48
PAINEL POLÍTICO 1 Fevereiro 2013 ANO IV - Nº 14 - Fevereiro de 2013 - Porto Velho - Rondônia Valor: R$ 10,00 Briga pelo poder revela irregularidades na FIERO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA O Hospital Português, localizado em Recife (PE), é o único hospital das regiões Norte e Nordeste especializado para realizar o procedimento. Pacientes de Rondônia são encaminhados para o Hospital do Câncer de Barretos, no interior de SP, para tratamento.

Painel Político 14ª Edição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Ediçao de fevereiro de 2013 da revista Painel Político. Como reportagem de capa, o escândalo envolvendo o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia, Denis Baú.

Citation preview

Page 1: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 1Fevereiro 2013 PAINEL POLÍTICO 1Fevereiro 2013

ANO IV - Nº 14 - Fevereiro de 2013 - Porto Velho - Rondônia Valor: R$ 10,00

Briga pelo poder revela irregularidades na FIERO

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEAO Hospital Português, localizado em Recife (PE), é o único hospital das regiões Norte e Nordeste especializado para realizar o procedimento.Pacientes de Rondônia são encaminhados para o Hospital do Câncer de Barretos, no interior de SP, para tratamento.

Page 2: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO2 Fevereiro 2013

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

ANUNCIO_PG_DUPLA_02_38,4X25,6.pdf 1 05/02/13 17:11

Page 3: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 3Fevereiro 2013

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

ANUNCIO_PG_DUPLA_02_38,4X25,6.pdf 1 05/02/13 17:11

Page 4: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO4 Fevereiro 2013

Page 5: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 5Fevereiro 2013

Page 6: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO6 Fevereiro 2013

Índice

editorial Acesso a um novo conhecimento pág.06

aconteceu pág.12

visão geral pág.14

painel gente pág.16

artigospatrícia carloto pág.41

herbert lins pág.42

Bruna held pág.43

literatura pág.46

EMPRESÁRIO Kazan Roriz de Carvalho fala sobre suas pretensões políticas

IRREGULARIDADES na FIERO colocam Denis Baú em xeque

8 26entrevista capa

NEY LEAL Faleceu no dia 08 de fevereiro aos 64 anos

HOMENAGEM

38

TRANSPLANTE DEMedula Óssea Procedimento não pode ser realizado em Rondônia

RONDÔNIAGERAL

34TRANSPOSIÇÃO Deputados Federais votam pela equiparação de salários dos servidores

CONGRESSO

22

ALE Membros da mesa diretora respondem a processos na justiça

LEGISLATIVO

18

APLICATIVOSSugestões e dicas para celulares

PAINEL ONLINE

44

Eliê

nio

Nas

cim

ento

PAINEL POLÍTICO6 Fevereiro 2013

PAINEL POLÍTICO68

Novembro/Dezembro 2012

PAINEL POLÍTICO 1

Novembro/Dezembro 2012 PAIPAIPAIPAIPAIPAIPAIPAIPAIPAIPAIAIPPAPAAAAA NENELNNNELNELNENNENELNELELNELEELEEEEN LLLLLL POPPOPOPOPPOPOPOOPOOOPOPOPOPOPOPOPOPOPOPOOPOPOPOOPOOPOPOPOOPOOPOPOPPOPOLÍTÍLÍTÍLÍTTTICOICOICOICOICOC 1

NoNooovovovovovovovovovoovovovovovvvovovovvoovovovvvovovovvovovovvovoovvoovovoooovovNooovoovvovovvoovvvovvvvvooovvvvNovvvvovvoovvvvvovvvvvvooovvvvvvovN vvvvvveemeembeembembembmbmbememmbbmbbeembembembembmbmbememembbmbmbbmbembmbemmmmmbembmbembmbeembembbemmbemmmbeeeemeemmmmmmbmmmmbmbeeeememmmmmmbbbbeememembemememmmmmmbbbbbeeeemeeemmmmmbbbbeeeeeemeeeeeemmmbbbeeeeemmmembmbbembeeeeemmemmmbbbbeeeeeemememmbbbeeembbembembembeememmembeemmembbeeeeeemmmmbeemmmbemmmmbee bbeemeeme ro/ro/ro/rorrrro/ro/ro//ro//r /roro/ro//ro/ro//ro/ro/ro/ro/ro/ro//ro//ro/ro////ro/ro////////ro/ro/ro/ro/rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr DezDezDezDeDezDeezezezeezezezezezDezDeDezDezDeDezezezDeDDeDeDezDezDezezezDeDeDeeezDDeDeezeeDDeDDezDezDDDDDDDeezeDeDDeDeDeezDeDezDezDeDDeeezeezeezDeDezeezDeDDezDeeDDDezeeeeezezeeeezzzeeeezeeeeeeezzzeeeeezeeeezzzzzezemembbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbembbbbmbbbbbm rorrorrrrrrrrooooooroorrorrororrrorooooorrrororororoorroroooooorroorrororroooorrororooooororooorrrroorrrooorroorroroooroooo 201201202012020201200020120120020122001012012010 2222222

ANO III - Nº 12 - Novembro/Dezembro de 2012 - Porto Velho - Rondônia

Valor: R$ 10,00

O HOMEM DO ANO

BALANÇO das atividades dos

parlamentares

federais de RO

CONTRATO da Marquise e

Prefeitura é cancelado

CIDADES

SEM REGRAS

Imprudência e

irregularidades

de lava a jato

Retrospectiva 2012:

Os principais fatos

Héverton Aguiar

transformou o Ministério

Público em uma“máquina

de caçar corruptos”

WELCOM

INCORPORADORA

LEGISLATIVO ESPECIAL

EDIÇÃO ESPECIAL

ECONOMIA

OPINIÃOParabenizo a todos da Revista Painel Político, pela Edição Especial, Novembro/Dezembro 2012, com excelentes reportagens. A reportagem da capa retrata bem todo o desempenho do Ministério Público do Estado de Rondônia através da pessoa do Procurador Geral, Dr. Héverton Alves de Aguiar, em defesa da sociedade, da cidade de Porto Velho e de todo o estado de Rondônia.

Carlos Eduardo Ramos

Page 7: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 7Fevereiro 2013

Acesso a um novo conhecimento

editorial

F undamental em qualquer processo de globalização da informação, a internet está atrelada a disponibilizar uma co-

municação rápida, efetiva, sem distância e sem fronteiras. Acompanhando essa evolução da comunicação em todos os meios e a revolução digital, a revista PAINEL POLÍTICO inova e for-nece suas edições em versões digitais.

Idealizada pelo jornalista Alan Alex, a revista entra no quarto ano de existência e inicia em 2013 a aposta em uma série de re-formulações nas publicações, consolidando a produção no jornalismo rondoniense como a única revista com o perfil político, combativo, contundente, coeso, coerente e comprometido com a verdade absoluta dos fatos apresentan-do sempre um material mais aprofundado e detalhado.

A iniciativa da equipe surgiu após receber pedidos dos leitores, principalmente dos que vivem no interior do Estado e daqueles que vivem fora de Rondônia e não tem acesso ao material. Os avanços estão também na logística e distribuição do material no interior, alcançando

não apenas os municípios que estão na BR 364, mas todas as regiões do Estado.

Todo o conteúdo será disponibilizado pelo site www.painelpolitico.com e facilitará o acesso às reportagens especiais e artigos com os assun-tos mais relevantes do momento da sociedade rondoniense permitindo também mobilidade aos leitores que poderão conferir a produção a qualquer momento em tablets e celulares smartphone com sistema Android e Mac até mesmo nas filas de banco, salas de embarque ou consultórios médico.

Editora

eXpediente ERRAMOS Falhas na edição nº 13

Janeiro de 2013

CapaOnde se lê: “HICD atende cerca de 3 mil crianças”, leia-se: “HICD atendeu cerca de 3 mil crianças”;Página 13Onde se lê: “que comeou a valer em 5 de fevereiro”, leia-se: “que começou a valer em 5 de fevereiro”;Página 24Onde se lê: “sento 295 exclusivas”, leia-se “sendo 295 exclusivas”;Página 26Onde se lê: “Apreenções”, leia-se “Apreensões”;

Revista PAINEL POLÍTICOUma publicação A.D. Produções Audiovisuais EIRELECNPJ.: 13.153.784/0001-30Rua da Platina, 4326 Flodoaldo Pontes PintoCEP 76920-696 Porto Velho - RondôniaAno IV - Nº14 - Fevereiro 2013

Diretor ExecutivoAlan Alex [email protected]

Diretor Comercial - CapitalAdriani Rebouç[email protected] Comercial - InteriorMuryllo Bastos [email protected] de RedaçãoRafaela Schuindt [email protected] MTB 977/RO

RepórterLuciane Gonç[email protected]áriaCamila [email protected]

Fale com a PAINEL POLÍTICO

RedaçãoComentários sobre conteú-do, editorial, informações e reclamações: [email protected]. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome com-pleto e cidade onde mora.

Redes Facebook/ facebook.com/painel.politicoTwitter/ @painelpoliticoSite/ painelpolitico.com

Publicidade e assinaturas(69) 3225-9979 [email protected]

Projeto GráficoDiagramaçãoIlustração CapaCesar Prisisnhuki Faria

Tiragem5 mil exemplares

ImpressãoGráfica RenascerRua Quintino Bocaiúva, 1424 - São Cristóvão Porto Velho - RO(69) 32215610

PAINEL POLÍTICO 7Fevereiro 2013

Page 8: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO8 Fevereiro 2013

entrevista

KAZAN RORIZ DE CARVALHO EMPRESÁRIO

Rafaela Schuindt

“Não vamos entregar esse diretório na mão de qualquer um. Não é porque o partido é novo que eu vou montar no desespero e entregar o diretório assim”

[email protected]

Continua

Arquivo/Painel Político

“Não vamos entregar esse diretório na mão de qualquer um. Não é porque o partido é novo que eu vou montar no desespero e entregar o diretório assim”

ContinuaContinua

Arquivo/Painel Político

AEm 1984, aos 17 anos, Kazan veio de Goiânia

(GO) para Rondônia buscar oportunidades para construir sua vida. O jovem pioneiro não se recorda de quantos dias levou para chegar ao seu destino, mas lembra de ter ficado espantado com as condições de vida das pessoas. Hoje aos 45 anos, o empresário gerencia 10 lojas da FOX Pneus, sendo oito distribuídas pelos municípios rondonienses, uma no Amazonas e uma no Acre, que juntas, geram cerca de 200 empregos diretos. Para a Painel Político ele conta parte da sua história como empresário e pretensão política para 2014.

PAINEL POLÍTICO8 Fevereiro 2013

Page 9: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 9Fevereiro 2013

Painel Político - Qual sua cidade de origem?

Kazan Roriz - Goianésia, cerca de 170 quilômetros de Goiânia. Mas, foi na Capital onde vivi a maior parte da minha vida até perder meu emprego e vir para Rondô-nia.

Painel Político - O que mais impressionou quan-do chegou à Rondônia?

Kazan Roriz - Quando cheguei nessa região, fiquei muito preocupado com o que estava vendo. Naquela época quase todas as casas eram de madeira. Era difícil ver casas de alvenaria ao longo da BR. Eu fiquei muito assustado. O Estado estava começando ainda. Além da beleza da Amazônia, como não era desmatada, em al-gumas partes, a mata era tão densa e fechada que parecia estar passando dentro de um túnel.

Painel Político - Qual foi a primeira ação ao che-gar à Porto Velho?

Kazan Roriz - Quando saí de Goiânia, eu trabalhava em uma concessionária da Chevrolet, em um setor que atendia a oficina na compra de peças e tintas automoti-vas. Minha primeira opção foi ir à concessionária daqui para tentar alguma coisa. Eu não tinha dinheiro nem para o ônibus. Saí a pé mesmo da av. Sete de Setembro com José de Alencar e fui andan-do, conhecendo a cidade, pedindo informações para conseguir chegar à Sabenau-to. Se hoje existe carência de mão de obra em Porto Velho,

imagina em 1984. A propos-ta era para eu ganhar cinco vezes que ganhava em Goiâ-nia. Mas não fiquei feliz com isso. E decidi montar minha própria loja de tintas, que logo virou O Pintão, a maior loja revendedora de tintas Suvinil no Norte do país.

Painel Político -O Se-nhor sempre teve esse perfil de vendedor? Em-preendedor?

