu objetivo é auxiliar na produção de

conhecimentos.

Segundo Levy (1999, p. 145) o Ambiente Virtual de Aprendizagem:

[...] explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletivas em rede. Nesse contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos.

Atualmente existem várias aplicações AVA, o Moodle é a mais conhecida

entre os professores da rede pública estadual de educação. Esta ferramenta de

aprendizagem a distância foi desenvolvida nos anos 90 pelo australiano Martin

Dougiamas, graduado em informática e com mestrado em Pedagogia. Segundo

(PRUDÊNCIO; CARVALHO; FERREIRA, 2009, p. 56):

Seu projeto foi concebido com base no Construtivismo Social, o qual entende que pessoas aprendem melhor quando engajadas em um processo social de construção do conhecimento, pelo ato de construir alguma coisa para outros. O termo processo social sugere que aprendizagem é algo que se faz em grupos.

Seu projeto foi apelidado de Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic

Learning Enviroment) equivalendo a uma tradução livre Ambiente de Aprendizagem

Dinâmico Modular Orientado a Objeto.

Com relação às vantagens da utilização do AVA (Ambiente Virtual de

Aprendizagem), (PRUDÊNCIO; CARVALHO; FERREIRA, 2009, p.56 Apud PULINO

FILHO, 2005, p. 5) expõe:

Muitos administradores de ambientes de aprendizagem têm declarado sua adesão ao Moodle principalmente em virtude de ser ele um sistema aberto, baseado em uma forte filosofia educacional, com uma comunidade de usuários crescente dia a dia que contribui para o desenvolvimento e apoio a novos usuários.

Por este ambiente ser aberto, com forte filosofia educacional e com

ferramentas de fácil manipulação, far-se-á apontamentos para o uso e possibilidades

no curso técnico de administração integrado.

3.2 O MOODLE (AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM) E AS POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO NO CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO.

O Moodle propicia ao professor elaborar um ambiente profícuo ao

aprendizado, e ainda motivar os alunos a produzirem seus trabalhos de forma

autônoma. O ambiente é composto por várias ferramentas entre elas:

O Fórum, esta ferramenta possibilita a comunicação entre aluno e professor e

o grupo envolvido no ensino aprendizagem. Nesse sentido, observa-se:

A ferramenta fórum permite discussões on-line por meio de mensagens assíncronas, ou seja, as mensagens são enviadas ao longo de um determinado período estabelecido pelo coordenador da atividade. [...] é um espaço de singular importância para a troca de ideias, informações, opiniões e sentimentos com relação aos mais variados temas propostos, em que todos podem e devem contribuir para o aprendizado coletivo. (PRUDÊNCIO; CARVALHO; FERREIRA, 2009, p. 57).

O Chat é uma atividade síncrona, sendo necessário que os participantes

estejam presentes para que exista a interação entre os envolvidos. Nessa atividade

deve “haver a delimitação de tempo para sua realização, bem como a limitação de

participantes para não haver dispersão.” (PRUDÊNCIO; CARVALHO; FERREIRA, 2009,

p. 58).

O Correio Eletrônico é utilizado para avisos e informações sobre as atividades

do curso.

Repositório de materiais on-line é o recurso utilizado para disponibilizar o

material didático para apoio ao aprendizado dos alunos. Também é importante que o

professor disponibilize materiais complementares. (PRUDÊNCIO; CARVALHO;

FERREIRA, 2009, p. 58).

Envio on-line de trabalhos e atividades, este recurso permite ao aluno o envio

dos trabalhos produzidos durante o período estabelecido, o professor após a

correção pode fornecer informações sobre o desempenho do aluno podendo atribuir

um conceito ou nota. (PRUDÊNCIO; CARVALHO; FERREIRA, 2009, p. 58) relata que:

O ambiente Moodle apresenta modos variados de envio de tarefas, sendo que essa ação pode ser envio de um único arquivo, apresentação do texto on-line, ou seja, digitar em um espaço específico da plataforma o texto a ser apresentado quando solicitado, envio de vários arquivos ou tarefa com atividade off-line.

Diário, é utilizado para fazer anotações, lembretes, esta ferramenta esta

ligada ao perfil do aluno por ser de uso particular e individual.

Questionário, esta ferramenta pode ser utilizada com finalidade de avaliação,

ou de feedback, as respostas podem de ser do tipo fechada ou aberta.

Os vídeos, disponibilizados na plataforma possibilitam ao aluno ver e rever os

vídeos quando achar necessário, o que possibilita o aprendizado de forma

diferenciada no ritmo que o aluno consegue aprender.

