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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Amizade: uma reflexão permeada pela leitura do gênero discursivo Conto Literário
Autora Irene Tijolin
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Tiradentes, Rua Argentina s/nº, centro,
Cafezal do Sul - Paraná Município da escola Cafezal do Sul
Núcleo Regional de Educação Umuarama
Professor Orientador Prof. Me. Carlos da Silva
Instituição de Ensino Superior UNESPAR – Campus de Paranavaí/ FAFIPA
Relação Interdisciplinar Filosofia
Resumo Esta Sequência Didática tem por finalidade incentivar nos alunos do Ensino Médio o hábito de ler textos literários que tratam da amizade. É importante ressaltar que a escola é um espaço essencialmente social, é um dos lugares onde marcadamente as relações interpessoais se desenvolvem, por ser local de encontro diário, de brincadeira e até mesmo disputas e brigas entre os jovens. Nesse sentido, é necessário despertar em nossos alunos valores éticos como o respeito ao próximo, companheirismo, e dialogar sobre amizade saudável. A leitura é um dos maiores desafios das escolas brasileiras atualmente, pois os alunos não gostam de ler, e como resultado, são várias as dificuldades encontradas por eles tanto na compreensão dos textos que leem, como em usarem a escrita de forma adequada. Em vista dessas perspectivas, faz-se necessário buscar novos métodos de ensino para despertar o interesse e a atenção desses alunos para o ato de ler e escrever, uma vez que é tão importante adquirirem esse hábito para a inserção no mundo letrado. É válido revelar aos alunos o valor dos textos literários como forma de aquisição de saberes e dessa forma conhecerem o vasto mundo dos contos. Assim, acredita-se que esta Sequência Didática possa contribuir para a diminuição das animosidades no espaço escolar ao despertar nos jovens adolescentes o valor da amizade retratada em narrativas previamente escolhidas para leitura e interpretação.
Palavras-chave Leitura. Literatura. Contos. Amizade
Formato do Material Didático Sequência Didática - SD
Público Alvo Alunos do 2º ano do Ensino Médio
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA NO PDE
Apresentação
Trabalhar com o gênero textual “Contos Literários” em sala de aula, na
disciplina de Língua Portuguesa, é extremamente importante, pois se trata de uma
narrativa curta e popular e sendo assim poderá despertar o interesse do aluno pela
leitura. E, ao mesmo tempo, este gênero possibilita aprenderem a serem cidadãos
conscientes e críticos em sociedade tendo atitudes concretas de cidadania no meio
em que vivem.
O objetivo central desta sequência didática, fundamentada nas teorias de
BRONCKART (2009); DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY (2004) será:
- Incentivar nos alunos do Ensino Médio o hábito de ler textos literários que tratam
da amizade.
- Analisar e compreender textos literários, valorizando a sensibilidade estética.
- Aprofundar a leitura através de contos literários, dialogando sobre valores éticos
como a amizade.
- Possibilitar a produção de textos sobre a temática da amizade no gênero literário
conto.
O estudo com o gênero “Contos Literários” será abordado com diversos tipos
de contos, onde será explorada a estrutura textual e como recurso linguístico o
discurso direto e o indireto. O público alvo para aplicação das atividades aqui
proposta são alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Tiradentes da
cidade de Cafezal do Sul, Estado do Paraná. O número mínimo de aulas
necessárias para aplicação desta produção didática pedagógica é de (32) trinta e
duas aulas.
Momento da discussão em grupo
1. Com a ajuda do seu professor e de seus colegas, discuta em grupos as seguintes
questões.
Você sabe o que é um Conto Literário? Já leu algum? Qual? (Quais)
Qual é a importância dos Contos Literários em nossa sociedade? E em sua vida?
Quem produz Contos Literários?
Para quem o texto Conto Literário é destinado?
Qual é a finalidade do Conto Literário?
Qual é a estrutura desse tipo de texto?
Você conhece algum escritor de Contos Literários? Qual? (Quais)
Onde podemos encontrar esse tipo de texto: ( ) rádio ( ) televisão ( ) jornal ( ) panfletos ( ) internet ( ) livros de literatura
Fonte das imagens: Clip-art1
1 As imagens utilizadas nesta Produção foram fornecidas pelo Clip-art da Microsoft Word 2007.
Pessoal, quando queremos conhecer alguém
(ou algo), nada melhor do que a
apresentação ser feita pela própria pessoa
(ou coisa).
Assim, leia com bastante atenção o conto
(adaptado) de Moacyr Scliar.
Fonte imagem: Clip-art
O CONTO SE APRESENTA (MOACYR SCLIAR) O CONTO SE APRESENTA
Olá!
Não, não adianta olhar ao redor: você não vai me enxergar. Não sou uma pessoa
como você. Sou, vamos dizer assim, uma voz. Uma voz que fala com você ao vivo,
como estou fazendo agora. Ou então que lhe fala dos livros que você lê.
Não fique tão surpreso assim: você me conhece. Na verdade, somos até velhos
amigos. Você já me ouviu falando de Chapeuzinho Vermelho e do Príncipe
Encantado, de reis, de bruxas, do Saci-Pererê. Falo de muitas coisas, conto muitas
histórias, mas nunca falei de mim próprio. É o que eu vou fazer agora, em
homenagem a você. E começo me apresentando: eu sou o Conto. Sabe o conto de
fadas, o conto de mistério? Sou eu. O Conto.
Vejo que você ficou curioso. Quer saber coisas sobre mim. Por exemplo, qual a
minha idade.
