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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
UM ESTUDO ACERCA DAS CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
LUIZA RIGO ITO1
LOURDES APARECIDA DELLA JUSTINA2
RESUMO
Neste artigo apresentamos e discutimos alguns resultados do desenvolvimento da
proposta didático-pedagógica durante o Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), oferecido pela Secretaria do Estado do Paraná (SEED). Esse foi desenvolvido com
estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental, no Município de Cascavel/PR. Para a
realização deste estudo fizemos a revisão bibliográfica sobre a obesidade. Essa tem se
caracterizado como uma doença crônica e epidêmica, sendo fator de risco para uma série
de doenças graves detectadas ainda na adolescência. A alimentação saudável aliada à
prática de esportes diminui os riscos de doenças crônicas, possibilitando assim um estilo
de vida mais saudável. Nesta perspectiva, as aulas da disciplina de ciências podem
contribuir na transformação de hábitos alimentares e na motivação da prática de atividades
físicas regulares.
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; Saúde; Adolescente; llha de Racionalidade. 1. INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase em que ocorrem mudanças nas percepções e o modo
de ver seu corpo e aparência física. Contudo, a obesidade ainda é algo que contribui para
o processo de discriminação e exclusão. A escola é espaço privilegiado em que diferentes
esclarecimentos sobre o mundo, os fatos da natureza e as transformações produzidas
pelo homem podem ser mostradas e ser comparados. É espaço de expressão dos
comentários espontâneos dos estudantes e daqueles oriundos de vários códigos
explicativos (BRASIL, 1997).
1
Professora da Rede Pública de Ensino do Paraná/Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley/ – PDE/2013 –
Disciplina Ciências. 2
Professora Doutora da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) - Centro de Ciências Biológicas e da
Saúde.
2
Atualmente o número de jovens acima do peso é muito alto. Os motivos que levam
à obesidade podem ser a nutrição inadequada e a falta a de atividade física. Estes fatores
precisam ser investigados, pois o excesso de peso pode causar implicações à saúde
acarretando doenças degenerativas, crônicas, entre outras, além dos problemas sociais e
econômicos.
A atividade física e a alimentação são dois comportamentos considerados
prioritários para a promoção da saúde e prevenção de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) em populações contemporâneas (BRASIL, 2006). A promoção de
hábitos saudáveis em crianças e adolescentes possui relevância estratégica e deve ser
encarada como prioridade por todos os setores sociais. Por congregar a maioria das
crianças e adolescentes de um país, a escola representa um espaço privilegiado para o
desenvolvimento dessas ações.
O conceito ideal da alimentação saudável é, portanto definido pelos profissionais
como uma condição alimentar que deve ser variada, balanceada e equilibrada em
quantidade de nutrientes. Essa deve oferecer benefícios à saúde para a adequação às
necessidades nutricionais do indivíduo para um peso saudável e que tenha alimentos
frescos naturais e integrais. Todas essas regras da biomedicina são consideradas
exteriores à realidade do usuário e, por isso, denominadas pelos profissionais como as
condições ideais (SILVA et al., 2002).
Devido ao abrangente índice de sobrepeso e obesidade em estudantes, torna-se
indispensável à prática de estratégias de alimentação saudável para essa população.
Nesse sentido, a escola tem ação essencial na construção de bons hábitos alimentares,
considerando que é neste ambiente que os discentes permanecem boa parte do dia. O
fato da saúde do corpo humano estar sujeita a importantes fatores como: a alimentação, a
prática de atividades físicas, não é levada em consideração por muitas pessoas. Em geral
a opção dos alimentos não é feita pelo seu valor nutritivo, mas pelo paladar e aspecto que
nos agradam por hábitos contraídos desde a infância. Para se alimentar bem, deve ser
analisado tanto a quantidade como a qualidade dos alimentos, para evitar deficiências ou
excessos nutricionais que afetam o desenvolvimento e a saúde.
Para Cuppari (2002), a realidade mundial revela que vivemos num paradoxo,
enquanto pessoas sofrem por falta de alimentação, outras são vítimas dos estragos
estéticos e fisiológicos causados pela superalimentação.