A possibilidade da utilização do Moodle para oferecer suporte à produção de

trabalhos de alunos: com compromisso com a aprendizagem, permite a integração

entre professor e aluno. As questões não compreendidas nas aulas presenciais

devem ser esclarecidas, muitos alunos têm dificuldade de se expressar verbalmente,

mas conseguem ser menos tímidos na escrita, o fórum utilizado com orientação do

professor permite esclarecer as dúvidas além de motivar os alunos a continuarem

desenvolvendo seus trabalhos. Os vídeos como material de apoio ao aprendizado

propicia conhecimento complementar, fornecendo caminhos para orientar pesquisas.

Após os alunos postarem suas atividades na plataforma, através da ferramenta

envio on-line de trabalhos, ocorre à correção. O orientador faz apontamentos

orientando o aluno a seguir um caminho com o objetivo de adquirir o aprendizado

através da pesquisa. O trabalho com as correções deve ser devolvido ao aluno,

postando na plataforma. Os apontamentos permitirão ao aluno continuar

pesquisando seguindo uma linha de raciocínio que resultará em aprendizado. A

utilização dos questionários como instrumento para avaliação permite analisar a

evolução do desenvolvimento das pesquisas, para obter o resultado esperado na

avaliação o instrumento deverá conter perguntas fechadas e abertas, este

instrumento deve ser elaborado com critérios que visem o retorno de possíveis

falhas que possam estar ocorrendo durante o processo de ensino aprendizagem.

O acompanhamento através de todas essas ferramentas possibilita conduzir

as pesquisas com objetivo de produzir conhecimentos. Os resultados só serão

alcançados com a mediação do professor orientador. De acordo com Moran (1997) o

uso das tecnologias na educação presencial é um facilitador ao aprendizado

conforme relata:

A educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. As paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados, pesquisas. A educação continuada é otimizada pela possibilidade de integração de várias mídias, acessando as tanto em tempo real como assincronicamente, isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade de pôr em contato, educadores e educandos.

A utilização da ferramenta proporcionará condições de desenvolver as

atividades de orientações garantindo ao aluno o apoio necessário à produção de

trabalhos, de forma presencial e a distância, neste contexto apresentam-se as

contribuições dos participantes do grupo de trabalhos em redes (GTR).

4 CONTRIBUIÇÕES DOS PARTICIPANTES DO GRUPO DE TRABALHOS EM

REDES (GTR), PARA A IMPLEMENTAÇÃO EM SALA DE AULA.

O grupo de trabalho em redes (GTR) é um espaço de proposições de ideias

onde se busca, disseminar informações com a intenção de colaborar com o trabalho

docente na rede ensino público do estado do Paraná. Neste contexto, os

professores inscritos no Grupo de Trabalho em Rede (GTR), trouxeram suas

concepções a respeito da produção de trabalhos escolares com compromisso com a

aprendizagem, entre as discussões propostas evidenciaram-se a necessidade dos

professores orientarem os alunos possibilitando-se a construção do conhecimento

através da produção de trabalhos escolares, como destaca-se neste recorte:

O avanço da internet facilitou muito os trabalhos de pesquisas, com uma infinidade de conteúdos disponíveis nas mais variadas áreas do conhecimento, por outro lado facilitou também o copiar e colar, tornando-se uma prática comum entre nossos alunos, os quais não se preocupam nem mesmo em apresentar a fonte da pesquisa ou expor seu ponto de vista, concordando ou discordando do autor da fonte pesquisada, ou se é confiável e apresenta informações relevantes e com embasamento teórico comprovado e não apenas baseadas no empirismo e sem comprovação científica (PROFESSOR1, 2014).

A prática de reprodução do conteúdo web, apenas para cumprir um contrato

pedagógico, não colabora para o aprendizado, o professor1 (2014) reforça estas

afirmações esclarecendo:

Não é uma tarefa fácil, mas nós professores termos que diariamente e repetidas vezes orientar os alunos, para que eles venham a mudar a sua postura, como também, o professor deve mudar a forma como conduz os trabalhos de pesquisa, para que tenham maior sentido e aproveitamento, favorecendo a ampliação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, sobretudo, contribuir para a formação de pesquisadores críticos e curiosos em busca de novos saberes (PROFESSOR1, 2014).

Neste sentido, a tarefa de orientação é uma atividade de mediação em que o

professor procura trazer contribuições para os alunos, no objetivo de evoluir-se em

conhecimento fornecendo informações para que os alunos produzam pesquisa

resultando em aprendizagem.

Tarefa que merece compromisso e dedicação do professor, como relata o

professor2 (2014). “Acredito [...] que o “trabalho” que esse tipo de projeto demanda,

afugentaria alguns (ou muitos) professores.“

Ao elaborar-se uma estratégia de ensino aprendizagem esforços serão

necessários, principalmente quando se refere a orientar vários alunos para produção

de conhecimento, neste sentido as contribuições dos professores colaboraram para

a implementação das atividades na escola com orientação do professor.

5 IMPLEMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES NA ESCOLA COM ORIENTAÇÃO DO

PROFESSOR E SUPORTE DO AVA (AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM).