Devo lhe dizer que sou muito antigo. Porque contar histórias é uma coisa que as
pessoas fazem há muito, muito tempo. É uma coisa natural, que brota de dentro da
gente. Faça o seguinte: feche os olhos e imagine uma cena, uma cena que se
passou há muitos milhares de anos. É de noite e uma tribo dos nossos
antepassados, aqueles que viviam nas cavernas, está sentada em redor da
fogueira. Eles têm medo do escuro, porque no escuro estão as feras que os
ameaçam, aqueles enormes tigres, e outras mais. Então alguém olha para a lua e
pergunta: por que é que às vezes a lua desaparece? Todos se voltam para um
homem velho, que é uma espécie de guru para eles. Esperam que o homem dê a
resposta. Mas ele não sabe o que responder. E então eu apareço. Eu, o Conto.
Surjo lá da escuridão e, sem que ninguém note, falo baixinho ao ouvido do velho:
─ Conte uma história para eles.
─ E ele conta. É uma história sobre um grande tigre que anda pelo céu e que de
vez em quando come a lua. E a lua some. Mas a lua não é uma coisa muito boa
para comer, de modo que lá pelas tantas o grande tigre bota a lua para fora de
novo. E ela aparece no céu, brilhante.
Todos escutam o conto. Todo mundo: homens, mulheres, crianças. Todos estão
encantados. E felizes: antes, havia um mistério: por que a lua some? Agora,
aquele mistério não existe mais. Existe uma história que fala de coisas que eles
conhecem: tigre, lua, comer ─ mas fala como essas coisas poderiam ser, não
como elas são. Existe um conto. As pessoas vão lembrar esse conto por toda a
vida. E quando as crianças da tribo crescerem e tiverem seus próprios filhos, vão
contar a história para explicar a eles por que a lua some de vez em quando.
Aquele conto.
No começo, portanto, é assim que eu existo: quando as pessoas falam em mim,
quando as pessoas narram histórias ─ sobre deuses, sobre monstros, sobre
criaturas fantásticas. Histórias que atravessam os tempos, que duram séculos.
Como eu.
Aí surge a escrita. Uma grande invenção, a escrita, você não concorda? Com a
escrita, eu não existo mais somente como uma voz. Agora estou ali, naqueles
sinais chamados letras, que permitem que pessoas se comuniquem, mesmo à
distância. E aquelas histórias ─ sobre deuses, sobre monstros, sobre criaturas
fantásticas ─vão aparecer em forma de palavra escrita.
E é neste momento que eu tenho uma grande ideia. Uma inspiração, vamos dizer
assim. Você sabe o que é inspiração? Inspiração é aquela descoberta que a gente
faz de repente, de repente tem uma ideia muito boa. A inspiração não vem de fora,
não; não é uma coisa misteriosa que entra na nossa cabeça. A boa ideia já estava
dentro de nós; só que a gente não sabia. A gente tem muitas boas ideias, pode
crer.
E então, com aquela boa idéia, chego perto de um homem ainda jovem. Ele não
me vê. Como você não me vê. Eu me apresento, como me apresentei a você,
digo-lhe que estou ali com uma missão especial ─ com um pedido:
─ Escreva uma história.
Num primeiro momento, ele fica surpreso, assim como você ficou. Na verdade, ele
já havia pensado nisso, em escrever uma história. Mas tinha dúvidas: ele, escrever
uma história? Como aquelas histórias que todas as pessoas contavam e que
vinham de um passado? Ele, escrever uma história? E assinar seu próprio nome?
Será que pode fazer isso? Dou força:
─ Vá em frente, cara. Escreva uma história. Você vai gostar de escrever. E as
pessoas vão gostar de ler.
Então ele senta, e escreve uma história. É uma história sobre uma criança, uma
história muito bonita. Ele lê o que escreveu. Nota que algumas coisas não ficaram
muito bem. Então escreve de novo. E de novo. E mais uma vez. E aí, sim, ele
gosta do que escreveu. Mostra para outras pessoas, para os amigos, para a
namorada. Todos gostam, todos se emocionam com a história.
E eu vou em frente. Procuro uma moça muito delicada, muito sensível. Mesma
coisa:
─ Escreva uma história.
Ela escreve. E assim vão surgindo escritores. Os contos deles aparecem em
jornais, em revistas, em livros.
Já não são histórias sobre deuses, sobre criaturas fantásticas. Não, são histórias
sobre gente comum ─ porque as histórias sobre as pessoas comuns muitas vezes
são mais interessantes do que histórias sobre deuses e criaturas fantásticas: até
porque deuses e criaturas fantásticas podem ser inventados por qualquer pessoa.
O mundo da nossa imaginação é muito grande. Mas a nossa vida, a vida de cada
dia, está cheia de emoções. E onde há emoção, pode haver conto. Onde há gente
que sabe usar as palavras para emocionar pessoas, para transmitir ideias, existem
escritores.
(...)
Posso ir embora. Vou em busca de outros garotos e outras garotas. Para quem
vou me apresentar:
─ Eu sou o Conto.
Fonte: PORTAL DO PROFESSOR, 2010.
Vamos conhecer um pouco mais sobre Contos Literários?
