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D O S S I Ê T É C N I C O Qualidade microbiológica do ar de ambientes condicionados Carmen Etsuko Kataoka Higaskino Izabel Cristina Figel Maria Paula Assis Yamada Instituto de Tecnologia do Paraná Setembro 2007

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  • D O S S I T C N I C O

    Qualidade microbiolgica do ar de ambientes

    condicionados

    Carmen Etsuko Kataoka Higaskino

    Izabel Cristina Figel

    Maria Paula Assis Yamada

    Instituto de Tecnologia do Paran

    Setembro

    2007

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    DOSSI TCNICO

    Sumrio 1 INTRODUO..................................................................................................................2 2 OBJETIVOS .....................................................................................................................3 3 LEGISLAES ................................................................................................................3 4 MANUTENO DOS APARELHOS DE AR CONDICIONADOS .....................................4 5 CONTROLE AMBIENTAL DE PARTCULAS...................................................................4 5.1 Controle de partculas no viveis .............................................................................5 5.1.1 Tcnicas de amostragem de partculas no viveis....................................................6 5.2 Controle de partculas viveis ....................................................................................8 5.2.1 Tcnicas de amostragem de ar ..................................................................................9 6 MICROORGANISMOS CONTAMINANTES DO AR .........................................................10 6.1 Aspergillus ...................................................................................................................10 6.2 Penicillium....................................................................................................................10 6.3 Cladosporium...............................................................................................................11 6.4 Fusarium ......................................................................................................................11 6.5 Alternaria......................................................................................................................12 6.6 Legionella .....................................................................................................................13 6.7 Protozorios.................................................................................................................13 Concluses e recomendaes .........................................................................................13 Referncias ........................................................................................................................14 Anexo 1 Fotos .................................................................................................................15 Anexo 2 Possveis fontes de poluentes biolgicos .....................................................18 Anexo 3 Possveis fontes de poluentes qumicos .......................................................19

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    DOSSI TCNICO

    Ttulo Qualidade microbiolgica do ar de ambientes condicionados Assunto Aparelhos e equipamentos de ar condicionado para uso industrial Resumo Fornecer informaes sobre a qualidade microbiolgica, qumica e parmetros fsicos do ar de ambientes condicionados, os padres referenciais, ndice mximo de poluentes. Descrever fontes de poluentes biolgicos encontrados nas avaliaes do ar de interiores como: bactrias, fungos, protozorios, vrus e algas, informando as principais doenas causadas por estes microrganismos, e maneira de controlar a contaminao biolgica em ambientes climatizados. Palavras-chave Ambiente condicionado; climatizao; condicionador de ar; contaminao microbiolgica; qualidade do ar; sndrome de edifcios doentes Contedo 1 INTRODUO Grande parte das pessoas que moram nas regies urbanizadas trabalham em ambientes fechados, sendo que estes ambientes muitas vezes so aclimatizados artificialmente, e os aparelhos no recebem manuteno peridica, o que leva a uma disseminao de microrganismos no ambiente, ocasionando desconforto e at mesmo doenas aos trabalhadores (CABANO). Segundo estudos publicados, os nveis de poluentes em ambientes interiores chegam a ser de 10 a 100 vezes maior que a quantidade existente no exterior, este preocupante resultado est associado a diversos efeitos nocivos a sade que podem variar de um simples desconforto a at mesmo a ocorrncia de morte (BETTERO). Na dcada de 70, com a decorrncia da crise do petrleo, que desencadeou uma crise energtica, houve uma tendncia em construir prdios cada vez mais fechados, com poucas aberturas para ventilao, que gastavam menos energia para a manuteno da circulao e da refrigerao de ar. Houve uma reduo no consumo de energia nestes prdios, porm a taxa de renovao de ar era insuficiente, aumentando a concentrao de poluentes qumicos e biolgicos no ar interno (CABANO). Por volta dos anos 70 nos Estados Unidos e Escandinvia surgiu o termo Sndrome do Edifcio Doente, que usado para descrever situaes em que os ocupantes dos edifcios se tornam portadores de manifestaes agudas de sade e desconforto que esto associadas ao tempo de permanncia no interior de ambientes confinados (BETTERO). A definio de edifcio doente aquele em que mais de 20% dos ocupantes apresentam alguma sintomalogia. No possvel identificar nenhuma doena especifica, mas as queixas podem ser localizadas ou espalhadas por todo o edifcio e podem ter origens variadas como por fatores biolgicos, alrgicos, qumicos e fisiolgicos. Contudo este problema pode causar ainda o aumento de custos para a empresa, que se manifesta em

