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Copyright © Editora do Brasil. Todos os direitos reservados. É proibido venda e alteração parcial ou total deste material. O l ivro d o P a l avr ã o Selma Maria Suplemento do Professor Elaborado por Elaine Andreoti

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SUPLEMENTO DO PROFESSORO LIVRO DO PALAVRÃO - MERCADO 2016 VISTO

Copyright © Editora do Brasil. Todos os direitos reservados. É proibido venda e alteração parcial ou total deste material.Copyright © Editora do Brasil. Todos os direitos reservados. É proibido venda e alteração parcial ou total deste material.

O livro doPalavrão

Selma Maria

Suplemento do ProfessorElaborado por Elaine Andreoti

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SUPLEMENTO DO PROFESSORO LIVRO DO PALAVRÃO - MERCADO 2016 VISTO

4A PROVAGABRIELA

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O livro do palavrão propõe às crianças uma refl exão sobre o mundo das palavras, ao mesmo tempo em que colabora para intro-duzir o gosto pela leitura e pela imaginação e, ainda, fornece outras possibilidades de refl exão, como o que é ser “gente grande

de verdade”. Por meio das peripécias do menino João, você, professor, tem a oportunidade de desenvolver atividades que iniciem os estudos dos aumentativos e diminutivos e abordem as responsabilidades de ser um adulto.

ATIVIDADES1. Quem fala palavrões?

Antes de iniciar a leitura do livro, proponha uma atividade sobre o que é um palavrão. Certamente os alunos serão induzidos a pensar que se trata das palavras de baixo calão, em geral proibidas a eles. Inicie perguntando por que é falta de educação falar palavrão, se conhecem alguém que fala e se sabem que um palavrão pode ofender aquele a quem se dirigem.

Após esse primeiro momento, encaminhe a refl exão para o livro: Será que existe palavrão escrito nele? Será que se trata desse mesmo tipo de palavrão?

Depois de criar essa expectativa nos alunos, peça que leiam a história individual e silenciosamente. Pergunte se eles se surpreende-ram ao descobrir de que tipo de palavrão o livro trata, ou seja, dos aumentativos. Em seguida, organize-os em uma roda de leitura na sala de aula ou em uma sala de leitura e peça que cada um leia um trecho da história de Joãozinho e sua vontade de querer ser gente grande.

Sensibilize-os quanto à importância da capa e do título para atrair o leitor; pergunte se eles se lembram de algum livro que escolheram pela capa e/ou pelo título.

Essa atividade pode ser mais desenvolvida posteriormente com uma visita à biblioteca e uma análise dos tipos de capa e formatos que tornam um livro ainda mais atraente; e, ainda, é impossível surpreendê-los mostrando como um livro com um visual aparentemente simples pode conter uma história belíssima.

2. Como se formam as palavras

Esta atividade tem como objetivo introduzir alguns conceitos de morfologia de modo lúdico. Com base na leitura que fi zeram juntos, pergunte aos alunos o que era, para Joãozinho, um palavrão. O que há nas palavras que leva a esse entendimento? E quanto às palavrinhas? O que há nelas que nos faz ter a impressão de que são palavrinhas? É importante entenderem que essas impressões se dão com os sufi xos das palavras: -ão e -inho. Esses sufi xos fazem parte de algumas palavras sem necessariamente serem aumentativos ou diminutivos, como em solução e carinho, mas em outros casos funcionam como indicativos de fl exão de grau, como em palavrão ou mesinha.

Depois desse debate, escreva uma palavra na lousa, por exemplo: CASA. Explique aos alunos que as palavras são forma-das como pecinhas de um jogo de liga-liga. Algumas partes são desmontáveis, e é assim que se formam outras palavras.

CASA + ÃO = CASÃOCASA + RÃO = CASARÃOCASA + INHA = CASINHACASA + INHOLA = CASINHOLACASA + AR = CASAR

duzir o gosto pela leitura e pela imaginação e, ainda, fornece outras possibilidades de refl exão, como o que é ser “gente grande

iniciem os estudos dos aumentativos e diminutivos e abordem as responsabilidades de ser um adulto.

quanto às palavrinhas? O que há nelas que nos faz ter a impressão de que são palavrinhas? É importante entenderem que . Esses sufi xos fazem parte de algumas palavras sem

, mas em outros casos funcionam como

Depois desse debate, escreva uma palavra na lousa, por exemplo: CASA. Explique aos alunos que as palavras são forma-das como pecinhas de um jogo de liga-liga. Algumas partes são desmontáveis, e é assim que se formam outras palavras.