Os contos, assim como as lendas, os mitos e as fábulas são tipos de narrativas originárias desde as mais antigas civilizações. Esses povos, através das histórias que contavam, passavam ensinamentos e preservavam sua cultura. Graças à tradição oral e, mais tarde, ao texto impresso, a arte de contar histórias foi passada de geração a geração, constituindo, até os dias de hoje, importantes fontes de informações para entendermos a história das civilizações. Dentro deste contexto é importante perceber o trabalho dos compiladores desse gênero literário que, até então, se mantinha no ideário popular, como: Homero com sua Odisséia (poeta grego – séc. VIII a.C.; Charles Perrault (França – séc. XVIII); os irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm – Alemanha - séc. XVIII) e tantos outros, pois, esses escritos, além de preservar a memória histórica de um povo, emocionam, por lidar com o imaginário, divertem, criam suspense, mostram verdades e revelam sentimentos e valores de uma época. Em cada país, surgiram novas modalidades de contos, regidos de acordo com a época e os movimentos artísticos que este momento histórico-cultural provocou e adquiriram forma literária e estética. Assim, existem hoje, contos de amor, de humor, contos fantásticos, de mistério e terror, contos realistas, psicológicos, sombrios, todos com estilos próprios daqueles que os escreveram.( PORTAL DO PROFESSOR, 2011).
Momento da Pesquisa Agora que você já conhece um pouco do gênero
Contos Literários, procure, no dicionário, o
significado dos termos: narrativa, enredo, diálogo, desfecho, clímax. Registre no espaço
abaixo.
Fonte imagem: Clip-art
narrativa____________________________________________________________________
enredo______________________________________________________________________
diálogo_____________________________________________________________________
desfecho____________________________________________________________________
clímax______________________________________________________________________
Assistindo a um Vídeo!
Você vai assistir agora a um vídeo que
apresenta, bem originalmente, alguns
fragmentos dos contos de Dalton Trevisan “Em
Busca do Vampiro”.
Fonte imagem: Clip-art
Vamos ouvir!
Pessoal, vamos ouvir áudios que narram
contos de Dalton Trevisan:
1. “Apelo”
2. “Uma vela para Dario”
Fonte imagem: Clip-art
Fonte dos áudios: Portal do Professor
Vídeo: Em Busca do Vampiro Fonte: Diaadiaeducacao. Disponível online em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23795> Acesso em 21 ago. 2013.
Áudios:
A descoberta do conto: Apelo - Categorias Literárias
A descoberta do conto: Uma vela para Dario - Categorias Literárias
Fonte: Portal do professor. Disponível online em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=42887> Acesso
em 04 dez. 2013.
Saiba Mais...
Pessoal, vamos ler um texto sobre Dalton Trevisan, para
conhecermos melhor esse grande escritor Paranaense.
Figura 1 – Dalton Trevisan
Fonte imagem: PORTAL DO PROFESSOR, 2010.
Biografia: Dalton Trevisan é um dos melhores contistas brasileiros contemporâneos. Seus contos reproduzem um cotidiano de angústia, numa linguagem direta e popular. Ele é um mestre do conto, autor de narrativas, predominantemente, curtas. Trevisan nasceu em Curitiba (PR), em 14 de junho de 1925. Curitiba é a cidade na qual ambienta a maioria de suas histórias. Formou-se na Faculdade de Direito do Paraná. Em 1945, lança sua primeira coletânea de contos, Sonata ao Luar. Liderou em Curitiba o grupo literário que publicou (de 1946 a 1948) a Revista Joaquim, em homenagem a todos os “Joaquins” do Brasil. O escritor vive até hoje na cidade de Curitiba, onde atua também como advogado e na administração de sua fábrica de objetos de vidro. (PORTAL DO PROFESSOR, 2010).
Trabalhando em grupos
Como você já conhece um
pouco sobre a história, a
origem e as principais
características do Conto
literário, é hora de pôr em
prática o seu conhecimento.
Por isso, junte-se com seus
colegas e responda por
escrito às questões abaixo. Fonte da imagem: Clip-art
1. Qual é a origem do Conto Literário?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. O que caracteriza um texto como Conto Literário?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Escreva duas características que marcam o estilo do texto Conto Literário.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Recorra ao texto da seção ―Vamos conhecer um pouco mais sobre Contos?‖ E escreva
alguma informação que traduza algo sobre a história do gênero Conto Literário.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Quais os contos vocês se lembram de já terem lido?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Vocês sabem, ou conhecem algum escritor que escreve textos desse gênero?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. Já ouviram histórias sobre um escritor que é chamado de "Vampiro de Curitiba"?
Escrevam o nome dele e uma obra importante de sua carreira.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
8. Sabendo que os Contos foram transmitidos inicialmente pela oralidade, por gerações
antigas, escreva qual seria a importância destes escritos naqueles tempos?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Vocês sabem o que significa a palavra conto? Que tal buscarmos no dicionário?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10. Onde se pode encontrar esse gênero? Só em livros, em jornais, em revistas? Onde ele
circula?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Entendendo...
Fonte imagem: Clip-art
O conto ainda é um pouco controverso, mas sabemos que trata-se de uma narrativa curta, linear, que relata fatos de forma concisa e breve. Em geral apresenta-se um acontecimento recortado no tempo e espaço, com a presença dos personagens e narrador, mantendo sempre uma unidade temática. Podemos entender então que o conto é uma forma de visualizar a realidade contemporânea através de um olhar sensível e crítico ao mesmo tempo. A construção desta narrativa é apresentada de diversas formas, algumas vezes como um relato, memória, diálogo, reflexão, trazendo diferentes vozes sociais. A linguagem utilizada em geral é carregada de subjetividade, utilizando os recursos linguísticos e estilísticos estrategicamente para atrair a atenção do leitor. Sendo assim, é uma linguagem sutil e ao mesmo tempo profunda. (KEILA VIEIRA DE LIMA, 2012)
Vamos Aprender!