O mundo está engordando mais, por diversos motivos: mais comida, alimentos
menos saudáveis, sedentarismo, poucas horas de sono ou estresse. Nesse contexto, não
estamos conseguindo deter o crescimento do número de indivíduos com excesso de peso
e o consequentemente aumento de problemas de saúde relacionados. Por outro lado,
3
estamos vivendo mais. Entre as hipóteses que tentam explicar esse aparente paradoxo,
está a de que os fatores de riscos associados à obesidade como: hipertensão e diabete
ou que andam paralelamente a ela (a exemplo do colesterol elevado) estão sendo mais
bem controlados. Em outras palavras: as pessoas, sobretudo aquelas que brigam com a
balança, agora procuram médicos com mais frequência. Dessa forma, os problemas são
diagnosticados e tratados precocemente, prolongando a vida até mesmo dos gordinhos
(HALPERN, 2013).
Segundo Pereira (2003), a prática educativa norteada pela pedagogia da
problematização seria a mais adequada em saúde por promover a valorização do saber
do educando. Rodrigues e Boom (2006), nesse sentido, sugerem que a educação
nutricional agregue os conhecimentos do campo da antropologia da alimentação e os
fundamentos teóricos do campo da educação.
O conceito ideal da alimentação saudável é definido pelos profissionais como uma
condição alimentar que deve ser variada, balanceada e equilibrada com nutrientes, que
ofereça benefícios à saúde para a adequação às necessidades nutricionais do indivíduo
para um peso saudável e que tenha alimentos frescos naturais e integrais. Todas essas
regras da biomedicina são consideradas exteriores à realidade do usuário e, por isso,
denominadas pelos profissionais como as condições ideais (SILVA et al., 2002).
A política de saúde pública no Brasil tem se preocupado de uma forma inadequada
com o aspecto apenas curativo da obesidade, deixando de fazer o papel mais importante
que é a prevenção. A escola e a família são decisivas e os principais movedores para o
avanço global do estudante e, assim, para a direção da sua vida. Tanto no acesso a
saúde, no seu aspecto físico, mental e social. O presente artigo resultou do
desenvolvimento de um projeto no qual se buscou investigar a seguinte questão: Em que
proporção o problema da obesidade e outros distúrbios alimentares se fazem presentes
em nossa comunidade escolar?
Este estudo pretendeu oportunizar aos estudantes, no âmbito da disciplina de
ciências do ensino fundamental, realizações de pesquisas sobre a realidade que os cerca
para que possam se conscientizar sobre o problema e que possam transforma-lo em
hábitos de vida saudáveis, exaltando os benefícios de uma vida ativa. Devido ao
abrangente índice de sobrepeso e obesidade em estudantes, torna-se indispensável à
prática de estratégias de elevação da alimentação saudável para essa população. Nesse
sentido, a escola tem ação essencial na concepção de auxiliar o educando na construção
de hábitos condizentes com uma vida saudável.
4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Pollack (1986) estudos demonstram que 2,5 kg de gordura em excesso já
são perigosos para indivíduos mais suscetíveis ao aumento de pressão arterial. À medida
que a pessoa vai engordando, ocorre uma queda no número de receptores celulares de
insulina, podendo ocorrer à diabetes. A célula adiposa também é consumidora de insulina,
diminuindo assim a quantidade desta substância disponível. Também pode acarretar a
aterosclerose, que ocorre devido à formação de atroam (placas de gordura), que, por sua
vez, agem como uma “barreira”, acarretando o entupimento das artérias.
No caso dos distúrbios psicológicos que ocorrem, às vezes, devido à baixa
autoestima, estes são observados frequentemente em pessoas obesas, e são
desencadeados por suas dimensões corporais serem avaliadas como padrão. Surge
então uma relação causa-efeito entre gordura e incapacidade. As complicações
articulares, devido ao excesso de peso aumenta a sobrecarga em várias articulações,
sendo as mais afetadas, articulações que sustentam grande parte do peso corporal como
exemplo os joelhos e tornozelos. O estresse excessivo, nas articulações, pode levar a
doenças degenerativas, tais como a osteoartrite.
Se para os adultos é um fator de risco para adquirir uma infinidade de doenças
incuráveis, as consequências para crianças e adolescentes são tanto ou mais graves,
pois eleva, precocemente, o risco para doenças cardiovasculares, problemas
psicossociais, metabolismo anormal da glicose, distúrbios hepáticos e gastrintestinais,
apneia do sono, complicações ortopédicas e distúrbios no desenvolvimento motor. Porém,
além dos indiscutíveis problemas proporcionados à saúde da criança e do adolescente, a
obesidade em idades precoces tem como consequência persistir na idade adulta,
agravando todos os fatores de risco a ela associados.
