52
Os Transtornos Alimentares no Brasil e no mundo. Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Endocrinologista e sanitarista Membro da Equipe CETOM Centro de Tratamento para a Obesidade Mórbida - Diretor do Instituto Flumignano de Medicina Rio de Janeiro – RJ 2009

Os Transtornos Alimentares no Brasil e no mundo. ALIMENTARES E... · seja de 171 milhões e que deverá dobrar até 2030. Fonte : ... No Brasil, nas últimas

Embed Size (px)

Citation preview

Os Transtornos Alimentaresno Brasil e no mundo.

Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Endocrinologista e sanitaristaMembro da Equipe CETOMCentro de Tratamento para a Obesidade Mórbida -Diretor do Instituto Flumignano de MedicinaRio de Janeiro – RJ2009

TRANSTORNOS ALIMENTARES- Cada vez mais freqüentes no cultura do excesso e da insegurança -

São transtornos mentais graves, crônicos, que acometem principalmente os adolescentes e adultos jovens, mais do sexo feminino, levando a danos psicológicos, sociais e clínicos, podendo, nos casos extremos, acarretar a morte.

As características comportamentais gerais são a preocupação excessiva com o peso e a aparência do corpo acarretando comportamentos alimentares prejudiciais a saúde, dificuldades no relacionamento social e sofrimento.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES PELOCÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS - CID 10

-ANOREXIA NERVOSA (F 50.0) – Há importante conflito na imagem corporal, com medo excessivo de engordar. Acometem as pessoas magras e negam a fome. - ANOREXIA NERVOSA ATÍPICA ( F 50.1) - Transtornos que apresentam algumas das características da anorexia nervosa mas cujo quadro clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, ausência do temor acentuado de ser gordo na presença de uma acentuada perda de peso e de um comportamento para emagrecer. -BULIMIA NERVOSA (F 50.2) –Em geral os pacientes apresentam peso normal ou sobrepeso, não negam a fome. -TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA – O paciente come sem fome até sentir-se repleto e com culpa. Pode ter relação com a obesidade, as dietas para emagrecer não funcionam. Apresentam auto-crítica negativa com sintomas depressivos e ansiosos. -TRANSTORNO ALIMENTAR NÃO ESPECIFICADO. Incluem todos outros transtornos, inclusive a orthorexia, vigorexia, drunkorexia, diaberexia etc...

EPIDEMIOLOGIA DA ANOREXIA NERVOSA

Yates, 1989, relatou que a maioria dos estudos estabeleceu uma prevalência de 1 caso entre 100 garotas adolescentes, sendo as mulheres de classe social mais alta as que têm o maior risco.Cecil Loeb - Tratado de Medicina Interna, 14ª Edição relatou que a incidência de novos casos atinge uma faixa de 0,6 a 1,6 por 100.000 habitantes. A idade comum de início é entre 14 e 17 anos, mas pode ocorrer mais cedo entre 10 a 13 anos ou mais tarde até aos 40 anos de idade). A doença é pelo menos 10 vezes mais freqüente nas moças do que nos rapazes e aflige principalmente as mulheres de nível sócio econômico médio ou superior. Há importante conflito na imagem corporal, com medo excessivo de engordar. Acometem as pessoas magras e negam a fome.

EPIDEMIOLOGIA DA BULIMIA NERVOSA

BULIMIA : Aflige principalmente as mulheres de nível sócio-econômico médio ou superior. Em geral os pacientes apresentam peso normal ou sobrepeso, não negam a fome. Embora há um registro considerável de bulimia na imprensa popular a maioria da atenção tem sido dada aos aspectos relativamente benignos do problema.

