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para acabar com as obras primas ou sobretudo o verso

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poéticas em um território compartilhado

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academia I

s. f., lugar, escola onde se ministra instrução;escola de ensino superior;corporação de sábios, artistas ou literatos;? etc

academia II

s.f.,lugar onde se enrijece os músculos.

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1.IKlein, pula do maletta que eu bato a foto.

IIPollock, posso realizar o Painting to see the skies da Yoko com sua tela?

IIIBrennanzinho, mô filhoA gente podia virar amigo esses dias.

IVAdorno, Horckheimer te mandou um telegrama.

VBarthes, vá para recife.Eu te juro, é uma deliça.

VIDuchamp, meu chapaTu é bom no xadrez mas bora mandar uma purrinha?

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VIISchiele, me desenhe aí preu ver um trem.

2.Volpi é a estética calma que preciso quando meus dois olhos estão cansados.Uma simplificação nada mais que boba quando preciso que a arte seja assim meio bobinha.

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1.I Caetano,Caso não jurasse, não daria então o aval para que meus dedos seguissem adiante.

II , te juro.Caso não jurasse, não daria então o aval para que meus dedos desenhassem sem linha.

IIIA língua pela qual me comunico faz-me sentir e logo então me pôr em uma situação/plataforma familiar_temível

IVAssim como quando Bethânia dispensa a palavra avante para o que além de avante são seus óbvios e longos cabelos, não quero me

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confundir com personagens de motins e levantes.VEu sou quem contemporaneamente a Artaud não duvidaria quando ele escreveu/anunciou: o teatro que viria fundar.

2.álvaro de campos é uma carolina de doce de leiteé uma pérola de luiz melodia é uma belezinha de hebeuma raridade minha, muito bem guardada no peito.

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8.Chico Science entendeu que o poema está na patola do caranguejo.

9. VOLPI definitivamente viajou pelo sertão nordestino.

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4.O mito não dança_que quem dança pody c-a-i-r.só se evoca poesia quando (?

não se tem medo da morty.

6.penso em um colapso da língua.quando não houver tensão entre falas/

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e você jamais me repreender pelo não dito.dito um colapso da língua.tenso em um próximo colapso.quando não darei preferência às letrasque desconheço porque me significam relapsa.e soará breve como tudo que de breve tenho,ou descansarão as letras para o que não carece de urgência,posto que

7.

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Preciso dos símbolos porque tenho urgência.

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por que não bordar?e se rasgarfixo o feixoque nunca defende o direitoe sim a saída.por que só tinta?

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12.PINTURA = DIÁRIO

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ela me disse às onze que amanhã cedo veria as meninas.Velásquez não estava lá mas elas estariam. um chá, não seiquem sabe um chá, não sei. vontade súbita de simplesmenteestar com as meninas.

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eu também não conheço o céu de nova york.meu rio é longe da favela do muquiço.nunca vi um balé no municipal.perdi quase todos meus amigos pela cidade.papai e mamãe vem e meu trem chega às duas da tarde.corro risco quase todos os dias.não tenho filho que se chama salvador.meu bem não é nada tão específico.sou de minas gerais e nunca aqui fiz moradia.me preocupo com papai mamãe irmã com o ateliercom titinha com os livros as chinelas a unha sobrancelhao trajeto a favela o ruído me ocupo com a arte e com o fim da vida.

28 março

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(POESIA NÃO SE ENUMERA) jamais.ISe queres fugir da palavra: não veja.

IISe queres fugir da palavra: não venha.

E

Vovô tem vincos na testa como uma xilogravura.

E

RESQUÍCIOS DE ARQUITETURABati uma prosa com minha irmã na cozinhaO ônibus de Ana não chegou aindaMamãe constrói as 23:38 um país.

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EVão me inspecionar pelo mijo.O que ele entende de saúde é bucho com pimenta.Tenho horror a tudo por fora que manifesta horror a tudo por dentro.Pelo mijo vão rastrear minha moradia.

EGosto primeiramente de como ele é chamado e como nossos apelidos dariam um poema simples e bonito.