Kazan Roriz -Eu sempre tive o sonho de montar meu próprio negócio. Eu trabalho desde os cinco anos de ida-de e sempre tive esse perfil de vender bem o produto. Quando criança, eu vendia verduras para minha avó, que cultivava na sua hor-ta. Ela enchia uma bacia e em apenas um quarteirão

eu conseguia vender tudo, voltava, buscava mais e saía vendendo em outra direção. Nunca tive vergonha. Quan-do meu pai tinha uma loja de autopeças, eu gostava de brincar entre os pneus por causa do cheiro, que é muito característico, e sempre tive vontade de ter uma loja de pneus por essa facilidade de conseguir vender dife-rentemente de uma loja de autopeças. A pessoa chega especificamente para com-prar aquele item e o valor agregado é muito maior que outros itens. Sempre consi-derei um bom negócio.

Painel Político -Quando surgiu a FOX Pneus?

Kazan Roriz -Em 1994 através de Luiz Roberto Cra-veiro, meu amigo, sou muito

PAINEL POLÍTICO 9Fevereiro 2013

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Eu trabalho desde os

cinco anos de idade e

sempre tive esse perfil de vender bem o

produto”

Page 10: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO10 Fevereiro 2013

entrevista

PAINEL POLÍTICO10 Fevereiro de 2013

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

agradecido a ele. O pneu é sempre um bom negócio porque conquistamos o sis-tema de concessão da marca que é a Pirelli. Não temos concorrentes aqui, o que facilita o avanço no mercado consumidor. Se eu vendo uma unidade a R$ 140,00 e outra loja vende outra marca por R$ 100,00, tudo bem, mas, o meu produto é Pirelli. Em cidades pequenas como temos atuado, não temos concorrentes da própria marca e a indústria fideliza o cliente.

Painel Político - Como o Senhor administra suas empresas?

Kazan Roriz -Eu não participo do dia a dia das empresas. Há algum tempo eu profissionalizei o grupo, montando um conselho com presidente, vice-presidente e diretores para gerir a em-presa. Nem a senha da minha conta pessoal eu tenho. Fica com meu financeiro e quan-do preciso de alguma coisa, ligo e peço para transferir os valores.

Painel Político - Mudan-do um pouco de assunto, como está a estrutura do Partido Ecológico Nacional (PEN)?

Kazan Roriz - Sou presi-dente do partido e estamos implantando os diretórios em Rondônia. Foi comprado um prédio na Av. Calama, onde funcionará o diretório estadual, municipal e a Fun-dação Ecológica Nacional (FEN) sem fins lucrativos ligada ao PEN. Esse prédio está passando por reforma

e logo deve ser entregue. Estamos prospectando di-rigentes para os diretórios municipais. Prioritariamen-te, serão 14 municípios que representam 86% dos votos. Contudo, algumas pessoas tomaram conhecimento da implantação do diretório e entraram em contato para levarmos o partido a algu-mas cidades que não estão no planejamento inicial. É razoavelmente possível que esse número extrapole.

Painel Político - Qual a maior dificuldade hoje?

Kazan Roriz - Seria de selecionar essas pessoas que irão administrar os diretó-rios. Não vamos entregar esse diretório na mão de qualquer um. No meu perfil

na rede social tenho recebi-do diversas manifestações de interesse para montar o diretório em algumas cida-des do interior. Não é porque o partido é novo que eu vou montar no desespero e entregar o diretório assim. No mínimo terão que com-pactuar e congregar com a ideologia do partido.

Painel Político - E qual é a ideologia do partido?

Kazan Roriz - Tem que mudar. Do jeito que está, não funciona. O partido defende a sustentabilidade, que está um passo a frente da ecolo-gia, que defende a natureza por si só, a sustentabilidade não. Ela acredita na perfeita convivência do homem com a natureza. Assim é o PEN.

Estamos prospectando

dirigentes para os

diretórios municipais”.

Page 11: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 11Fevereiro 2013 PAINEL POLÍTICO 11Fevereiro 2013

Não tem como matar sete bilhões de pessoas ou retirar cinco milhões de pessoas da Amazônia. Então, temos que encontrar um ponto que é o equilíbrio para o convívio.

Painel Político - Em 2014, sairá candidato a algum cargo eletivo?

Kazan Roriz - Sou pré candidato a Governo do Es-tado em 2014.

Painel Político - Quais são as possíveis alianças?

Kazan Roriz - Miguel de Souza (PR), Expedito Júnior (PSDB), o próprio Cassol (PP) declarou apoio a minha candidatura ao Senado e ou-tros partidos pequenos que já conversei.

Painel Político - Qual seu diferencial com rela-ção aos outros possíveis candidatos?

Kazan Roriz - Primeiro pela minha experiência em gerenciar e administrar o patrimônio e as pessoas. Em segundo, é que meu nome é uma proposta nova. Os outros já foram testados e já tiveram suas oportunidades.

Painel Político - Como o senhor pretende lidar com a agilidade do geren-ciamento do setor privado e a burocracia do setor público?

Kazan Roriz - As adapta-ções vão ter que ocorrer, até mesmo porque, dentro do Estado existe uma burocra-cia muito maior, pois há uma fiscalização maior. Lá, vou gerir o dinheiro público, na

Sou pré candidato a Governo do Es-

- Quais são as possíveis alianças?

Miguel de Souza (PR), Expedito Júnior (PSDB), o próprio Cassol (PP) declarou apoio a minha candidatura ao Senado e ou-tros partidos pequenos que

- Qual seu diferencial com rela-ção aos outros possíveis

Primeiro pela minha experiência em gerenciar e administrar o patrimônio e as pessoas. Em segundo, é que meu nome é uma proposta nova. Os outros já foram testados e já tiveram suas oportunidades.

- Como o senhor pretende lidar com a agilidade do geren-ciamento do setor privado e a burocracia do setor

As adapta-ções vão ter que ocorrer, até mesmo porque, dentro do Estado existe uma burocra-cia muito maior, pois há uma fiscalização maior. Lá, vou gerir o dinheiro público, na

minha empresa, administro o meu. O do Estado é mais mo-roso. Mas, o maior problema não é a morosidade apenas e sim a ausência de projetos para executar um plano de governo adequado. Só tenho visto nomeações de cargos para as pastas do executivo, faz tempo que não vejo inau-guração e entrega de obras.

Painel Político - O Se-nhor considera que o Es-tado vive um momento propício para grandes in-vestimentos?

Kazan Roriz - Eu convivo com grandes empresários do país. Essa conversa de trazer

indústria para Rondônia não passa de uma grande engana-ção. A fábrica e ou a indústria só vai fazer a inplantação ou suas instalações em uma lo-calidade ou região onde tem consumidor para reduzir os custos com logística. A Zona Franca de Manaus só existe porque tem grandes incenti-vos e descontos fiscais. Nosso foco tem que ser a agroin-dústria.

Essa conversade trazer

indústria para Rondônia

não passa de uma grande enganação”

Arquivo/Painel Político

Page 12: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO12 Fevereiro 2013

14/02

Valter Araújo solicita ao STF celeridade no julgamento de habeas corpus

aconteceu

07/02

14/02

14/02

MP determina transferência de unidades hospitalares em Cacoal

Roberto Sobrinho é exonerado da Assembleia Legislativa

Equipamentos somem do almoxarifado da SEDUC

Arquivo/Painel Político

Arquivo/Painel Político

Arquivo/Painel Político

O prefeito de Cacoal, padre Fran-co Vialetto (PT), deverá desocupar em 30 dias os prédios onde atualmente estão instalados o Pronto-Socorro Unidade Mista e o Hospital Materno--Infantil. Os imóveis, segundo o MP, não têm condições mínimas de prestar atendimento com dignidade à popula-ção e nem aos profissionais de saúde que trabalham nas unidades, confor-me apontam relatórios do Conselho Regional de Medicina (Cremero) e Vigilância Sanitária. O caso foi registrado na polí-

cia, como extravio/perda, pelo dire-tor do almoxarifado, Rodrigo Barros William, que ao realizar a inspeção constatou o desaparecimento de 11 aparelhos de televisão de 55 polega-das, 88 de 40 polegadas, 101 de 40 polegadas, com tecnologia Led, 46 notebooks Positivo e seus acessórios, todos na caixa, e três centrais de ar condicionado de 36 mil BTUS cada. Os equipamentos foram comprados pela Seduc para distribuir às escolas públicas estaduais.

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Além de continuar respon-dendo a inúmeras ações que estão sendo propostas pelo Ministério Público, o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobri-nho, foi exonerado do cargo comissionado que ocupava no gabinete da deputada Epifânia Barbosa, sua ex-secretária de Educação.

Advogados do ex-deputado estadual Valter Araújo impetra-ram no STJ, uma petição para dar celeridade ao pedido de habeas corpus feito ano passado, que foi indeferido. Os advogados alegaram na peça que seu clien-te não pode mais interferir nas investigações.

Valter está na condição de

foragido da justiça desde dezem-bro de 2011, quando teve um habeas corpus revogado. Ele ha-via sido preso na Operação Ter-mópilas, em novembro daquele ano, acusado de comandar um esquema que envolvia empre-sários, deputados e assessores do primeiro escalão do governo Confúcio Moura.

Page 13: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 13Fevereiro 2013

Cerca de 1.100 pessoas ficaram feridas, entre elas 200 crianças, após a queda de um meteoro na região dos Montes Urais, na Rússia. A rocha, estimada em 10 tone-ladas, entrou na atmosfera e começou a se desfazer. Parte dela atingiu um lago na pequena cidade de Chebarkul, causando pânico entre moradores de todos os ar-redores. A onda de choque causada pelo fenômeno destruiu janelas e balançou prédios, enquanto equipes de resgate fo-ram deslocadas para socorrer a população.

15/02

Meteoro cai na Rússia e deixa cerca de mil feridos

A Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia entregou a outorga do Título de Cidadão Honorário ao professor e padre Zenildo Gomes da Silva e ao jornalista João Ciro Pinheiro de Andrade, pelos relevantes serviços prestados a sociedade. A honraria foi concedida após aprovação de projeto de Decreto Legislativo.

20/0222/02

20/0218/02

ALE entrega título de cidadão honorário a professor e a jornalista

Denis retorna à presidência da FIERO

MP recomenda o não pagamento à Ajucel

Arquivo/Painel Político

O Tribunal Regional do Trabalho TRT 14ª Região proferiu decisão de-terminando o retorno do engenheiro Denis Roberto Baú ao cargo de presi-dente da FIERO que retomou as ativi-dades na Federação imediatamente. Denis havia sido afastado no dia 04 de fevereiro pelo mandado de segurança interposto pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Ron-dônia (Sinduscon/RO), quando a junta administrativa assumiu o controle da entidade.

O MP recomendou à ALE para não realizar o pagamento à em-presa Ajucel Informática LTDA, na ordem de R$ 48 milhões alegando ter provas de que a fornecedora não prestou os serviços para os quais foi contratada pelo Legislativo Estadual. A medida adotada decorre do fato de que os contratos da fornecedora junto à Casa de Leis foram objeto de ação judicial proposta pelo MP no âmbito da Operação Dominó, defla-grada em 2006.

Seis veículos foram incendiados na madrugada do dia 20 de fevereiro na Capital. O fato aconteceu de forma inusitada e poucas horas após a transferência de dois presos de Santa Catarina inte-grantes da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense). O secretário de Defesa e Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, negou que a destruição dos veículos seja uma ação do crime organizado. “Trabalhamos com a hipótese de vandalismo, contamos com câmeras de vigilância para resolver esse caso”, afirmou Bessa.

Carros são incendiados em Porto Velho e secretário nega ação de facções criminosas

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 14: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO14 Fevereiro 2013

visÃo geral

Papa Bento XVI renuncia liderança da Igreja Católica

Papa Bento XVI anunciou sua renún-cia da liderança da Igreja Católica Apos-tólica Romana devido à idade avançada, por “não ter mais forças” para exercer as obrigações do cargo. Sucessor de João Paulo II, havia assumido o papado em 19 de abril de 2005, com 78 anos. Hoje com 85 anos, Bento XVI comunicou pesso-almente, falando em latim, durante um encontro de cardiais no Vaticano. Sua agenda foi mantida até 28 de fevereiro. O novo Papa deve ser escolhido pelo conclave de cardeais até a Páscoa.

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Os governos do Brasil e da Rússia firmaram decla-ração de intenções para que o Ministério da Defesa inicie negociações destinadas à compra de baterias antiaéreas russas, o desenvolvimento conjunto de novos produtos de defesa e a transferência de tec-nologia para a participação de empresas estratégicas brasileiras nos processos de produção e sustentabili-dade logística integrada. O aperfeiçoamento do siste-ma de defesa antiaéreo brasileiro é um dos requisitos exigidos para a realização dos grandes eventos que o país sediará nos próximos anos.

