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PALAVRA VIVA

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© Instituto Bíblico da Igreja Cristã Maranata – 2015

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos

direitos autorais (Lei n° 9610).

Publicado no Brasil. IGREJA CRISTÃ MARANATA.

INFORMAÇÕES E CONTATOS

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O ensino à distância é regulamentado pela lei 9.394/96-Artº 80 e é considerado um dos mais

modernos sistemas de ensino da atualidade.

Título Original: PALAVRA REVELADA

ASSUNTO: BÍBLIA

CATEGORIA: RELIGIÃO

Presidente da Igreja Cristã Maranata

Gedelti Victalino Teixeira Gueiros

Diretor do Instituto Bíblico da Igreja Cristã Maranata

José de Anchieta Carvalho

Vice Diretor do Instituto Bíblico da Igreja Cristã Maranata

Gerson Belucci

Coordenador do Curso e do Material Didático

Luiz Eugenio do Rosário Santos

Revisão ortográfica

Lauro Venturini

Revisão Metodológica

Carla Soares

CARVALHO, José de Anchieta. Igreja Cristã Maranata. Curso

de Doutrinas Bíblicas. Palavra Revelada. Vila Velha, ES, 2015.

49 pg.

,

CDU 658.811

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Prezado (a) aluno (a),

Bem vindo (a) ao Instituto Bíblico da Igreja Cristã Maranata!

O conteúdo deste material didático deverá ser utilizado como ponto de partida,

que ajudará os seus passos no alcance relacionado à disciplina “Palavra

Revelada”, levando você a aprofundar-se neste assunto. Todo aprendizado

adquirido terá grande importância e auxílio nos posicionamentos diante de

problemas do dia a dia da sua vida espiritual.

É importante ressaltar que o estudo da Palavra de Deus de forma permanente,

bem como a operação do Espírito Santo, se faz necessário para que seja

possível alcançar o profético e conhecer a revelação da pessoa gloriosa do

Senhor Jesus em toda a “Palavra”.

A Palavra de Deus à luz da revelação do Espírito Santo tem o intuito de levar

você a alcançar maior intimidade com Deus, desfrutando da comunhão e de

uma caminhada dirigida por Ele.

Desta forma, este material didático possibilita um entendimento mais

aprofundado com todo embasamento bíblico sobre esta importante doutrina.

Bom estudo a todos!

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SUMÁRIO

1. INVESTIDAS CONTRA A PALAVRA.............................................................4

2. A REVELAÇÃO NA PALAVRA......................................................................6

3. A RAZÃO.........................................................................................................8

4. VIDA E LUZ.....................................................................................................9

5. ISRAEL NO EGITO.......................................................................................10

6. SAULO..........................................................................................................11

7. A TEOLOGIA E FILOSOFIA.........................................................................12

8. AS MEDIDAS................................................................................................14

9. INTERPRETAR TEXTOS..............................................................................15

10. ARREBATAMENTO....................................................................................16

LISTA DE FIGURAS.........................................................................................17

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................18

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1. INVESTIDAS CONTRA A PALAVRA

A Igreja primitiva, também conhecida como a Igreja do primeiro século,

guardava a Palavra no coração, pois o cânon não estava completo.

A grande mensagem desta Igreja era a Ressureição, por isso eles

enfrentavam as cruzes, arenas, fogueiras, confirmando a grande mensagem

com suas próprias vidas. Eram mortos, mas a esperança estava viva em seus

corações. A esperança dos servos naqueles dias estava na ressurreição, pois

Jesus havia ressuscitado e prometido que todos os seus servos também

ressuscitariam.

Como a Palavra estava apenas no coração da Igreja, a grande investida do

adversário era matar os cristãos, pois assim poderia aniquilar o Projeto de

Deus. Contudo, quanto mais cristãos eram mortos, mais também se convertiam

e a Palavra de Deus prosperava em seus corações. “E a palavra crescia e se

multiplicava.” (At 12.24).

O Senhor acrescentava a cada dia os que haviam de salvar, como também a

Palavra estava viva em seus corações, crescendo e se multiplicando numa

ação poderosa do Espírito Santo.

