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Maximização do Bem-estar Social a azul escuro representa o excedente do produtor e a área a azul claro o do consumidor. A soma de ambas representa a função “o bem-estar social”. D P Q* p* S O mercado perfeitamente concorrencial garante a maximização do bem-estar social. A área

P S p* Q* · LP i min S:: min Cmd Cmd ⎧ =⇐< ⎨ ⎩ =⇐≥ S LP S LP LP q0 P qPCmg P No longo prazo, a curva da oferta da empresa corresponde à curva de Cmg acima no mínimo

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Maximização do Bem-estar Social

a azul escuro representa o excedente do produtor e a área a azul claro o do consumidor. A soma de ambas representa a função “o bem-estar social”.

D

P

Q*

p*

S

O mercado perfeitamente concorrencial garante a maximização do bem-estar social. A área

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O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo

No longo prazo, a empresa pode fazer ajustamentos na quantidade utilizada de todos os factores de produção (todos os factores são variáveis), o que significa que apenas existem custos variáveis. Significa então que a empresa prefere não produzir se não registar, no mínimo, um lucro normal (LT=0). Consequentemente, o limiar de encerramento coincide com o limiar de rentabilidade.

Então, no longo prazo, a empresa competitiva (Condição de maximização do lucro):Escolhe a quantidade óptima X*: P=CmgLP

Se, para X*: (Condição de encerramento de LP)P ≥ min CmdLP (LT≥0), então permanece do mercado;

P < min CmdLP (LT<0), então sai do mercado.

Situação de equilíbrio da empresa em período longo é diferente da situação de equilíbrio da empresa deperíodo curto. - Quando uma empresa está em equilíbrio de período longo também está em equilíbrio de período curto. - Um empresa pode estar em equilíbrio de período curto e não estar em equilíbrio no período longo.

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Q 0

CTM(Q,K1) CTM(Q,K3)

Q1 Q2 Q3

Cmdpl(Q)

Cmgpl(Q)

••

CMg(Q,K1) CMg(Q,K3)

u.m.

Dado que, no longo prazo, a empresa pode ajustar todos os factores produtivos, então deve escolher a dimensão 3 e produzir Q3, por forma a maximizar o seu lucro (área marcada no gráfico)

CTM(Q,K2)

CMg(Q,K2)

• •p*

O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo

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Q 0

CTM(Q,K1)

CTM(Q,K3)

Q1 Q3

Cmdpl(Q)

Cmgpl(Q)

•••

CMg(Q,K1) CMg(Q,K3)

u.m.

O mercado estabelece um preço de equilíbrio tal que, se a empresa estiver a utilizar a dimensão 1 no curto prazo, produz Q1 e aufere lucros normais. No entanto, no longo prazo, escolherá a dimensão 3, produzirá Q3 e os lucros passam a ser supranormais.

p*

O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo

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Q 0

CTM(Q,K1)

CTM(Q,K3)

Q1 Q3

Cmdpl(Q)

Cmgpl(Q)

CMg(Q,K1)

CMg(Q,K3)

u.m.

Se o mercado ditar este preço de equilíbrio e a empresa estivesse, no período curto, a utilizar a dimensão 3, então teria prejuízos (ver área a vermelho) ao produzir Q3 (quantidade maximizadora do lucro). No longo prazo, escolheria a dimensão 1 e passaria a produzir Q1, auferindo lucros supranormais (área a azul).

p*

O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo

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O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo

LPi

min S :

: min Cmd

Cmd⎧ = ⇐ <⎨

= ⇐ ≥⎩

SLP

SLP LP

q 0 Pq P Cmg P

No longo prazo, a curva da oferta da empresa corresponde à curva de Cmgacima no mínimo do CmdLP.

Dado que, no longo prazo, a empresa pode ajustar todos os factores produtivos, então consegue produzir as mesmas quantidades a um menor custo. Significa então que a curva da oferta individual de longo prazo é menos inclinada que a curva da oferta individual no curto prazo.