Brasil e Rússia tem intenção de negociar baterias antiaéreas

A Receita Federal colocou em prática o sistema de malha fina para o contribuinte pessoa jurídica, por meio do qual as cerca de 4 milhões de empresas em atividade no país serão informadas diariamente sobre inconsistências no pagamento de tributos federais.A medida representará um reforço adicional para

a cobrança de R$ 41,9 bilhões em débitos de grandes devedores. O sistema de malha fina de empresas fará uma análise diária dos documentos obrigatórios de arrecadação de impostos das companhias com o ob-jetivo de detectar tributos que foram declarados e não foram pagos. Quando inconsistências forem detecta-das, a malha fina emitirá e enviará automaticamente um extrato ao contribuinte.

Receita Federal implanta malha fina para empresas

A Anatel publicou as novas regras de qualidade de telefonia fixa, que entrarão em vigor em 120 dias e estabelecem metas e obrigações revisadas para estes serviços. Pelas novas regras, as tentativas para a rea-lização de chamadas fixas locais devem ser completadas em ao menos 93% dos casos; as chamadas de longa distância terão um limite mínimo de 92% de sucesso, mesmo percentual para chamadas internacionais; chamadas fixas na rede das prestadoras destinadas ao SAC devem ser completadas em pelo menos 95% dos casos;Quanto às reclamações, a relação do

total de queixas contra prestadoras fixas em todos os seus canais de atendimento, e o número de conexões a seus serviços não poderá superar 4% num primeiro momen-to, caindo para 3% em 2014 e 2% em 2015.

Anatel publica novas regras de qualidade para telefonia fixa

Page 15: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 15Fevereiro 2013

O número de mortes nas estradas federais foi 18% menor no carnaval deste ano em comparação com o mesmo período de 2012, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal. Entre os dias 8 e 13 de fevereiro, houve 157 mortes nas rodovias federais enquanto que em 2012, foram 192 no país inteiro. Em Rondônia e Acre a Operação Carnaval da PRF não registrou nenhuma morte, diferentemente dos anos anteriores. Em 2012 e 2011 foram seis vítimas fatais ao todo, sendo três em cada ano.

De acordo com os dados coletados pela Secretaria Estadual de Saúde, o João Paulo-II realizou 483 atendi-mentos durante o período do Carnaval. Deste total, 69 foram vítimas de acidentes de trânsito, representando uma redução de 15% em relação aos acidentes do ano passado e 62% a 2011. Os motociclistas ainda continuam liderando as estatísticas com 72% das ocorrências.Neste levantamento, os atendimentos ficaram

distribuídos em: 82 procedimentos ortopédicos, 33 quedas, 12 ferimentos por arma branca, 11 acidentes de trabalho, uma intoxicação e uma mordida de ca-chorro, dentre outros. Os dados apontam um aumen-to nas vítimas por arma de fogo que esse ano foram 16, contra 9 ano passado e nas agressões físicas sendo 17, contra 14 no ano anterior.

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arquivo/Painel P

olítico

Número de mortes nas rodovias federais cai no carnaval

Pronto Socorro João Paulo II apresenta balanço

A JBS Toledo, subsidiária belga do grupo brasileiro JBS, negou que tenha vendido para a Nestlé e outras empresas na Euro-pa carne produzida pela empresa alemã Schypke, na qual teria sido encontrados, por exame de DNA, traços de carne de cavalo.Os contratos com a Schypke foram sus-

pensos e a JBS afirma que não venderá mais produtos europeus “até que a confiança na segurança do sistema de fornecimento do bloco seja restabelecida”. A informação foi divulgada depois que

testes nos produtos refrigerados, vendidos na Espanha e na Itália, apontaram presença de mais de 1% de DNA de cavalo em suas composições ‒ nível que ultrapassa o limite estabelecido pela agência estatal britânica Food Safety Agency (FSA).

JBS nega venda de carne de cavalo para Nestlé na Europa

Page 16: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO16 Fevereiro 2013

painel gente

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Posso até ser feia, mas não sou corrupta, mas nunca denegri a moral de ninguém. Deixo claro ao senhor Jair Ramires que pouco me importa o que ele pensa, me importa sim, o que ele fazia com o dinheiro do povo. O senhor vai pagar por todo o mal que o senhor fez à Porto Velho, ao povo que o senhor chamava de imundo. Agora o senhor nunca mais vai assumir uma secretaria, porque uma pessoa presa por corrupção não pode sequer se aproximar do serviço públicoELLIS REGINA, vereadora de Porto Velho ao rebater as críticas e ofensas entre o ex secretário municipal de serviços básicos, Jair Ramires, durante conversa com o vice-governador do Estado de Rondônia, Airton Gurgacz (PDT) gravada pela PF.

Eu vou dizer o que penso desta nova lei seca, um total absurdo! É mais uma lei com o simples objetivo de arrecadar mais dinheiro para o Estado, e vejo um monte de gente que não vê o óbvio: o problema do Brasil não é lei e sim o excesso de leis que não são cumpridas!! WOLNEY RICARDO, empresário, considerando a mudança na Lei Seca abusiva e desnecessária

Mais 1000 km, muita chuva, carretas infindáveis e muito buraco no asfalto, aliás, que coisa triste quando entramos na região norte, um abandono, não parece que estávamos no mesmo país, chocante diferença! Quando isso vai acabar?! JACQUELINE SUZANA RIVOREDO, servidora do TCE-RO, indignada com a situação das estradas no Estado

Responder à ofensa com ofensa é como lavar a lama com lama CARLA LORRANNE, estudante de direito ensinando como tratar e lidar com algozes

O infinito é o limite... Vamos em frente, sempre RENATA SILVA, jornalista motivando os amigos na rede para nunca desistir

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

coAr

quiv

o/P

aine

l Pol

ítico

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 17: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 17Fevereiro 2013

Minha única vontade era estar lá e poder ajudar... Muito ruim estar longe sem poder fazer nada! Nunca senti tanta vontade de voltar...FERNANDA AURÉLIO, fonoaudióloga e gaúcha desolada assim como muitos brasileiros com a tragédia em Santa Maria (RS)

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

coAr

quiv

o/P

aine

l Pol

ítico

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Sei lá, a gente vive tanto tempo com medo, que se esquece do que é capaz, até que a vida não te dá opção além de arriscar ou morrer de medo.ANDRESSA SILVA, atriz confabulando sobre as limitações que o medo impõe

Plantaram isso no hospital regional para falarem mal da minha administração, mas mesmo assim não tem problema, pois soro vencido não faz mal à saúde JOSÉ ROVER, prefeito de Vilhena defendendo sua exímia atuação como chefe do município quando afirmou ter sido vítima de sabotagem no Hospital Regional 

Infelizmente, existem muitos médicos que acham que a saúde das pessoas é como se fosse comércio, se pagar melhor eu atendo melhor, se quiser ser atendido pelo SUS eu quero mais é que se lasque GUILHERME AMARAL, empresário inconformado com os serviços médicos particulares disponíveis na Capital rondoniense

Polícia Federal, Ministério Público o que está acontecendo???? Material direcionado as escolas públicas sumindo (roubo?) do almoxarifado do Estado????? Vamos acordar autoridades, tem gente fazendo festa nesse Governo, pelo amor de Deus!!!!MARCOS SOUZA, jornalista e empresário revoltado com os desmandos do chefe do Executivo

Camarão que dorme no mar a onda leva...GUSTAVO TRAJANO, Consultor da TIM alertando sobre os desafios do ano que inicia

Prefiro discutir posicionamento político com um amigo, mesmo correndo o risco de perder este amigo, a me esconder sob uma máscara de falsidade e ignorância. Jamais me curvarei aos desmandos políticos que estão ocorrendo no Brasil LEONEL DURÃES, administrador mandando recado para seu grupo de amigos que não aceita opiniões divergentes

Page 18: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO18 Fevereiro 2013

Hermínio Coelho (PSD) deve seguir no cargo de presidente da Assem-

bleia Legislativa de Rondônia (ALE--RO) até, pelo menos, dezembro de 2014. Isso se, até lá, nenhuma “tem-pestade” atravessar os caminhos do legislativo estadual, como ocorreu em 2006 e 2011 com as Operações Dominó e Termópilas.

A administração do ex-petista ainda não tem um forte ponto de atu-ação dentro do legislativo. Melhoria salarial de servidores e uma tentati-va de ajustar a imagem do Poder é o destaque da gestão de Hermínio Coelho, que assumiu a presidência após a prisão do ex-deputado Valter Araújo.

Hermínio Coelho, sabe como pou-cos, criticar e faz com maestria. Que o diga Confúcio Moura com o “lombo” em frangalhos de tanto apanhar do representante do legislativo. Posição essa que, aliás, Confúcio repudia. Para o governador, Hermínio “é um homem desacreditado e não está

preparado para ser chefe de poder nenhum”, disse durante entrevista a uma rádio em Ji-Paraná no final de 2012.

A briga dos homens mais podero-sos do Estado ultrapassou as frontei-ras políticas. A queda de braço beira o ridículo, ao ponto de ambos usa-rem palavras chulas durante ataques via imprensa. Hermínio, no alto de sua postura, classificou Confúcio de “frouxo, fraco, maluco, incompetente e corrupto até a alma”. Este, por sua vez, respondeu ironizando que não sabia se era “frouxo”, porque nunca mediu nenhum de seus orifícios e de quebra chamou Hermínio de “peão”, e que a sociedade não poderia ter alguém assim na presidência da Assembleia Legislativa.

Hermínio assume a nova ges-tão, após 14 meses como interino, ainda sem o apoio da maioria dos

nOVOs mEmBrOs DA mEsA DIrEtOrA rEsPOnDEm A PrOcEssOs Compras de votos, desvios de dinheiro público e até ações criminais pesam sobre os parlamentares estaduais

Luciane Gonç[email protected]

cASA DE LEIS Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia

legislativo

Mar

isva

ldo

José

-Dec

om-A

LE-R

O

Page 19: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 19Fevereiro 2013

deputados da Casa. Prova disso foi a tentativa frustrada de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias, feitas pelo próprio Hermínio, contra o cunhado do governador, Francisco de Assis. O presidente está ciente que não é unanimidade, mas prefere a desculpa que “os parlamentares não possuem o perfil oposicionista”.

composiçÃo dA mEsA

1º vicE-prEsidEntEMantendo a posição de outrora,

Maurão de Carvalho (PP) deixa o

provisório para ocupar oficialmente a 1º vice-presidência da ALE. Em seu terceiro mandato, o deputado, correligionário e fiel escudeiro de Ivo Cassol, tem planos maiores para as próximas eleições.

Fazer parte da Mesa Diretora da ALE pode abrir portas, ou fechá-las, se na hora de votar o eleitor lembrar que Maurão de Carvalho está, até o pescoço, envolvido na Operação Dominó. Pesa sobre o deputado, ex--prefeito do município de Ministro

Andreazza e evangélico, a acusação do desvio de R$ 754.500 mil dos cofres da Assembleia Legislativa, segundo a Polícia Federal.

Usando sua influência como vice-presidente, Maurão de Carvalho tentou, através da ALE, manobra jurídica para impedir o andamento de processos, ligados a “Dominó, no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). A tentativa não deu certo. Desse imbróglio sai a pergunta: o pedido de providência, encaminhado ao TJ-RO pela ALE, na tentativa de sustar o andamento da ação penal que tem Maurão de Carvalho como acusado, passou pelo presidente Hermínio Coelho?

2º vicE-prEsidEntEEdson Martins (PMDB), suplente

na legislatura 2007-2011, assumiu a vaga em 2009 na saída do ex--deputado Chico Paraíba ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas

de Rondônia (TCE-RO). O peemede-bista, que executa seu segundo man-dato como legislador, foi prefeito do município de Urupá de 1997 a 2004.

Líder do governo em 2011 e 2012, o deputado nunca conseguiu marcar território durante a gestão do ex-presidente Valter Araújo. Por um lado, Edson Martins reclamava da concentração de poder do ex-

PP Maurão de Carvalho

PMDB Edson Martins

MESA DIRETORA Hermínio tem 15 processos, dois está em segredo de justiça

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

coAr

quiv

o/P

aine

l Pol

ítico

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 20: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO20 Fevereiro 2013

-presidente e consequentemente prejuízos em matérias de interesse do Governo. Valter Araújo, por sua vez, se fazia valer da falta de intimidade do peemedebista com os trâmites internos da casa. Nos constantes bate-boca em sessões plenárias, Edson Martins não conseguia se impor perante Valter Araújo, perdendo sempre os de-bates. Mais tarde, como relator da Comissão Parlamentar Processante (CPP), instalada após a deflagração da Operação Termópilas, pediu a cassação do ex-presidente e de-safeto.

Para quem não lembra, na elei-ção da Mesa Diretora da ALE, em 2011, Edson Martins estava inscrito na chapa de Valter Araújo, mas, em última hora mudou para a bancada governista. Resultado: foi vaiado em plena posse. Dias depois, sua filha, Adriana Martins de Paula, foi no-meada no Governo com um salário de R$ 8 mil. Edson Martins, que tem patrimônio declarado em mais de R$ 1 mi, se elege 2º vice-presidente por unanimidade entre os pares da casa. O ex-líder do governo e correligioná-rio de Confúcio Moura, passa a fazer parte da mesa que tem como presi-dente o maior crítico do governador.