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    situaes como o aumento de ndice de abstinncia, reduo da eficincia dos trabalhadores, diminuio de produtividade e insatisfao de clientes e colaboradores (BETTERO). Poluentes qumicos como o monxido e o dixido de carbono (CO e CO2), amnia, dixido de enxofre e formaldedo, produzidos no interior dos estabelecimentos a partir de materiais de construo, materiais de limpeza, fumaa de cigarro, fotocopiadoras e pelo prprio metabolismo humano, e os poluentes biolgicos, como fungos, algas, protozorios, bactrias e caros, cuja proliferao favorecida pela limpeza inadequada de carpetes, tapetes e cortinas, so a causa da "Sndrome do Edifcio Doente" (Sick Building Syndrome SBS) (CABANO). Costuma ocorrer em prdios com problemas de ventilao (CASA DO ALRGICO). Em 1982, a Organizao Mundial de Sade OMS reconheceu a existncia da Sndrome do Edifcio Doente quando foi comprovado que a contaminao do ar interno de um hotel na Filadlfia foi responsvel por 182 casos de pneumonia e pela morte de 29 pessoas. Os Estados Unidos tm um gasto de US$ 10 bilhes por ano com pessoas que se afastam do trabalho para realizar tratamento de sade (CABANO). No Brasil, a necessidade de se combater a SBS tornou-se evidente quando, em abril de 1998, o ento Ministro das Comunicaes, Srgio Motta, faleceu aps ter seu quadro clnico agravado, ele foi contaminado pela bactria Legionella, principal responsvel pela deteriorao da qualidade do ar de edifcios mal conservados. 2 OBJETIVOS Fornecer material bsico e orientaes necessrias para o conhecimento sobre a qualidade do ar de ambientes condicionados. 3 LEGISLAES Em 1998, a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA, publicou a Portaria n. 3.523, estabelecendo, para todos os ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo, a obrigatoriedade de elaborar e manter um plano de manuteno, operao e controle dos sistemas de condicionamento de ar. Em outubro de 2000, foi publicada a Resoluo n. 176, contendo parmetros biolgicos, qumicos e fsicos atravs dos quais possvel avaliar a qualidade do ar interior. A partir desse momento, comearam a surgir iniciativas que revelaram a preocupao das instituies com a qualidade de vida e, claro, com a produtividade de seus funcionrios (INMETRO). Em 20 de janeiro de 2003 foi publicada a RE n. 09 da ANVISA, estabelecendo parmetros para anlise da qualidade do ar interior. AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA. Resoluo RE n. 9, de 16 de janeiro de 2003. Determina a publicao de Orientao Tcnica elaborada por Grupo Tcnico Assessor, sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 20 jan. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2007. O Grupo Tcnico Assessor elaborou a seguinte Orientao Tcnica sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo, no que diz respeito a definio de valores mximos recomendveis para contaminao biolgica, qumica e parmetros fsicos do ar interior, a identificao das fontes poluentes de natureza biolgica, qumica e fsica, mtodos analticos (Normas Tcnicas 001, 002, 003 e 004) e as recomendaes para os padres referenciais adotadas por esta Orientao Tcnica fossem aplicados aos ambientes climatizados de uso pblico