A primeira investida do adversário, sem alcançar seu objetivo, foi esconder a

palavra e em seguida a estratégia mudou, quando os cristãos, que outrora

eram perseguidos, nos séculos seguintes, durante a idade média, através do

edito de Milão, em 313 D.C. com o imperador Constantino (272 -337), tinham

agora garantido a liberdade de culto1, e, mais tarde, através do Edito de

Tessalônica, em 380 D.C. com o imperador Teodósio I, (346-395) a religião

oficial do império passou a ser o cristianismo.

Hoje, vivemos dias onde todos têm acesso à “Palavra de Deus”. Contudo, a

Bíblia tem sido tratada como um livro comum e a investida agora é secularizá-

1 HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Editora Vida. 2001, p. 780

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la, tornando-a comum, pois para alguns ela não é a Palavra de Deus, mas

apenas contém a Palavra de Deus, não bastando estar sendo usada para fins

meramente voltados para esta vida, com abordagens filosóficas e teológicas

que não transcendem e que não podem levar o homem a viver uma

experiência com a eternidade, na tentativa de invalidar o projeto de salvação.

Diante desta última investida do adversário, o Senhor nosso Deus nos tem

levado a viver a terceira e última grande experiência com a Sua Palavra que é

a descoberta da Revelação.

Em nossos dias o Cristianismo caminha na mesma direção. Não há diferença

dos religiosos de hoje para aqueles daquela época. Examinam as escrituras

sem alcançar sua essência, antes rejeitam a ação do verbo de Deus, pautando

seu caminho apenas na letra. Talvez se pense que o Espírito Santo pudesse

prejudicar os grandes pensadores dos nossos dias.

O que fazer sem citar as celebres frases dos grandes teólogos e filósofos da

história da Igreja?(embora importantes, não podemos depender disto e sim do

Espírito Santo). O que fazer sem procurar entender o que cada um pensava?

No campo dos argumentos, as discussões são amplas e vastas.

Para enxergar Jesus em toda a Palavra, esta precisa ser revelada, isto é,

precisamos ir além da letra. Isto não é uma frase feita. Todo servo de Deus

precisa entender muito bem isso. A revelação de Deus torna a Bíblia um livro

atual em todas as épocas, trazendo ao homem um projeto de salvação de

Gênesis a Apocalipse. A figura de Jesus está profetizada em cada detalhe da

Palavra.

“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem

dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.” (Sl 126.6)

O livro de Atos traz a história do eunuco que descia de Jerusalém. Tinha

subido para adorar e estava retornando para sua terra lendo o profeta Isaías

sem nada entender, pois estava na letra.

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A figura do Eunuco mostra-nos aquele que está adorando a Deus, mas sem

entendimento do profético, isto não é diferente daquilo que acontece em

nossos dias. Então, Filipe lhe mostrou a Palavra Revelada, isto é, além da

letra, revelando a ele a pessoa do Senhor Jesus como o cordeiro de Deus.

“Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a

Jesus.” (At 8.35).

2. A REVELAÇÃO NA PALAVRA

Figura 01 – Tempo de Deus

Fonte: Disponível em <http// www.institutoicm.org.br > Acessado em: 15 set 2015

Quando a Palavra fala de salvação e de vida, Ela fala de vida eterna. Para

melhor entendermos o que é Palavra Revelada, podemos afirmar que Ela é

“aquela que vai além da letra”, ou ainda, “sai da razão e alcança o profético”.

O evangelho de João, no capítulo primeiro, é um eco do capítulo primeiro do

livro de Gênesis e, de fato ele nos entrega a chave viva do mistério da criação

do mundo mediante a “Palavra”. “No princípio criou Deus os céus e a terra.”

(Gn 1.1)

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Figura 02 – No princípio criou Deus os céus e a terra

Fonte: Disponível em <http// www.institutoicm.org.br > Acessado em: 15 set 2015

Quando se fala “no princípio”, se entende no “princípio absoluto”, tanto a ação

do verbo no Velho Testamento quanto no Novo Testamento. A forma elocutiva

ou expressiva é a maneira de melhor compreender o princípio absoluto de toda

criação em Deus. Assim, o primeiro versículo da Bíblia é um enunciado que

exprime o entendimento de que tudo começa Nele.

“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” (Cl 1.16-17).

Em Jesus torna-se a união fundamental do verbo com o ato do falar e agir. O

início de Gênesis e o início do evangelho de João mostra-nos que a Palavra é

o princípio espiritual comum do querer de Deus, de todo o Seu poder. A

Palavra é o princípio de tudo, e por Ela Deus vai agir tanto na Obra criadora

quanto na Obra redentora.

