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PÁGINA 4 - ABRIL DE 2008 CULTURA

Casa de Cultura quer abrigar comunidade

Desde o início de 2007, os mo-radores da região da Avenida Sapo-pemba já podem contar com umespaço voltado para os estudos edesenvolvimento de atividades cul-turais: trata-se da Associação Casade Cultura Sapopemba (ACCS).

Com a proposta de ser umaopção de acesso a diversas formasde arte, a Casa de Cultura é umaassociação sem fins lucrativos que,por meio de voluntariado, mantémprojetos sociais e culturais que pro-movem a integração de jovens dacomunidade do bairro de Sapo-pemba e arredores.

A idéia da ACCS partiu de umgrupo de professores e orientado-res do Projeto Vestibular Ao Nos-so Alcance (Vana), um curso prepa-ratório para o vestibular que era de-senvolvido na Comunidade Ecle-sial de Base São Francisco de Assis,desde 2001.

Os voluntários e os participan-tes do projeto sentiam a necessida-de de um local que agregasse pro-dução cultural e acesso a conheci-mentos científicos, já que na regiãonão há cinemas, teatros, museus oulocais de expressão artística. O alu-no do Vana, Wellington Morais deSouza, 21 anos, hoje primeiro se-cretário da ACCS, diz que a Casa é

Criada este ano, associação é iniciativa de grupo de professores e orientadores de vestibular

Juliana Yamasaki

uma evolução do projeto educacio-nal: “O Vana era muito bom, maseles queriam fazer mais e a comuni-dade por ser católica tem os seuscompromissos, tem um espaço vol-tado para a religiosidade, não com-portava mais o Vana que queria seexpandir.”

Projeto de vestibular deu origem ao espaço

Em abril de 2007, a Casa come-çou a se tornar realidade com a As-sembléia de Fundação e entrada ju-dicial para legalização da associação,que ocorreu no mês de julho de2007, com a concessão do CNPJ(Cadastro Nacional de Pessoa Jurí-dica) e a mudança para as duas salas

comerciais no primeiro andar daAvenida Sapopemba, 9.165, no bair-ro de mesmo nome.

O presidente da ACCS, RenatoMarcon Pugliese, enfatiza as expec-tativas com relação ao crescimentodo espaço. “A Casa de Cultura Sa-popemba está, pouco a pouco, tor-

nando-se conhecida no bairro e es-peramos buscar convênios, apoiose patrocínios de outras instituiçõespara que todas as atividades realiza-das sejam gratuitas e para que te-nhamos melhores condições de,efetivamente, instituir um local deprodução cultural”, afirma Puglie-si. “Vale frisar que atualmente to-dos participantes da ACCS são vo-luntários. O montante arrecadadocom o Projeto Vana é destinadoexclusivamente à manutenção, alu-guel e pagamentos de contas e tri-butos referentes à documentação.”

A Casa de Cultura tem uma fre-qüência média de 50 pessoas, entremembros, alunos e visitantes quepodem usufruir o Espaço LiterárioÍndex, uma biblioteca comunitáriacom cerca de 5 mil livros didáticos,literários e de conhecimentos gerais,e participar dos projetos. A saber, oNovos Olhares, sobre cinema; o Lei-tura de Clássicos, referente a obras li-terárias; o Ouvindo, de músicas; aspráticas do Grupo de Teatro e o Sa-rau, que privilegia todas as expres-sões artísticas.

Para quem quiser conhecer maissobre a Associação Casa de CulturaSapopemba, seus projetos e parti-cipantes, basta entrar no sitewww.casadeculturasapopemba.orgou dirigir-se à Avenida Sapopem-ba, 9.165 – 1º andar.

Heidy Montanheiro

O projeto Vestibular Ao Nos-so Alcançe (Vana) foi criado em 2001e tem o objetivo de auxiliar os alu-nos da região na busca por umavaga nos concorridos vestibularesdas universidades públicas.

A proposta visa, além da inclu-são desses alunos na universidade,a fazer com que tenham uma parti-cipação ativa e constante nos assun-tos que dizem respeito às melho-rias na qualidade do ensino, tornan-do-os assim indivíduos questiona-dores com ampla visão de futuro,que pesquisem a fundo suas pró-prias realidades.

Sem um patrocinador para oprojeto, a Casa de Cultura não temoutra alternativa senão cobrar umataxa no valor de R$ 35,00 no ato damatrícula e mais R$ 30,00 referen-tes às mensalidades.

Segundo Wellington Morais deSouza, 21 anos, primeiro secretárioda Casa de Cultura, o projeto contaatualmente com o trabalho volun-tário de nove professores. Ele ex-plica como partiu desse grupo a

vontade de concretizar essa idéia.“Eles passaram por esse mesmoprocesso, estudaram em escola pú-blica, depois fizeram cursinho e pas-

saram nas universidades, tambémpúblicas. E, nesse caso, eles viramque é muito difícil, que é complica-do”, resume.

Souza complementa ainda queesses professores conseguiram umespaço na comunidade e que foi apartir daí que começaram a reunir

grupos de estudos aos sábados, pre-parando-se para o exame vestibu-lar. Desde então, todos se dedicama essa causa.

Além de secretário da Casa, Sou-za é aluno do Vana e diz que as au-las começam normalmente emmarço e se estendem até o final denovembro, fazendo um suportepara que os alunos, além de apro-vados no vestibular, ingressem nasfaculdades realmente cientes de suaspróprias vocações.

Para colaborar com o sucesso doprojeto, a comunidade e os alunosse uniram e fizeram doações para acomposição de sua biblioteca (Es-paço Literário Índex), que atualmen-te reúne por volta de 6 mil livrosem seu acervo.

Essa foi uma conquista que veiobeneficiar toda a comunidade, vis-to que os livros servem não só aosalunos do Vana, desde 2002, mastambém para o empréstimo a todacomunidade.

Para mais informações sobre oprojeto Vana, entre em contato coma Casa de Cultura pelo site www.casadeculturasapopemba.org.

INCENTIVO À ARTE - Fachada da recém-criada Associação Casa de Cultura Sapopemba

ALIMENTO PARA O ESPÍRITO - Freqüentadores do bairro no Espaço Literário Índex

Fotos Juliana Yamasaki