1º sEcrEtÁrioO deputado do PTN, Eurípedes

Lebrão, é o primeiro secretário, até janeiro de 2015. O ex-vice-prefeito de Costa Marques, emplacou a filha, Gislaine Lebrinha (PP), na prefeitura de São Miguel do Guaporé.

Lebrão tem um perfil calmo, de fala mansa e ponderado. Faz o estilo “político da boa vizinhança”.

Assumiu sua cadeira na Assembleia Legislativa de Rondônia em 2009, após saída do então deputado Alex Testoni, eleito prefeito de Ouro Pre-to do Oeste. Seu segundo mandato iniciou em 2011, quando se elegeu com 15.991 votos.

Presidiu a Comissão Parlamen-tar Processante (CPP), que cassou o mandato do então deputado e presidente da ALE/RO Valter Araújo. Foi também o responsável pela leve punição – afastamento por 30 dias - de outros seis par-lamentares envolvidos na Ope-ração Termópilas. José Eurípedes Clemente (Lebrão) foi indiciado no processo criminal número 0000632-86.2013.822.0000. O andamento do processo pode ser consultado no site do Tribunal de Justiça, no entanto o teor das acusações não estão dis-poníveis.

2º sEcrEtÁriA A dona do cargo é a deputada

Glaucione Rodrigues (PSDC) de Ca-coal. Esposa do ex-deputado Daniel Neri, envolvido na Operação Domi-

PTN Eurípedes Lebrão

De acordo com o artigo 16 do Regimento Interno da Assem-bleia Legislativa, são atribuições do 1º Secretário:

I - ocupar a presidência, na falta ou impedimento do Presi-dente e dos Vice-Presidentes;II - superintender os serviços administrativos da Assembleia, especialmente no que se rela-cione com pessoal, material e patrimônio, bem como a movi-mentação de seus servidores;III – fazer a leitura do expediente e das proposições recebidas;IV - decidir, em primeira instân-cia, sobre recursos contra atos da direção geral, cabendo de sua decisão, recurso espontâ-neo da parte e, obrigatoriamen-te, “ex-ofício” à Mesa Diretora:V – assinar a relação de verifica-ção de quorum para votação e os relatórios das votações nominais, emitidos pelo sistema eletrônico;VI - fazer imprimir, distri-buir e guardar em boa or-dem todas as proposições, informações e demais docu-mentos para fins de direito;VII - assinar, depois do Pre-sidente, as Atas das sessões, assim como todos os demais atos, em geral, da Assembleia;VIII - providenciar a entre-ga aos Deputados, de publi-cações e impressos relativos aos trabalhos da Assembleia;IX - assinar a correspondência da Assembleia, salvo nas hipóteses do art. 14, § lº, inciso IV, deste Regimento.

legislativo

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 21: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 21Fevereiro 2013

0

5

25

75

95

100

�iga �nfor�� ti�a

quinta-feira, 4 de agosto de 2011 15:11:37

0

5

25

75

95

100

�iga �nfor�� ti�a

quinta-feira, 4 de agosto de 2011 15:11:37

Cartuchos originais e remanufaturadosManutenção de equipamentosSuprimentos de informáticaXerox

nó, Glaucione Maria Rodrigues Neri foi secretária de saúde do município de Cacoal, de 1994 a 1996 retornan-do ao posto em 2001 e 2002.

Durante sua gestão, Glaucione foi acusada pelo Ministério Público de Rondônia (MP/RO) de participar do desvio de R$ 130 mil reais dos cofres públicos daquela cidade, através de superfaturamento de oxigênio medicinal destinado a pacientes em estado grave atendidos no Pronto--Socorro da Unidade Mista e no Hospital Materno-Infantil de Cacoal.

Segundo a própria deputada, a acusação foi responsável por sua derrota ao cargo de prefeita, em 2008, para o Padre Franco (PT), roteiro repetido em 2012.

No entanto, em decisão proferida pelo juiz Francisco de Vasconcellos, o Tribunal de Justiça de Rondônia ino-centou a ex-secretária das acusações.

3º sEcrEtÁrioO empresário Marcelino Tenório

(PRP) foi eleito deputado estadual em 2010, com 12.025 votos, tendo como reduto eleitoral o município de Ouro Preto do Oeste. É discreto, faz pouco uso da tribuna do plenário da Casa e não se envolve em polêmicas.

Marcelino Tenório votou pela cassação do ex-deputado Valter Araújo e fez questão de mostrar seu voto. O deputado, durante o mandato do ex-presidente, atuou como oposi-ção aliado a Edson Martins e Adelino

Follador (DEM).

4º sEcrEtÁrioValdivino Tucura (PRP) ocupa

o último assento da mesa diretora, mas está longe de ser o mais discreto. Pelo contrário. Em seu segundo man-dato, o legislador já se envolveu em muitas polêmicas como acusações de compra de votos. Foi afastado e retornou ao cargo de deputado por problemas com a legenda do partido. Acusado de trair o povo rondonien-se, quando foi fiel ao amigo Valter Araújo votando contra a cassação do ex-deputado.

Em novembro de 2009, Valdivino Tucura iniciou o pagamento de uma dívida que não era sua, como ele mesmo declarou na época: a perda do mandato. O fato aconteceu por-que seu partido, conforme decisão do TRE/RO, violou a regra da verti-calização nas eleições de 2006 e por isso excluiu a legenda da coligação

para deputado estadual “Unidos por Rondônia”.

No entendimento do Tribunal, o PRP nas eleições de 2006, tinha candidato próprio ao cargo de pre-sidente da república (Ana Maria Rangel), o que lhe impedia de firmar qualquer coligação em âmbito esta-dual. Por isso, deveriam ser compu-tados isoladamente seus votos para composição do quociente partidário.

Silvernani Santos (DEM) ocupou a vaga de Tucura por seis meses, tempo em que o ministro do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Melo, levou para reconduzir o cacoalense ao cargo.

Outro imbróglio na vida de Val-divino são os processos no Tribunal Regional Eleitoral, 42 no total, con-forme consta no site da instituição. O mais grave deles é a acusação de compra de votos nas eleições de 2006. As acusações são de um financiador da campanha e levaram o TRE a abrir processo contra o parlamentar, arquivado em 2012.

PSDc Glaucione Rodrigues PRP Marcelino Tenório

PRP Valdivino TucuraAr

quiv

o/P

aine

l Pol

ítico

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 22: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO22 Fevereiro 2013

congresso

Medida irá beneficiar servidores estaduais e municipais

A Câmara dos Deputados aprovou em votação sim-bólica, projeto de lei que

equipara os salários de servidores públicos do Estado de Rondônia aos vencimentos pagos aos funcionários da União. A nova regra, que ainda terá de ser apreciada pelo Senado, beneficiará os servidores estaduais e policiais militares que ingressaram no funcionalismo antes de março de 1987. Com essa medida, fica mais fácil fazer a transposição dos servidores.

Os servidores dos municípios rondonienses que ingressaram no serviço público até dezembro de 1981 também terão direito a mi-grar para os quadros da União. De acordo com o governo, o impacto orçamentário da medida será de R$ 988 milhões em 2014 e de R$ 1,08

bilhão a partir de 2015.A possibilidade de opção pelo

quadro da União foi estabelecida por uma emenda constitucional, em 2009. Rondônia deixou de ser um território em 1981, no entanto, somente em 1987, seu primeiro governador eleito tomou posse, data considerada como de efetiva instalação do Estado.

Se a proposta for aprovada pelos

senadores, os funcionários públicos de Rondônia que se enquadrarem nos critérios de migração passarão a integrar uma categoria batizada de “quadro em extinção da administra-ção federal”. Os servidores terão 90 dias, após a publicação da nova lei, para declararem se aceitam a trans-ferência para as carreiras federais.

Segundo o texto aprovado pela Câmara, esses funcionários públicos continuarão a prestar serviços aos governos estaduais, só que na con-dição de “cedidos”. Um decreto a ser publicado pelo Executivo vai regula-mentar a forma de aproveitamento desses servidores e empregados em órgãos e entidades federais. Porém, o pagamento de horas extras e adicio-nal noturno desses servidores ficará a cargo de Rondônia.

Para serem autorizados a ingres-sar nas carreiras federais, os servido-res de Rondônia terão de abrir mão de vantagens concedidas por decisão administrativa ou judicial.

cÂmArAAPrOVA PrOJEtO QuE EQuIPArA sALÁrIOs DE rOnDÔnIA AOs DA unIÃO

Rafaela [email protected]

o pagamento de horas extras e adicional noturno ficará a cargo de

Rondônia”

Page 23: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 23Fevereiro 2013

SALÁRIOS Projeto de lei aprovado na Câmara será apreciado no Senado

Page 24: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO24 Fevereiro 2013

Page 25: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 25Fevereiro 2013

Page 26: Painel Político 14ª Edição

Denis Roberto Baú foi empurrado goela abaixo na eleição de 2008 para

presidir a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), pelo ex-governador e atual senador Ivo Cassol sob inúmeras ameaças aos empresários ligados à entidade para que escolhessem seu candidato ou uma série de fiscalizações começa-riam a acontecer em suas empresas.

Acuados e temerários com as

possíveis represálias, os industriá-rios votaram a favor da chapa pa-trocinada por Cassol. E em janeiro de 2009, o engenheiro e empresário assumiu a presidência para gerir o quadriênio 2009/2013 com o pro-pósito de “aproveitar a ocasião para elevar definitivamente o patamar da indústria do Estado”, afirmava.

Denis passou a divulgar em todos os cantos do Estado que tinha con-seguido ajustar e conter os gastos da Casa, reduzindo custos, levando os diretores para viagens internacio-nais com o pretexto de trazer inves-tidores do exterior para Rondônia.

PAINEL POLÍTICO26 Fevereiro 2013

Denúncias contra presidente da FIERO obrigam CNI a intervir na entidade

Alan [email protected]

O GOLPE DO BAÚ

cidades

APADRINHADO Denis Baú e o então governador Cassol durante a de solenidade posse para a presidência da Federação em 2009

capa

A demonstração de confiança dos

líderes empresariais voltados para o

interesse coletivo”

Denis Baú após a apuração dos votos

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 27: Painel Político 14ª Edição

Em 2010 quando houve eleição para escolha do novo executivo esta-dual, fiel como é, Denis apoiou João Cahulla, candidato de Cassol, mas foi vencido por Confúcio Moura, a quem precisou se curvar posteriormente para, no mínimo manter, o bom re-lacionamento com o novo chefe do executivo Estadual.

Prevendo, antecipadamente, que não teria o mesmo apoio do Governo do Estado para se perpetuar à frente da entidade, Denis abriu o edital de chamamento e composição das chapas interessadas em concorrer a presidência da Federação em Janeiro de 2012. Estrategicamente, quando a maioria dos empresários estava de férias e não teria condições de for-mular uma única chapa para concor-rer com o déspota. Em meio as ações na Justiça do Trabalho e concorrendo como chapa única, Denis Roberto Baú foi reeleito a contra gosto de par-

te dos empresários, que aspiravam a presidência, e afirmou que a decisão era resultado da “demonstração de confiança dos líderes empresariais voltados para o interesse coletivo em busca do melhor ambiente para o crescimento dos negócios”, declarou, após apuração dos votos.

Evidentemente que esse posi-cionamento não era o mesmo para a maioria dos empresários ligados aos 18 sindicatos aptos a participar do processo eleitoral, quando dias após o anúncio do resultado da eleição nove deles impetraram um Mandado de Segurança. O pedido foi concedido pelo desembargador vice-presidente do TRT-14, Fran-cisco Pinheiro Cruz, no dia 03 de fevereiro de 2013 e afastou Denis Baú até o julgamento das ações que pedem anulação do processo eleitoral da FIERO.

O Mandado de Segurança com-

provou a soberania do Conselho de Representantes da Fiero e determi-nou a posse imediata da junta gover-nativa provisória nomeada pelo Con-selho para gerir a Federação até que sejam proferidas as sentenças das ações 0001064-98.2012.5.14.005 e 0001066-68.2012.5.14.0005 que tramitam na Justiça do Trabalho.Ainda no mesmo dia em que o pedi-do foi concedido, os conselheiros da Federação seguiram para a sede da FIERO para garantir que Denis Baú não tivesse mais acesso, na condição de presidente, para que se fisesse cumprir a determinação judicial. “Viemos para reforçar a segurança, pedir o apoio a Polícia Militar para garantir o cumprimento da Liminar. Logo pela manhã, às 7h, o Conselho deu posse aos membros da junta governativa”, explicou o advogado dos sindicatos no Mandado de Segu-rança, José Cristiano Pinheiro.