O CONTO
Fonte imagem: Clip-art
(...) São várias as definições de conto. Para Julio Casares, há três acepções da palavra conto: 1. relato de um acontecimento; 2. narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. fábula que se conta às crianças para diverti-las. Todas as definições têm um ponto em comum: são modos de contar alguma coisa e, enquanto tal são todas narrativas. Para o escritor Elias José, o conto é uma narrativa que pode ser contada oralmente ou por escrito. Pode-se dizer que o ser humano já surgiu contando contos. Tudo o que via, descobria ou pensava dava origem a uma história, que ele aumentava ou modificava usando sua imaginação. Observe com atenção o que nos diz Nádia Gotlib, em seu livro “Teoria do Conto” (2006, p. 12): “O contar (do latim computare) uma história, em princípio oralmente, evolui para o registrar as histórias, por escrito. Mas o contar não é simplesmente um relatar acontecimentos ou ações. Pois relatar implica que o acontecido seja trazido outra vez, isto é: re (outra vez) mais latim (trazido), que vem de fero (eu trago). Por vezes é trazido outra vez por alguém que ou foi testemunha ou teve notícia do acontecido. O conto, no entanto, não se refere só ao acontecido. Não tem compromisso com o evento real. Nele, realidade e ficção não têm limites precisos. Um relato, copia-se; um conto, inventa-se, afirma Raúl Castagnino.”(GOTLIB, 2006, p.12).(PORTAL DO PROFESSOR, 2010)
VAMOS ASSISTIR A MAIS UM VÍDEO!
Agora, você vai assistir a um vídeo que narra
um conto de Oscar Wilde “O amigo dedicado”.
Fonte imagem: Clip-art
1. Escreva um breve comentário sobre a temática do conto de Oscar Wilde assistido no
vídeo.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. Para você, o que é amizade nos dias de hoje?
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3. Existe diferença entre ser amigo e ser colega? Justifique sua resposta.
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Vídeo: O amigo dedicado
Fonte: Youtube. Disponível online em:
< http://www.youtube.com/watch?v=jajggXXNOtg&hd=1> Acesso em 28 ago. 2013 (Parte 1)
Fonte: Youtube. Disponível online em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZQsBvH8LzQg&hd=1> Acesso em 28 ago. 2013 (parte 2)
Curiosidades!
Conto do vigário
Fonte imagem: Clip-art
O conto do vigário aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria com a santa. Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem. Outro fato interessante aconteceu no século XIX em Portugal quando alguns malandros chegavam à cidades desconhecidas e se apresentavam como emissários do vigário. Diziam que tinham uma grande quantia de dinheiro numa mala que estava bem pesada e que precisaria guardá-la para continuar viajando. Diziam que como garantia era necessário que lhes dessem alguma quantia em dinheiro para viajarem tranquilos e assim conseguiam tirar dinheiro dos portugueses facilmente. Dessa forma, até hoje somos vítimas dos contos dos vigários que andam por aí, por isso a dica é, tomar muito cuidado com ajudas e ganhos, para que não caia num Conto do Vigário. (BRASIL ESCOLA).
1. Você já ouviu falar de alguém que ―caiu no conto do vigário‖? Justifique.
_____________________________________________________________________
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2. Escreva o significado de ―cair no conto do vigário‖ na época atual?
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Que tal aprendermos como se organiza um Conto Literário!
CONTOS DE ESCOLA
(Machado de Assis)
A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era
de 1840. Naquele dia - uma segunda-feira, do mês de maio - deixei-me estar
alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar a manhã. Hesitava entre
o morro de S. Diogo e o Campo de Sant'Ana, que não era então esse parque atual,
construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito,
alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o
problema. De repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a
escola. Aqui vai a razão.
Na semana anterior tinha feito dois suetos, e, descoberto o caso, recebi
o pagamento das mãos de meu pai, que me deu uma sova de vara de marmeleiro.
As sovas de meu pai doíam por muito tempo. Era um velho empregado do Arsenal
de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição comercial,
e tinha ânsia de me ver com os elementos mercantis, ler, escrever e contar, para me
meter de caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao
balcão. Ora, foi a lembrança do último castigo que me levou naquela manhã para o
colégio. Não era um menino de virtudes.
Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a
tempo; ele entrou na sala três ou quatro minutos depois. Entrou com o andar
manso do costume, em chinelas de cordovão, com a jaqueta de brim lavada e
desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava-se Policarpo e
tinha perto de cinqüenta anos ou mais. Uma vez sentado, extraiu da jaqueta a
boceta de rapé e o lenço vermelho, pô-los na gaveta; depois relanceou os olhos
pela sala. Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele, tornaram
a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.
−Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho
do mestre.
Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência
tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas
trinta ou cinqüenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o
cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara
doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se
antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco.
−O que é que você quer?
− Logo, respondeu ele com voz trêmula.
Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais
adiantados da escola; mas era. Não digo também que era dos mais inteligentes, por
um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no estilo, mas não tenho outra
convicção. Note-se que não era pálido nem mofino: tinha boas cores e músculos
de ferro. Na lição de escrita, por exemplo, acabava sempre antes de todos, mas
deixava-me estar a recortar narizes no papel ou na tábua, ocupação sem nobreza
nem espiritualidade, mas em todo caso ingênua. Naquele dia foi a mesma coisa;
tão depressa acabei, como entrei a reproduzir o nariz do mestre, dando-lhe cinco
ou seis atitudes diferentes, das quais recordo a interrogativa, a admirativa, a
dubitativa e a cogitativa. Não lhes punha esses nomes, pobre estudante de
primeiras letras que era; mas, instintivamente, dava-lhes essas expressões. Os
outros foram acabando; não tive remédio senão acabar também, entregar a escrita,
e voltar para o meu lugar.
