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Caminho Sem Fim : A eterna busca pela Identidade

O fenômeno da globalização, fundamentado na ideologia do capital, faz com que a dinâmica do fluxo de mercadorias, bens e pessoas esteja disposta de acordo com o processo de di-fusão do consumismo. Assim, nana medida em que o ato de con-sumir, de gastar e de se endivi-dar tornam-se necessidades insaciáveis, nos tornamos dependentes das periódicas inovações mercadológicas e perdemos contato com o mundo real que se ergue diante de nossos olhos.

O tempo da contemporaneidade se mostra cada vez mais heterogêneo. Conforme avançam os conhec-imentos científicos, as inovações tecnológicas e as complexas interações econômicas, os fatores sociais se ausentam nesta nova forma de organização da so-ciedade. Há, assim, um envelhecimento das relações interpessoais construídas em torno do individualismo e do capital. Gradativamente, esta nova logica que se esta-belece no mundo tem reduzido as dimensões de nossas percepções pessoais naquilo que tange o nosso redor, de forma a valorizarmos a reposição do fluxo de informações globais que nos perseguem em detrimento da experiência ativa com aquilo que nos

O humano está se distanciando de si próprio. A cada dia, aumenta o número de pessoas que di-minuem suas próprias perspectivas de mundo em pequenas telas portáteis que se renovam constante-mente. Com isso, mudou-se o próprio objeto das relações estabelecidas com o outro, que agora deixou de ser o homem e passou a ser máquina. Enquanto, o outro persiste, o homem começa a inexistir. As consequências da expansão de uma ideologia capitalista, que garante a disseminação confiante do verbo consumir em todos os cantos do planeta, começam a se evidenciar de forma muito mais com-plexa e conflitante do que a aparente desigualdade social que permeias os aspectos sociais vigentes pelo

globo ( sinônimo particular ao modo de produção capitalista ). Esse novo capitalismo flexível ¹, que se configura na realidade presente, está impossibilitando o desenvolvimento das capaci-dades intelectuais intrínsecas a todotodo individuo, destruindo a ne-cessidade de criação de nossa

própria identidade. A busca por uma identidade própria se torna muito mais difícil numa sociedade em que os princípios e valores ideológicos estão caracterizados pelo indivi-

dezembro 2012. Y MAGAZINE > 07TREND BOX

“... deixou de ser o homem e passou a ser a máquina.”