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Porto Digital, Construindo Interações com a Universidade: Capacitação de Pessoal e Inovação
Mais vale um pássaro na mão, que dois voando
As contas chegam e precisam ser pagas
Encontro dos Diálogos PortoDigitais,
Porto Digital, Recife, PE
Eduardo Grizendi, Inatel
Recife, 07 de Abril de 2011
Questões “polêmicas”
• O Porto pode ser definido como um APL ou Parque Tecnológico no sentidoclássico da literatura?
• Comparado a outros Pólos produtores de software mundiais, as escalas desuas empresas são pequenas. Qual a repercussão disso para a consolidaçãodo Porto?
• Por que novas empresas de grande porte, na área de produção de softwareforam atraídas em pequeno número para o Porto Digital? Há condições dese atrair empresas de maior porte que permitam realmente consolidar umaestratégia desenhada para o Porto de Pólo de referência mundial?
• Como aumentar a contribuição do Porto para o Desenvolvimento Local eRegional?
• Há uma estratégia para que o Porto se consolide e ajude a transformar operfil da cidade?
• Deve ser mantido o modelo de operação do Porto Digital? E o modelo denegócios, com pouca inserção nas cadeias produtivas mundiais, é o maisadequado?
2@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Questões “polêmicas”
• O Porto é um enclave na Economia Pernambucana? Como pode se articularcom outras cadeias produtivas locais? Quais as dificuldades para uma maiorinteração?
• É possível conceber mecanismos de interação mais eficazes?
• Existem resultados em outros APLs locais, nacionais ou internacionais quepoderiam ser espelho para o Porto?
• O perfil de capacitação de pessoal está adequado à realidade atual dosegmento e suas exigências? Como melhor adequá-lo à realidadeempresarial?
3@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Temas “relevantes”
A. O Perfil de Qualificação de Pessoal e as Demandas atuais
B. Mecanismos de apoio a interação e financiamento existentes.
Segundo depoimentos, a Lei de Informática, bem como outras leis existentes,estão fortemente centradas nas grandes empresas e na busca de articulaçãodestas com as Universidades.
A participação de Pólos focados em Pequenas e Médias Empresas, faz com queesses mecanismos sejam marginais para o estímulo à articulação desses com asUniversidades na área de pesquisa, a não ser para capacitação de capitalhumano.
Quais as estratégias necessárias para reverter esse quadro?
C. Real busca de inovação em Pólos como o Porto Digital.
As empresas que neles se instalam buscam aproveitar nichos de mercado, semgrandes preocupações com o desenvolvimento de produtos novos para omercado mais globalizado, fazendo adequações para realidades específicas.
É importante, ou não, mudar esse perfil de negócios?
Seria interessante inserirmo-nos nas cadeias produtivas globais, oferecendocomponentes como fez a Índia?
Como repensar o modelo de negócio?4@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
A Inovação segundo o Manual de Oslo (3ª Edição) e PINTEC 2008• Inovação tipo TPP (Tecnológica de Produto e Processo) +
Inovação em Marketing + Inovação Organizacional
• Inovação tipo TPP :– Introdução no mercado de um novo produto (bem ou serviço) substancialmente
aprimorado ou
– Introdução na empresa de um processo produtivo novo ou substancialmenteaprimorado
• Inovação em Marketing:– Introdução de um novo método, nova estratégia ou conceito de marketing
• Inovação Organizacional:– Introdução de um novo método organizacional nas práticas de negócios, na
organização do local de trabalho ou nas relações externas
5@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
6
A Inovação para a Empresa
=
Novo Produto
Melhoria em Produto
Novo Processo
Melhoria em Processo
Nova Estratégia de Marketing
Novo Método Organizacional
Baseado em figura do Instituto Inovação
6@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Pensamentos “acadêmicos” sobre como aumentar a Inovação nas Empresas (em especial, de TIC, que é o caso)
• Fazer mais P&D interno
• Proteger mais a Propriedade Intelectual
• Fazer mais projetos cooperativos com Universidades eInstituições de Pesquisa
• Inserir mais mestres e doutores
• Inserir-se mais no “Sistema Nacional de Inovação”
7@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
...e se é para aumentar a inovação nas Empresas de TIC ...e se a inovação só é inovação quando gera valor econômico, ...onde estão as reais oportunidades?
• Internamente?
• No licenciamento da PI?
• Nas Universidades e Instituições de Pesquisa?
• Nos mestres e doutores?
• No “Sistema Nacional de Inovação”?
8@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
No mercado, no mercado e
no mercado
...e quem é este mercado? Onde ele está, para as Empresas do Porto Digital?
• No Recife? Em Pernambuco?
• No Brasil?
• Em outros países? EUA, Europa, Índia, China?
9@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Principalmente, na empresa
do lado, fora do Porto
...e quem é este mercado?
• A Inovação atualmente é o principal fator de competitividadeno mercado das empresas em geral.– “Inovação é a única fonte sustentável de competitividade” [Sílvio Meira,
Folhaweb, 2011]
– Ela está em todos os setores econômicos.