A instituição de ensino Colégio Estadual Professor Sílvio Tavares, Cambará

Paraná, foi selecionado para desenvolver as produções de trabalhos de alunos:

compromisso com a aprendizagem totalizando 64 horas de atividades realizadas no

primeiro semestre do ano de 2014, para os alunos 2º ano do Ensino Médio Integrado

em administração, os conteúdos propostos para pesquisa relacionaram-se com o

eixo gestão de negócios não só a administração bem como a tecnologia.

Neste contexto, pesquisou-se conhecimentos sobre a produção de trabalhos

de alunos: compromisso com a aprendizagem, permitindo-se a implementação em

sala de aula. Como ferramenta de apoio ao aprendizado utilizou-se o Moodle, desta

forma, procurou-se permitir aos alunos interatividade proporcionando ao grupo

motivação para aprender. Segundo Behrens (2011, p. 82):

[...] a escola precisa propiciar um ambiente em que os professores e alunos sujeitos do processo possam gestar projetos conjuntos que propiciem a produção do conhecimento. Neste contexto a escola deve se apresentar como um ambiente inovador, transformador e participativo, no qual os alunos e os professores sejam reconhecidos como sujeitos capazes de inovar e de produzir conhecimento.

Com a finalidade de prover um ambiente inovador, transformador e

participativo para a construção do conhecimento associou-se as alternativas

propostas para o projeto metodológico fundamentada na obra: “O paradigma

emergente e a prática pedagógica” integrando a plataforma AVA e as concepções de

aprendizagem. Inseriu-se, algumas “contribuições” nas fases propostas com a

finalidade de integrar as ferramentas ofertadas pela plataforma, e o projeto

metodológico permitindo sinergia entre ambos resultando na produção de trabalhos

de alunos: compromisso com a aprendizagem.

Estruturou-se as fases do projeto metodológico em: a) Contextualização e a

problematização do tema a ser abordado; b) Conteúdos a serem contemplados no

projeto metodológico; c) Pesquisa individual realizada pelos alunos; d) Produção de

texto individual; e) Discussão crítica.

Ao iniciar a atividade pedagógica, estabeleceram-se prioridades a serem

alcançadas durante o processo de ensino aprendizagem, dessa forma, procurou-se

trazer esclarecimentos, priorizando-se estabelecer relação entre o conhecimento que

o aluno detinha e o que seria desenvolvido.

Partindo do pressuposto, que todo aluno tem conhecimento prévio, e após a

interferência do professor ocorre um novo conhecimento assimilado, e este processo

ocorre de forma gradual e é necessário um conhecimento básico para que ele possa

evoluir para um mais avançado. Estabeleceu-se como prioridade iniciar a

implementação fornecendo informações aos alunos sobre os direitos autorais,

enfatizando a importância de respeitar os direitos dos autores. Utilizou-se a palestra

como elemento motivador para o aprendizado, possibilitou-se aos alunos conhecer

informações para produção de trabalhos escolares. Nessa oportunidade o ambiente

Moodle encontrava-se configurado, permitindo a participação dos alunos através do

fórum. Com suporte tecnológico disponível os alunos se conectaram à rede e

interagiram com o palestrante permitindo dirimir dúvidas sobre direitos autorais,

como pode-se perceber neste recorte, com suporte pedagógico do Moodle (2014),

celulares e computador multimídia.

Quando uma pessoa salva desenhos da internet para copiar, mas para ver como está sua técnica e posta no facebook dizendo como legenda q copiou da internet. Isso é errado ? (MOODLE, 2014, ALUNO1).

Está correto, toda vez fizer cópia de imagens da internet deverá dar crédito ao autor, especificando nome da obra e o endereço eletrônico da imagem (MOODLE, 2014, PALESTRANTE).

Através das interações entre professor palestrante e alunos, exibida através

do computador multimídia, possibilitou-se produzir questionamentos, os quais o

mediador através da análise pode constatar se realmente os alunos se apropriaram

do conhecimento proposto. Desta forma, o processo de avaliação proporcionou ao

professor análises, oportunizando esclarecer o conteúdo, objeto de dúvida do aluno.

Com o conteúdo mediado através de palestra oportunizou-se aos alunos

conhecimentos necessários no trato com os direitos autorais, possibilitando-se

criticidade ao reproduzir informações na produção de trabalhos escolares.

Neste contexto, fez-se necessário avaliar a evolução dos alunos após a

intervenção. Constatou-se que os alunos se interessaram pela palestra, fizeram a

interação de forma espontânea. O suporte tecnológico alcançou o objetivo

propiciando funcionalidade e permitindo a interação entre o mediador e os alunos,

oportunizando aprendizado.