Com franqueza, estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso,
ardia por andar lá fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros
meninos vadios, o Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do
bairro e do gênero humano. Para cúmulo de desespero, vi através das vidraças da
escola, no claro azul do céu, por cima do morro do Livramento, um papagaio de
papel, alto e largo, preso de uma corda imensa, que bojava no ar, uma coisa
soberba. E eu na escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a
O Conto tem um só conflito
Escritor do Conto
O drama reside nas pessoas
Título do Conto
Poucas personagens
gramática nos joelhos. - Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo. −Não diga isso, murmurou ele.
Olhei para ele; estava mais pálido. Então lembrou-me outra vez que
queria pedir-me alguma coisa, e perguntei-lhe o que era. Raimundo estremeceu de
novo, e, rápido, disse-me que esperasse um pouco; era uma coisa particular.
−Seu Pilar... murmurou ele daí a alguns minutos.
−Que é?
−Você...
−Você quê?
Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes,
o Curvelo, olhava para ele, desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa
circunstância, pediu alguns minutos mais de espera. Confesso que começava a
arder de curiosidade. Olhei para o Curvelo, e vi que parecia atento; podia ser uma
simples curiosidade vaga, natural indiscrição; mas podia ser também alguma coisa
entre eles. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze anos, era mais
velho que nós.Que me quereria o Raimundo? Continuei inquieto, remexendo-me
muito, falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que era, que ninguém
cuidava dele nem de mim. Ou então, de tarde...
−De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde.
−Então agora...
− Papai está olhando.
Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho,
buscava-o muitas vezes com os olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós
também éramos finos; metemos o nariz no livro, e continuamos a ler. Afinal
cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar, mastigando as
idéias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência, e que
era grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca
pude averiguar esse ponto. O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E
essa lá estava, pendurada do portal da janela, à direita, com os seus cinco olhos do
diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas
dominassem nele a ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao
menos, pareceu-me que lia as folhas com muito interesse; levantava os olhos de
quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo aos jornais, e lia a
valer.
(...) Em casa não contei nada, é claro; mas para explicar as mãos inchadas,
menti a minha mãe, disse-lhe que não tinha sabido a lição. Dormi nessa noite,
mandando ao diabo os dois meninos, tanto o da denúncia como o da moeda. E
sonhei com a moeda; sonhei que, ao tornar à escola, no dia seguinte, dera com ela
na rua, e a apanhara, sem medo nem escrúpulos...
De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moeda fez-me vestir depressa. O
dia estava esplêndido, um dia de maio, sol magnífico, ar brando, sem contar as
calças novas que minha mãe me deu, por sinal que eram amarelas. Tudo isso, e a
pratinha... Saí de casa, como se fosse trepar ao trono de Jerusalém. Piquei o passo
para que ninguém chegasse antes de mim à escola; ainda assim não andei tão
depressa que amarrotasse as calças. Não, que elas eram bonitas! Mirava-as, fugia
aos encontros, ao lixo da rua... Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à
frente, rufando. Não podia ouvir isto quieto. Os soldados vinham batendo o pé
rápido, igual, direita, esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, e
foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tive ímpeto de ir atrás deles. Já
lhes disse: o dia estava lindo, e depois o tambor... Olhei para um e outro lado;
afinal, não sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, creio que
cantarolando alguma coisa: Rato na casaca... Não fui à escola, acompanhei os
fuzileiros, depois enfiei pela Saúde, e acabei a manhã na Praia da Gamboa. Voltei
para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem ressentimento
na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que
me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação; mas o
diabo do tambor...
Fonte do texto: Domínio Público.
(grifos meus)
Apresenta discurso direto
O diálogo é um dos componentes mais importantes do conto
O Final enigmático/ surpreendente
Apresenta discurso indireto
Agora que você conhece um pouco mais da
estrutura do texto Conto Literário, responda
às questões propostas abaixo:
Fonte imagem: Clip-art
1. Você já leu textos com esse formato? Onde esses textos são encontrados com mais
facilidade?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. Além do título, quais são os outros dos componentes de um Conto Literário?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Escreva, com suas palavras, uma definição de Conto Literário.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Quais as principais características desse gênero textual?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Qual é o público-alvo desse gênero textual?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
_____________________________________________________________________
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Compreendendo o Texto
Agora é o momento de você ler um conto literário: A primeira
só de Marina Colasanti.
Saiba Mais...
MARINA COLASANTI Figura 2: Marina Colasanti
Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti. Colabora, também, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
Fonte: Secretaria do Estado da Educação.
Fonte: Site Releitura
Palavras ...Desconhecidas!
1. Relacione as palavras do texto aos seus significados.
(a )desfeitos
(b) canhota
A Primeira só (Marina Colasanti) Fonte: contosdetodomundo. Disponível online em: <http://contosdetodomundo.blogspot.com.br/2005/06/primeira-s.html> Acesso em 19 ago. 2013.
(c) estilhaçou
(d) prado
(e) encrespou –se
(f) superfície
( ) Destruído; desmanchado; que mudou de forma; transfigurado.
( ) Parte externa de um corpo: a superfície da terra
( ) Irritar-se, alterar-se, indignar-se: não se encrespem por tão pouco.
( ) Que habitualmente se serve da mão esquerda em lugar da direita.
