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Nº 234, quarta-feira, 7 de dezembro de 2011 26 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012011120700026 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 §2 o Havendo aceitação parcial do risco por quaisquer dos resseguradores locais, admitidos ou eventuais, somente a parcela do risco que não encontrar cobertura poderá ser cedida a pessoas não abrangidas pelos incisos I e II do art. 9º da Lei Complementar nº 126, de 2007. Art. 3 o Para fins das transferências de risco de que trata o art. 2º, as cedentes só poderão realizar operações com pessoas que aten- dam aos seguintes requisitos mínimos: I - autorização, segundo as leis do país de origem, para subscrever resseguro ou retrocessão nos ramos em que pretenda atuar; II - classificação de solvência, emitida por agência clas- sificadora de risco, com pelo menos um dos seguintes níveis mí- nimos: Agência Classificadora de Risco Nível Mínimo Exigido Standard & Poors BBB- Fitch BBB- Moody's Baa3 AM Best B+ III - não ser empresa estrangeira sediada em paraísos fiscais, assim considerados países ou dependências que não tributam renda ou que a tributam a alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas ou à sua titularidade. IV - que a legislação vigente no seu país de origem permita a movimentação de moedas de livre conversibilidade, para cumpri- mento de compromissos no exterior. Parágrafo único. A SUSEP poderá, a qualquer tempo, excluir qualquer agência classificadora de risco prevista no inciso II deste artigo. Art. 4 o A SUSEP poderá, em caráter excepcional, autorizar transferências de riscos a pessoas que não atendam aos incisos I e II do art. 9 o da Lei Complementar n o 126, de 2007, nem ao disposto no art. 3 o desta Resolução, desde que por motivo tecnicamente jus- tificável, podendo estabelecer requisitos adicionais aos mínimos pre- vistos na Lei Complementar n o 126, de 2007, e no art. 3 o desta Resolução. Parágrafo único. Fica expressamente proibida qualquer trans- ferência de risco a pessoas que não atendam ao disposto nos incisos I e II do art. 9 o da Lei Complementar n o 126, de 2007, nem ao disposto no art. 3 o desta Resolução, sem a prévia autorização da SUSEP. CAPÍTULO III DA CONSULTA AOS RESSEGURADORES LOCAIS, AD- MITIDOS E EVENTUAIS Art. 5 o A comprovação da situação de insuficiência de oferta de capacidade dos resseguradores locais, admitidos e eventuais, a que preços e condições forem, dar-se-á pela negativa para a cobertura do risco, obtida mediante consulta formal efetuada a todos os resse- guradores locais, admitidos e eventuais que operem no ramo ao qual pertence o risco a ser cedido. § 1 o A consulta de que trata o caput deverá conter os termos, condições e informações necessárias para a análise do risco, devendo ser disponibilizada, de forma equânime, a todos os resseguradores consultados. § 2 o Os resseguradores disporão de prazo de 5 (cinco) dias úteis, no caso dos contratos facultativos, e de 10 (dez) dias úteis, no caso dos contratos automáticos, para formalizar a aceitação total ou parcial do risco. § 3 o A ausência de manifestação dos resseguradores, no prazo a que se refere o parágrafo anterior, será considerada como recusa. § 4 o Os resseguradores poderão solicitar, no decorrer dos prazos previstos no parágrafo 2° deste artigo, desde que justificada, por uma única vez, nos casos de contratos facultativos, e por mais de uma vez, nos casos de contratos automáticos, documentos e/ou in- formações complementares, ficando suspenso o prazo a que se refere citado parágrafo até a entrega pela cedente dos documentos e/ou informações solicitados. §5 o Na hipótese de aceitação do risco, o ressegurador deverá definir, claramente, os termos, condições e a parcela do risco acei- ta. CAPÍTULO IV DA CONTRATAÇÃO COM RESSEGURADORES LO- CAIS Art. 6 o As sociedades seguradoras ficam autorizadas a con- tratar com resseguradores locais percentual inferior ao disposto no art. 15 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007, com as alterações promovidas pela Resolução CNSP nº 225, de 06 de de- zembro de 2010, exclusivamente quando ficar comprovada a insu- ficiência de oferta de capacidade dos resseguradores locais, inde- pendentemente dos preços e condições oferecidos por estes, obser- vados os mesmos critérios estabelecidos no art. 5º desta Resolução. §1 o Considerar-se-á caracterizada a situação de insuficiência de oferta de capacidade de que trata o caput quando, consultados todos os resseguradores locais, tenham esses, em seu conjunto, re- cusado total ou parcialmente o risco objeto de cessão. §2 o No caso de recusa total do risco por todos os resse- guradores locais, as sociedades seguradoras poderão ceder o risco integralmente a resseguradores admitidos e eventuais, e, em havendo ainda alguma parcela do risco sem cobertura, a pessoas não abran- gidas pelos incisos I e II do art. 9 o da Lei Complementar n o 126, de 2007, nas hipóteses, condições e critérios previstos nesta Resolução. §3 o Havendo aceitação parcial do risco pelos resseguradores locais, somente a parcela do risco que não encontrar cobertura poderá ser cedida a resseguradores admitidos e eventuais, e, em havendo ainda alguma parcela do risco sem cobertura, a pessoas não abran- gidas pelos incisos I e II do art. 9 o da Lei Complementar n o 126, de 2007, nas hipóteses, condições e critérios previstos nesta Resolução. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 7 o Os prazos dispostos no §2 o do art. 5 o desta Resolução serão computados a partir do envio, por meio eletrônico, das con- sultas para os endereços eletrônicos informados pelos resseguradores à SUSEP, devendo a cedente dispor de procedimentos operacionais que garantam seu efetivo envio. §1 o A disponibilização e manutenção dos endereços eletrô- nicos para o recebimento das consultas são de responsabilidade dos resseguradores. §2 o A SUSEP divulgará a relação de endereços eletrônicos informados pelos resseguradores na sua página da internet. § 3 o Para efeito da presente, os prazos se encerram às 24:00h do último dia útil, considerando o horário de Brasília-DF. §4 o Os prazos suspensos pela solicitação de informações complementares começarão a ser contados pelo seu remanescente a partir do primeiro dia útil seguinte à data de entrega pela cedente dos documentos e/ou informações solicitados. Art. 8 o As cedentes deverão efetuar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do aceite da data da cessão de risco de que trata o art. 2 o desta Resolução, comunicação à SUSEP nos termos do seu anexo. Parágrafo único. As cedentes deverão encaminhar à SUSEP o contrato de resseguro ou de retrocessão relativos à cessão de que trata o caput, no prazo de 15 (quinze) dias contados do final do prazo previsto na legislação para formalização contratual das operações de resseguro. Art. 9 o As cedentes deverão manter à disposição da SUSEP a documentação referente a cada transferência de riscos de que trata o art. 2 o desta Resolução e a cada cessão de resseguro de que trata o art. 6 o desta Resolução, pelo prazo de 5 (cinco) anos contados do término da vigência do respectivo contrato, sem prejuízo dos demais prazos definidos na legislação em vigor. Art. 10. O §4 o do art. 3 o do anexo I da Resolução CNSP N o 228, de 6 de dezembro de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 3 o ............................................................................ (...) § 4 o A sociedade supervisionada que, respeitada a legislação vigente, possua exposições ao risco de crédito tendo como contra- partes resseguradores não autorizados pela SUSEP como locais, ad- mitidos e eventuais, deverá considerar, para cálculo do CAcred1, o conjunto destes resseguradores como uma única contraparte e aplicar o fator de risco correspondente ao Grau 3 e Tipo 3 de risco." Art. 11. Sem prejuízo das atribuições do órgão fiscalizador, os comitês de auditoria das sociedades seguradoras e dos ressegu- radores locais, bem como seus auditores independentes, deverão ve- rificar o cumprimento do disposto nesta Resolução e indicar ex- pressamente o resultado por meio de relatório circunstanciado sobre eventual descumprimento de dispositivos legais e regulamentares vi- gentes. Art. 12. A SUSEP fica autorizada a expedir normas com- plementares dispondo sobre as operações de que trata esta Reso- lução. Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação. LUCIANO PORTAL SANTANNA Superintendente (*) Anexo a esta Resolução encontra-se à disposição dos interessados no site www.susep.gov.br ou na Coordenação de Documentos (CO- DOC), localizada na rua Buenos Aires, 256 - térreo - Centro - Rio de Janeiro - RJ. RESOLUÇÃO N o - 242, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2011 Altera e consolida as regras para o paga- mento de indenizações referentes a despe- sas de assistência médica e suplementares - DAMS cobertas pelo seguro DPVAT e dá outras providências. A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso XI, do Decreto n o 60.459, de 13 de março de 1967, considerando o que consta do processo CNSP N o 3/2011, na origem, e Processo SUSEP n o 15414.002334/2009-70, torna público que o CONSELHO NA- CIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP, em sessão ordinária realizada em 29 de novembro de 2011, com fundamento no disposto no artigo 4 o , § 3 o e no artigo 12 da Lei n o 6.194, de 19 de dezembro de 1974, com as alterações introduzidas pela Lei n o 11.945, de 4 de junho de 2009, resolveu, Art. 1 o Alterar e consolidar as regras para o pagamento das indenizações referentes a despesas de assistência médica e suple- mentares - DAMS cobertas pelo seguro DPVAT. Art. 2 o Ficam revogados o