O professor ao utilizar-se de metodologia de ensino através da produção de

trabalhos escolares, enfatiza a importância da busca por fontes bibliográficas de

conteúdo confiável. Assim sendo, priorizou-se o ensino da utilização de operadores

nos sítios de busca na Web com objetivo de facilitar o acesso às informações

proporcionando a busca de conteúdos de forma eficiente.

Os sítios de busca na web como o Google e outros disponibilizam

informações através da utilização de operadores fornecidos pelo usuário, esses

operadores possibilitam a pesquisa eficiente na internet. Neste sentido fez-se

necessário fornecer informações técnicas de navegação aos alunos. O aprendizado

oportunizou-se economia de tempo e esforço na busca por conteúdos para a

produção de trabalhos com qualidade. Com esse objetivo disponibilizou-se no

Moodle material de apoio com informações para pesquisa na web, conforme

constata-se neste recorte de Biondo (2011) em forma de tabela:

A tabela 1 reúne alguns destes operadores, onde procurou-se listar os

considerados mais úteis e fáceis de usar numa pesquisa básica.

Operador Função Exemplo

Menos (–)

Junto a um termo, o operador exclui da busca páginas que o contenham.

[Geometria –analítica] – Todas as páginas retornadas conterão o termo geometria, mas nunca analítica.

site: Pesquisa somente no site determinado.

[educação site:www.uem.br] – Buscará a palavra "educação" dentro do site da UEM.

Aspas (" ")

Determina a pesquisa da frase exatamente está contida entre as aspas.

[“geometria analítica”] – Buscará páginas que apresentem as duas palavras juntas, exatamente como foi digitado.

filetype: Busca arquivos com extensão específica. Ex.: doc, pdf, ppt e xls.

[“geometria analítica” filetype:pdf] –Buscará páginas de arquivos com extensão pdf, contendo o termo “geometria analítica”.

Asterisco (*)

Busca palavras que comecem com o termo digitado.

[geometr*] – Vai pesquisar palavras começadas com geometr, como geometria, geômetra, geometrizar e geometrizando.

define: Encontra rapidamente o significado de palavras e expressões.

[define:“geometria analítica”] – O motor de busca retorna páginas que ele entende estar

definindo o termo.

intitle: Busca palavras-chave que estejam no título de página.

[intitle:”geometria analítica”] – Todos os resultados vão apresentar a expressão geometria analítica no título. (BIONDO, 2011, p.6)

As informações disponibilizadas na pasta de apoio do aluno tornou-se uma

fonte de consulta importante, possibilitando a recuperação da informação quando os

alunos julgavam necessário.

Após a mediação do conteúdo operadores na Web, procurou-se avaliar se os

alunos evoluíram em conhecimento. Utilizou-se como instrumento de avaliação o

questionário on-line elaborado com os critérios: o aluno reconhece a necessidade de

utilizar operadores para uma busca eficiente, analisa os resultados da pesquisa e

percebe a importância do uso de operadores, compreende as funções dos

operadores. Orientando-se por estes critérios analisou-se os resultados da

ferramenta de notas do Moodle (2014), percebeu-se que: 61,43 % dos alunos se

apropriaram dos conhecimentos propostos. Após análise, entendeu-se que existia a

necessidade de recuperação de conteúdo. Todos os conteúdos foram recuperados,

contudo priorizou-se os de menor aprendizado, proporcionando aos alunos

conhecimento de técnicas para uma busca eficiente no mundo web.

A busca do conhecimento oportuniza o aprendizado, nesse contexto o aluno

se organiza de forma a procurar um novo conhecimento, é nessa oportunidade que

o professor interfere mediando um nova informação, assim sendo apresenta-se os

conteúdos contemplados no projeto metodológico.

Iniciou-se o processo de ensino aprendizagem pela contextualização e a

problematização do tema a ser abordado, utilizou-se como referência as

informações fornecidas por Behrens (2011)

[...] o conhecimento como um todo é enfocado com base na localização histórica de sua produção. São momentos iniciais de reflexão conjunta quando o papel do professor se centra na provocação que instiga seus alunos a caminharem juntos no processo de busca da produção do conhecimento significativo e relevante. (BEHRENS, 2011, p. 99).

Com a finalidade de instigar os alunos a produzirem trabalhos, no ambiente

escolar, com orientação do professor, propôs-se os temas Redes Sociais, e Jogos de

Empresas.

Contribuindo com o ensino aprendizagem elaborou-se material como suporte

a contextualização e problematização, utilizou-se pequenos recortes de vídeos

obtidos através de edição, orientando-se pela lei dos direitos autorais. Estes recortes

foram organizados de forma a proporcionar a mediação. Através da TV Pendrive

possibilitou-se exibir os conteúdos propostos, Redes Sociais e Jogos de Empresas,

neste primeiro momento procurou-se fornecer informações sobre os temas a serem

abordados, possibilitando aos alunos discussões sobre os temas objeto de pesquisa,

o ambiente de sala de aula apresentava-se tranquilo demonstrando que os alunos

estavam interessados em desenvolver a atividade proposta.

