Os Deuses Negros No Brasil

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tEXTO REFERIDOA LA ESPIRITUALIDAD DE LOS NEGROS TRAIDOS A BRASIL HACE ESPECIAL ENFACIS EN LOS BANTU ANGOLA - CONGO SIN DEJAR DE LADO LAS PRACTICAS YORUBAS.EXTRAIDO DE EL LIBRO Ache e Mandinga de Baba Oberefun Si Okokumide

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OS DEUSES NEGROS NO BRASIL Como j dissemos, foi para a Pajelana e o Catimb, cultos basicamente indgenas mas j miscigenados com elementos cristos e catlicos, que entrou o Negro ou o seu descendente, especialmente no Nordeste e se eles eram de origem Bantu, por encontrar nos acima citados cultos cerimnias at certo ponto bem anlogas s de seus antepassados africanos. Os negros bantos-congoleses aceitaram esta nova religio, sobretudo, em termos de "culto aos mortos", pois os Pajs e os Catimbozeiros, atravs dos Maracs e das Cunhs, dos Encantados, do Petun e da Jurema, qui agora da Diamba introduzida pelos africanos, comunicavam-se com o Alm, ou seja, o lugar mstico e/ou mtico em que os brancos, os ndios, os negros e os mestios de todos, igualmente situavam a existncia de seus antepassados. Sobre isso, diz-nos Roger Bastide (1971) : -"O bantu, passando Amrica, deixou atrs de si, alm de seu territrio, os espritos que o povoavam ... E chegando a uma nova terra que estava, ela tambm povoada de espritos, devia ao mesmo tempo que era obrigado a aceitar o novo territrio em que devia viver, aceitar tambm forosamente o seu duplo espiritual. Que as coisa assim se passaram, no quero por testemunho seno s prprias afirmaes dos Negros do Catimb : Agora somos brasileiros. Devemos adorar os deuses da nova ptria." Depois, medida que mais e mais negros de origem Bantu, sobretudo Congo e Angola alforriavam-se e reagrupavam-se na periferia das maiores cidades da poca, eles mantiveram as partes dos rituais de seus antepassados que conseguiam por em prtica dentro dos limites estreitos da escravido, criando os primeiros Candombes, que uma palavra de origem Bantu e no Iorub, significando no Brasil, "instrumento de percusso" e/ou "lugar de danas de negros" e, por extenso, "lugar de terra batida por ps" ou "terreiro" onde praticavam seus cultos religiosos, os quais, sob a forma de cantos e danas - o Batuque - eram permitidos e at incentivados pelas autoridades na tentativa de contrapor-se ao "Banzo", tristeza depressiva que freqentemente levava o escravo Banto morte pelo suicdio e, tambm, para que tais manifestaes que consideravam apenas ldicas acirrassem as diferena s "tribais" entre as diversas variaes tnicas africanas aqui escravizadas (Congo, Angola, Mina, Grunci, Galindas, etc). Mas, obtida a permisso de seus "senhores" para realizar tais "reunies", os Bantos nelas inseriram as prticas religiosas para seus "M'inkisi" (plural de N'kisi que em lngua portuguesa gerou o termo "Inkices"), divindades equivalentes aos posteriores "Orixs" Sudaneses, acobertando-as com um mimetismo das prticas religiosas dos cristos, mas incorporando, assim, o "poder mstico" dos Santos Catlicos que mais se aparentavam com suas prticas religiosas africanas.