PAINEL POLÍTICO 27Fevereiro 2013

ELEIÇÕES Denis é acusado de fraudar o processo eleitoral da FIERO

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 28: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO28 Fevereiro 2013

AçõEsEntre as ações, 14 dos 19 sindicatos que compõem o quadro da Fede-ração pedem a anulação da eleição da entidade, ocorrida no dia 04 de outubro de 2012, em função de uma

série de irregularidades identifica-das pelos delegados conselheiros. O próprio Conselho de Representan-tes, em assembleia extraordinária, anulou o processo eleitoral da Fiero no dia 07 de dezembro e a partir

dessa decisão, seguiu os ritos para a nomeação da junta governativa após o término do mandato de Denis Baú, que ocorreu no dia 31 de janeiro. JuntA govErnAtivA

No início do dia 04 de fevereiro de 2013 a junta governativa definida para gerir a Fiero até a decisão judicial sobre as ações que pedem anulação do processo eleitoral foram: Edmilson Matos Cândido, Alan Gurgel do Amaral e Giuliano Domingos Borges.

Tão logo assumiram, deram início à uma busca implacável de documentos e processos em todos os departamentos para descobrir o que Denis estaria encobrindo du-rante todos esses anos e divulgaram amplamente possíveis irregularida-des com o intuito de desacreditar o

IMEDIATO Após o afastamento de Denis Baú, a FIERO passou a ser gerida pela Junta Governativa

capa

MEMBRO Edimilson Matos Cândido presidiu a junta governativa

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 29: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 29Fevereiro 2013

presidente afastado.

EscândAlos Durante os levantamentos reali-

zados pela Junta Governativa na FIE-RO, os membros apontaram indícios de superfaturamento em convênios, falta de provas técnicas no processo e aplicação irregular de verba federal e protocolaram em forma de denún-cia um pedido de investigação pelo

Ministério Público Federal (MPF).Entre as denúncias, os membros

afirmaram não haver provas e docu-mentos da fiel execução do convênio 151/2007 firmado entre a FIERO e Suframa, no valor de R$ 556.710,00. Reiterados pedidos de prestação de contas foram feitos por membros do conselho da FIERO e no máximo fo-ram entregues algumas notas fiscais soltas, sem espeficações de quais

os produtos ou serviços que foram vendidos ou prestados; suspeitas de superfaturamento; ausência de detalhamento técnico dos serviços executados; processos incompletos; ausência de provas. Um dos casos mais emblemáticos foi a contratação do Instituto Origami, de Recife (PE) para a exibição de filmes em 14 mu-nicípios de Rondônia ao custo de R$ 1,7 milhão. Levantamento feito pela junta governativa descobriu que em valores atuais o projeto poderia ter sido executado ao custo de R$ 10 mil por município, totalizando R$ 140 mil, ou seja, mais de 10 vezes menos que o valor pago. A junta en-caminhou denúncia sobre o caso ao Ministério Público Federal. Também foram descobertos pagamentos de diárias e viagens a servidores da Federação; pagamento por mais de um ano de prestação de serviços ao funcionário Elmir Marques, que tra-balha há mais de 12 anos na empresa Embrascom, uma das empresas de Denis Baú.

O perito indicado pela Justiça do Trabalho abriu a urna coletora dos votos da eleição antecipada que reconduziu Denis Baú ao cargo em outubro do ano passado. O laudo oficial não foi emitido ainda, mas as partes - o grupo dos 14 sindicatos que pede a anulação do pleito e 5 sindicatos ligados a Denis Baú- foram informadas que existem dois votos marcados com um ponto e outro com um traço. Para membros do Conselho de Representação da Fiero, essas duas marcações nas cédulas já são motivos suficientes para anular a eleição porque dá materialidade a denúncia de fraude que está sendo julgada pela Justiça Trabalhista.

FRAuDE NO PROcESSO ELEITORAL

Page 30: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO30 Fevereiro 2013

cni intErvém

Quando as coisas começaram a esquentar, De-nis Baú resolveu pedir uma “auditoria” nas contas da FIERO à Confederação Nacional da Indústria (CNI). Não deu certo. Os conselheiros que vinham acompanhando o desenrolar dos acontecimentos em Rondônia, decidiram pela intervenção no SESI e SENAI, órgãos que recebem recursos federais. Os interventores estão em Rondônia e atualmente Denis comanda apenas o IEL e a FIERO, o que repre-senta cerca de 10% do orçamento total do sistema.

END. AV. CARLOS GOMES 991 B ENTRE JÚLIO DE CASTILHO E GONÇALVES DIAS

TELEFONE: 3221-4543

no cArgo novAmEntE

Tão logo conseguiu recuperar o cargo de presidente, Denis reuniu-se com seus adversários, incluindo membros da junta governativa e passou a propor uma série de vantagens individuais. Entre os empresários que ele procurou está o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Rondônia, Adélio Barofaldi que anteriormente apoiava a Junta e depois passou a apoiar apenas seus interesses. Adélio pensa em presidir a FIERO com a saída de Denis Baú.

O responsável por toda essa articulação é Julio Augusto Miranda Filho, que tenta se manter no cargo de representante do conselho federativo. Nessa função, Júlio Miranda não conseguiu agregar nenhum benefício à FIERO ou ao Estado, mas também não costuma faltar às reuniões que acontecem fora de Rondônia.

capa

Page 31: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 31Fevereiro 2013

BrigA dE gigAntEsOs membros da Junta Governa-

tiva não estariam tão interessados em defender com unhas e dentes a entidade se a mesma não fosse capaz de gerar lucros, mas também de proporcionar ótimas oportunida-des para concretização de acordos e negociações rentáveis. Como os interesses são imensos, seria natu-ral que nesse contexto surgissem informações desabonadoras sobre os membros da junta. Um deles, Giuliano Domingos Borges foi in-vestigado pela Polícia Federal por falsificação de documentos. O dele-gado responsável pelo caso, Roberto Oliveira Coimbra afirmou, “não há dúvidas, por outro lado, de que a autoria delitiva recai sobre a figura do sócio-gerente da ENGECOM, Sr.

Giuliano Domingos Borges, pessoa que, segundo os atos constitutivos da empresa cabe responder pelos atos praticados em nome dela”. Giuliano teria apresentado uma falsa certidão do INSS, apresentada pela empresa ENGECOM ao Sindicato dos Traba-lhadores na Indústria da Construção Civil (STICCERO).

outrosAlan Gurgel do Amaral, outro

membro da junta, também respon-de a processos junto ao Tribunal de Contas da União por rolos na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho, uma história indecorosa que envolve ainda o ex--senador Odacir Soares, ex-juízes do trabalho. Todos foram acusados de superfaturamento, direcionamento de licitações, enfim, um emaranha-do de ilícitos que até hoje não foi devidamente resolvido, apesar de já terem ocorrido condenações em diversas esferas judiciais.

Já Edmilson Matos Cândido, ou-tro integrante da junta atualmente não tem empresa de fato. Há tempos vem tentando se manter na FIERO para garantir alguns negócios e caso não consiga vai estar em situação difícil.

o rEtornoNo dia 20 de fevereiro o Tribunal

Regional do Trabalho TRT proferiu decisão determinando o retorno do engenheiro Denis Roberto Baú ao cargo de presidente da FIERO e extinguiu, liminarmente, o Man-dado de Segurança interposto pelo Sinduscon/RO e outros, afastando, a Junta Governativa que havia as-sumido o comando da Federação e, basicamente, anotando ter sido legal a ordem da juíza do Trabalho da 5ª Vara de Porto Velho, a qual garantira, no dia 30 de janeiro deste ano, a per-manência de Baú à frente da FIERO.

Ao fundamentar a sua decisão, a juíza relatora, disse ser incabível o Mandado de Segurança proposto pelos Sindicatos e destacou que a decisão tomada no dia 31 de janei-ro deste ano pelo Conselho de Re-presentantes da FIERO, nomeando Junta Administrativa, desrespeitou o disposto no art. 25, Parágrafo Primeiro, do Estatuto da FIERO, pois o presidente Denis não teve o constitucional direito à ampla defesa; o prazo do Edital não foi respeitado e que há Ações Judiciais Anulatórias em trânsito na Justiça do Trabalho.

importânciA sociAl

FAtor cAssol

Denis Baú foi colocado na FIERO por determinação do então governador Ivo Cassol, que na época chamou os represen tantes dos sindicatos em sua residência e praticamente os obrigou a votar em Denis. Cassol conversou principalmente com os representantes dos sindicatos ligados ao setor madeireiro e os chegou a ameaçar com fiscalização pesada, caso os mesmos não votassem em Denis Bau. Os sindicalistas cederam e Bau assumiu a FIERO. Ivo Cassol nunca se manifestou a respeito das denúncias contra seu protegido.

Queremos que a nossa entidade

retome o caminho do fortalecimento da economia no Estado”

Edimilson Matos Cândido

Page 32: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO32 Fevereiro 2013

A FEdErAçÃo A FIERO administra um orçamen-

to de cerca de R$ 200 milhões/ano. A entidade defende a livre iniciativa como forma legítima e democrática de promover o bem comum, luta para fortalecer o princípio de união e integração, estimulando o com-panheirismo entre seus filiados e entidades confederadas, acredita na educação profissional como forma de promover o bem-estar social entre os trabalhadores, e no relacionamento ético entre as forças do capital e do trabalho, como forma apropriada de convivência. Suas ações estão voltadas para a promo-ção do desenvolvimento integrado e sustentável da economia do Estado e do Brasil. Em Porto Velho a FIERO disponibiliza o Centro de Atendi-mento ao Trabalhador (CAT) Albano

Franco, onde se localizam o SESI Clu-be, com completas instalações para o lazer do trabalhador e sua família e o SESI Escola, oferecendo educação de alta qualidade do maternal a 8ª série

do ensino fundamental, com acesso para toda a comunidade; O SESI Clí-nica, promovendo a saúde e o aten-dimento clínico ao trabalhador e à comunidade; O Centro de Formação Profissional (CFP) Marechal Ron-don, promovendo aprendizagem, qualificação, aperfeiçoamento e, formação em nível técnico e de pós--graduação para os atuais e futuros trabalhadores da indústria, nas áreas de construção civil, eletroeletrônica predial e industrial, informática e mecânica automotiva. O IEL promo-ve a interação entre conhecimento e trabalho. Suas atividades se de-senvolvem nas seguintes linhas de atuação: Capacitação Empresarial, Novos Talentos, Capacitação e Ge-ração de Renda, Estudos, Pesquisas e Diagnósticos, Projetos Especiais, Banco de Talentos.

capa

A meta deste grupo é

desestabilizar um trabalho realizado com dedicação e afinco por uma equipe

comprometida com o crescimento da indústria

rondoniense”

Denis Baú

INTERFERÊNcIAS EXTERNAS

O governador Confúcio Moura é do tipo que prefere não se me-ter nos assuntos alheios. Não se movimentou nas eleições da Mesa Diretora da Assembleia e nem tinha nenhum interesse na FIERO. Não tinha até que foi alertado por sua secretária de Desenvolvimento Am-biental (SEDAM), Nanci Rodrigues da Silva sobre o potencial político da instituição, que já elegeu um deputado estadual (William Cury) e um Federal (Miguel de Souza). Além disso, a FIERO já ajudou em diversas campanhas, apoiando candidaturas de forma indireta. O ex-governador Ivo Cassol havia percebido esse potencial. Interferiu no processo eletivo da entidade e teve apoio para sua campanha ao Senado.

No caso da secretária da SEDAM, ela almeja uma cadeira na Assem-bleia Legislativa e vinha tentando interferir no processo da FIERO há algum tempo, sem sucesso. Com a

intervenção feita pela Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), a oportunidade perfeita apareceu. Ela esteve reunida com o presidente da CNI no início de março e fechou um acordo. Como a FIERO tem em sua composição representantes do setor madeireiro em sua maioria, ficou fácil amarrar o acordo, já que todos eles necessitam de licenças e serviços da SEDAM. No acordo o

empresário Adélio Barofaldi, pre-sidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Mate-rial Elétrico do Estado de Rondônia, assume a presidência da FIERO, tendo como vice um representante do setor madeireiro e mantendo Júlio Miranda no Conselho Federal, em Brasília.

