18
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Para você professor, uma ... Deste modo professor percebe-se a necessidade de incluir em nossos conteúdos, ... maior atenção

  • Upload
    dotruc

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Produção Didático-pedagógica

Turma – PDE/ 2014

Título: PESQUISAR, LER, INTERPRETAR E EXPERIMENTAR PARA VALORIZAR A CULTURA E ARTE AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Autor: LÍGIA MA RA PRETO RAEL.

Disciplina/Área: ARTE

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

COLÉGIO ESTADUAL CARMELA DUTRA E.F.M.

RUA: JUÍZ DE PAZ ANTÔNIO FERREIRA SOBRINHO, 325.

Município da escola: GUARACI

Núcleo Regional de Educação: LONDRINA

Professor Orientador: CARMEN FABIANA BETIOL - UEL

Instituição de Ensino Superior: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Relação Interdisciplinar: HISTÓRIA

Resumo:

Pretendo esclarecer que a seguinte unidade didática visa buscar teorias e práticas da cultura Africana e Afro-brasileira como possibilidades de conhecimentos e práticas da Arte no Ensino Fundamental, proporcionando ao aluno o pesquisar, ler, interpretar, e experimentar, através de um conhecimento mais expressivo dessa cultura com atividades práticas vinculadas, no intuito de que essas atividades contribuam e façam gerar maior interesse por essa cultura a partir de oficinas de confecção de máscaras. As oficinas proporcionaram momentos de pesquisas, leituras, interpretações e experimentações. Interessante se faz mencionar nesse momento a importância do professor no papel de mediador desse processo. Tendo em vista que a avaliação será formativa, processual e contínua, teremos como ponto mais importante dessa ação o Portfólio, que é a parte do processo de aquisição de conhecimento.

Palavras-chave: ARTE AFRICANA – AFRO-BRASILEIRA – MÁSCARAS.

Formato do Material Didático: UNIDADE DIDÁTICA

Público: ALUNOS DO 9° ANO A

UNIDADE DIDÁTICA PESQUISAR, LER, INTERPRETAR E EXPERIMENTAR PARA VALORIZAR A CULTURA

E ARTE AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL. EPÍGRAFE Minha tarefa pode ser comparada à obra de arte de um explorador Que penetra numa terra desconhecida. Descobrindo um povo, Aprendo sua língua, Decifro sua escrita E compreendo cada vez melhor sua civilização. Acontece o mesmo com todo adulto que estuda a arte infantil. Arno Stern

I APRESENTAÇÃO

A presente proposta de unidade didática está baseada na execução de oficinas de

confecção de máscaras, visando buscar teorias e práticas da cultura Africana e Afro-

brasileira, como possibilidades de conhecimentos e experiências de arte no âmbito do

ensino fundamental com alunos do Colégio Estadual Carmela Dutra E.F. M da cidade de

Guaraci, e tem como objetivo geral oportunizar ao aluno, pesquisar, ler, interpretar, as

cores, os símbolos, as formas de arte visual dessa cultura, proporcionando momentos de

experimentá-la e experiência-la.

Num primeiro lance, convém ressaltar que as atividades de arte são necessárias

para que os alunos possam através da ação sobre conhecimento, ou conhecimento

seguido da experimentação das práticas visuais, organizar seus conhecimentos, suas

experiências, o próprio fazer, nesse processo de criação o aluno trabalha, além, do

conhecimento sua própria emoção, desenvolve a percepção estética, a imaginação, a

sensibilidade, a habilidade e assim a aprendizagem torna-se significativa, pois estabelece

relações entre a criação pessoal, a apreciação, o conhecimento da Arte da cultura

Africana e Afro-Brasileira e principalmente esse objeto: máscaras que envolvem

expressivas e criativas práticas artísticas.

É oportuno dizer agora que, todo esse trabalho do ensino da História da Arte

Africana e Afro-brasileira vem sendo desenvolvido no decorrer de todos esses anos a

partir da sanção dessa lei, trabalho esse que na maioria das vezes é feito apenas de

forma teórica onde não conseguimos detectar muito interesse por partir do aluno dá-se

então a necessidade da articulação teoria-prática.