( ) Terreno coberto de plantas herbáceas que servem para pastagem.
( ) Partir em pedaços, quebrar.
2. Que outro título você daria ao texto? Por quê?
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3. Esse texto é um conto literário, portanto, busque nele os elementos que compõem esse
gênero textual:
a)Narrador:____________________________________________________________
b)Personagens:__________________________________________________________
4. A quem é dirigido esse tipo de texto? Quem são as/os possíveis leitores/as do texto?
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5. Recorra à seção ―Que tal aprendermos como se organiza um Conto Literário!‖ e
escreva algumas características que faz com que esse texto seja um Conto Literário?
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6. Quais as personagens principais do texto? Escreva-as e anote as características físicas e
psicológicas de cada uma delas.
Personagens Características Físicas Características Psicológicas
7. No conto percebe-se que a princesa, filha do rei, era muito triste. Qual era o motivo de
tamanha tristeza? O que ela queria?
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8. Qual foi a atitude do rei ao ver a filha triste? O que você achou dessa atitude?
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9. Qual era a grande farsa que acompanhava a princesa quando ela brincava?
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10. Delimite o tempo da história.
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11. Explique o desfecho da história.
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12. Contemporâneo é o tempo atual. Nesse caso, você considera esse conto como
contemporâneo? Explique o porquê a partir do contexto do texto e de sua temática.
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13. O narrador participa ou não da história? Retire um trecho do texto, para comprovar
sua resposta.
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14. Em que lugar acontece o enredo? Retire um trecho do texto, para comprovar sua
resposta.
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15. E para você é importante ter amigos? Justifique sua resposta. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
Dê uma olhada...
Figura 3: Curiosidades sobre a leitura
Fonte: Estrategiaeexcelencia.
Vamos assistir a uma animação!
Pessoal, este vídeo mostra uma releitura do
conto Uma Galinha, de Clarice Lispector.
Fonte: Clip-art
1. Escreva sobre a temática abordada no vídeo.
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Saiba Mais... Figura 4: Clarice Lispector
Fonte: Klickescritores
Uma galinha Fonte: Youtube. Disponível online em: <http://www.youtube.com/watch?v=OFguEGJ5bww&hd=1> Acesso em 29 ago. 2013
CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector, escritora pós-moderna, nasceu em Tchetchenillk - Ucrânia, no ano de
1925. Começou a escrever contos logo que foi alfabetizada. Entre muitas leituras,
ingressou no curso de direito, formou-se e começou a colaborar em jornais cariocas. Sua
primeira obra: Perto do coração selvagem. A moça de 19 anos assistiu à perplexidade nos
leitores e na crítica e a repercussão de um estilo "muito diferente" para a época.
Fonte: Secretaria do Estado da Educação.
Compreendendo o Texto
Agora, vamos ler outro conto literário: Uma amizade sincera
de Clarice Lispector.
Pessoal, agora é hora de resolver as
questões abaixo com bastante atenção,
retorne ao texto sempre que for necessário.
Fonte imagem: Clip-art
1- O texto apresenta algumas características específicas, como: poucas personagens, uma
única trama, tempo e espaço reduzido; Então podemos considerá-lo do Gênero:
( ) receita ( ) reportagem ( ) conto ( ) propaganda
2- O gênero provém de uma esfera social, ou seja, ele é produzido a partir da interação
verbal (oral ou escrita) entre as pessoas que exercem uma mesma atividade com a
linguagem. Então, assinale a alternativa que indica a esfera a que pertence o texto ―Uma
Amizade Sincera‖ de Clarice Lispector.
Uma amizade sincera (Clarice Lispector)
Fonte: claricelispector.blogspot. Disponível online em:
< http://claricelispector.blogspot.com.br/2008/07/uma-amizade-sincera.html> Acesso em
04 set. 2013
( ) esfera publicitária ( ) esfera literária ( ) esfera jurídica
3- O autor, ao escrever o Conto, pensou em quem iria lê-lo, ou seja, em seus
interlocutores. Para quem você acha que o Conto foi produzido?
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4-. Identifique qual é o assunto desse Conto? Explique com suas palavras.
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5- Contemporâneo é o tempo atual. Nesse caso, você considera esse Conto como
contemporâneo? Explique o porquê a partir do contexto do texto e de sua temática.
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6- Retorne ao texto observando a estrutura textual e escreva:
a) Título: ______________________________________________________________
b) Quantos parágrafos compõem esse Conto: __________________________________
c) O narrador participa ou não da história? Retire um trecho do texto, para comprovar
sua resposta: __________________________________________________________.
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d) Escreva o nome das personagens: ________________________________________
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7- Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda:
a) Qual é o gênero textual?
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b) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
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c) Quais são as principais características?
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d) Qual é o público-alvo desse texto?
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8- Qual é o tema e o assunto do texto?
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9- Onde e quando acontece a história e como o autor descreve o cenário?
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10- Explique o desfecho da história.
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11. Esse conto traz ensinamentos. Em sua opinião, quais?
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12. Como você escolhe seus amigos? Justifique sua resposta.
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13. Há pertinência entre o título e as ações ocorridas na história? Justifique.
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14. Pesquise na internet outros contos de Clarice Lispector.
Agora é com Você!
Produção Inicial! De acordo com a explicação e
ajuda de seu professor elabore um Conto
Literário, sobre o tema “Amizade”. Não se esqueça
do título!Vamos lá!
Fonte imagem: Clip-art
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Compreendendo a Linguagem
Os discursos são fundamentais
na estrutura de um Conto
Literário. Logo, é necessário
aprender um pouco mais sobre
eles. Vamos lá!
