Papa e o Concílio

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..oPAPAE OCONCILIOr. f.. P8SF.aLTypographta Celllr.tl de b R O \ " ~ d: EVA.nISTO, rUI :'\ovo. doOuvfllor ~ a.A.. QUESTOR.EIJIG-IOS.A..-,oPAPAEOVERSO E lNTRODUCODEl, cumpreadvertir que essa machina mais no que uma dependencia deoutro mechanis-moainda mais vasto, mais antigo emais temeroso,-a constituiogeral doroma-nismo.ACompanhiasimplesmentereduz-seaumapersonificaoespecial, a umacon-cretaoparticularmenteenergica do principio ultramontano, que, em todas asinstituies abrangidas nogremiodocatholicismopapal, preside organisaodabierarcbia, e aodesenvolvimento do dogma.Firmar a defesa do estadocontr'aa igreja aggressora na proscripo dessaordem, como medida heroica desalvao publica, desconhecer tres verdadesque a observaobistarica tem tornadoelementares. Primeiro: quetodas as ins-tituies romanas, tantona hierarchia. r,omo na disciplina, como no dogma, comona moral, encerramhoje cmsi, tanto quanto aassociao secreta doLoyola. apropenode ingerellcia invasora no governo temporal; e que, se nessas insti-tuies acondensaodesse principio incompatvel comasociedade ainda se noelevuu talvezao mesmogrude intensidade que naCompanhia deJesus, tambem.por outrolado. certo que, mai diluido neHas, esseelemento ahi. por issomesmo, menos ostensivo, menos palpavel, e, portanto, mais dilficil dfJs mais cl'uoisdenossos inimigo', usmentirosos e falsificadores? Longo tempo andoi cutambemsemousarcertificar-me dessa apologetica dede cegueira, de meia baf. ou, at, de m f, que ambicionaofim, que na bondade do fimacreclita e nasua, verdade, mas que, para vingai-o, socoorre-seao ardil, aomysterio, violencia mentira, feitura de documentos falsos. Ainda uma vez, carece DeLISdestasfraurtcs?)l DO TRADUCTORXLIXtrinal, um manifestosobre os direitos dopapado. apenas umactode adhesoespecial ao procedimentodeNicolu 1 eAdrianoII no confiictoentre rgnacioePbocio, adheso que, particularisandotaxativamente as decises synodicas do papa,implicitamenteexclueas suas deliberaesindividuaes. Considerandocomo orgodoEspirito-Santoobeatisimopapa Nicolu, ebemassima seusuccessor, osan-tissimopapaAdriano, definimos, eestabelecemos quequantopor elles foi syno,dicamente, emdiversas occasies, exposto epromulgado, tanto emdefenso emantenadaigl'eja de Constantinoplae seuswnmo sacerdote, osantissimopa17'ial'chaIgnacio, comoparaexpulsoecondemnaodePhocio, neophytoe usu7'pador, ha dese cumprir eguardar parasempre, inteiro eilleso, nos ter-mos estatuidos. )} (') Salvaficou, portanlo, neste canon mesmo, acoherenciadosPadres, que, confirmandoos dousconciliosgemes anteriores, obviamentereprodu-ziramoanatbemaconlra fIonorio.O conciliode Constana outroobstaculoque oinfallibilismono ha desu-perar Dunca. Seus decretos contraasupremacia papal foramterminanle.. (") cerloque, para negar ecumenicidadequarta equintasesses, nose tmpou-padoaarteullramonlanaadiligencias de nenhuma sorte. Os argumenlos, porm,a querecorre soqual aqual mais falto de moralidade historica edesensocrilico.l\Ianningnotel'epejode allegal' pOl' fundamentosaoparecer, quepropugna,de seremnullas essas decises, anullidade docongresso, aincurialidadeda vota-o,aheterodoxia da doutrina. (oO ')A primeira dessas coarctadaes pecca por inveridicidade. Nulla claroqueno podiaser aassembla nessas duas sesses, quandoos bispos que auma eoutra 'concorreram, e osquenoparteciparamdella, foramexactamenteos mesmosque conoorrerameos que noentraramnas sesses S.", 13.",14." e 15.", cuja ecu-menicidade osinfallibilistasconfessam.Do systemadev0tao por nacionalidades saaudacia ultramontana quei-xar-se-ha. Semelle, os votos da christandade inteira de.sappareceriam, submersosnaenchentedoepiscopadoitaliano, omais depravado, omais ignorantede todos,(') c( DeatissimumPapam NicholaumtanquamorganumSanctiSpiriti habentes,neenonet sanelisimum Hadrianum Papam. suecessorem ejus, definmus atquesancimus etiam quae ab eis synodic per diversa tempora expoita unt etpromulgala, tampro defensioneae slatu Conslantinopolitanorumecelesiae. et summ,saeerdotis eju, Ignatii videlieet, sanelissimi Palriarehae. quametiamproPhotii,neophyli et invasoris, expul ione aeeondemnatione, servari emper et custodirieumexpositis eapilulis immulilata pariter et illaesa.)} LAJJBE : Gonci!.(") ITaee sanelasynodus deccrnil et declarat quoel ipain SIiriluSaneIolegitimeeongre"ala, Conciliumgenerale faciuns et Eeclusiamcatholicaml'epresen-tans, -polestalemimmedialeaChrislo habet. cui quilibet eujusqlle latus vel elig-nitalis, eliamsi papalis exislal, obedil'e teneLu\' in his quae pertinent ad fidemetex.tirpalionemelieli schismatis et reformationern dielaeEeclesiae, in eapileet inmembris ... Quielllllqueelljusellmque condiliollis, stalusel eligLlilatis eliampapal is,qui mandalis et stalulis hujllsSynodi et cuju3eumque altel'iuseoneilii universalisle.gitimcongregali, perlinaeiler obedire eonlempseril, nisi respuel'il, condignaepe-nrtentiae sllbjieialur et debilepunialur. Cone. Constant. sess. 5. LADDIl: Gonc.ed. de Paris 1671, tom. XiI. p. 22.(... )P7'ivilegiwn Pet7'i.P. c.LINTROIl.UCO DO TRAOUCTORmas bastante numeroso para inclinar sempreIrresistivelmente ,as deliberaesconciliares nosentido papal.Quanto heterodoxia da doutrina. esse justamente Qquod p,'obandum.Invocal,a , portanto, incorrer n'uma crassa petio de principio. Accresce quecomtodasessasdeclinatoriasdemterra a coufirmaoexpressade MartinhoV. (*)Asubtilezados que huscamexcluir da ratificao pontificia as duas sessescondemnadoras do ullramontanismo, asseverando no encerraremes es decretosdefinio de f. reduz-se hoje a um etl'atagema, alm do mais, anachronico.Se foi sobre assumpto de f que resolveu, em1870, oconcilodo Vaticano, pro-cessando a infallibilidade ("), consequente que na memajurisdico funccio-nava, quedemateria(iclei resolvia tambem, ha quatroseculos, quando tractavada infallibilidade egualmente, ogrande concilio contanciense. Depois, os quenoreconhecemjuridicidadequinta sesso, no pdem, sensatamente, reconhe-cer validade eleiode l\lartinho V, e, portanto, desCartecortamdesde ocomeodoseculoXVa successodo pontificado romano. (* .. )a decises ecclesiaticas dessa magnitl,lde. sp.riedade e preciso, promulga-das pelo mais imponente synodoque a chl'istandade occidental presencera, e, 15annos depois, repetidas no deBasiJa(" "), que os forjadores infallihili tasatre-vem-se a oppor a impostura de Isidoro, odecreto de Graciano, oPseudo-Cyrillo,os erros historicos de s. Thomaz eos synodos lateranenses, esses, na phrase damais sabia auctoridade theologica do seculoXIX, verdadeiros (..... ) concilios(.) c( Quibus sic factis sanctissimus domious nos ter papa dixit. respondendoadpraedicta, quod omniaet singuladeterminataconclusaet decreta in mate-riis (idei per lJmesensconcilium conciliariterteno,'eet inviolabiliier obsel'val'evolebat etnunqttamcontrairequoquomodo, Ipsaque sicconciliaritel- (actaapp'/'obat et ,-at'i(icat, et nonalitel', nec aliomodo. LAIJIJE: Conc,XII, pag, 258.(.. ) cc Divinitus ,'evelatumdogma esse de(inimus. Pasto,- ceternus, IV.(*") Oraciocinio de Gladstone: Ao papa l\lartinhoVo poder de confir-mar provinha-lheda sua eleio peloconcilio para a cadeira papal. Oconciliotinha odireito de eleger, porque vaga estava a sde. Vaga etava a sde, porse haveremdepostoos dous pontifices ri vaes, e resignadooterceiro; visto como.sejantes existia ell'ectivamentea vacancia, ento desde oscisma de 1378 nohavia papa. - supposio que lIemde umnemde outrolado admittida. l\Jas opoder do concilio para estabelecer a vaga era consequencia do principiofirmadono decreto da quinta sesso, Chego, portanto, a este dil'emm,\: ou pela confir-maodo papa era plenamentevalido esse decreto; ouMartinhoVno erapapa;e, neste caso, os cardeaes por elle nomeados ou conll rmados no el'am cardeaes,no podiam,validamente eleger-lhe osuccessor, Eugenio IV, e, pois, a successopontilicia cesoudesde ramota data noseculo XV, asaber. ha mais de 450annos. Vaticanism. London 18i5. Jll; pag, 59 - 60.(.... )A auctoridade canonicadoconciliode Basilaestsellada coma sanco,explicitaou implicita, mas indiscutivel, de tres papas: EugenioIV, que, por umabulia (15 de dezembrode lH3), approvou ter aquelle synodo, emviolaodeoutra bulia. anterior, desse mesmo pontifice, que odissolvera (18 de dezembrode 14.31). proseguido em suas sesses; AdrialJo IV, que mandou imprimir emRUl1Ia. essa decisu; o PauluIH, quecomsuaannuencialegitima o livro deUgolli,bispo deFamagusta, onde a mesma ida se doutrinava.(***U) Doellinger. Ao illustresacerdoteallemo pretende, hoje, o infallibilismorecusar at os fros detheologo. Mas a opinio universal e a venerao da curiamesma paracomelle, antesdo concilio, pulverisamessapetulante injustia. Em25de maiode 1868, ocardeal Schw. Cap. XII, pago 82.(....) SilvestreH, Epist. adSeguin. Senon.: Constante,' dico quodsi"0-mambSepiscopusin(ratl"empeccaveJ'it, sep'iusqueadmonitus Ecclesiam'l'IonauderU, hc, iaquamRomambs EpiscoptMpn}lceptoDei est habenduss'icutethnicuset publicanus. IISi infi'atrempeccaverit. Se contra seu irmo peccar. Evidente , pois.que dI} todose no Linha ainda esquecidoemRoma essa intima connexoentreaf eas obras, que adisLincoescolastica entre ainfallibilidadeeaimpecca-bilidade, conciliandonos papas aassi tencia intellectual doEspirito Santo comapracticadas maiores enormidades moraes, baniu da orthodoxia, mas que s.Paulo to claramente estobelecia n'aquilIo seu: (l Confessam aDeus, mas ne-gam-u'ocomas obras; porque sol, dizia oarcebispo deParis, noseusolido discurso, em 20 de maio, no concilio, certo que etaquestosalta,nos hojepl'epostm'amente (hol's detour), contra a ordemnatural eJogica, oque acarreta uma predisposio avessa causa emsi mesma; porquanto1.0dever-nos-hiamwbmettel', edeixardiscutir antesoresto do scbema da f, sobreoqual tobemjse ba disputado, quo ainda vos ho-de estar pcsentes me'moria os argumentos de uma e outra parte, e, pois, menos arduo vemaser oexame definitivo; 2,0 o schema da igreja, por mais que digamo impressoeoreiatorioverbal, ouainda padresdo concilio, nodeve, tJmboalogica, p?'in-cipial' definindo () P?'imaao, por isso que nenhum dos auctores do primitivoschema. nemtheologo nenhum, dos que tmdiscorrido desteassumpto, procedeuassim, Ecerto, emfim, que o prematuro exame dessaquesto, encaradomesmoaoaspoctoda ordemprimitiva, longe de augmentar a honra devida santa s, traz,lhe verdadeirodamno, Defeito, se, pela constituiolofultiplices inter, bo-d etransmittir-se os postulados a .uma congregao particular, que sobree lIes faaumrelatorio aosoberano pontifice; e, seosoberano pontifice pde admittir, ourejeitar as concluses desse relatol'o; oque sesegue que, entabolando a ques-to da infallibilidade, e sujeitando a iniciao della aosoberano pontifice, osauctores dePostulatumleva?'iampublicamente o Padl'eSanto a estatui?', e,'esolver na P?'op?"'ia CatMa, PO?' umpl'ivilegiopessoal, como quesemel'1'Opde-sedizerqu,e no asseisto magestade, se quelheno i?Toga'riamg?'aveaffronta, J)(,,) cc Comoesquecer as ameaas contra os bispos orientar.s, odespreso in-11ingido igl'eja catholica chald3ica, as vlolencias perpetradas contra ovene,rando patl'iarcha de Babylonia, contra oarcebispo armeniode Antiochia, redu-ZIdo, por fim, a impetrar a proteco da Frana, e contra tantos outros? Comoesquecer ovil enredo