Segundo Fairburn e Beglin (1990) que fizeram uma média dos resultados de vários estudos, estimaram uma prevalência de 2,6%. Cooper e Fairburn(1983), com base em uma amostra da comunidade, estimaram que 1,9% em mulheres. Pyle et al (1983) relatou que a prevalência de BN clinicamente significativa e maior em estudantes universitárias que a da comunidade, correspondendo a aproximadamente 4%. Outros estudos epidemiológicos tem mostrado uma prevalência menor que 2% da verdadeira bulimia nervosa entre meninas no segundo grau escolar– grupo que se acredita ter o maior risco (1). Outras referências bibliográficas citam a prevalência entre 1,1 à 4,2% na faixa dos 18 anos de idade (2).

(1) Manual Merck de Medicina – 16ª Edição(2).- Guideline 2000.

ORTHOREXIA

Não se conhece a prevalência mas observa-se que a incidência está aumentando. É a obsessão em comer extremamente correto com perigo a saúde e as relações sociais. O orthorético é extremamente concentrado se um determinado alimento lhe fará bem ou mal, a ponto de inibir o apetite. Tal preocupação excessiva também prejudica as relações afetivas e sociais e até mesmo ocasionar emagrecimento excessivo. (3)

(3) Dr. Steven Bratman – www.orthorexia.com

VIGOREXIA

A vigorexia se caracteriza pelo excesso de preocupação em ter um corpo forte. Os portadores desse transtorno exercitam-se em excesso e constantemente medindo sua musculatura para verificar se já obtiveram resultados. Apesar de fortes ainda sim se consideram fracos. Quase sempre usam suplementos alimentares anabolizantes e até mesmo esteróides, mesmo que saibam que isto possa prejudicar a saúde. Esta doença é mais comum nos homens,mas também há casos em mulheres. Não se conhece a prevalência mas observa-se que está cada vez mais comum. Diferente do fisiculturismo.

TRANSTORNO COMPULSIVO ALIMENTAR PERIÓDICO

O transtorno de compulsão alimentar periódico (TCAP) éuma doença caracterizada por episódios de comer compulsivo, sem o comportamento de purgação. O principal sintoma do transtorno de compulsão alimentar é o impulso incontrolável para ingestão de grandes quantidades de alimentos, sendo que a principal conseqüência é o ganho de peso progressivo, resultando em obesidade, por vezes mórbida.

MANUEL URIBE40 anos - 550 Kg

2005

“ Transtorno AlimentarCompulsivo “

Mexicano, com níveis hormonais, colesterol, pressão e glicemia dentro da normalidade. Foi abandonado pela esposa e se refugiou na casa da mãe. Até1992 pesava 130 quilos, mas depois reconhece que comeu mais do que o normal. "Depois, parei de comer carboidratos e carnes, e comecei a comer mais verduras, tentando emagrecer, mas continuei engordando", acrescentou.

O excesso de peso é uma epidemia global com mais de 1 bilhão de sobrepesos nos adultos e pelo menos 300 milhões destes com obesidade – que é o principal contribuinte para o fardo global de doenças crônicas e invalidez. Freqüentemente coexiste em países em desenvolvimento com a subnutrição, sendo que a obesidade é uma condição social complexa com dimensões psicológicas, afetando todas idades e grupos socioeconômicos.

Fonte : OMS – 2005

OBESIDADE NO BRASIL

OBESIDADE NOS ESTADOS UNIDOS

• EUA : A prevalência da obesidade é

de 24% para homens e 27%para mulheres; Entretanto, hágrandes diferenças em idade, situação econômica e raça. Assim, há Um aumento de duas vezes na prevalência de obesidade entre mulheres de padrão socioeconômico baixo comparado àquelas com uma situação socioeconômica superior. Embora não haja diferenças importantes na prevalência entre brancos e negros, a obesidade é muito mais comum entre mulheres negras do que brancas, alcançando cerca de 60% entre mulheres negras de meia idade.

• Fonte : Manual Merck de Medicina – 16ª Edição

OBESOS; 26%

NÃO OBESOS;

74%

Fonte: IASO – International Association for the study of obesity.- International Obesity Taskforce – www.iotf.org -

TONGASAMOAJORDANIANAURUQUENIAPOLIN.FRANC.ARAB SAUD.