E tambm enganaram-se as autoridades ao pensarem que o Candombe ou Batuque poderia atiar as velhas rivalidades tribais existentes desde a frica. Ao contrrio, desde os seus primrdios, estes Candombes incorporaram muitos dos Catimbs j mais africanizados, levando assim para o seu interior o sincretismo religioso catlicoindgena que j se revelara til como artifcio de camuflagem para a celebrao pblica de suas reais prticas religiosas. Tornaram-se, tambm, as sementes dos futuros "Candombls de Nao" que surgiriam mais tarde, pois, a partir do incio do sculo XIX, quando a entrada macia e em curto perodo de tempo de negros de origem sudanesa na Bahia e no Rio de Janeiro, suplantando todas as outras etnias, comeou a crescer e evidenciar-se o prestgio ritualstico e litrgico dos cultos religiosos sudaneses Iorubs ou Ngs, os quais interpenetraram e reinterpretaram os existentes Candombes de origem Bantu e, finalmente, impuseram-se, nas regies prximas s cidades de Salvador (BA), Recife (PE) e Rio de Janeiro (DF) , por sobre todas as formas de culto em que participassem majoritariamente o Negro e seus descendentes. Que assim se passou, diz-nos Pierre Verger (1971) : -"A palavra Candombl, que designa na Bahia as religies africanas em geral de origem Bantu. provvel que as influncias das religies vindas de regies da frica situadas nas imediaes do Equador no se limitem apenas ao nome das cerimnias, mas tenham dado aos cultos gges e ngs, na Bahia, uma forma que os diferencia, em certos pontos, dessas mesmas manifestaes na frica." Aportado ao Brasil muito tempo depois (fins do Sc. XVIII), o conhecimento espiritual dos descendentes da Nao Africana Sudanesa Yoruba tambm adotou a proteo da prtica do Candombe, reunindo os seus "Santos de Fora" aos "Santos de Dentro" num s lugar de culto: o "Terreiro-li-ese-orisa". Mas, diferentemente dos Bantos, os Nags Sudaneses usaram o sincretismo religioso de seus "Awon Orisa" (plural de "Orisa" que em nossa lngua gerou o termo "Orixs"), com os Santos Catlicos apenas como uma "fachada" ritualstica, j que isto oferecia uma certa proteo contra o abuso de autoridades de ento. Assim sendo, com o passar de mais de um sculo, esta nova ritualstica dos descendentes da "Nao Yoruba", escravizados no Brasil, em vez de ser antagonizada pelas outras etnias negras, comeou a servir de modelo e fundente ao anterior conhecimento espiritual da "Nao Banto" (Congo e Angola), dando origem aos Cultos Afro-Brasileiros conhecidos partir de ento sob a denominao genrica de "Terreiros de Candombl", fossem qual fossem as suas origens. E j no final do sculo XIX, os cultos de origens Naes Bantu, Congo e Angola e, tambm, os cultos de origens indgenas, nas regies da Bahia e Pernambuco, estavam submetidos s normas ritualsticas do Candombl de Nao Sudanesa, mas no especificamente no restante do pas, pois que s esta Nao Sudanesa conseguia revigorar sua crena atravs do animado trfego comercial martimo que se criou entre Salvador (Brasil) e Lagos (Onin - Nigria) no incio do sculo XIX.

Recentemente, de uns trinta anos para c e j passada a necessidade do sincretismo religioso para sua sobrevivncia, os Candombls de Nao Sudanesa comeam a reverter a tendncia de simbiose com os outros cultos ao fecharem questo sobre a primazia de suas razes tnicas sobre todas as outras, tornando-se assim uma religio exclusiva de um grupo tnico negro definido, isto , Sudans, mesmo quando o culto praticado por negros de outras etnias, brancos, ndios e mestios de todos os matizes, tornando-se finalmente a celebrao da memria coletiva africana sudanesa em solo brasileiro e que hoje rejeitam com veemncia o sincretismo religioso que outrora praticaram para sobreviver. Como resultado desta inconteste hegemonia Sudanesa (Ijx, Ktu, y, If e Benin enfim, Ng) e sua posterior rejeio s outras correntes religiosas negras, surgiram os Candombl de Nao Bantu e Angola que, por sua vez, expeliram de seu meio o elemento indgena que veio ento a dar origem ao Candombl de Caboclo e ao Omloc. Mas, esta anterior mixagem e/ou mimetismo de ritualsticas aparentemente semelhantes aos olhos da sociedade escravocrata brasileira, escondia diferenas profundas de Teogonia e Liturgia entre elas, as quais torna-se-iam mais evidentes quando cessou a perseguio mdico-sanitarista e policial contra elas, mas j ento a Ritualstica de origem Sudanesa, bem ou mal, havia sobrepujado todas as de outras origens. E, como a etnia sudanesa conseguisse manter contato efetivo com suas origens africanas, atravs de animado trfego martmo entre Salvador e Lagos, cessada a necessidade da proteo do aparente sincretismo religioso, essa hegemonia ritualstica iorub sobre todas as outras ritualstica fez com que os ritos de origem sudanesa se separassem definitivamente dos demais. Desta forma, a instituio do Candombl ainda hoje apresenta ntidas separaes quanto s suas origens: O Candombl de Nao Sudanesa, o Candombl de Nao Angola e o Candombl de Caboclo. Tendo alertado para estas reais diferenas existentes, prprias cada "Nao", vamos adiante dissertar sucintamente sobre as "figuras", agora genricas, do Orixs no "panorama", agora tambm genrico, dos "Terreiros de Candombl", sem nenhuma ordem de grandeza especial, remarcando apenas as datas em que costumam hoje serem festejados. No vamos aqui entrar em maiores detalhes sobre cada um deles, uma vez que tais detalhes so matria restrita aos Cultos Afro-brasileiros e caber aos ritualstas de cada "Nao", separar os "conceitos particulares" de seus Orisa, Vodun e Inkice. Aos leitores, cabe-nos lembrar ainda que se as nossas anotaes parecerem demasiadamente sucintas porque elas representam uma viso geral "desde fora" e conhecimentos mais completos e profundos s podem ser adquiridos atravs da "Iniciao" que cada Babalawo e/ou Iyalorisa, Tata de Inkice e/ou Mameto de