A elevação global da obesidade e, em determinados países até de forma dramática
está sendo vista com grande preocupação, em razão das consequências danosas aos
indivíduos que o excesso de peso pode acarretar desde a infância e ao longo da vida
adulta. A obesidade contribui no incremento do risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e diabetes milicos tipo 2 (FISBERG et al., 2004, p.5).
O risco elevado de doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade, tais como
diabetes, doenças cardiovasculares (DCV) e alguns cânceres. É importante o
conhecimento das comorbidades mais frequentes para permitir o diagnóstico precoce e o
tratamento destas condições, e para identificar os pacientes que podem se beneficiar com
a perda de peso. Isso permitirá a identificação precoce e avaliação de risco, de forma que
as intervenções adequadas possam ser realizadas para reduzir a mortalidade associada.
5
O exagero de peso é uma inquietante mundial e tem repercussões na saúde pública de
um país. No Brasil, o preço direto relacionado a internamentos relacionados à obesidade
é de 2 bilhões de reais/ano. Artifícios patentes de saúde têm sido elaborados e diferentes
estratégias
De acordo com Grande et al. (2012) pesquisas em outros países analisam o papel
do professor como modelo de estímulo à aceitação de alimentos no ambiente escolar;
alguns desses estudos chegaram à conclusão de que, de fato, é relevante o papel do
professor nessa modelagem, porém outras investigações deduziram ser essa modelagem
relativa ou pequena, sendo mais importante do que ela o papel exercido por colegas de
similar faixa etária. Segundo Mattos et al. (2009, p. 222), as famílias devem ensinar
hábitos adequados aos filhos, impedindo excessos de alimentos, e grandes quantidades
de frituras, de massa ou refrigerante, que pode trazer problemas de saúde.
A obesidade é uma enfermidade, que deve ser abordada clinicamente com
remédios para controle alimentar, reeducação alimentar uma dieta balanceada com
nutrientes importantes, para o organismo, a prática de atividades físicas, equilibrar
problemas de origem emocional ou psíquica, que aceleram o processo de obesidade. Nos
casos de obesidade mórbida, intervenções cirúrgicas, como redução do estômago, pode
ser uma saída. Segundo Melo (2011), indivíduos acima do peso são cedidos de
numerosos preconceitos podendo até ser discriminados no lugar de trabalho e aferidos
menos adequados para desempenhar tarefas do que outros. A discriminação
constantemente a pessoa obesa, trata como se ela fosse a única responsável pela
circunstância vivenciada. Dentre tanto discernimento e preconceito, é extremamente difícil
manter uma autoimagem positiva, sem depressão e outras perturbações.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para o desenvolvimento do projeto foram utilizadas as pesquisas exploratórias e
bibliográficas, buscando informações em livros, artigos, revistas e outros meios. A
pesquisa foi realizada em um colégio público do Município de Cascavel-PR, com
estudantes do 8º Ano do Ensino Fundamental. A faixa etária dos participantes é de 12 a
17 anos. Os estudantes componentes da amostra foram os que aceitaram participar
espontaneamente e tiveram autorização da direção da escola e dos pais, para
participarem da pesquisa. O presente estudo foi desenvolvido com 53 estudantes (A1-
A53) de ambos os sexos, no período matinal e vespertino de fevereiro a maio de 2014.
6
A pesquisa teve cunho quantitativo-qualitativo. O material foi coletado a partir do
desenvolvimento de uma unidade didática, na metodologia de ensino de Ilha de
Racionalidade (FOUREZ et al., 1997), envolvendo atividades com a utilização de slides,
filmes, revistas, dinâmica em grupo, mesa redonda, debates, palestras com nutricionista,
produção de textos e gráficos, entre outros recursos didáticos, seminários, confecção de
cartazes, leituras, aula em laboratório de informática, discussões, cálculo do IMC Índice
de Massa Corporal dos mesmos, aula em laboratório, vídeos, montagem da pirâmide
alimentar, leituras, pesquisas e debates. A investigação foi voltada para a obesidade,
suas causas e consequências, as precauções e os possíveis tratamentos.