urdido contra o arcebispo de Oran, no qual nemsequerde falsificar papeis houve escrupulo? Como esquecer esses oreves pontificios,approvadores e instigadores dosfeitos e proesas dI> partido ultramolltano, e essasallocues onde o proprio papa desenhava os bispos opposicionistas etodos oscatholicos liberaesjacomo pedreiros livres, j como inimigos de quemrecebessetractos eguaes aos dosjudeus contraoChristo na paixo? Como esquecer esseterror exercidoat dentro em Frana, ao ponto de nemos homens de mais in,depondencia pela fortuna e posiosocial, comoo duquede Broglie, ousaremsubs,crevor seus pI'otestas, por moderados e r3sptlitoso que fos em?Eemcondiesanimam,se ainda a [aliar de liberdade I Eu atrevo-me a affirmar que umasimples assembla politica, fosse eivada embra do mais avi!tante servilismo,annullaria qualquer decreto formulado sob semelhante pl'esso, Sim, comceI"teza, uma assembla turca respeitar-se-hia mais asi mesma,Il MICIUUD: Plutt lamOl't ledshonneu". Paris, 1872, Pag, 22, -(") NQdi(l !lemaro, WALI.Oi'j'; vrit sW' Q?'Icfle, 46,LXIIINTRODUCO DO TRA.DUCTOlldeFm'ado Vaticano, Ludibrum Vaticani; e os vindouroli, como os con-temporaneosimparciaes, naexpressoexacta deum(( que nomentiu, massoluounotravesseiroda morte ('), na expressodo padre Gratry (,.), diroqueoconciliodoVaticano (( principiou por uma cilada,. eterminou comumgolpe cieestado. Afalsificao, ha tantos seculos exercida systematicameute' sobreas fontes dalilteratura ecclesiastica, empregou-se, comdestemida implldencia, at nas actas doconcilio vaticaneDse, eo mais audaz dos estellionatos completou a fraude mille-naria da propaganda ultramontana. Por uma interpolao, que est hoje authenticada com attestaes irrefragaveis, a frmula votada na ultima congrcgai;oglJral em termos que no deixavam clara a i11falli.bilidade pessoal do 2Japa,inopinadamente, no dia da proclamaosolemne, apresentou-se comum subrep-ticioaccrescimo, que estabelece emsua plenitude absoluta a doutrina infallibilista. (... )Vicios radicles assim,moraes dessejaez nocomotardioe emmuitos casos ambiguo (.... ) preitodos bispos rescipiscentesque sehaviodclustrar(') Palavras do PADRE JACYNTIlO: L'ultl'amontanisme et la Paris. 1873; pago 25.(,.) V. PADREJACYNTBO: Rf. cath., pago7'1 e 120, assimcomo WAtLON, Lavr. SUl' le conc.. pago 9.(...) Aultima congregao geral deu-se aos 13 dejulho. Aredaco aessetempoadoptada exprimia que (( as decises do pontifice romanoso desi mes-mas 'refm'maveis; Romani Pontificis decisiones ex seseirl'eformabilesesse. Semquehouvesse mais deliberao nenhuma ata grandesolemnidade, que elrectuou-se em1.3 dejulho. afrmula. quenesta sesso appareceu, detal modo, entretanto,setransformara, que as definies pontificias Ilcaramsendo (( irreformaveis POI'simesmas,neTopeloconsensoda igl'eja: Homani Pontificisdecisiones exsese, 110nnutemexconsensuEcclesiaeirrefortllabiles esse." (PIlESSI;N: Hist. cluConc.du Vatic., pago 315-316, WALLON: lA. v?'. su1'le conc., pago 2H-30).Esse?lOn a'!6temexconsensuEcclcsiae era o que a curiano ousavaaventu-rar na discusso. (( Excluis, ou no, oconcurso dosbispos?" perguntava Darbo)'.(( Dizei-o, se que sois capazes." Ae'sa interpelluo os forjadores da meu-tira dogmatica respondiamcomas e,'asivas habituaes ecoma frmula primitiva,quedeixava irresoluta aquesto. Foi essa duvida queoinsidioso additamentoveiocortarpelaraiz, depois que odebateseencerrara.(( Semelhantesubterfugionon'o crt1riamosnunca ", diz Pressens, (( se ofactono fosse tesLilicado pelo doutor Friedrich, na sua carta justificativaao arcebispodeMunich. Eis oque elledeclara: (( lia nodecretoda infallibilidade uma inter-polaono discutida pelo concilio-no11. (lutem exEcclesiae-, que,entre aderradeiracongregaogeral, a12 de julho, easessopublica de18 dessemez, amaioriaintercalou. Todavia, monsenhOl', vs tornastes aMunich semsaberdesta circumstancia, e ao homem de todos t.o venerado, a quem, comoa mim,lanastes aexeommunho maior, aoconego Doellinger, pedistes explicaes a esserespeito." Gp cit., pago316. Veja-se naintegra essa brilhante esbia defesa dovelhooatholicismoUvlen;l.Oria doprofessol' d?'. li'r'ied?'ich, acerca dasua eXC01n-mUI1hc7o, aoa?'ccbispode:Munich Freising) noimportantissimo livro LI? c011.ciledu Vaticanct mouve1'l1ent anti-illfaillibiliste6n 1 voI. I3ruxlJlles,11171; pag, 33-48. Otrechocitado acha-se pag, 33.,....) Tal , por exemplo, odeDarboy, que, empllrase, comoponderaWallon(Gp. cit., pago 34), exactamente idllntiea (( de que serviu-se Luiz XVI adhe-rindoDeclarao dos Direitos, que na sua consciencia reprovava", escreveu adherirpuraesimplesmenteaodecretode13de julho. 1>(( Acaso", prosegueDarboy, dirigindo-se, em2 de maro de 13l, aPioIX,(( pllrecersuperlluaqepoisdanotaque, emharmonia commuitoslN'raonuco noLXIIIou delir. A. geraocoevatemolhos paraver; ouvidos para ouvire senso para sen-tencear; a posteridade, paraill ustrar-se, ter os registos positivos e coetaneos doacabamento deste crime secular (') i e a f, ao menos a f christ, no , nemser nunca, essa ignobil divindade, cega, surdae muda. a cujaconsciencia acepo dos factos deante deUa mesma occorridos no possa chegar seno demu-dadaatravez dos prismas ultramontanos.O tribunaldaraso humana. comos meios de julgar de que dispe, temo di-reito de negar credito. e ha de negalo, a esses actos de rescipicencia apparente.abruptos, instantaneos, inauditos,. emque opiniesaturadae sabiamente refiectidasexpostas, fundamentadasemtrabalhos scientilicos ouemdocumentos solemnes, comaenergia da convicoe ocalorda f, repudiaram-se danoitepara odia, emho-menagemao principio victorioso, omnipotente. senhor das dignidades omciaes edos proventospecuniarios. infiuente nas almas, privilegiado nosoramentos, e, nahierarchia, soberano.As daprimitIva orthodoxia catholicae da auctorldade episcopalcontra a autocracia pontiflCia. essas eramlances de nobreza e coragem, de cujasinceridade operigo imminente por ellas aos prelados recalcitrantes no deixaduvidar i porm, e por issomesmo, as retractaes elo diaseguinte, sem. sequ er, aintercalaodo tempo coma sua inl1uencia lenta nos animoso nemnenhumfactode ordemintellectual ou moral que explique semmescla de impureza no esp i-ritoelos conversos a elaborao e novas convices oppostas s da vespera, essaseollegas meus, tive a honra de entregar a vossa santidade, em16 cie julho; masbastaserdo vosso apTazimelJto, segundo me escrevcm, paraque eu ofaa comprazer, mrmente nas circumstancias queatravessaes.Logo, a adheso de Darboy encerra-se nos limites da nota de 16 de julho,Ora, nesse papel dizcomos outros 54signatarios(formaes palavras) : Co-nhece opublico e vossa santidade, como o mundo inteiro, os nossos sulfragios...De ento at aqui nada sobreveio, que modificasse o nossojuizo; antes, nume-rosas occolTencias obrigam-nos a no mudar de parecer; pelo quedeclaramosj-ellO'lial' e confil'mm'nossosa'ltterioj'es votos. Reite'irancioG1ssim. pOJoesteescI'ip-to, osnossos sufrra,gios, determinmos de 1oassistir sesso publica, queha dehaver aos 18 deste mez. A piedade filial e o respeito, que ainda ha pouconos prostraram aos ps de vossa santidde, no permittem, de filito, que,em negocio que to de perto interessa apessoa de vossa santidade, pronun-ciemos desenganadamente e em rosto a um pae: Non placet.Portanto, em ultima analyse, essa acceitao do decreto de 18 dejulho,acceitao enunciada sob a reserva do voto c:-.:presso no protesto de 16, nopodia importar a acceitao do dogma, que essc protesto perp.mptoriamenterel'cllira. Era apenas um acto de respeito pessoal ao pontifice reinante;tanto que. ainda poucos dias ;lntes do seu martyrio, dizia Darboy ao padreJa-cyntlio: Esteno temoalcance quelhe attribuis, e, naesseneia. noc7eeidenada. J) Refonneeaholique. pago 119, not.(,) Duas graves questes erguem-se aqui. Essa maioria que delibera, nascondis expendidas por ns. entre as excitaes que apontlllos. e sl)b urnapressosuperior que ninguem pde contestar,-essa maiol'ia livre? Elivre,quando, ainda antes daluz e da emcacia das santas deliberaes conciliares, de ter ouvidu piei Leal' acausa, eUlpenhou deCtH'to modooseu votocoma suaassignatura, e tornou-se parte na lide, emque,h,a deserjuiz? SerIl\'I'e tambema minoriaante a presso exterior e inte.,tina? Elivre esseconcilio?O pretensojornalismo religioso responde: Sim; porque, diz elle. livre tudo,onde.opapa livre. Mas a tneologia e os publicistas sinceros respondem: No;eofuturoencerrao reconditojuizo da posteridade. La libelt. du cone. et/'in(ai7l'ib., IX. FnmnlucH:Monumenta, 1 Abt.; pago 186. .LXIVTROOUCO DO tU.OUeTOllretractaes significamapenas, na crne da igreja romanista, emumgru de ex-pansojporventura irremediavel, ogermen fermentativo da decomposio senile da morte.'Comtal fraqueza os nomes dos bispos que no collaborado na tnstecabala conciliar eliminaram-se do rol dos vares illustres dasociedade christ,onde a virilidade apostolica dos seus protestos anteriormente os inscrevera. Masos monumentos dessa desapprovao, que, em tantas manifestaes consecutivas,lhesproromperadasconsciencias, hodeperdurar, emquantodestestempos houverlembrana, como indestructivel testemunhoda genuina eantiga f catholica ato penultimoquartel doseculo XL.'{.Os thesouros de critica, de erudioe degenio, to brilhantemente ulilisadospor elles, antes da desero, emdefensa da boa causa, nobasta o meculpda timidez ouda ambio para anniquilal-os; porque a scieo'cia, quenodesbarataparticula alguma aproveitavel do continuolavorda humanidade, os hade apurar,e aggregar a esse grande e progressivo cabedal anonymo, que. de edade emedade, por successoiniuterrompida, vaesetransmiltindos geraes, Eahistoria,II luz que esses desinteressados esforos, comto pusillanime volubilidade rene-gados agora, accrescentaramli intelligencia e sabedoria commumdos homens,deixar cair, smente quanto baste para evidencia de uma lio indelevel, oreflexo carregado e severoda sua justia sobre a memoria dosque, naaspera,mas merecida, phrase dos Padres da igreja, voltm'am. humilhados e mudos, aoseuvomito. (')Oque boje, pois, no tolera duvida sensata q ue os interesses te!IJporaes in-vadiramat meduUa a igreja romana, e que a jerarchia catholica. l!.9 preseute,constitue uma vasta associaopolitica, amolgada por uma disciplina ultra-militare por uma organisao maravilhosa a umabsolutismo Odogma conver-teu-se emmeio de governo, perdendo assimaquella magestosa invariabilidade,queera osignal da sua origem divina. (" ')De virtude sobrenatural, que se reputava, emsua proeedencia, e de immu-tayel, portanto, na sua sde, noseu conductor, no seu orgam. a infallihilidadepassou a simples instituio humana, cujoorgauismose vae tmcando como tem-po, comos eventos, comas modifiGaes sociaes. oque obviamente se com-prova comas proprias defesas da qmnipotencia papal. oque resulta de umanotavel confisso recentemente articuladapelo sahio, pelo mais sincero, pelomais venerado professor do catholocismo pontificio, ooratol"ano Newman, que,comsingular candidez, reconhece, na allctoridade assumida agora pelo papa, a(') ({ Dtut intentio proponllntiumSchema optima fuerit; illi tamen qui, sinecolumiJae simplicitate, qu,le avitam fidemsine novilatibus servat, et sine ser-penlumprurlentia, 4uae perieula et damna prrecavet, doctrinam istam Concilioimmiserullt, celel'no jtuliCt ele maUs, quaesecultwanOn di1/1culter l)7'Uevitlenlur,si