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CADERNO DE PROVAS HISTÓRIA EDITAL Nº 05/2014-REITORIA/IFRN PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 25 de maio de 2014 INSTRUÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA Use apenas caneta esferográfica transparente com tinta nas cores azul ou preta. Escreva o seu nome completo e o número do seu documento de identificação no espaço indicado nessa capa. A prova terá duração máxima de 4 (quatro) horas, incluindo o tempo para responder a todas as questões do Caderno de Provas e para preencher a Folhas de Respostas. O Caderno de Provas somente poderá ser levado depois de transcorridas 2 (duas) horas do início da aplicação da prova. Confira, com máxima atenção, o Caderno de Provas, observando se o número de questões contidas está correto e se há defeito(s) de encadernação e/ou de impressão que dificultem a leitura. Confira, com máxima atenção, a Folha de Resposta, observando se seus dados (o nome do candidato, seu número de inscrição, a opção Matéria/Disciplina e o número do seu documento de identificação) estão corretos. Em havendo falhas no Caderno de Provas e/ou na Folha de Respostas, comunique imediatamente ao fiscal de sala. A quantidade de questões e respectivas pontuações desta prova estão apresentadas a seguir: PROVA ESCRITA NÚMERO DE QUESTÕES TOTAL DE PONTOS PROVA OBJETIVA 50 100 Para cada questão de múltipla escolha, há apenas 1 (uma) opção de resposta correta. A Folha de Resposta não poderá ser dobrada, amassada ou danificada. Em hipótese alguma, a Folha de Resposta será substituída. Assine a Folha de Resposta nos espaços apropriados. Preencha a Folha de Resposta somente quando não mais pretender fazer modificações. Não ultrapasse o limite dos círculos na Folha de Respostas das questões de múltipla escolha. Ao retirar-se definitivamente da sala, entregue a Folha de Respostas ao fiscal. O Caderno de Provas somente poderá ser conduzido definitivamente da sala de provas depois de decorridas duas horas do início das provas. NOME COMPLETO: DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO: P12

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CADERNO DE PROVAS HISTRIA EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN PROFESSOR DO ENSINO BSICO, TCNICO E TECNOLGICOINSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 25 de maio de 2014 INSTRUES GERAIS PARA A REALIZAO DA PROVA Use apenas caneta esferogrfica transparente com tinta nas cores azul ou preta. Escreva o seu nome completo e o nmero do seu documento de identificao no espao indicado nessa capa. A prova ter durao mxima de 4 (quatro) horas, incluindo o tempo para responder a todas as questes do Caderno de Provas e para preencher a Folhas de Respostas. O Caderno de Provas somente poder ser levado depois de transcorridas 2 (duas) horas do incio da aplicao da prova. Confira,commximaateno,oCadernodeProvas,observandoseonmerodequestes contidas est correto e se h defeito(s) de encadernao e/ou de impresso que dificultem a leitura. Confira,commximaateno,aFolhadeResposta,observandoseseusdados(onomedo candidato,seunmerodeinscrio,aopoMatria/Disciplinaeonmerodoseudocumentode identificao) esto corretos. EmhavendofalhasnoCadernodeProvase/ounaFolhadeRespostas,comunique imediatamente ao fiscal de sala. A quantidade de questes e respectivas pontuaes desta prova esto apresentadas a seguir: PROVA ESCRITANMERO DE QUESTESTOTAL DE PONTOS PROVA OBJETIVA50100 Para cada questo de mltipla escolha, h apenas 1 (uma) opo de resposta correta. AFolhadeRespostanopoderserdobrada,amassadaoudanificada.Emhiptesealguma,a Folha de Resposta ser substituda. Assine a Folha de Resposta nos espaos apropriados. Preencha a Folha de Resposta somente quando no mais pretender fazer modificaes. NoultrapasseolimitedoscrculosnaFolhadeRespostasdasquestesdemltiplaescolha. Ao retirar-se definitivamente da sala, entregue a Folha de Respostas ao fiscal. O Caderno de Provas somente poder ser conduzido definitivamente da sala de provas depois de decorridas duas horas do incio das provas. NOME COMPLETO: DOCUMENTO DE IDENTIFICAO: P12 CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 2 QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA AS RESPOSTAS DESTAS QUESTES DEVERO SER ASSINALADAS NAFOLHA DE RESPOSTAS DAS QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA. EDUCAO PROFISSIONAL 1.Cognio o processo deconhecimentoque envolve ateno, percepo, memria, raciocnio, juzo, imaginao,pensamentoelinguagem.Aescolaqueatuanumaabordagemcognitivistadeensino-aprendizagem dever ter como funo A)promover um ambiente desafiador favorvel motivao intrnseca do aluno. B)criar condies para o desenvolvimento da autonomia do aluno. C)oferecer condies para que o aluno possa aprender por si prprio. D)reconhecer a prioridade psicolgica da inteligncia sobre a aprendizagem. 2.Na abordagem cognitivista do processo de ensino e aprendizagem, o conhecimento concebido como umaconstruocontnuaeessencialmenteativaemconstanteevoluo.Nessaabordagem,a aquisio do conhecimento se d por duas fases.Assinale a opo que contm as duas fases de aquisio doconhecimento na abordagem cognitivista e suas respectivas caractersticas. A)exgena-fasedaconstatao,dacpia,darepetio;eendgena-fasedacompreensodas relaes, das combinaes. B)concreta-fase quedurados 7aos 11 anos de idade emmdia; e abstratafase que considera leisgerais e se preocupa com o hipoteticamente possvel e tambm com a realidade. C)formal - fase do pensamento egocntrico, intuitivo, mgico; e operacional fase da capacidade de usar smbolos. D)acomodao - fase das dedues lgicas com o apoio de objetos concretos; e centralizao fase da incapacidade para se centrar em mais de um aspecto da situao. 3.DeacordocomaLDB(Lein9.394/1996),aEducaoProfissionalTcnicadeNvelMdioser desenvolvida nas formas:A)profissionalizanteeformaoinicialecontinuada-FIC,emcursosdestinadosatrabalhadoresque estejam cursando o ensino mdio. B)concomitanteeinterdisciplinar,emcursosdestinadosapessoasquetenhamconcludooensino fundamental. C)pluricurricular,namodalidadepresencial;esubsequente,oferecidasomenteaquemjtenha concludo o ensino fundamental. D)articulada com o ensino mdio; e subsequente, em cursos destinados a quem j tenha concludo o ensino mdio. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 3 4.A Lei 9.394/1996 estabelece que a educao profissional e tecnolgica, no cumprimento dos objetivos da educao nacional, A)integra-se aos diferentes nveis e modalidades de educao e s dimenses do trabalho, da cincia e da tecnologia. B)organiza-seem centrosinterescolaresdeacordocomademandaexigidadomercadodetrabalho em diferentes modalidades de ensino. C)proporcionaaoeducandoumahabilitaoprofissionalatravsdeaplicaodetestesvocacionais com base nas experincias adquiridas.D)visa o preparo do indivduo e da sociedade inspirada nos princpios de liberdade com prioridade na formao propedutica. 5.EmrelaoscaractersticasdoPROEJA,analiseasassertivasaseguireassinale(V)para verdadeiro e (F) para falso. ( ) ProgramaqueintegraaEducaoBsicaEducaoProfissionaledestina-seformao inicial e continuada de trabalhadores que tiveram seus estudos interrompidos na fase prpria de escolaridade, conforme determina a legislao educacional brasileira. ( ) Programaque,observandoasdiretrizescurricularesnacionaisedemaisatosnormativos, articula o ensino mdio e a educao de jovens e adultos, cujo objetivo atender formao de trabalhadores necessria ao desenvolvimento cientfico e tecnolgico do Pas. ( ) Programaqueimplicainvestigar,entreoutrosaspectos,asreaisnecessidadesde aprendizagemdosalunos,aformacomoproduziramseusconhecimentos,suaslgicas, estratgias de resolver situaes e enfrentar desafios. ( ) Programa que promove a superao do analfabetismo entre jovens com quinze anos ou mais, adultoseidosos,quevisamauniversalizaodoensinofundamentaleasuperaodas desigualdades sociais no Brasil. A opo que indica a sequncia correta A)F, V, F, V. B)V, F, V, F. C)V, F, F, V. D)F, F, V, V. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 4 CONHECIMENTOS ESPECFICOS 6.Oshistoriadoresconsideramosmapasdocumentosimportantesparaoconhecimentodopassado, porque os referidos documentos A)permitem a delimitao de comunidades polticas imaginadas e tm sido utilizados para a criao de sentimentos nacionais. B)so utilizados como uma das fontes principais para o conhecimento da movimentao das etnias e dos grupos humanos desenraizados.C)facilitam a visualizao de processos histricos, nas situaes em que seus autores e impressores gozam de credibilidade.D)ganharamdestaquecomodesenvolvimentodademografiahistricanoperododeexpanso dos imprios coloniais. 7.Otrabalhodohistoriadorrequeramanipulaodotempo,dosespaosedasescalas.Sobreessa questo, conclui-se que A)orelativismo,erigidocondiodemtodo,podesolucionarodilemadasubjetividadedo historiador. B)as teorias ps-modernas reduziram a importncia dos mtodos de representao do passado. C)as grandes narrativas e a histria total permitem a compreenso integral dos acontecimentos.D)omtododetrabalhodohistoriadortrazluzumpassadodistintodaquelequerealmente aconteceu. 8.Em2006,oMinistriodaEducaopublicouasOrientaesCurricularesparaoEnsinoMdio: Cincias Humanas e suas Tecnologias. Essas orientaes A)constroemumcurrculomnimodeHistriaparaserministradonasescolasbrasileiras,definindo contedoscomunsparatodooterritrionacional,oquefavoreceaigualdadedechancesdos alunos que sero submetidos ao ENEM. B)articulam as cincias humanas como um todo, ultrapassam as barreiras disciplinares e integram os contedos de Histria, Geografia,Sociologiae Filosofia, rompendo com as discusses especficas sobre cada um desses componentes curriculares. C)definem os referenciais tericos e metodolgicos que devero ser adotados, obrigatoriamente, pelas propostascurricularesdeHistria,atuandopreventivamentecontraaimplementaodepropostas conservadoras nas escolas brasileiras.D)indicamasexignciasimprescindveisparaqueoprofessoreaescolaelaboremoscurrculosde Histria que melhor se coadunem com as necessidades de formao dos alunos, considerando as especificidades das regies e das escolas. 9.Produtododilogoentremuitosinterlocutoresemuitasfontes,osaberhistricoescolarnaEducao deJovenseAdultos(EJA)permanentementereconstrudoapartirdeobjetivossociais,didticose pedaggicos.Nessaperspectiva,contemporaneamente,oensinodeHistriaministradonaEJAtem como um dos seus princpios: A)Selecionaroscontedosdeacordocomaexperinciaindividualdosalunos,minimizandoas temticas de natureza coletiva que vigoram nas grandes narrativas. B)Considerarqueosalunospossuemcaractersticasespecficas,comoovnculocomomundodo trabalho, as particularidades do convvio social e os aprendizados culturais. C)Respeitar o universo cultural dos jovens e adultos, reconhecendo a primazia dos saberes populares em relao ao conhecimento cientfico. D)Conhecer as realidades dos alunos, em seguida, escolher os contedos, privilegiando os elementos das identidades locais, sobrepondo-os identidade nacional. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 5 10.Osdoisfragmentosdocumentaisaseguir,produzidosemespaosetemposdiferentes,demostram percepes sobre patrimnio e identidade. DOCUMENTO 1DOCUMENTO 2 Em25marode1952,CarlosDrummonddeAndrade emitiuParecerTcnicoacercadotombamentohistrico daIgrejamatrizdaNSdaConceio,nacidadede Cachoeira do Sul. O parecer sentenciava: Em seu artigo 1 o Decreto-Lei n 25, de 30 de novembro de 1937, define o patrimnio histrico e artstico nacional comooconjuntodosbensmveiseimveisexistentes nopasecujaconservaosejadeinteressepblico querporsuavinculaoafatosmemorveisdahistria do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueolgico ou etnogrfico, bibliogrfico ou artstico. Ao que consta, no seachaaIgrejamatrizdaNSdaConceio,em CachoeiradoSul,EstadodoRioGrandedoSul, vinculadaafatomemorveldenossahistria,que justifiqueasuainclusonoLivrodoTomboHistrico. (grifos do autor) Em9dedezembrode2010,oPortaldoIPHAN noticiou: OConselhoConsultivodoPatrimnioCultural aprovouhojepropostadetombamentodoCentro HistricodeNatalapresentadapeloInstitutodo Patrimnio Histrico e Artstico Nacional Iphan [...]. Destaforma,anecessidadeeajustificativaparao tombamentonoserestringeapenasaumaspecto esttico do patrimnio cultural, mas a um conjunto de fatoresqueincluemosentimentodepertencimento da sociedade em relao a seus bens culturais. Fonte:FONSECA,MariaCecliaLondres.Opatrimnio emprocesso:trajetriadapolticafederalde preservao no Brasil. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2009. p. 253. Fonte: IPHAN. Centro histrico de Natal ganha ttulo depatrimnioculturaldoBrasil.Disponvel em:.Acessoem21abr. 2014 A partir da anlise desses documentos, infere-se corretamente que A)o Documento 1 externa o pensamento poltico do seu autor, que se contrapunha aos privilgios que o Estado brasileiro reservava Igreja Catlica enquanto o Documento 2 uma indicao do poder pblico sobre o que merece ser rememorado em uma cidade.B)o Documento 1 externa uma desobedincia oficial poltica de patrimnio empreendida por Vargas enquanto o Documento 2 uma demonstrao da poltica populista implementada no Brasil, a qual flexibiliza os critrios tcnicos com o intuito de ganhar a simpatia da populao. C)oDocumento1apresentaumvereditodoautor,queespelhaelementosdaideologiasocialista, segundoaqualapatrimonializaodosmonumentosumapolticaburguesaenquantoo Documento 2 explicita as polticas atuais do IPHAN para o tombamento de prdios histricos. D)oDocumento1vincula-seaumsentimentonacionalista,quedesejaconstruirumaidentidade nacionalhomogeneizadaenquantooDocumento2evidenciaqueaconstituiodeumpatrimnio se relaciona com a riqueza das formas de apropriao de um determinado espao pela populao. 11.O estudioso da linguagem, Roland Barthes, em A cmara clara, afirmou que a fotografia produz sobre o espectador um efeito de real, o que dificulta a compreenso de que a fotografia o real representado. Essa afirmao trazum problema a serenfrentado pelo professorde Histria que pretenda explorar a fotografia como recurso didtico na sala de aula. Nesse caso, o professor deve estar atento para o fato de que

A)afotografiacontmelementosdesubjetividade,demodoqueseuusoemsaladeaulapodeser recomendado desde que esteja associado a textos escritos. B)o uso da fotografia deve ser acompanhado da crtica interna e externa, desenvolvida e aplicada pela erudio histrica aos documentos, tal como defendem os historiadores desde o sculo XIX.C)ousodafotografiarequerareavaliaodanoodeverdadehistricaquepredominavaentreos historiadores em meados do sculo XIX.D)afotografiaforneceumaimagemestticadarealidade,comprometendooelementodemaior interesse para o historiador, ou seja, a percepo da dinmica social.CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 6 12.Um professor apresentou aos seus alunos a tela Estao Saint-Lazare: o trem para Normandia, pintada na Franaem 1877por ClaudeMonet, epediuqueeles fizessem uma associao entrea pinturaea sociedade na qual o quadro foi produzido. Disponvel em:. Acesso em 02/05/2014. Considerando seu conhecimento histrico, o professor relacionou a pintura com a sociedade do sculo XIX e afirmou que essa tela de Monet A)exploraasimbologiadoprogressotcnicoeoimpactodosavanostecnolgicossobreomeio ambiente. B)apresenta asimpresses do autorsobreo mundo aps a Revoluo Industrial,demonstrando seu interesse pelas paisagens estticas. C) utilizarefernciasmitolgicasereligiosaspararefletiravidacotidianaeanovaParis,construindo impresses momentneas e fugazes do dia a dia. D) capta a funo da mquina na paisagem urbana e as mudanas gradativas que caracterizam a vida moderna. 13. O componente curricular Histria, nos dias de hoje, pode ser caracterizado A)pelaintegraosCinciasHumanasesuasTecnologias,queserelacionacomaperdada especificidade do seu campo disciplinar na escola bsica. B)pelarealizaodetrocaseaproximaesentreaHistriaeoutrosdomniosdeconhecimento, como a psicologia e a ecologia.C)pelopredominnciadecurrculoscominflunciamarxista,oquetemfavorecidoparao aprimoramento do senso crtico dos alunos. D)pelofortalecimentodeumaidentidadenacionalcomum,emrazodediretrizesestabelecidasem exames padronizados para todos os brasileiros, como o ENEM e o ENADE. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 7 14.PesquisandoaaodosrgosestataisnoRioGrandedoNortedadcadade1920,tomamos conhecimentodequeaDiretoriaGeraldeHigieneeSadePblicaformulouumarecomendaoque apareceemdecretodesetembrode1921,estabelecendoasobrigaesdaPolciaSanitriadas Habitaes e do Inspetor Sanitrio e Fiscal Geral.Cabia ao Inspetor Sanitrio e Fiscal Geral: visitassystematicasatodasashabitaesemgeral,privadasoucollectivas,incluindoquintaesepateos, fabricas, oficinas, mercados, hotis,cafs, cocheiras, estbulos, bem como os terrenos e logradouros pblicos, ondeallemdeatenderssuascondieshygienicas,asseio,conservaoeestadodesadedosmoradores, verificarainstalaoeofuncionamentodosaparelhossanitriosedosreservatriosdegua,equaisquer outrascondiesqueinteressemsadepublica,providenciandoparaquesecorrijamasfaltasencontradas, intimando e multando os responsveis pela falta de cumprimento das intimaes. Fonte: Rio Grande do Norte, 1922, apud Uma cidade s e bela: a trajetria do saneamento de Natal, 1850-1969.Org. Angela L. Ferreira et al. Natal: IAB/CREA, 2008, p. 93. Diante desse dado, o professor pretendeexplorar com seus alunos essa passagem do documento e os processoshistricosesociaisocorridosnacidadedeNatal.Aoestruturarseuplanodeaulasobreo assunto, esse professor formular o seguinte objetivo de ensino: A)compreenderarelaoentreaintroduodosequipamentosmodernosdesadeemNataleos padres de higiene revelados pelos moradores nos espaos privados. B)analisar a relao entre a ao autoritria de agentes da lei e as formas de reao e desobedincia por parte dos grupos populares da cidade s polticas pblicas de sade.C)distinguir a relao entreos diferentes modos como os moradores da cidade de Natalutilizavam o espao urbano e as estratgias oficiais para perpetuar prticas higinicas tradicionais. D)abordararelaoentreoconhecimentodasparticularidadesdasintervenesdoshigienistasna cidade de Natal e a institucionalizao da medicina no Brasil. 15.Umprofessor,bemfundamentadonosmtodoshistricosdeinvestigao,encaminhouseusalunos paraumtrabalhodeHistriaOral.Narealizaodasentrevistas,umdosalunospercebeuqueoseu depoentehaviamentidosobrealgunsfatos.Preocupadocomasituao,oalunodebateuoproblema comoprofessor.Aorientaodoprofessor,segundoasconcepestericasatuaisdaHistriaOral, deve ser: A)desvalorize o depoimento, pois um dos elementos bsicos da Histria Oral a tica e desse modo, aomentir,oentrevistadoferiuesseelementoe,portanto,noapresentacredibilidade,podendo comprometer as concluses da pesquisa.B)confronte o depoimento com outras fontes, pois como fonte complementar aos documentos escritos aHistriaOralpodedesmistificarinformaesconsolidadas,demodoquedevemserprocurados outros documentos que possam reforar ou refutar o que foi informado na entrevista.C)ponhaemdvidaasinformaescristalizadasquesetemsobreofato,poisaHistriaOralse destina a captar as informaes de testemunhas oculares de uma poca especfica, o que permite avaliar a atuao dos sujeitos ligados ao fato. D)considere o depoimento do seu entrevistado, pois a Histria Oral capta sentimentos que no esto expressosemdocumentosescritos,demodoqueasmentirasdoseudepoentepodemser essenciais para captar o modo de pensar de uma determinada poca. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 8 16.RefletindoacercadautilizaodasimagensnoensinodeHistria,ahistoriadoraCirceBittencourt afirmou que Jonathas Serrano, professor do Colgio Pedro II e conhecido autor de livros didticos, procurava desde 1912 incentivarseuscolegasarecorrerafilmesdeficooudocumentriosparafacilitaroaprendizadoda disciplina.Segundoesseeducador,[...]Graasaocinematgrafo,asressureieshistricasnosomais umautopia,[...]porintermdiodesserecursovisual,osalunospoderiamaprenderpelosolhoseno enfadonhamente s pelos ouvidos, em massudas, montonas e indigestas prelees. Fonte: BITTENCOURT, Circe. Ensino de Histria: fundamentos e mtodo. So Paulo: Cortez, 2004, p. 371-372. (grifos da autora). Um professoratualizado nadiscusso sobre o usodo cinema nas aulas de Histria,pode afirmarque as ideias contidas no fragmento textual A)foram superadas, na medida em que o filme deve ser analisado como uma representao artstica do passado e no como um documento de como realmente se passaram os eventos histricos. B)sofreramalteraes,poisosdocumentrioscontinuamvlidosparaareconstruodopassado, diferentemente da fico, que perdeu credibilidadeem virtude das concesses feitas indstria do entretenimento. C)deixaramdeservistascomoummecanismodeilustraodoscontedostrabalhados,poisa assessoria de historiadores, na montagem de roteiros dos filmes, tm aproximado cada vez mais os enredos cinematogrficos dos fatos ocorridos. D)foramaperfeioadas,tendoemvistaqueoaprimoramentodastcnicasnarrativasedosrecursos tecnolgicostmcriadorepresentaesmaisconfiveissobreopassadohistricoetransformado os filmes em fonte de investigao. 17.Analisandooslivrosdidticosnaescolaespanhola,entreasdcadasde1930e1970,ahistoriadora MariaHelenaCapelatoafirmaqueoprlogodeumlivrodestinadoescolaprimria,napocade Francisco Franco, trazia a seguinte orientao: Valemaisopatriotismoingnuo,muitasvezesvulgareexagerado,queolaicoensciointelectualismo...A primeiraefundamentalliodepedagogiaqueseimpeagoraencheraEscoladeEspanha.Lmpidase purificadasasaulas,entronizadode novooSantoEnsino redentor,hqueselevaraocoraodacriana homem de amanh a f em Deus e na Histria. Fonte: CAPELATO, Maria Helena Rolim. Ensino Primrio Franquista: os livros escolares como instrumentos de doutrinao infantil. Revista Brasileira de Histria, 2009. vol. 29, n. 57. p. 126. Apartirdofragmentotextualacimaeconsiderandooconhecimentohistricosobreotema,infere-se que os livros didticos A)apresentam,emdiferentestemposeespaos,funesespecficasdeensinoeaprendizagem quando aplicados escola bsica, mas se tornam fontes histricas quando associados pesquisa acadmica. B)so instrumentos de mediao pedaggica que podem ser transformados em fonte de investigao paraoestudodopassado,desdequenapocadesuautilizaotenhamsidolegitimadospelo governo. C)contmconcepestericas,metodolgicasedecontedo,quesemodificamemdiferentes momentos, podendo expressar posicionamentos polticos e ideolgicos de uma poca. D)foramimportantesinstrumentosusadosporditaduras,quesubstituamoscontedosescolarespor informaes doutrinrias que objetivavam formar geraes nacionalistas, religiosas e pragmticas. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 9 UmprofessordeHistriadoensinomdio,conhecedordasinterpretaeshistoriogrficas contemporneas e das novas concepes que permeiam o ensino dessa disciplina, selecionou o tema Terra, Poder Poltico e Trabalho para estudar com seus alunos. As questes de 18 a 24 foram dessa temtica em diferentes tempos e espaos. 18.O professor, estudando a poca dos Ramss no Egito Antigo, resolveu deter-se sobre diversas relaes obtidasapartirdascolheitas..Oestudofoiiniciadocomdoisfragmentostextuaisescritospelo historiador Pierre Montet: FRAGMENTO 1FRAGMENTO 2 Quandoasespigascomeavamaamarelar,o camponsviacomapreensooscamposinvadidos porseusinimigosnaturais,seussenhoresouos representantes dos senhores, acompanhados de uma turbadeescribas,agrimensores,empregadose soldados,queiamantesdetudomediroscampos. Depoisdisso,semediriamosgrosesepoderia fazerumaideiabastanteexatadoqueocampons teria que entregar, seja aos agentes do tesouro, seja aosadministradoresdeumdeuscomoAmon,que possua as melhores terras do pas. Osproprietriossosvezesrepresentadosceifando ecolhendoasespigas.Nemsequertiraramsuabela tnicabrancadepregas.Acreditamosqueeles inauguramotrabalhoparadarrapidamentelugaraos verdadeirosceifadores.Narealidade,osdecoradores representaram um episdio da vida futura nos campos de Ialu, onde nada faltava, mas onde cada um tinha de cultivar seu jardim. Em geral, os senhores limitam-se a assistirceifa.AssimfazMenna,sentadonuma banqueta sombra de um sicmoro, com provises ao alcance da mo. Fonte: MONTET, Pierre. O Egito no Tempo de Ramss. So Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 119; 121. Apartirdosfragmentostextuaisapresentados,orientadospeloprofessor,osalunoschegaram, corretamente, concluso de que no Egito Antigo A)produziu-se um conjunto de imagens sobre os proprietrios de terra, mas essas imagens entravam em contradio com as relaes de trabalho e a distribuio de riqueza existentes no perodo.B)a economia se organizou segundo o Modo de Produo Asitico, no qual o Estado se apropria de parte da produo campesina e o proprietrio de terra se dedicava parte mais leve do trabalho agrcola. C)oscamponesesacreditavamnopoderdivinodosproprietriosdeterraeaelesentregavamparte dos frutos do trabalho, enquanto a elite utilizava a arte para registrar esses rituais agrcolas. D)aapropriaodosoloocorriasobinvocaodosdeusesdafertilidade,queprotegiamos proprietrios de terra e os camponeses, assegurando-lhes a felicidade na vida aps a morte. 