Os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem, embora se diferenciem
entre a forma e a ênfase. Os métodos qualitativos trazem como contribuição ao trabalho
de pesquisa uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo capazes de
contribuir para a melhor compreensão dos fenômenos. Pode-se distinguir o enfoco
qualitativo e quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição
(POPE; MAYS, 1995).
Primeiramente fez-se o uso de questionário sobre dados pessoais e consumo de
alimentos no qual foi abordado um estudo, para identificar os estudantes com sobrepeso
ou obesidade e a prática de atividade física. Após aplicação do questionário, os
estudantes foram encaminhados para aferição do peso e altura, onde foi calculado o IMC,
bem como, a tabulação de dados.
A coleta de dados durante o desenvolvimento das atividades foi mediante ficha de
acompanhamento individual das atividades realizadas pelos estudantes. Ao final, foi
realizada uma entrevista semiestruturada com a resolução de questões abertas. A
entrevista apresentou questões diversas para evidenciar a aprendizagem dos conteúdos
desenvolvidos após o projeto proposto.
Segundo Manzini (2004) existem três tipos de entrevistas: estruturada,
semiestruturada e não estruturada. Entende-se por entrevista estruturada aquela que
contem perguntas fechadas, semelhantes a formulários, sem apresentar flexibilidade;
semiestruturada a direcionada por um roteiro previamente elaborado, composto
geralmente por questões abertas; não estruturada aquela que oferece ampla liberdade na
formulação de perguntas e na intervenção da fala do entrevistado.
A interdisciplinaridade, mediante a metodologia de ilha de racionalidade, pode
acrescentar em outras áreas especiais, com o desígnio de agenciar uma interação entre o
aluno, professor e cotidiano, pois os dias de hoje podemos considerar as ciências naturais
como umas das mais assinaladas em função de seus vários campos de trabalho.
7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. PRIMEIRO MOMENTO – QUESTIONÁRIO
Segundo Brasil (2005, p.25), uma alternativa de ação para a alimentação saudável
deve favorecer, por exemplo, o deslocamento do consumo de alimentos pouco saudáveis
para alimentos mais saudáveis, respeitando a identidade cultural alimentar das
populações ou comunidades. As proibições ou limitações impostas devem ser evitadas, a
não ser que façam parte de orientações individualizadas e particularizadas do
aconselhamento nutricional de pessoas portadoras de doenças ou distúrbios nutricionais
específicos, devidamente fundamentadas e esclarecidas. Por outro lado, supervalorizar
ou mistificar determinados alimentos em função de suas características nutricionais ou
funcionais também não deve constituir a prática da promoção da alimentação saudável.
Atualmente, em função das exigências do padrão de estética em “moda”, muitas
vezes inapropriado para a grande maioria das pessoas, são muitas as opções de “dietas
milagrosas” que prometem a perda de peso, de forma acentuada e rápida. Não faltam
exemplos, como a dieta da lua, dieta das frutas, dietas da sopa, dieta das proteínas,
dietas dos shakes, dietas com restrição a carboidrato, entre tantas outras. São dietas que
geralmente restringem o tipo de alimento a ser consumido (tipo e qualidade) e a
quantidade diária de ingesta. Em sua grande maioria causam efeitos negativos na saúde
e não atendem aos requisitos exigidos de uma alimentação saudável para manutenção da
saúde.
A formação dos hábitos alimentares se processa de modo gradual, principalmente
durante a primeira infância, é necessário que as mudanças de hábitos sejam alcançadas
no tempo adequado, com orientação correta. Não se deve esquecer que, nesse processo,
também estão envolvidos valores culturais, sociais, afetivo-emocionais e
comportamentais, que precisam ser cuidadosamente integrados às propostas de
mudanças.
Com base nos questionários sobre dados pessoais e consumo de alimentos, são
demonstrados a seguir os resultados encontrados. Em relação à quantidade de frutas que
os estudantes consomem por dia, observou-se que 15,9% consomem uma fruta ao dia,
20,75% três vezes ao dia, 22,64% quatro vezes ao dia, e o maior consumo foi de 42,50%,
com duas vezes ao dia.