EHoje é o último dia do ano zero oito. Não irei à praia agora cedo.Gerônimo limpa a fossa e o cheiro se espalha. Todos em torno do mundo são supersticiosos. (tirar este pedaço)

EPassarinho é um troço muito bonito.

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EPasso por milagres na Bahia_ Tudo é aconchego árido. Tudo é e não mais tem fim.

Eporque a terceira pessoa de kerouac era a primeira que era também eu e era você.e não se preocupava jamais em estar longe do que deveras sentia. não era werther.e sim os sofrimentos do velho goethe. o th de the prenúncio de alguma mentira.ou algo qualquer que quisera esconder

E

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DRUMMOND MORREU no ano em que NASCI.mil poemas na máquina não bati.

Eliteratura não é o que fica na sua cabeça como furúnculo ou flor explodida.

mania sua de achar que tudo que textoé tudo que você fez pra entrar nesta página.

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E

sobre RECIFE:, calçada , um ou mais penhascos no mar e à flor da água.

Quase tudo que impeça queeu váTudo quase impedindo-mede ir

xxxxxxxxxxxxxO mangue não adoece.O moço que adoece oRio que adoece aMargem que adoece oMangue que te adoeceu.

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xxxxxxxxxxxxxRecife antigo é melhor que tutu e caldinho de feijão.

xxxxxxxxxxxxxVim me tornar um caranguejo.Desse modo, não retornar ao meu rosto, meus longos olhos.

xxxxxxxxxxxxx

Não há discurso derradeiroNem plataforma pra despedida

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Comprometimento estético é ter que a ver em recife.ePor que mesmo eu seria triste, se o céu escurece tão pouco no nordeste?

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Olinda transforma. Ladeira da sé de joelhos_Meu princípio é o prazer. Adoro estar com os meninos em Olinda.Recife transtorna. Foragida de onze da noite à duas da madrugada.Mar, me entorna. Desde Setúbal e Boa Viagem à Jaboatão dos Guararapes.Voltei e volto, por questão de saúde e/ou saudade.

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sobre as ARTESEu lido com vocêLivro indócilXilogravuraPra mim) não precisa de berço se tem históriaEu lido com você Parangolé velhoPorque) o samba ainda vai nascer.

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Eu aprendi com Yoko a resistir eAprendi que Cage nunca foi gaiola em nenhuma língua.

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IVontade dócil de erigir tridimensionalmente as belezas.IIVontade doce de estabelecê-las.

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Pus o avental e fiz o texto.

xxxxxxxxxxxxxUma linguagem que não sublime a outra/ que não dê luz a outra/ que não crie filhos.

xxxxxxxxxxxxxAna (ou outra pessoa qualquer que estivesse voltando de recife

comigo),A magia deve existir para quem acredita na magia.

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A arte que só nasce para que quem a criou sobreviva.A cultura popular não é propriedade privada nem é regida por leisQue não a verdade e o prazer.Não há governo que resgate ou erija a magia.O renascimento só se dá por onde/quem nasceu.

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VÍDEO

Preciso revolucionar a fraude do movimento e recalcar os estímulos que não impulsionados por si mesmos. Desconstruir a cena. Desconstruir o palco italiano e a cena. Ser a baudelaireana pintora da vida moderna. Desconstruir a lenda.

GRAVURA

É preciso apagar das gravuras, a legenda. Perpetuar o gesto e o desejo.

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Abandonar a margem o branco do papel e o medo. Deixar que a gravura seja, a tempo.

ESCULTURA

Você há de querer dar vida? De te habitar todo o mundo?

CERÂMICA:

Adoro Francisco Brennand.

xxxxxxxxxxxxxFluxus-artist Henning Christiansen has passed away.Em inglês soa mais nobre, o desfalecer da vida. Não?O sublinhar de uma dor.