Inkice, os/as Vodunsi sabem ensinar e transmitir: lamento, mas no se trata aqui de fornecer "iniciao" virtual. OS ORIX NOS CANDOMBLS DE NAO ADAPTADOS EM TERRAS BRASILEIRAS OSSANYIN (Data festiva : 12 de Janeiro) o Orix das folhas e ervas, o protetor dos mdicos em geral. Tem estreitas relaes com o Ara Orun Imole Esu, por essa razo cultuado ao ar livre e em cima das rvores. representado por um pssaro. No rito Angola o Inquice Catende, no rito Jeje Ague. Seu dia da semana a tera-feira. costume dizer-se que existem apenas duas qualidades desse Orisa, as quais, por uma questo de fundamento no devemos ou podemos sequer cit-las. Sua saudao no Brasil : "Eu, eu" !!! OXOSSI (Data festiva : 20 de janeiro) o Orix das Matas em geral, devotado amigo de Ogum, seu irmo mais velho. Representa o "mdico naturalista", com suas folhas, ervas e razes - fonte de sade. sincretizado em So Jorge e So Sebastio. o patrono dos animais selvagens. Suas cores so verde e azul claro. Quando manifestado em seus "filhos-de-f", dana com elegncia e masculinidade. Traz nas mos o ofa; usa na cabea o ode, de couro ou de penas; carrega no matulo (sacola) as caas j abatidas; na cinta traz a cabaa (cantil); nas costas a atiradeira (espingarda). No rito Jeje Azaca e no rito Angola Matacalombo e Congambira. costume dizer-se que existe apenas uma qualidade desse Orisa, todavia pesquisamos vrias outras: Ode, Otin, Inle, Ibualama e Logunede (filho de Inle e Osum). &nbs p;Sua comida votiva so as caas em geral, mas o axoxo e o tatu so consideradas as mais fortes. Sua ferramenta o damata em ferro. considerado o rei da cidade de Ketu; Suas cores so verde e azul claro. Sua saudao no Brasil :"Oke, Ode koke maior ! Oke aro"!!! IEMOJA (Data festiva : 02 de fevereiro) a Iya-mi (Senhora minha) da grande prole, a divindade do Rio Ogum, na frica, que vive no Mar com sua me Okun. Pode ser representada por uma senhora idosa (Ogunte) ou por uma linda jovem (Soba). Em geral vestem-se de azul e branco, mas usam, tambm, o rosa e o vermelho. Trazem nas mos o abebe (leque de metal prateado); na cabea usam o ade (franjas de contas) cobrindo-lhes os rostos; usam o (colar) fios de contas brancas e transparentes; usam pulseiras de metal branco. Sua comida considerada forte a "galinha-de-Angola". No rito Jeje Abe, representada pela Estrela Guia; no rito Angola Dandalunda ou Quissimbe. costume dizer-se que existem 7 qualidades dessa Iya-mi, porm destacam os: Surue, Ainum e Ogunte. sincretizada em Nossa Senhora da Glria, Nossa Senhora das Candeias e Nossa

