25
Ouro Preto

OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Citation preview

Page 1: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

OuroPreto

Page 2: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

C331o Carvalho, Márcio

Ouro Preto: uma viagem em pedra e ouro /

Márcio Carvalho; textos e poesias de Cristina

Carvalho. – Itaúna: Universo Cultural, 2013.

200p. Il. (fotografias)

Textos e poesias em português, inglês e

espanhol.

ISBN: 978-85-66081-02-2

1.Ouro Preto – Aspectos históricos: culturais:

turísticos. I. Carvalho, Cristina. II. Título.

CDD 981.51

CDU 908(815.1)

Maria das Graças Sacco

CRB 6-297

fotografia

Márcio Carvalho

textos

Cristina Carvalho

projeto gráfico

Alan Lima

tradução para o inglês

Maria Vieira

tradução para o espanhol

Jerusa Queiroz

revisão português

Pedro Diniz

revisão inglês

Luciano Mendes

revisão espanhol

Eva Moreira

colaboradores

Elimar Alves Pereira

Catherine Peck

Simon Wicks

impressão

Rona Editora

Page 3: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

OuroPreto

Márcio Carvalhotextos: Cristina Carvalho

Universo CulturalItaúna – 2013

uma viagem em pedra e ouro

Page 4: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Igreja São Francisco de Assis. O Mestre Ataíde

representou a assunção de Nossa Senhora com uma

obra artística no forro da nave. Os anjos de várias

faixas etárias – crianças, jovens e adultos – todos

mulatos e músicos, conduzem Nossa Senhora ao céu.

Saint Francis of Assisi Church. The painting by

Mestre Ataíde on the ceiling above the aisle, depicts

the Assumption of Our Blessed Lady. Angels

representing different stages in life – as children,

young adults and adults – all of them mulato

musicians, lead the Blessed Lady to heaven.

Iglesia São Francisco de Assis. El maestro Athaíde,

representó la ascensión de la Virgen a través de una

obra artística en el techo de la nave. Los ángeles de

diferentes edades – niños, jóvenes y adultos – todos

mulatos y músicos, conducen la Virgen al cielo.

Page 5: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro
Page 6: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

8

Centro histórico

Centro histórico

Historic Town Centre

Page 7: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

9

Hino do Município de Ouro Preto 110Ouro Preto por Cristina Carvalho 130Ouro Preto por Márcio Carvalho 210

Referências 200

Hymn of the city of Ouro Preto 110Ouro Preto by Cristina Carvalho 130

Ouro Preto by Márcio Carvalho 210References 200

Himno de la ciudad de Ouro Preto 110Ouro Preto por Cristina Carvalho 130

Ouro Preto por Márcio Carvalho 210Referencias 200

Sumário Summary Resumen

Page 8: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

10

Page 9: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Hino do Município de Ouro Preto

letra por Carlos Veloso

melodia por Augusto Correa Magalhães

Em cada aresta de pedraUma epopéia ressoa

Na terra formosa e boaOnde a grilheta não medra.

RefrãoA terra, que um cento de anos

Duas vezes viu passarPossui, dos ouropretanos,

Em cada peito um altar (bis)

A névoa que cobre a rochaDo mais brando e puro véu,

Quando a manhã desabrocha,É um beijo que vem do céu.

Os fatos de Vila RicaLembram raças titãs,Cuja memória nos fica

Para os mais nobres afãs.

Guarda o seio das montanhasOs áureos filões mais ricos.Contempla os altos picosDas laceradas entranhas.

Protege, Deus, estes laresDos filhos dos bandeirantes,

Por estas serras gigantesSão outros tantos altares.

Page 10: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

12

Page 11: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

black gold, impetuous gold, shiny gold, glorious gold, fine gold, tyrannical gold, hidden gold, meaning gold, libertarian gold. The gold that is gone and the gold that is still left. Gold that wrote our History and shaped our culture! In every corner, in every rock, in every brick in the walls the past whispers the strength of each myth, plans and decisions… The tolerated weight, the greed and the glory. Pieces of memory that keep the living city of today, a rich inheritance that drags along centuries of history and feeds the modern dynamics.

In 1693 adventurous men pioneered through coarse ways into the mountains of Minas Gerais searching for wealth. Taking along their families, slaves and rudimentary tools. In a rough manner they went through the forests and mountains, many times fighting natives that were expelled from the shore. Paulistas, or Bandeirantes (Flagbearer) – members of

ouro negro, ouro fino, ouro ímpeto, ouro opressão, ouro liberdade, ouro esplendor, ouro tortuoso, ouro glória, ouro história, ouro cultural! Ouro que se esconde, ouro que se expressa. Aquele que se foi e o que ainda resta. Em cada pedra, em cada canto, nas ruas e construções, é possível ouvir o murmúrio do passado, a força de cada mito, planos, decisões... O peso tolerado, a cobiça e a glória. Recortes de memória que sustentam a cidade viva de hoje; rica herança que arrasta as lembranças de uma história secular e alimenta a dinâmica pós-moderna.

