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O ministro Miguel Rossetto, da Secre- taria-geral da Presidência da República, aprovou o Fórum Sindical. “As Centrais Sindicais contribuíram de forma rica e qualificada. A valorização do salário mí- nimo até 2019, por exemplo, é uma con- quista que já está incorporada ao PPA”, naliza Rossetto. As Centrais Sindicais, que integram o ‘Fórum Diálogo Brasil Sindical, co- braram maior participação no PPA (Plano Plurianual), que aponta as diretrizes do governo federal, estados e municípios para o período de 2016 a 2019. A reivindi- cação foi feita ao ministro Miguel Rosset- to, da Secretaria-geral da Presidência da República, e Gilson Bittencourt, secretá- rio do Planejamento e Investimentos Es- tratégicos do Ministério do Planejamento, ontem, na sede do Dieese, em São Paulo. Na reunião, os sindicalistas entrega- ram ao governo as propostas elabora- das pelas Centrais, a ‘Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento, com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho’, atualizada em junho de 2015. “Queremos manter o diálogo com o governo e apresentar propostas que beneficiem os trabalhadores. Saudamos o diálogo, mas temos de resolver a crise já!”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Para ele, é preciso comba- ter a política de juros elevados e proteger os empregos para o sucesso do planeja- mento. João Carlos Gonçalves, Juruna, secre- tário-geral da Central, avalia positiva- mente o ‘Fórum Diálogo Brasil Sindical’. “Entregamos a ‘Agenda da Classe Tra- balhadora’ e esperamos que o governo ouça os trabalhadores”. Miguel Torres e ministro Miguel Rosseto (6º da esq. p/dir.): ‘Fórum Sindical’ aprovado Foto: Jaélcio Santana Centrais cobram do governo maior participação no PPA Fórum tem por objetivo o diálogo com o governo por propostas que beneficiem os trabalhadores Célio: “Se não houver acordo com os patrões da Usina Guarani, vamos parar” Foto: Fequimfar Representados pelo Sindicato dos Químicos de Guaíra, cerca de 450 traba- lhadores da Usina Guarani, unidade Man- du, estão em estado de greve devido ao impasse quanto às negociações sala- riais. Com data-base em 1º/05, a pauta de reivindicações da categoria foi entre- gue aos patrões em abril, e eles oferece- ram reajuste de 6%, inferior, portanto, ao INPC/IBGE do período ( 8,34%). Em estado de greve desde 29/06, os trabalhadores prometem parali- sar as atividades caso a empresa não apresente uma proposta digna de rea- juste. Os trabalhadores aguardam me- lhora na proposta patronal ainda nesta semana, caso contrário a greve deverá ser iniciada. Segundo o presidente dos Químicos de Guaíra, Célio Pimenta, o Sindicato conquistou acordo coletivo nas demais usinas da região, favorecendo mais de 2.500 mil trabalhadores. “Infelizmente, ainda não obtivemos avanços nas ne- gociações com a Guarani. Então, nossa alternativa foi notificar a empresa sobre o estado de greve. Caso os patrões não cedam, vamos parar”, declara. Trabalhadores da Usina Guarani em estado de greve Trabalho Publieditorial Está difícil a vida dos traba- lhadores nestes tempos de cri- se, provocada, em muito, pela política econômica equivocada do governo, com o aumento do desemprego, encolhimento da renda, juros proibitivos, crédito alto, taxas e impostos caros e inflação crescente. Não bastassem estas maze- las, de acordo com o Boletim Fo- cus, do Banco Central, publicado nesta 2ª feira (29), as previsões da inflação para 2015 alcança- ram a casa dos 9% (11ª semana consecutiva de alta). E a previ- são é que a taxa Selic chegue a 14,50% no final do ano (antes, a previsão era de 14,25%). E isto porque o governo alega manter os juros altos como forma de conter a inflação. Enquanto isto, os trabalhado- res brasileiros, principalmente os de menor renda, têm de ape- lar, por questão de sobrevivên- cia financeira, para os cartões de crédito, ou ultrapassar o limite do cheque especial, esquecen- do-se de que, se não pagos no vencimento, a cobrança de juros altos torna as dívidas quase que impagáveis. Uma “bola de neve” difícil de ser derretida. Temos de fazer alguma coisa, com urgência, para que o País retome o caminho do desenvol- vimento econômico, e para que os trabalhadores possam ter uma vida digna, mantendo, com seu emprego e salário, o sus- tento dos seus. Os trabalhadores em tempos de crise OPINIÃO Miguel Torres Presidente da Força Sindical SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! APOSENTADOS Sindicalistas vão intensificar luta no Senado As Centrais Sindicais, o senador Paulo Paim (PT), e os deputados Paulo Pereira da Silva (Solidarie- dade) e Arnaldo Faria de Sá (PTB), discutiram ontem (29) estratégias para o veto à fórmula 85/95 para o cálculo das aposentadorias e apro- vação do aumento real para aposen- tados. Miguel Torres, presidente da Força, sugeriu sensibilizar os sena- dores nos Estados e no Parlamen- to. Hoje (30) as Centrais se reúnem com Renan Calheiros, presidente do Senado. FEQUIMFAR Foto: Tiago Santana FÓRUM SINDICAL

Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 29 de junho de 2015

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O ministro Miguel Rossetto, da Secre-taria-geral da Presidência da República, aprovou o Fórum Sindical. “As Centrais Sindicais contribuíram de forma rica e qualifi cada. A valorização do salário mí-nimo até 2019, por exemplo, é uma con-quista que já está incorporada ao PPA”, fi naliza Rossetto.

As Centrais Sindicais, que integram o ‘Fórum Diálogo Brasil Sindical, co-

braram maior participação no PPA (Plano Plurianual), que aponta as diretrizes do governo federal, estados e municípios para o período de 2016 a 2019. A reivindi-cação foi feita ao ministro Miguel Rosset-to, da Secretaria-geral da Presidência da República, e Gilson Bittencourt, secretá-rio do Planejamento e Investimentos Es-tratégicos do Ministério do Planejamento, ontem, na sede do Dieese, em São Paulo.

Na reunião, os sindicalistas entrega-ram ao governo as propostas elabora-das pelas Centrais, a ‘Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento, com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho’, atualizada em junho de 2015.

“Queremos manter o diálogo com o governo e apresentar propostas que benefi ciem os trabalhadores. Saudamos o diálogo, mas temos de resolver a crise já!”, afi rma Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Para ele, é preciso comba-ter a política de juros elevados e proteger

os empregos para o sucesso do planeja-mento.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secre-tário-geral da Central, avalia positiva-mente o ‘Fórum Diálogo Brasil Sindical’. “Entregamos a ‘Agenda da Classe Tra-balhadora’ e esperamos que o governo ouça os trabalhadores”.

Miguel Torres e ministro Miguel Rosseto (6º da esq. p/dir.): ‘Fórum Sindical’ aprovado

Foto: Jaélcio Santana

Centrais cobram do governo maior participação no PPAFórum tem por objetivo o diálogo com o governo por propostas que benefi ciem os trabalhadores

Célio: “Se não houver acordo com os patrões da Usina Guarani, vamos parar”

Foto: FequimfarRepresentados pelo Sindicato dos Químicos de Guaíra, cerca de 450 traba-lhadores da Usina Guarani, unidade Man-du, estão em estado de greve devido ao impasse quanto às negociações sala-riais. Com data-base em 1º/05, a pauta de reivindicações da categoria foi entre-gue aos patrões em abril, e eles oferece-ram reajuste de 6%, inferior, portanto, ao INPC/IBGE do período ( 8,34%).

Em estado de greve desde 29/06, os trabalhadores prometem parali-sar as atividades caso a empresa não apresente uma proposta digna de rea-

juste. Os trabalhadores aguardam me-lhora na proposta patronal ainda nesta semana, caso contrário a greve deverá ser iniciada.