• A TIC é um setor que permeia todos os setores econômicos econtribui, significativamente, para a sua inovação.– Em alguns deles, a TIC é, em essência, a sua própria inovação.
• A TIC contribui:– Para o design de um novo produto,
– Para a automação de um processo,
– Para a coleta, sistematização e análise de dados de mercado,
– Para as melhorias organizacionais,
– .....10@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
A TIC está em toda a parte,
nas empresas em geral e na
maioria de suas inovações.
...e como abocanhá-lo?
• (Porto Digital) Mapeando as oportunidades locais e regionais– Órgãos públicos, municipais e estaduais
– Empresas do Porto de Suape
– Empresas do Pólo Farmacêutico
– Indústria Petroquímica
– Setor Varejista
– Setor de Turismo, ...
• (Porto Digital, SOFTEX, Finep, MCT, MDIC, MRE) Mapeando asoportunidades nacionais e internacionais– Brasil
– Índia e Ásia em geral
– Países latinos
– EUA e Europa, ...
11@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
...e utilizando instrumentos já
existentes e criando novos...
...e utilizando instrumentos existentes,
criando novos e ... se articulando!
..utilizando instrumentos existentes
• Incentivos fiscais do Cap. III da Lei do Bem– Aplicáveis a empresas que operam no Regime do Lucro Real e com
lucro
– Dedução de dispêndios adicionais, caracterizados como despesasoperacional, de 60% até 100% da BC do IRPJ e CSLL
12@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Principais Incentivos Fiscais da Lei do Bem
Dedução Adicional de Dispêndios (*)
BC do IRPJ & CSLL
60% automático
10% com incremento de <= 5 % dos pesquisadores
20% com incremento de > 5 % dos pesquisadores
20% para patente concedida
Depreciação Integral no ano de aquisição de ativos tangíveis
Amortização acelerada para ativos intangíveis
Redução de
IPI 50% na aquisição de equipamentos
Redução a
IR Retido na Fonte 0 (zero) em remessas para registro e manutenção de patentes
...a contratação de uma empresa
do Porto Digital para
desenvolvimento de uma
aplicação de TI pode ser
caracterizada como despesa
operacional da contratante...
...utilizando instrumentos existentes• Incentivos fiscais do Cap. III da Lei do Bem
– Ganhos econômicos
13@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Estimativa dos Benefícios da Lei do Bem
Recuperação de
Despesas Operacionais com M.O. interna e serviços de
terceiros entre 20,4 a 34%
Remessas no exterior
10% ou alíquota 0 (zero) no IR Retido na
Fonte
Ativos tangíveis - máquinas e equipamentos ganho financeiro da depreciação integral
Ativos intangíveis ganho financeiro da amortização acelerada
Redução de
Ativos tangíveis - máquinas e equipamentos 50% do IPI
...reduzindo em até 34% o seu
custo.
...criando novos instrumentos
• Encomenda Tecnológica inserida nas Lei de Inovação– Art. 20º da Lei Federal de Inovação
– Art. 16º da Lei Pernambucana de Inovação
• Subvenção econômica FINEP com interveniência da EmpresaCliente Final– Art. 19º da Lei Federal de Inovação
– TIC como produto (bem ou serviço) para novo/melhoria de Produto ouProcesso do Cliente Final
– Similar a interveniência de Empresa em Projetos de Financiamento nãoReembolsável para ICTs
• Programa PAPPE Subvenção/Integração com interveniência daEmpresa Cliente Final– Art. 17º da Lei Pernambucana de Inovação
14@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
...criando novos instrumentos
• Expandindo os instrumentos atuais para além da InovaçãoTecnológica de Produto e Processo– Subvenção econômica FINEP
– Programa PAPPE Subvenção/Integração
– Programa Juro Zero
– ...
15@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
16
A Inovação para a Empresa
=
Novo Produto
Melhoria em Produto
Novo Processo
Melhoria em Processo
Nova Estratégia de Marketing
Novo Método Organizacional
Baseado em figura do Instituto Inovação
16@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Programas de financiamento das agências (FINEP, CNPq, FACEPE, etc.)
17
A Inovação para a Empresa
=
Novo Produto
Melhoria em Produto
Novo Processo
Melhoria em Processo
Nova Estratégia de Marketing
Novo Método Organizacional
Baseado em figura do Instituto Inovação
17@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Programas de financiamento das agências (FINEP, CNPq, FACEPE,
etc.)
O processo de inovação (Coral, Ogliari e Abreu, 2008)
• Ser contínuo e sustentável (não ocasional), além de integradoaos demais processos da empresa;
• Ser formalizado, porém favorecendo a criatividade dosprofissionais;
• Priorizar o desenvolvimento na própria organização, masindicando instrumentos para a realização de parcerias paraaquisição de conhecimentos complementares;
• Estar alinhado à estratégia competitiva da empresa;
• Ser dirigido ao mercado e orientado ao cliente;
18@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Priorização não pode ser “suicida”.
Melhor se entendida como “dê preferência ao P&D interno”.