Em 1693, a busca pela riqueza fácil e o espírito de aventura levou muitos homens a se embrenharem pelos caminhos ásperos das montanhas de Minas Gerais. Iam juntamente com as famílias, escravos, instrumentos de mineração. De forma rude, atravessavam florestas e vales, muitas vezes lutando contra índios expulsos do litoral. Paulistas,

¡oro negro, oro fino, oro ímpetu, oro opresión, oro libertad, oro esplendor, oro tortuoso, oro gloria, oro historia, oro cultural! Oro que se esconde, oro que se expresa. Aquél que se fue y el que todavía queda. En cada piedra, en cada rincón, en las calles y construcciones, es posible oír el murmullo del pasado, la fuerza de cada mito, proyectos, decisiones…El peso tolerado, la codicia y la gloria. Recortes de memoria que sostienen la ciudad viva de hoy; rica herencia que arrastra los recuerdos de una historia secular y alimenta la dinámica posmoderna.

En 1693, la búsqueda por la riqueza fácil y el espíritu de aventura llevó a muchos hombres a adentrarse por caminos ásperos de las montañas de Minas Gerais. Iban juntos con las familias, esclavos, instrumentos de minería. De forma ruda atravesaban florestas y valles, muchas veces luchaban contra indios expulsados del litoral. Paulistas, denominados bandeirantes (pioneros), así como portugueses,

OuroPretopor Cristina Carvalho

Page 12: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

14

serpenteaban las sierras en búsqueda del oro con una sed insaciable y enloquecedora.

Nadie sabe quién descubrió la primera piedra de oro por aquella región. Cuenta la leyenda que cierto mestizo estaba a la orilla del río Tripuí – agua veloz en tupi – y cuando procuraba matar la sed, avistó, en el fondo del arroyo, piedras negras que decidió guardarlas. Después, las llevó a Taubaté, en São Paulo, de donde partió su bandera. De allá, las piedrecitas brillantes fueron enviadas al gobernador de Rio de Janeiro, que al partirlas, resultaron ser de oro puro. El mineral encontrado en la época, estaba cubierto por una fina capa de paladio, lo que explicaba su tonalidad oscura por fuera.

La noticia se extendió y despertó la imaginación de muchos aventureros que fueron avanzando por los bosques en busca del pico de Itacolomi – “piedra niño” – que seria el punto de referencia donde la piedra preciosa había sido encontrada. Fue entonces, en 1698, en la noche de San Juan que una expedición paulista avistó en la oscuridad, el pico tan deseado. Desde entonces, se formó allí una aldea. Los bandeirantes (pioneros) irguieron capillas rústicas como forma de gratitud y devoción cristiana. En una de esas humildes construcciones, fue celebrada la primera misa de la región.

Treinta años después, el poblamiento era intenso en aquella área. Casi cuarenta mil personas, estimuladas directa o indirectamente por la loca carrera hacia la riqueza. El oro era mucho, pero también era mucha la ambición humana, lo que generó hambre, desórdenes y dificultades, hizo con que muchos aventureros volviesen a sus tierras de origen.

Entre 1708 y 1709, los paulistas se rebelaron contra los forasteros, muchos de ellos portugueses, pernambucanos y baianos. Igual que los paulistas, los portugueses también

the expeditions called “Bandeiras” – as well as the Portuguese, would snake their way across hills and valleys in order to quench their mad and endless thirst for gold.

There are no written records explaining how the first gold nugget was found in that region. Legend tells that this “mulato” (a person of African and European ancestry) was wandering along Tripuí river (rapids in tupi-guarani the language of the indigenous population) looking for drinkable water when some black nuggets at the bottom of the river called his attention. He collected and took them to Taubaté in São Paulo from where his expedition had left. From there, those shiny lumps were taken to the Governor of Rio de Janeiro who, after breaking them found out they were pure gold. The slumps had a thin cap of Paladium on, which explained their dark colour.

Word spread and provoked the imagination of more and more adventurous people into the woods through Itacolomi Peak (baby-rock in Tupi Language) – the site where that precious lump had been found. In 1698, in a “Noite de São João” (St. John`s Eve – St John is the Patron Saint for harvest in Brazil) a group of explorers – the Paulistas – spotted the hill and set camp where would later become a small village. As zealous Christian devotees they built primitive chapels and celebrated a Mass to show their gratitude.