acl elefinitionemnihilomiILusp,'ocede"etUl', ,espondelmnt. l) Cardeal SC[lW-Synops'isanaZilticaetc., n.O9. V. FIlIEDRCH: l1onumenta, 11 Abl.,. pago(116) Christi Ecclesia, sedula et cauta apud se dogmatumcustos, nihil in iisunquampermtttat, nihll minttit, nibil addit. VICENTE DE LEllINS: Commoni-toriwm, c. 32.U..TRODUC.A:O DO TRADUCTOI\LXVauctoridadeoutr'ora incumbente jerarchianicena('), e .dessa jerarchiaecumenicadoseculoIV)l aponta-ocomo succes,or por commisso. I) (")Quasi mil enovecentos annos transpozacommunidadecbrist, semsuspeitar'essedogma, que, todavia, tinha devir aser oprincipio fundamental da f ca-tbolica)l, ipsumfwndamentalepI'lncipium catholiccelidei acdoctrinrze. )l ("')Eradezenoveseculos depois doCbri,loque haviamde inventar isso, eficar es-sencialmentetravada crte romana a unidadetbeologica edisciplinar da igreja,que, nocomeo, deveu aexis1encia auma vivaz democracia religiosa, eque, doIV ao IXseculo, foi obra quasi exclusiva do 01 iente, onde, nesse periodo,junctaram-se todos os concilios gcraes, acujos canones ooccidente curvou-se,posto nel1es aSila compartecipao fosse quasi nulla (....), eabsolutamente des-conbecidoosummopontificado romano, aoqual, durante osprimeiros seiscentosannos, nenhuma igrejaSe filiou seno s6mente, pelos fins do seculoVI, asno-nia. (.....) .Oque, no seculo IV, no foi mister para que a integridade catho\ica re-sistisse aodiluviodo ariani,mo; o que. no secnlo V, nemsesonhou durantealucta pelagiana; o que, no secnloXVI, dispensou-se na formidavel campa-nha da reforma; essepreservativo, que emnenhumseculo, antecedente ou subse-quente queIla grande revoluo moral, passra por necessidade () contraheresias, scismas, insurreies intestinas aggressivas substancia ou s bases daorthodoxia, veioaser, agora que quasi dous miIlenios de umaexistencia robustadeviamter granitadoocimentodo edificio, recur. ourgente, imprescindivel aFmadefTensiva eolJensiva, contra que'/ Contra aconstituiodasociedade moderna,(') That which in substance tOas possessed by the Nicene Hiel'01-chy,that the Pope claims nO\V.)l Aletter tohis (h'acetheDukeof Norfolk, pag.21.(") cc I say then the Pape is the hei!' ofthe Ecumenical Hieml'chy ofthefoulthcentury, as being, what I 'mar call, heir bydefautt. )l Op. cit.,pago 26.('U) PioIX, em28 deoutubrode 1870, aoarcebispodeMunich.() GUlZOT: Histoi'rede laCivil. en France. Ed. de1846. Tom. I, lioXII,pago 321. Esses concilios foramode Nica (a. 325), com315 orienlaes e3oe,cidentaes; odeConstantinopla(a. a81), 14\1 orientaes e1 occidental; ode Epheso(a. 431l, 67 orientaes e 1 occidental; odeChalcedonia (a. 451), 3:,0orientaes e3occidentaes; os dous de Constantinopla. em55a, com158 orientaes e6occi-dentaes: eem680, com51 orientaes e5occidentaes. Ao todo, 1.1 09 dooriente,edooccidente 19.:..... ) Dest'arte, nooccidente, s6a igreja anglo-saxonia deveu, noseculo vn,aorigem igreja romana. A Ilalia, a Hespanha, as Gal\ias christianisaram-sesemo concursodo papado; suas igrejas noprendiam-se deRomapor nenhumafiliao 'ligorosa : eramirms della, notilhas. )l GUIZOT: Op. cit., Tom. II, \i.XIX, pago 98.(......) AinfallibiJidadepessoal dopapa .... conslitueuma instituio, nodecerto maior que o poder do. OmnipLltente, mas, comcerteza, bemprodigiosa, emais estupenda que, a infallibilidade da igreja inteira. Por.queha deser (e i s . ~ o que ha-de pa!nnal' os fieis) que eSSlJ privilegioimmensoseja aquelle cujadeJinioli, conforme da historia se collige, menos precisa (desde que aigl'ejaduraI/te de.zoito secutosa no cal'eceu) , ecuja certeza, entretanto. aomesmotllmpo, est menosbem (i?'mada que a infallibilidade da igreja mesma, aqualfoi sempreartigode f, ao passoque aquella nuncase pl'ofessou na igreja comodogma?I) MONSKNHOR DUPANI.OUP: Pastol'al de II denovembro 1869.P. C. INT. 9LXVIlNTRODUCO, DO TR'ADUCTORisto, cODtraumfacto exterioraocatholi,cismo, mas favoravel atodasasaspiraeslegitimas delle, tanto quanto a todas as legitimas aspiraes individuaes, sociaese moraes, cujosmovimentos deixa desafogados no amploseioda liberdade, comoaas orbitas estellares na amplido infinita doespao.Pra os homens de estado, hoje, portanto; mais srio, mais fecundo emaisimperioso objecto de cogitao no pde'e.xistir doque-essa evoluo historieado principio da auctoridade na igreja romana, desde as eras emqUIl ochris-tianismo, assimno tocante ao dogma como no pertinente disciplina, estava ex-clusivamentesubmett.ido aos deeretos conciliares' ('), at accesso gradual dopapado ;-as relaes dopontifice romano comessas assemblas parlamentares domundo catholico; - a recentesubverso, nasociedade ecclesiastica, do governorepresentativo, nascido no cenaculode Jerusalm, florescente nas grandes epocbasdaf, reconhecidoaindanosynodo tridentino(H) por Pio IV, quedefendia fallaremalli da sua auctoridade n, defiuir fosse o que fosse semoassenso 'dospa-d?'es ('''). e substituido, agol'a por uma tyrannia, que, traando avassal1ar aomesmosceptroocue a terra, rebaixa os bispos, de irmos (" :, aservos' dopapa, avilta os fieis a uma idolatria tanto mais perigosa, quanto est velada comhypocritas exterioridadesespiritualistas, e, entreos deveres do cidado e a con-do crente, levanta, comoobstaculosdivinos, a impostura dos seus inven-tados dogmas.Nesse trabalho, porm, que ofuturo da nossa descendencia est desde agorademandando aos espiritos intelligentes epuros, afimde queao labor subterraneoeindefesso dos gastadores clertlaes opponba-se efficazmente pelos amigos da li-berdade, vigilautes, infatigaveis e resolutos. a contramina secular e christ, re-leva complet.ar oensinamento do prterito coma expedencia actual, a sondagemda historia comoexame da doutrina vigente, a analyse do ulLt'amoritanismo na'sua genealogia, nas suas antecedencias, n1). sua condemnao historica, na suaformao, na sua cdade, noseu crescimento, na sua madureza, coma patbologia(') O govel'Dogrral da igrejan, diz Guizot, alludindo aosecllloV, es-tava de todo em todo, nessa epocha. entregue aos concilias-concilias geraes,nacionaes, provinciues.-Eramel1l's que enttlndiamnas questes de f e diSCiplina,nos processos de bispos, em todos os grandes e intrincados negocias da igreja. nHtst. de lac, v. en FI'., ll. 11L. tom. I, pago 88. (H) Nesse synodo ml'smo disse o cardeal de Lorena ser Lo certoque oconcilio superior aopapa, quanto certoljue oVerbo se fez carne: itaverumest concilium esse sUP?'(t pltpam sicut 1:e?'um est quod Vel'bum caTOfactum(.. ,) PALLAVICIN1: Hist. do cone. deTj'ento. Compare-se essa discrio deRomaainda no seculo XVIcomavaidosajactancia das alJocues papaes em1870.Eu sou n, dizia al1i Pio IX. eu souopapa, ovigm'io deJesus Chl'isto, ochefedaig?'eja cathulica. n(Alloe. de9 dejaneiro). Defender a verdade comovigm-io de Christo, IJ no ter medo I Meus Hlhos, nao vosnlfusteisdemim.Aeostae-vos a mim, eslue comigo, un'i-vus aovigal"io de Jesus Christo! n (Alloc,de.Hde maro), Latradiziul'le sonio.n (PlO L""{ ao curdeal Guide, emjunhode1873.). ('H) Lembre-teque a igrejaromana, dequeDeusteinstituiu chefe, me,no domi nadora, das igrejas, e que tu s, niosenho?" dos bispos, mas umdelles. n S. BERNARDOao papa Estevam 'UI.JNTRODUCO DO TRADUCTORLXVIIdessa peste pag, sua natureza, tendencias reaes, seus artificiosos subter-fugios.Outro alvedrio no ba de se desilludir essa perniciosacredulidade, que.ainda emestadistas de alto entendimento, deixa suppOrnas conquitas transitoriasda diplomacia ou nos antiquados do regalismo competencia, efficacia,vitalidadebastantes paraa soluode umproblema cujas raizes poderosas im-mergemfundo nas almas e nas instituiessociaes.III" I amconfident Lbat ii aS!Slem50 radicalJy badisto be mad. or kept innocuous, lhe Arst condition forauaining such a resfill is thel itJmovements sbouldbecartlully watcbed, andl abov! ali, that lhebatel onwbichO\IYworkshouldbeunllmchinglyexposed.GI.ADST. : - Valic" I, pag.16.Roma nemsempre, nempor toda a parte, nemaos olhos detodos traz des- Icobertaem6ua extensointeiraas suas pretenesusurpadoras. Nosinnumeraveisorgams dessa terrivel propaganda, a linguagemvaria emmatizessabiamentegra- .'duados as circumstancias, as situaes locaes, ao genero dos leitores, desde asob:as massias destinadasaosprofissionaes, onde os canonesorthodoxos ostentam-sena suacrueza intoleravel aos leigos, at os escriptos petulantes na invectiva eevasivos nasubstancia, com quese nutre otiroteio quotidianoda imprensa, ouos cathecismos, emque nas escholas obscuramentt: se propinaa puericia incautaovenenomystico, e os opusculos devotos, emqueo fanatismo, sobsuasrrmas maisparvoas, inficciona e brutalisa poucoe poucoopovoignorante.A acaracteristica essencial da politica ultramontana, politica emcujo seioa religio doChristo sossobrou, e desappareceu. deixando apenas superficie, e, ainda assim, sacrilegamente adulteradas, as feies ostensivas, ovocabulario, as frmulas eorito. Adversaria implacavel de todas ascons-titutivas domeiosocial onde respiramose vivemos, assume, todavia, osemblemasqueridos, venerados esa ntos dos grandes principiosmodernos, para deslealmenteos immolar nos seusaltares impios. Apregoa-se propugnadora da liberdade; ealiberdade aquearma aliberdade monopolisadapela jerarchiapapal. (.) Inculca-seamigapovos; e, invariavelmente confidente. patrona, panegyristade todasas tyranniasabominadas, retrogradas, infames,-aopassoque, deumaparte, dermeogoverno popular de Juarez, excommunga a Italia livre e tolerante, trans-torna comoseuproselytismoturbulentoa prosperisIade constitucional da Belgica,-por outro lado, abenoa oregimen odioso de D.emPortugal, de Fer-nando VII na Hespanha. de FernandoI oII em Napoles; solapa, embeneficioda bandeira branca, arepu blica franceza; galardoa comarosa de oiro as torpezas(.) L'gliseseuledoUtrelibre. I) Omvers, em30 demaro de 1853e31 de marode LXXrNTRODUCO DO TRADUCTOIlde "Izabel 11; ecomas suas sympatbias aviventa ocarlismo esteril esanguinario.Acivilisaoe oprogresso, tambemo ultramontanismo osaobela, sim; mashodeser o progressoe acivilisao sombradatheocraca, noregimen daedade mdia,comos impostos forados e perpetuosda dizima, ascorporaes de omcios (."), osescandalos do fro privilegiado, as garantias sacrlegas do direitode asylo eoexclusivismoanti-clll'isto do cultoomcia!.Esta duplicidade romana a tradio, a necessidade, a lei da igreja papalnos seus actos, no seu credo, nos seus programmas, na doutrinao, orneial ouanoJJyma. dos seus missionarios, incognitos ou declarados. D'ahi, entre as pessoasno costumadas a essa' classe particular de estudos, frequentes enganos, idassingelamente erroneas ou profunda indifferena a respeito da hodierna tbeologiaclerical. Ortulo de theologia, que trz, indul-as a crl-a e!fectivamente a syste-matisao da doutrina revelada, a scienciade Deus, das almas e da vida eterna.Umolhar, porm, mais perscrutador, tenaz erefiectido. s profundezas da dou-trina que hoje constitue a intima estructura de toda essa theologia, a saber, adoutrina infallibilista. oque bastar, para premunir os descuidados, evidencian,do-lhes queessa intitulada auctoridade sobrenatural, e, portanto, os seus oraculos,mais novemaser que mras creaes terrenas, inventos deumo politica mun-dana tendente explorao da sociedade inteiraa bemde umabsolutismo, que,comointuitode fazer-se eterno. quer, como todas as idola'triase todasas Oppl'es-ses, estribar-se emorigens celestes.Arendioincondicional da igrejaao papado logopela mesmacontextura daifrmulas claramentesobresae nos decretos de 1870. Odireitode definirsou-se inteirodoepiscopadoaopontifice. Visumest Spi?'itui Sancto et nobis (' ').diziamos primeiros christos, no concilio deJerusalem. Sancta s1jnodus defin-vit .. Universumconciliumdixit.. Abuniversi5epscopis dictumest.. Placetuniversis episcopis: taes eramos textos expressivos da auctoridade legislativa,dogmatica, na christandade, por esses tempos. em que, confessa um extremadocanonista ultramontano, a concluso das materias, nos diversos concilios, tocousemp"/l aoconcilio, emcujo nomesubscrevia-se. ("') Sobessainspirao, sobojuizodos bispos, episcopis judicibus. foi que se decretaramas constituies deChalcedonia. Os padres desse concilio, como os deEpheso, era aflirmandoosen(0) Um dos mais famosos representantes do ultramontanismo em Frat;la,: omais eminente membro desse grupo que o reconhecimento enthusiastico daseita distinguiu como titulo de novoscl'Uzados (LeMonde, do 24 de agostode 1874), osr. de Mun, interpretava, em 1873, acerca dessafossil. ojuizo. da orthodoxia romana incri veis termos: Nous aussi. sacl)ons em-baucher les ouvl'iers, arrachons ceux que la corruption n'a pas encore atteiotsaux: sinistresprdications dessclaires debas tage ... Montrons-Ieur ce qu'taientces corp01'ations, ces confrries, (II) l'ouvl'ier, sous ['oeil du maitre, sous laprotectiohde soosaint patron, sous I'gide de Dieu, "l'ivait heureuxet hO,nOl' ...Apres la constitutioncivile d'u clerg. leplus gl'andcl-imede laRevolutiOnestd'avoiraboli les C01'po1'ations;ii importe quelesouvrierslesachent, I) .