Em contrapartida, a CNI “esque-ce” a intervenção e as irregulari-dades encontradas e denunciadas são “esquecidas”. Com isso todos ganham. Denis Bau consegue sair por cima, Adélio que já vinha traba-lhando nos bastidores para assumir o comando da FIERO consegue concretizar esse desejo, a secretária vai popder contar com o apoio da entidade em sua campanha eleito-ral, assim como Confúcio Moura e a CNI não se expõe de forma negativa. Quem perde, de fato é a sociedade, que vê uma das mais importantes entidades de classe virar um balcão de negócios.

vIAgEM Nanci Rodrigues costurou acordo em troca de apoio politico

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 33: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 33Fevereiro 2013

Porto Velho Shopping - 1ºPiso69 3218 8035 / 69 8472 [email protected]

an_dud_portovelho_202x266.indd 1 01/03/13 10:58

Page 34: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO34 Fevereiro 2013

O transplante de medula óssea é uma possibilida-de de cura para diversas

doenças como a leucemia, mieloma, linfoma e anemia aplástica conheci-das como doenças hematológicas, ou seja, no sangue. Essas doenças podem ser benignas, malignas, ad-quiridas ou hereditárias.

O procedimento é realizado pela retirada de células progenitoras hematopoéticas (células-tronco) do doador e incorporada na corrente sanguínea do paciente, possibili-tando a reconstituição das células sanguíneas.

De acordo com o Instituto Na-cional de Câncer (INCA) no Brasil há aproximadamente mil pessoas na espera de um doador compatível de medula óssea (receptores sem doadores aparentados) e cerca de 3 milhões de possíveis doadores, tornando o Brasil o terceiro maior banco de dados deste gênero, fi-cando atrás dos Estados Unidos e a Alemanha.

A grande dificuldade encontrada nos bancos de doadores de medula óssea ainda é a compatibilidade. Devido a grande miscigenação de etnias no Brasil, a probabilidade

de encontrar um doador é de um doador para 100 mil pacientes. A medula é responsável pela produção das células sanguíneas e, para pa-cientes com leucemia, a localização de um tipo compatível pode exigir inúmeros testes de sangue e cerca de 75% dos pacientes não encontram compatibilidade na família.

Segundo Tatiana Marques, asses-sora do Registro Brasileiro de Doa-dores de Medula Óssea (REDOME) os números aumentam a cada dia, tanto de possíveis doadores quanto de receptores. “Na maioria das vezes,

O Brasil tem o terceiro maior banco de medula óssea;Em Rondônia há 64 mil possíveis doadores

Camila [email protected]

PAINEL POLÍTICO34 Fevereiro 2013

rondônia geral

IncOmPAtIBILIDADE AumEntA LIstA DE EsPErA

cAMPANHAS Parentes e amigos fazem mobilização para conseguir voluntários

na maioria das vezes, a doação

é buscada entre parentes, irmãos principalmente”

Tatiana Marques Assessora REDOME

Arquivo/Painel Político

Page 35: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 35Fevereiro 2013 PAINEL POLÍTICO 35Fevereiro 2013

a doação é buscada entre parentes, irmãos principal-mente. Mas, mesmo assim, estatisticamente apenas 25% das pessoas, mesmo irmãos, são compatíveis. Por isso, há a necessidade de ter um banco bastante amplo, tentando colocar o maior número de pessoas para serem analisadas, para quando houver a necessidade os doa-dores sejam buscados em todos esses bancos”, explica.

IncOmPAtIBILIDADE AumEntA LIstA DE EsPErA

cAMPANHAS Parentes e amigos fazem mobilização para conseguir voluntários

Em Rondônia o trabalho de conscientização e captação de doadores no Estado é realizado pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron) através de seus concessores de sangue e pelo Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO). As campanhas de sensibilização e conscientização da população propostas pela ATMO são realizadas juntamente com a Fhemeron através de palestras dentro da Fundação, em campanhas externas e distribuição de materiais impressos em diversas datas comemorativas no ano.

Lindenberg Oliveira, coordenador do ATMO em Rondônia, esclarece que no Estado existe em torno de 40 pacientes a espera de um doador compatível e desde a criação do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), em 2000, o banco já tem 64 mil pessoas cadastradas.

Ele explica que as referências obtidas pelo INCA são divergentes, pois até os dados serem enviados ao Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME) existe inicialmente a procura local de doadores compatíveis aparentados, ou até mesmo o paciente pode falecer devido a demora do diagnóstico da doença. “No Estado, recebemos de dois a três pacientes por mês que necessitam de transplante. No HB, encontramos pacientes que ainda estão procurando compatibilidade com seus parentes para depois fazer o cadastro ao REREME, quando não encontram em suas famílias algum doador compatível”.

voluntAriAdo

Page 36: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO36 Fevereiro 2013

procEdimEntos pArA doAr

A medula óssea é retirada do in-terior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias. O doador deve ter entre 18 e 55 anos com boa saúde e não ter tido histórico de doença infecciosa ou incapacitante.

Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes.

A partir dos testes que serão realizados identificam-se as compa-tibilidades genéticas para iniciar os procedimentos necessários do trans-plante do doador para o paciente.

Os dados pessoais e os resul-

tados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que é responsável por cruzar informações que apontam os pacientes que estão necessitando de um transplante.

Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então cha-mado para exames complementares e para realizar a doação.

um EXEmplo A sEguirFuncionária da Fhemeron de

Ji- Paraná, lotada na Assistência Social e Captação de Doadores, foi um exemplo dentro da própria ins-tituição, salvando uma vida através da doação de Medula Óssea.

Rita de Cássia da Silva doou uma vida para um paciente inscrito no

rondônia geral

A doação de tecidos (medula óssea) é feita em vida através de quatro maneiras diferenciadas:

AlogÊnico: Doação de células progenitoras de um do-ador selecionado nos testes de compatibilidade, provavelmente identificado entre os familiares, ou doadores de bancos de me-dula óssea;

AutÓlogo: Células proge-nitoras do próprio paciente;

singÊnico: Células pro-genitoras providas de gêmeos idênticos

HAploidÊnico: Técnica de manipulação de células possivel-mente compatível.

O REREME foi criado pelo Ins-tituto Nacional do Câncer (INCA) com a finalidade de acelerar o processo na busca de doadores.

Para a doação de medula óssea, inicialmente, o possível doador deverá fazer o cadastro no REDOME, sistema criado pelo INCA. No REDOME são coletadas informações básicas de identifi-cação e resultados de exames e coletas genéticas para pacientes que não possuem doadores apa-rentados.

como é rEAliZAdA A colEtA dE mEdulA ÓssEA

PARcELA Cerca de 60% dos pacientes não encontram doadores na família

Fonte: INCA

REGIÃO NORTEDoadores 208.158Receptores 44

REGIÃO NORTE208.158

RONDÔNIADoadores 64.792Receptores 04

Fonte: INCA

64.792

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 37: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 37Fevereiro 2013

REREME, o transplante foi realizado em Janeiro deste ano no Hospital Natal Center, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

A funcionária da Fhemeron re-velou que mesmo fazendo esse ato de solidariedade, por questões de ética e privacidade, o receptor da medula óssea não terá contato com seu doador e vice-versa. Somente seis meses após o transplante, se o paciente tiver interesse de conhecer seu doador, ele poderá enviar uma carta através do REDOME. Se no período de um ano ambos tiverem interesse de se conhecerem, o RE-DOME permitirá o encontro através da sua intercepção.

rondÔniANo Brasil existem 121 centros

de transplante de medula. Mas, a maioria realiza os procedimentos de transplante autólogo, onde o pa-ciente é o próprio doador e outros hospitais oferecem o transplante aparentado.

Os transplantes não aparentados são realizados em nove hospitais em todo o país, através do REDOME. O mais complexo de todos os trans-plantes, o haploidêntico é realizado em apenas dois hospitais em Curiti-ba, pois requer cuidados e técnicas especiais. Geralmente a mãe do paciente é a doadora.

Em geral, o transplante de medula óssea é um tratamento de grande complexidade. Considerado o mais caro de todos os tipos de transplantes e tem que ser feito em um centro de excelência. Entre uma das finalidades de um centro de excelência é qualificar profissio-nais especializados para o sistema de saúde.

Para o Dr. Eduardo José de A. Pa-ton, médico responsável pelo serviço de Hematologia e Transplante do Hospital do Câncer de Barretos na cidade de Barretos (SP), o procedi-mento realizado para o transplante

de medula óssea é de alta complexi-dade que consiste na administração de altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia visando a cura de doenças onco hematológicas que não respondem bem a quimioterapia e radioterapia convencional. “Em Rondônia, não existe ainda estrutura para esses procedimentos, mas já houve muitos pacientes que realiza-ram o transplante de medula óssea no Hospital do Câncer e atualmente existe em torno de seis pacientes do Estado em tratamento aguardando a compatibilidade para realizar o procedimento”, relata.

Em toda a Região Norte e Nor-deste existe somente um hospital especializado no procedimento de transplante de medula óssea, para os não aparentados. O Hospital Português localizado em Recife (PE).

Existem vários projetos de am-pliação de outros hospitais especiali-zados, mas as condutas exigidas nos procedimentos de transplantes para o Ministério da Saúde são de extrema cau-tela. O procedimen-to de filtragem rea-lizado para impedir a entrada de micro--partículas e fungos,

exigido não somente aos hospitais, como também nas enfermarias.

Amigos do trAnsplAntE dE médulA ÓssEA

O Amigos do Transplante de Me-dula óssea (ATMO) é uma entidade sem fins lucrativos que promove maratonas de registro de novos doa-dores de medula óssea no Brasil, sua matriz encontra-se em Pernambuco, tendo duas filiais, Caruarú (PE) e Porto Velho, (RO).

No Estado, o ATMO abrirá sua sede no mês de Março. “A inaugu-ração da sede do ATMO em Porto Velho possibilitará um estreitamento maior entre a comunidade e a rea-lidade sobre a necessidade de ser um doador de medula óssea” revela Lindenberg Oliveira

Para maiores informações sobre os procedimentos, a importância de ser um doador de medula óssea, além de depoimentos de pacientes e doa-dores acesse: www.atmo.org.br

PROBABILIDADE Concessor compatível é de um doador para 100 mil pacientes

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 38: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO38 Fevereiro 2013PAINEL POLÍTICO38 Fevereiro 2013

*Ney Leal era obstinado e turrão. Quem não tinha muita intimidade até ficava intimidado.

Égua! Que cara grosso!!E o Ney ria disfarçadamente. O fal-

so brabo; a fraude do mau humor. Tudo uma grande e permanente sacanagem.

Pois então, juntando essas duas características, o 171 do mau humor e a obstinação, eis que ele nos pro-porciona situações inesquecíveis, como a que segue. Certa vez, ele era o Presidente da Federação Rondoniense de Futebol. Por conta disso, o Chefe da Confederação Brasileira de Futebol - CBF - Giulite Coutinho, o convidou para assistir uma partida de futebol entre a seleção brasileira e, se não falha a memória, a seleção da Suiça, a ser realizada em Recife, ou no Recife, como dizem os Pernambucanos, num treino que antecedia o embarque da-quela mágica seleção de 1982, que iria disputar a Copa na Espanha.

O convite dava direito a acompa-nhante; a hospedagem seria no luxu-oso e recém inaugurado hotel Quatro Rodas, em Olinda. Fui contemplado para ser o acompanhante e lá nós fomos para Pernambuco. Um amigo comum, que estava morando em Porto Alegre, mas já residira no Recife, o Lau-ro Rosa, resolveu integrar a comitiva. Enquanto Ney e eu viajávamos de um Porto, o Velho, o Lauro viajava do outro Porto, o Alegre, e o destino comum as paradisíacas praias pernambucanas; a Boa Viagem, na época, por não ter tubarões era, verdadeiramente, uma boa viagem. Chegamos praticamente juntos e lá nos fomos para o requinta-do hotel; toda a despesa correndo por conta da generosa CBF.

Acho que chegamos por lá com dois dias de antecedência ao jogo, o que nos proporcionou fixar acampamento

na praia, onde pelos bolixos que ali abundam, rolava aquele peixinho frito maravilhoso, conhecido como agulhi-nha e um chopp divinamente gelado. Na areia e na calçada sucedia uma ver-dadeira procissão de vendedores de souvenirs de tudo quanto é tipo. Redes, rendas, colares, casquinhos e cascões de caranguejo ou siri, conchas, estrelas do mar e uma quantidade enorme de vendedores de caravelas.

É, caravelas enormes, com mastros, velas e até muita sofisticação no arte-sanato. Na primeira passada de uma

daquelas embarcações o Ney se coçou para comprá-la, ao que o Lauro, que era um experiente viajante, o advertiu do incômodo que seria comprar e ter que transportar um negócio daqueles. Comparou dizendo se tratar de uma bagagem mais incômoda que os berim-baus baianos. No dia seguinte quando saímos do hotel, cuja localização era de fato muito bonita, deparamo-nos com um menininho que se oferecia a nos contar, por alguns trocados, a história da cidade de Olinda. Era de manhã e por conta disso o Ney deu uma carreira no molequinho. Eu intervi e ponde-rei que aquilo poderia significar um achado cultural para nós. Chamamos o guri de volta, acertamos o preço e ele começou a contar a história.