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A parte que não se desmonta, o radical CAS(A), pode se ligar a outra e formar novos substantivos, verbos, adjetivos e advérbios. O sentido de cada um varia conforme o tipo de sufixo (ou pecinha que se encaixa no final) ou prefixo (que se encaixa antes do começo da palavra principal). Por exemplo, sabe-se que a formação de aumentativos geralmente ocorre com o encaixe do sufixo -ão/-ona, daí a ideia de João de falar palavras terminadas em -ão para ele também ser -ão (de grandão). No entanto, podemos saber que João é ainda uma criança por vários motivos indicados no enredo, sobretudo pelo fato de o chamarem de Joãozinho (-inho/inha).

Após essa breve explicação, sem se alongar na complexidade do assunto, proponha uma atividade em que os alunos descubram palavras que, apesar de terem o mesmo radical, têm sentidos diferentes, como é o caso de soluço e solução, galo e galão. Eles podem utilizar o dicionário para que tenham novas ideias e enriqueçam o vocabulário. O mesmo pode ser feito com palavras que pareçam o diminutivo de outras, como caro e carinho.

Ao final, pode-se propor a criação de um texto coletivo, em que cada aluno escolherá um par de palavras (radical + aumentativo) para utilizar. Você pode iniciar sugerindo o enredo ou o nome do personagem principal. Um bom modo de ajudá-los a se inspirar é propor uma frase inicial para que continuem o texto.

3. Poema divertido

Chame a atenção dos alunos para o fato de o livro apresentar tamanhos diferentes de letras, que parecem imitar o sentido da palavra representada. Além dos próprios exemplos do livro, podem-se aproveitar os exercícios 7 e 8 para introduzir a discussão sobre a forma das palavras e seus desdobramentos no sentido.

Após essa sensibilização, apresente algumas noções básicas de poesia concreta. Surgida no Brasil na década de 1950 como um movimento de vanguarda no campo da literatura e, posteriormente, da música, a poesia concreta propôs justamen-te utilizar o aspecto visual para compor o sentido do texto, dando o mesmo valor ao significante e ao significado. Sugerimos, para fins de consulta, alguns sites de poetas brasileiros que participaram do movimento concretista, além de outros que trazem mais informações sobre essa estética:

• www.poesiaconcreta.com/poetas.php?poeta=dp• https://catracalivre.com.br/geral/livro/indicacao/a-poesia-concreta-de-arnaldo-antunes• www2.uol.com.br/augustodecampos/poemas.htm• www.smartkids.com.br/especiais/poesia.html• superletrados.blogspot.com.br/2014/03/30-poesias-concretas.html

Em seguida, mostre aos alunos os exemplos mais conhecidos de poemas concretos e pergunte se realmente é mais divertido, ou mais “palpável”, ver um poema e captar informação antes mesmo de lê-lo. Escolha um dos poemas para analisar com os alunos. O que há de diferente entre ele e um poema “comum”, em versos rimados e estrofes? Será que ele teria o mesmo efeito se fosse escrito de maneira mais convencional? O que há nele e na construção dele que pro-duz esse efeito? Você pode propor, ainda, que os alunos tentem imaginar outra disposição para as palavras do poema concreto, mas que ainda produzam o mesmo efeito.

Por fim, proponha uma atividade na qual vários materiais (papéis diversos, gizes de cera, canetinhas, tintas etc.) estejam à disposição dos alunos para que possam criar e ilustrar livremente palavras ou poemas. Pode-se organizar uma exposição desses trabalhos na sala de aula ou em outro ambiente aberto da escola.

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4. Trovinhas e trovões

Originalmente, a trova era uma composição poética acompanhada de música. Na Idade Média, essa tradição, de origem provençal, popularizou-se na Península Ibérica e foi trazida pelos colonizadores ao Brasil, onde adquiriu novas características e temáticas, perma-necendo viva hoje com os seresteiros, os repentistas e outros músicos que tocam e declamam poemas e composições populares.

Apresente aos alunos esse gênero poético e proponha uma pesquisa mais aprofundada a fi m de que entrem em contato inclusive com esses trovadores modernos. Seguem alguns sites de referência:

• http://cantigas.fcsh.unl.pt/sobreascantigas.asp• www.recantodasletras.com.br/trovas• http://trovadoresofi cial.blogspot.com.br• www.ubtsp.com.br

Analise com eles uma trova. Quantos versos ela tem? Eles são rimados? Sobre o que ela fala? Levando em conta o que analisaram, verifi que se conhecem alguma trova famosa. É possível que alguns se lembrem da famosa trovinha popular “Batatinha quando nasce”. Se ninguém mencioná-la, faça-o você e analise-a rapidamente com eles, mostrando o que faz dela uma trova. Caso se lembrem de outras, faça o mesmo com elas.