Na Obra Criadora Deus cria todas as coisas pelo poder da sua Palavra. É a

ação do verbo, expressando toda sua fenomenologia. “No princípio era o verbo

[...]”. (Jo 1.1)

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Deus fala e o efeito surge, suscita a vida e mediante seu verbo soberano

ordena o caos. “No princípio criou Deus os céus e a terra”. (Gn 1.1)

O Verbo Bará significa criar do nada. Este verbo é de propriedade exclusiva de

Deus. Na obra criadora tudo é temporal, é finito e relativo.

3. A RAZÃO

A Palavra que emerge da razão humana não pode conduzir a homem à

eternidade porque não teve origem na eternidade. Não é razão do homem que

tem origem na obra criadora que alcança a eternidade. É a Palavra que tem

origem na eternidade que alcança o homem na sua temporalidade. O eterno

alcança aquilo que é temporal e o conduz ao universo da Obra redentora.

A razão do homem não alcança a razão de Deus, pois a razão do homem tem

origem na Obra criadora e a razão de Deus tem origem na eternidade. É

necessária uma intervenção da Obra redentora na Obra criadora, uma

intervenção do eterno naquilo que é temporal, o infinito agindo no finito, o

absoluto agindo naquilo que é relativo. Portanto, podemos dizer que a Obra

criadora vive em função da Obra redentora.

“Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. (1 Co 14.53-54)

A razão do homem não alcança a razão de Deus, pois a razão do homem tem

origem na Obra criadora e a razão de Deus tem origem na eternidade. É

necessária uma intervenção da Obra redentora na Obra criadora, uma

intervenção do eterno naquilo que é temporal, o infinito agindo no finito, o

absoluto agindo naquilo que é relativo. Portanto, podemos dizer que a Obra

criadora vive em função da Obra redentora.

“Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a

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palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. (1 Co 14.53-54)

Quando através do verbo a obra redentora intervém na obra criadora tudo é

possível, porque na obra redentora (eternidade) não existe morte, só existe

vida, como Jesus disse: “Lázaro dorme e eu vou acordá-lo”, essa é a ótica do

redentor. Na ação do verbo, disse: “Lázaro sai para fora, e o defunto saiu [...]”

(Jo 11.43), vemos o poder da “Palavra”, o verbo encarnado, que sempre resulta

em vida.

4. VIDA E LUZ

Figura 03 – Velocidade da revelação

Fonte: Disponível em <http// www.institutoicm.org.br > Acessado em: 15 set 2015

A luz é o veículo de Deus para conduzir o homem da Obra criadora, onde tudo

é temporal, para a Obra redentora, onde tudo é eterno. “Nele estava a vida e a

vida era a luz dos homens”. (Jo 1.4)

Para Deus a vida é a luz dos homens, a única forma pela qual o homem

alcança a vida é pela luz. Se não houver luz acabou a vida. “O povo que

andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da

sombra da morte resplandeceu a luz”. (Is 9.2)

O texto acima fala de dois povos. Um andava em trevas e outro habitava na

região da sombra da morte. Israel andou, caminhou, conheceu o caminho,

tinha a lei em mãos que é a sombra das coisas futuras. Este povo viu a luz.

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Podem-se notar, em toda a história da caminhada de Israel, os momentos de

trevas e os momentos que viram esta luz. Contudo, o fato de ver a luz não se

pode comparar ao fato do resplandecer a luz.

5. ISRAEL NO EGITO

Durante quatrocentos e trinta anos Israel esteve vivendo debaixo do chicote

egípcio, como escravos em uma terra que não era deles, fabricando tijolos para

as grandes construções egípcias, que guardavam seus mortos embalsamados,

um trabalho para a morte, onde tudo que era produzido não lhes pertencia.

Deus enviou o libertador Moisés, que prefigurava a pessoa do Senhor Jesus,

naquilo que Ele não pecou, para tirar-lhes da escravidão egípcia, assim como

nós fomos libertos pelo nosso Salvador da escravidão do pecado.

Chegado o momento da saída, Deus determinou que Israel viveria uma festa

chamada “Pascoa”, onde o cordeiro era a figura principal desta festa. Este

cordeiro deveria ser morto e o sangue dele passado na verga e umbrais das

portas das casas, porque naquela noite a morte passaria e entraria nas casas

que não houvesse o sangue. Depois, a carne do cordeiro assada ao fogo

serviria de alimento, devendo comer cabeça, pés e fressura.