Para você professor, uma observação do que consta na lei n° 10.639 de 9 de janeiro de 2003.

Já temos consciência da obrigatoriedade do ensino da cultura Africana em nossas

aulas e porque não fazer com que nossos alunos ampliem seus conhecimentos teóricos e

experimentem o fazer sobre o dado assunto, tornando-o mais significativo para si mesmo.

Deste modo professor percebe-se a necessidade de incluir em nossos conteúdos,

atividades práticas como considera as DCE (2008, p.53, 71).

[...] o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer

e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras

desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a

produção, o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com

materiais; bem como o modo de disponibilizar a obra ao público, incluindo as

características desse público e as formas de contato com ele, próprias da época

da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais [...]

A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para

desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida

somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece

quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza

seus sentidos. (PARANÁ, 2008, p. 53,71).

Vamos falar um pouco sobre o fazer artístico, o experimentar nas aulas de arte,

segundo alguns autores.

Nessa linha de análise e estudo vale dizer que a Arte-Educação se torna grande

aliada das práticas artísticas valorizando o fazer, a estética, o sentimento e a imaginação

deixando de fundamentar o conhecimento apenas com a transmissão de conteúdos e

instrumentalizando o conhecimento também por meio da criação, como explica Duarte

(2003, p. 66).

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório

o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e

dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade

nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à

História do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.

A arte é, por seguinte, uma maneira de despertar o indivíduo para que este dê

maior atenção ao seu próprio processo de sentir. O intelectualismo de nossa

civilização – reforçado no ambiente escolar - torna relevante apenas aquilo que é

concebido racionalmente, logicamente. Deve-se aprender aqueles conceitos já

“prontos”, “objetivos”, que a escola veicula a todos, indistintamente, sem levar em

conta as características existenciais de cada um. Nesse processo, os educandos

não têm oportunidade de elaborar sua “visão de mundo”, com base em suas

próprias percepções e sentimentos. Através da arte pode-se, então, despertar a

atenção de cada um para sua maneira particular de sentir, sobre a qual se

elaboram em todos os outros processos racionais.

Interessante se faz mencionar que muitos professores deixam de exercitar práticas

artísticas por não terem locais adequados e apropriados para o trabalho prático de Arte na

escola, se são desenvolvidos no pátio, “acham” que estamos tirando a ordem comum da

escola, e muitos colegas de trabalho pensam que a Arte “nem é tão” importante assim,

existem disciplinas “mais sérias”, sem contar com a carga-horária. Como diz Duarte

(2003, p. 81, 82).

A arte continua a ser encarada, no interior da própria escola, como um mero lazer,

uma distração entre as atividades “úteis” das demais disciplinas. O próprio

professor de arte é visto como “pau pra toda obra”, como um “quebra-galho”.

Frequentemente ele é obrigado a ceder suas aulas para “aulas de reposição” de

outras disciplinas, quando não lhe é delegada a incumbência de “decorar” a escola

e os “carros-alegóricos” para as festividades cívicas. Neste sentido faz-se

totalmente inócua a disciplina “educação artística”, já que toda a estrutura física,

burocrática e ideológica da escola está organizada na direção da imposição e do

cerceamento da criatividade.

Salienta-se ainda que a oficina proporcione para os alunos acima de tudo

momentos agradáveis de conhecimento e criação, onde o próprio poderá demonstrar

através de sua prática sua espontaneidade, seu conhecimento, sua imaginação e

criatividade, utilizando-se de materiais reutilizáveis para enriquecer a construção das

máscaras. Como expressa Luise Weiss (1989, p. 18).