Ainda melhor se entendida como “P&D interno, ágil e sob medida”.
ou seja, um “P&D Scrum”
Questões “polêmicas”
• O Porto pode ser definido como um APL ou Parque Tecnológico no sentidoclássico da literatura?
• Comparado a outros Pólos produtores de software mundiais, as escalas desuas empresas são pequenas. Qual a repercussão disso para a consolidaçãodo Porto?
• Por que novas empresas de grande porte, na área de produção de softwareforam atraídas em pequeno número para o Porto Digital? Há condições dese atrair empresas de maior porte que permitam realmente consolidar umaestratégia desenhada para o Porto de Pólo de referência mundial?
• Como aumentar a contribuição do Porto para o Desenvolvimento Local eRegional?
• Há uma estratégia para que o Porto se consolide e ajude a transformar operfil da cidade?
• Deve ser mantido o modelo de operação do Porto Digital? E o modelo denegócios, com pouca inserção nas cadeias produtivas mundiais, é o maisadequado?
19@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Parque Tecnológico
Há necessidade de se diversificar. O mundo é feito de
micro, pequenas, médias e grandes empresas.
Pelo Capital Humano. Pela Inovação
Crescendo as empresas. Promovendo o “spin-in” ,F&A.
Enxergando a empresa do lado como cliente
O melhor modelo é a inserção maior nas cadeia produtiva
de empresas em geral, de TIC ou não, locais nacionais ou
mundiais
Questões “polêmicas”
• O Porto é um enclave na Economia Pernambucana? Como pode se articularcom outras cadeias produtivas locais? Quais as dificuldades para uma maiorinteração?
• É possível conceber mecanismos de interação mais eficazes?
• Existem resultados em outros APLs locais, nacionais ou internacionais quepoderiam ser espelho para o Porto?
• O perfil de capacitação de pessoal está adequado à realidade atual dosegmento e suas exigências? Como melhor adequá-lo à realidadeempresarial?
20@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Induzindo por políticas públicas (encomendas, incentivos,
eficaz), sensibilização (pouco eficaz!)
Incentivos diretos ou fiscais com Interveniência do cliente
Diversos.
Temas “relevantes”
A. O Perfil de Qualificação de Pessoal e as Demandas atuais
B. Mecanismos de apoio a interação e financiamento existentes.
Segundo depoimentos, a Lei de Informática, bem como outras leis existentes,estão fortemente centradas nas grandes empresas e na busca de articulaçãodestas com as Universidades.
A participação de Pólos focados em Pequenas e Médias Empresas, faz com queesses mecanismos sejam marginais para o estímulo à articulação desses com asUniversidades na área de pesquisa, a não ser para capacitação de capitalhumano.
Quais as estratégias necessárias para reverter esse quadro?
C. Real busca de inovação em Pólos como o Porto Digital.
As empresas que neles se instalam buscam aproveitar nichos de mercado, semgrandes preocupações com o desenvolvimento de produtos novos para omercado mais globalizado, fazendo adequações para realidades específicas.
É importante, ou não, mudar esse perfil de negócios?
Seria interessante inserirmo-nos nas cadeias produtivas globais, oferecendocomponentes como fez a Índia?
Como repensar o modelo de negócio?
21@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Induzir a interveniência de Empresa Cliente em geral, na
“encomenda” de TIC à MPME
É importante mudar esse perfil. Inserir mais nas cadeias
produtivas de outras empresas, oferecendo TIC em geral
Se para as empresas de TIC, componentes. Se outras
empresas, produtos (bens e serviços).
Olhar além do próprio umbigo. “Não tenho uma empresa de TI.
Tenho uma empresa que traz inovações, através de TIC, para
outras empresas em geral”
Criar instrumentos de incentivos diretos ou fiscais para as
Empresas em geral “encomendarem” TIC de MPME
O conceito de Inovação Aberta(“Open Innovation”)
22@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
As próprias empresas do
Porto Digital são
resultados do processo
fértil de inovação
A Importância da Geração de Empresas Nascentes e os Processos de Inovação por “Spin-in” e “Spin-off”. Estratégia de “Spin-in’s” do Google
23@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
..e são tratadas por outras
como “produtos” (P&D&I
“empacotado”)
Conclusões
• Atenção às necessidades de TI de empresas de outros setores (“economia velha”)
– A TIC permeia todos os outros setores da economia
• Perseguir obcecadamente a Inovação em TIC por si só, pode cegar oportunidades de negócios de TIC para empresas de outros setores
– Mais vale um pássaro na mão, que dois voando
– As contas chegam e precisam ser pagas
• Instrumentos de incentivos à inovação precisam ser repensados, para promover mais e melhor a inovação no país.
– Precisam trazer o cliente final, nem que seja “amarrado”
– Estender o conceito de interveniência para o Cliente Final.
24@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011
Obrigado !!!
Eduardo Grizendi
Blog: www.eduardogrizendi.blogspot.com
25@Eduardo Grizendi 2011 Recife, 07 de Abril de 2011