Thirty years later, the population had increased to 40 000 people that had been, one way or another, motivated by the crazy gold race. There was a lot of gold, but also a lot of greed, which led to hunger, disorder and enough hardship to make many people go back to their origins.Between 1708 and 1709 the Paulistas rebelled against other groups of foreigners

denominados bandeirantes, bem como portugueses, serpenteavam as serras em busca do ouro numa sede insaciável e enlouquecedora.

Ninguém sabe quem descobriu a primeira pedra de ouro por aquela região. Narra a lenda que certo mulato estava à beira do rio Tripuí – “água veloz” em tupi – e quando procurava matar sua sede, avistou, no fundo do córrego, pedras negras que resolveu guardar. Depois, levou-as para Taubaté, em São Paulo, de onde partira a sua bandeira. De lá, as pedrinhas reluzentes foram enviadas ao governador do Rio de Janeiro que, ao parti-las, descobriu serem ouro puro. O mineral encontrado na época era encoberto por uma camada fina de paládio, o que explicava sua tonalidade escura por fora.

A notícia se espalhou e provocou a imaginação de mais aventureiros que se introduziram nas matas à procura do pico do Itacolomi – “pedra menino” – que seria o ponto de referência para o lugar onde a pedrinha preciosa havia sido encontrada. Foi então, em 1698, na noite de São João, que uma expedição de paulistas distinguiu, em meio à escuridão, o pico tão almejado. A partir de então, formou-se ali um arraial. Os bandeirantes ergueram capelas rústicas como forma de agradecimento e devoção cristã. Em uma dessas humildes construções, foi celebrada a primeira missa da região.

Trinta anos depois, o povoamento era intenso naquela área, chegando perto de 40 mil pessoas, estimuladas direta ou indiretamente pela louca corrida por riqueza. O ouro era muito, mas também era muita a ganância humana, o que gerou fome, desordens e dificuldades, fazendo com que diversos aventureiros retornassem às suas terras de origem.

Entre 1708 e 1709, os paulistas se revoltaram contra os forasteiros, muitos deles portugueses, pernambucanos e baianos. Tanto quanto

Page 13: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

15

reivindicaban la concesión de tierras y minas, y, así ocurrió la Guerra dos Emboabas. Los forasteros salieron victoriosos y la disputa por el oro resultó más democrática.

La vida de la ciudad empezó, entonces, a incrementarse. Varias aldeas mineras empezaron a desarrollarse. Surgieron el comercio, las pequeñas calles, nuevas construcciones; y aquella primitiva región fue elevada a la categoría de villa. En 1771, nacía Vila Rica de Albuquerque.

Una de las aldeas denominada Ouro Podre prosperó de forma rápida. Uno de sus más importantes exploradores era el comerciante portugués Pascoal da Silva Guimarães, que encontró oro en abundancia en las laderas del lugar y se enriqueció. Pascoal y sus partidarios, entre ellos Felipe dos Santos, indignados con el cobro de impuestos que establecía la recogida del 20% de todo el oro extraído para las arcas de la corona – el denominado “quinto” – además insatisfechos con el control de los portugueses y la puesta en marcha de casas de fundición, incitaron una rebelión conocida como la “Sedição de Vila Rica”. Sin embargo, el conde de Assumar reprimió duramente la rebelión y ordenó que incendiasen la aldea de Ouro Podre, hoy conocida como Morro da Queimada (Cerro de la Quemada). Pascoal fue condenado, Felipe dos Santos recibió la pena de ahorcamiento y después fue descuartizado.La corona abusaba del poder mientras el oro alcanzaba su auge y escurría de formas excusas. Muchas iglesias han escondido el resultado de la represión y de la lucha exhaustiva por la riqueza fácil. El oro era ocultado dentro de imágenes de santos – los “santos do pau oco” (figuras religiosas de madera ahuecadas). Se sabe que la cantidad de oro que fue retirada es mucho más que la registrada oficialmente. Era la guerra silenciosa por detrás de la ganancia de la corona. Un momento glorioso era experimentado por muchos;

– Portuguese, Pernambucanos and Baianos. As much as the Paulistas, the Portuguese demanded the right for land and mines. It resulted in a war known as Guerra dos Emboabas, in which the outsiders were victorious, making the race for gold more democratic.

Life in the city began to be upgraded. Many small villages of miners started to develop. Now there was commerce, small streets, new buildings – and that primal land was raised to the class of village. By 1711 the town of Vila Rica de Albuquerque was born.