Após a aula de contextualização e problematização, os alunos ficaram

aguardando as próximas orientações, que estavam previstas para a próxima aula.

Neste intervalo a ferramenta de fórum do Moodle contribuiu. Através da ferramenta

de configuração do fórum, acrescentou-se um tópico que permitiu aos alunos

elaborar questionamentos. A ferramenta colaborou para informar e acalmar os

alunos envolvidos dirimindo dúvidas e contribuindo com processo ensino

aprendizagem. Concluso esta etapa iniciou-se a exposição teórica dialógica.

Com as informações mediadas possibilitou-se conhecimento sobre os temas

a serem abordados na pesquisa. De posse do conhecimento permitiu-se o dialogo

com os envolvidos no processo de ensino aprendizagem resultando em informações,

que avaliadas entendeu-se que alguns alunos não se sentiram motivados a

produzirem pesquisa. Desta forma, utilizou-se como estratégia as sugestões para

novos temas, possibilitando-se comprometimento na produção de trabalhos

escolares.

Após a mediação dos conteúdos, disponibilizou-se no ambiente de

aprendizagem o fórum, oportunizou-se esclarecer informações sobre os temas

propostos.

Neste contexto, informações foram trazidas do fórum de dúvidas sobre os

temas dos trabalhos, procurou-se demonstrar a necessidade de delimitar a área de

pesquisa. “Gostaria de fazer meu trabalho sobre: A inovação da tecnologia no Brasil

e no mundo!” (MOODLE, 2014, ALUNO1).

Com a finalidade de direcionar o conteúdo a ser explorado questionou-se:

Qual o foco do seu trabalho, inovação tecnológica em que área: educacional, medicina, mecânica, empresas, comunicação, apenas a história da inovação ->"surgimento dos computadores, softwares, e redes de computadores internet intranet" (MOODLE, 2014, PROFESSOR).

Como resposta percebeu-se que o aluno compreendeu a necessidade de

delimitar a área do tema como ficou constatado: “Gostaria de trabalhar em cima do

tema sobre a inovação da comunicação!” (MOODLE, 2014, ALUNO1).

Faz-se importante conceituar os motivos que levam os alunos a escolherem

temas para a produção de textos, Bernardes e Moura (2009) esclarece:

[...] o que estabelece numa especificidade espaço-temporal, relaciona-se com o objetivo. Na atividade, as ações do sujeito são mobilizadas pelos motivos, elementos excitadores da ação, e dirigem-se a um objetivo a forma que determina a forma e o caráter das ações (BERNARDES; MOURA, 2009, p.5).

Salienta-se ainda, que os alunos ao acessar o sistema de ambiente

aprendizagem Moodle, procuravam as orientações; ficou evidente que os alunos

estavam motivados e interessados pela pesquisa. Avaliou-se que as orientações

fornecidas através do fórum proporcionaram correções de distorções que poderiam

levar o aluno à fuga da proposta da pesquisa, resultando em aprendizado. As

análises das interações no fórum apontaram que é necessário o acompanhamento

para que os alunos possam produzir os trabalhos escolares.

Com a mediação através do fórum, oportunizou-se aos alunos

conscientização sobre importância do projeto, o que permitiu-se evoluir, expondo o

conteúdo a ser contemplado no projeto metodológico.

O professor pode apresentar aos alunos por meio de exposição teórica dialogada os conteúdos a serem contemplados no projeto metodológico. [...] a exposição didática terá a função de instigar os alunos a irem pesquisar nos mais variados recursos, para enriquecer o processo de investigação e produção do conhecimento, levando em consideração a necessidade de compartilhamento das informações encontradas. (BEHRENS, 2011, p. 100)

Com a finalidade de fornecer informações sobre os temas selecionados,

objeto de orientação nos fóruns, foram feitos diálogos, procurou-se instigar os alunos

a pesquisarem os conteúdos proporcionando direcionamento nas estratégias de

pesquisa.

Ao final da exposição didática, informou-se aos alunos que estavam

disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem na pasta do aluno: vídeos que

poderiam colaborar com os temas a serem pesquisados.

Conscientes da necessidade de orientação e acompanhamento aos

estudantes iniciou-se a fase da pesquisa individual a ser realizada pelos alunos.

Nessa etapa [...] instiga-se o aluno para iniciar-se como pesquisador. O processo de

problematização desafiadora impulsiona o aluno a investigar, a ir procurar recursos e

tornar-se competente na busca do conhecimento, para socializá-lo com seus colegas

(BEHRENS, 2011, p. 101).

Com intuito de possibilitar as buscas das informações para a elaboração dos

trabalhos de alunos: compromisso com a aprendizagem utilizou-se como suporte

metodológico os computadores do laboratório de Informática – Proinfo e o acesso à

internet do Paraná digital.