Fonte da imagem: Clip-art
Discurso direto e indireto: As falas de um personagem Em uma narrativa, o narrador pode apresentar a fala das personagens através do discurso direto ou do discurso indireto. No discurso direto, conhecemos a personagem através de suas próprias palavras. Para construir o discurso direto, usamos o travessão e certos verbos especiais, que chamamos de verbos "de dizer" ou verbos dicendi. São exemplo de verbos dicendi os verbos falar, dizer, responder, retrucar, indagar, declarar, exclamar e assim por diante. Na seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, ficamos sabendo do sofrimento e da rudeza de Fabiano, o protagonista, através da forma como ele se dirige ao filho. “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se”. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. - Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai." No discurso indireto, o narrador "conta" o que a personagem disse. Conhecemos suas palavras indiretamente. A passagem mencionada acima ficaria assim: "O pai gritou-lhe que andasse, chamando-o de condenado do diabo”.
Há ainda, uma terceira forma de conhecer o que as personagens dizem. É o discurso indireto livre. Nesse caso o narrador passa do discurso indireto para o direto sem usar nenhum verbo dicendi ou travessão. Por exemplo, numa outra passagem de Vidas Secas, o narrador usa o discurso indireto livre para caracterizar a personagem de seu Tomé: "Seu Tomé da bolandeira falava bem, estragava os olhos em cima de jornais e livros, mas não sabia mandar: pedia. Esquisitice de um homem remediado ser cortês. Até o povo censurava aquelas maneiras. Mas todos obedeciam a ele. Ah! Quem disse que não obedeciam?" Podemos observar que a última reflexão não é do narrador, e sim da personagem, pensando sobre a questão. (HEIDI STRECKER, 2007).
Compreendendo o Texto
Pessoal, agora faça a leitura do texto Um Apólogo de Machado
de Assis.
Um Apólogo (Machado de Assis)
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? — Deixe-me, senhora. — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. — Mas você é orgulhosa. — Decerto que sou. — Mas por quê? — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando... — Também os batedores vão adiante do imperador. — Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima. A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: — Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Fonte: Machado de Assis
Saiba Mais...
Figura 5: Machado de Assis
MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21
de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro
de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado um
dos mais importantes nomes da literatura. Realista,
retratou as contradições da sociedade carioca do final
do século XIX.
Fonte: Secretaria do Estado da Educação.
Fonte: Autores e Livros
Pessoal, agora é hora de resolver as questões
abaixo! Vamos lá!
Fonte: Clip-art
1. Pesquise o significado da palavra Apólogo e depois justifique o título do texto.
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2- Que outro título você daria ao texto? Por quê?
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3. Quais são as personagens presentes no texto?
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4. Trace o perfil do caráter da agulha e da linha.
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5. Onde se passou a história?
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6. O texto nos dá algumas pistas para que possamos nos situar em um momento histórico
específico narrado pelo autor. Qual seriam essas pistas e esse momento?
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7. Quando acontece o início do conflito na história?
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8. Que outro final você daria ao texto? Escreva-o.
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9. Qual a idéia principal que se pode extrair do texto?
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10. Na vida de cada ser humano quais os cuidados que devem ser tomados na convivência
em sociedade?
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11. Os textos do gênero conto, no decorrer de sua narrativa, sempre estão ligados a alguma temática do cotidiano. Identifique qual é o assunto desse conto. _____________________________________________________________________
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12. Que tipo de vocabulário é utilizado: formal ou informal? Existem palavras
excessivamente formais ou informais? Cite algumas palavras que comprovem sua
resposta.
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13. Existem palavras ideologicamente controvertidas? Qual(ais), explique-as.
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14. Explique: ―Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!‖.
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15. Como você avalia a atitude da Linha, no conto?
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16. Qual é o conflito gerador do enredo? _____________________________________________________________________
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17. Releia o trecho e reescreva a onomatopeia que ocorre: ―E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic plic-plic da agulha no pano.‖
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18. Depois de ler o texto, o que podemos inferir sobre a atitude da linha? _____________________________________________________________________
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Pessoal, retorne ao início “Compreendendo a
Linguagem” e resolva, atenciosamente, cada
atividade proposta! Vamos lá!
Fonte: Clip-art
1. O fragmento do texto abaixo apresenta um discurso direto ou indireto? Justifique a sua
resposta:
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2. Qual dos fragmentos abaixo apresenta a voz do narrador no texto, justifique a sua
escolha:
Fragmento A
Fragmento B
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— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama,
quem é que os cose, senão eu?
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.
— Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa,
fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com
ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
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3. Qual é o tempo verbal usado no discurso direto? Comprove com alguns fragmentos do texto.
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4. Qual é o tempo verbal usado pelo narrador? Comprove com alguns fragmentos do texto.
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5. As orações estão no modo indicativo, imperativo ou subjuntivo? Qual é o efeito do modo para
a mensagem? Escrever exemplos.
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6. Existem períodos simples ou compostos no texto? Escreva exemplos.
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Momento de Avaliação
Produção Final! Agora que você já estudou,
conhece o gênero Conto Literário, vamos
colocar em prática o que aprendeu. Você será
o escritor, sua obra será lida pelos colegas
de sala, depois irá circular na comunidade
escolar e ainda, você poderá fazer uma
doação do seu trabalho para a biblioteca.
Para isso, é necessário planejar sua história, Fonte: Clip-art
você deve criar personagens de acordo com a sua criatividade.