One of its hamlets, Ouro Podre developed fast. One of its greatest explorers was the Portuguese merchant Pascoal da Silva Guimarães, who had found loads of gold in the hillsides of the region and became rich. Pascoal and his mates, amongst which was Felipe dos Santos, were affronted by the taxes that determined that 20% of all extracted gold should be given to the Crown – what was known as the “quinto”. They also rebelled against the tight control kept by the Portuguese, as well as the set up of the foundry houses, inciting a rebellion that became known as the Sedição de Vila Rica (Vila Rica`s Riot). But, commanded by the Count of Assumar, the Crown’s forces responded by setting fire to the village of Ouro Podre, nowadays known as Morro da Queimada (Burned Hill). Pascal was condemned and Felipe dos Santos was hanged and his body quartered.

The Portuguese Crown abused the power while gold extraction reached its peak and was traded furtively in order to avoid tax. Amounts of gold were hidden inside churches, using hollow sculptures of saints carved in wood as a way to escape coercion. This practice created the adjective “Santo do

os paulistas, os portugueses também reivindicavam a concessão de terras e minas; e, assim, ocorreu a Guerra dos Emboabas. Os forasteiros acabaram vitoriosos e tornaram mais democrática a disputa pelo ouro.

A vida da cidade começou, então, a ser incrementada. Vários arraiais mineradores começaram a se desenvolver. Surgiram o comércio, as pequenas ruas, novas construções; e aquela primitiva região foi elevada à categoria de vila. Em 1711, nascia a Vila Rica de Albuquerque.

Um dos arraiais denominado Ouro Podre prosperou de forma rápida. Um de seus maiores exploradores era o comerciante português Pascoal da Silva Guimarães, que encontrara ouro em abundância nas encostas do local e enriquecera. Pascoal e seus partidários, entre eles Felipe dos Santos, indignados com a cobrança de impostos que determinava o recolhimento de 20% de todo o ouro extraído para os cofres da coroa – o chamado “quinto” – bem como revoltados com o controle português e com a instalação de casas de fundição, incitaram uma rebelião conhecida como a Sedição de Vila Rica. Contudo, o Conde de Assumar reprimiu duramente a revolta, mandando incendiar o arraial de Ouro Podre, hoje conhecido como Morro da Queimada. Pascoal foi condenado, Felipe dos Santos recebeu a pena de enforcamento, e depois foi esquartejado.

A Coroa abusava do poder enquanto o ouro atingia seu auge e escorria de formas escusas. Muitas igrejas esconderam o resultado da repressão e da luta exaustiva pela riqueza fácil. Ocultava-se o ouro dentro de imagens de santos – os “santos do pau oco”. Sabe-se que muito mais ouro foi retirado do que os números que estão registrados oficialmente. Era a guerra silenciosa por trás dos ganhos da Coroa. Uma

Page 14: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

16

construcciones sofisticadas, fiestas barrocas, procesiones llenas de pompa. Era, en aquella época, el verdadero fausto de la vida social.

En 1763, la producción aurífera inició su descenso. Las minas daban señales de agotamiento, mientras crecía en el pueblo un sentimiento de insatisfacción.

Algunos años después, el nuevo gobernador estableció un impuesto obligatorio sobre todos los rendimientos atrasados del quinto del oro. Era la derrama, un valor que debía ser pagado al gobierno real por la sociedad hasta que se alcanzara el límite de la deuda. Todos tendrían que contribuir, independientemente de que sus ingresos procediesen de la extracción del oro o de otro tipo de actividad. Todo esto generó aún más inconformismo en la población.

En esta misma época, la ideología iluminista hizo eco en la conciencia de la sociedad minera; los pensamientos europeos inquietaban la mente de quienes estaban involucrados en los movimientos libertarios. Era el apogeo del pensamiento político. Querían luchar a favor de un ideal que aspiraba a la separación de la colonia de Portugal, querían un crecimiento industrial, escuelas, universidades, ¡querían la independencia!

La sociedad conspiraba y tramaba la conjuração mineira a favor de la libertad, pero el movimiento conocido como “Inconfidência Mineira” no alcanzó los vuelos planeados. Hubo denuncias y traiciones. Muchos de los involucrados retrocedieron y negaron la participación en el movimiento. Los pocos condenados, han sido considerados “Os Inconfidentes”; entre ellos Joaquim José da Silva Xavier, conocido como Tiradentes.La corona clamaba su opresión y no dejó en la impunidad a los que formaban y exponían sus opiniones. Como castigo, los sacerdotes

Pau-Oco”, meaning false, fake or pretend. It was a silent war against the Crown profits. Society in the Colony would experience ostentation as never before: sophisticated new buildings, wealthy Catholic rites, parties as extravagant as the baroque style that was flourishing in the Arts.

In 1763, though, mining started declining: as the mines ran low of gold, feelings of dissatisfaction run high among the people.