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sobre o RIO:

rota 1 cheguei do rio de janeiro a menos de uma hora. estou gripada e firme. deve-se remover os pêlos e coração rapidamente da caça e percorrer a rota e o sonho. às 13:47:00

rota 2 utopia é a impossibilidade. o desvio para o que não te move. abandonarei tudo um dia, breve. às 13:48:00

rota 3 chamar as coisas pelo nome certo:

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o amor de amor e o veneno de veneno. esperar a morte chegar enquanto ainda se vive. devo-te curar os olhos da edificação da maldade. abandonarei num breve dia todas as cartilhas e costumes. devo-me resgatar somente à poesia. e acima de tudo, não pegar trilhas pois percorrer toda a estrada é importante. às 13:48:00

sobre a ESTRADA:

Apoio rodoviário sou eu e você.

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Manifestação de afeto é o motorista baiano que pára o veículo na auto-estrada para que a gente saiba pra onde vai e se esqueça derradeiramente de onde vem.

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As placas das cidades ainda não são as cidades. As luzes de Aracaju somem no horizonte. Baudelaire adoraria estar comigo.

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Quero arriar no novo pina.Silenciar a bateria que move o relógio.Atravessar o canal com calma.Eu to querendo muito Recife pra mim.

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poesia não é sua mãe que morreu mês passado.

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nem o nascimento do teu amor por deus em 1910 com a arte abstrata.poesia é poesia.palavra mariposa mas não mariposa e sim palavra.

a sentença (cansada de erguer a bandeira do cansaço)mas não a bandeira e não o cansaço.a palavra terna a palavra letra a palavra.poesia não é do que. no entanto é.

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saudade desesperadora da vida ao lado de mamãe.daquele estágio de coma profundo seguido de um bomalmoço pra curar o domingo. daquelas visitas preocupantesà casa de vovô. de resmungar inteiramente de seu abraço desafetuoso.saudade doentia da vida ao lado de papai.dos cômodos estarem eternamente à disposição de nos prestar serviço.de como ele nasceu arquiteto e é e construiu cidades em cima de ruínas. saudade impossível do que era a vida. da música que permea meus dias desde criança quando me viciei em emoção. saudade doída de pensar ter/ de pensar poder ter/de pensar que_

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saudade monstruosa de papai e mamãe. saudade incurável de papai e mamãe. de doer meu coração a ponto de me fazer escrever a palavra coração sem que eu possa apagar esta última frase.

torço pra que mayara conserve aquele sotaque.

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quando eu morrer não haverá uma só peça fúnebre desenhada por mim.

xxxxxxxxxxxxporque? eu acordo as vezes paranóica me perguntando se meus livros estão vivendo bem. e tantas vezes, nós nem estamos. percorro distâncias longíssimas para que se realize uma cena que yoko ono não pensou em descrever. não porque nos anos sessenta ela não quis ou não pôde ou simplesmente não esteve em recife. porque sou de minas

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gerais e nunca aqui fiz moradia. e me preocupo com o trajeto a favela o ruído e me ocupo do fim da vida. e vejo rotas e vejo rotas e vejo diversas rotas ao longo dos dias. porque papai é arquiteto e tom jobim me ensinou tanto quanto luiz melodia. porque? porque eu acordo as vezes paranóica me perseguindo até que eu me levante. ainda não conheço o céu de nova yorque mas louise bourgeois me disse que era lindo. porque me arrepio pra que eu me construaporque eu quero tanto pra que eu deixe logo de questionar e habite. na verdade, faço arte pelalíngua. pra que eu diga. porque não guardo os papéis para dormir e divido o edredon com um título de hemingway para que melhore minha vida. porque eu gero doença e gero a cura e não gero ordem e conserto trauma e esqueço a queda e as vezes durmo.redesenho meu dia. acumulo expressões acumulo tudo que a mim se representa. faço arte pra deixar que a bahia deponha a favor de si mesma. pra me transformar em caranguejo em mimo de tonzinho em filhinha de guignard em preta do brennand e em todas as coisas, salvo bailarina, porque guardo a competência de ser tudo a quem precisa. faço arte para permanecer, é óbvio. nunca para pretender ser/nunca para pretender que/nunca para pretender se/um dia algo me deixar e sim deixando sempre e ainda tudo à aquilo que queira. para sorrir brandamente dos doispontos de vista do sartre e gostar da pestana levemente baixa de thom yorke. pra poder ser irônica e fazer tanto tudo acreditar na cena que eu passe a acreditar-me. pra poder culpar os deuses amar os deuses culpar os deuses amar os deuses nunca me culpar e me fornecer sempre só prazer e amor. pra poder mentir e jamais achar indevido o que nasce de uma vontade. porque existem pés que tentaram não ser tropeço e pés que não conseguem nunca ser não tropeço. pra instigar o suspeito. para pela vontade de revolução doar uma vontade absurda de nunca saber. para habitar e permitir por exemploque eu me esqueça.