Segundo o presidente dos Químicos de Guaíra, Célio Pimenta, o Sindicato conquistou acordo coletivo nas demais usinas da região, favorecendo mais de 2.500 mil trabalhadores. “Infelizmente, ainda não obtivemos avanços nas ne-gociações com a Guarani. Então, nossa alternativa foi notifi car a empresa sobre o estado de greve. Caso os patrões não cedam, vamos parar”, declara.

Trabalhadores da Usina Guarani em estado de greve

TrabalhoPublieditorial

Está difícil a vida dos traba-lhadores nestes tempos de cri-se, provocada, em muito, pela política econômica equivocada do governo, com o aumento do desemprego, encolhimento da renda, juros proibitivos, crédito alto, taxas e impostos caros e inflação crescente.

Não bastassem estas maze-las, de acordo com o Boletim Fo-cus, do Banco Central, publicado nesta 2ª feira (29), as previsões da inflação para 2015 alcança-ram a casa dos 9% (11ª semana consecutiva de alta). E a previ-são é que a taxa Selic chegue a 14,50% no final do ano (antes, a previsão era de 14,25%). E isto porque o governo alega manter os juros altos como forma de conter a inflação.

Enquanto isto, os trabalhado-res brasileiros, principalmente os de menor renda, têm de ape-lar, por questão de sobrevivên-cia financeira, para os cartões de crédito, ou ultrapassar o limite do cheque especial, esquecen-do-se de que, se não pagos no vencimento, a cobrança de juros altos torna as dívidas quase que impagáveis. Uma “bola de neve” difícil de ser derretida.

Temos de fazer alguma coisa, com urgência, para que o País retome o caminho do desenvol-vimento econômico, e para que os trabalhadores possam ter uma vida digna, mantendo, com seu emprego e salário, o sus-tento dos seus.

Os trabalhadores em tempos de crise

OPINIÃO

Está difícil a vida dos traba-lhadores nestes tempos de cri-se, provocada, em muito, pela política econômica equivocada do governo, com o aumento do desemprego, encolhimento da renda, juros proibitivos, crédito alto, taxas e impostos caros e inflação crescente.

Não bastassem estas maze-las, de acordo com o Boletim Fo-cus, do Banco Central, publicado nesta 2ª feira (29), as previsões da inflação para 2015 alcança-ram a casa dos 9% (11ª semana consecutiva de alta). E a previ-são é que a taxa Selic chegue a 14,50% no final do ano (antes, a previsão era de 14,25%). E isto porque o governo alega manter os juros altos como forma de conter a inflação.

Enquanto isto, os trabalhado-res brasileiros, principalmente os de menor renda, têm de ape-lar, por questão de sobrevivên-cia financeira, para os cartões de crédito, ou ultrapassar o limite do cheque especial, esquecen-do-se de que, se não pagos no vencimento, a cobrança de juros altos torna as dívidas quase que impagáveis. Uma “bola de neve” difícil de ser derretida.

Temos de fazer alguma coisa, com urgência, para que o País retome o caminho do desenvol-vimento econômico, e para que os trabalhadores possam ter uma vida digna, mantendo, com seu emprego e salário, o sus-tento dos seus.

Os trabalhadores em tempos de crise

Miguel Torres Presidente

da Força Sindical

SINDICALIZE-SE

PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

APOSENTADOS

Sindicalistas vão intensifi car luta no Senado

As Centrais Sindicais, o senador Paulo Paim (PT), e os deputados Paulo Pereira da Silva (Solidarie-dade) e Arnaldo Faria de Sá (PTB), discutiram ontem (29) estratégias para o veto à fórmula 85/95 para o cálculo das aposentadorias e apro-vação do aumento real para aposen-tados. Miguel Torres, presidente da Força, sugeriu sensibilizar os sena-dores nos Estados e no Parlamen-to. Hoje (30) as Centrais se reúnem com Renan Calheiros, presidente do Senado.

FEQUIMFAR

Foto: Tiago Santana

FÓRUM SINDICAL