It was not long before another tax was imposed by the new Governor, which would have to make up for all the revenues that had not been paid until then. And it was compulsory to all, no matter the origins of their income, be it gold mining or any other activity. That way of taxation is recorded “A Derrama” (Yielding). All of this made people even unhappier.

In Europe, on the other hand, Enlightenment was the buzz word. New ideas boiled in the minds of the ones in libertarian movements. It was the peak of the political thought. They wanted to fight for an ideal which aimed to separate the colony from Portugal, they wanted more industries, schools, universities, they wanted Independence!

Society conspired and started the first movement against the Portuguese colonialism in Brazil in favor of freedom. This movement was named Inconfidência Mineira because of betrayal and mistrust among the people involved. Those who were condemned were named conspirators. Among them, Joaquim José da Silva Xavier, known as Tiradentes.

The Crown was openly oppressive, and did not let the ones who had and exposed their opinions get away with it. The clergymen were punished by being sent to monasteries

fase gloriosa era experimentada por muitos; construções sofisticadas, festas barrocas, procissões cheias de pompa. Era, naquela época, o verdadeiro fausto da vida social.

Em 1763, a produção aurífera iniciou seu declínio. As minas davam seus sinais de esgotamento, enquanto crescia no povo um sentimento de insatisfação.

Alguns anos depois, o novo governador estabeleceu um imposto compulsório sobre todos os rendimentos atrasados do quinto do ouro. Era a derrama, um valor que deveria ser pago ao governo real pela sociedade até que se atingisse o limite da dívida. Todos teriam que contribuir, independentemente de a renda provir da extração do ouro ou de outro tipo de atividade. Tudo isso gerou ainda mais inconformismo na população.

Nessa época, a ideologia iluminista ecoava na consciência da sociedade mineradora; os pensamentos europeus inquietavam a mente daqueles que se envolviam em movimentos libertários. Era o apogeu do pensamento político. Queriam lutar a favor de um ideal que visava à separação da colônia de Portugal, queriam um crescimento industrial, escolas, universidades, queriam a independência!

A sociedade conspirava e tramava a conjuração mineira em favor da liberdade, mas o movimento conhecido como Inconfidência Mineira não alçou os voos intentados. Houve denúncias e traições. Muitos dos envolvidos recuaram negando a participação no movimento. Os poucos que foram condenados foram considerados “Os Inconfidentes”; entre eles Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes.

A Coroa bradava sua opressão e não deixou impunes aqueles que formavam e expunham suas opiniões. Puniu os padres enviando-os para

Page 15: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

17

fueron enviados a los monasterios de Lisboa. Los líderes del movimiento fueron detenidos durante tres años y luego exiliados en África. Tiradentes, que ha confesado abiertamente su participación, fue condenado a muerte. Después de haber sido ahorcado, fue descuartizado y la cabeza fue expuesta en Vila Rica, en el local donde actualmente se ubica la plaza que lleva su nombre. El poeta Cláudio Manoel da Costa, fue encontrado muerto de forma sospechosa y fue declarado suicida.

En el comienzo del siglo XIX, Vila Rica ya no era considerada como una referencia económica. Sin embargo, políticamente activa e independiente, recibió en 1823, el nombre de “Imperial Cidade de Ouro Preto” y fue erguida como la capital de Minas Gerais hasta 1897. En 1933, fue oficializada Patrimonio de la Memoria Nacional. En 1980, fue considerada por la UNESCO, Patrimonio Histórico y Cultural de la Humanidad. Finalmente, en 1986, fue declarada bien patrimonial por el IPHAN – “Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”.

La historia de Ouro Preto va más allá de una narrativa de disputas, liderazgos, ideologías y heroísmo. Hay otras, entrelazadas de risas y lágrimas, historias de un pueblo que fue construido en un escenario entremezclado de oro y gloria, pero también de sufrimientos y luchas. Explosiones culturales, artísticas y arquitectónicas también tuvieron voz y vez, inspiradas por todo el contexto que era construido. Han concebido una sociedad, han dado vida a las calles, a los sobrados, a los templos, a los sentimientos de cada persona que llegaba y escribía allí su propia vida.

El auge del arte colonial en Minas Gerais es un hecho totalmente unido a la explotación del oro. Cuanto más se expandían las actividades de la minería más el arte barroco irrumpía con la pompa de sus formas y en la riqueza

in Lisbon. The leaders of the movement were arrested for three years and, after that, exiled in Africa. Tiradentes, who confessed his participation, was condemned to death. After being taken to the gallows, his body was quartered and his head exposed at the square that today holds his name, Praça Tiradentes (Tiradentes Square) in then “Vila Rica” (Wealthy Village) now “Ouro Preto” (Black Gold). The poet Claudio Manoel da Costa was murdered in a suspicious way in prison and said to have committed suicide.