Lembro que com aquele gostoso e carregado sotaque dos pernambu-canos, o menino dizia, pelas tantas, que um navegante se encantou com aquela beleza natural e exclamou “Ó linda cidade”.

Daí ela passou a se chamar Olinda. O Ney, que sempre teve o privilégio de um raciocínio rápido, constatou que o garoto contava a história numa batida só, e que aquilo só podia ser decoreba.

Sem que houvesse motivo apa-rente ele interrompeu o contador de história, para fazer uma pergunta fora do contexto. O gurizinho respondeu e ficou mudo; não soube retomar. Maldosamente o Ney mandou ver, - continua tchezinho. O danadinho não se fez de rogado; começou a história de novo, inclusive repetindo, palavra por palavra, a razão para o nome de Olinda. Andada mais um pouco a narrativa, nova interrupção, outra pergunta, o coitadinho respondendo e ei-lo nova-mente travado.

Continua guri. O guri deu uma engasgada e na luta para defender os pilas que havia acertado, não se entregou.

comEçou dE novoEntão o próprio Ney fez um agrado

na criança, disse que estava de brinca-deira, deu-lhe o dinheiro combinado e mais um tanto. Claro que rimos muito com a pequena maldade e com o apuro do moleque, mas também nos causava riso a desfaçatez dele de recomeçar a história, nos supondo imbecis. Estava na hora de ir para o mar, melhor, ir para a barraca da agulhinha e do chopp ge-lado. Por lá um bom tempo se passou e quando a animação etílica era grande, eis que surge do nada um vendedor de caravelas. Talvez a maior caravela que eu já tinha visto. Não houve jeito nem argumento. O obstinado Ney, como ele sempre foi, comprou a caravela, para desespero do Lauro. Mais tarde fomos

rEmInIscêncIAs Ao Amigo Ney LeAL

**Por Amadeu Matzenbacher Machado

memÓRiAhomenagem

NAvEgADOR Ney Leal faleceu no dia 08 de fevereiro aos 64 anos

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 39: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 39Fevereiro 2013 PAINEL POLÍTICO 39Fevereiro 2013

ao “Mundão do Arruda” e assistimos ao jogo treino da seleção, que terminou com um enfadonho empate. No dia seguinte nós marcamos retorno para os Portos, mas antes daríamos uma passadinha no Rio de Janeiro, para fazer o que, eu não lembro. Acho que era festa.

O aeroporto de Recife estava com-pletamente lotado. Uma quantidade enorme de voos chegando e saindo e uma imensa obra no terminal interno obrigava as pessoas a se espremerem, se esmagarem.

O calor era infernal; ar condiciona-do nem pensar!

E lá íamos nós no meio daquela multidão, arrastando nossas malas e soltando toda a sorte de imprecações. De vez em quando o Lauro e eu olhá-vamos para trás e enxergávamos bem no alto uma caravela vindo.

E o mar estava agitado, porque balançava demais aquela embarcação!

Olhem a situação: uma das mãos do Tinhoso segurava a mala e a outra, erguida, sustentava a caravela; em volta daquilo um horror de gente completamente ensandecida com aquele trambolho que ameaçava cair, enquanto as velas e suas armações iam desfazendo penteados e quase perfurando olhos.

Eu a teria jogado no chão, mas o Ney não. Suar sempre foi uma carac-terística dele; nesse dia ele estava en-charcado de suor enquanto carregava teimosamente o troféu dele. A bendita caravela.

Claro que não podia despachar o navio; era bagagem de mão. Feito o check in fomos para o embarque.

Calor, muito calor. Nossa aeronave o trijato 737/200, da saudosa VARIG. Era um avião grande e estava lotado. O embarque apenas pela porta dianteira e nossos acentos eram na última fila.

Corredor do avião entupido de gente, malas, malinhas, maletas, fras-queiras e dançando no ar, naquele bur-burinho enlouquecido, uma enorme caravela. Onde colocá-la? Nas gavetas não cabia; no colo não era possível. Alguém muito incomodado gritou: “joga essa merda pela janela”, como se janela houvesse.

E o Ney impávido, quieto e se ro-endo de raiva.

Finalmente os comissários conse-guiram ajeitar a caravela num canto da cozinha do avião, sendo que um dos rapazes, um tanto delicado, comentou

que a embarcação bem que podia ser menor. E olha a faísca do raciocínio de novo. Na lata, o Ney pergunta ao moço se ele gostava de coisa pequena. Risada geral.

Hoje daria assédio sei lá o quê.O Lauro estava visivelmente abor-

recido com toda aquela situação e seus olhos faíscavam naquele dizer mudo do “eu não falei?” E nós sabíamos que ele estava brabo porque o bigodão que ele usava chegava até o queixo nessas ocasiões.

Finalmente a aeronave decolou. O calor foi substituído por uma delícia de ar condicionado. O serviço de bordo era VARIG, sinônimo de primoroso.

Copos muito bonitos com o logo da empresa e fartura de bebidas. Lanches e refeições quentes, com talheres de inox. Cerveja, campari, vinho, whisky e, para após a refeição, um delicioso licor Grand Marnier, ou Cointreau. Logo,

logo, todo aquele stress do embarque estava dissolvido em alegria, que crescia na proporção da quantidade de generosas doses de Passport que eram servidas e sorvidas.

Houve uma escala em Salvador e, para algazarra geral, apareceram al-guns dementes portando berimbaus, lembrando a saga da caravela no Re-cife, que agora já era comédia. Muitos e muitos whiskyes depois eis-nos a ouvir Jobim sussurrar em nossos ou-vidos “ Cristo Redentor braços abertos sobre a Guanabara .... dentro de mais um minuto estaremos no Galeão...”

Aterrissamos. Bêbados e felizes. Mas o danado do Macaco não esqueceu seu troféu. Lá se foi ele buscar a carave-la e, colocando-a acima da cabeça, veio balangando pelo corredor do avião, já suando novamente.

Na porta de saída um comissário

não aguentou e soltou “vai lá Cabral” .Para que foi fazer isso seu moço?Cabral, aliás, Ney, parou, olhou para

trás e devolveu na lata “Cabral é a puta que te pariu”.

Gargalhada geral.Até o Cristo Redentor deu uma

chacoalhada.Hospedamo-nos num hotel com

meia vista para o mar.É que na frente dele, obstruindo a

visão do mar, construíram o espetacu-lar hotel Meridien e para enxergar a areia e as ondas tinha-se que dar uma boa esticada no pescoço.

Era um hotel antigo, no qual os aparatamentos tinham dois quartos e enorme banheira no WC.

Ali a embarcação teve sua capaci-dade de navegação testada. Enquanto o Ney dormia, Lauro e eu enchemos a banheira e nela pusemos a caravela, que foi ao fundo em segundos.

Quando o Ney acordou e viu a coisa submergida na banheira armou a maior confusão; os mimos e elogios que o Lauro e eu recebemos estão gra-vados para sempre em nossa memória.

E o obstinado navegador retirou a caravela do fundo d’água, levou-a para uma sacada e ali ficou cuidando até que ela ficasse bem sequinha.

Depois disso a caravela viajou mais uma vez. Do Rio de Janeiro para Porto Velho. O incômodo se repetiu, talvez não com tanta intensidade. Mesmo assim houve nervosismos e risadas à bordo.

Sei que essa caravela acabou indo para Porto Alegre e agora não tenho como perguntar ao “Cabral” se ela ainda existe.

Por hora vou dar uma paradinha porque dei uma engasgada com al-gumas teimosas lágrimas, e a visão ofuscou.

Vou me recolher e sonhar com uma enorme cabralina caravela, navegando em um oceano de saudade.

Queria muito ouvir de novo - “Ca-bral é a.....

* Ney Leal faleceu vítima de câncer no dia 8 de fevereiro. Ele foi um dos fundadores

da OAB em Rondônia, entidade que foi Vice-Presidente, Conselheiro Estadual e

Conselheiro Federal. Também representou a classe dos juristas como Juiz Eleitoral na Corte

do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), foi Procurador do Município e

Procurador da Assembleia Legislativa.

** Amadeu Guilherme Matzenbacher Machado é advogado e ex-Conselheiro do

Tribunal de Contas de Rondônia

o obstinado Ney, como ele

sempre foi, comprou a caravela, para

desespero do Lauro”

Amadeu Guilherme Matzenbacher Machado

Page 40: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO40 Fevereiro 2013

Page 41: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 41Fevereiro 2013

[email protected]

Saúde e Bem Estar

Tratamento Hormonal no Envelhecimento

A medicina vem evoluindo em grande escala nos últimos anos. Há alguns anos quando se falava

de reposição hormonal logo vinha a cabeça uma palavra: CÂNCER. Porém com os novos estudos e pesquisas a respeito desse assunto tão polêmico, hoje sabe-se que reposição hormonal quando necessário, auxilia na prevenção de algumas consequências do envelhecimento, melhorando, e muito, a qualidade de vida de quem faz uso.

Dentre os hormônios que apresentam resultados mais significativos no tratamen-to estão o DHEA, melatonina, estrogênio, progesterona, testosterona e o GH que é o hormônio do crescimento.

Comecemos esse último, tão desejado devido seus efeitos conhecidos. Mas serão abordados os demais nas próximas edições desta coluna.

O hormônio do crescimento é secreta-do em pequenas quantidades durante as primeiras horas do sono e fica na corrente sanguínea por apenas alguns minutos, daí a dificuldade de sua dosagem no sangue, sob o estímulo do hormônio de crescimento é produzido uma substância chamada soma-tomedina C que fica na circulação sanguínea por 24 a 36 horas, substância esta que é muito similar a insulina, sendo que esta substancia é mais facilmente dosada na corrente sanguínea.

O GH tem efeito diabetogênico indireto, pois aumenta a glicemia, provocando altera-ções na ação da insulina, podendo levar a um esgotamento das células beta do pâncreas e, quando isso acontece, a pessoa desen-volve diabete melito. Motivo este, também, do porque tal terapia é contraindicada em diabéticos.

Com o envelhecimento ocorre uma diminuição na produção do GH, sendo

que a média de queda é de 10 a 15% por década, e aos 60 anos de idade há redução de até 70%.

A terapia com GH quando aplicada com doses bem calculadas, a fim de manter as reservas do organismo em níveis normal-mente apresentados na juventude são:

Aumento da massa muscular, perda de peso, melhora na textura da pele, diminuição de rugas em alguns casos, maior resistên-cia a exercícios físicos, melhora na função pulmonar em casos de problemas crôni-cos, mais energia e resistência, proteção as funções mentais, aumento na agilidade mental e da memória, grande aumento na longevidade em animais, normalização dos níveis de colesterol, melhora de resistência e aparência de cabelos e unhas, melhora na qualidade de vida dos pacientes com síndro-me de imunodeficiência adquirida (AIDS).

Os efeitos colaterais são proveniente do excesso de hormônio, sendo eles edema (inchaço), síndrome do túnel do carpo, hi-pertensão e aumento dos níveis de glicose no sangue.

Em razão do GH estimular o crescimento de vários tecidos, especulou-se que ele au-mentaria o risco de câncer. Todas as provas obtidas até o presente não indicam que o GH apresente risco de câncer e não faz com que o câncer aumente mais rapidamente quando já existe, quando bem indicado com doses adequadas.

A desvantagem do tratamento com GH é o seu custo elevado, lamentavelmente não sendo acessível à maioria das pessoas que realmente necessitam do tratamento.

Lembrando que todo tratamento é efeti-vamente eficaz com adequado acompanha-mento médico e que o uso indevido desse medicamento pode causar sérios danos à saúde.

Patricia Carloto - CRM 3102 RO

artigo

Page 42: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO42 Fevereiro 2013

Herbert Lins

artigo

U ltimamente venho pensando Rondônia comigo mesmo. Meus pensamentos divagam,

na construção de ideias que possam contribuir para a sua grandeza nesse cenário de incertezas. Tais reflexões são permanentes, desde as primeiras informações obtidas através das lei-turas sobre os aspectos geo-históricos relatados nos livros publicados por nos-sos autores regionais, não publicações por acaso, mais resultados do esforço das pesquisas realizadas ao longo de muito tempo.

Todos sabem que a colonização da Amazônia foi um projeto político de-senhando desde quando o Brasil ainda era Colônia portuguesa. Logo temos que observar o projeto geopolítico desenhando pelos governos militares e civis para os Estados pertencentes à Região Norte, visando resguardar as nossas fronteiras e efetivação do projeto da construção do nosso Estado-Nação.