(National,de 27 de agosto de 1874).(H) Act, XV, 28,(H_) ANDR: Ooursalph. et mth. de d?'oit canon, V.o concile. Tom. II,150.I:'ITRODueO DO TRJ.D.uerORLXXIpoder real dedefinidores da f que assignavamas resoluessynodaes: definienssubscripsi.. subscripsi pronuntians cum sancta synodo. (.) Omais notavel,porm,estemque, noproprioconcilio de Trento. ondealis sem duvidanoexistiamais aquella tempera adamantina, aquella pureza religiosa. aquella altivezaapostolica do primiLi vo sacerdocio christo, a auctoridade episcopal, todavia.no abnegara ainda opoder legislativo emproveito deRoma. Aredacodosproemios, afrmula da promulgao era. neste sentido. terminante: Sacro-sancta)) (resava). CEcumenicaet Gene"alis TridentinaSynodus. inSpirituSancto legitimecongreyata, prcesidentusineaeisdemApostolicceSedis Le-gatis . .. haecstatuit, fatetLw, decla"at, decernit, interdic-it.)) Enestaconfor-midadeasua legislao, publicada emRoma. erasignificativamente apresentadaao mundocomoobrado concilio: Canones et decreta Sac"osancti CEcumeniciConcilii T"identini.Noconciliode1870. porm. a face das cousas, comoa sua natureza intrinseca,alterou-se absolutamente. As constiLuies alli noso mais acLos do concilio,mas Lo smentedecretos pontificios. proferidos. publicadosnoseiodeli e : C'.ms-tituNoclIJgmaticade ficle catholica EDITA lNsessione terliaSacrosancti CEcu-menici COllcilii Vaticani.. Constitutio dogmaticaprima de Ecclesia ChristiEDITA I:'l sessione quarta Sacrosancti CEcumenici Concilii Vaticani. Noda assembla que os decreLosemanam: a assemblasimplesmenteadhe,'e: sacroapp"obante concilio. O legislador do dogma opontiflce. no cornopresidentedo synodo, mas nasuacapacidade individual. personalissima, absoluta: Piusepiscopus. sel'VUSserVOl'l-'?n lJei. Sobre ocODcilionullilicado ala-se, radiantena suaindelinidasoberania. aaucLol'idade pessoal dopapa, de cujo pontificadoaassembla synodal apenas umaccidente: Pontificats nutri annoXXV.Esse avilLamento no podia passar despercebido ao episcopaao catholico.Elleo viu, denunciou-o. e. anLes desuaqueda, repelliu-oemaecentos de nobreclera. Quereriamentoque o vindouroconcilio)), bradava o bispodeOrleans. pronunciasse um decreto, que de oravantesupprimisse. ou amesquinhasse osconcilios? que os bispos mesmos decretassem, por assim dizer. apropriaabdi-cao'l)) (.. )Todosesses v ~ r o n i s protestos. porm. tiveramde emudecer; e obispodeRoma. promovido a bispo directo da catbolicidade inteira ('''), poude, noapogeudasua glol'iJicao, perante osbispos. cumplices doproprio rebaixamento. guardasinfieis do deposiLo sanLo. canes muti, nonvalentes latrare (.... ). delinir \lUemesmoasua supremacia infallivel: Decreta et canones. qui in ConstituLionlJmodo lecta continenLur, placuerlint omnibus Patribus, duobus exeeptis (..... ),(,) DUP,UJLOUP: Lett,.eSUl' le(ut. conc. cecum" pago II.("') DUPANLOUP: Pastoral de 1l denovembrode 1869.(",) Docemus ... hanc Romani Pontifjeis jurisdicLionis poLestatem. (jucevereepiscopalis est. immediatamesse. )} Pastor ceternus, C. UI.(....) Speculatores ejus ereci omnes. neseierunt universi; canes muti nonvalenLes laLl'are, videntes vana. dOl'mlenLes eLamanLes somnia.)) ISAIAS, LVI. 10.. (..... )Essas duas excepes immorLaes foram o bispode CajaZlo, e l\ihor,FILzgerald. de Little-Rock.LXXIIINTRODUCio DO TRADUCTORnosque, sacroapprnbante -Concilio, illaetiIIos de(inimus. et apostolicaauctori-tateconfirmamus. II l')Presumivel, forlJso, inevitavelmentelogico era esse facto singular. Os pre-lados, aquellas almassubjugadas. queento. na faustosa ceremonia, estrugiamdeapplausos anave colossal de s. Pedro, notinham. subscrevendoanova theblo-gia. direito nenhum de impr-seao mundocomoorgams reveladores da f inral-Iibilista. O mundo, comoelles. aprendeu-a directamente do papa. Testificaremda illfallibilidade creaturas falliveis, seria umescameo. O inrallivel no podiasenodo propriointerior sen receber oconhecimentodessa prerogativacelestial,nema infallibilidade, quandonoseacreditepelasua auctoridade mcsma, ha-deser pelaadhesodos filhos doerroqueobter imprimir-se noanimodos crentes.Roma, que nopor imprevidente ou descuidada que peccoujAmais. tinha,pelosseus theologos, conia costumada destreza, acautelado, hamuito, este ponto. Porque, perguotava umdos mais auctorisados, porque haviaopapa con'-sultar os bispos, que individualmenteestosujeitos aerro? Noserrasoantesnoseaconselhar senocomsigomesmo, desdequesaelle promelteuChristoainfallibilidade? No acasooconcilio quemdeve esperar ade.)iso do papa?Queraso ha paraaguardar oconcilio, comoa umnovol\Jessias? Emquepre-ceitoapostolico, emque decreto conciliar est escriptoser ainfaIlibilidadedaigrejae[eito doajunctamentodopapa comos mais successores dos apostolos?O est escriptoque a f dePedro no falsear. (.. )Alludindoprecisamenteinfallibilidadepontificia, outroultramontanodeser-vios muito mais valiosos seita, comquantode inferior talento, abundandonomesmo conceito, professava, nos seus escriptos, cujavoga extraordinaria, e que soos expositoresadoptadospeloromaOlSIDO nos seminariosdeFrana,-que, parasequalificar deheretica adoutrina opposta, earecia apenas ser expressaedirecta-mentecomotal condemnada, fosse por umconciliogeral. fosseporumdeCl'etosolemnedosobel-ano pontifice. facto quedar-se-hia, se, decimada cadeiraapos-tolica, ovigariodeJesus proclamassepor dogma de f a doutrina geral da igrejaacercada infallibilidadepapal. II (' .+) No ha duvida nenhuma quesemelhantedecretoseria to .bemacceitoquanto o outro, emque oimmortal PioIXde(intodogmada JmmaculadaConceioda gloriosa VirgemMaria. (.... )Otracousa, portanto, no foi oconciliodoVaticanoqueuma alta mercdamunificencia dovice-Deus ( ) para comesse- vosiO'\ulacrodoantigoepiscopadocatholico, oua ostentosasolemnisao de umtriumpho que; desde18:'4, estribava-se(')IIist. duconc. cecm. et gnl'. du Vat., cap. X, pago 173.(") PHlLLIPS: DudroU ecclsiast. Trad. deCnouZIlT. 2.- ed. Paris, 18:'5.Tom. li, XC, pago 237.("') GOUSSET: Expos. deslwinc. dudroit canon.,Paris, 18:'9. C. VI, pago 70.( )Ibicl.( ) Qu'est-ce la chose qu'un homme Dieupeut imposer, et qui nepour-rait pas imposer un homme infailllble? MICHAUD: Lemotw. conto dos gl., m,pago 19.f21l. dizia umsacerdote que a imprensa u1tramontanabonrou comainjuria de hydl-phobo, masa quemoSenhor deu coraoe linguade apostolo; pessoalou impessoal, toadherente vemaficar, de oraemdeanle,a infallibilidadeapessoa do papa, que nas suas mos est, (e os orgamsdo ultra-montanismo ahi ovo todo dia celebrandocomo um triumpho necessarioenovodo principioda auctoridade na igreja) que estnas mos delle, repito, cortaI' asmais graves questes semo concurso, ou, pelo menos, semo juizodo episcopado.Basta-lhe declal-ar quetememmi1-apronunciar umadefinioex-cathedrtt;por outra, basta qttel'er Sel- (..)Um individuo ha >l, escreve Gladstone, es um, a quemcabe declararexcathedraoque fr ex-cathedl'eo quo no fr, cousa que poder fazer scm-pre, quandoe como entenda. Esse individuooproprio papa. O preceitoque documento neohumexpedidopor elleser validosemum certosello; masesse tal sello fioa entregue ii custodia delle mesmo esob as suas chaves. >l (' ")Destasorte, pendente a infallibilidadeapenas de simples formalidades instru-mentrias, da comminaode uma censura, talvez unicamente de uma palavra(') DE MAISTRE: DuPAPE; cap. XVI, pago 113.(.. )P. JACYNTHO: Rf. cathol., pago 121.("') '1MV4ticanderees, IV, pago 35,INTRODUCO DO TRAllUCTORLXXVIIsacramental ('), condies todas entregues ao livre alvedrio do pontifice, snelle mesmo, nas suas virtudes, na excellencia do seu entendimento, poderiaapresentar fiana de sinceridade emoderao. Fra d'ahi tudo amplissimo,vago, sem extremas. Os mais srios exemplos do excrcicio da omnipotenciapapal, umdos mais irrespondiveis argumentos dos no-infallibilistas contra ella,os actos desoberania temporal exercitados sobreas naes desatando-as do vin-culo de fidelidadc aos monarchas, edepondo-os, oram. ede sua natureza nopodiamdcixar de ser. decretos ex-cathedr. (,,) Dcste generode decretos ocaracter subtancial promanar'emdo papa como supremo doutor de todos osfieis, ebaixaremdo thronode Pedrocomoimposies universaes christandadeinteira. Umae outra cousaprecisamente elJ'ectuaram-senaquellae pecie debnllas.Primeiramente, manifesto (e nenhumtheologodo bandoultramontanomesmoocontestou emtempo algum) que s como pontificepdeopontificeproferirsen-tenas taes. Depois, conjuncta comessaabsolvio dopreito delealdade, ende-reada ao povosobre quemreinava oprincipe deposto, continha-so, expressaouimpl:cita, eegualmentesobaameaa das penas eternas, atodas as gentes catho-,Iicas ainterdicode ministraremapoio aosoberanocondemnado.E, se aos diversos estados eaos seuschefes individualmenteamparo nenhumolJ'erece asuperficial cautela do ex-cathed"contraintervenes abuivas no go-vernocivil, mais bemdefendidas noesto asnaos, por ahi, tambemda eventua-lidade, possibilissima, de se rlevar algumdia, especialmente, medianteumadefinioformal, alturade dogmaessa auctoridade immediatadatirasobre as coroas toproclamadapelos papas, tantavez por elles reduzida ae!feito. ejconvertidaemdoutrina a.'(iomaticaentre os mestres doconluio jesuitico ("'). Tantoassim, tantocssa hypothese deprever etemer, que, ainda ha ponco, umprincipeda igreja,incapazdeanimadverso, quanto mais de arremessos, aopontificado, a reputoudigna deavultarentre as suas objeces promulgao dainfallibilidade(.... ).(,) InfalliveLcomoagora )). ponderava Doellinger ao arcebi po de!