artigo 11, o inciso III e os §§ 1 o , 2 o e 3 o do artigo 13, as alíneas "a)", "b)" e "c)" e o inciso III do artigo 19 do Anexo à Resolução CNSP N o 154, de 8 de dezembro de 2006, e a Resolução CNSP N o 196, de 16 de dezembro de 2008. Art. 3 o Esta Resolução entra em vigor na data da sua pu- blicação. LUCIANO PORTAL SANTANNA ANEXO REGRAS PARA O PAGAMENTO DAS INDENIZAÇÕES REFERENTES ÀS DESPESAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E SU- PLEMENTARES - DAMS COBERTAS PELO SEGURO OBRIGA- TÓRIO DE DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE, OU POR SUA CARGA, A PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO - SEGURO DPVAT CAPÍTULO I DA INDENIZAÇÃO Art. 1 o A vítima de acidente de trânsito tem direito ao re- embolso, pelo seguro DPVAT, das despesas com assistência médica e suplementares - DAMS, desde que devidamente comprovadas, até o limite estabelecido na lei específica. §1 o Fica assegurada à vitima a utilização do eventual saldo, verificado entre o valor máximo da cobertura e o do atendimento médico-hospitalar correspondente ao tratamento das conseqüências de um mesmo acidente, para reembolso de eventuais despesas suple- mentares, tais como fisioterapia, medicamentos, equipamentos or- topédicos, órtese, próteses e outras medidas terapêuticas, devidamente justificadas pelo médico assistente. §2 o São também reembolsáveis à vítima de acidente de trân- sito as despesas médico-hospitalares efetuadas em estabelecimentos da rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde - SUS, desde que realizadas em caráter privado. Art. 2 o Não serão, em nenhuma hipótese, reembolsadas des- pesas com assistência médica e suplementares: I - quando estas forem cobertas por outros planos de seguro ou por planos privados de assistência à saúde; ou II - quando não especificadas, inclusive quanto aos seus valores, pelo prestador do serviço na nota fiscal ou relatório que as acompanha; ou III - quando estas forem suportadas pelo Sistema Único de Saúde. Parágrafo único. Eventual parcela remanescente de despesas com assistência médica e suplementares que não forem integralmente cobertas por outros planos de seguro ou por planos privados de assistência à saúde são reembolsáveis, observado o disposto no art. 1 o deste Anexo. Art. 3 o A indenização das despesas de assistência médica e suplementares será paga diretamente e em favor da vítima pelos meios previstos na legislação em vigor, podendo ser reclamada por procurador, nomeado por procuração devidamente formalizada nos termos da legislação vigente. Parágrafo único. A procuração a que se refere o caput: I - deve outorgar ao mandatário poderes específicos, in- clusive para apresentar e firmar documentos; II - não pode retirar da vítima de acidente de trânsito qual- quer direito que lhe é assegurado pela legislação. Art. 4 o É vedada à vítima do acidente de trânsito a cessão dos direitos ao recebimento do reembolso das despesas a que se refere o artigo 1 o , §2 o , deste Anexo. CAPÍTULO II DA REGULAÇÃO DE SINISTRO Art. 5 o Para fins de liquidação do sinistro, o beneficiário deverá apresentar a seguinte documentação para recebimento da in- denização: I - registro da ocorrência expedido pela autoridade policial competente; II - boletim de atendimento médico-hospitalar, ou documento equivalente, que comprove que as despesas médico-hospitalares efe- tuadas possam decorrer do atendimento à vítima de danos corporais consequentes de acidente envolvendo veículo automotor de via ter- restre; III - cópia da documentação de identificação da vítima; IV - conta original do estabelecimento hospitalar, ou do- cumento equivalente, com discriminação de todas as despesas, in- cluindo diárias e taxas, relação dos materiais e medicamentos uti- lizados e, ainda, os exames efetuados com os preços por unidade, além dos serviços médicos e profissionais quando estes forem co- brados diretamente pelo hospital; V - notas fiscais, faturas ou recibos do hospital, originais, comprovando o pagamento dos respectivos valores; VI - recibos originais, emitidos em nome da vítima, ou comprovantes do pagamento a cada médico ou profissional, cons- tando data, assinatura, carimbo de identificação, número do CRM, número do CPF ou CNPJ e a especificação do serviço executado, com a data em que foi prestado o atendimento; e VII - cópia do laudo anatomopatológico da lesão e dos exa- mes realizados em geral, quando houver. §1 o Quando houver dúvida quanto ao nexo de causa e efeito entre o acidente e as lesões, poderá ser solicitado aos interessados relatório de internação ou tratamento, se houver, fornecido pela rede hospitalar e previdenciária, em complemento ao requerido no inciso II. §2 o Aplicam-se subsidiariamente ao reembolso das despesas médico-hospitalares os demais dispositivos referentes à liquidação de sinistros, previstos na regulamentação vigente.