Senhora da Conceio; por isso tambm, comemorada em 15 de agosto e 8 de dezembro. Sua saudao no Brasil :"Odoya" !!! OGUM (Data festiva : 23 de abril) Ogum o Orix Guerreiro, patrono da metalurgia e dos ferreiros em geral. Seu dia a quinta-feira. o Orixa da forja, do vinho de palma, do mariwo, da virilidade, das misses julgadas impossveis. o guerreiro que dana com elegncia de um lutador de esgrima. a divindade do ar livre, por isso sua "ota" (pedra-de-assentamento) assentada fora do Barraco. sincretizado em So Jorge e So Sebastio. costume dizer-se que existem 7 (sete) cls de Ogum, sendo as formas mais conhecidas: Lebede ou Ogum-de-Le (o jovem), Meje (o stimo e o velho), Obefaram, Mika, Ogunfa (mora com Ososi e Esu), Xoroque (vive nos portes e nas estradas com Esu). Suas ferramentas so: espada, faco, foice e enxada. Suas cores so: marrom, branco, azul, vermelho e amarelo. Suas ervas mais conhecidas so: o pereg um, dracema vermelho, losna, aroeira e mangueira. Sua saudao no Brasil : "Patakori, Ogum iye" !!! EX (Data festiva : 13 de Junho) Alguns veneram-no como a um "Orix" (h controvrsias semnticas), considerando-o irmo de Ogum e Oxossi, filho de Iemonja. Seu ritual especfico o Ipade e a sua oferenda o Ebo. costume dizer-se que existem 16 cls desse Ara Orun Imole, e vrias qualidades, como: Ajikonoro (o compadre), Legba (de Omulu) Lalu (de Osala, Iemoja e Osum), Bara ou do Corpo (o velho), Bori (de Sango), Afefe (de Iansan), Ogum ou de Ferro (de Ogum), Alafia (da satisfao), Alaketu, Lon Bii, Elekenae, Ajalu, Tiriri, Vira ( feminino), Tamentau, Rum Danto, Aluvaia, Paran, Marambo, Bombom-Ngera, Sinza Muzila, Lonan, Gikete e < b>Jubiab. Nossa saudao ao "So" Tiriri! Conta a tradio: Olorum deu a Oxal o domnio da Ordem e a If a comunicao entre os Homens e os Orixs, atravs dos Odus Ifs transportados e vigiados por Ex, ligando assim os dois extremos das variaes espirituais. Por isso, Ex o Mensageiro Divino; o nmero de Exu atribudos para acompanhar cada Orix varivel: Omulu=25, Nanan=31, Iansan=25, Ogum=21 e If=16 que correspondem aos 16 Odu Agba do Opele If. Mas, na verdade, so raros os "filhos-de-f" que tm "carrgo" de Ex nos Candombls Sudaneses e, os citados abaixo, so todos falecidos: Maria do Mar Grande (Ilha de Itaparica-Ba); o irmo de Pulquria do Gantois (em Salvador-Ba); Jlia do Lngua de Vaca e Sofia do Tumba Junara (em Salvador-Ba). Sua saudao no Brasil :"Laroye, Esu" !!! NANAN (Data festiva : 26 de Julho)

Registram-se ser todas as Nanan de origem Jeje; donas das tempestades, do lamaal e dos pntanos; senhoras donas do Portal da Vida e da Morte. Seus elementos so: terra e gua. Seus "filhos-de-f" so supostamente longevos, pois esta Yaba considerada a mais antiga do Panteon Afro. Registram-se 31 qualidades desta Yami Nla (Grande Me), sendo as mais conhecidas: Nene Adjaosi, Sussure e Buruku. Sua saudao no Brasil : "Saluba aiye, Nanan" !!! OBALUAIYE (Data festiva : 16 de Agosto) Significa o "Dono da Terra da Vida", o Mdico dos pobres, o Senhor dos Cemitrios. Registram-se, no Candombl, 12 qualidades sendo a mais conhecida Omolu (o Velho). Cultuam-se Obaluaiye (o Moo) e Omolu (o Velho). sincretizado em So Roque e So Lzaro. Sua saudao no Brasil : "Iatoto Baba"!!! IBEJI (Data festiva : 27 de Setembro) O Orix Duplo, ou seja, os Gmeos Sagrados Kehinde e Taiwo so os Orixs Gmeos da Abundncia, da Felicidade e Protetores da Infncia. Representado por Vungi, o regente da infncia e da adolescncia. sempre um duplo, um gmeo. Seu elemento o Ar. As cores so: rosa, branco, azul-claro, verde-claro, lils e cinza. Seus metais so: o bronze e o ouro. Sua pedra o brilhante. Sincretismo: So Cosme e So Damio, os Mdicos Mrtires. Sua saudao no Brasil : "A mim, Beijada" !!! XANG (Data festiva : 30 de Setembro) considerado o rei da justia, o senhor das pedreiras, o deus do trovo, o rei de Oyo, o Orix de grande sabedoria; tido como o patrono da poltica e principal alicerce do Candombl no Brasil, sendo seus 12 ministros introduzidos na Bahia pelo Babala Ajimud (Martiniano Bonfim) e tronejados pela grandiosa Iyalorisa Aninha Oba Biyi no Candombl Ax Op Afonj. Seu elemento o fogo. Em sua qualidade de Xang Air tem fundamento com Oxal; na sua qualidade de Xang Afonj tem fundamento com Iyansan. Registram-se 12 qualidades, sendo as mais conhecidas: Aganju (o moo), Agodo, Aira, Afonja, "Xang de Ouro" ( adolescente), Oni, Abolonei, Oro, Alafim, Bade, Soboadam, Adjaka e Oba-Kossu. Sua saudao no Brasil : "Kao Kabiecile" !!! IANSAN (Data festiva : 04 de dezembro) a Iyaba que preside os ventos e tempestades, mulher de Xang. Seu dia quartafeira. Seu "habitat" o bambuzal. Suas cores bsicas so: coral ou vermelho. Sua comida forte o "acaraj". Registram-se, em literatura, 17 qualidades sendo as mais

