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40% da população pedala diariamente pro tra-balho. É uma pena, mas não estou falando de São Paulo. Esta, na verdade, é a realidade de Copenha-gen, capital da Dinamarca. Por lá, as bicicletas são tão adoradas que, em uma recente reunião do par-lamento dinamarquês, todos os ministros do parti-do Liberal chegaram à residência da Rainha Margaret II não em carros oficiais, mas em modelos da marca Velorbis, dinamarquesa, claro, e uma das mais hypadas do mundo. Eu não tenho uma dessas – aqui no Brasil, a marca é vendida na loja Tag & Juice, em São Paulo, a partir de R$ 3 mil – mas tenho a minha magrela amada de 300 contos. Comprei há pouco mais de oito meses, quando re-solvi trocar o suplício do trânsito paulistano pela liberdade das duas rodas. Modéstia à parte, uma decisão inteligente, visto que, em São Paulo, a ve-locidade média de uma bicicleta é comprovada-mente maior do que a dos ônibus. Depois dessa mudança, passei a publicar no meu blog (www.descolex.com) uma série de posts incentivando as pessoas a fazerem o mesmo. Qual era o retorno? Leitores di-zendo que seria impossível peda-lar e chegar inteiro no escritório. Entendo. São Paulo realmente não é uma cidade plana e cheia de ciclovias como Nova York, Paris, Londres ou Berlim. As distâncias aqui também são enormes. Mas penso que tudo é questão de querer e achar um jeito que funci-one pra você. Não prometo resolv-er todos seus problemas, mas, conversando com amigos ciclis-tas e com base na minha recente experiência, posso dar umas dicas:- Suar, o maior dos dramas, é in-evitável. Mas percebi que, com o tempo e com o ganho de condi-cionamento físico, chego cada vez mais inteiro no trabalho. Se o dia está um pouco mais fresco, juro que entro in-tacto no escritório.- Uma amiga ciclista tem chuveiro no trabalho. Ela vai com uma roupa, chega lá, toma uma ducha e está nova. Investigue se na sua empresa não tem isso. Depois de quase dois meses pedalando, de-scobri que lá na produtora onde eu trabalho tem chuveiro!- Outra amiga fez dos lenços umedecidos seus ali-ados. Quando eu morei na Europa, inclusive, tinha gente que tomava banho com eles na época de in-

verno mais rigoroso. Não acho muito higiênico. Mas pra dar um truque no trabalho, super funcio-na.- Eu vou com uma camiseta, desodorante e uma toalhinha na mochila. Chego, vou no banheiro, tomo aquele conhecido banhinho de gato, passo um desodorante, coloco a camiseta limpinha e seca e o ar condicionado faz o resto. E nem venha torcer o nariz. 20 minutos depois não há quem diga que eu vim de bike.

Outra ideia bacana é investir em roupas que facili-tem a sua vida. A linha Commuter da Levi’s, por exemplo, foi toda pensada pra quem pedala para trabalhar. Os tecidos usados, como o jeans e a sarja, são tratados com tecnologias que tornam a roupa impermeável, repelindo água e poeira, re-duzindo traços de transpiração e protegendo contra odores. Os tecidos são elásticos pra dar mais mobilidade e conforto. Algumas peças têm ainda apliques de película refletiva para aumentar a visibilidade.