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    e coletivo j existentes e aqueles a serem instalados. Para os ambientes climatizados de uso restrito, com exigncias de filtros absolutos ou instalaes especiais, tais como os que atendem a processos produtivos, instalaes hospitalares e outros, sejam aplicadas as normas e regulamentos especficos. Na elaborao de relatrios tcnicos sobre qualidade do ar interior, recomendada a NBR-10.719 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT (ITAIPU). 4 MANUTENO DOS APARELHOS DE AR CONDICIONADOS O mais importante para a manuteno ar condicionados a conscincia dos responsveis por locais pblicos, mantendo a limpeza peridica dos aparelhos, evitando assim a proliferao de microrganismos que podem causar algum tipo de desconforto aos usurios desses locais. Muitas vezes os projetos e as execues no consideram o fator da qualidade do ar interior como importante, podendo ento apresentar problemas como m distribuio do ar, temperaturas e umidades relativas fora da faixa de conforto, movimentao do ar insuficiente ou muito elevada. A RE 09 recomenda que os rgos competentes de Vigilncia Sanitria com o apoio de outros rgos governamentais, organismos representativos da comunidade e dos ocupantes dos ambientes climatizados, utilizem esta Orientao Tcnica como instrumento tcnico referencial, na realizao de inspees e de outras aes pertinentes nos ambientes climatizados de uso pblico e coletivo. Recomenda que os proprietrios, locatrios e prepostos de estabelecimentos com ambientes ou conjunto de ambientes dotados de sistemas de climatizao com capacidade igual ou superior a 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), devam manter um responsvel tcnico atendendo ao determinado na Portaria GM/MS n. 3.523/98, alm de desenvolver as seguintes atribuies: a) providenciar a avaliao biolgica, qumica e fsica das condies do ar interior dos ambientes climatizados; b) promover a correo das condies encontradas, quando necessria, para que estas atendam ao estabelecido no Art. 4 desta Resoluo; c) manter disponvel o registro das avaliaes e correes realizadas; e d) divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os procedimentos e resultados das atividades de avaliao, correo e manuteno realizadas. Em relao aos procedimentos de amostragem, medies e anlises laboratoriais, considera-se como responsvel tcnico, o profissional que tem competncia legal para exercer as atividades descritas, sendo profissional de nvel superior com habilitao na rea de qumica (engenheiro qumico, qumico e farmacutico) e na rea de biologia (bilogo, farmacutico e biomdico) em conformidade com a regulamentao profissional vigente no pas e comprovao de Responsabilidade Tcnica - RT, expedida pelo rgo de Classe. As anlises laboratoriais e sua responsabilidade tcnica devem obrigatoriamente estar desvinculadas das atividades de limpeza, manuteno e comercializao de produtos destinados ao sistema de climatizao. 5 CONTROLE AMBIENTAL DE PARTCULAS Estudos descrevem a variedade de partculas soltas no ar: alumnio, cobre, enxofre, cloro, potssio, sdio, silcio, clcio, ferro, zinco, arsnio e cinzas de madeira e carvo, em lugar onde h lareira ou fornos expostos. E detectam concentraes considerveis de gases, como monxido e dixido de carbono, formaldedo e acetaldedo, provenientes de tintas usadas nos mveis.

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    As partculas acumulam umidade e favorecem o desenvolvimento de fungos e bactrias. Copiadoras, computadores e impressoras a laser liberam oznio, gs que irrita a garganta, os olhos e o nariz e provoca a sensao de cabea inchada, quando inalado em excesso. Enfrentar a Sndrome dos Edifcios Doentes exige uma ao contnua contra os microrganismos (CASA DO ALRGICO). Parte desses agentes se origina no ambiente externo, porm a maior parte deles gerada no prprio prdio. Os agentes biolgicos so as bactrias, vrus, fungos, protozorios, caros e algas. Os agentes qumicos so o monxido de carbono, bixido de carbono, bixido de nitrognio, oznio, formaldedo, solventes, fumaa de tabaco e diversos outros compostos qumicos volteis. Agentes inertes respirveis so microfibras de amianto, de l de vidro, fibras naturais, diversas poeiras. 5.1 Controle de partculas no viveis Segundo a Resoluo 09 os valores mximos recomendveis para contaminao qumica so:

    1000 ppm de dixido de carbono (CO2), como indicador de renovao de ar externo, recomendado para conforto e bem-estar. 80 g/m 3 de aerodispersides totais no ar, como indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambiente climatizado. NOTA: Pela falta de dados epidemiolgicos brasileiros mantida a recomendao como indicador de renovao do ar o valor = 1000 ppm de dixido de carbono (CO2).