É preciso lembrar, entretanto, que a questão do uso criativo, rico e diversificado

desses materiais depende muito da imaginação e da sensibilidade de quem os

manipula e de quem os propõe enquanto atividade artística expressiva. Não basta

ter os materiais, possuir muitas ferramentas e dispor de salas especiais. Claro,

trabalhar nessas condições ajuda, mas a questão do uso da sucata como material

expressivo extrapola a questão da própria sucata. Torna-se necessário pensar

criativamente esse material, caso contrário ele se torna limitado ou, ainda pior, vira

uma receita, uma fórmula (exemplo não falta). Não é somente a sucata que corre

o perigo de virar modelo, fórmula, mas qualquer material ou técnica, como argila, a

pintura, a gravura, o desenho. Dependendo da manipulação, as propostas podem

se restringir limitar, ou então se ampliar e enriquecer. Ao projetar este trabalho,

uma de minhas preocupações era exatamente não transformá-lo num receituário

de objetos e brinquedos de sucata para serem copiados fielmente, mas sobre tudo

mostrar a possibilidade de utilização de materiais tão diversificado e variado nas

texturas, cores, tamanhos, e origens para incentivar a pesquisa da construção de

objetos/brinquedos.

Roborando o assunto, sabemos que o aluno não chegará e criará sua máscara,

seu objeto e sim ele passará por alguns processos de criação com esclarece Luise Weiss

(1989, p. 63)

Perceber que, até chegar a um resultado determinado, a criança precisa passar

por diversas etapas, desde o aparecimento da primeira ideia (projeto inicial):

associar formas, relacionar materiais, mudar às vezes o significado de um objeto,

sintetizar um projeto. Dessa forma, valoriza-se o projeto artístico, desmistificando-

se a suposição de que ele “cai do céu”, como uma inspiração momentânea,

privilégio de poucos.

Porém a que se levantar aqui a importância do professor no que diz respeito às

metodologias utilizadas no processo teórico-prático de ensino aprendizagem, como

salienta Ferraz e Fusari (1999 p. 98,99).

A metodologia educativa na área artística inclui escolhas profissionais do professor

quanto aos assuntos em arte, contextualizados a serem trabalhados com os

alunos nos cursos. Referem-se também à determinação de métodos educativos,

ou seja, de trajetórias pedagógicas (com procedimentos técnicos e proposições de

atividades) para os estudantes fazerem, apreciarem e analisarem os conteúdos de

arte. Referem-se ainda às escolhas de materiais e meio de comunicação para

produção artística e estética nas aulas. A metodologia do ensino e aprendizagem

nos cursos de Arte refere-se, então, aos encaminhamentos educativos que visam

a ajudar os alunos na apreensão viva e significativa de noções e habilidades

culturais em arte. São noções a respeito de produções artísticas pessoais e

apreciações estéticas ou análises mais críticas de trabalhos de arte, nas diversas

modalidades (artes visuais, verbais, música, teatro, dança, artes audiovisuais,

dentre outras), dependendo da formação do professor.

É através da arte que o aluno poderá ter um conhecimento mais abrangente e

poderá enriquecer o seu ”repertório individual, um conjunto de valores, conceitos, ideias,

sentimentos e emoções que vão tecendo uma rede de significações para si”, como afirma

Martins (2010, p.19).

Com isso o aluno perceberá que segundo Duarte Junior (1981, p.15, 16).

A arte é sempre produto de uma cultura e de um determinado período histórico.

Nela se expressam os sentimentos de um povo com relação às questões

humanas, como são interpretadas e vividas em seu ambiente e em sua época.

Através da arte temos acesso a essa dimensão da vida cultural não explicitamente

formulada nas demais construções “racionais” (ciências, filosofia). Por outro lado,

quando se pensa na dimensão estética da educação, esta expressão envolve um

sentido para além dos domínios da própria arte. Porque o termo estético supõe

certa harmonia, um certo equilíbrio de elementos. E, em nossa civilização, vem

sendo sobre maneira difícil o encontro de um equilíbrio entre os sentidos que

damos à nossa ação concreta no cotidiano. Talvez se possa consideram que nas

culturas ditas “primitivas” a vida seja mais esteticamente vivida, na medida em que

cada ação do indivíduo faz parte de um universo de valores e sentidos, do qual ele

tem uma visão abrangente. Enquanto que nós, civilizados, estamos mergulhados

num oceano de significações, entre as quais devemos eleger aquelas que pautem

o nosso agir diário; e nem sempre é possível que este agir diário se coadune com

nosso esquema de valores e significados. Assim, a própria educação possui uma

dimensão estética: levar o educando a criar os sentidos e valores que

fundamentem sua ação no seu ambiente cultural, de modo que haja coerência,

harmonia, entre o sentir, o pensar e o fazer. Caso contrário, estamos frente à

tendência “esquizoide” de nossos tempos: a dicotomia entre o falar e o fazer, entre

o pensar e o agir, entre o sentir e o atuar.