Entre os discentes analisados 73% realizam as refeições em horários fixos, ou
seja, café da manhã, almoço e jantar todos os dias. Já 26% realizam em horários
alternativos, isto é, não possuem horários fixos para as refeições. Analisou-se que junto
8
às refeições, 86,79% tomam refrigerante diariamente, 75,47% suco artificial e 28,3%
tomam suco natural.
Entre os estudantes avaliados 86,79% tinham escutado falar sobre anorexia e
bulimia e 13,21% nunca ouviram falar. Foi discutido com os estudantes sobre a diferença
entre esses dois distúrbios, e também como eles se manifestam na mesma pessoa em
épocas diferentes. São distúrbios apresentados, em sua maioria, por pessoas do sexo
feminino (90%). A bulimia geralmente surge entre 18 até 40 anos. Não há perda de peso
tão acentuada como na anorexia. 70% das pessoas preservam o peso normal e outras
têm o peso um pouco acima ou abaixo do normal. A pessoa consome grandes
quantidades de alimento compulsivamente, provocando depois vômito ou diarreia, e
abusam do uso de laxantes, diuréticos, práticas de exercícios físicos, dietas e jejuns. São
frequentes na classe média alta. A bulimia pode fazer parte da evolução da anorexia. Na
anorexia, a pessoa tem uma visão distorcida do seu próprio corpo, achando que está
gorda com o abdômen ou seios muito grandes.
Figura 1 - Porcentagem de estudantes que realizam refeições diariamente.
A Figura 1 representa a prática diária das refeições entre os estudantes. Observou-
se que café da manhã, almoço e jantar foram as refeições mais mencionadas. Dentre os
sujeitos participantes, 69,81% citaram o café da manhã, 86,79% o almoço e 88,68% o
jantar. O lanche da manhã e da tarde, bem como a ceia, foram refeições pouco citadas.
Vale ressaltar que a ceia era uma refeição desconhecida por diversos alunos.
Assim, destaca-se a importância da educação nutricional voltada ao público
adolescente que enfatize hábitos alimentares saudáveis e a ingestão fracionada de
alimentos ao longo do dia, evitando longos períodos de jejum. A maneira como ocorreram
às interações nas aulas, pelo interesse demonstrado pelos estudantes e pelos resultados
69,81 0
30,14
0 86,79
0
52,83
0
88,68
11,32
Café da manhã
Lanche da manhã
Almoço
Lanche da tarde
Ceia
9
encontrados, acredita-se, que este trabalho de intervenção é viável e com aceitação pelos
discentes. As atividades realizadas possibilitaram verificar que existem alternativas para
trabalhar estes conteúdos na escola, mesmo com poucos recursos, levando os alunos a
discutirem e a pensar uma forma mais saudável de ingesta de alimentos.
Trabalhar este conteúdo em sala de aula, muitas vezes é uma tarefa complexa
para o docente, nessa fase de mudança na adolescência o excesso de gordura e de peso
corporal provoca problemas na autoestima, além de distúrbios na saúde. Tanto a escola
como a família têm papéis decisivos na promoção de bons hábitos alimentares e do
consumo consciente, especialmente porque as crianças e adolescentes se espelham nos
adultos, o que torna de igual importância o exemplo de pais e educadores. O estudante
bem orientado faz as escolhas adequadas em seu cotidiano.
4.2. SEGUNDO MOMENTO – O DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
O segundo momento, ocorreu a partir do desenvolvimento de uma unidade didática
envolvendo atividades como a utilização de slides, filmes, revistas, dinâmica em grupo,
mesa redonda, debates, palestra com nutricionista, produção de textos e gráfico. E
também se realizou o cálculo do (IMC). Os cálculos de IMC foram realizados dentro da
tabela para cálculo de adolescentes, conforme Who (1995), devidamente com sua faixa
etária de idade. Também se destaca que foi uma atividade realizada no laboratório de
informática, a fim de possibilitar pesquisas exploratórias, bibliográficas e tabulação de
dados.