    Para os parmetros fsicos de temperatura, umidade, velocidade e taxa de renovao do ar e de grau de pureza do ar, devero estar de acordo com a NBR 6401 - Instalaes Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parmetros Bsicos de Projeto da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    A faixa recomendvel de operao das Temperaturas de Bulbo Seco, nas condies internas para vero, dever variar de 23 C a 26 C, com exceo de ambientes de arte que devero operar entre 21 C e 23 C. A faixa mxima de operao dever variar de 26,5 a 27 C, com exceo das reas de acesso que podero operar at 28 C. A seleo da faixa depende da finalidade e do local da instalao. Para condies internas para inverno, a faixa recomendvel de operao dever variar de 20 C a 22 C.

    A faixa recomendvel de operao da Umidade Relativa, nas condies internas para vero, dever variar de 40 a 65%, com exceo de ambientes de arte que devero operar entre 40 e 55% durante todo o ano. O valor mximo de operao dever ser de 65%, com exceo das reas de acesso que podero operar at 70%. A seleo da faixa depende da finalidade e do local da instalao. Para condies internas para inverno, a faixa recomendvel de operao dever variar de 35 a 65%.

    O Valor Mximo Recomendvel - VMR de operao da Velocidade do Ar, no nvel de 1,5 m do piso, na regio de influncia da distribuio do ar de menos 0,25 m/s.

    A Taxa de Renovao do Ar adequada de ambientes climatizados ser, no mnimo, de 27 m3/hora/pessoa, exceto no caso especfico de ambientes com alta rotatividade de pessoas. Nestes casos a Taxa de Renovao do Ar mnima ser de 17 m3/hora/pessoa, no sendo admitido em qualquer situao que os ambientes possuam uma concentrao de CO2, maior ou igual a estabelecida em IV-2.1, desta Orientao Tcnica.

    A utilizao de filtros de classe G-1 obrigatria na captao de ar exterior. O "Grau

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    de Pureza do Ar" nos ambientes climatizados ser obtido utilizando-se, no mnimo, filtros de classe G-3 nos condicionadores de sistemas centrais, minimizando o acmulo de sujidades nos dutos, assim como reduzindo os nveis de material particulado no ar insuflado.

    Os padres referenciais adotados complementam as medidas bsicas definidas na Portaria GM/MS n. 3.523/98, de 28 de agosto de 1998, para efeito de reconhecimento, avaliao e controle da Qualidade do Ar Interior nos ambientes climatizados. Deste modo, podero subsidiar as decises do responsvel tcnico pelo gerenciamento do sistema de climatizao, quanto a definio de periodicidade dos procedimentos de limpeza e manuteno dos componentes do sistema, desde que asseguradas as freqncias mnimas para os seguintes componentes, considerados como reservatrios, amplificadores e disseminadores de poluentes. 5.1.1 Tcnicas de amostragem de partculas no viveis NORMA TCNICA 002 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise da Concentrao de Dixido de Carbono em Ambientes Interiores. Mtodo analtico: - Objetivo: pesquisa, monitoramento e controle do processo de renovao de ar em ambientes climatizados. - Aplicabilidade: ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. - Marcador epidemiolgico: dixido de carbono (CO2). - Mtodo de amostragem: equipamento de leitura direta. - Periodicidade: semestral. - Ficha tcnica dos amostradores (QUADRO 1):

    Quadro 1 Ficha tcnica dos amostradores

    Fonte: ANVISA, 2003.

    - Estratgia de amostragem: definir o nmero de amostras de ar interior, tomando por base a rea construda climatizada dentro de uma mesma edificao e razo social (QUADRO 2);

    Quadro 2 Amostras por base de rea construda

    Fonte: ANVISA, 2003.