Nesse contexto, Rondônia teve seus ciclos econômicos e de colonização voltada para atender os interesses do governo brasileiro. Portanto, a sua economia de base foi desenhada para ser uma nova fronteira agrícola, com ela veio os problemas ambientais, ou seja, se travou um desenvolvimento sem respeitar a sustentabilidade ambien-tal, colocando o Estado numa posição desfavorável diante de pesquisadores e ambientalistas.

Rondônia viveu e vive ao longo dos anos, do extrativismo vegetal, mineral e nas últimas décadas, do animal, ou seja, da pecuária e da piscicultura. A nossa base econômica regional ainda se encontra em mutação. Por isso, é importante frisar que tudo que é produzido no Estado, contribuiu para o nosso desenvolvimento socioeconô-mico, bem como, para manutenção da balança comercial brasileira se manter favorável, não importando o volume, mas o modelo em desenvolvimento e as perspectivas futuras.

O Estado agora segue um novo ritmo

de desenvolvimento com base no agro-negócio, na geração de energia limpa para atender as necessidades energé-ticas das grandes cidades e de parques industriais localizados em outras regiões do nosso país. Na guerra dos lugares, é preciso que os nossos gover-nantes, parlamentares e congressistas, vislumbre Rondônia considerando a sua grandeza de um Estado rico, próspero e com futuro que o transforme numa referência regional, ou seja, a nova rota comercial brasileira para o pacifico e os demais países fronteiriços.

Afirmamos tal possibilidade, me-diante a posição geográfica favorável do nosso Estado e considerando suas riquezas naturais. Mas o sonho de ver uma economia consolidada através da implantação de um modelo de desen-volvimento sustentável, bem como, a geração de oportunidades para as pes-soas que aqui vivem e que mais preci-sam, é possível desde que se faça um de-senho estratégico de desenvolvimento regional com contornos que transpasse os impasses impeditivos, quebrando as amarras e colocando em prática a montagem desse quebra-cabeça, sem faltar uma única peça. Esse pensamento estratégico se faz pensando Rondônia para o presente com alcance para as ge-rações futuras, respeitando as sempre as linhas heterogênicas existentes no nosso mapa. Para esse pensamento se concretizar e não ser sonhado sozinho. É preciso chamar a todos para esse pro-jeto único de pensar Rondônia como um todo, respeitando as diferenças. Pois, boas ideias surgem da unanimidade e também das diferenças.

Finalizo pensando comigo mesmo, a Rondônia de pessoas simpáticas, otimistas e carregadas de esperança na sua alma. Essas pessoas que todos os dias renovam o seu desejo de ver uma Rondônia levada a sério, de avanços conquistados e ainda a serem con-quistados, dos sonhos realizados e dos objetivos alcançados para as gerações do presente e do fu turo.

Pensando Rondônia comigo

Page 43: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 43Fevereiro 2013

Bruna Held é estudante da Associação Brasileira de Sommelier de São Paulo, fi liada a Associantion de La Sommelleire Internacionale - ASI. Nascida em Porto Velho, apaixonada por Artes Plásticas, Arquitetura e Enófi la por natureza.Para contato, criticas e sugestões: [email protected]: www.vinhoetinta.blogspot.com

A arte em Vinho

O Brasil e os Vinhos

A definitiva integra-ção da viticultura no Brasil deu-se a

partir de 1890 com a imigra-ção italiana, quando se esta-beleceram na Serra Gaúcha e começaram o cultivo, tanto das uvas de mesa como das uvas viníferas, para consumo próprio.

Até a década de 70, predominaram as técnicas de cultivo que priorizavam gran-de produção em detrimento da qualidade. O consumidor brasileiro só teve acesso a um vinho relativamente bom após esse período.

Em termos empresarias os vinhos do Rio Grande do Sul só ganharam corpo a partir do século XX, com a fundação de expressivas vinícolas como: a Cooperativa Forqueta e a Vinícolas Garibaldi e Aurora, sendo que esta última é a maior vinícola do país.

O Estado do RS lidera a produção do vinho fino brasileiro, compreendendo 90% do mercado nacional, com duas macrorregiões vinícolas: a Serra Gaúcha e Campanha Gaúcha, esta última situada no extremo sul do Estado.

A Serra Gaucha é a região nacional que possui as condições climáticas mais favo-ráveis para o cultivo das uvas viníferas. Embora a produção de vinhos tranquilos - tintos e brancos - seja uma realidade, é nos espumantes que a região encontra a sua mais perfeita expressão. O excesso de umidade e a insolação um tanto deficiente fazem com a que a região se assemelhe à região de Champagne na França, dando origens a uvas com baixa concentração de açúcar e alta acidez, características ideais para a produção dos espumantes.

Como exemplo podemos citar que

a Maison Moët & Chandon, que acreditou no potencial vitivinícola e de consumo do mercado brasileiro, investiu no país e inaugurou em 1973 a produção de espumantes, no município de Garibaldi (RS), levando sua marca in-ternacional Chandon. Outras

vinícolas com ótimos resultados com esse tipo de vinho são: Salton, De Grevil-le e Cave Geisse. É possível afirmar que os espumantes são os melhores vinhos produzidos no Brasil.

Já no extremo sul do Estado encon-tramos a região denominada Campanha Gaúcha, que começou sua alta produção também na década de 70 com a chegada de empresas expressivas como é o caso da Almadén, Chateau Lacave e o grupo japones Minami Kyushi.

As boas condições de cultivo nessa área, aliada aos preços de terra, ainda, baratos tem atraído produtores mais tradicionais como é o caso do Miolo e Salton. Isso nos leva a crer em um futuro auspicioso para a região.

A região do Vale do São Francisco é a segunda em importância em território brasileiro, abrange os Estados da Bahia e Pernambuco. Surpreendentemente, em pleno trópico, encontramos uma região para a produção de vinhos tintos em plena caatinga nordestina. Nesta região existe um potencial de 260.000 hectares irrigáveis. O solo é plano e facilita a mecanização da colheita e a enorme disponibilidade de água de boa qualidade, juntamente com a mão de obra abundante e barata e os altos níveis de produtividade, fazem dessa região uma das mais promissoras do Brasil.

Bruna Held

artigo

Page 44: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO44 Fevereiro 2013

painel onlinePor Rafaela Schuindt / [email protected]

PAINEL POLÍTICO44 Fevereiro 2013

Aplicativos brasileiros para Android e iPhoneO mercado dos aplicati-

vos para celulares in-teligentes movimentou

em torno de R$ 20 bilhões em todo o mundo em 2012 e a previsão é que este valor ultrapasse os R$ 50 bilhões até 2014, de acordo com a consultoria americana Forrester Research. No Brasil, onde há mais celulares (265 milhões) que pesso-as (190 milhões) é perfeitamente aceitável surgirem novas e boas soluções para aproveitar ao máximo os recursos dos aparelhos. A quanti-dade de software para smartphones é imensa, podendo deixar os usuá-rios perdidos e com dúvidas.

Os gigantes Google e Apple tra-vam uma briga colossal. Na App Sto-re há mais de 650 mil opções para o usuário escolher. No Google Play, mais de 500 mil opções. Em meio a essa avalanche de possibilidades, a sessão Painel Online preparou um guia de apps nacionais gratuitos que não podem faltar no seu telefone.

BmFBovEspA: Mostra os princi-pais índices e cotações da Bolsa de Valores de São Paulo na tela do seu celular.BuscApé: o site de comparações de preço de e-commerce no Brasil

tem um aplicativo funcional. Não apresenta todos os recursos do site.gruBstEr: faz reservas em res-taurantes e dá 30% de desconto. Como isso é possível? Simples: o Grubster negocia com os restau-rantes os horários em que há mesas ociosas. Por enquanto atuam em: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.

iFood: a partir do CEP, o aplica-tivo lista as opções de delivery de comida da região. Prático, o iFood traz até o tempo estimado para a

entrega ser feita. Já disponível em Porto Velho.KEKAnto: rede social para quem gosta de conhecer e opinar sobre a cidade. As opiniões acabam geran-do uma espécie de guia colaborati-vo dos locais. Lembra o Foursquare por ter um sistema de check-in. O Kekanto conta ainda com integra-ção com Facebook e Twitter.

lAricA totAl: baseado no pro-grama de tevê homônimo exibido pelo Canal Brasil, o aplicativo muito bem-humorado oferece “o melhor

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Page 45: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 45Fevereiro 2013 PAINEL POLÍTICO 45Novembro 2012

da culinária de guerrilha”. Crie receitas a partir do que você tem a sua disposição, compartilhe suas criações na cozinha e veja vídeos com o preparo de alguns pratos.sAvEmE: comparação de preços de compras coletivas. Reúne no mesmo aplicativo as melhores ofertas dos sites do gênero, com interface prática. spmoBilE: único aplicativo feito pelo poder público da lista, o SP Mobile aponta onde há atrações turísticas, restaurantes, hotéis e parques perto do usuário. Uma ca-tegoria interessante são os eventos “catraca livre”, com preços popula-res ou até mesmo gratuitos. Bom

para quem viaja muito para São Paulo.pAlco mp3: todos os dias, este software aponta uma banda indie brasileira nova para você conhe-cer. O aplicativo também tem um

arquivo com de-zenas de bandas que disponibili-zam seu conteúdo gratuitamente. Os gêneros são va-riadíssimos - tem rock, gospel, ser-tanejo, forró, MPB, axé e techno.monstEr cuBE: Jogo

viciante. O objetivo do jogo é fazer três “monstros” iguais de uma mesma cor encostarem para desa-parecer, em uma espécie de cubo mágico formado por “cubinhos” menores.

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

Arquivo/Painel Político

Page 46: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO46 Fevereiro 2013

Contos Despedaçados e Ou-tras Histórias é a quarta obra da escritora Sandra Castiel. Natural de Porto Velho, a autora é tam-bém pesquisadora, professora, Mestre em Educação e Cultura Contemporânea e membro da Academia de Letras de Rondônia, ocupando a cadeira 36.

Com 215 páginas, o impresso foi lançado em junho de 2012 e reúne cerca de 40 minicontos pequenos, porém, intensos e inéditos. As crônicas literárias abordam em sua maioria temas regionais, histórias e tradições do povo rondoniense. A obra tem uma leitura fácil, agradável e com fluidez que garantirá bons momentos de lazer para quem aprecia uma literatura diversi-ficada.

Em produção está uma nova obra sobre a trajetória da pro-fessora Marise Castiel, mãe da autora, que busca detalhar uma importante fase da história de Rondônia que viveu no Estado

durante quatro décadas e teve papel fundamental no seu desen-volvimento, principalmente nas áreas da Educação e da Cultura.

Outros livros de Sandra Cas-tiel são: Raízes de Rondônia, TV Cultura de Porto Velho Canal 11 – Crônicas de uma época e Teatro Infantil.

1. The walking Dead-O caminho para woodburyAutor: Robert kirkman

2. A Travessia Autor:Willian Young

3. Morte SúbitaAutor: J.K.Rowling

4.O Lado Bom da VidaAutor: Matthew Quick

5. Para SempreAutor: Kim e Krickitt Carpenter

6. Profundamente suaAutor: Sylvia Day

7. FinaleAutor: Becca Ftzpatrick

8. Giane-Vida - Arte e LutaAutor: Guilherme Fiuza

9. O Livro de FilosofiaAutor: Vários

10. Diálogos ImpossíveisAutor: Luis Fernando Verissimo

Lista dos mais vendidos em Porto Velho

Livros mais vendidos em Porto Velho - Temas regionais

1. História e Geografia - RondoniaAutor: Emmanoel Gomes

2. Enxugue suas Lágrimas e Siga em FrenteAutor: Pastor Rogério Garbin

3. Crônicas Subversivas de um CientistaAutor: Hildebrando Luiz

4. TaquicardiaAutor: Valter Nunes Coelho

5. Imagens de RondôniaAutor: Yêda Borzacov

6. Estrada de Ferro Madeira MamoréAutor: Yêda Borzacov

7. Revelando Porto VelhoAutor: Luiz Brito

8. Porto Velho - Um olhar sobre o Urbanismo e a ArquiteturaAutor:Julio Carvalho

9.Manual de Gerenciamento de crisesAutor: Celso Gomes

Livraria Exclusiva Porto Velho Shopping (69) 3218-8434   Livraria Exclusiva Aeroporto (69) 3219-7444

Fonte:

LIVRO: CONTOS DESPEDAÇADOS E OUTRAS HISTÓRIASAutora: Sandra Castiel

PAINEL POLÍTICO46 05 Janeiro 2012

REVISTA PAINEL POLÍTICO SUGERE

Arqu

ivo/

Pai

nel P

olíti

co

literatura

Page 47: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO 47Fevereiro 2013

Page 48: Painel Político 14ª Edição

PAINEL POLÍTICO48 Fevereiro 2013