O portfólio é uma construção individual, contendo registros de uma sequencia do

que foi pesquisado no percurso do conhecimento. Ainda esclarece Hernandez (2000 p.

165,166).

[...] um portfólio pode conter: artefatos, reproduções, testemunhos e produções.

Assim, artefatos são os trabalhos produzidos durante as atividades em sala e os

trabalhos realizados por iniciativa própria, ou ainda por sugestão do professor;

reproduções são trabalhos ou documentos realizados fora da sala – a gravação de

uma entrevista, uma página da internet com informação importante para o assunto

da aula, etc; atestados são comentários realizados por outras pessoas, pelo

professor ou coordenador, por exemplo; produções são os documentos

elaborados pelo aluno para dar sentido ao seu portfólio, cabendo aqui a

explicação sobre as metas do curso, as reflexões que acontecem durante a

montagem do portfólio e as anotações ou títulos dados a cada parte do portfólio.

Será o portfólio uma ferramenta importante no momento da avaliação do trabalho

final, do resultado da execução da Oficina de Confecção de Máscaras.

Professor, como remate é importante fazer um estudo breve sobre o portfólio que será parte importante da avaliação desse processo de conhecimento.

II MAPA CONCEITUAL

Na sequência pensaremos agora a partir do rizoma que apresenta uma grande

variedade de territórios que podem ser pensados, repensados e modificados de acordo

com o andamento do trabalho proposto. Referindo-se aos mapas, que fazem parte do

rizoma, escrevem Deluze e Guatarri (1995, p. 22).

O mapa é aberto, é conectável em todas as suas dimensões, desmontável,

reversível, suscetível de receber modificações constantemente. Ele pode ser

rasgado, revertido, adaptar-se a montagens de qualquer natureza, ser preparada

por um indivíduo, um grupo, uma formação social. Pode-se desenhá-lo em uma

parede, concebê-lo como obra de arte, construí-lo como uma ação política ou

como uma mediação. Uma das características mais importantes do rizoma talvez

seja a de ter sempre “múltiplas entradas”.

PERCORRENDO TERRITÓRIOS DO PESQUISAR AO EXPERIMENTAR.

Não se pode perder de vista que esses percursos ou mapas podem ter sempre vários

caminhos conforme a vontade ou necessidade do professor e dos alunos.

Saberes Estéticos e Culturais:

História da Arte Africana e Afro-Brasileira.

Linguagens Artísticas:

Artes Visuais;

Objetos: mascaras e esculturas.

Processo de Criação:

Ação criadora: poética pessoal, experimentação e esboços.

Forma-Conteúdo:

Elementos visuais: espaço, superfície, textura, cor, simetria, simplificação;

Tema: Mascaras, geometrização bidimensional e tridimensional.

Materialidade:

Procedimentos, transformações e técnicas;

Materiais: ataduras gessadas, massa corrida, reutilizáveis, jornais, papelão,

madeira, argila, metais, etc.

III MATERIAL DIDÁTICO

O material didático é um conjunto de ações que acontecerão no decorrer da

implementação do projeto com os alunos do 9° ano, ações essas que permearão o

pesquisar, ler, interpretar e o experimentar. E oportuno se torna dizer agora que todas

essas ações serão mediadas pelo professor.

PRIMEIRA ETAPA: do pesquisar ao ler e interpretar.

1°-Pedir aos alunos que façam uma pesquisa sobre alguns artistas que utilizaram-se de

máscaras, esculturas, signos e artefatos africanos em seus trabalhos

2°-Nesse momento faremos uma exposição de imagens de obras de artistas que

dialogam as máscaras, os signos e os artefatos africanos em seus trabalhos agregando

com os artistas pesquisados pelos alunos.