Fica claro o fato de Israel ter visto uma luz, uma solução de Deus para fazer o

povo caminhar para uma terra que manava leite e mel, mas certamente Israel

não entendeu o aspecto profético. Assim como Israel estava vivendo o

momento que antecede a saída, nós também como Israel espiritual de Deus

aguardamos o grande dia de deixarmos este mundo e caminharmos para a

promessa feita por Jesus.

“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14.2-3)

A eternidade é a grande promessa de Jesus para sua Igreja. Hoje entendemos

a figura do cordeiro, profetizada na saída do povo de Israel do Egito, o sangue

derramado para a libertação do domínio de Faraó. Ninguém consegue sair das

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garras do pecado e do adversário, que aprisiona, se não for pelo sangue do

cordeiro de Deus.

6. SAULO Saulo de Tarso fora criado aos pés de Gamaliel, e a teologia de Gamaliel o

colocou no caminho de Damasco, mas a revelação de Jesus, o colocou no

caminho do céu. No caminho de Damasco Saulo de Tarso foi cercado por um

resplendor de luz, era o encontro dele com a vida, ele viu a luz e ouviu a

Palavra.

Quando a obra redentora intervém na obra criadora ela usa uma linguagem da

eternidade, que é luz e vida. Foi a revelação de Jesus que mudou a vida de

Saulo, não foi o argumento de Gamaliel. No argumento de Gamaliel, ele

respirava ameaças e morte, mas na revelação de Jesus (luz) passou a respirar

perdão e vida. A luz rompe as trevas e a vida rompe a morte!

Para o homem alcançar a razão de Deus só por revelação, porque a obra

criadora não alcança a obra redentora. É a redentora que alcança a criadora

através da “Palavra Revelada”.

A teologia filosófica tem origem aqui na obra criadora. É a tentativa do temporal

alcançar aquilo que é eterno. Jesus, o verbo de Deus, desceu da eternidade

para intervir na história da humanidade.

Um dia nós também estávamos no caminho de Damasco, quando a luz nos

cercou. Nós ouvimos a voz que só a nossa alma entendeu. Podemos dizer

como Saulo (Paulo) que o evangelho que recebemos não recebemos de

homem, mas por revelação de Jesus Cristo (Luz).

7. A TEOLOGIA E FILOSOFIA

A Teologia e a Filosofia têm mensagens religiosas, alguns creem em Deus e

tem como base a salvação teológica desconhecem e ou rejeitam o projeto ou

plano de salvação.

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A Teologia Medieval tinha sua maior relevância na tentativa de provar a

existência de Deus com pensamentos que tendiam para lógica. Platão e Boécio

entendiam que a alma pura poderia alcançar o mundo eterno através da

contemplação filosófica.

Agostinho entendia que o homem deve fazer as pazes com Deus pela prática

do bem. Que o homem poderia granjear méritos para salvação e crer para que

possa entender!

Pode-se dizer que Agostinho através de alguns escritos ajudou na transição de

restos da Igreja Apostólica para a Igreja Romana que já havia abandonado o

ensino e a doutrina dos apóstolos, fortalecendo o desvio da verdade,

consolidando o hibrido: Teologia, Religião e Filosofia. Resultado Ideologia de

Poder Religioso. Teologia e Filosofia, podem se referir ao Deus da Bíblia ou

fora dela, independem da ação do Espírito Santo.

A Imanência é o elemento que existe dentro de um indivíduo como elemento

inseparável que é inerente a um ser ou a uma experiência. Deus é imanente na

criação, ex: O som é imanente à palavra. Nada no mundo é imanente, nem

mesmo o mundo que é restrito a mente. “Prata rejeitada lhes chamarão,

porque o Senhor os rejeitou.” (Jr 6.30)

A Teologia não pode ser entendida como algo confiável a respeito do Deus da

Bíblia Sagrada, como o Deus Salvador, apenas uma concepção que cada

religião tem de seu deus concebido e definido dentro dos seus interesses, que

busca abrigo no tema e não na fé verdadeira.