BARBADOS

LIBANOGRÉCIAPANAMÁPARAGUAIALBANIA

USA

EGITOJAMAICA

IRANKUAITTURKIAMEXICO

ETIOLOGIA DA OBESIDADEQuando se avalia uma pessoa obesa temos que considerar que há diversos fatores predisponentes genéticos, ambientais e patológicos que podem estar desempenhando papel expressivo no desequilíbrio energético determinante do excesso de peso.

Estes determinantes acarretam importantes diferenças nos fatores orgânicos como a taxa de metabolismo basal, os limites da saciedade, as taxas hormonais, os estresses oxidativos e inflamatórios, as instabilidades do humor, as síndromes compulsivas, depressivas e ansiosas e a resposta metabólica aos fatores ambientais que incluem os hábitos alimentares e a atividade física.

Portanto, a obesidade é a resultante de fatores poligênicos complexos e um ambiente obesogênico.

AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE PRODUTOS

AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DEBEBIDAS E INFUSÕES

Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares

AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DEPANIFICADOS

Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares

AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DECARNES, VISCERAS E PESCADOS

Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares

AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DEFRUTAS

Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares

“A genética carrega a arma e o ambiente aperta o gatilho”

ETIOLOGIA DA OBESIDADE

A obesidade é a principal doençanão transmissível

e o fator de risco maisimportante para outrasdoenças relevantes.

OBESIDADE

HIPERTENSÃO

DIABETES

NEOPLASIAS

MORTEPRECOCE

OBESIDADE E CÂNCER

• Estudo de coorte prospectivo com 1,2 milhões de mulheres do Reino Unido entre 50 a 64 anos durante o período de 1996 a 2001, que foram acompanhados por 5,4 anos para incidência de câncer e por 7 anos para mortalidade por câncer.

• A pesquisa concluiu que o aumento do IMC associa-se a aumento significativo do risco de câncer em 10 dos 17 tipos avaliados.

• Entre pacientes pós menopausa no Reino Unido, 5% de todos os cânceres foi atribuível ao sobrepeso ou a obesidade. Em relação ao câncer endometrial e ao adenocarcinoma esofágico, o IMC representa o principal fator de risco modificável.

British Medical Journal, doi:10.1136/bmj.39367.495995.AE / publicado em 06 de novembro de 2007.

F A T O S- Globalmente existe mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso e destes, 300 milhões são obesos.

- Obesidade e sobrepeso são os maiores fatores de risco para as doenças crônicas incluindo o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e AVC e alguns tipos de cânceres.

- Doenças cardiovasculares causam 16.7 milhões or 29.2% do total de mortes globais. (OMS 2003).

- Atualmente a OMS estima que o número de diabéticos no mundoseja de 171 milhões e que deverá dobrar até 2030.

Fonte : OMS – 2005 – Relatório da Estratégia Global para Dieta, Atividade Física e Saúde.

•OBESIDADE é definida como excesso de tecido adiposo a ponto de acarretar danos ao sistema orgânico. Em média, isto ocorre quando a gordura corpórea está acima de 25% para os homens e 30% para as mulheres.•DIAGNÓSTICO : Através da medição da gordura corpórea.• MÉTODOS : Peso x Altura; prega cutânea; imersão, condutividade, impedância, tomografia, ultrasom, ressonância magnética e outros.• I M C - peso dividido pelo quadrado da altura.

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE

A OMS estabelece : magro = menor que 18normal = 18 a 25sobrepeso = 25 a 30obeso = 30 a 40 obesidade grau 3 (mórbida) = acima de 40

DIAGNÓSTICO RÁPIDO SOMENTE COM AS INFORMAÇÕES DO PESO E ALTURA INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, SEXO OU RAÇA

OBESIDADE x MORTALIDADE

O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE DO MUNDO

O excesso de peso tem efeito metabólico na pressão sanguínea, na lipemia, na resistência de insulina, nas doenças pulmonares, nas doenças músculo-articulares, em diversos tipos de cânceres, nas doenças do sono e em muitas doenças psicológicas. A probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e hipertensão sobe abruptamente com o aumento da gordura corporal, que no século 20 era limitado a adultos mais velhos e agora afeta afetatambém as crianças e jovens obesos. Aproximadamente 85% das pessoas com diabetes são do tipo 2 e destes, 90% são obesos.