As Figuras 2 e 3 demonstram a distribuição dos sujeitos pelas faixas de IMC
evidenciando que a maioria está com o índice de massa corporal considerado normal. No
diagnóstico nutricional dos educandos analisados foi identificado que na turma B, 6% dos
estudantes apresentaram-se abaixo do peso, 66% peso normal e 19% com sobrepeso e
9% apresentaram-se obesos. Na turma C, 76% apresentaram-se com peso normal, 14%
sobrepeso e 10% apresentaram-se obesos esta turma não apresentou alunos abaixo do
peso. Ao serem questionados sobre hábitos alimentares saudáveis e a importância de
atividade física observou-se que os estudantes valorizam muito a mídia, com ênfase para
a aparência física.
10
Figura 2 – Distribuição do IMC da Turma B.
Figura 3 – Distribuição do IMC da Turma C.
A investigação no laboratório de informática foi voltada para hábitos alimentares
saudáveis, obesidade, suas causas e consequências. Os estudantes pesquisaram desde
11
o conceito, de obesidade até a dimensão do ato compulsivo relacionando a anorexia,
bulimia, mostrando que ocorre a distorção da imagem corporal, a angústia, e a baixa
autoestima e dificuldade de relacionar-se com outras pessoas. Na sequência são
apresentados exemplos de enunciados acerca da percepção dos sujeitos sobre a
obesidade:
O excesso de peso é uma preocupação mundial e tem repercussões na saúde pública de um país. (A1) As refeições de cada dia devem ser variadas. E diversificadas. (A2) A obesidade é uma doença, que pode ser causada, pelo consumo exagerado de calorias ou de origem genética, hormonal. (A3) Um dos maiores problemas enfrentados por pessoas obesas é a discriminação criada socialmente pela estética do corpo moderno. (A4) Nossa saúde depende de uma boa alimentação, consumo de água e a prática de atividades físicas. (A5) A obesidade já se transformou em um problema de saúde pública em vários países. E são células adiposas que acumulam gordura no corpo. (A6)
Ao analisar as falas dos alunos percebe-se o estabelecimento da relação da
obesidade com problemas de saúde pública, como o apresentado nos enunciados de A1
e A6. Outro problema, relatado por A4, é o preconceito presente em nossa sociedade.
Possíveis fatores causadores da obesidade relacionados ao comportamento alimentar e a
componentes genéticos e hormonais, são apontados por A3. Para uma pessoa ter saúde,
a alimentação deve ser diversificada, como salienta A2, e praticar exercícios físicos, como
destaca A5.
Na sequência foram desenvolvidas sínteses do conteúdo construído. Considera-se
que foi muito importante, haja vista os estudantes procuraram expressar seus
conhecimentos através da confecção de cartazes, montagem da pirâmide alimentar,
painéis ilustrativos, que foram expostos para o público da escola. Para finalizar este
segundo momento os estudantes realizaram uma mesa redonda onde todos
apresentaram o que tinha aprendido. Da maneira como ocorreram as interações, nas
exposições foi muito gratificante o entendimento o e a participação dos educados.
A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma educação de
qualidade. A promoção de hábitos saudáveis em crianças e adolescentes possui
relevância estratégica e deve ser encarada como prioridade por todos os setores sociais.
Em temas sociais como obesidade, segundo “as atividades em grupo são mais produtivas
do que as individuais, porque estimulam o espírito de cooperação e aumentam a
discussão entre os jovens sobre as atividades que estão sendo executadas.” Além disso,
exige menor quantidade de material, pois tudo é dividido entre o grupo e favorece a
12
tolerância e o respeito mútuo.
4.3 TERCEIRO MOMENTO – ENTREVISTA FINAL
Neste terceiro momento indicamos seis estudantes (A2; A5; A9; A25; A27; A29),
aleatoriamente, para a entrevista final sobre o assunto proposto. Nesta entrevista, foram
respondidas seis perguntas.
A obesidade pode é considerada uma doença? Após este estudo há mudanças nos seus hábitos alimentares? Prática atividade física regularmente? Faz mais que 4 refeições diárias? E em horários fixos? A obesidade tem sido notícia frequente, em reportagens de revistas, jornais e até especiais em programas de televisão? Nossa saúde depende de uma boa alimentação, consumo de água e a prática de atividades físicas?
Na primeira questão, todos os alunos entrevistados responderam que realmente a
obesidade é considerada uma doença, causada por maus hábitos alimentares e a falta de
atividade física.