\lu-nich, n'um momento, comasimples palavrinba orbi (o queexprime dirigir-seelloigreja inteira), pde fazer' opapade cada lio. de cada preceito, de cadareoluo declarativa um artigo de f infallivel e incontestave!. Deante dellenenhumdireito, nenhumalibel'dadeindividual ousocial ubsistin\ mais; porque,no dizer dos canonistas, o deeotribunal do papasoumaeamesmacoua. ))(") BAILLY:dogmaticaet Tom. II (ed. deParis, 1829).pago 491.(''') J esseartigo de f est implicitamente abrangido na infallibilidadepapal. Monsenhor Gueulette, bispodeValena, dizia, em1873, na sua patora Ipara aquaresma: A infallibilidade pontificia estabelecea subordinao dopoder civil auctoridade religioa, nestesentido-queos pl'incipes soobrigadosaapoiar aigreja, atcomaespaela, qUandoella, por interesse dos seus direitos,o redame. - Um periodico romanista. ode l'AveY"on (21 de julhoele, 1869) confirmaainda mai, incisivamentea nossa interpl'etao: IIestnces-san'e d'affirmer carl'ment l'omnipotellce duPape comllletant la SotbrCe deto'uteautol-tespiriluelleet tempoTelle; et p"oclamationdtb dogmede l'in-faillibiliten'apc!s d'autl'eobjet. ('''') Afinal (poderoinquirir tambemo sobel'anos, ainda calholicos)apro-clamaodogmalicadi! infa!libijidadepapal tomar. ouno, defuturo, impoLXXVIIIINTRODUCIo no TRADUCTOREst visto, pois, que oex-cathed,' reduz-se aumaargucia da escholastica:nfallibilista, Por esse pobreartificio deixar-se-ho illiar apenas os que Duncaencontrarampara estegenero de meditaes umquarto de hora de lazer, ou osneophytos. que nopl'ivam comos corypheus da sei'ta, e. tontos da primeirainiciao, no devassandootabllrnaculo, ondese preserva, meio escondida aes-tranhos, a repui;nanteorthodoxia romanista, cuidamque arealidade s6oqu epor fra sobresae, Essa fraude, porm, de duas faces, uma para otracto intimo,secreto, do ultramontani,smo, outra para fascinao do vulgo; esseegypcianismoda tbeologia papista no diUicultoso de destrinar aos que no fazem da fc( travesseiroda prllguia>l; no diUicultoso, atporque, no meio dessa penum-braprotectora da furtacl'sciencia de,Roma, harelampagos de luz denunciadores.Esobreo ex-cathedrmesmo ahiesto aspalavras decisivas de umarcebispo,que acaba de receber na purpura a gratificaodos seus galhardos feitos no con-cHio. Vossa grandeza>l, escrevia elle, com uma franqueza impaciente, que ohonra, aDupanloup ; Vossa grandeza no estabelece aquesto comocumpria;porquantoodeque hoje setracta noli mais ailifallibilidade ex-cathedl'a,como bempm'cebeu, comDeMaistl'e, monsenho7' ]ifm'et; tl'acta-se de sabeI',sim, oneleest, na1'g7'eja, a sU1JTema attctoTiclaele, quemli 'quesob7'ea ig7'ejaunive"sal te.maplenitudedepoder. >l (')Isto que sensato, certo, irrefutavel; epor isso queo DOVO dogma illtoleravel, monstruoso, bIaphem'l. Alarbarreirasaoinfallive\' ao permanentedo outro mundoneste, amais inepta das inllpcias. Acondio dainfallibjJidade importa necessariamenteojus, acompetencia exclusiva de lixarella mesma as frontlliras dasuajul'isdico, Ser inaccessivel ao CiTO, eignorara linha terminal onde principia'a possibilidade, aconlingencia delI e, e cessa odominio da verdadeeterna, ti ser eno ser infallivel, ser eno ser fallive!, aomesmo tempo.De umlado, se existe uma esphera ondea intuioda verdade religiosa regalia privativadopontifice, a parde outra, a dascienciahumana, ondeo errolhecommumaellecomnosco, Oagrantissimoabsurdo6 suppor queessa aucloridadeprivilegiada possa inscientementecair de uma na outra circumscripo. Exor-bitar eerrar soaqui idas equivalentes, Ser infallivel dentro n'um circulodeterminado, edesconhecer acircumferencia que ofecha, sohypotheses incom-pativeis. A infallibilidade no traar os limites da competencia presnpposloessencial it infallibilidade noobjectoda jurisdico. Aquella opreliminar; esta,a materia ; e, nocasovertente, oerro no preliminar importa oerro na matel'la;porqueattribuir aodoutor infallive! oriscode illudir-se, considerandocomopontos derevelaodivina assumptos encerrados na provincia das mundanas dlspu-semelbantes bulIas? Eentoquem obstar que outropapadefina oque muitosdos predecessores ensinaram: que aovigal'iode Cbristoincumbe umpodeI"clirecto no temporal dos principes; quedesua allribllioinstituir e destituirsoberanos; que os direitos civis dos rcis edos povosesto,lhe subordinados?DUI'ANLOUP: Pastoral de J1 de novemb,'ode1869.\') Mo SENllon arceb, deem30 de novembrode 1869.fl'lTIlOllUCO no TRAOUCTOIlLXXIXtaes, admittir que aquellecuja iospiradasabedoria no pde falbar desco-nheaa inspirao, e confundaa e,cl'iados erroshumanoscomo ourosemligadaomniscienciasuprema.Mas (por outrolado), seoque receiamdo pontifice romano , no essausurpaoinconsciente, masa usurpaao intencional e p"emeditada; seno im-passivei queovigariode Christo, emquema fUDCo de oraculo no exclueaspaixes dacarne, delibel'adamenteabuse de um'a auctoridade sacrosanta, envol-vendo-a, polluindo-a nos conOictos einteressesda terra(.): ainda assim, sersempreincongruenteeiuexequlvel reconhecer-lhe ainfallibilidade, e, na practica,adscrevei-a a termos prefixos: porque os caracteres intimos e impenetraveis daf, ninguem, senoobispouniversal, temomeio de aquilatal-os. Sca nenhumhomem, a no ser elle, cab.:l extremar o seu reino dos reinos temporaes,- a consequencia que. para os adherentes ao lnfallibilismo, verificar senos decretos papaes existe, ou no, excesso de poder, reduz-se, em ultimaanalyse. adecidir so no animo dopapa houve, ou no. oproposito do mal,daexorbitancia, da intruso. O juizo, portanto, assim, no versaria mais sobreo argumento da deciso doutrinal, a these tbcologica. o dogma em simesmo, e sim sobre as disposies interiores, mentaes, moraes, do prolatordo aresto, sobre as causas motoras da sua vontade, a inOuencia dellas. asua natureza, os seus reconditos elfeitos. Dest'arte o que tel"iamos eraUlll estudo psychologico. uma disseco inquisitoria, exercida por cada fielindividualmente na consciencia do papa. Ora, como, para esse melindrosissimo,impossivel processo, os instrumento deanalyse, que temos, cifram-sena rasoimperfeita, limitadaeenganosa, oultimoresultadoera ficaremos destinos da re-velao, neste llJundo, aventurados li varia, fallivel, contradictoria opiniodo ge-nero humano.Logo, de uma partea logica, e. daoutra, anecessidadQ. n'umsuppostoobomsenso, nooutrouma impracticabiHdade invencivel demonstramque no ha hu-manal' ainfallibilidadeIl'umindividuo. semque fatalmente fique iIlimitada,Replicar-nos-ho talvez COI11 essas conquistas moraes esociaes, aque a his-toria, a philosophia, o desenvolvimentoprogressivodoscostumestm, entreos povoscultos, cureadoauniversalidade, asoberania eofuturo, O sulcodivisorio entreo poder espiritual eacommunidude civil jaz, na estimativa do maior numero.traadocomevillellciaindelevul nessecomplexo dehahitos, neces idades. crenas,instituies edil"eitos, que alinguagemvulgar genericamentedesigna sobonomede civilisaomoderna, Ahi est, pois, segundo esses, ocri teria, anormadirec-(') O ultramontanismoestendeainda mais os caracteres sobrenaturaes da in-fallibilidade ponlificia, Chega aexeluir della apossibilidade humana do erro,a!nduvollllltario. elevandoessa incomparavel prerogativa ii ordemde uma neces-Sidade ttio fatal quantoado eterno bemna concepo metaphysica da id"a deDeos, Nemomesmo li\'l'earbitriodo individuoactualmente investido nas func-es da tiura pde, noexerci CIO dellas, induzi I-o uo erro, impossivel sempre nopontilice romano, .at adespeito da sua vuntade. Opapa no pdeerrar,mndaqueoquei1'a ". dizia, na camara de Baden, aos 9de marode 1872. ex-plicando oalcaacudo nove) dugma, o cura Hufman,- V. Gazetade At'gsburgo,1872. pag, 1101.LUXINTRODUCO DO TllADUCTORlria dos fieis, no averiguarem ondelermina oexerci cio regylar da aucloridadepapal, e principia a legitima aco das consciencias e dos governos.Embocca de infallibili tas, porm, semelhantesoluo infanlil. As consti-luies e as aucloridades politicas reduzem-se a meras creaes bumanas. Ne-nhuma falia sen'o em nome da terra, da nossa fragilissima raso, dos nossosephemerosinteresses presentes; ao p15s0 que a infallibilidade pontificia comopersonificao real da divindade que sedirige aos homens; e, quando ensina, oudecreta, como emissarioomcial de uma poteDcia imD1utavel, comoorgamdeverdades quepreexistemehodesobreviveraogenerohumano, comoestrella polarda nossa elerna. Logo, se esse privilegio real, no pdeser senonos arcanos da sabedoria divina, na me.ma regio ondejaz a origemdelle, queha-de eslar a carta das suas incomparaveis ;lttribuies. E, comoda sabedoriadivina o unico representanle na terra apropria infnJlibilidade, no sciencianatural e politica humana que cabejulgai-a; a ella, sim, pelocontrario,que loca odirei losummode as sentencear, e cohibir. (.) _Jo ha, portanto, con-ciliao possivel aos extremos do dilemma:' ou engeitar resolutamenle a heresiado infallibilismo, ou abnegar, - como homen, as condies da nossa integridademoral,-como individuas, as garantias da nossa exislencia privada e collecliva,-comopovos, a.oberania.Nems no bomsensoque se acha essa illimitabilidade absoluta do pontifi-cado infallivel. No proprio lheor da suadefinio(") e nos commenlarios ulLra-montanos est expressa e descarnada.Emduas amplas seces divide-se, relativamente ao homem, odominio daverdade e da ordem no universo: principias e leis de ordemespeculativa, prin-cipias eleis de ordempraclica. Auns eoutros abraa, no seu seio infinito, a infal-libilidade papal.(*) , Asoberania pootifical . , , Seus limites vm-lhe, node fra, masdellamesma; nodeumavontadeestranha, senosimda SUl! p7'opda 1:on-tade. Doxoso COIlTEZ: Ensaiosob7'eocatholicismo. o liberalismoeosocialismo, liv. I, cap. UI. V. Paris, 1862, tom. W, pago 6'1.(.. ) Na frmula da definio, dizia, no eoncilio do Vaticano, umdos seusmemQros, ha evidentissimosvicios(elJidentissimav'itia) e conequeucias f07'm'i-davelmenteperigosas (et sequentu7' fOl'1nidallda2Jericula),. porqnantoa formulano lixa as condies da inrallibilidade. Por quesignaes saberemusse o ponlificeexerceooficio de doutor? por enunciar-se1I'lIma bulia, n'umbreve, n'uma alto-cuo, elc.? Nem a esclarece o incisoct/'mp7'OauctOI'itatedefinit (quando e1e-line exercendoauctoridade); porque com eltesubsiste ;I mesma questo. Quanclofixa oque, empontosde f ecostumes, deveCre7" a ig7'ejatoda(universaEcclesia). Mas que vemaser aigl'ejn toda?Pdem-se acaso, acercade umponlo de r, pruferir decretos para uma fraco apenas dos fieis? Equevmaser costumes? Ha doutnnas mOl'aos reveladas, umas de evidencia outrasobscuras, que s ao dominio da pbiloophia pertencem. Onde termina a infaltibi-lidade ponlificia?- Emquantoao objecto, diz seat ondeainfallibilidadeelaigreja. Aphrase nimiamentevaga; tuvaga quantu oobjecto da inraltibili-dade da igreja exarado no cap. IX. Esta concesso assimde uma ldemarcadainfallibilidade ao pontifice romano cheia eleperigos; porque, uma vez adm ilti-da semelhante detinio, Iicaria elle babilitado a eslatuir sobre odominio tempo-ral, seus limites, o poder de depr, o uso da coaco conlra os bereges, etc.)Synopsisana/yt, observ., n. 22. FIllEDIlICIl: 11 Abt, pag, 231. DO TRADUCTORLXXXII.