    - as unidades funcionais dos estabelecimentos com caractersticas epidemiolgicas diferenciadas, tais como servio mdico, restaurantes, creches e outros, devero ser amostrados isoladamente;

    - os pontos amostrais devero ser distribudos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada;

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    Procedimento de amostragem: as medidas devero ser realizadas em horrios de pico de utilizao do ambiente. NORMA TCNICA 003 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem. Determinao da Temperatura, Umidade e Velocidade do Ar em Ambientes Interiores. Mtodo analtico: - Objetivo: pesquisa, monitoramento e controle do processo de climatizao de ar em ambientes climatizados. - Aplicabilidade: ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. - Marcadores: temperatura do ar (C), Umidade do ar (%), Velocidade do ar (m/s). - Mtodo de amostragem: equipamentos de leitura direta. Termohigrmetro e Anemmetro. - Periodicidade: semestral. - Ficha tcnica dos amostradores (QUADRO 3)

    Quadro 3 Ficha tcnica dos amostradores

    Fonte: ANVISA, 2003.

    - Estratgia de amostragem: definir o nmero de amostras de ar interior, tomando por base a rea construda climatizada dentro de uma mesma edificao e razo social, seguindo o QUADRO 2;

    - as unidades funcionais dos estabelecimentos com caractersticas epidemiolgicas diferenciadas, tais como servio mdico, restaurantes, creches e outros, devero ser amostrados isoladamente;

    - os pontos amostrais devero ser distribudos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada, para o Termohigrmetro e no espectro de ao do difusor para o Anemmetro.

    NORMA TCNICA 004 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise de Concentrao de Aerodispersides em Ambientes Interiores. Mtodo analtico: - Objetivo: pesquisa, monitoramento e controle de aerodispersides totais em ambientes interiores climatizados. - Aplicabilidade: ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupaes comuns (no especiais). - Marcador epidemiolgico: Poeira Total (g/m3). - Mtodo de amostragem: coleta de aerodispersides por filtrao (MB-3422 da ABNT). - Periodicidade: semestral. - Ficha tcnica do amostrador (QUADRO 4)

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    Quadro 4 Ficha tcnica do amostrador

    Fonte: ANVISA, 2003.

    - Estratgia de amostragem: definir o nmero de amostras de ar interior, tomando por base a rea construda climatizada dentro de uma mesma edificao e razo social, seguindo o QUADRO 2;

    - as unidades funcionais dos estabelecimentos com caractersticas epidemiolgicas diferenciadas, tais como servio mdico, restaurantes, creches e outros, devero ser amostrados isoladamente;

    - os pontos amostrais devero ser distribudos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada.

    - Procedimento de coleta: MB-3422 da ABNT. - Procedimento de calibrao das bombas: NBR - 10.562 da ABNT - Procedimento laboratorial: NHO 17 da FUNDACENTRO 5.2 Controle de partculas viveis Os contaminantes biolgicos so bactrias, fungos, leveduras, gro de plem, caros e algas. Alguns destes contaminantes desenvolvem-se consideravelmente em guas estagnadas, umidificadores, bandejas de condensao e torres de refrigerao. Um exemplo preocupante de contaminante biolgico a bactria Legionella pneumophila. Os contaminantes biolgicos so responsveis por muitas doenas infecciosas e alergias existentes. Na maioria das vezes estes fatores de transmisso esto relacionados com um sistema de ar condicionado mal desenhado e de manuteno deficiente que so fatores propcios para a proliferao dos poluentes biolgicos. Alm disso, a liberao de gases poluentes por parte dos mobilirios novos, os servios de limpezas insuficientes ou mal feitos podem tambm intensificar a produo de partculas slidas suspensas que criam um ambiente propicio a proliferao microbiolgica (BETTERO). A RE n. 09 recomenda os seguintes Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados de uso pblico e coletivo.

    O Valor Mximo Recomendvel - VMR, para contaminao microbiolgica deve ser 750 ufc/m3 de fungos, para a relao I/E 1,5, onde I a quantidade de fungos no ambiente interior e E a quantidade de fungos no ambiente exterior.

    NOTA: A relao I/E exigida como forma de avaliao frente ao conceito de normalidade, representado pelo meio ambiente exterior e a tendncia epidemiolgica de amplificao dos poluentes nos ambientes fechados.