19.NafricaTradicionalnomequesedaoperododahistriaafricanaqueantecedeaRevoluo Industrialasoluodosconflitosdeterraapresentavamparticularidades.Segundoumescritorque nasceu e viveu no Mali, [...]todoafricanotemumpoucodegenealogistaecapazderemontaraumpassadodistanteemsuaprpria linhagem. Do contrrio, estaria como que privado de sua carteira de identidade. No antigo Mali, no havia quem noconhecessepelomenos10ou12geraesdeantepassados.[...]Agenealogia,dessemodo,aomesmo tempo sentimento de identidade, meio de exaltar a glria da famlia e recurso em caso de litgio. Um conflito por umpedaodeterra,porexemplo,poderiaserresolvidoporumgenealogista,queindicariaqualancestralhavi a limpado e cultivado a terra, para quem a havia dado, sob que condies, etc. Fonte: B, A. Hampat. A tradio viva. In: KI-ZERBO, J. (ed.). Histria Geral da frica, I: Metodologia e Pr-Histria da frica. Braslia: UNESCO, 2010, p. 203-204. Conhecedor da histria africana e interessado em estudar com seus alunos a posse da terra na frica Tradicional,umprofessorexplorouessefragmentotextualedemonstrouque,nessasociedade,a posse da terra era legitimada A)pelos laos familiares mantidos com as antigas dinastias. B)pela tradio hereditria familiar, que ignorava os documentos escritos. C)pela identificao tnica reivindicada com os ancestrais.D)pelo modelo familiar patrilinear, que regularizava as sucesses. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 10 20.Para discutir o uso da terra na Antiguidade, o professor apresentou em sala de aula as duas imagens a seguir,orientandoosalunosparaobservaremasdiferenasentreessasimagenseaseguir estabeleceremrelaescomasinformaeshistricassobreoEgitoAntigo,jestudadasemsalade aula.Imagem 1 Rio Nilo e deserto do Saara (satlite)Imagem 2 Rio Nilo e deserto do Saara (area) Disponvel em: Acesso em: 16 abr. 2014. Disponvel em: Acesso em: 16 abr. 2014. Considerando-se que as imagens podem mostrar um mesmo objeto com olhares distintos, o professor pediu que os alunos identificassem o que viram em cada imagem e como essa viso relaciona-se com asinterpretaeshistoriogrficassobreoEgitoAntigo.Apartirdasolicitao,osalunoschegaram concluso de que A)aimagem1delineiaaamplitudedasreasfrteisdoNilodisposiodasociedadeegpcia, exploradasporsignificativamodeobrafelenquantoaimagem2apresentaasformasde interveno humana no espao para fins de uso dos recursos naturais. B)a imagem 1 ilustra a sentena do historiador Herdoto, segundo a qual a prosperidade e a riqueza existentesnoCrescenteFrtilforamddivasdoNiloenquantoaimagem2revelaintervenes humanas na construo do Egito. C)a imagem 1 ilustra a explicao formulada por Estrabo sobre as condies que tornaram possveis a formao da civilizao egpcia em meio a grandes reas desrticas enquanto a imagem 2 expe o avano do deserto do Saara sobre as margens do Rio Nilo. D)a imagem 1 subdimensiona a rea ocupada pela agricultura no Egito, polarizando o espao em uma poro frtil e habitada e em outra desrtico e vazia enquanto a imagem 2 destaca a sistematizao dasterrasribeirinhas,quealterouapaisagemnaturaldevidosreasdeplantaoeviasde comunicao terrestre. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 11 21. Com o intuito de estudar a sociedade medieval, o professor discutiu em sala de aula o papel da mulher naestruturafeudal.Parainiciaradiscusso,eleseutilizoudeumtextoescritoporumamulherque viveu na Idade Mdia, Christine de Pisan, destacando seguinte fragmento textual: Assimcomoaosbares,ocorrequeoscavaleirosegentis-homensviajemmuitoou sigamasguerras.Porisso, convm que suas mulheres saibam bem governar e o faam com clareza, porque so elas que ficam mais tempo nas propriedades, enquanto os maridos esto na corte ou em outras partes. Assim, convm que cuidem bem para o bom governo e o crescimento de suas rendas e de seus bens mveis. Compete a essas mulheres, se tiverem bom senso, saber o valor e o montante de suas rendas anuais e com boas palavras aconselhar o marido para que adespesano sejamaior doqueacapacidadedarenda, demodo que aofim doano noestejamendividados comosemprestadores,ouprivadosdeseuslavradores[...]Atalsenhoraoudonzelaconvmqueconheaos direitos,rendasetributosedetudooquemaisestiverrelacionadocomasenhoria,deacordocomocostume local, para que no sejam enganadas. Fonte: PISAN, Christine de. (1363-1431). O espelho de Cristina. Verso portuguesa do manuscrito francs Le Livre des Troais Vertus, de 1405. Lisboa: por Herman de Campos, sob encomenda de D. Leonor, Rainha de Portugal (1458-1525), 1518, fol. XXIIJ. Cpia digitalizada. Disponvel em: . Acesso em: 28 abr. 2014. A partir da interpretao dessa fonte histrica, o professor afirma que A)a natureza econmica das relaes conjugais definiam um lugar fixo para a mulher na famlia e no espao privado da nobreza feudal. B)olugarocupadopelamulhernobrenasociedadefeudaleapossibilidadedeelaexerceropoder banaldevemsercompreendidos,entreoutrasrazes,apartirdadinmicadassociedades guerreiras. C)o poder da mulher, segundo os costumes locais, era proporcional riqueza material herdada antes do matrimnio e aos conhecimentos que ela era capaz de adquirir e mobilizar sobre a administrao do feudo. D)aautoridadeeopoderdamulhereraindependentedapresenamasculinaedesvinculadosdas relaes econmicas feudais. 22. Oprofessoralmejadiscutiremsaladeaulacomoasociedadeasteca,napocapr-colombiana,se relacionavacomaterra.Assim,elepropsotemaMexicas:terra,propriedadeepoderapartirdo seguinte fragmento textual: Osmexicasformaramgruposquereceberamonomedecalpulli(Calli:casa>Calpulli:grandecasa,como sentido de pessoas pertencentes mesma casa, talvez grupos de famlias ligadas por parentesco, embora no hajacertezaquantoaisso).EssasentidadessocioeconmicaseramcomunsnaMesoamrica.Aterraera propriedadecomumdosmembrosdocalpulli.Noentanto,deve-seteremmentequeoproprietriofinaldos recursosagrcolas,inclusivedaterraedetudooqueaelaestivessevinculado,eraaunidadepolticaaqueo calpulli estava submetido. Fonte:Textoadaptado.In:BETHEL,Leslie(org.).HistriadaAmricaLatina:AmricaLatinaColonial.2ed.1reimp.So Paulo: EDUSP; Braslia: Fundao Alexandre Gusmo, 1998. v. 1. p. 38;51. Considerandoofragmentotextualeosestudossobreomundoastecapr-colombiano,oprofessor ressalta que os membros do calpulli A)eram submetidos autoridade da comunidade e autoridade do Estado, sendo obrigados a pagar tributos, servir ao exrcito e executar outros servios pessoais para o Estado. B)podiam negociar a colheita junto aos administradores e s autoridades oficiais devido existncia de alianas tradicionais entre a comunidade local e o Estado. C)constituamcomunidadesprimitivasorganizadasporumEstadodspotaqueseapropriavada colheita e a repartia entre aqueles que exerciam cargos na burocracia. D)detinham a propriedadecomunitriada terra, se apropriavam do excedente e oredistribuaentre os cls, que dominavam a frgil estrutura estatal. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 12 23.AnalisandoacolonizaodaAmricaHispnica,nolivroRazesdoBrasil,publicadoem1936,o historiador Srgio Buarque de Holanda escreveu: J primeira vista, o prprio traado dos centros urbanos na Amrica espanhola denuncia o esforo determinado devencereretificarafantasiacaprichosa dapaisagem agreste: umatodefinidodavontadehumana.Asruas nosedeixammodelarpelasinuosidadeepelasasperezasdosolo;impem-lhesantesoacentovoluntrioda linha reta. Fonte: HOLANDA, Srgio Buarque. Razes do Brasil. 