-A' ordemespeculativacorresponde ainfatlibilidadeno dogma. A rasoeaf soos dous mundos, emquese circumscrevea nossaexistencia espiritual.Limitrophes, porque otermode umocomeodooutro, dependemnecessaria-mentedasua reciprocademarcao, ehode estar um eoutro emsubalterni-dadepara comopoder a quemcaiba oassignar-lhes as raias. Detlehodevir acada um' dos dous as suas dimenses respectivas, e, portanto. asuacomparativaimportancia, oequilihrioentreambos. ou para umainferioridade, a insignifican-cia, oannuJlamento, e, parao outro, na mesma raso, avantagem, opredominio,atyrannia. Logo, entre a philosophia e aigreja, isto , opapa, entreessasduasauctoridades, oascendentedaquetlaaquemtoque o sceptrodessa arhitragemtemdeser umascendenteabsoluto, o mais irresistivel dos despotismos.Verdade quecada urna tema sua provincia particular, e denega avisinhao direitode restringil-a. Mas uma invocaoentendimento humano, eseconfessaimperfeita; aoutra prega por partedocu, e impe sob comminaes divinaacrenanasua infatlibilidade. Daquella, portanto, ha recurso paraesta; destanoseaggrava nempal'aDeus, que est netla. A' primeira, pois, () ambito, a so-berania estendem-se incommensuraveis, inviolaveis, dilataveis ao infinito; aopassoque, ipso (acto, em proplll'oegual, contl'ae-seocamposegunda, mes-quinho, precario, esem cessar decrescente. N'uma palavra, emquantoascienciapapal vai ter aexistenciaque quizer, a sciencia racional, isto, o espiritohu-mano, noter maissenoaexistenciaque o jesuitismolheoutorgue.Nemsequer sob este aspecto a antigaetrivial distinco entreverdadessobrena-turaes e verdades naturaessubsistemais hoje. As constituies apostolicas de18iOnon'a indicam, e . os glosadores do novodogma positivamente areprovam.E'evidente, diz ocardeal Manning, {(queaauctol'idade doutrinal da igrejam'iocingeS' s mate1-iasda?'eveZao, mas comprehende, outrosim, as verda-des positivasno ?-eveZadas, toda vez que, sem que acerca de taes verdadespronuncieeresolva. nopuder, comocumpre, exercitar-se na explicaoedefesada revelao. (') Para sobre este commentario no pairar obscuridade, ocelebremagnata do ultramontanismo{( escla?-eceu-o>l, accrescentando que esse poderestende-se {( aceI-tas verdades dasciencianatu?-aZea {( vel-dades dehistoriapUl'amentehumana. II ( ..)Aos olhos da igreja clerical, que , pois, oa quese reduz, que vale maisagora essepresumposooceanoda sciencia, anteoinflexivel nume que de Romalhedeterminaoalveo, aprofundeza, afora, oprestimo, os movimentos?II.- Omnipotente sohrea sciencia, quer na circumscripo daquer da investigao positi\'a, no n'o menos opapa no dominio moral,queahrange tambem, pela infallibilidade, emsuasleis. Tantocomo a raso noseuintimo desenvolvimentoenqs suasmanifestaes exteriores, ficam-lhesujeitas a con-sciencia eacommunidade temporal. A essas tros espheras co.ncentricas, emquese realisaparao homemaexistencia intellectual, aexistenria moral ea existenciacollectiva, situado centralmente no pontode irradiao, ooraculodo Vaticano(') Hist. ducone. du Vatic., cap. II, 2, pago 90.(") lbid.1'. C. IXT.11LXXXIII!I'TRODUCO DO TR,lDUCTORas senbora, impeUe-as, e encaminhan'umadireco funesta, que pospe a varie-dade II uniformidade, o espihto frma, olh're alvedrio II obediencia passiva.Tal oque resulta da competencia privativa delle, - p"imcomo definidor su-premo dos costumes,- secu'l'ldcomosupremo arbitroda disciplina.Os costumes, amoral, eis ahi umdusgrandestraos delimitativosda soberaniapontificia, diz e rediz, por estribilho, para captaode credulos, a legio dosescribas mi udos da curia romana, lI'1as caveteascribis! (.)Amoral! Que , porm, oque noest. neste mundo, ao alcanceda moral?Toda ajurlsdicoimmensuravel da consciencia, toda a immensa regiodo dever,isto , toda a actividade, toda a personalidade, toda avida humanaconstituemaregioe a jurisdico della. Abrangeaindividualidadesingular, afamilia, a soie-dade; actanaeducao, nuensino, nodireito' naeconomia, nadistribuioda renda; impera no templo. na oficina, no gabinete, no pretorio, nos comicios,no parlamento, nacrte; legisla parao prolectario, oproprietario, ofunccionario,osoberano; aeo'-da cama puericia; comaadolescellcia, a virilidade, a madureza,a "elhice, reivindica, de dia emdia, novos direitos; es orla da eternidadeno deixa. No ha, no seio do generohumano, umponto, umacto, uma estao,lima face do desenvolvimento privado ousolidariodo homem. que lhe escape.Em vez da linha circumscriptiva doselo, a distenso infinita do horisonte, issoquea moral. EmnomedcUa, emtodas ascivilisaes, que e teminiciado,adeantado, acabado, aperfeioado, julgado, reformado osubstituido tudo odoqueha, eacasoo de quej nu existe, memoria.Sobsua invocao fez-se, est-se fazendo, e hade fazer-se tudoquanto obrada vontade intelligente elivre, o insignificante eo gigantesco, oephemero e oetemo. o egoisticoe o universal. Por ella condemnou-se ocaptiveil'O. que cra abase de toda a ociedade antiga. Por ella estygmatisa-se a liberdade. que ofundamento da sociedade moderna. Por ellaexcommungou-se ojnro, que a leinecessaria do capital, e abenoou-se a dizima. que osocialismo applicado aoimposto embeneficio do cl'ero, Por ella, s mos de Roma, atormentaram-se,enforcaram-se. queimaram-se, assassinaram-se milhes de antepassados nossos.Por ella constituiu-se a moral dos jesuitas, comomethodo de guiar a inteno,as reservas mentaes e a doa trino. das probabilidades, Por ella decltH'aramse (\stheatros. logares de perdio, proscreveram-seos monumentos dogenio elasico,amaldioaram-se os grandes descobrimentos. Por ella defendeu-se ingresso nosc(Joobios justia, eabriu-se valhacouto aop doaltar aos malfeitores. Por ellaattribuiu-sc ao peccadoafora deinhabilital' os soberaQos parao solio("), atira-ramse naes inteiras umas sobre as outr'as, c flagellam-se hoje as l'epr'cseutativas, Por ellaexige ocatholicismo romanoo privilegioda publicidade,omonopolio dooramento, oexercicioexclusivodas dignidades omciaes, oexclu-sivo direitode sellal' do seu seBoagcnuinidade civil docasamento, da miao, dasuccesso. Por ella santificaseo rapto dos filhos aos paas acatholicos. essa theo-(') S. !ARC.. XlI, 38.(,,) Segundo aquillo de Innoccncio1II: Nojulgo do feudo: julgo dopeccado. Nonsumjudexdefeudo, sed sumjudea; depeccato, INTROOUCO DO TIIAOUCTORLXXXI!!logia essencialmente romanistaeincomparavelmente odiosa domOltarismo; c,comoprestimosoallractivo da 'extinco dos matrimonias anteriores celebradossobos ritos dissidentes, abre-se feira apostasiados outros cultos paraopapal.Por ella sublima-seoascetriocima dolar, amonjacima da me de farnilia,o cenobita cima docidado. Por ella espalbam-seas falsas crenas, as falsasdevoes, as falsas reliquias, os milagres falos. Por ella, mediantea censuraprevia, paralysa-sea imprensa, e jugulase alitteratura fiscalisaoanachronicado Index. Prelia oppe-seadeclamao injuriosacritica historicaescien-titica, os prodigios inflexivel permanencia das leis naturaes. os testemunilos dafraude ouda ballucinao apressurada. beata, ignoranteou idiota, s conquistasda observaopaciente, renexiva, imparcial esabia. Por ella insinua-se uasrelaes entre paes efilhos, entre esposoeeposa, entreirmos eirms ovenenodo mysticismo. de umamor sobrenatural, deshumano, visionario, que amortelenta, por asphyxia, dos grandes, puros, santoseutilissimos afTectos docorao.Por ellaesterilisa-se apropriedade comamomorta; contrariam-se, comomona-chismo, as leis dodesenvolvimentoda populao; comoilluminismo. obeaterio,osuppliciamento da carne, enerva-sea compleio das raas; e, mediante' odomingoforado, intervem-searbitrariamente na producoda riqueza. Por ella,emfim, causaou pretexto. sobo seucunhoreal ouficticio. profundoou superficial,transitorio ou indelevel, pura ou falsamente se explica eencadeia tudo quantopracticadotemoultramontanismo. e, comelle, todas as seitas, todas as religies,todos os partidos, todas as faces. todos os govemos, todos os povos, todas asgeraes, todos os seculos. ahumanidade toda.Por issoRoma nasua signanegra escreveu esse nome incomparavel, e delJevir-Ihe-hiaotrillmpho, em proporestalvez maiores do que ellamesma conta,se no bouvessa na opiniodestaedade asssde bomsenso, paranoacompanhardoidamenteos alferessinistrosda legioclerical; porquintode certo, como bemdizumconsciencioso catholico, sejam qllaes forem as declaraes de algunsbispos a sustados ou corridos doque perpetraram, fecostumes, na linguagemda tbeologia, comprebendemaphilosophia,. apolitica, o di1'eitonatu,-al. odi-,'eitodas gentes, o di,-eitosocial, asinstituies, asa,teseasseiencias, emumapalavra. aactividade humana toda, uma vez que todos os nossos pensa-mentos, aces eafectos devemtender paraos seus principios divinos eeternos.afim de reconstituir a unidade de n o s ~ a alma, que a igreja denomina sal-vao.(')De todas as foras que decidem donosso caracter e do nossodestino. donosopresente e do nosso futuro, das nossas aces edas nossas intenes.umadaquellas cuja docilidade ose/'vodos Sel-VOS de Deus humildementere-clama odeve,'. Mas essseprete'ldido agente da modesta auctoridadepapal npenas, nemmaisnem menos, naphrase de Gladstone, urna fora que demanh ergue-se comnosco, ecomnosco vae repousar noite; coextensi"o acoda nossaintelligencia; asombra, quevae, adherentea ns. aonde quer(') WALLON: Lavl'. su,- lecone., pago 54.LXXXIVrnTRoDucO no TRADueroRque andemos, e que smente de ns se alTasta, quando nos arrastamos da luzdesta vida. (*)" bemsev, no ruin de contentar. Comessa humiLlima potestade,cuja inlluencia no individuo noseinterrompe seno durante o somnoou a alie-nao mental, e cuja preso no genero bumano ininterrupta e ininterruptivel.com esse infatigavel subalterno, a moral,-o papado cingir-se-ha ao obscuro,desinteressado e inofl"ensivopapel de curador universal, de genio tuteUar nosso,de nosso inspirador incessante e obrigatorio. desde obero sepultura.No digamque apadrinhamos mal este juizo comonomeprotestante de Glad-stone. O, estadistainglezrepete, apenas emdico maispincturesca, oque os padresmais ultramonlanos sema minimaresalva professam. Amo,'al. escreveumaba-lisadissimojesuita. a sC'ienciadoactohumano. isto, doactodavontadeliV1"e. avontade, opendordobem; seuactoessencial, natural inclinar paraobem; e, pois, oprimeiro principio moral que devemos propender para obem,a saber, practicar obem; visto comoobemdo homem noseuestadop"esentetodaaacoqueofaz tenderpara o seu flm. Por exprimil' essa ida, licito usar synonimosj mas. no essencial, a idaser sempre uma s. Emvez do indi-cativo, podem empregar oimperativo-faze,o hem-. e substituir o vocabulobemP01" equivalentes. como, pe,"feio, felicidarIe, ordem, fim, desgnio, objectodoCreador; mas, na substancia, opensamentoser omesmo.(.. )Os orgams clericaes. por conseguinte, no contestam a verdade trivial expri-mida por Leibnitz, quando alfirmava que a moral est P01" todaapa,te. Aosque, nessatediosa e esteri! provincia da litteratura, seguirem os divulgadores daboanova ultramontana, faci! ser verificar, nos desenvolvimentos do terrivelprincipio, osconsectarios. a elasticidade ilIimitavel queeliede si mesmo, logo ao pri-meiro aspecto, denuncia. fIa. namoral. isto, noorbeinfinilo dodever, verdadesdeordem sobrenatural everdades de ordemnalural ; ha factos que interessamdi-rectamente a consciencia, e factos quesentendemcomellaindirectamen te. Qualdessas duas seces, na srie das verdades e na srie dos fac los, reserva-seao infallivel porta-voz doEspirito-5anlo? Smente as verdades da revelao? osactos immediatamenteconnexos s leis eternas dobem?Se essa restrico fosse orthodoxa. nem por isso estariamcravados fixamenteos marcosdivisorios. umavezqueerasempreo pontifice mesmoo arbitro que, emcadahypotbese cadente, haviadedeclararaaladarespectiva. Emtodoo caso, po-rm. ficavacomissoeslabelecidaumahase, dadoqueincerta. paraa liquidao. Masnem esta claudicantee invlida garantia quiz a seita que se instituisse contra oabuso. As verdades moraes dooutro mundo eas deste, os actos mais proxima-mente ligados salvaoeterna eos mais remotos della. tudoest enfeixado nasmos do idolo.Emquanto s de o'rdem natu'-al, ofamigerado metropolita da GrBretanha expresso: deposito (oda ?'evelao), diz elle, estoas ver-(*) Vatican decrees, IV, pago 3i.