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Nº 234, quarta-feira, 7 de dezembro de 201126 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011120700026

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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§2o Havendo aceitação parcial do risco por quaisquer dosresseguradores locais, admitidos ou eventuais, somente a parcela dorisco que não encontrar cobertura poderá ser cedida a pessoas nãoabrangidas pelos incisos I e II do art. 9º da Lei Complementar nº 126,de 2007.

Art. 3o Para fins das transferências de risco de que trata o art.2º, as cedentes só poderão realizar operações com pessoas que aten-dam aos seguintes requisitos mínimos:

I - autorização, segundo as leis do país de origem, parasubscrever resseguro ou retrocessão nos ramos em que pretendaatuar;

II - classificação de solvência, emitida por agência clas-sificadora de risco, com pelo menos um dos seguintes níveis mí-nimos:

Agência Classificadora de Risco Nível Mínimo ExigidoStandard & Poors BBB-Fitch BBB-Moody's Baa3AM Best B+

III - não ser empresa estrangeira sediada em paraísos fiscais,assim considerados países ou dependências que não tributam renda ouque a tributam a alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda,cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição societáriade pessoas jurídicas ou à sua titularidade.

IV - que a legislação vigente no seu país de origem permitaa movimentação de moedas de livre conversibilidade, para cumpri-mento de compromissos no exterior.

Parágrafo único. A SUSEP poderá, a qualquer tempo, excluirqualquer agência classificadora de risco prevista no inciso II desteartigo.

Art. 4o A SUSEP poderá, em caráter excepcional, autorizartransferências de riscos a pessoas que não atendam aos incisos I e IIdo art. 9o da Lei Complementar no 126, de 2007, nem ao disposto noart. 3o desta Resolução, desde que por motivo tecnicamente jus-tificável, podendo estabelecer requisitos adicionais aos mínimos pre-vistos na Lei Complementar no 126, de 2007, e no art. 3o destaResolução.

Parágrafo único. Fica expressamente proibida qualquer trans-ferência de risco a pessoas que não atendam ao disposto nos incisosI e II do art. 9o da Lei Complementar no 126, de 2007, nem aodisposto no art. 3o desta Resolução, sem a prévia autorização daS U S E P.