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Equilíbrio da Indústria no Longo Prazo

No longo prazo, há livre entrada e saída de empresas no mercado↓

• as empresas só permanecerão no mercado se não tiverem prejuízos; se houver saída de empresas, a oferta diminui, provocando uma subida do preço do mercado até ao limiar de rentabilidade • se o preço estiver acima do limiar de rentabilidade, as empresas instaladas auferem lucros supranormais, o que vai atrair novas empresas para o mercado; essa entrada de novas empresas vai provocar um aumento da oferta e, logo, uma diminuição do preço de mercado que só cessará quando o lucro for nulo.

Condições de equilíbrio da indústria em período longo:- todas as empresas estão em equilíbrio de longo prazo, isto é, a maximizar os lucros relativamente às curvas de custo de período longo (P=Cmgpl);- não existir incentivo para a entrada e saída de empresas.

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Equilíbrio da Indústria no Longo Prazo

Se LT > 0 ⇒ entrada de empresas no mercado ⇒ expansão da oferta ⇒ descida do preço de equilíbrio de mercado ⇒ LT

Se LT < 0 ⇒ saída de empresas do mercado ⇒ contracção da oferta ⇒ aumento do preço de equilíbrio de mercado ⇒ LT

Assim, no longo prazo, o equilíbrio da indústria corresponde àigualdade:

P=min CmdPL (LT=0): é o único preço compatível com a estabilidade do número de empresas e o equilíbrio da empresa no

longo prazo.

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A Função Oferta da Indústria a Custos Constantes no Longo Prazo

No longo prazo, a função oferta da indústria é uma linha horizontal ao nível do mínimo custo médio de longo prazo.

Tal como no caso da oferta individual, a curva da oferta da indústria no longo prazo é menos inclinada (mais elástica) do que a existente no curto prazo.

Q

Slp ⇔ P = min Cmdlp

Scp

u.m.

D D'

E''E

E'S'cp

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Se a curva da oferta da empresa é mais elástica a longo prazo, a curva da oferta de mercado ainda o será mais, já que o facto do número de empresas a laborar no mercado poder variar, ainda torna a oferta de mercado mais sensível a variações no preço. O equilíbrio da indústria no período longo será determinado pelo confronto entre a curva da procura e a curva da oferta de período longo.

Q

Slp ⇔ P = min Cmdlp

Scp

u.m.

D D'

E''E

E'S'cp

A Função Oferta da Indústria a Custos Constantes no Longo Prazo

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Efeitos da Deslocação da Função Procura numa Indústria a Custos Constantes

Admitamos que o mercado está em equilíbrio no longo prazo. Admitamos ainda que há um aumento da procura de D para D’. Então:• no curto prazo, P = P2, (E→E’) e a quantidade óptima é X2 (P2=Cmgcp), sendo o lucro supranormal;• no longo prazo, os lucros supranormais são um incentivo à entrada de empresas, registando-se uma expansão da oferta e, portanto, uma descida do preço, até que este volte ao nível inicial e os lucros económicos sejam nulos (E’’). Assim, no longo prazo, o preço mantém-se, assim como a quantidade produzida por cada empresa. A quantidade transaccionada no mercado aumenta, o que é possível devido ao aumento do nº de empresas. No fundo, o nº de empresas é a variável de ajustamento.

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Aplicação: Impostos / Subsídios

Imposto / subsídio.

lump sum (ou de soma fixa): são independentes do nível do output e, como tal, não distorcem a eficiência da economia;

• específico (ou unitário): corresponde a um montante fixo por unidade de produto (são proporcionais à quantidade);

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Efeitos do Imposto Fixo Sobre o Equilíbrio da Indústria

Efectuando a análise dos seus efeitos pela via da oferta, este imposto tem a natureza de um custo quase fixo: é invariável com a quantidade produzida, mas quando decide não produzir, a empresa não paga o imposto. Como é afectado o equilíbrio da indústria?• No curto prazo, porque a função Cmg não se altera, então a oferta individual e da indústria não se alteram, pelo que a quantidade e o preço de equilíbrio são os mesmos, só se reduzindo o lucro das empresas. O imposto é pago à custa do excedente do produtor.