(") PADRETAPARELLI D'AzEGLIO, de la compagnie de .Jsus: Essai thoriquede d"oit natU'cl. Paris, 1857. Tom. Ir liv. I, cap. IV, n. 102, pago 60.INTRODUCO DO TIUIlUCTORLXXXVdadesdogmaticas emoraes daordem natul'al, como as da ordemsobrenatural;por issoque ns verdades religiosas emoraes d-z ordemnattwaiso trasladadasparaarevelaoda ordem da graa. edeste modosopalteno objectoda in-fallibilidade. (,)Peloque respeitas aces humanas, oensinopootificiono meoos incisivo. Tclas as questes humanas, s ~ i a m quaes tOTem, diz umadas auctoridadesmais populares emais mimosas deRoma, desdeqt,e intel'essamconscienciae aoscostt,mes, caem,1Jor dil'eitodivino, na jurisdicciodo' papa. Aninguem licito declina?' a sua competencia, em que se l"ebelle contra Jesus-Chl'isto. (")Ora,dizesse mesmoprelado, nada" 1:a quepo>"umlado1to toqueconsciencia ; - theseestaque elle frisaexc11ntemeote, exemplificandoassim: cc Haver,pergunto, nada mais temporal, menos espiritual queocomer ebeber? Ao primeiro aspecto, figura-se uma simples . esto decasinha. nciode consciencia.E, comtudo, aindaahio papainterv&n, quando pl'ohibeaosChl'istos nutri-l'em-sedecanles sextas-feiras. (, .. )Aconclusode taes premissas obvia. Sequanto intel'essaconscienciados fieis incumbeinfallibilidade papal, ese tudo, P01' uma face ao menos,interessaconsciencia, nada existe, nempdeexistir, sobosol, que noestejasubmettido governao dopontifice romano, Phrasee convico commumqueo Cl'eador temtodos os di1'eitos sob"e ascl'eatU)as. Pois bem: toda essaauctoridadesupremadoOmoipotentesobrens, delegou-a elle ao chefeda igreja.ccS. PedTo (ainda monsenhor de Sgur quemfalia) cc s. Pedrodomioa tudo,reinasobretudo esobl'e todos, comoChl'istoe emnomede Christo. Emtudoo quetoca aosdii'eitosdeDeus e da igreja, solbe subordinados assim osprincipes como os subditos delles, assimas leiscomoas pessoas. Direitoedever seuensinar aouniverso, ci fam'ilia e aoestado, no menosque igreja.(' ..:)Tal oinfinito deauctoridade aque oinfallibilismoelevouo papa, equeumdos propagandistasomciaes dacuria romana gloriosamentecompendiounestaspalavrassublimes: O successor de s. Pedro, vigario de Jesus Cbristo, infal-livel, e tem nyllabus, XLU.l"') (( Quibus in rerus, sive per se, siveper accidells ratio eu neces ilascuncurrit fillis spil itualis, idest, Ecclesire, in iis. licet tempol'alessint, 1Jotesta-temEcclesia jure exserit, civilis atltemsocietllseidem cedere clebet. '1'An')UlNus: Jur. eccles. pubt. Instit" lib. I, sece. LI, art. 1, propos. 2.(....) O bi 'pode Olinelano t,'ibunal cio bomsellSO, pago 51.l' .. ') Emprega-se emgeral, naEscriptura Santa, a palavra sac,'mnelltoparasignificHr alguma cousareconllltaesagrada. NolivrodaSabedoriadizse queUS mauS u conhecen\1Uos segredos deDeus. Nescierunt saC7'amenta Dei. (Cap.ll.) Tomada cm selltido menos amplo, signilica esta palavra uma cousa santa esagrada, cmquantose destina avotar' os homens aDeus; e, nestesentielo, temamesma accepo quea demyster'io, vocauulogrego, que qtler' clize7' si{j'l1al ex-tm'ior cleuma cousasagl'ctCla esecr'eta" ,l1ssimfoi que S. Paulo, fallando nomysterio da encamao, 1isse: l1Ianitesl magnumest pjetat'is sacramelltum,quocl manifestatum estin carne. ANDR: Cours ele d,'. cem., v.o sacrement.vol. V, pago 75.,( ..... ,) (( Le pape .est lesacrement deJsus.Lesou'l:erainpontite. Paris,186i.-Pag. 198. '(U''''*) SGUR: Op. cito v. pags. 72, 201 e202.INTRODUCO no TRADUCTOIlXCIpaganda tma maxima voga, popularidade e fora nos gremios da seita, Ol'a,na dogmatica da igreja, oFilho coeternoeconubstancial comoPadre, unocomelIe; COlP el!e o!I!ellJQep.te/ Ilm esllDCiaipseparavel/ umseverdadeiroDells, (')(,) Esse endeusamento idolatrico do clerotem levado o sacerdocio romanista ea propaganda ultramontana a desvario, Ainda ha 4annos apenas, uminfallibilista, cura de Allgreu, Kinzelmann, pregando emGetratz, dizia:(I Estamos osecclesiasticos tantocima dos gnvl)rnos, imperadores. reis e principesde te mundo, quantoocu cima da terra. Os reis e principes mundano diU'ereneam e tantodos padres, quantoochumbo do oiro mais tinoemai- puro,Aluitoabaixodo padree'to os alIjaseQ1'chall;os; pnrque elle pde emnomede Densperduaros peccados, aopasso que o anjos nuncao puderam, Ns omossuperiores me deDeus; porquanto elIa nodeu lu.::- oClp"istosentiosve.::-, e ns ocreamos todo dia, Sim, os acerdotes estu, at, decer'to modo,cimadeDeus; visto que elledeve achar- e, a todo tempoeemtoda paree, 7/0ssa disposio, epor ordemnossabaixar doceu paraa consagraoda missa,Deus creou, crto, omundo coma imples palaVl'a seja; masns, pocl,'es,cI'eamos o prop7'ioDeus comtrespalavl'i.nhas, Ahi est porque, ao tempoemqueainda exi l,ia a f eocbristiani mo, os ecclesiasticos erammuito venerado ;opovo, os imperadores ereis me mos prostravamse por terra ante elIes; hoje,aorevez, os governos ouamperseguir o padre, edar leisque comminamcarcere aosecclesiasticos fieis ezelosos da f. Gazetta elaAllemanhadoNOl'te, 1872, n.21,Se es as extravagancias fossemmeramente creaes individuaes deumfanatico,nose haviamde mencionar senocomo tristes exemplos da degenerescencia funces cerebraes na especie humana, Mas esses inconcebiveis despropoitospl'endem-se a tradies doutrinaes,nahistoriadojesuitismo, Ointituladofonnulm'io decondemnao hUllga7'o, ou actodetedos novogcathotico con-vertidos aopapismo.cerca doanno dlJ 1674, l,elosjesuitas, e publi.cadoemt716, contm, entreuutras, quala qual mais descommuna!mente absurdas,as declaraes segu intes :, ({ 3,0Confessamos, ecremos queopontifice romano o vi"ariode Jesus-Chri to; que pde, suavontade, absolver os homens do peccado, p,-eSeI'Val-osdoir.terno. ou envial'lh'os, eque temodireitode excommungar.({ 4,0Confessamos que todas as novas instituie creadas pelo papa, alheiasouinherentes Escriptura, e tudo qnanto elletem determinado verdadei7'o.divino esanto, devendoocommumdos homens (gemeinelvlann) presaIo maisqueaos mandamentos doDeus vivo, 5.0 COnflJsarnas queoSantisimoPadre deve receber ashonras divinas, eisso comas genuflexes mais profundas comoante oproprioChristo, 6,0 Confessamos que todo e qualquer l,ad?"cmaiO?' queamtiedeDcus.Mm' ia mesma, que apenas dct' li Nosso Senhol' uma vezs, emqua/ltoumpadl'el'omanosacrificaec/'iaJesu,s-CltTisto, nfioseminteno, nU! 77al'ealidade. ondeque" que lheparece, e, depois decreal-o, ingllrco completo.({ 11,0Confessamos queopontificoromano temopoder dealterar as Es ripotnras, accrescental.as, ou diminuil-as, ,egundoa conveniencia delIe, 19,0Confessamos queaSanta Virgem1Ilaria deve'er tida emmais apreopelosanjo epelo homens doqueo proprioChristo, filho deDeus, 20," Confessamos que a f romana catholica, immaculada, divina, santifi-cante, antiga everdadeira"., Como, por areligio romana absolutamente perfeita, em toei as as sua defiuies, 'ohuma fnna, ba esalutar,amaldioamosa todos os nosensinal"ames a heresia ?'epulsivct eiml17'a(a f evangelica l,NOS OS PAES, quenos educaramnessacl'cnahel'etica, fl1maldioamoslambemOg quc nos tm (eitodt,vidm' da(ecatholica,Ott nol-a tOT7W7'amsuspeita. bem como osquenos of{e,'ece"amocnlice malc!lcto, im. amaldioamo,nos fi, ?I mesmos, echamamo-nos maldictos. porhavermos bebido dese calicc hm'etico, ollde /Iasntioconvi/lhabehel", 21.0Confe amus que a Escriptura Santa i?npel'(eita. e no passa dele!tra morta, desde qU 71o eexplicarIapelo pontifice ?'omano, ou emquantonao fr permillida asua leitura aocommum dos homens (ao homemdo povo.ao vulgo, gemeine Man1'i-) n,-V, Diepolitik eles Hauses CEsten"eich, etc,-Papo109-ll1,XCIIINTRODUCO DO TRADUCTORTal , acerca dochefe do neo-cbristianismo, a theoria ultramontana, agra derecebt'r, certo, mas Reveramente logica,irrepl'ehensivelmente conforme aodogmada inraIlihilidade. Alteado assimopontifice romano at sublimidade eterna,infinita, omnipotente, omnisciente, divina, unica da Trindade christ,-aos queacceitam os canones de 1870 no mais licito, n'um picequeseja, murmuraranteeIle, quaDto mais desobedecer-lhe. EIle . por umprodigio perenne(-), oproprioDeus vivo entreos bomens.Que dos seus arestas emandamentos, portanto, disputem os a quemnocoube agraade perceber-Ibe, atravez da carne, a divindadeimmanente, juto.Mas aos espiritos aquemo dogma infal1ibilistano repugna, outropapel, outrodever no lhesincumbe, compati vel comaconsciencia, a coherencia, o bom senso,queo da mais inertee passivadocilidadeaRoma. Emde l descendoasenhaeosanto, sufrocarem as rebeldias da rasoinquieta, eseguiremsilenciosa, ma-cbinalmenteafatidica vereda,Come le peeeo','elleeseondel ehiusoAduna, ad7J.e, atre, e l'altrestannoTimidetti atteTrandol'oechioe'l muso. (")Peranteeste ideal da civilisao uI tramontana BeUarmlnomesmorecuou; por-que este famigerado theologod'a soberania papal admtttia que se resista aopootifice, quandoinvadir as almas, turbar o estado, ou arruinar aigrcja. (...)Mas otractadistada auctoridade temporal do papa era, neste ponto, inconse-quente, heterodoxo; eninguemignora que as suas contradictorias restricesquantosupremaciadi,-eetadochefedaigreja sobreos reis custaram-lhe ostyg-ma do Indefl:..Destamaneiraconverteu-seo dominioda orthodoxiacatholica n'umlogar deopprobrio, captiveiro, esterilidade e maldico. O apotolo disse quesenomataseoespirito, spi'l'itumnolite extingue"e(- ); eoultramontanismo entregou oespiritoindividual dos crentes, oespirito collectivoda communidade fiel,oppressos, estrangulados, asphyxiados, tyrannia irretringivel de uma creaturahumanaendeusada!,J nomais oChristo-homemounicomediador entre, oshomens eDeus:unus mediator Dei et hominum homo Ch"istusJesus.( .. ..) Estamisso pertence(.) A' quelquechosede trssmple et de trs comprhensible(ai71falli-bilidadeeoUcetiva daigreja) dans I'ol'drespil'ituel, onsubstitup.rait, auxyeuxdes fidles, quelquecho,e d'extranl'dioail'e, d'anol'ntal, unmil'acle pelpdtuel. Quemassimcaractersa a infaIlibilidade ponlilicia , nemmais nem menos, Du-paoloup, nasuapastoral de1t de novembrode1869.( ..) DANTE: Del PUl'gatol"io, III, V. 89-91.l ''') Licet l'esistue ponti(ici illvaclenti animas vel ttwbanti remptGbl-icamet multomo.gi s'i Ecclesiamdest7'ucrevideretur, licet, inquam, ei 7'es'istere,llon faciendoquod jubet, impediendo ne exequatul'voluntatemsuam. BELLAI\-MINO: De ~ o m ( L 7 7 . pontif., l. II, cap. 29.( )S. PAULO: II adThess., V, 19.