By the beginning of the 19th century Vila Rica had already lost its reputation as great economical centre. Politically active, though, in a new-born country as Brazil had just conquered its independence from Portugal, Ouro Preto becomes definitely a cultural and historical reference. In 1823, its name is changed to Cidade Imperial de Outro Preto (Imperial City of Ouro Preto) and became the capital of Minas Gerais state up to 1897. In 1933, it is listed by Patrimônio da Memória Nacional (National Memory Assets); in 1980 it is voted UNESCO`s Historical and Cultural Inventory and finally in 1986 it is listed by IPHAN (Inventory of Historical and Artistic Heritage).

The history of Ouro Preto lies beyond a narrative of disputes, leaderships, ideology and heroism. Struggle and sorrow, intertwined with stories of hope and glory, produced rich culture that blossomed in its Architecture, Literature, and Sculpture, giving birth to its streets, two-storey houses and churches.

The zenith of Colonial Arts in Minas Gerais was absolutely linked to gold digging. As mining expanded, the exquisite Baroque would find the perfect ground to flourish and show its excesses not only through the Arts but also through the extravagant

conventos em Lisboa. Os líderes do movimento foram presos por três anos e depois exilados na África. Já Tiradentes, que chegou a confessar abertamente sua participação, foi condenado à morte. Depois de ter sido enforcado, foi esquartejado e teve a cabeça exposta em Vila Rica, no local onde atualmente se encontra a praça que leva seu nome. O poeta Cláudio Manoel da Costa, encontrado morto de forma suspeita na prisão, foi declarado suicida.

No início do século XIX, Vila Rica deixava de ser apontada como referência econômica. Contudo, politicamente ativa e independente, recebeu, em 1823, o nome de Imperial Cidade de Ouro Preto e foi elevada à capital de Minas Gerais até 1897. Em 1933, foi oficializada Patrimônio da Memória Nacional. Em 1986, tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Enfim, em 1980, é considerada, pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

A história de Ouro Preto vai além de uma narrativa de disputas, lideranças, ideologias e heroísmo. Há outras, entrelaçadas de risos e lágrimas, histórias de um povo construídas em um cenário entremeado de ouro e glória, mas também de sofrimentos e lutas. Explosões culturais, artísticas e arquitetônicas também tiveram voz e vez, inspiradas por todo o contexto que se construía, e conceberam uma sociedade, deram vida às ruas, aos sobrados, aos templos, aos sentimentos de cada um que chegava e escrevia ali a sua própria vida.

O auge da arte colonial em Minas Gerais é um fato inteiramente ligado à exploração do ouro. Quanto mais as atividades mineradoras se expandiam, mais a arte barroca irrompia na pompa de suas formas e na riqueza rebuscada das solenidades e festas que marcavam a sociedade na época.

Page 16: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

18

rebuscada de las solemnidades y fiestas que marcaron la sociedad de la época.La estética barroca se ha revelado tanto en la literatura como en las artes plásticas. Los maestros de la creatividad expresaron sus habilidades en altares, construcciones, puentes, chafarices… Manoel da Costa Athayde, Francisco Xavier de Brito, entre otros, derrocharon sensaciones en la labor de cada monumento y manifestación artística. Antônio Francisco Lisboa, conocido como Aleijadinho, importante artista brasileño de la época colonial, fue capaz de superar su deficiencia física y transpuso de forma incomparable para sus obras, una energía y vibración singulares que sintetizaron y eternizaron toda la trama arquitectónica de las obras Barrocas Mineiras.

En el fervor cultural del siglo XVIII, grandes poetas y escritores también ocuparon su lugar y dominaron el movimiento literario denominado “Arcádia Mineira”. No han dejado pasar en silencio la sociedad que fue instaurada en Minas.

Allí, muchos nacieron o se establecieron; produjeron conceptos, inspiraron ideas, instigaron amores, pusieron en diálogo la política y sus ardientes aspiraciones literarias. Entre ellos, los poetas Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto; una tríada que entusiasmaba y arrebataba el movimiento árcade.

En la actual Vila Rica, las piedras, los ríos, las callejuelas todavía cantan los versos pasados, sofocan los dolores, murmuran las conspiraciones. Cada leyenda, cada paisaje, esconde misterios y nos remite a un pasado de disputas y glorias, pero también nos trae a un presente capaz de proporcionar momentos de vislumbre. Conocer Ouro Preto es como recordar todo el pasado histórico, encantarse con las histórias y la arquitectura; sin embargo, es también un paseo que revela mucho más que eso,

behaviour that shaped that colonial society.