Após se familiarizarem com as trovas, organize, em parceria com os professores de Arte e Música, um sarau de trovas, em que os alunos poderão inventar suas próprias trovas ou reproduzir aquelas que preferem. Combinem a ordem das apresentações. Os alunos podem também criar cenários para as apresentações e usar fi gurinos que lembrem os de artistas da Idade Média, os de repentistas etc., tudo para deixar a atividade mais divertida e interessante para eles.

Aproveitando a brincadeira com a palavra trovão, é possível também propor uma atividade parecida com a do sarau, na qual os alu-nos devem compor trovinhas que brinquem com “palavrões” do tipo usado pelo personagem do livro: caro e carinho, trova e trovão, chá e chão etc. Pode render criações bem interessantes e divertidas.

5. Gente grande, gente pequena

Inicie uma conversa com os alunos fazendo perguntas que gerem refl exão:

• O que é ser “gente grande”?• O que os adultos fazem?• Qual é a diferença entre ser adulto e criança?• Você acha que é melhor ser adulto ou criança? Por quê?• Você se imagina adulto? Como você acha que será aos 40 anos?

Permita que eles se expressem livremente e compartilhem suas opiniões e expectativas.Após essa conversa, agende uma data na qual os alunos deverão trazer peças de roupas de um adulto (pais ou responsáveis) para

a escola. Trabalhe com o professor de Arte criando alguns esquetes para que eles representem situações cotidianas de adultos; por exemplo, quando estão cozinhando, dirigindo, atrasados para o trabalho, dando bronca no fi lho etc.

Finalize a atividade propondo uma redação sobre a diferença entre ser gente grande e gente pequena. Peça que também citem no texto quem é o adulto que mais admiram e como se imaginam adultos (profi ssão, fi lhos, viagens). Por fi m, oriente-os a guardar bem sua redação para lê-la novamente quando crescerem.

Inicie uma conversa com os alunos fazendo perguntas que gerem refl exão:

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1. Para responder a essa pergunta, sugira que os alunos consultem o dicionário a fim de descobrir o significado de aumentativo. De acordo com o Dicionário Houaiss (Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2009, CD-ROM), “diz-se de ou grau que acrescenta ao significado do substantivo ou do adjetivo a noção de ‘grande’ ou ‘muito’”. Com base nessa definição, fica mais fácil compreenderem que, ao “aumentar” as palavras, Joãozinho pensava que também se torna-ria grande, mas isso só revela que ele ainda era uma criança muito imaginativa.

2. Além de o personagem principal ser um menino chamado João, ele compra feijões mágicos que se transformam em um grande pé de feijão. Quando o menino sobe na planta e consegue chegar até as nuvens, descobre que lá mora um gigante. Existe, então, um para-lelo com a vontade de Joãozinho de ser grande. Trata-se de uma comparação bem sutil para os alunos, mas é uma oportunidade interessante de chamar a atenção para os processos de compo-sição de uma história: ao escrever sobre Joãozinho, a autora se preocupou com a escolha do nome, que termina em -ão, acompa-nhado do diminutivo -zinho, demonstrando cuidado com detalhes formais que complementam o conteúdo da história. Assim também ocorre com a escolha da referência à história João e o pé de feijão.

3. Resposta pessoal. “E sabe o que fez estrondo na cabeça dele? Um trovão! Ele ficou tão assustado que saiu correndo para casa e se enfiou debaixo da colcha, mas em cima do colchão.”

4.

BONITOCALDEIRAHOMEM

PALAVRASÁBIACHORO/CHORAR

BARULHOCACHORROMANDO/MANDAR

Resposta dos exercícios do Suplemento de Atividades

5.

6. Neste exercício, os alunos devem identificar que as palavras termi-nadas em -inho/-inha estão escritas com letra pequena e aquelas terminadas em -ão estão escritas com letra grande, numa repre-sentação da ideia de tamanho que, segundo Joãozinho, elas de-veriam transmitir.

7.a) Joãozinho tinha muito medo de TROVÃO.b) Para ser gente grande, Joãozinho tinha de falar PALAVRÃO.c) Quando dizia “avião”, era porque João vira uma AVE.d) Para acalmar o filho, a mamãe contou a história do João e o pé

de FEIJÃO.e) Quando cresceu, João virou um PAIZÃO.f) Para ser gente grande de verdade, é preciso antes APRENDER

bastante.

E P A L A V R Ã O C

A B I V N D E P R R

O I A S S E N A T N

F N B E U C W I O S

E Ç P L U A A Z G D

I A I T R O V Ã O E

J R T A D R E O H G

à W C R I E B A Ç I

O D A P R E N D E R

A P S D N D V R A B

CÃO BONITÃO CALDEIRÃO JOÃO SABÃO

HOMENZARRÃO SOLIDÃO SELEÇÃO PALAVRÃO

SABICHONA CORAÇÃO SIMÃO CHORONA BARULHÃO

COLEÇÃO CACHORRÃO LEÃO MANDONA

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