conhecidas: Oya, Onyra, Bagam, Egunita, Benek, Cenou, Bomini e Muriai, a Iansdo-Bale que preside a festa dos Egun). Sincretismo: Santa Brbara. Sua saudao no Brasil : "Eparrey Iansan" !!! OXUM (Data festiva : 08 de dezembro) a "Cinda" (Grande Me) do amor, do ouro, do sbado. Dizem ser uma dos 15 Iyabas e Orixs sados do ventre de Me Yemonja. Mora nas cachoeiras e as guas doces. Sua cor bsica o amarelo ouro. Registram-se 16 qualidades, sendo as mais conhecidas: Yaba-Omi (Me d'gua), Abae, Ioni, Acare, Bauira, Timi, Aquida, Ninsim, Oponda (a mais nova), Loba (a mais velha), Abote, Apara (usa espada e vive nas estradas com Ogum) e Abalo (muito vaidosa e usa leques). sincretiza em N.S. das Candeias (Bahia) e N. S. da Conceio (Rio de Janeiro). Sua saudao no Brasil : "Odociya, Cinda L" !!! OXUMAR (Data festiva : 08 de dezembro) No rito Ketu, representa o Arco-ris. No rito Jeje, Dangbe, a Serpente Sagrada. Sua comida votiva o aipim ralado com os segredos da cozinha de santo. Registram-se 4 qualidades sendo a de Abessem - a Cobra Sagrada - a mais conhecida. OMULU (Data festiva : 17 de dezembro) Afirmam-se em registros bibliogrficos ser Omolu e Obaluaiye um s Orix em dois estgios: Obaluaiye (o Moo), significa o "Dono da Terra da Vida"; Omolu (o Velho) significa o "Filho-da-Terra". o mdico dos pobres; o senhor dos cemitrios. Usa o aze (capacete de pele da Costa) ou o filah (capuz de palha da Costa) e carrega na mo o xaxara (feixe de fibra de palmeira, enfeitado com bzios) Seu dia a segunda-feira. Sua comida forte o doburu (pipocas sem sal, coco fatiado e regado com mel). Registram-se 12 qualidades atribudas a esse Orix, que tambm considerado o mais antigo do Panteo Afro, sendo as mais conhecidas: Sapata, Xapanan, Xankpanan, Babalu, Azoane, Ajagum, Aju nsun e Avimage. sincretizado em So Lzaro. Sua saudao no Brasil :"Epa, Epa Baba" !!! OSALA (Data festiva : 25 de dezembro) o Orix da Criao; o Senhor Supremo que vibra sobre todos os filhos da Terra. Seu dia sexta-feira. Sua morada o deserto. Suas cores bsicas so: branco, vermelho e dourado. Sua comida mais comum canjica branca com mel. Registram-se 2 qualidades: Osagian (o moo) e Osalufan (o velho). Ele o governador do Universo, o smbolo da pureza e do amor. sincretizado em Nosso Senhor do Bonfim, na Bahia, e em Jesus Cristo em outras localidades do Brasil.

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