Baroque aesthetics influenced Literature and Arts alike. It shaped bridges and fountains, wells, buildings, church altars. Manoel da Costa Athayde, Francisco Xavier de Brito among others, could lavish in its forms and concepts. As for Antônio Francisco Lisboa – o Aleijadinho (cripple) – one of the most important artists of colonial times. Despite his physical impairment, he was able to overcome his problems and place energy and vibration in his work, producing the very art that summarizes and perpetuate the concept of Baroque sculpture in Minas Gerais.

Those culturally effervescent years offered perfect ground for writers. Either those born here or passers-by could not avoid registering in prose and verse the scenario created by society of the 18th century. Inspiring writers like Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga and Inácio José de Alvarenga Peixoto formed a trinity of enthusiasts that wrote of politics and love, and found the movement in Literature known as Arcádia Mineira.

Rocks, rivers and alleys still hum those verses, murmur of conspiracy, soothe the pain in Vila Rica. Each legend is evocative of a past of disputes and glory in a landscape that can now raise high our spirits; strolling along Ouro Preto one can experience history, arts and crafts, the natural beauty surrounding idyllic towns; small sites that hide secrets, good flavours, knowledge and leisure.

Ouro Preto is not confined to its historical centre; it is made of twelve towns, each one bearing their unique identity: Lavras Novas, Cachoeira do Campo, Amarantina, São Bartolomeu, Glaura (Casa Branca), Santo Antônio do Salto, Santo Antônio do Leite, Rodrigo Silva,

A estética barroca se revelou tanto na literatura quanto nas artes plásticas. Os mestres da criatividade expressaram suas habilidades em altares, construções, pontes, chafarizes... Manoel da Costa Athayde, Francisco Xavier de Brito, entre outros, esbanjaram sensações no lavor de cada monumento e manifestação artística. Já Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, reconhecido como um importante artista brasileiro da época colonial, foi capaz de superar suas deficiências físicas e transpôs de forma singular para suas obras, uma energia e vibração singulares que sintetizaram e eternizaram toda a trama arquitetônica das obras barrocas mineiras.

No fervor cultural do século XVIII, grandes poetas e escritores também ocuparam seu espaço e dominaram o movimento literário denominado Arcádia Mineira. Não deixaram passar em silêncio a sociedade que era instituída em Minas.

Muitos ali nasceram ou se estabeleceram; produziram conceitos, inspiraram ideias, instigaram amores, colocaram em diálogo a política e suas ardentes aspirações literárias. Dentre eles, os poetas Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto; uma tríade que entusiasmava e arrebatava o movimento árcade.

Na atual Vila Rica, as pedras, os rios, as vielas ainda cantam os versos passados, sufocam as dores, murmuram as conspirações. Cada lenda, cada paisagem, esconde mistérios e nos remete a um passado de disputas e glória, mas também nos remete a um presente capaz de proporcionar momentos de vislumbre. Conhecer Ouro Preto é relembrar todo o passado histórico, encantar-se com as histórias e a arquitetura; contudo, é também um passeio que revela muito mais do que isso...

Page 17: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

19

son bellezas naturales preservadas, rinconcitos peculiares que guardan secretos sabrosos, artesanía, espacios de conocimiento y recreación.Ouro Preto no es solamente el centro histórico. Son doce los distritos que componen el municipio: Lavras Novas, Cachoeira do Campo, Amarantina, São Bartolomeu, Glaura (Casa Branca), Santo Antônio do Salto, Santo Antônio do Leite, Rodrigo Silva, Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Antônio Pereira y Engenheiro Correia. Cada uno de ellos resguarda de forma única, su trayectoria histórica y sus particularidades.

Es imposible separar la ciudad actual de su pasado. Es difícil conocer Ouro Preto sin disfrutar de lo antiguo junto a lo nuevo. Antiguedades, artesanía en pedra sabão (esteatita), culinaria, cultura, arte, música. Todo en profusión. La ciudad tiene su lado rudo y delicado, poético y musical. Guarda las laderas que cansan el cuerpo y descansan el alma. Lo estrecho de sus calles y aceras contrastan con la amplitud de las casonas y sus sótanos. Una visión externa que esconde lo inusitado. Son sensaciones que se necesitan vivirlas; es preciso pisar el suelo y dejarse llevar. Es una riqueza diferente del oro que fue anhelado durante siglos y muchas veces aún mueve la ambición humana. Ouro Preto tiene, inculcada en su suelo, una energía que se transforma, que es posible sentir en la naturaleza, en los colores, en los sabores. Lo que engrandece la ciudad es poder pisar las huellas de una historia que jamás podrá ser apagada, pues los registros están allí, bajo nuestras miradas.