Os alunos foram orientados a utilizarem os operadores nos softwares de

Busca da Web, facilitando o filtro das informações, objeto de pesquisa, instruiu-se

que se utilizasse como suporte a escrita, o editor de textos Writer do pacote

LibreOffice - Sistema Operacional Linux. Ao término da atividade solicitou-se que

após o acesso ao Moodle postassem as informações contidas no arquivo do editor

de texto, utilizando a ferramenta Envio on-line de trabalhos e atividades. De posse

dos conteúdos postados, objetos da pesquisa, foram feitas análises com a finalidade

de verificar se as informações contidas nos links eram confiáveis.

É fundamental incentivar os alunos a buscarem informações confiáveis para a

produção de trabalhos escolares, permitindo-se motivação para produzir-se

pesquisa. O professor ao utilizar de sua experiência para fazer análises das fontes

fornecidas pelos alunos orienta-os e interveem no caminho que será percorrido

durante o desenvolvimento do trabalho, desta forma, apresenta-se exemplo, recorte

da ferramenta envio de tarefas Moodle (2014), o aluno1 apresenta os links que tinha

por intenção utilizar como referência na confecção do trabalho.

http://www.sandraturchi.com.br/e-commerce/07/inovacao-na-comuni cacao-receita-de-sucesso/;

http://www.joaquimnabuco.edu.br/artigo/exibir/cid/10/nid/346/fid/1;

http://meioseculodeaprendizagens.blogspot.com.br/2010/08/evolucao-dos-meios-de-comunicacao.html

http://goncalotcoe.wordpress.com/2011/12/13/a-evolucao-da-comuni cacao-ao-longo-dos-tempos/

Ressalta-se que embora em sala de aula alertou-se sobre a importância de se

evitar a utilização de conteúdos produzidos por blogs, o aluno apresenta dois links

com conteúdos hospedados em plataformas oferecidas para esta finalidade.

Contudo os links foram analisados e apresentaram estrutura e conteúdo que

colaboraram para a confecção do trabalho proposto pelo aluno. O aluno ao

apresentar as fontes de pesquisa espera do orientador, informações que lhe

possibilitem evoluir em aprendizado contribuindo para a elaboração do trabalho de

pesquisa. Nesse contexto procurou-se expressar de forma clara documentando as

orientações propiciando ao aluno segurança para sua a produção, desta forma,

apresenta-se a orientação através de recorte da ferramenta envio de tarefas Moodle

(2014).

[...] será necessário organizar a sequência, inicie sua leitura pela evolução de meios de comunicação ao longo do tempo, em seguida evolução dos meios de comunicação, e depois inovação, ao decorrer da pesquisa será necessário buscar conteúdos para complementar o que iremos precisar.

Com o objetivo de prosseguir com a atividade utilizou-se o Laboratório de

Informática, solicitou-se aos alunos que acessassem o Moodle e fizessem a leitura

das orientações.

Percebeu-se que os alunos ao lerem as orientações procuraram estabelecer

estratégias visando organizar o trabalho, destaca-se que após esta fase conclusa foi

necessário orientação aos alunos problematizando as questões objeto da seleção

dos links, contribuindo para a produção de texto individual.

Após a análise e filtro das informações, orientou-se como proceder na

organização de conteúdo necessário a produzir texto, Nesse contexto, Moran (2000,

p. 79) orienta que no processo de produzir conhecimento torna-se necessário, ousar,

criar, e refletir sobre os conhecimentos acessados para convertê-los em produção

relevante e significativa. Nesse mesmo sentido Behrens (2011, p. 104) contribui:

[...] como os alunos não estão habituados a escrever com autonomia, devem ser auxiliados pelo professor, para que não incorram na pesquisa compilada, repetitiva e sem significado. [...] Os alunos, porém devem ser estimulados a se soltarem critica e reflexivamente [...] O professor por sua vez como mediador entre o saber elaborado e a produção individual do aluno, precisa encorajar os estudantes

para que eles possam ser criativos, críticos e competentes. (BEHRENS, 2011, p. 104).

A produção de texto individual é resultado de conhecimento adquirido através

da busca de informações originadas em leituras, vídeos e experiências adquiridas

durante pesquisas ou relatos do cotidiano. A prática da cópia e cola de informações

de livros ou da web torna-se um obstáculo para a conscientização da necessidade

de se posicionar sobre um determinado assunto. Procurou-se instigar os alunos a

pensarem e produzirem informações posicionando-se sobre as questões

apresentadas pelo autor, assim transformar o seu trabalho em conhecimento

segundo as expectativas e o momento em que está vivendo.

Dessa forma, iniciou-se a produção do trabalho solicitando aos alunos que

estruturassem o texto em três momentos, introdução, abordagem do tema escolhido

e considerações finais, alertando-os sobre a importância de se fazer as referências

seguindo as regras ABNT.