CAPÍTULO IIIDA CONSULTA AOS RESSEGURADORES LOCAIS, AD-

MITIDOS E EVENTUAISArt. 5o A comprovação da situação de insuficiência de oferta

de capacidade dos resseguradores locais, admitidos e eventuais, a quepreços e condições forem, dar-se-á pela negativa para a cobertura dorisco, obtida mediante consulta formal efetuada a todos os resse-guradores locais, admitidos e eventuais que operem no ramo ao qualpertence o risco a ser cedido.

§ 1o A consulta de que trata o caput deverá conter os termos,condições e informações necessárias para a análise do risco, devendoser disponibilizada, de forma equânime, a todos os resseguradoresconsultados.

§ 2o Os resseguradores disporão de prazo de 5 (cinco) diasúteis, no caso dos contratos facultativos, e de 10 (dez) dias úteis, nocaso dos contratos automáticos, para formalizar a aceitação total ouparcial do risco.

§ 3o A ausência de manifestação dos resseguradores, noprazo a que se refere o parágrafo anterior, será considerada comorecusa.

§ 4o Os resseguradores poderão solicitar, no decorrer dosprazos previstos no parágrafo 2° deste artigo, desde que justificada,por uma única vez, nos casos de contratos facultativos, e por mais deuma vez, nos casos de contratos automáticos, documentos e/ou in-formações complementares, ficando suspenso o prazo a que se referecitado parágrafo até a entrega pela cedente dos documentos e/ouinformações solicitados.

§5o Na hipótese de aceitação do risco, o ressegurador deverádefinir, claramente, os termos, condições e a parcela do risco acei-ta.

CAPÍTULO IVDA CONTRATAÇÃO COM RESSEGURADORES LO-

CAISArt. 6o As sociedades seguradoras ficam autorizadas a con-

tratar com resseguradores locais percentual inferior ao disposto no art.15 da Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro de 2007, com asalterações promovidas pela Resolução CNSP nº 225, de 06 de de-zembro de 2010, exclusivamente quando ficar comprovada a insu-ficiência de oferta de capacidade dos resseguradores locais, inde-pendentemente dos preços e condições oferecidos por estes, obser-vados os mesmos critérios estabelecidos no art. 5º desta Resolução.

§1o Considerar-se-á caracterizada a situação de insuficiênciade oferta de capacidade de que trata o caput quando, consultadostodos os resseguradores locais, tenham esses, em seu conjunto, re-cusado total ou parcialmente o risco objeto de cessão.

§2o No caso de recusa total do risco por todos os resse-guradores locais, as sociedades seguradoras poderão ceder o riscointegralmente a resseguradores admitidos e eventuais, e, em havendoainda alguma parcela do risco sem cobertura, a pessoas não abran-gidas pelos incisos I e II do art. 9o da Lei Complementar no 126, de2007, nas hipóteses, condições e critérios previstos nesta Resolução.

§3o Havendo aceitação parcial do risco pelos resseguradoreslocais, somente a parcela do risco que não encontrar cobertura poderáser cedida a resseguradores admitidos e eventuais, e, em havendoainda alguma parcela do risco sem cobertura, a pessoas não abran-gidas pelos incisos I e II do art. 9o da Lei Complementar no 126, de2007, nas hipóteses, condições e critérios previstos nesta Resolução.

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES FINAISArt. 7o Os prazos dispostos no §2o do art. 5o desta Resolução

serão computados a partir do envio, por meio eletrônico, das con-sultas para os endereços eletrônicos informados pelos resseguradoresà SUSEP, devendo a cedente dispor de procedimentos operacionaisque garantam seu efetivo envio.

§1o A disponibilização e manutenção dos endereços eletrô-nicos para o recebimento das consultas são de responsabilidade dosresseguradores.

§2o A SUSEP divulgará a relação de endereços eletrônicosinformados pelos resseguradores na sua página da internet.

§ 3o Para efeito da presente, os prazos se encerram às 24:00hdo último dia útil, considerando o horário de Brasília-DF.

§4o Os prazos suspensos pela solicitação de informaçõescomplementares começarão a ser contados pelo seu remanescente apartir do primeiro dia útil seguinte à data de entrega pela cedente dosdocumentos e/ou informações solicitados.