Para você professor

Leitura das seguintes imagens.

Picasso 1881- Les demoselles d’ Avignon, 1907.

Óleo sobre tela, 243,9x233, 7 cm, Museu de Arte Moderna, Nova York.

Disponível em:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=287&evento=1/ Acesso

dia 04/11/2014.

Autorretrato, 1972.

Pastel sobre papel, 65,7x50, 5 cm, Fuji Television Gallery, Tóquio.

Disponível em:

http://www.templodeatena.com/View/Arte/Editorial/ArteDasTrevasParte2.cshtml /Acesso dia 04/11/2014.

Nolde- Figura e Máscara, Museu de Arte Brasileira.

Disponível em:

http://melbourneblogger.blogspot.com.br/2009/09/emil-nolde-troubling-artist.html Acesso

em 05/11/2014.

Nolde - Mask Still Life III, 1911

74x78 cm.

Disponível em:

http://www.wikiart.org/en/emil-nolde/mask-still-life-iii-1911/ Acesso dia 05/11/2014.

Rubem Valentim: Geometria Sagrada.

Emblema – logotipo – Poético, 1975

Acrílica sobre tela, 35x50 cm

Disponível em:

http://artenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/arq_pdf_24.pdf / Acesso em 05/11/2014,

imagens p.6 e 7.

Professor nesse momento passar o vídeo da DVDteca, Rede Arte na Escola- Rubem Valentim: Geometria Sagrada. agrada.

Faremos uma exposição das Máscara

Não se pode perder de vista que nosso maior objetivo são as Máscaras Africanas,

portanto agora é o momento de estarmos Pesquisando e lendo estes objetos.

Máscara de gu. Madeira, latão. A. 30 cm. Baulê; região de Ara, Costa do Marfim. Milão, coleção

particular.

Fonte: As Máscaras Africanas – Martins Fontes

Máscara comemorativa. Latão. A. 19 cm. Bron; Gana. NNova York, Museum of Primitive Art.

Fonte: As Máscaras Africanas – Martins Fontes

Máscara de madeira coberta de cobre. Madeira, cobre, cauris. A. 44 cm. Bamum; região de Fumban,

Camarões, Paris, Musée de I’Homme.

Fonte: As Máscaras Africanas – Martins Fontes

Máscara de iniciação. Madeira, cobre, cairis, contas. A. 32,8 cm. Bakuba; região do Kasai, Congo.

Tervuren, Musée Royal de I’Afrique Centrale.

Fonte: As Máscaras Africanas – Martins Fontes

Além destas obras e artistas referenciados: Picasso, Nolde e Valentin que foram

influenciados pelas máscaras e Cultura Africana utilizarei como recurso visual o livro As

Máscaras Africanas, de Monti, usarei com os alunos durante todo o projeto, bem como

disponibilizar tal banco de imagens para que os professores possam também acessá-la.

Imagens Digitalizadas de: MONTI, Franco- As Máscaras Africanas: [tradução Luís Eduardo de

Lima Brandão]- São Paulo: Martins Fontes 1992.- (Os estilos na arte).

LER E INTERPRETAR AS IMAGENS

Neste momento serão feitos questionamentos aos alunos diante das obras, com devido

registros no portfólio.

Seguiremos os passos para o trabalho de leitura das imagens segundo Robert Willian Ott

“Como possibilidade de fruir e ir se inteirando da obra de arte passo a passo, passando

pela apreciação, observação, interpretação e culminando numa produção” e sua

exposição.

1- Descreva o que você vê nas seguintes imagens e liste em seu portfólio citando o nome

do artista e da respectiva obra, exemplo:

-cores mais utilizadas;

-formas;

-texturas;

-linhas;

-formas;

- composição;

-temática;

2- Analise e tente descobrir como foi produzida a obra:

-materiais utilizados;

-técnicas desenvolvidas;

3- Chega a hora da interpretação da imagem:

-como se sente a respeito da obra (imagem);

-que primeiras sensações a imagem lhe provoca?