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obs: minha jangada nunca saiu do mar.

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vertigem é um substantivo feminino que tem por derivação a extensão de um sentido. é a sensação de movimento oscilatório do próprio corpo ou uma tontura. no sentido figurado dizem de ser a perda momentânea do auto controle ou uma tentação súbita ou ainda um desvario ou ainda mesmo uma loucura. minha fotografia é porque existe muita e infinda vertigem. fotografia em mim é arquitetura. justo quando fotografo por querer construir, imortalizar e edificar aquela cena. o caos quando se vê que a imagem não repousa nem assenta. existiu vida certamente antes e continuará logo após o disparo. o que me toma a mão é o diário. a vontade incessante de relatar as minúcias do dia/do desejo/da comemoração de quem veio mas já está de partida. uma escritura ligeira que não se configura por extenso porque tem muita pressa. fotografia doméstica fotografia como carta com às vezes destinatário fotografia

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como diário. vontade de erigir a memória/de estabelecer no meio dos dias a lembrança. tenho interesses profundos na fotografia literária. vertigem é um substantivo feminino que tem por derivação a extensão de um sentido. é a sensação de movimento oscilatório do próprio corpo ou uma tontura. no sentido figurado dizem de ser a perda momentânea do auto controle ouuma tentação súbita ou ainda um desvario ou ainda mesmo uma loucura. minha fotografia é porque existe muita e infinda vertigem. fotografia em mim é arquitetura. justo quando fotografo por querer construir, imortalizar e edificar aquela cena. o caos quando se vê que a imagem não repousa nem assenta. existiu vida certamente antes e continuará logo após o disparo. o que me toma a mão é o diário. a vontade incessante de relatar as minúcias do dia/do desejo/da comemoração de quem veio mas já está de partida. uma escritura ligeira que não se

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configura por extenso porque tem muita pressa. fotografia doméstica fotografia como carta com às vezes destinatário fotografia como diário. vontade de erigir a memória/de estabelecer no meio dos dias a lembrança. tenho interesses profundos na fotografia literária.

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1.

G CMinha avó fazia art nouveau C G CEu bem vi na praiaG CMinha avó é toda art décoG G GQuando está na bahiaD C GE eu desisto eu desisto dessa arteD C GE eu insisto eu insisto em ir embora.

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2.F# ATrouxe bukowski não trouxe artaudF# ATrouxe bukowski não trouxe artaud

B A BArtaud que veio: sozinho

B A F#Artaud invade: sozinho.

3.Esses dias vou falar sobre Vinícius de Moraes.

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4.É que hoje eu ouvi Baden e Vinícius e herdei a antipatia de Ana Bolena.Tomei sustos sucessivos com insetos. Bzzzzzmakloesa;/;/]~[´sd´[[á[á´[a

5.papai, você devia ter me construído no rio de janeiro. e desenhado a vida com despojamento junto à mamãe. acalmado-me a infância em minas gerais. mas papai, fosse aquilo e não isso, eu saberia sambar.

6.SOM é brinquedo/um instrumentoBAIXO, gravíssimo.

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que te põe pra ninar.arnaldo antunes saiu de um poço fundo,fundíssimo. E meu maestro soberano é antônio {brasileiro}.

7.Eu canto para acabar com a autoridade da ópera.

8. sons do quotidiano ++

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Eu não nasci de contradição nenhuma. Não sou filha de vanguarda histórica. Só peço benção pra papai e mamãe.

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Mariana de Matos Moreira Barbosa

Belo Horizonte, 2008 | 2009

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