Vivir la grandeza del pasado es fortalecer el presente, seguir escribiéndolo y hacer parte de la historia de Minas. Como decía Cecília Meireles, al reconocer el valor de la libertad – “¡esa palabra/que el sueño humano alimenta/que no hay nadie que la explique/y nadie que no la entienda!”

São belezas naturais preservadas, cantinhos peculiares que reservam segredos saborosos, artesanato, espaços de conhecimento e lazer.Ouro Preto não é somente o centro histórico. São doze os distritos que compõem o município: Lavras Novas, Cachoeira do Campo, Amarantina, São Bartolomeu, Glaura (Casa Branca), Santo Antônio do Salto, Santo Antônio do Leite, Rodrigo Silva, Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Antônio Pereira, Engenheiro Correia. Cada um deles resguarda, de forma única, sua trajetória histórica e suas particularidades.

É impossível separar da cidade atual o seu passado. É difícil conhecer Ouro Preto sem se deliciar com o antigo em meio ao novo. Antiguidades, artesanato em pedra sabão, culinária, cultura, arte, música. Tudo em profusão. A cidade tem seu lado rude e delicado, poético e musical. Guarda as ladeiras que cansam o corpo e descansam a alma. O estreito das ruas e passeios, em contraste com a amplitude dos casarões e seus porões. Uma visão externa que esconde o inusitado. São sensações que precisam ser vivenciadas; é preciso pisar o chão e se deixar levar. É uma riqueza diferente do ouro que foi almejado durante séculos e que muitas vezes ainda move a ganância humana. Ouro preto tem, inculcada no seu solo, uma energia que se transforma, que é possível sentir na natureza, nas cores, nos sabores. O que engrandece a cidade é poder pisar as marcas de uma história que não pode ser jamais apagada, pois os registros estão ali, aos nossos olhos.

Vivenciar a grandeza desse passado é fortalecer o presente, continuar a escrevê-lo e fazer parte da história de Minas. É como nos dizia Cecília Meireles, ao reconhecer o valor da liberdade – “essa palavra/que o sonho humano alimenta/que não há ninguém que explique/e ninguém que não entenda!”

Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Antônio Pereira, Engenheiro Correia.

It is impossible to split the city from its historical past. Ouro Preto is a mixture of the old and the new. It lavishes in culture: Colonial buildings, steatite (soap-stone) handicraft, cuisine, art, music; the opulence of its two-storey houses and basements contrast with its steep narrow streets as tiring to climb as it is fulfilling the accomplishment of doing it. Ouro Preto hides in its soil a different wealth: no longer the desired gold but a transforming energy we can feel as we step those streets and get carried away by its colours, natural beauty, flavours, smells and records of the past.

By preserving the past we make the present stronger; writing about it is keeping alive the history of Minas Gerais. As Cecília Meireles once said when talking about Liberty: “a word/ that feeds on human dreams/a word as easy to understand/as it is impossible to explain”.

Page 18: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

20

Page 19: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

OuroPretopor Márcio Carvalho

página esquerda

Centro histórico. Rua Direita.

left page

Historic Town Centre. Direita Road.

página izquierda

Centro histórico. Calle Derecha.

Na simplicidade de cada momento, a imagem comunga com tudo e todos. Podemos ser livres aqui. Viajar no inexistente pedaço de serenidade que almejamos. Aquele suspiro louco de alívio! Um punhado de pó espalhado no tempo. Desprender o invisível... Tocar o inatingível... Sentimentos explorados. Pousar a mão na existência. Doce luz do silêncio... Sonhos... Romance que nos enlaça. Frêmito! Embriagada lucidez. Escarcéu. Um nervoso delírio, a voz do coração! Um segredo doido. Gargalhadas de luz! Anseios de paz. Uma alegria em plenitude traspassando cada ato, cada gesto. Sementes que escolhemos em meio a tanta névoa. E tanta, tanta, dor. Plausível, afinal. Ilha. Pequenos e grandes acontecimentos explorados nos versos. Versos, inverso. Rebeldia e alento. Não poupamos o sóbrio cantar do vento. E por um momento, somos o tudo e o nada que queremos!

Cristina Carvalho

Page 20: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

22

Page 21: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

23

Page 22: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

24

páginas 22 e 23

Centro histórico

pages 22 and 23

Historic Town Centre

páginas 22 y 23

Centro histórico

Igreja Nossa Senhora do Carmo

Our Lady of Carmo Church

Iglesia Nossa Senhora do Carmo

Page 23: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

25

Page 24: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Our

o Pr

eto

– um

a vi

agem

em

ped

ra e

our

o

26

Centro histórico

Historic Town Centre

Centro histórico

Page 25: OURO PRETO - Uma Viagem em Pedra e Ouro

Ouro Preto – um

a viagem em

pedra e ouro

27