Na segunda questão o aluno A5, respondeu que estava tentando mudar seus
hábitos alimentares. Os demais alunos disseram que após a realização do Projeto
mudaram seus hábitos alimentares diários e também passaram estas informações sobre
e conhecimento adquirido para a família.
Na terceira questão quanto à prática de atividade física os alunos, A2 e A5,
disseram que só praticavam atividades nas aulas de educação física, os alunos A9, A25,
A27 e A29 realizavam atividade física dentro e fora da escola.
Na quarta questão referente à quantidade de refeições todos os estudantes
responderam que sim. Quanto ao horário das refeições os estudantes: A5 e A29
responderam que não fazem as refeições em horários fixos.
Na quinta questão todos responderam que sim, que a obesidade tem sido notícia
frequente, em reportagens de revistas, jornais e até especiais em programas de televisão.
Na sexta questão também a resposta foi sim, todos os estudantes concordaram
que a nossa saúde depende de uma boa alimentação, consumo de água e a prática de
atividades físicas.
Conforme se pode perceber no relato de alguns alunos como no exemplo
apresentado por A15, os alunos entrevistados disseram que após a realização desse
trabalho Mudaram muito seus hábitos alimentares.
13
Achei muito importante aplicação desse projeto sobre hábitos alimentares saudáveis, pois me fez preocupar-me com a minha saúde e da minha família e achei muito interessante o conhecimento que adquiri sobre como a sociedade trata pessoas obesas e até praticam Bullyng dentro e fora da escola. (A15)
Nesse panorama, referindo-se a informação dos estudantes sobre alimentação e
nutrição e ao comportamento alimentar destes, observou-se que as noções que os
mesmos apresentam na escola são formadas na família e influenciadas pelos amigos e
também por meios de comunicação, sendo que essas informações não estabelecem
comportamentos alimentares saudáveis. Observou-se que no decorrer das atividades
suas colocações a respeito de alimentação foram transformadas.
É importante destacar que é necessário estabelecer um vínculo de confiança entre
educador e educando permitiu que o trabalho fosse sendo aperfeiçoado no decorrer das
aulas semanais, foi determinante para a participação do estudante na resolução das
atividades desenvolvidas colocando em prática e explicando os conceitos aprendidos,
com a colaboração e participação dos estudantes. E observou-se também que entre
algumas estudantes o padrão estético de magreza parece predominar.
Também foi muito importante conhecer alguns aspectos emocionais do
comportamento alimentar dos participantes. Nas atividades, houve a participação e
colaboração de todos os estudantes.
Conforme MEDEIROS (2007), a prática alimentar incorreta é comum em todas as
classes socioeconômicas e facilmente evidenciadas, pois vivemos em uma sociedade
onde os pais por trabalharem demais, têm pouco ou nenhum tempo para supervisionar o
preparo da alimentação e as refeições de seus filhos. Muitas crianças ficam “livres” para
escolher alimentos fastfood (pizzas) fáceis de preparar como: pipoca e doce, bolos,
chocolates, sorvetes, refrigerantes disponíveis na geladeira.
Somos de opinião que crianças e adolescentes ensinadas com bons hábitos
alimentares possam aconselhar e influenciar as pessoas adultas, adultos com hábitos
alimentares inadequados passam não tem condições de ensinar corretamente seus filhos.
De acordo com SORBELLO (2006), do ponto de vista de saúde – ou seja, médico o
que separa o normal da obesidade é determinado pelo aumento do volume de tecido
adiposo, que acarreta um prejuízo da saúde física e mental. Este fato representa uma
piora na qualidade e até uma diminuição do tempo de vida.
O indivíduo que começa a fazer uma Alimentação adequada na infância tornar-se
um cidadão útil e saudável. Os pais tem que se conscientizar que a importância de uma
alimentação saudável é tanto importante quanto a sua vacinação. Os bons hábitos
alimentares servirão para a prevenção de enfermidades crônicas degenerativos do adulto
14
que são a epidemia deste século. O Ministério da Saúde, SBEM e ABESO trabalha com
medidas preventivas que surge diretamente ao embate a vontade das sociedades
médicas de contribuírem com o acréscimo de um povo saudável.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar os resultados da investigação com os 53 alunos da presente pesquisa,
salienta-se que o sobrepeso e a obesidade não apresentam um problema relevante.