CVM= CVM’

CmgPC = Cmg’PC

q

$

CTM

Q

$

SPC

Empresa Mercado

q* n.q*

P*

D

CTM’

• •

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Efeitos do Imposto Fixo Sobre o Equilíbrio da Indústria

Suponhamos que a indústria está em equilíbrio de longo prazo e é lançado um imposto fixo. No curto prazo, como cada empresa produz o mesmo ao mesmo preço (o que garante o lucro normal antes do lançamento do imposto), passa a ter prejuízos. O número de empresas existentes no mercado diminuirá, ajustando-se ao novo mínimo do custo médio de período longo (ao novo limiar de rentabilidade). Assim, no novo equilíbrio, existirão menos empresas, cada uma delas produzindo mais (se bem que em termos agregados a quantidade transaccionada diminua) e vendendo a um preço mais elevado.

CmgPL = Cmg’PL

q

$

Q

$

S’PL

Empresa Mercado

n2.q2*

p2*

D

CmdPL’

CmdPL

S PL

n1.q1*q2

*q1*

p1*

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Preâmbulo à Análise dos Efeitos do Imposto Específico

A análise dos efeitos do imposto específico pode ser feita usando a relação:

em que pc designa o preço que o consumidor paga e pp preço que o produtor recebe.Quando é introduzido um imposto específico, o preço que o consumidor paga deixa de ser igual ao preço que o produtor recebe. A quantidade oferecida de um bem representa a quantidade que os produtores podem e desejam vender em função do preço que recebem, ceteris paribus. A quantidade procurada de um bem representa a quantidade que os consumidores podem e desejam comprar em função do preço que terão que pagar, ceteris paribus. Assim, o equilíbrio após o lançamento do imposto específico só poderá ser determinado depois de manipular ou a função oferta ou a função procura. A função oferta ou procura, depois de manipulada, passa a ser apercebida.

• Análise via oferta – a quantidade oferecida terá que aparecer em função do preço que o consumidor paga (a função oferta desloca-se paralelamente para a esquerda e para cima);• Análise via procura – a quantidade procurada terá que aparecer em função do preço que o produtor recebe (a função procura desloca-se para baixo e para a esquerda).Só iremos fazer a análise via oferta.

c pp p t= +

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Efeitos do Imposto Específico Sobre o Equilíbrio da Indústria

CVM

Cmg’PC

q

$

CTM

Q

$SPC

Empresa Mercado

D

CTM’

CmgPC

CVM’

t

t

n.q2* n.q1

*q2*q1

*

••

••

S’PC

Efectuando a análise dos seus efeitos pela via da oferta, no curto prazo, o lançamento de um imposto unitário faz deslocar o custo médio e o custo marginal paralelamente para cima. A oferta de período curto da indústria diminui (desloca--se para a esquerda e para cima), o que faz com que o preço pago pelo consumidor (pc2

*) aumente e que o preço recebido pelo produtor diminua (pp2*). A quantidade

transaccionada no mercado diminui, assim como a quantidade produzida por cada empresa.

p1*

pc2*

pp2*

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Efeitos do Imposto Específico Sobre o Equilíbrio da Indústria

CmgPL

q

$

Q

$

S’PL

Empresa Mercado

n2.q1*

p2*

D

CmdPL’

CmdPL

S PL

n1.q1*q1

*

p1*

••

Cmg’PL

Se a indústria está em equilíbrio de longo prazo e é lançado um imposto específico, então cada empresa enfrenta prejuízos. O número de empresas existentes no mercado ajustar-se-á ao novo mínimo do custo médio de período longo (ao novo limiar de rentabilidade). Resolvendo o novo equilíbrio pelo lado da oferta, como a função de custo médio de período longo se desloca paralelamente para cima, a quantidade produzida por cada empresa mantém-se (apesar da quantidade transaccionada no mercado diminuir). O preço recebido pelos produtores é o mesmo (p1

*): no longo prazo, os consumidores suportam inteiramente o imposto específico.