26. ed. So Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 96. Considerando o fragmento textual e o processo de colonizao espanhola na Amrica, infere-se que A)a distribuio dosespaos urbanosobedeciaaosdispositivos dasLeisdas ndias,que facultavam aos indivduos a escolha dos locaispara implantao das cidades. B)afundaodecidadesrepresentouaaspiraodeordenaredominaromundoconquistado, culminando em grandes ncleos de povoao estveis. C)oscentrosurbanosformaram-seemdecorrnciadadistribuiodasterrascoloniaisemreasde cultivo, pastoreio e administrao das populaes indgenas. D)os planos ordenadores das cidades procuraram copiar os modelos trazidos do mundo mulumano a partir da dominao sobre a Pennsula Ibrica. 24.O escritor e jornalista Edgar Barbosa (1909-1976), assim descreveu o quadro poltico potiguar de uma determinada poca: Entre ns, contavam-se pelos dedos das mos os autnticos filhos do regime novo. No tnhamos mais que meia dziaderevolucionrioseestessucumbiramlogonovrticedapoliticagemexticaqueafogouaadministrao estadual.Eassim,entregueaoforasteirismopoltico[eaoprestgioefmerodealgunsafeioadosdas interventorias,]oRioGrandedoNortefoidemoemmo,presomuitasvezesmanopladesajeitadadosque fingiam patriotismoe amor terraparaangariarposies derelevoquelhesduravam, quasesempre, comoas rosas do poeta francs, o espao de uma manh. BARBOSA, Edgar. Histria de uma campanha. Natal: EDUFRN, 2008. p. 37-38. Nesse fragmento textual, Edgar Barbosa refere-se A)sprticaspolticasadotadaspeloEstadoNovo,querealizavacampanhasparalegitimaros interventores nomeados por Vargas e contrrios ao poder local.B)seleiesquederamavitriaaJuvenalLamartinemasforamcontestadaspelosgovernadores nomeados por Vargas. C)ao jogo depoderentreasoligarquiaslocais,que mantiveram o controle do estado mesmo apsa Repblica Velha. D)instabilidadedaadministraoestadualapartirdoGovernoProvisrio,permanecendoato estabelecimento do Estado Novo. 25.CaioPradoJnior,umdosexpoentesdahistoriografiabrasileiradosculoXX,publicou,em1942,a obraFormaodoBrasilContemporneo.Nessaobra,PradoJniorexplicouqueoSentidoda Colonizao brasileira relacionava-se A)aumavastaempresacomercialvoltadaparaomercadoexterno,comexploraoderecursos naturais e produo fundada em latifndios monocultores, fazendo uso de mo-de-obra escrava. B)miscigenaotnicadasdiferentesculturasformadorasdasociedade,queenriqueciamas relaes sociais. C)aopatrimonialismoherdadodePortugal,quecriavanaColniagrandesdificuldadesparase estabelecer diferenas entre os bens pblicos e os bens privados. D)aoprocessodeacumulaoprimitivadeCapital,essencialparaaconsolidaodomodode produo capitalista. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 13 26.O escritor francs Jules Verne (1828-1905) produziu uma obra monumental no sculo XIX, nos gneros aventurae fico cientfica, conquistandoleitores em todoo mundo. Essa obra pode serconsiderada umgrandepaineldopensamento,dossonhos,utopiasetemoresdoshomensdosculoXIX.O documento abaixo reproduz o cartaz anunciando a representao teatral de um de seus romances mais conhecidos, A Volta ao Mundo em 80 dias. Fonte: DEKISS, Jean-Paul. Jules Verne, o sonho do Progresso. Paris: Galimard, 1991, p. 76. Associando essa imagem aos conhecimentos histricos a respeito do sculo XIX, obtm-se a seguinte deduo: A)aficoliterriadapocadifundiuutopiashumanasefundamentouimportantescriaes cientficas. B)oavanodosmeiosdetransporteencurtoudistnciasepromoveuaharmoniafinanceiraentre diferentes naes. C)a vitria da tcnica sobre as limitaes humanas, em especial aquelas relacionadas s dimenses de tempo e espao, firmou-se como crena. D)oprogressotecnolgicofoiexaltadopormeiodesmbolos,quevalorizavampovoseculturas distintas. 27.Um professor de Historia, estudioso da Reforma Protestante, informou aos seus alunos que, em 1534, naInglaterra,foifundadooanglicanismo.Paradesenvolveressetemadeformacoerentecomo conhecimento histrico, o professor dever discutir A)as disputas entre dogmas religiosos, tendo em vista as profundas diferenas entre os princpios do anglicanismo e os princpios do catolicismo. B)arelaoentrepolticaereligio,deixandoevidentequeaIgrejaAnglicanasurgiuemrazode disputas polticas entre o monarca ingls e a Igreja Catlica.C)a relao entre f e cincia, tendo em vista que, ao criar o anglicanismo, Henrique VIII estimulou o livre acesso ao conhecimento.D)a influncia do Legislativo sobre a religio, pois, ao criar o anglicanismo, o parlamento alterou os rituais catlicos e incorporou parte dos seus dogmas. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 14 28.A ilustrao a seguir se refere ao estado do Rio Grande do Norte a partir da dcada de 1980. Disponvel em: . Acesso em: 4 mai. 2014. Este mapa auxilia a compreenso de mudanas ocorridas no estado, na medida em que A)evidenciaaaplicaodeumapolticaambientalnarealitorneadoestado,estimulandoo desenvolvimento local, sustentvel e autnomo. B)ilustra os esforos dos governos estadual e federal para integrar as regies do Rio Grande do Norte, criando uma estrutura destinada a facilitar o circuito de trocas entre o litoral e interior. C)retrataaspectosdaeconomiapotiguarcontempornea,emquesedestacaaassociaoentreo capital e o poder pblico, convertendo natureza e cultura em produtos de consumo.D)apresenta a expanso do turismo no Rio Grande do Norte, atividade que passou a rivalizar com as economias tradicionais, a exemplo da explorao do sal marinho e da cotonicultura. 29.O historiador Jorge Ferreira afirmou que os conceitos de populismo e populista j existiam entre 1945 e 1964. Considerando as discusses atuais produzidas pela historiografia, afirma-se que nesse perodo o termo populista A)designavaospolticosqueseapropriavamdasreinvindicaespopulareseasapresentavacomo iniciativas suas. B)identificavaospolticosqueestabeleciamrelaesdiretascomasmassastrabalhadoras,sem estabelecer mediaes com os partidos polticos. C)caracterizavaasorientaespolticaseideolgicasapresentadascomoestratgiaseleitoraisdo Partido Trabalhista Brasileiro. D)representavaosanseiospopularesoudosmovimentospopulares,semassociaodiretae obrigatria com manipulao, demagogia e mentira. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 15 30.UmprofessordehistriadecidiuutilizaropoemadeFernandoPessoa,intituladoUlisses,noqualo autor portugus aborda o mito de fundao de Lisboa. ULISSES O mito o nada que tudo. O mesmo sol que abre os cus um mito brilhante e mudo O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por no ser existindo. Sem existir nos bastou. Por no ter vindo foi vindo E nos criou. Assim a lenda se escorre A entrar na realidade, E a fecund-la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada, morre. Fonte: PESSOA, Fernando. Mensagem. Disponvel em: Acesso em: 3 maio 2014. Tomando como exemplo esse poema, o professor demonstra aos alunos que o historiador pode fazer uso do mito como objeto de estudo, na medida em que o mito A)testemunha uma etapa primitiva da histria dos povos europeus.B)revela os componentes irracionais e pr-lgicos da psicologia de um povo. C)apresenta o iderio esttico clssico prprio das cidades antigas. D)fornece uma origem e uma identidade prpria a certas comunidades. 