Pelas análises da OMS, publicada no relatório de 2002, 58% dos casos de diabetes, 21% das doenças isquêmicas do coração e 8 à 42% de alguns cânceres podem ser globalmente atribuíveis a um IMC acima de 21 kg/m2.

No mundo estima-se que 17.6 milhões de crianças abaixo de 5 anos estão com sobrepeso no mundo.

No Brasil, nas últimas décadas, está ocorrendo uma redução da prevalência da desnutrição infantil - de 19,8% para 7,6% e e um aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade de 4,1% para 13,9% em crianças e adolescentes de 6 a 18 anos.

Nos EUA a prevalência da obesidade em jovens de 12 a 17 anos aumentou dramaticamente de 5% para 13% em meninos e de 5% para 9% em meninas entre 1966-70 e 1988-91.

Na Tailândia a prevalência da obesidade entre 5 a 12 anos de idade foi de 12.2% para 15,6% em somente 2 anos.

Veja : http://www.flumignano.com/medicos/Educa_saude_flash/OBESIDADE_INFANTO_JUVENIL.htm

EPIDEMIA DA OBESIDADE INFANTO-JUVENILO problema é global e está aumentando nos países em desenvolvimento.

EVOLUÇÃO DESCENDENTE DA DESNUTRIÇÃO EASCENDENTE DA OBESIDADE INFANTIL

Fonte: IBGE – 1998

DESNUTRIÇÃO INFANTIL

Fonte: Ministério da Saúde – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde

Doenças cardiovasculares coronarianas, dislipidemias, hipertensão, obesidade e diabetes mellitus formam um conjunto de morbidades geralmente associadas entre si, constituindo-se em graves problemas de Saúde Pública.

No Brasil, tais morbidades são responsáveis por grande número de mortes prematuras entre adultos.

Em 1985, um terço das mortes ocorridas foram provocadas por causas cuja origem se encontra nessas doenças.

No que diz respeito à população vitimada, cerca de 30% pertencia ao grupo etário entre 20 a 49 anos de idade. No Município de São Paulo, a proporção de mortes por essas causas, foi de 37%.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo - 2005

O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE NO BRASIL

- Ambiente pesa mais que genética em crescimento -

Um estudo de sete anos, realizado em populações de todos os continentes, mostra que crianças de países pobres que foram amamentadas, vacinadas, receberam atendimento adequado de saúde e cujas mães não fumavam tiveram padrões de crescimento comparáveis às de países ricos, como a Noruega

Portanto, crianças nascidas em qualquer parte do mundo, se tiverem um início de vida ideal, podem se atingir os mesmos parâmetros de altura e peso.

“O estudo mostrou que nutrição, práticas alimentares, ambiente e serviços de saúde são fatores mais importantes no crescimento de crianças com até cinco anos do que genética ou etnia“

Catherine le Gales-CamusDiretora-assistente da OMS para doenças não-contagiosas.

Genebra, 27 de abril de 2006

Genética x Ambiente no deficit de crescimento

POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃOMinistério da Saúde

APRESENTAÇÃO(parte selecionada)

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, atesta o compromisso do Ministério da Saúde com os males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo a desnutrição infantil e materna, bem assim com o complexo quadro dos excessos já configurado no Brasil pelas altas taxas de prevalência de sobrepeso e obesidade na população... A firme decisão do Presidente da República em aprofundar a ação do Governo Federal na erradicação da fome requer de todos nós a reunião das nossas melhores iniciativas setoriais.

JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO” - 20 de dezembro de 2004 -

Brasília - Uma semana depois da divulgação de uma pesquisa em que o IBGE diz que o problema do Brasil não é mais a desnutrição, mas sim a obesidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, em discurso, durante celebração de Natal no Planalto, afirmando que "a fome não é coisa medida em pesquisa". Para o presidente, "nem todo mundo que passa fome reconhece que passa fome“ ....ou as pessoas têm vergonha (de assim declarar)

Em seu discurso, o presidente defendeu o programa Fome Zero e a determinação do governo em dar dinheiro ao invés de cestas básicas. Na sua opinião, no Brasil não há falta de alimento, mas de dinheiro para comprá-lo.

A OPINIÃO DO PRESIDENTE SOBRE A OBESIDADE NO BRASIL

T R A N S I Ç Ã O N U T R I C I O N A L

Na primeira vez na humanidade, o excesso de disponibilidade de alimentos e enriquecimento progressivo da sociedades favorecem oacúmulo calórico fazendo que a obesidade se desponte como um problema mais freqüente e mais grave que a desnutrição.

POR QUE ISTO ESTÁ ACONTECENDO ?

O excesso de oferta dos alimentos fazem os preços diminuírem, principalmente aqueles que são produzidos em maiores quantidades e mais duráveis como os cereais e gorduras. Isto modifica o comportamento alimentar das pessoas. Também pela grande oferta, as máquinas se tornaram mais baratas, facilitando o sedentarismo. A resultante é o balanço calórico positivo e o excesso de peso da população mundial.

Fonte: Site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006).http://educacao.cardiol.br

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTES NO BRASIL - 2007

PREVISÃO DO CRESCIMENTO DO DIABETES PARA 2025.Fonte: Revista Diabetes Care - 1988 EUA .

Condições crônicas, incluindo as doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, cânceres e doenças das vias respiratórias, respondem anualmente por 46% do fardo global das doenças. Cinqüenta por cento dos fatores globais de risco foram identificados como sedentarismo e consumo insuficiente de frutas e legumes.

FATORES AMBIENTAIS E DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Até 2.7 milhões de vida poderiam ser potencialmente poupadas globalmente a cada ano com consumo suficiente de frutas e legumes. (OMS)

Atividade física diaria e regular é um dos principais componentes para a prevenção de doenças crônicas, juntamente com uma dieta saudável e não fumar.

Estas simples correções comportamentais, para as pessoas é meio poderoso de prevenir doenças crônicas e para as nações pode prover um modo custo-efetivo de melhorar saúde pública da população. (OMS)

ASSEMBLÉIAS DAS NAÇÕES UNIDASPARA AS DIRETRIZES GLOBAIS

A Estratégia Global da OMS tem quatro objetivos principais:(1) reduzir os fatores de riscos.(2) aumento da consciência global pelo entendimento das influências de dieta e atividade física na saúde e do impacto positivo das intervenções preventivas(3) encorajamento, desenvolvimento, fortalecimento e implementação global, regional, nacional e políticas da comunidade para as melhorias das dietas e aumento das atividades físicas de forma sustentável4) monitorar os dados científicos e principais influências das dietas e atividades físicas com apoio para pesquisa em áreas pertinentes e fortalecimento dos recursos humanos necessários para estes fins.

ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDEOrganização Mundial da Saúde

Relatório de 2005

Doenças não-transmissíveis e seus fatores de risco estavam inicialmente limitados a grupos economicamente prósperos nos países de meia-renda.

Porém, atualmente as evidências mostram que estas doenças tem afetado crescentemente também as comunidades pobres que acabam por agravar a desigualdade econômica.

ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDEOrganização Mundial da Saúde

Relatório de 2005

-O envelhecimento da população tem um forte impacto na morbidade e mortalidade na saúde pública das nações. - Países do mundo inteiro estão com elevado crescimento das doenças não-transmissíveis e ao mesmo tempo com persistência de antigas doenças infecto-infecciosas acrescidas de novas epidemias virais.- Portanto preservar a capacidade funcional da população anciã é um fator crucial para reduzir, imediatamente e também no futuro, os custo dos serviços de saúde.

ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDEOrganização Mundial da Saúde

Relatório de 2005

SAÚDE E DESENVOLVIMENTO:

A saúde é uma chave determinante no desenvolvimento e um precursor do crescimento econômico.

A OMS relaciona a macroeconomia com a saúde pública e tem repetidamente demonstrado os efeitos desastrosos das economias países devido as doenças populacionais.

ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDEOrganização Mundial da Saúde

Relatório de 2005

PROPAGANDA ANTI-ÉTICA PARA CRIANÇAS

McDonald´s fechará 25 restaurantes no Reino Unido A rede estima que a decisão custará cerca de 33,6 milhões de euros

LONDRES - A rede de fast-food McDonald´s fechará 25 de seus restaurantes no Reino Unido. A informação está em um relatório da companhia apresentado à Comissão de Valores dos Estados Unidos. Segundo a empresa, a decisão foi tomada após uma queda de vendas registrada na região ano passado. Há especulações que ligam a decisão de fechar as lojas a uma onda de preocupação de um grande número de pessoas, sobretudo crianças, com o problema de obesidade.

Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” em 01 de março de 2006.

- EUA e UE preparam política contra a obesidade -Representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que querem

ajudar no esforço.

BRUXELAS - Na primeira conferência UE-EUA sobre obesidade realizado neste mês, representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que querem ajudar no esforço. "Consumidores de diferentes partes do mundo são diferentes. Mas o problema é o mesmo, e esperamos que nossa solução possa ser conjunta", disse o comissário de saúde da UE, Markos Kyprianou. O vice-secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, disse que o objetivo não éencontrar soluções imediatas, mas criar uma coalizão entre os lados para facilitar a tomada de decisões sobre saúde e forma física pelos consumidores.

"No fim, é o consumidor quem escolhe", disse Azar, explicando que, mesmo com uma indústria de alimentos regulada pelo governo, é quem vai comer que precisa escolher a refeição mais saudável.

Fonte: JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO de 12 de maio de 2006

Acordo nos EUA barra refrigerantes em escolas

NOVA YORK - Os maiores distribuidores de bebidas dos Estados Unidos concordaram em suspender praticamente todas as vendas de refrigerantes em escolas públicas. De acordo com o anúncio feito pela Fundação William J. Clinton, as companhias também concordaram em vender apenas água, sucos sem adição de açúcares e leites com baixos índices de gordura em pré-escolas e escolas de ensino fundamental do país,

A Aliança por uma Geração mais Saudável - que reúne a Fundação de Clinton e a Associação Americana do Coração - ajudou a firmar o acordo, depois que docentes e legisladores se alarmaram com os últimos estudos sobre a obesidade infantil. Os refrigerantes têm sido um alvo particular dos que lutam contra este problema, por causa dos altos índices calóricos e grande popularidade entre as crianças. O acordo deve atingir cerca de 35 milhões de estudantes de escolas públicas.

Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” de 03 de maio de 2006.

Dr. Gro Harlem Brundtland, Diretor-geral da OMS - 2006

Nós precisamos, agora, olhar décadas à frente e ter um compromisso com a nossa saúde e e também das futuras gerações em todo o mundo. Doença cardiovascular, diabetes, cânceres e obesidade não são problemas exclusivos dos países mais ricos e a maioria dos casos destas doenças estão acontecendo no mundo em desenvolvimento. Nossa experiência mostra que atémesmo intervenções modestas em larga escala como dieta e atividade física podem produzir mudanças significantes no fardo das doenças crônicas no mundo em tempo surpreendentemente curto.

FIM

Procure na Biblioteca Virtual do Instituto Flumignano de Medicina as atualizações periódicas destes slides. http://www.flumignano.com/medicos/biblioteca.htm