Seguindo as orientações os alunos utilizaram os links, objeto de análises,

para produzirem os trabalhos. No primeiro momento instruiu-se os alunos a fazerem

a leitura de todo conteúdo de pesquisa, com a finalidade de se conhecer a

concepção do(s) autor(es) sobre o tema escolhido, o que permitiu-se elaborar a

introdução.

Após a elaboração da introdução, utilizou-se como suporte para orientação

aos alunos à plataforma Moodle, com acesso a ferramenta para envio on-line de

trabalhos e atividades. A disponibilidade dos trabalhos oportunizou a análise dos

textos elaborados. Após a análise procurou-se demonstrar nas orientações que a

introdução é um convite e deve conter elementos que convença o leitor a ler o texto.

Com a finalidade de proporcionar aos alunos acesso aos trabalhos, objeto de

orientações, utilizou-se a plataforma Moodle, com acesso a ferramenta para envio

on-line de trabalhos e atividades, postando os arquivos e fazendo considerações

utilizando o feedback.

Ao acessarem a plataforma os alunos puderam fazer as leituras dos feedback,

o que lhes incentivou a fazer os downloads dos arquivos com as orientações. De

posse das orientações os alunos reelaboraram a introdução.

Antes dos alunos iniciarem a produção da primeira versão do texto, orientou-

se que iniciassem o texto conceituando o tema, reforçou lhes a necessidade da

citação dos autores que elaboraram o conceito. No desenvolvimento do texto

recomendou-se a que o aluno se posicionasse sobre o assunto abordado.

Procurou-se não influenciar, na confecção do texto, permitindo ao aluno

autonomia na produção do trabalho. Após a confecção da primeira versão do

trabalho solicitou lhes que postassem na plataforma. Com a finalidade de analisar os

resultados das primeiras orientações que tinham por finalidade produzir uma versão

parcial do texto, acessou-se a plataforma Moodle, após análises nos arquivos,

percebeu-se que ao produzir a primeira versão do texto os alunos se limitavam a

copiá-lo e citar os autores não colaborando com o aprendizado. Em uma outra

oportunidade com os alunos reunidos, foram feitos diálogos que tinham por

finalidade demonstrar a importância de analisar as vertentes de um mesmo assunto,

o que possibilitou discussões direcionando o trabalho a ser desenvolvido. Desta

forma, solicitou aos alunos que dialogassem com as citações. O diálogo tinha por

finalidade aumentar o conhecimento sobre o assunto abordado. Destaca-se ainda

que foram necessárias diversas horas de dedicação orientando de forma a mudar a

postura sobre um hábito de copiar e colar.

No decorrer do diálogo informou-se aos alunos que estavam disponíveis, no

Ambiente de Aprendizagem, informações e orientações.

No Laboratório de Informática não só acessaram Ambiente Virtual de

Aprendizagem como também fizeram a leitura do feedback, e baixaram os arquivos

com as orientações e correções. Procurou-se tranquilizá-los incentivando a produção

dos trabalhos, desta forma, os alunos procuraram fazer as correções de seus

trabalhos seguindo as orientações. Concluso esta etapa todos postaram novamente

os resultados de suas produções para que fossem feitas as novas correções e

orientações.

Após o contato com os trabalhos em sua segunda versão, percebeu-se uma

pequena evolução, encontrou-se comentários em que os alunos se posicionaram

sobre determinado assunto, contudo evidenciou-se ainda que os mesmos

apresentavam dificuldade na produção do texto. Novas orientações e correções

foram anexadas aos trabalhos, e novamente postadas no ambiente de Moodle,

utilizando a ferramenta de envio de tarefas.

Nos computadores do Paraná Digital os alunos acessaram o Ambiente Virtual

de Aprendizagem, e tiveram a oportunidade de fazer os downloads dos trabalhos

com as novas orientações, percebeu-se que estavam comprometidos a continuar

pesquisando e produzindo os trabalhos. Contudo insistiu-se que a leitura é o

elemento fundamental na confecção de trabalhos a qual possibilita ao aluno

conhecimentos facilitando a produção de um trabalho com compromisso com a

aprendizagem.

Com a finalidade de incentivar a leitura e posicionamento sobre o assunto,

objeto de pesquisa, solicitou-se no Laboratório de Informática que os alunos

pesquisassem utilizando os operadores no aplicativo de acesso a Web, com a

finalidade de conhecer outros documentos e vídeos incentivando-os a continuarem a

produzindo os trabalhos.

Após as novas orientações, apresentou-se uma nova versão do trabalho,

culminando com a postagem na plataforma. Em análise, aos documentos produzidos

pelos alunos, observou-se que os parágrafos ainda se apresentavam desconexos

não permitindo ao leitor interagir com o texto criando-se uma mapa mental. Como

metodologia para melhorar a qualidade do trabalho orientou-se que ao terminar o

parágrafo enuncia-se o próximo tópico levando o leitor a conhecer o assunto

seguinte trazendo benefícios para o autor e leitor melhorando a comunicação

através da escrita.