( ) S. PAULO: I adTimoth., II, 5.lNTROOUCO DO TRADUCTOIlXCIIIagora aopontifice romano, intermediario foradoentreos homens ea divindade,entreos homens eoVerbo,-Chri to visivel, actual,gerado na impuresa, mascomtitulos a nosareverencia porventuraeguaes aos da purea suprema. uma re-demponova, que aesteseculotocou adita de presencear, redempo operada,no pela palavra, pela liberdade, peloamr, como a do Golgotha, mas pelaaue-toridade, pela excluso, pela soberania temporal.D'antesalei tlJda resumia-se nacaridade. Onl,llis lexunosermone impletw':diligesproximum te(') Hoje todaalei consiste emrever--mo-nos comreconheciment eenthusiasmonos ferros da infallibilidade papal, emll111su\manamente envenenarmo-nos comoopio dessa terrivel servido, que de-voraa almas emnome de umDeus miseriCrdio'oo justo. A idolatria llltra-monlana, que avilta ochristianismoato judaismoeopaganismo"(*';, usur-pou onomee vestiuaroupagemluminosa da igreja. Smentea constellaodoEvangelhoapagou-se della. Smente n,) mais a tunica inconsutil doChristo,maso manto cambiante, a urdidura falsa eartificial dos interesses politicos, doscalculos degoverno, dos partidos humanos.Ai, portanto, dos homcns de bemque no sesubmette!'emaessa mutilaomoral, quetmainda na consciencia rigidez bastante para rejeitar essa fde en-nuchosl Ai dos querepellir face aface essa religio atha('''), essa reli-gio-mentira, essa religio-ergastulol Das sacbrisliao, da imprena, dos pulpitos.da pastoraes, da curia mesma, oclericalismo o ha-deempiedade,nemescrupulo, nemdescano, esparrinhar-lhesonomede lodo, inverter-lhes emescandalo as obras mais puras, feri l-os na memoria, no cadave!', na sue,cessraveis e imprevistas mudaram aface Frana. Vivas graas, oa humildadedono50corao, rendemos ao Senhol'1)01' 11((0tl'azido tamanhamudanacletrimentoalgumr'eligiol1emaosseusComp"azemo-no. pensa/lcZo e-ia moderao deve-se em1JCL1'te uvossaeloquenciet, eaos demais oradores catholicos, quesouberamfazeramar desse povo generosoonossonome. (V, Di cours de 10[. le comteele Paris, 1860: tom. III, pag.9, Mas, comaexallao recenle doin-s porqueovelho lidador da igreja,o mais ardenteeellicazpromotor aexpedlao de 1849emfavor dopodertemporal,nose quiz degr'adar acaudata-1'10 dodogma falso, omansn Pio LXdignou-se de appellidal-o monstrodeorgu-,XCIV'lTROOUCO DO TRAOUCTOREestesymbolo, que se inculca de humildade ede paz, nose pregasenocompalavras de clera esoberba, nose escreve seno comfel, no se executaseno pelo brao do imperiosecular.Cumpn\ porm. ou por isso mesmo. que os adoradores do Deus em espi-"itoeverdade cinjamos rins para a defesa da liberdade e da consciencia; por-que uma eoutra so eternas. Essa usurpao tenubrosa ha-de passar. Negreja-lhe na fronte, na purpura da sua realeza, osignal da Msta, os dogmas blasphe-mos(.); e omotor que a anima, ogenio perecedouroda dominao mundana,quej lhe escammos noseupl'incipio essencial, e que egualmentcse lhe descQ-bre, ea;fl'uctibus, nas suas obras de iniquidade, podrido e morte.lho)l, prohibiu-lhe as exequias solemnes, desatreloucontra elle dos pulpitos a ora-tol'ia ulU'amontana, e. na desalmada ingratido. levou oironico dcsdemaopontodeodesignar ridiculamentepor umcertoCar/o. )l(.) Vidi bestiamascendentem.... et super capita ejusnomina blaspbemire.llS. Joo: Apocalyp.,xm, 1. .... hestiamcqcciqeam, plenamnOlIjinibus blaspbe'lfliiB...Id., xvU, 3. .. . .IV II n'yapns. ii nepeut p!.s yat'oirde c3.tholicismelibr3J. Les catholiques libhaux qui sont \'uimenl calho-liques, ne sonl pns Iibraux, et ceux qui son1 naimentlibraux, ne 50nl )las cnthollques. )UNI\'tlts, do 1.- de janeiro de 1869.o mais compendiosoeextensooraculo do papa infallivel oSyllabus. Suafiliao auctoridade omcial dosUJnmo pontificirrefragavcl. No obstante,POI' uma divergencia calculada, ha sobreapaternidade real desse estrondosodocumentonuvens, que nodimcil espancar, mas queaindaa m ~ i t o : i espiritosmal esclarecidos aescondem.Erro grave pensar queoprobabilismo, adoutrina que tantas orthodoxiaselantas moraes admiltequantas as diversas cathegorias de paladares possiveis,tenha expirado comaprimeira lilteratura dos filhos des. Ignacio, comos livrosde Molina, Escobar eBauny. Ainda hoje ha, noaprisco da obediencia romana,pabulo paramuitas r.redulidades oppostas e disfarada complacenciaa duvidas,quehabilmenteseexploram, conformeoensejo, ora n'um, ora nocontrariosen-tido. Ocontinuador supremodo Evangel!lOeda tradiochrist no entendeprudente assoalhar de uma vezaos olhos do universoas consequencias da suadivindadeactual. A ScholaT olog01'um o como tabernaculo, ondecertos raiosperigoos da suagloria reservam-se cautelosamentepara as occasies propicias.Porora muitocarecqaiuda animalisar-seogenerohumano, parase noinsurgir,quanduoconhea, contra umprincipioque, na perfeitadeducodas suasconse-quencias, na sua perfeita applicao, excluea intelligencia ealiberdade. Baprecauo, pois, ada infallibilidade, meioocculla, meio patentede cima dasuatripode. O reposteiro, quea guarda, comas suas indiFcrieseos seussegredos.nolhe concorrepouco parao prestigiodessa magestade. Os que por alli pdemter accessoprivana do nume,edescrever aosde fra os mysterios da terceil'arevelao, ora levantam intrepidamente acortina, oraadeixamcahir comfilialrl'cato, afimdeque acada indolese ofTerea oalimento, a viso, aidaque lheconvenha: - aos doceis aperspectiva nua doabsolutismopontificio; aos capazesde rebeldiaoentremostrar-se apenas desse ideal, dissimulado, colorido, incom-plelo.XCVIINTRODUCO DO TRADUCTORPor essa estrategia Oalcanceindescriptivel do poder ultimamente confiadoaopapa envolve-se n'uma penumbra, que deixa tranquillas deante do abysmo almasss e nobres, aquemasconsequencias nefastas dadoutrina infallihili ta, esboadasno fariamrccuar, se nointerior do espiritolhesestivesse aida exactada auctoridade religiosa que ellcerr'!\ aquelle decreto pontificio. Asupposiodeque esse manifesto da autocracia papal no temfora de lei na igrejaj de que umdocumento estranho soberania do chefe do catbolicismo: deque no ohrigaDoma f, nemos actos extel'ioresj de que no nomuma srie de dogmas, nemuma ordenana disciplinar; essa illusoria supposioos cega, os po ue, iudul-osa conciliar as s.uas sympalhias mais ou menos profundas ao movimento liberal dasociedade modernacoma repugnaocia que lhes inspiramemgeral as theses reac-toras professadas noSyllabus.Arduo no , porm, demonstrar que oSyllabus impe-se dogmatica e disciplinarmente s consciencias fieis, e que, peranteHoma, 1J0je, a orthodoxia fradelle impossivel.Copiosissimo. e d'entre os mais auctorisados, onumero de tlJeologos qu elbe descobremos caracteres e ovigor legislativode umverdadeiro documentopapal, exaradoerc-cathedra.O allemoSchulte, cujacompetenciaprofissiooal nestesasumptosest reconhecida entreasmaisproemineutes docatholicisml1, desse parecer. (') Odr. Ward.um dos mais sabios ?'eviewel's catholicos da capital de Irlanda, sustentou. n'umcelebre orgamreligioso, essa opinio, espantando-sedehaverquemdellaaindahojeduvide(' '); e osensaios, onde, emdefesa domoderno catholicismo, expunhaassim, comessa franqueza, aprocedencia papal do Syllabus, mereceramdePioIXespeciaes agradecimentos. ("')D'entre os representantes do ca tbolicismo pontificio queseahistorial' oconciliodoVaticano, umdaquelles quemaior acceitao tmalcanadono mundo ultramontano semduvida o padreSambim, da Companbiade Jesus.Membro d ordema cujos canoni tas se deve principalmente a elaborao theolo-gica, odesenvolvimento historico e a divulgao conlemporanea do ultramonta-nismo, ninguem mais que elle tem direito confiana, noexpor e commentar agenuina theoriapapal. Ora, 11 padreSambimprofessaabertamente que o Syllabus umacto doutrinal do Pontifice. Tendoo sobuano pontifice>l, diz elle, con-demnado, no Syllabus, osprincipiosdoliberalismo, entenderamalguns catholicos,acreditamos quedebaf, masdesencaminhadospelacorrentedas idasmodernas,queRomadesacertara; que no estava ao nivel do desenvolvimentodaactualj quem"rastavaaig7'eja pOI' uma desastrosa vereda. ( , ') E, algumaspaginas adeante: Dissemosque, noSyllabus, condemnm'aPioIX. 'os en'osmocZernos. Esseacto elo cher.! daigl'ejacausara profundoespantono meiodos(') Power or the?"omanpopes. Translated by Sommers. Adelaide', 18; J.(.. ) DublinRevieto. 1874, julho; pago 9.(,. ') Ibid. 1870, julho; pago 224.(....) Hist. ducone. recum, et gnl', du Vatic.; cap. lU, pago 39,INTROOUCO DO TR.\OUCtORxCV!Icatholicos Iiberaes. Aflgurava-se-Ihes queopapado lel:avaaigl'ejapor sendasacanhadas; queRomaerrm'a, enoa par das precises do tempo. Des-vairados por doutrinas erroneas, no podiamcomprehender essanobre o1,daciaeloelepositario elaveldade. Poder-se-llia crr que, nesle pout;), oconsideravamanlcscomochefede uma eschola,aque lhesera licitocontrariar, doque comoomestl'e da cJoutl"ina, a qt,em deviam s14jeitw'-se. las oque ainda mais osatemorisava era esseinstinctn divino, que de todaa parte seentravaam,lDifestar,e que volviatodos os cOI'aes "ealmentechrisUlos pal'aabandade Roma,comocentroin{ullivel daveldade. (')Oulro sacerdote, dignitarioda igreja, redacLor emchefede umdos orgamscatholicos mais conceituados na Europa, bomemde vaI iado saber ultramontano,propugnador devotadissimodocredo papal, Moignn, accusa de blagphemoograndephl'sico inglezTyndall por u!?a alluso irreverente aoSyllabus. l")Uma ordem religiosa de altos e antigos servios ao catbolicismo, nucleodelheologos de grandefama, acongregaodoOratorio, n'uma declaraocullectivae solemne, hapoucos annos, depois do concilio, confirmoua auctoridade obrigatoriado Syllabus. Corno intrprete della, o padre Pelelot. n'umducumento publico,assegura que a todo ooratoriano impostoaC(:eit01- o Syllabt's no sentidopontificio, e nosmenteoqueelleconclemna, como qtteclesapp,'ova. I) (".)Em toda a parteessa lemsidoa theoria, alio, oprocedimenlo dos quese presam de verdadciros catholicos romano, epor alli tmmerecido as ben-os da tira.Em junhode 1873, por exemplo, os deputados francezes dedicados a RomaadheriramaoSyllabus, n'umpapel solemnc, amensagem dos membros docon-gressoopera riode Paris aPioIX, entrecujos signalarius avultava onome deErnoul, posteriormente ministro da instrucoedo cultos. Queremos, santissi-mo padre,e;;cl'eviamos subscriptoresdesse acto f, queremosfirmar opassonobom caminho,econfortar-vos ocorao sac:adode tantasamarguras, profesandoaabsolula adheso de no,sa i..telligencia atodas as clecisesinfalliveis provenien-tes dacadeira dePedro. Convencidos deque as vossas decises, enomeadamen-teo grande eintl'pidoSyllabus, preservativode toda a virtudesocial, porissoqueproscreve econdemna tocla rrronia contraria, sopcwa qualquer cathlJlicosince)'o Ct ,'egl'urpmctica dos seus ClCtos, devontade amolgaJ'-lhes(.) Gp_ cit., cap. IV, pago H.(.. ) As palavras do illustre sabio inglez so estas: (( Fio que, actuandonos catholicos, ainda filais do que se viesse a exercer-se obl'e apropa-ganda protestante, a fora modificadora interior da scieneiaeliminan diversos egl avissimos abuso., t:J, ent,'t:J elll's, CSSI'S pI'ocesos da mdia edade, que, comgl'ande escandalodos homens do seeulo XIX, tmsido LlOvamenteposlos emu onestes dous annos. Ea propusitodestas sensatas rellexl's queaque\le apologista dochrislianismo ultramontnno escreve: M. Tyndall fait-ilauconciteduVaticanet auSyllabus? Il blaspheme1'ait (tlOI'S cequ"il et sonhommageaucatholicismeneserait qttesimul. II La(Ot ct lasciellce. Paris. 1875.- Pag, 17.(''') PIlESSENS: LalibClt ,'ligieuse; pago 11 1.P. O. INT. J 3XCVIIIINTRODUCO DO TRADUCTORassimas nossas intelligencias conw todo onossop"ivadoepu-blico. n (,)Nocongresso de Lyo (24-9deagostode1874;, um dos maisimportantes d'en-treos queoromanismo temconi;regado ('*), no foi menos decisiva, quanto aovigor dogmalico dQ Syllabus, a manifestao ullramontana. Santissimopadre n, escreviaafiel assembla, nossa dedicaono temlimites. Sim, oqueacreditaes, ns ocremos; oque amaes,