-o que as obras tem em comum?

-todas as imagens foram feitas com técnicas semelhantes?

-esses trabalhos foram feitos por um mesmo povo em um mesmo momento histórico? Por

uma mesma cultura?

4- Agora você fará uma pesquisa sobre a biografia dos artistas estudados.

-pesquisas na internet com registros através de textos, desenhos e pintura no portfólio.

Os artistas que dialogam com máscaras, artefatos e símbolos da

arte africana, valorizaram uma arte “primitiva”. Como explica, Harrison, Francina e Perry

(1998, p.3, 5).

... Pensava-se, portanto, que as características das fontes “primitivas” não

inspiravam simplesmente os interesses mutáveis dos artistas modernos, mas sim,

conformavam-se a eles. Em outras palavras, uma tendência “primitiva” já

estava se produzindo internamente à arte moderna, e na verdade deveria tornar-

se um aspecto distintivo do “moderno”. Como veremos, essa ideia também teve

Atividade para o aluno de leitura de imagens

Para você professor

implicações importantes para a autoimagem do artista, no sentido de que ela

contribuiu para o mito de que artistas de vanguarda como Gauguin e Picasso

estavam de algum modo de expressão artística puro e direto...

...Argumentou-se que pelo simples fato de usarmos a palavra “primitivo”, em vez

de uma que dê uma designação geográfica da cultura em questão (como

“africana”, “egípcia”, “polinésia”), estamos definindo essa cultura como diferente da

nossa ocidental do que é civilizado. Usar o termo é fazer implicitamente um juízo

de valor, mesmo que ele possa assumir diferentes disfarces...

Nesse sentido cabe agora discorrer sobre Arte Africana e a influência da cultura que os

africanos reconstruíram em terra brasileira, professor você encontrará Arte Africana

disponível em:

Não se esquecendo de que os registros dos conteúdos serão feitos pelos alunos nos

portfólios.

Ainda antes de partimos para o experimentar, onde os alunos serão incentivados a

começarem suas próprias produções, primeiro faremos produções bidimensionais, com

apoio do vídeo da DVD teca. Arte na Escola Autorretrato, sua história e presença nas

obras de artistas através dos tempos.

http://historiasdopovonegro.wordpress.com/talento/maos-negras/

http://www.portaldarte.com.br/arteafricana.htm

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/#!/q=arte%20africana

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_mondrian_w.php?id_acti

vidad=12052&id_pagina=1

http://anaeducarte.blogspot.com.br/2010/11/mascaras-africanas.html

http://www.infoescola.com/artes/mascara/

http://artesvisuaisnaescolaclasse4.blogspot.com.br/2009/05/o-artista-pablo-picasso-

e-arte-africana.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscaGeral.html?q=arte%20africana

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28332

https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/2_V.php

https://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA&feature=related

Atividade extraclasse para o aluno

Faça experimentos de desenho fazendo seu autorretrato, através de reprodução de fotos

e reflexo em espelhos, não se esqueça de utilizar o portfólio para essa atividade.

Em duplas os alunos sentarão um de frente para o outro e através da observação se

desenharão.

SEGUNDA ETAPA: do ler e interpretar ao experimentar.

Em seu portfólio faça uma pesquisa sobre Máscaras Africanas destacando através de

desenhos:

- Forma das máscaras;

- Linhas encontradas;

- Texturas gráficas;

- Figuras geométricas;

- Cores.

Farão também pesquisa no laboratório de informática destacando:

- Cores utilizadas em máscaras, artefatos,e pinturas africanas;

- Texturas gráficas encontradas em estampas africanas;

- Desenhos geométricos e linhas, contidas nas máscaras africanas.

OBS- Todos os registros serão feitos no portfólio.

Atividade para o Aluno

Professor

Proposta de atividade para o aluno em sala de aula

Professor Agora você poderá passar para os alunos o vídeo

n°10 da DVDteca rede arte na escola Autorretrato.