    Quando o VMR for ultrapassado ou a relao I/E for > 1,5, necessrio fazer um diagnstico de fontes poluentes para uma interveno corretiva. inaceitvel a presena de fungos patognicos e toxignicos.

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    5.2.1 Tcnicas de amostragem de ar NORMA TCNICA 001 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise de Bioaerosol em Ambientes Interiores. Mtodo analtico: - Objetivo: pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possvel colonizao, multiplicao e disseminao de fungos em ar ambiental interior. - Definies:

    - Bioaerosol: suspenso de microorganismos (organismos viveis) dispersos no ar. - Marcador epidemiolgico: elemento aplicvel pesquisa, que determina a qualidade

    do ar ambiental. - Aplicabilidade: ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupaes comuns (no especiais). - Marcador epidemiolgico: fungos viveis. - Mtodo de amostragem: amostrador de ar por impactao com acelerador linear. - Periodicidade: semestral. - Ficha tcnica do amostrador (QUADRO 5):

    Quadro 5 Ficha tcnica do amostrador

    Fonte: ANVISA, 2003.

    - Estratgia de amostragem: selecionar 01 amostra de ar exterior localizada fora da estrutura predial na altura de 1,50 m do nvel da rua;

    - definir o nmero de amostras de ar interior, tomando por base a rea construda climatizada dentro de uma mesma edificao e razo social, seguindo o QUADRO 2;

    - as unidades funcionais dos estabelecimentos com caractersticas epidemiolgicas diferenciadas, tais como servio mdico, restaurantes, creches e outros, devero ser amostrados isoladamente.

    - os pontos amostrais devero ser distribudos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada.

    - Procedimento laboratorial: mtodo de cultivo e quantificao segundo normatizaes universalizadas. Tempo mnimo de incubao de 7 dias a 250C, permitindo o total crescimento dos fungos. 6 MICRORGANISMOS CONTAMINANTES DO AR 6.1 Aspergillus

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    Colnias de crescimento de lento a rpido, no incio branca, depois formando-se nas cores verde azulada, verde amarelado, preto, castanho ou branco. Superfcie aveludada a cotonosa. Miclio septado, conidiforos longos com extremidade em forma de vescula, superfcies contendo esterigmatas em forma de garrafa e cadeia de condios os quais so unicelulares, esfricos a elpticos, com parede lisa ou rugosa, algumas espcies desenvolvem clestotcio (peritcio) com asco e ascsporos. Muitos gneros podem produzir toxinas como a aflatoxina e a ocratoxina.

    Figura 1 - Aspergillus sp

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007. 6.2 Penicillium Conidiforos eretos, simples ou ramificados, transparentes, ou pigmentados plidos, filides prximas entre si, estrutura de reproduo lembrando um pequeno pincel. Condio unicelular, elptica, esfrica, parede lisa ou ornamentada. Culturas em diversos tons de verde, compactas. Muitas espcies so transportadas pelo ar, e so freqentemente encontrados como contaminantes ambientais (HOOG; GUARRO, 1995).

    Figura 2 - Penicillium sp

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

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    6.3 Cladosporium Colnias podendo ser verde oliva. Conidiforos geralmente presentes, eretos, condios septados ou unicelulares, cicatrizes conidiais pigmentadas e muito evidentes, ausncia de filides. Numerosos so saprfitos ou fitopatgenos. Algumas espcies comuns so freqentemente achadas como contaminantes de culturas e muito raramente como oportunistas em humanos (HOOG; GUARRO, 1995). Na verdade espcies patgenos para os homens foram reclassificadas em Cladophialophora (HOOG; GUARRO, 1995).

    Figura 3 - Cladosporium sp

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007. 6.4 Fusarium Colnias expandidas, freqentemente nas coloraes rosa, amarelo, vermelho ou prpura. Clulas conidognicas formada sobre hifas areas ou sobre conidiforos densamente ramificados curtos, freqentemente cacheado em esporodoquios, ampuliforme ou cilndrica. Condios freqentemente de 3 tipos: macrocondio, microcondio e blastocondios. Espcies de Fusarium so patgenos muito comuns saprfitas sobre plantas fragmentadas e no solo. Alguns ocorrem regularmente sobre sementes. Especialmente de cereais. Freqentemente ocorrem como agentes de vrios tipos de hialohifomicoses aps inoculao traumtica. Esto emergindo como oportunistas em pacientes com imunidade natural debilitada.