31. Ao discutir a temtica F, religio e cincia: a Expanso Martima, o professor objetiva que os alunos compreendam o pensamento da poca. Para tanto, fornece dois documentos a respeito da temtica: Documento 1Documento 2 O mundo de Colombo um mundo que ele descobriu medida que foi fazendo as suas descobertas e o dos cientistaseuropeustentamfazerumasntesedos saberesdaAntiguidade,dasespeculaesda cosmografia medieval e das conquistas proporcionadas pelas exploraes portuguesas. NossoSenhorbemsabequeeunosuportotodas estaspenasparaacumulartesourosnempara descobri-losparamim;poisquantoamim,seique tudooquesefaznestemundovo,senotiver sido feito para a honra e servio de Deus.In: Dirio de terceira viagem de Colombo, em 1498. Fonte: GRUZINSKI, Serge. A passagem de sculo (1480-1520): as origens da globalizao. So Paulo: Companhia das Letras, 1999. p.20. Fonte:TODOROV,Tzvetan.AconquistadaAmrica:a questo do outro. So Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 9. Considerando os fragmentos textuais eo conhecimento histricosobre o perodo, oprofessorconclui que as viagens martimas realizadas no perodo das Grandes Navegaes A)eraminspiradaspelasviagensnarradasporMarcoPolo,fazendocomqueosnavegadoresse apegassem ao misticismo. B)eraminfluenciadasporcrenasemitos,quefaziamcomqueonavegadoracreditasseserum emissrio da Igreja e do Estado Espanhol. C)foram orientadas pelos conhecimentos nuticos da Antiguidade, que romperam com a mentalidade do homem medieval. D)foramestimuladaspelacrenanaexistnciadoParasoTerrestre,utopiarevigoradacomas conquistas dos pases ibricos. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 16 32.Em 1867 Karl Marx publicou o primeiro volume de seu livro, O Capital,no qualse encontra a seguinte passagem: Ao nascimento da mecanizao e da indstria moderna [...] seguiu-se um violento abalo, como uma avalanche, em intensidade e extenso. Todos os limites da moral e da natureza, de idade e sexo, de dia e noite, foram rompidas. O capital celebrou suas orgias. Fonte: MARX, Karl. O capital, volume I. apud BERMAN, Marshall. Tudo que slido desmancha no ar: aventuras da modernidade. So Paulo: Companhia das Letras, 1986. p.86. Uma das mudanas a que se refere o mencionado fragmento textual foi A)oprocessodetransformaodafamlia,passando-sedeummodelomatriarcalparaafamlia burguesa; B)a imposio gradativa de um novo modo de medir o tempo, afirmando-se o tempo do relgio sobre o tempo da natureza; C)aemergnciadenovospadresdeorganizaofamiliar,impondo-seaospadresburguesesque vigoravam anteriormente; D)oaparecimentodosprimeirosmovimentosrevolucionriosqueirrompemdointeriordas fbricas. 33.NoperodoqueohistoriadorEricHobsbawmchamoudeAeradasrevolues(1789-1848),a agricultura sofreu grandes transformaes, que repercutiram sobre a relao entre campo e cidade.No contexto europeu, campo e cidade A)unificaram-se,pois,comaintensificaodaindustrializao,oscentrosurbanosemergentes avanaram sobre as reas rurais. B)reforaramsuainterdependncia,motivada,entreoutrosfatores,peloaumentodaprodutividade destinada a alimentar uma populao urbana em rpido crescimento. C)modificaramsuas funes,na medidaem que omundo agrrioseindustrializoue as cidadesse modernizaram para abrigar adequadamente seus novos habitantes.D)distanciaram-se, pois as cidades se desenvolveram em razo de um processo de mecanizao da produo fabril e os campos permaneceram alheios tecnologia. 34. Acitaoaseguirtrazumcomentriosobreummeiodetransportequeapareceunofinaldosculo XIX: O automvel, afirmaram, se dobra a todas as vontades, conduz at onde se deseja, a qualquer hora do dia e da noite.Oautomvelsemelhantenissoaumcavalo,masaumcavaloinfatigvel,potentecomoquatro,como oito... [...] Da essa diferena em relao estrada de ferro, que impe percursos e horrios e induz uma forma de passividadeaopassageiro,fazendo-oparticiparapesardesuavontade,deumgrandemecanismo,rgidoe disciplinado. Fonte: DESPORTES, Marc. Paisagens em movimento. Paris: Gallimard, 2005, p. 237. Essefragmentotextualsugestivoparaoprofessorquepropeoestudodeumfenmenosocial especfico, vinculando-o ao estudo de um domnio da histria que tem adquirido grande prestgio entre oshistoriadoresatuais.Comessepropsito,oprofessoridentificanofragmentotextualopontode partida para o estudo de A)uma histria das sensibilidades, colocando nfase nas percepes e nos estados psicolgicos dos indivduos.B)umahistriadosmeiosdetransporte,procurandoreconstituircomooaprimoramentodesses meios se vinculou aos ciclos econmicos.C)uma histria dos prazeres, destacando, no caso em questo, o declnio da preferncia por certos meios de locomoo. D)uma histria do corpo, mostrando as resistncias dos indivduos maquinaria opressiva do mundo contemporneo. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 17 35.SobrearelaoentreaconstruodahistriadoBrasil,oInstitutoHistricoeGeogrficoeopoder monrquico, conclui-se que A)o Imperador imps uma histria para o Brasil, determinou os contedos que a compuseram e definiu o IHGB como espao privilegiado para a divulgao dessa histria. B)a histria do Brasil foi escrita no momento em que se institucionalizava o saber histrico, ou seja, no momento em que foi criada uma instituio para construir a histria da nao. C)AausnciadeumconsensonacionalimpediuaelaboraodeumahistriadoBrasilquelevasse em considerao as etnias fundadoras da nao. D)aautonomiadadaporD.PedroIIaoIHGBeralimitadapelopoderdevetogarantido constitucionalmente, ou seja, os autores tinham seus textos censurados pelo Imperador. 36.Existemvriasmaneirasdeescreverahistriadacincia.Umadessasmaneirasfoianunciadapor ErnstMach,nolivrointituladoAmecnica(1925).NaspalavrasdeGerardFourez,olivrodeMarch pretendia ser [...] menos um hino para a grandeza da cincia do que um retorno maneira pela qual os conceitos da fsica foram construdos.Essapesquisahistricapode,porexemplo,mostrarcomquedogmatismocertospontosdafsica podiam ser ensinados a partir do momento em que se aceitavam sem esprito crtico pontos de vista discutveis. Marchmostrou,dessemodo,comosehaviaesquecidotodasashiptesesqueserviamdebasefsica newtoniana. Fonte: FOUREZ, Gerard. A construo das cincias: introduo filosofia e tica das cincias. So Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1995, p. 176. Levando-seemcontaasafirmaesdeFourez,oprofessorqueleveemcontaasabordagens historiogrficas contemporneas tratar o tema da histria das cincias, orientando os alunos para A)perceberemacinciacomoumempreendimentodeterminadopelasformasdepercepoe sentimentos dos indivduos a respeito dos fenmenos.B)analisaremarelatividadedoconhecimento,revelandomomentoshistricosemqueaprticada cincia ficou restrita aos espaos clandestinos. C)refletiremsobreadimensodedescontinuidadedacincia,enfatizandoqueastrajetriasdos conceitos podem ser interrompidas e retomadas. D)reconheceremasrazesideolgicasdascomunidadescientficas,acentuandosuasvinculaes com os grupos sociais e as nacionalidades. 37. Na Europa, a Revoluo Industrial produziu mltiplos resultados, entre os quais A)aampliaoeadiversificaodaproduodealimentos,demodoaabastecerumapopulao urbana em rpido crescimento. B)a perda dos privilgios da aristocracia e dos proprietrios de terra, que passaram a conviver com a emergente burguesia. C)a acumulao primitiva de capital permitiu o florescimento de uma economia fundada na explorao da mais-valia.D)odeslocamento doscamponeses daagriculturade subsistncia para as fazendas deproduo de algodo. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 18 38.Asimagensaseguirsodoisfotogramas:umdodocumentrioOtriunfodavontade,produzidoem 1935, e o outro do filme O grande ditador, produzido em 1940.Imagem 1Imagem 2 Disponvel em:. Acesso em: 4 mai. 2014. Disponvel em:. Acesso em: 4 mai. 2014. Considerandoosestudoscontemporneos,essasimagenspodemserusadasnasalaaulapara discutir a relao entre Cinema e Histria, na medida em que A)difundemumaideologiapolticadominanteemumdeterminadotempo,reforandosua organizao hierrquica e sua aceitao pelo conjunto da sociedade. B)identificam a utilizao do recurso miditico para explorar um acontecimento histrico, estimulando o observador a privilegiar o registro dos fatos em detrimento das imagens ficcionais. C)intensificamadramatizaodeeventohistrico,apresentandoahierarquiadopodereseu impacto sobre as massas subordinadas. D)apresentamaexaltaodesmbolosdeumadoutrinapoltica,ratificandoaimportnciadas imagens para a reconstruo do passado histrico. 39. Estudando a cultura popular na Idade Moderna, o historiador Peter Burke afirmou: As ilustraes mais marcantes das novas atitudes em relao ao povo talvez provenham dos viajantes, que agora iamembuscanotantoderunasantigas,masdemaneirasecostumes,deprefernciaosmaissimplese incultos.Foicomessepropsitoque,noinciodosanos1770,opadreitalianoAlbertoFortisvisitouaDalmcia [situada no Mar Adritico], e no relato de suas viagens dedicou um captulo ao modo de vida dosmorlacchi, sua religio e supersties, suas canes, danas e festas. Fonte: BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. 