Após essa pesquisa os alunos serão incentivados a começarem suas próprias produções,

primeiro fazendo produções bidimensionais e coloridas para após partirem para a

execução através de oficinas de práticas artísticas de produção de suas próprias

máscaras utilizando-se de materiais como: argila, madeira, gesso, papelão, jornais,

objetos reutilizáveis, entre outros. O professor deverá nesse momento ser apenas o

mediador, não podendo interferir diretamente nas práticas dos alunos, cada um tem sua

limitação. Pois diz Luise Weiss (1989, p. 39)

Quanto ao acabamento desses brinquedos, sua forma final, há um lado tosco,

meio “bruto” às vezes dando ideia de um acabamento “imperfeito”, rústico. Tal fato,

no caso das crianças, está relacionado com dois aspectos:

• a criança atua de acordo com a sua capacidade físico-motora, no estágio em

que se encontra;

• a criança não tem, como o adulto, a mesma preocupação de acabamento dos

objetos; o brinquedo é construído pra ser imediatamente utilizado.

É chegada a hora da execução da oficina de construção de máscaras e esculturas a partir

de práticas artísticas de suas próprias produções, serão objetos feitos pelas mãos dos

próprios alunos apenas com a mediação do professor no que diz respeito a meios e

formas de executar técnicas para a produção das máscaras e esculturas como explica

Paz (1914, p.51).

Feitos com as mãos, o objeto artesanal conserva, real ou metaforicamente, as

impressões digitais de quem o fez. Essas impressões são a assinatura do artista,

não um nome; nem uma marca. São antes um sinal: a cicatriz quase apagada que

comemora a fraternidade original dos homens. Feito pelas mãos, o objetom

artesanal está feito para as mãos: não só podemos ver como apalpar. A obra de

arte nós vemos, mas não tocamos. O tabu religioso que nos proíbe tocar nos

santos – “quem toca na custódia queima as mãos” , diziam-nos quando éramos

pequenos – se aplica também aos quadros e às esculturas. Nossa relação com

objeto industrial é funcional; com a obra de arte semirreligiosa; com o artesanato,

corporal.

È óbvio que devemos respeitar as criações e execuções de cada aluno.

Dividir a sala em equipes onde cada uma desenvolverá o trabalho seguindo uma técnica,

a mesma estará descrita no portfólio. Acesse os seguintes sites.

Mãos à obra – chegou o momento da execução das oficinas de confecção de máscaras

de acordo com as técnicas estudadas e conhecidas.

TERCEIRA ETAPA: do experimentar ao expor

Como resultado faremos uma exposição coletiva dos trabalhos realizados nas

oficinas, aberta a toda comunidade escolar, professores e alunos, onde serão expostas as

máscaras produzidas pelos alunos. A exposição será de responsabilidade da professora

juntamente com os alunos envolvidos no projeto, contanto com a colaboração da equipe

pedagógica e do diretor da escola, e será aberta a visitação dos pais.

Como educadores, professores, pais, e visitantes de exposições de trabalhos de

alunos, devemos ter certo cuidado no que diz respeito a comentários e julgamentos. Luise

Weiss (1989, p. 47) manifesta seu entendimento quando expressa:

O trabalho de sucata feito pela criança às vezes mostra um lado rudimentar, que o

adulto pode considerar “imperfeito” . (Quantas vezes já pude observar crianças

trabalhando horas em projetos, vendo-lhes depois os rostos decepcionados,

quando os pais os acham “feios”.) ...

... O arte-educador, a meu ver, não precisa ser obrigatoriamente um artista plástico

profissional, mas uma pessoa com sensibilidade, curiosidade e flexibilidade. Pois

como é possível ao estimular a curiosidade nas crianças se ele manifestar frente

aos objetos, receio, desinteresse ou uma atitude passiva?