Art. 8o As cedentes deverão efetuar, no prazo máximo de 30(trinta) dias, a contar do aceite da data da cessão de risco de que tratao art. 2o desta Resolução, comunicação à SUSEP nos termos do seuanexo.

Parágrafo único. As cedentes deverão encaminhar à SUSEPo contrato de resseguro ou de retrocessão relativos à cessão de quetrata o caput, no prazo de 15 (quinze) dias contados do final do prazoprevisto na legislação para formalização contratual das operações deresseguro.

Art. 9o As cedentes deverão manter à disposição da SUSEPa documentação referente a cada transferência de riscos de que tratao art. 2o desta Resolução e a cada cessão de resseguro de que trata oart. 6o desta Resolução, pelo prazo de 5 (cinco) anos contados dotérmino da vigência do respectivo contrato, sem prejuízo dos demaisprazos definidos na legislação em vigor.

Art. 10. O §4o do art. 3o do anexo I da Resolução CNSP No

228, de 6 de dezembro de 2010, passa a vigorar com a seguinteredação:

"Art. 3o ............................................................................(...)§ 4o A sociedade supervisionada que, respeitada a legislação

vigente, possua exposições ao risco de crédito tendo como contra-partes resseguradores não autorizados pela SUSEP como locais, ad-mitidos e eventuais, deverá considerar, para cálculo do CAcred1, oconjunto destes resseguradores como uma única contraparte e aplicaro fator de risco correspondente ao Grau 3 e Tipo 3 de risco."

Art. 11. Sem prejuízo das atribuições do órgão fiscalizador,os comitês de auditoria das sociedades seguradoras e dos ressegu-radores locais, bem como seus auditores independentes, deverão ve-rificar o cumprimento do disposto nesta Resolução e indicar ex-pressamente o resultado por meio de relatório circunstanciado sobreeventual descumprimento de dispositivos legais e regulamentares vi-gentes.

Art. 12. A SUSEP fica autorizada a expedir normas com-plementares dispondo sobre as operações de que trata esta Reso-lução.

Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação.

LUCIANO PORTAL SANTANNASuperintendente

(*) Anexo a esta Resolução encontra-se à disposição dos interessadosno site www.susep.gov.br ou na Coordenação de Documentos (CO-DOC), localizada na rua Buenos Aires, 256 - térreo - Centro - Rio deJaneiro - RJ.

RESOLUÇÃO No- 242, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2011

Altera e consolida as regras para o paga-mento de indenizações referentes a despe-sas de assistência médica e suplementares -DAMS cobertas pelo seguro DPVAT e dá

outras providências.

A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS -SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso XI, doDecreto no 60.459, de 13 de março de 1967, considerando o queconsta do processo CNSP No 3/2011, na origem, e Processo SUSEPno 15414.002334/2009-70, torna público que o CONSELHO NA-CIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP, em sessão ordináriarealizada em 29 de novembro de 2011, com fundamento no dispostono artigo 4o, § 3o e no artigo 12 da Lei no 6.194, de 19 de dezembrode 1974, com as alterações introduzidas pela Lei no 11.945, de 4 dejunho de 2009, resolveu,

Art. 1o Alterar e consolidar as regras para o pagamento dasindenizações referentes a despesas de assistência médica e suple-mentares - DAMS cobertas pelo seguro DPVAT.

Art. 2o Ficam revogados o artigo 11, o inciso III e os §§ 1o,2o e 3o do artigo 13, as alíneas "a)", "b)" e "c)" e o inciso III do artigo19 do Anexo à Resolução CNSP No 154, de 8 de dezembro de 2006,e a Resolução CNSP No 196, de 16 de dezembro de 2008.

Art. 3o Esta Resolução entra em vigor na data da sua pu-blicação.

LUCIANO PORTAL SANTANNA

ANEXO

REGRAS PARA O PAGAMENTO DAS INDENIZAÇÕESREFERENTES ÀS DESPESAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E SU-PLEMENTARES - DAMS COBERTAS PELO SEGURO OBRIGA-TÓRIO DE DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOSAUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE, OU POR SUA CARGA,A PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO - SEGURO DPVAT

CAPÍTULO IDA INDENIZAÇÃOArt. 1o A vítima de acidente de trânsito tem direito ao re-

embolso, pelo seguro DPVAT, das despesas com assistência médica esuplementares - DAMS, desde que devidamente comprovadas, até olimite estabelecido na lei específica.