2. ed. So Paulo: Companhia das Letras, 1989. Nesse fragmento, Peter Burke est reportando-se A)procura,porpartedosintelectuais,defundamentosparaaformulaodeumprojetoque valorizasse a cultura popular em detrimento da cultura erudita. B)emergnciadosfundamentosdoetnocentrismoeuropeueaproposiodeumordenamento hierrquico das culturas conhecidas.C)aotrabalhodereunirdocumentoseaoestabelecimentodasbasesmetodolgicasdeumnovo campo de conhecimento, o folclore. D)ao modismo intelectual que repercutiu fortemente sobre os estudos culturais ps-colonialistas e o interesse pelas minorias. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 19 40.Paradiscutirasituaopolticavivenciadaporestadosenaespertencentesaocontinenteafricano, um professor de Histria apresentou o seguinte fragmento textual:AmaioriadospasesafricanosindependentesdeEstadoscriadossoboregimecolonialquelutampara tornarem-senaesmaiscoerentes.UmpascomoaSomlia,emcontrapartida,essencialmenteumanao que lutaparatransformar-se emumEstado maisestvelemelhor integrado.Entretanto,emrazo deexistir[...] [hoje]umarelaodereciprocidadeentreanaoeoEstado,todosospasespertencentesaumaououtra categoria continuam a viver as duas crises gmeas, de identidade e de autoridade, na poca ps-colonial. Fonte: ELAIGWU, J. Isawa; MAZRUI, Ali A. Construo da nao e evoluo das estruturas polticas. In: In: MAZRUI, Ali A.; WONDJI, C. (ed.). Histria Geral da frica, VIII: frica desde 1935. Braslia: UNESCO, 2010, p.519. Considerandoasituaopolticadosestadosenaesafricanashojeeasideiascontidasno fragmentotextual,oprofessordiscutiualgunsdesafioscontemporneosqueseapresentamparaos povos africanos. Entre esses desafios, destacam-se: A)reconstruirasfronteirasartificiaisqueforamdefinidaspelocolonizador,desmobilizaros exrcitosnacionaisexistentesereestabelecertradiescomunitrias,rompendocomos estados nacionais. B)construirumaidentidadenacionalhomogneaparacadaEstado,fornecendoumahistriado passadonacionaleinstituindoemtodosospasesdocontinenteostrspoderesdemocrticos: executivo, legislativo e judicirio. C)consolidar a autoridade poltica dos Estados nacionais, instaurar formas democrticas de convvio entregruposheterogneoshabitantesdeummesmopaseampliarasperspectivasde participao poltica. D)centralizaropoderpolticodocontinenteafricanonumaentidadesupranacional,estabelecer diretrizes que estimulem a convivncia pacfica dos diferentes povos, mesmo que tenham hbitos e costumes diferentes e distribuir igualitariamente as riquezas entre as naes. 41.Ao estudar a temtica dos ideais que fundamentaram a Independncia dos Estados Unidos da Amrica, o professor props a anlise do seguinte documento histrico: Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens so criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienveis, que entre estes esto a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que afimdeasseguraressesdireitos,governossoinstitudosentreoshomens,derivandoseusjustospoderesdo consentimentodosgovernados;[...]Ns,porconseguinte,representantesdosEstadosUnidosdaAmrica, reunidosemCongressoGeral,apelandoparaoJuizSupremodomundopelaretidodasnossasintenes,em nome e por autoridade do bom povo destas colnias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colnias unidas so e de direito tm de ser Estados Livres e Independentes. Fonte: Trecho adaptado da Declarao de Independncia dos Estados Unidos, aprovada pelo Congresso Continental em 4 de Julho de 1776. Disponvel em: Acesso em 4 mai. 2014. A seleo desse documento pertinente para o professor na medida em que A)aDeclaraodeIndependnciadosEstadosUnidos,influenciadapelosideaisdaRevoluo Francesa,incorporaosprincpiosdeigualdade,liberdadeefraternidadeparatodososcidados, assim comoassegura o voto s mulheres.B)osideaisquenorteavamaindependnciadosEstadosUnidosdosprincpiosdaRevoluo Francesa,poisosamericanoscriaramumEstadodenaturezareligiosa,enquantoosfranceses almejavam a construo de uma sociedade pautada nos princpios iluministas. C)cristalizou-senamemriadopovoestadunidenseaideiadequeaDeclaraodeIndependncia dosEstadosUnidosgarantiuaemergnciadamaiordemocraciadoPlaneta,fatoquepermitiua criao de uma sociedade que respeita integralmente a igualdade de direitos. D)osentidodeliberdadepresentenaDeclaraodeIndependnciadosEstadosUnidosbastante limitado, pois nesse documentoos escravos, os ndios, as mulheres e os pobres estavam privados de direitos. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 20 42.Os novos estudos sobre os Estados autoritrios tm identificado que, no Fascismo, A)a estrutura de poder impede que a sociedade possa usufruir do lazer, das leituras e das crenas. B)oEstadointervmnoseiodasociedadeindependentedeumaculturapolticaqueaceiteessas intervenes, pois o carter repressivo se sobrepe aos demais. C)a vontade do grupo governante se confunde com a vontade do Estado, de modo que as instncias da vida particular e cotidiana dos indivduos sofrem a interferncia do poder central. D)o Executivo centraliza a riqueza nacional e a distribui de acordo com as necessidades de cada indivduo. 43. Comparando-se a Constituio dos Estados Unidos da Amrica (1787) e a Constituio do Imprio do Brasil (1824), constata-se que A)o Brasil e os Estados Unidos adotaram constituies liberais, que asseguravam o voto universal e o direito propriedade privada. B)aConstituiodosEstadosUnidosressaltavaoprincpiodofederalismo,enquantoaConstituio brasileira destacava o centralismo monrquico. C)oBrasileosEstadosUnidospossuammodelossemelhantesdeconstituio,emespecials liberdades individuais e limitao do poder monrquico. D)os Estados Unidos e o Brasil possuam semelhanas no que se refere ao poder Executivo, pois em ambos ocorre a centralizao das decises da nao. 44.NolivroMinhaLuta,escritoem1925,AdolfHitlerapresentouasbasesquesustentariam ideologicamente o Nazismo. Discutindo uma dessas ideias, Hitler escreveu: []aquemsedevedirigirapropaganda,aosintelectuaisousmassas?Apropagandasempreterdeser dirigidamassa![]Ofimdapropagandanoaeducaocientficadecadaum,esimchamaratenoda massa sobre determinados fatos, necessidades etc., cuja importncia s assim cai no crculo visual da massa [] Todapropagandadeveserpopulareestabeleceroseunvelespiritualdeacordocomacapacidadede compreenso do mais ignorante dentre aqueles a quem ela pretende se dirigir. Fonte: HITLER, Adolf. Minha luta. So Paulo: Moraes, 1983. p. 120-121. Considerando o fragmento textual e levando em conta a cultura poltica no nazismo alemo, conclui-se que A)naconcepodeHitler,apropagandaeraessencialparaconsolidarumabaseideolgicaslida entre os intelectuais e os trabalhadores. B)a preocupao central de Hitler era dotar as massas populares de concepes ideolgicas, pois seu objetivo era integrar trabalhadores aos ncleos dirigentes do nazismo. C)a propaganda nazista objetivava educar todos os cidados de maneira homognea, concretizando o princpio de um por todos, todos por um. D)asconcepeshierrquicasdoIIIReichsecaracterizavampelaconvicodequeaparticipao popular deveria estar ausente da organizao e da conduo das prticas polticas. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 21 45.Aoanalisaras representaes construdas sobre a relao entre Ocidente e Oriente, JacquesLe Goff assim se expressou: VindodolongnquoeprofundoOriente,oDiabofoiracionalizadoeinstitucionalizadopelaIgreja,ecomeoua entrarematividadeporvoltadoAnoMil.Odiabo,flagelodeDeus,generaldeumexrcitodedemniosbem organizados, chefe em suas terras, o Inferno, foi o maestro do imaginrio feudal. Fonte: LE GOFF, Jacques. A Bolsa e a Vida: economia e religio na Idade Mdia. So Paulo: Brasiliense, 2004. p. 65-66. Considerando o fragmento textual e as relaes poltico-culturais entre Ocidente e Oriente no perodo analisado por Le Goff, constata-se que A)os conflitos entre Oriente e Ocidente surgiram no fim do Imprio Romano, quando a Igreja Catlica Ortodoxa Grega declarou-se contra os desmandos da poltica imperial de Constantinopla. B)duranteaIdadeMdia,integrantesdasCruzadasassimilaramconstruesimaginriasrepulsivas sobre o Oriente. C)duranteaIdadeMdia,OcidenteeOrienteelaboraram,permanentemente,imagensnegativas mtuas, embora limitadas ao domnio da religio. D)OrienteeOcidenteopuseram-se,duranteavignciadofeudalismo,dopontodevistadareligio, mesmo que o cristianismo e o islamismo tenham se influenciado mutuamente. 