A diferença entre Filosofia e Teologia está no fato de que a Filosofia não impõe

nem pressiona seus projetos usando os argumentos referentes à vida eterna,

ainda que possa admiti-la. Ela exerce o seu papel independente de qualquer

aspecto da vida, independe de Teologia. Já a Teologia acopla a Filosofia, mas

saiu do seu objetivo, se descaracterizou e tornou insubsistente o caminho da fé

salvadora, antes movida pelo Espírito Santo de Jesus, agora, dispensado pela

cultura.

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A Teologia saiu do objetivo espiritual, se descaracterizou, sabendo que a culpa

não está e nunca esteve na Filosofia e nem nos filósofos, está na falta de

sentido e argumentação espiritual do projeto divino baseado na doutrina de

Jesus, pregada e vivida pela Igreja apostólica, logo descaracterizada pelas

discussões teológicas baseadas em filosofias (vãs filosofias), segundo

expressado pelo Apóstolo Paulo na carta aos Colossenses:

“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e

vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do

mundo, e não segundo Cristo”. (Cl2.8)

Teologia que transforma a graça de Deus em permissividade a todo tipo de

pecado, que abriga libertinos e permissivos, sem temor como descrito no verso

quatro da Carta de Judas. “Porque se introduziram alguns, que já antes

estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em

dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor

nosso, Jesus Cristo.” (Jd 1.4)

A Teologia Sistemática, que é uma subdivisão da apologética, pode ser tanto

bíblica quanto filosófica (um discurso sistemático e argumentativo na defesa da

origem divina e da autoridade da fé cristã).

Tanto a Teologia quanto a Filosofia podem dispensar a inspiração e a

revelação, já que ambas estão nos limites da razão e não é pecado nem há

demérito algum em ser filósofo ou teólogo, e gostar de filosofia, um encanto

para quem lê.

A Filosofia tem o mérito de sobreviver além da fé religiosa teorizada, sem vida,

já que a filosofia não se esconde nos subterfúgios de culturas teológicas que

tenta explicar um deus independente da ação reveladora do Espírito Santo.

Pode ser útil a tudo, unir-se a todos os segmentos ou setores da vida do

homem e do universo, incluindo as ciências exatas, poesia, artes, estética,

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religião e tantas outras, sem se preocupar com o projeto de salvação e de vida

eterna.

A Filosofia é razão pura, sem a intervenção do Espírito Santo, e, como se sabe,

razão pura não transcende, como a Teologia, pelo fato de falar em Deus ou em

nome de Dele.

8. AS MEDIDAS

As medidas da razão são: largura, altura e profundidade, e as medidas da

revelação são velocidade e tempo. As dimensões da razão são diferentes das

dimensões da revelação. Na razão do homem, obra criadora, opera o Cronos,

mas na revelação, obra redentora, o Kairos. No Cronos ficamos restritos a fatos

históricos, narrativa de acontecimentos do passado, onde o tempo é contado

para a morte.

Na largura pode-se ver na Bíblia fatos interessantíssimos, como as

descobertas arqueológicas, cidades e civilizações antigas que foram

descobertas, os grandes impérios, como no caso do Império Babilônico, Medo

Persa, Greco Macedônico e Romano. Tudo isto pode ser visto na Bíblia quando

se faz uma análise usando a largura como medida.

Na altura, o homem quer buscar a Deus e acaba na superstição e no

misticismo, materializando tudo que é espiritual, racionalizando a fé, tornando-a

uma fé fossilizada. Não é o homem que alcança Deus, é Deus que deseja

alcançar o homem. Não é uma ação de baixo para cima e sim de cima para

baixo, uma ação específica do verbo na excelência de explosão de vida.

Na profundidade, a Teologia filosófica busca incumbir-se de levar o homem ao

conhecimento das profundezas daquilo que está escrito na palavra, mas não

transcende porque não tem o agente de união, que é o Espírito Santo. A

profundidade da Palavra só pode ser alcançada por aquele que conhece a

mente de Deus, e isto, só o Espírito Santo para fazer o homem aprofundar-se

no verdadeiro sentido daquilo que está na mente do autor. Na revelação as

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medidas são velocidade e tempo. “Porque em ti está o manancial da vida; na

tua luz veremos a luz”. (Sl 36.9)

Na fórmula de Eisten2 vemos que a matéria, na velocidade da luz, se

transforma em luz, energia. Quando no conhecimento das escrituras, a luz do

Espírito Santo resplandece, o homem passa a conhecer o Kairos, o tempo

passa a não ser contado. Podemos assim penetrar no eterno e conhecer do

autor aquilo que quis dizer quando inspirou a “Palavra”.