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    Figura 4 - Fusarium sp

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

    Figura 5 Fusarium sp.

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007. 6.5 Alternaria As colnias crescem rapidamente, densas, no incio acinzentadas, depois cinza esverdeado, marrom ou preta com bordas cinza. Superfcie cresce em excesso hifas areas cinza a branca. Lado reverso da colnia preta. Microscopicamente apresentam miclio escuro, septado. Condios marrom escuro, com septo transverso e longitudinal (muriforme) (HOOG; GUARRO, 1995).

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    Figura 6 - Alternaria sp

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007. 6.6 Legionella Legionelose uma doena causada pela bactria Legionella pneumophila, uma infeco causada pela respirao dos aerossis que se formam em fontes de gua. A legionelose pode se apresentar de duas formas distintas: "Doena do Legionrio", correspondente a forma mais grave da doena, que causa pneumonia, e "Febre Pontiac", correspondente a forma mais branda da doena. Conhecida pelo nome de doena dos legionrios, devido a um surto de pneumonia envolvendo pessoas que participavam de uma conveno da Legio Americana em 1976. Esse microrganismo multiplica-se rapidamente em gua morna como a encontrada em alguns tipos de encanamentos, torres de resfriamento e condensadores de sistemas de ar-condicionado. Elas podem ser prevenidas atravs da limpeza adequada dos dutos de aparelhos de ar-condicionado, torres de resfriamento e encanamentos (FRANCO). 6.7 Protozorios Uma das doenas mais graves provocadas pela contaminao do ar-condicionado a ceratite amebiana, causada pelo protozorio Acanthamoeba sp, que pode provocar a cegueira do globo ocular (ITAIPU). Em So Paulo, os casos registrados de ceralite amebiana, uma infeco do olho causada pelo protozorio, saltaram de dois em 1975 para 350 em 1990. "Todo comprometimento por protozorios ou fungos no olho pode levar perda da viso", alerta o microbiologista Luiz Fernando de Ges Siqueira, professor da Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo. "Se o ar deixar de circular em um lugar, o nmero de microrganismos cresce de mil para 10 mil vezes em relao ao ambiente externo", informa Siqueira (CASA DO ALRGICO). Concluses e recomendaes Em reas urbanas onde a ventilao do ambiente pode ser feita deixando janelas abertas, a poluio do ar externo, principalmente por fumaa de veculos e emisses industriais, pode prejudicar a qualidade do ar de interno, O problema da contaminao ambiental traz tambm srias implicaes sobre o modo de construir e ocupar os prdios e as casas. possvel evitar a Sndrome dos Edifcios Doentes tomando algumas providncias: manter limpos os dutos e a bandeja de gua do ar-condicionado; providenciar ventilao ou sistema de ar-condicionado prprio nas salas de copiadoras para evitar que os gases liberados