http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/artes-mascaras.htm

http://pt.wikihow.com/Fazer-uma-M%C3%A1scara-de-Gesso

http://www.ehow.com.br/mascara-africana-3d-como_20623/

http://www.ehow.com.br/mascaras-argila-como_39405/

http://oficinademascaras.blogspot.com.br/p/confeccao-das-mascaras.html

http://artenormal.blogspot.com.br/2013/08/mascaras-africanas-601-eja.html

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu

do=331

https://www.youtube.com/watch?v=P4CBlL6wLNw

https://www.youtube.com/watch?v=u1KfvAJND5g

https://www.youtube.com/watch?v=317tX3WqJxA

Professor muito cuidado com exclusões e julgamentos

AVALIAÇÃO

A avaliação será formativa, processual e contínua no decorrer da implementação do

projeto, tendo como registro dos momentos de ensino-aprendizagem o portfólio. A

avaliação é ferramenta indispensável na verificação de objetivos propostos atingidos.

REFERÊNCIAS

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Por que Arte-educação? 14. ed. Campinas, SP:

Papirus, 2003.

FREIRE, Paulo- Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25.

ed.São Paulo: Paz e Terra, 1996. (coleção leitura).

PAULA, Carlos Alberto de, LIMA Jackson César de, SANTOS, Marcelo Cabarrão,

PADUIM, Viviane (Org.) Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Secretaria

do Estado da Educação – Governo do Paraná, 2008.

MONTI, Franco- As Máscaras Africanas: [tradução Luís Eduardo de Lima Brandão]- São

Paulo: Martins Fontes 1992.- (Os estilos na arte).

MARIANO, Agnes- História do Povo Negro: mãos negras. Disponível em:

<http://historiasdopovonegro.wordpress.com/talento/maos-negras/>. Acesso em: 02 jun.

2014.

HARRISON, Charles, FRASCINA, Francis, PERRY, Gill. Primitivismo, Cubismo,

Abstração 2. Ed, São Paulo, SP: Cosac & Naify Edições Ltda, 1998.

WEISS, Luise. Brinquedos e Engenhocas: São Paulo, SP: Scipione Ltda, 1989.

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA, DVDteca Arte na Escola - Rubem Valentim: geometria

sagrada: Vol 24, Instituto Arte na Escola, São Paulo, SP, 2006.

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA, DVDteca Arte na Escola – Autorretrato: Vol 10,

Instituto Arte na Escola, São Paulo, SP, 2006.

OTT, Robert Willian, Aprendendo a olhar: a educação orientada pelo objeto em museus

e escolas. São Paulo: MAC, 1989.

MORAIS, Frederico, O Brasil na Visão do Artista – O País e sua Cultura: Prêmio

Editorial Ltda – São Paulo, SP, 2003.

UEL, departamento de arte visual. Arte, leitura e seu ensino: Possibilidades

diversificadas pedagógicas em sala de aula.

Londrina, PR: 2008.

GUIMARÃES, Virginia. A grande arte na pintura- vol.79. Rio de Janeiro RJ, Salvat

editora do Brasil, LTDA, 1988.

MARTINS, Mirian Celeste Teoria e pratica do ensino de arte: a linguagem do mundo-

Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. – São Paulo: FTD,

2010. – (Coleção teoria e pratica)

HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho.

Trad. J. R. Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

PAZ, Octavio, 1914- Convergências : ensaios sobre arte e literatura / Octavio Paz :

tradução de Moacir Werneck de Castro. – Rio de Janeiro : Rocco, 1991.

CONDURU, Roberto, 1964- Arte Afro-Brasileira. / Roberto Conduru. Projeto Pedagógico:

Lucia Gouvêa Pimental e Alexandrino Ducarmo; Coordenação Editorial: Fernando Pedro

da Silva e Marília Andrés Ribeiro. – Belo Horizonte: C / Arte, 2007.

DUARTE JÚNIOR, João- Francisco- Fundamentos estéticos da educação / João-

Francisco Duarte Jr. – São Paulo: Cortez: Autores Associados: [Uberlândia, MG]:

Universidade de Uberlândia; 1981. (Coleção educação contemporânea).

FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo Metodologia do ensino de arte/ Maria Heloísa

C. T. Ferraz, Maria F. de Rezende e Fusari.- São Paulo: Cortez, 1999.- 2. ed.- (Coleção

Magistério 2° grau. Série formação do professor).