Vamos sugerir duas propostas para que você escolha uma
delas. Não se esqueça do título! Mãos a obra!
1ª Proposta
Retornar ao conto produzido no início, corrigir e reescrevê-
lo novamente no espaço abaixo.
2ª Proposta
Elaborar um novo conto literário sobre a amizade, corrigir e
escrevê-lo no espaço abaixo.
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Professor, este trabalho segue a estrutura de uma Sequencia Didática.
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas
para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os
objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas
envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação. Utilizamos as sequências
didáticas em Língua Portuguesa para ensinar os alunos a dominar um gênero textual
de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor
pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos
exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar
aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final. Outra vantagem
desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são
trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende. Para realizar
as sequências didáticas é preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se
quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse
gênero. Isso é necessário para que seja organizada de tal maneira que não fique
nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios,
nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se
com as atividades. Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de
atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e
auxiliar uns aos outros.
Para organizar o trabalho com o gênero textual Conto Literário em sala de aula,
sugerimos a seguinte sequência didática dividida pedagogicamente em três blocos:
BLOCO 1
Professor, este bloco verificará a capacidade de ação do aluno. É o momento em
que nos mobilizamos para tomarmos consciência do gênero textual Contos
Literários. Neste primeiro momento sugere-se fazer uma sondagem por meio de
perguntas sobre o gênero no intuito de verificar o conhecimento prévio sobre o que
os alunos conhecem a respeito desse gênero. As questões serão discutidas
verificando o nível de conhecimento, oportunidade em que professor poderá
acrescentar outros conhecimentos aos que os alunos já possuem.
. Para iniciar o tema “Contos Literários” é necessário verificar o que o aluno já sabe
a respeito do gênero em questão.
Nessa sondagem, serão trabalhadas questões orais, para as quais os alunos
utilizarão respostas curtas e simples, podendo pesquisar, refletir, discutir e opinar. É
o momento de ler para os alunos, despertando o interesse pelo gênero Conto
Literário.
BLOCO 2
Professor, nesta parte do material o objetivo é desenvolver a capacidade discursiva
do aluno. Nesta seção cabe ao professor tratar da organização geral do texto, ou
seja, de que forma o gênero está organizado. Sugerimos um trabalho com os alunos
que explore a estrutura do gênero Contos Literários, apontamos aqui alguns
encaminhamentos metodológicos que o professor poderá utilizar em suas aulas.
Neste momento, explore com os alunos o gênero textual Conto Literário, mostrando-
lhes como se organiza, quais os elementos estruturais, etc. É importante que os
alunos conheçam a composição e o formato desse gênero.
Por motivo de direito autoral, não foi possível reproduzir os textos, sugerimos ao
professor a consulta online para desenvolver as atividades aqui propostas. Antes da
leitura do texto, o professor introduz as estratégias para ativar os conhecimentos
prévios, levantando hipóteses e criando expectativas a respeito do título do conto:
Ao ler o título, sobre o que você imagina que o conto vai tratar? Qual o enredo?
Quantos personagens você acha que o conto terá? Haverá personagem masculino?
Em seguida, o professor distribuirá o texto aos alunos e todos farão a leitura
silenciosa. Após a leitura, o professor fará o direcionamento e a mediação das
questões abaixo, dando oportunidade para manifestação da opinião e indagações.
1) De que trata o texto?
2) O que você esperava encontrar nesse texto se confirmou?
3) Qual a ideia principal do texto?
BLOCO 3
Professor, nesta etapa é necessário abordar a capacidade linguística-discursiva do
aluno. Essa capacidade refere-se ao vocabulário e estruturas linguísticas adequadas
para o gênero em questão. Sugerimos que o professor aborde com seus alunos o
Conto Literário e depois, por meio de exercícios, dos discursos: direto e indireto,
para a prática dos mesmos. É importante que o aluno já tenha discutido e analisado
os conceitos presentes nos textos para que tenha claro em seus pensamentos a
estrutura do gênero Conto Literário. Desse modo, o aluno deverá estar pronto a
produzir seu próprio texto com desenvoltura e confiança. Após a produção textual,
haverá a socialização dos textos em sala de aula. A reescrita também é importante
para que o aluno observe a coerência do seu texto e busque a correção. Após essa
reelaboração do texto produzido pelos alunos, sugere-se que possam divulgá-los
através de uma coletânea de Contos na escola.
REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado de. Um Apólogo. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000231.pdf> Acesso em 15 ago.2013.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
_______. Marxismo e filosofia da linguagem. 9. ed. São Paulo: Hicitec, 1999. BRASIL, Ministério da Educação – MEC. Estudo do conto “Apelo” de Dalton Trevisan. Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19005> Acesso em: 29 out. 2013.
_______. Compondo o conto. Autoria: Keila Vieira de Lima. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=42887> Acesso em: 29 nov. 2013.
_______. A descoberta do conto: uma vela para Dario (Categorias Literárias), (áudio - MP3). Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2712/A%20Descoberta%20do%20Conto.%20uma%20vela%20para%20Dario.mp3?sequence=1>Acesso em: 29 nov. 2013.
_______. A descoberta do conto: Apelo (Categorias Literárias), (áudio - MP3). Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2542/A%20Descoberta%20do%20Conto.%20apelo.mp3?sequence=1> Acesso em: 04 dez. 2013.
_______. Contos. Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24189> Acesso em: 29 out.2013.
_______. Introdução ao estudo do conto literário. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19003> Acesso em: 30 out. 2013.
_______. O conto. Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19003> Acesso em: 02 dez. 2013.
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