§1o Fica assegurada à vitima a utilização do eventual saldo,verificado entre o valor máximo da cobertura e o do atendimentomédico-hospitalar correspondente ao tratamento das conseqüências deum mesmo acidente, para reembolso de eventuais despesas suple-mentares, tais como fisioterapia, medicamentos, equipamentos or-topédicos, órtese, próteses e outras medidas terapêuticas, devidamentejustificadas pelo médico assistente.

§2o São também reembolsáveis à vítima de acidente de trân-sito as despesas médico-hospitalares efetuadas em estabelecimentosda rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde - SUS, desdeque realizadas em caráter privado.

Art. 2o Não serão, em nenhuma hipótese, reembolsadas des-pesas com assistência médica e suplementares:

I - quando estas forem cobertas por outros planos de seguroou por planos privados de assistência à saúde; ou

II - quando não especificadas, inclusive quanto aos seusvalores, pelo prestador do serviço na nota fiscal ou relatório que asacompanha; ou

III - quando estas forem suportadas pelo Sistema Único deSaúde.

Parágrafo único. Eventual parcela remanescente de despesascom assistência médica e suplementares que não forem integralmentecobertas por outros planos de seguro ou por planos privados deassistência à saúde são reembolsáveis, observado o disposto no art. 1o

deste Anexo.Art. 3o A indenização das despesas de assistência médica e

suplementares será paga diretamente e em favor da vítima pelosmeios previstos na legislação em vigor, podendo ser reclamada porprocurador, nomeado por procuração devidamente formalizada nostermos da legislação vigente.

Parágrafo único. A procuração a que se refere o caput:I - deve outorgar ao mandatário poderes específicos, in-

clusive para apresentar e firmar documentos;II - não pode retirar da vítima de acidente de trânsito qual-

quer direito que lhe é assegurado pela legislação.Art. 4o É vedada à vítima do acidente de trânsito a cessão

dos direitos ao recebimento do reembolso das despesas a que serefere o artigo 1o, §2o, deste Anexo.

CAPÍTULO IIDA REGULAÇÃO DE SINISTROArt. 5o Para fins de liquidação do sinistro, o beneficiário

deverá apresentar a seguinte documentação para recebimento da in-denização:

I - registro da ocorrência expedido pela autoridade policialcompetente;

II - boletim de atendimento médico-hospitalar, ou documentoequivalente, que comprove que as despesas médico-hospitalares efe-tuadas possam decorrer do atendimento à vítima de danos corporaisconsequentes de acidente envolvendo veículo automotor de via ter-restre;

III - cópia da documentação de identificação da vítima;IV - conta original do estabelecimento hospitalar, ou do-

cumento equivalente, com discriminação de todas as despesas, in-cluindo diárias e taxas, relação dos materiais e medicamentos uti-lizados e, ainda, os exames efetuados com os preços por unidade,além dos serviços médicos e profissionais quando estes forem co-brados diretamente pelo hospital;

V - notas fiscais, faturas ou recibos do hospital, originais,comprovando o pagamento dos respectivos valores;

VI - recibos originais, emitidos em nome da vítima, oucomprovantes do pagamento a cada médico ou profissional, cons-tando data, assinatura, carimbo de identificação, número do CRM,número do CPF ou CNPJ e a especificação do serviço executado,com a data em que foi prestado o atendimento; e

VII - cópia do laudo anatomopatológico da lesão e dos exa-mes realizados em geral, quando houver.

§1o Quando houver dúvida quanto ao nexo de causa e efeitoentre o acidente e as lesões, poderá ser solicitado aos interessadosrelatório de internação ou tratamento, se houver, fornecido pela redehospitalar e previdenciária, em complemento ao requerido no incisoII.

§2o Aplicam-se subsidiariamente ao reembolso das despesasmédico-hospitalares os demais dispositivos referentes à liquidação desinistros, previstos na regulamentação vigente.