46. OhistoriadorSidneyChalhoub,tratandodaspolticashigienistasnoRiodeJaneiroduranteosculo XIX, transcreve parte de um projeto de posturas apresentado Cmara Municipal daquela cidade, pelo vereador e higienista Dr. Jos Pereira Rego, em fevereiro de 1866. O texto transcrito por Chalhoub, que est na introduo desse projeto, foi o seguinte:O aperfeioamento e progresso da higiene pblica em qualquer pas simboliza o aperfeioamento moral e material doseupovo,queohabita;oespelho,ondeserefletemasconquistasquetemalcanadonocaminhoda civilizao.Toverdadeirooprincpio,queenunciamos,queemtodosospasesmaiscultososhomens,que estofrentedaadministraopblica,procuram,narbitadesuasatribuies,melhoraroestadodahigiene pblicadebaixodetodasasrelaes,comoumelementodegrandezaeprosperidadedessespases[]Entre ns,porm,foraconfessarqueasmunicipalidades[]tm-seesquecidoumpoucodosmelhoramentos materiais do municpio e do bem-estar, que deles pode resultar a seus concidados, tanto que sobre alguns pontos essenciais e indispensveis ao estado higinico, parece que ainda nos conservamos muito prximos aos tempos coloniais. Fonte: CHALHOUB, Sidney. Cidade febril. So Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 34-35. A partir da leitura do fragmento em sala de aula, um professor de Histrialevou em conta as ideias do Dr. Pereira Rego, associou-as com outras informaes sobre a temtica e discutiu com os seus alunos que, nas ltimas dcadas do sculo XIX e nas primeiras dcadas do sculo XX, A)foigestadoumimaginrioquepovoariamentesdepolticosegovernantes,segundooqualpara atingir a civilizao seria necessria a realizao de obras publicas e adoo de medidas de sade.B)osgovernosestavamconvictosdequeasoluodosproblemasdahigienepblicaeraonico requisito para que se alcanasse grandeza e prosperidade semelhante aos pases cultos.C)os legisladores acreditavam que os melhoramentos urbanos poderiam ser considerados medidas do progresso, desde que fossem respeitados os direitos e as individualidades de todos os cidados. D)estavamemcursomelhoramentosurbanosquehaviamsidoiniciadosnoperodocolonial,mas esses melhoramentos no eram acompanhados por medidas sanitrias eficientes. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 22 47. Neste ano, a Copa do Mundo acontecer no Brasil favorecendo a proliferao de informaes sobre o passado vitorioso da seleo brasileira. Diante dos interesses dos alunos na histria esportiva nacional, oprofessorlanaatemticaCopade70:mdia,propagandaepoderapartirdetrsconjuntosde documentos: Conjunto 1Conjunto 2Conjunto 3 Disponvelem: Acesso em: 25 abr. 2014. Disponvelem:Acesso em: 25 abr. 2014. Disponvelem: ; Acesso em: 25 abr.2014. Apartirdessesdocumentosedoconhecimentohistricosobreadcadade1970,oprofessoreos alunos chegaram concluso de que A)os interesses mercadolgicos, a mdia corporativa eo governo militar construram ideologicamente a associao entre futebol e brasilidade. B)o governo da poca contratou empresas para construrem campanhas publicitrias queafirmassem a imagem do futebol sobre outros esportes, melhorarando a autoestima da populao. C)as imagens sublimadas relacionadas ao futebol estimulavam o ufanismo, favorecendoa unidade da comunidade latino-americana. D)aimagemdoBrasilcomopasdofutebolcoincidecomoperododemaiorpopularidadedos militares, sendo a vitria esportiva considerada resultante do Milagre Econmico. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 23 48. O professor de Histria levou seus alunos Exposio Itinerante da Galeria de Valores do Banco do Brasil para o estudo de histria nacional. Na exposio, os alunos examinaram a imagem da seguinte cdula: Fonte: CASTRO, Amrico Freire e Celso. As bases republicanas dos Estados Unidos do Brasil. In: GOMES, Angela de Castro; PANDOLFFI, Dulce Chaves; ALBERTI, Verena (coord.) A Repblica no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: CPDOC, 2002. p.45;58. O exame cuidadoso das duas faces dessa cdula,associado aoestudodos contedos de histria do Brasil, permite aos alunos conclurem que a cdula A)sugere uma sntese da nacionalidade brasileira, mostrando a integrao homem/territrio desde os primrdios da ocupao portuguesa.B)representaumanoodehistrianaqualanacionalidadeoprodutodaaodoEstado,que promove a ocupao do territrio e a democracia racial brasileira. C)foi usada pelo regime militar para transmitir mensagens ideolgicas, prtica que foi suspensa depois da abertura poltica.D)apresenta o homem brasileiro como resultante da fuso do negro, do ndio e do branco, refutando a segregao racial no pas. Cdula de 500 cruzeiros (anverso e reverso) comemorativa do sesquicentenrio da Independncia, com imagens do povo e do territrio brasileiros. 1972. Acervo CCBB. Foto Gabriel do Patrocnio. CONCURSO PBLICO EDITAL N 05/2014-REITORIA/IFRN FUNCERN P12 HISTRIA 24 49.MotivadopelosrecentesmovimentossociaisocorridosemdiversospasesdaEuropa,oprofessor apresentou uma reportagem publicada em 25 de novembro de 2010 por um jornal espanhol: Protestos na Europa contra os cortes -------------- Os cidados perdem a pacincia -------------- Amplos seguimentos em Portugal uniu greve, depois de 22 anos, os dois maiores sindicatos do pas Juventude britnica toma o centro de Londres contra o aumento das matrculas Estudantes italianos invadiram o Senado Fonte: PBLICO, 25 novembro 2010. Disponvel em: . Acesso em: 04 mai. 2014. Apartirdaanlisedaimagem,dasmanchetesedomomentoemqueareportagemfoipublicada,o professor explicou que esses acontecimentos esto relacionados A)aefeitosdaglobalizaonocontinenteeuropeu,quetornouasociedadeeoEstadorefnsdas grandes empresas transnacionais.B)sconsequnciasdasrgidasmedidastributriasimpostassgrandescorporaesfinanceiras pelos Estados nacionais europeus. C) eficiente ao vigilante da opinio pblica europeia, que se mobilizou e impediu o corte de verbas pblicas para os setores essenciais da sociedade. D)s manifestaes populares na Europa contra as grandes corporaes que, apesar de subordinadas aos Estados nacionais, negligenciam as questes sociais. 50.AnalisandoosefeitosdapublicaodaautobiografiadeHitlernoBrasil,ohistoriadorMateusDalmz afirmou: NoBrasildos1930,asimpressespositivasacercadoFhreredeseuMeinKampfjustificavam-senoapenas pelas intenes empresariais da Livraria do Globo [que vendeu bem a obra], mas pela prpria poltica externa da poca, que enxergava na Alemanha um importante parceiro comercial e militar. Porm na dcada seguinte, o Brasil se alinhou com os Estados Unidos e a Revista do Globo passou a publicar matrias extremamente negativas sobre oTerceiroReich.MeinKampfnuncamaisfoicitadocomoimportanteobraliterria.Comofuncionamentodo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), em 1939, o livro passou a ser proibido. Fonte: DALMZ, M. J leu o livro de Hitler?. Revista de Histria da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, p. 45, 1 jan. 2013. Aoanalisaressefragmentotextualeassoci-locomconhecimentoshistricossobreoperodo,um professor de Histria formulou, coerentemente com os acontecimentos do perodo, o seguinte objetivo de ensino: A)compreenderosescritosproduzidosporHitler,nomomentoemquecomandavaoEstadoalemo, percebendo a recepo dessas ideias no Brasil.B)identificarasrazesnacionalistaseracistasdopensamentodeVargas,quejustificaramaformao de alianas internacionais durante o Estado Novo. C)compreender que, at as vsperas do Estado Novo, a aceitao do pensamento de Hitler era limitada aos partidrios do Governo Vargas. D)perceberqueoEstadoNovotinhaum carterreguladoreautoritrio,mesmosemapresentarplena identificao com as ideias nazistas.