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    caiam nos dutos e sejam inalados por todos; em casa, manter as janelas abertas sempre que possvel; evitar o acmulo de papis velhos e arejar gavetas e arquivos; limpar sempre carpetes e tapetes; para limpar o cho e as paredes, usar detergentes pela ao e no pelo cheiro; preferir materiais e mveis de fcil manuteno e limpeza, com superfcies lisas e claras). Os microrganismos crescem com mais facilidade em locais midos, cheios de p ou com pouca ventilao. impossvel e impraticvel a tentativa de eliminar toda a contaminao do ar interior, mas necessria a preveno para evitar a acumulao dos contaminantes. Referncias AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA. Resoluo RE n. 9, de 16 de janeiro de 2003. Determina a publicao de Orientao Tcnica elaborada por Grupo Tcnico Assessor, sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 20 jan. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2007. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6401 - instalaes centrais de ar condicionado para conforto - parmetros bsicos de projeto. ABNT, 1980. BETTERO, L. G. Sndrome do edifcio doente. Alergo House Biossegurana ambiental. BRASIL. Resoluo RE ANVISA/MS n. 9, de 16 de janeiro de 2003. Determina a publicao de orientao tcnica elaborada por grupo tcnico sobre padres referenciais de qualidade do ar interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 2003. CABANO. Necessidade de sistema de climatizao melhor projetados, operados e mantidos. Disponvel em: . Acesso em: 24 set. 2007. CASA DO ALRGICO. Alergias. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2007. FRANCO, Bernadette D. G. de M. S.F.D.K. Cincias. Disponvel em: . Acesso em: 24 set. 2007. HIGASKINO, Carmen Etsuko Kataoka; FIGEL, Izabel Cristina. Fotos dos fungos tiradas no Laboratrio de Microbiologia e Toxicologia do Tecpar, de amostragens de ar realizadas pelo laboratrio. Curitiba: Tecpar, 2007. HOOG, G. S de; GUARRO, J. Atlas of Clinical Fungi. Centraalburean voor Schimmelcultures/ Universitat Rovira i Virgili, 1995. INDOOR molds. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2007. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO. Qualidade do ar em estabelecimentos de uso pblico e coletivo. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2007. ITAIPU. Controle da qualidade do ar pelo Laboratrio Ambiental de Itaipu referncia

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    no Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2007. KULCSAR NETO, F.; SIQUEIRA, L. F. G. Padres referenciais para anlise de resultados de qualidade microbiolgica do ar em interiores visando a sade pblica no Brasil. Revista da Brasindoor, v. 2, n. 10, p. 4-21,1999. MINISTRIO DA SADE. Portaria n. 3526, de 28 de agosto de 1998. Aprova Regulamento Tcnico contendo medidas bsicas referentes aos procedimentos de verificao visual do estado de limpeza, remoo de sujidades por mtodos fsicos e manuteno do estado de integridade e eficincia de todos os componentes dos sistemas de climatizao, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e preveno de riscos sade dos ocupantes de ambientes climatizados. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 31 ago. 1998. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2007. SIQUEIRA, L. F. G.; DANTAS, E. H. M. Organizao e mtodos no processo de avaliao da qualidade do ar de interiores. Revista da Brasindoor, v. 3, n. 1, p. 19-26, 1999. U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Fundamentals of IAQ in Buildings. Disponvel em: . Acesso em: 18 set. 2007. Anexos Anexo 1 Fotos As fotos dos fungos e equipamentos foram tiradas por Izabel Cristina Figel e Carmen Etsuko Kataoka Higaskino no Laboratrio de Microbiologia e Toxicologia do Tecpar, de amostragens de ar realizadas pelo laboratrio. TECPAR Instituto de Tecnologia do Paran Laboratrio de Microbiologia e Toxicologia Curitiba - PR Fone: (41) 3316-3098 / 3316-3095 Fax: (41) 3316-3087 e-mail: [email protected] Site:

    Figura 7 - Placa para acoplar no amostrador de ar, preparada com o meio agar extrato de malte

    (amostra coleta do ar exterior em rea de mata ciliar). Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

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    Figura 8 - Placa com crescimento de fungo filamentoso, aps exposio de 15 minutos por

    sedimentao espontnea em ambiente interno. Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

    Figura 9 - Estufa de incubao das placas amostradas do ar, temperatura de incubao 25 C, por um

    perodo de 7 dias. Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

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    Figura 10 Amostrador de ar marca Millipore

    Fonte: HIGASKINO; FIGEL, 2007.

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    Anexo 2 Possveis fontes de poluentes biolgicos

    Fonte: ANVISA, 2003.

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    Anexo 3 Possveis fontes de poluentes qumicos

    COV Compostos Orgnicos Volteis. COS-V Compostos Orgnicos Semi-Volteis. Fonte: ANVISA, 2003.

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    Nome do tcnico responsvel Carmen Etsuko Kataoka Higaskino Izabel Cristina Figel Maria Paula Assis Yamada Nome da Instituio do SBRT responsvel Instituto de Tecnologia do Paran TECPAR Data de finalizao 26 set. 2007