Neste estudo foram observadas evidências de que os estudantes analisados a maioria
estava com peso normal, poucos casos de sobrepeso e nenhum dos estudantes
apresentaram casos de obesidade. É importante destacar, no entanto, que a educação
para a saúde é produto de uma construção contínua e, desse modo, acredita-se que o
aprendizado constante de hábitos alimentares saudáveis pode ser formado a partir de um
processo de educação alimentar e nutricional permanente dentro da escola.
Segundo Melo (2011), indivíduos acima do peso são acometidos de numerosos
preconceitos podendo até ser discriminados no lugar de trabalho e aferidos menos
adequados para desempenhar tarefas do que outros. A discriminação constantemente a
pessoa obesa, trata como se ela fosse a única responsável pela circunstância vivenciada.
Diante de tanta discriminação e preconceito, é extremamente difícil manter uma
autoimagem positiva, sem depressão e outras perturbações.
O conhecimento sobre a patologia propriamente dita e suas complicações faz-se
necessário para uma melhor aplicação das técnicas preventivas e tratamento, alertando
sobre os altos riscos em que o obeso está propenso. É importante salientar o
sedentarismo e as facilidades da vida moderna como importantes fatores responsáveis
aos altos índices de adolescentes obesos.
Embora as causas da obesidade estejam relacionadas ao cunho multifatorial,
afirma-se a importância de que as modificações ambientais se compõem nos principais
fatores propulsores para o acréscimo da obesidade, na medida em que se instigam o
gasto excessivo de energia combinado a um gasto energético reduzido.
A escola como um espaço para o acesso as informações acerca de hábitos de vida
saudáveis também deve ser encorajada, por ser um local de intensa convivência social e
adequada para atividades educativas. As influências nos hábitos alimentares devem ser
começadas o mais precocemente possível, já que na adolescência sucedem mudanças
importantes e, no entanto é considerada uma fase favorável para a efetivação de hábitos
15
que poderão trazer decorrências diretas para a saúde na vida adulta.
A obesidade é uma doença, que deve ser abordada clinicamente com remédios
para controle alimentar, reeducação alimentar uma dieta balanceada com nutrientes
importantes, para o organismo, a prática de atividades físicas, equilibrar problemas de
origem emocional ou psíquica, que aceleram o processo de obesidade. Nos casos de
obesidade mórbida, intervenções cirúrgicas, como redução do estômago, pode ser uma
saída.
Rever conceitos de uma alimentação saudável e avaliar o que você come é o que
você é, vem a ser de uma grande importância. Promover reflexões sobre hábitos
saudáveis, para termos uma melhor qualidade de vida, deve ser um dos princípios
orientadores de nossas ações com os educandos.
Devido ao contexto e a disposição no mundo escolar, surgem dificuldades de se
trabalhar com metodologias ou práticas interdisciplinares – independente do grau de
ensino. Neste sentido, propõe-se uma disposição para elaborar uma ilha de racionalidade,
atraindo a atenção para pontos acentuados que podem ajudar no desenvolvimento das
atividades e na obtenção dos objetivos propostos.
A interdisciplinaridade pode acrescentar em outras áreas especiais, com o desígnio
de agenciar uma interação entre o aluno, professor e cotidiano, pois nos dias de hoje
podemos considerar as ciências naturais como umas das mais assinaladas em função de
seus vários campos de trabalho.
A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza de acordo com, Paraná (2008, p.74).
A abordagem interdisciplinar dos conteúdos proporcionada pela metodologia de ilha
de racionalidade vem ao encontro dessa perspectiva. Com base no conceito da IIR
trabalhar-se-á o conteúdo de ciências em uma forma na qual a avaliação é considerada
como atividade essencial do processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos
científicos escolares e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
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Para estabelecer a ilha de racionalidade são indicadas determinadas etapas, de
maneira a admitir que o trabalho vá sendo delimitado para que alcance sua finalidade.
Apesar de serem apresentadas de maneira linear, elas são flexíveis e abertas, muitas
vezes podem ser abolidas e/ou revisadas, quantas vezes se julgar necessário. O
professor em conjunto com os alunos é que determinam o tempo de cada uma dessas
etapas e os objetivos disponibilizados e as necessidades. Também servem como um
plano de trabalho, de maneira a evitar que ele se torne tão abrangente que não se
consiga chegar ao final.
Referências
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