9. INTERPRETAR TEXTOS

A Bíblia tem muitos escritores, mas um único autor. Deus usou mais de 40

homens inspirados pelo Espírito Santo para escreverem a “Palavra”. A mesma

não pode estar dissociada do seu autor, não basta interpretar o texto na razão.

Aquilo que o Espírito Santo ditou só pode ser entendido se for pelo mesmo

Espírito. Portanto, aquele que inspira é também o que revela.

1. Eles falaram pelo Espírito – Inspiração;

2. A compreensão é pelo mesmo Espírito – Revelação.

Se a Palavra de Deus emergisse da razão humana, ficaria fácil entendê-la pela

mesma razão, mas sendo inspirada, a razão do homem não alcança a razão de

Deus. A Palavra contém segredos e mistérios que só o autor conhece e

aqueles a quem quiser revelar. A chave do mistério é a operação do Espírito

Santo.

“Então lhes disse: Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar o enigma [...] Disseram, pois, a Sansão os homens daquela cidade, ao sétimo dia, antes de se pôr o sol: Que coisa há mais doce do que o mel? E que coisa há mais forte do que o leão?” (Jz 14.14-18)

Sendo a Palavra inspirada por Deus, cabe-nos entender que o enigma de

Sansão, era a descoberta de um mistério que não era algo apenas para

aqueles dias, mas que ficou oculto no decorrer dos séculos e manifestado

nesses últimos tempos, para fazer a Igreja desfrutar da inspiração e revelação.

2 E=M.C2

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10. ARREBATAMENTO

Existe um momento profético que antecede aquele que será o grande dia do

arrebatamento. Neste momento em que as trevas dominam o mundo, o desvio

da autenticidade do evangelho pode-se perceber em uma Igreja descrita na

parábola das dez virgens, onde o azeite para manter a lâmpada acesa não

tinha valor para aquelas que deveriam estar preparadas para a chegada do

noivo. “Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao

encontro.” (Mt 25.6)

No tempo do fim o evangelho será pregado para todas as gentes – como ou

para testemunho - testemunho não se refere à conversão do mundo. Apenas

servirá de testemunho e sinal da última hora. “ENTÃO VIRÁ O FIM!” - O mundo

será pego de surpresa e tomará conhecimento do arrebatamento pelos meios

de comunicação com o desespero das pessoas que não sabiam de tal

ocorrência. Não sabiam do arrebatamento, não foram avisadas, estavam

distraídas pelas festas até como atrativo religioso sem compromisso com a fé

verdadeira.

Desta forma, chegamos ao momento em que vivemos, quando o mestre sala

chama o esposo para dizer que todos põem primeiro o bom vinho e depois o

inferior, mas ele havia guardado o bom vinho até o final, para deixar claro que

as operações do Espírito Santo não ficaram com exclusividade para a Igreja do

primeiro século, mas o bom vinho está à disposição da Igreja que, embriagada

pelo poder de Deus, cairá nos braços do noivo Jesus, no dia do arrebatamento.

Na razão, a história das bodas de Caná é apenas uma informação histórica,

mas na revelação descortina-se a história da Igreja desde seu início até o

grande dia do Senhor. Agora o Espírito Santo pode chamar o noivo. A noiva

está pronta!

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Tempo de Deus para salvação do homem.........................................6

Figura 02 No princípio criou Deus os céus e a terra...........................................7

Figura 03 Velocidade da revelação.....................................................................9

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BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Edição Revista e Corrigida. Tradução por

João Ferreira de Almeida. 1ª Edição. São Paulo: 2011

BOYER, Orlando Spencer. Heróis da Fé. Rio de Janeiro: CPAD- 2002 246p.

DODD, Sara Victalino Gueiros. Colhendo o Trigo I e II - Vila Velha, Editora do

autor, 2007. .

DODD, Sara Victalino Gueiros. Colhendo o Trigo: estudo dos livros dos

profetas maiores e livro dos profetas menores. Vila Velha, Editora do autor,

2007. 328p. Vol.2

GUEIROS, Gedelti Victalino - Apostilas de Seminário da Igreja Cristã

Maranata. 2014. ES

HALLEY, Henry Hampton – Manual Bíblico de Halley: Nova Versão

Internacional (NVI). São Paulo: Editora Vida, 2001. 895p.