Ao término de mais uma etapa necessitou-se avaliar se houve evolução do

aprendizado, percebeu-se que os alunos entenderam a importância de dar créditos

aos autores fazendo as referências com base nas regras da ABNT, bem como a

necessidade de leitura e do posicionamento sobre determinado assunto, percebeu-

se que bem orientados, através da produção de trabalhos, os alunos conseguem

aprender.

Durante a implementação notou-se que foram solicitadas atividades de

pesquisa no ambiente escolar, observou-se que os alunos continuavam com a

prática do copiar e colar. Detectou-se a necessidade de acompanhamento do

docente na confecção dos trabalhos, estabelecendo regras, análise dos conteúdos a

serem pesquisados e orientações visando o aprendizado.

Após a confecção do texto, objeto de pesquisa, solicitou aos alunos que

elaborassem as considerações finais, orientando-os a fazerem a leitura do trabalho

com o objetivo de realizar o fechamento das discussões.

Após análise dos trabalhos postados no Moodle, os alunos foram desafiados

a exporem os seus trabalhos e defenderem suas concepções. Moran (2000, p. 25)

afirma que se equilibrarmos o interagir e o interiorizar conseguiremos avançar mais,

compreender melhor o que nos rodeia, o que somos; conseguiremos levar ao outro

novas sínteses e não seremos só papagaios, repetidores do que ouvimos.

A “discussão crítica” tem como objeto principal a aproximação da teoria da prática aliadas à possibilidade de abrir perspectivas para que o professor e o aluno possam se agentes de intervenção [...] Com os subsídios da discussão reflexiva, o aluno começa a aprender a aprender que ser investigador transcende a produção escrita e demanda ações efetivas para transformar a sociedade. (BEHRENS, 2011, p. 105).

Ao término das produções priorizou-se a exposição dos trabalhos, como

ferramenta de suporte para a apresentação utilizou-se o aplicativo Libreoffice

Impress, estas foram organizadas em tópicos de forma a favorecer uma sequência

lógica permitindo a apresentação dos resultados da pesquisa, proporcionando o

conhecimento dos conteúdos a todos os envolvidos no projeto, possibilitando a

discussão critica.

Percebeu-se também que o aluno ao apresentar o resultado da pesquisa

confere ao trabalho importância defendendo o seu posicionamento sobre o tema

pesquisado. De acordo com o exposto acima o grupo ao discutir criticamente

contribuiu para a construção de um novo conhecimento, constatou-se que durante o

estudo e confecção de trabalho a orientação se tornou uma ferramenta chave para

desenvolver a atividade proposta. Notadamente a produção de trabalhos de alunos:

compromisso com a aprendizagem é uma tarefa que exige dedicação do professor e

do aluno.

A avaliação ocorreu em todas as etapas do projeto, pontos importantes

foram trabalhados, oportunizando aos alunos não só conhecerem a necessidade de

conferir créditos aos autores, bem como a necessidade de leituras para confecção

dos trabalhos. A exposição de concepções sobre o assunto abordado possibilitou

desenvolver a autonomia e a criticidade, Nesse viés a realização da atividade

permitiu-se a todos os envolvidos a oportunidade de aprendizado através da

produção de trabalhos com compromisso com a aprendizagem, nesse sentido é

importante trazermos algumas considerações.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao propor a construção do conhecimento através da produção de trabalhos

de alunos: compromisso com a aprendizagem, considerou-se a importância da

comunicação com os alunos. Utilizou-se o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem),

selecionou-se o aplicativo Moodle como meio facilitador para a aprendizagem, a

ferramenta proporcionou uma regularidade na comunicação com os alunos, além de

possibilitar a retomada dos conteúdos armazenados nas pastas, bem como manter a

integridade dos seus trabalhos permitindo acesso em diversas plataformas.

Utilizou-se de metodologias para a confecção de trabalhos no ambiente

escolar que tiveram por intenção o aprendizado, deixando de lado a postura docente

de servir-se de trabalhos apenas para aferir nota, contribuindo efetivamente para a

construção de conhecimento a partir da produção de trabalhos com o compromisso

com a aprendizagem.

Destaca-se que a orientação exige dedicação para orientar individualmente os

alunos, fator principal neste processo de aprendizagem, o que proporciona

comprometimento, dificultando a prática do “copiar e colar”, no contexto os

procedimentos e atitudes metodológicas enfatizados nesse trabalho ofertados aos

alunos 2º ano do Ensino Médio Integrado em administração do Colégio Estadual

Professor Silvio Tavares, são fundamentais para a construção do conhecimento e da

formação de cidadãos autônomos.

REFERÊNCIAS

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