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1 Para Adélia Alunos do Ateliê de Memórias Fainc - 2015

Para Adélia

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Para Adélia Alunos do Ateliê de Memórias Fainc - 2015

Para AdéliaAlunos do Ateliê de Memórias Fainc - 2015

A Adélia que eu vejo

A Adélia que escreveu Geração 80 era uma “entidade inalcançável” pra mim. Ela era “A” Adélia, “A” dra-

maturga, “A” Premiada Adélia. Ela era uma espécie de epifania. Epifania porque aos 18 anos de idade eu estava começando a frequentar o “meio teatral no ABC” e ouvia sempre falar dela, a via nos eventos culturais da cidade, nos jornais, nas publicações... mas sempre de longe ou de relance! Eu? Um aspirante a ator de Santo André no auge dos seus 18 imaturos-anos se aproximar dela? Nunca. Ela era “A ADÉLIA”.

André di Peroli

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E ainda é “A ADÉLIA”, porém, sem marketing ou o “olhar” dos outros: hoje a vejo com meus próprios olhos.E amo o que vejo.Quando a conhecí finalmente, constatei que ela era exatamente como eu imaginava: uma pessoa calma, séria, magra, de óculos, moderna e com “cara de estudiosa”.E que emoção saber que eu teria aulas com ela na faculdade! Me perdoe Maysa mas naquele momento “meu mundo caiii-iiu”: Teria aula com ela! A Adélia-Toda-Poderosa do teatro no ABC!E desde então, carrego comigo 13 anos de convívio, ami-zade e aprendizado com Adélia.Com Adélia aprendí a “ler teatro”, a reconhecer o teatro nos livros, nos textos e em tudo! Com ela compartilhei notas e textos na faculdade, anos depois notas e textos na pós-graduação; textos, criações, fotos e sorrisos numa casa de chá árabe, defesa de mestrado na Usp, lanches de mortadela, noites de autógrafos, louros por uma “gorda maluca” e momentos ímpares de emoção quando as pala-vras brotavam de mim e eram lidas e analisadas por ela. A vida tem nos mantido próximos pela escrita e pelo teatro e, se depender de mim, sempre será assim! Espera!Eu sempre lí os textos dela e hoje ela lê os meus? Como assim? Sou o cara mais sortudo desse mundo!!! Ela diz que eu

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sou seu “pé de coelho” mas quem tem a sorte aqui sou eu!A Adélia que eu vejo é minha amiga.A Adélia que eu vejo é minha amiga de profissão.A Adélia que eu vejo me encanta com a forma com que conduz as palavras.A Adélia que eu vejo é minha mestra.

Lembro-me de perceber, pela primeira vez, que ao juntar letras, seria possível formar palavras, quando

fui com minha avó materna à rodoviária. No intervalo, entre a chegada e a partida dos ônibus, ficamos passean-do pelos corredores, e a cada palavra formada eu tinha a impressão de que os letreiros ficavam mais luminosos. “A-RRA-CA-JU!” Eu silabei. “Não! A-RA-CA-JU!” Logo corrigi, sobre o olhar orgulhoso de minha avó, minha doce e querida avó, a qual eternizei no espelho depois que atingi a maturidade.Eu tinha por volta de seis anos de idade quando ler me

AdeliarClaudia Jordão

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fez nascer pela segunda vez, juntar letras no papel com a ajuda do grafite se deu na mesma época; e apesar de quando criança morar numa casa em que tudo faltava, lá-pis e papel sempre foram objetos de fartura e escrever foi uma das viagens mais prazerosas, que nasceu na minha infância e perdurou até os dias de hoje. Ainda menina, as palavras ficavam pulsando na minha cabeça, pedindo para que eu não só inventasse, mas também contasse a uma folha qualquer, aventuras como aquelas contadas pela Ata, a minha criativa contadora de histórias. Cresci, e troquei o grafite pela tinta, e depois a tinta pelo teclado, e pipocar as letras nas teclas do computador tornou-se tão prazeroso quanto desenhar as letras num papel. O tempo me contou que as palavras precisavam ser colo-cadas dentro de uma mala e a cada viagem era necessário reunir os elementos certos, que, bem organizados, pode-riam oferecer-me caminhos para escrever as mais encan-tadoras histórias. A cada viagem abrir a mala e retirar dela o melhor para cada texto era uma saga. Depois do colégio, segui pra Faculdade de Letras! Encontrei nas aulas de redação um caminho estimulante, mas não suficiente. Recentemente, recebi um convite para frequentar um Ateliê de Escrita, e logo pensei: “Assim como um dia organizei A-RRA-CA--JU, pode ser esta a estação rodoviária, que vai ajudar-me

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a encontrar o melhor destino para as minhas escritas”.Lá, estava uma mulher pequena, de sorriso fácil e grande generosidade, uma guia que me aguardava com uma gran-de bagagem para ser compartilhada. Atrás de seus óculos estavam olhares atentos, de sua boca saíam generosidades, guiadas pelo conhecimento. Ela me provocou e colocou--me pra pensar em como eu poderia organizar melhor os elementos necessários dentro da minha bagagem de palavras.Certo dia, peguei-me classificando por ordem cronológica as pessoas, que participaram da minha vida de escrevi-nhadora. Albertina ensinou-me sobre as letras, Marga-rete ensinou-me a juntá-las, Maria Eugênia ensinou-me, entre outras coisas, sobre as frases, a coesão e a coerência, e a Adélia... Ah, a Adélia! Esta me ensinou que numa mala de palavras é preciso acrescentar emoção, sensação, ensinou-me que a palavra tem peso, medida, cheiro, cor e sabor.Um ateliê de escrita, depois um ateliê de memória... Em tempos diferentes, participei de dois grupos de escrevi-nhadores conduzidos por ela, viajantes que compartilha-ram histórias e provocaram risos e choros. Fomos envol-vidos por um ritual de palavras que dançaram e povoaram este espaço de compartilhamentos, preencheram malas que abrigaram lugares, pessoas e objetos, malas de his-tórias que passaram a não ter mais donos, onde mães, amigos e Ata, tornaram-se propriedades de todos. Entre

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generosidade e competência, Adeliar tornou-se comu-nhão entre escrevinhadores. Numa breve reflexão sobre a minha trajetória percebo que minhas palavras partiram daquela rodoviária em que estive com minha avó, e seguiram um longo trajeto. Encontrar a Adélia foi uma pausa para o translado, para a organização da mala e também para encher a bagagem de gratidão. A busca continua, pois abrir a mala e encontrar os ele-mentos certos será sempre um desafio, mas Adeliar tornou-se também verbo de ligação, pois todas as vezes em que as palavras dançarem na minha cabeça e pipoca-rem no teclado do computador ou forem desenhadas no papel, a Adélia estará lá, provocando-me a colocar, entre outras coisas, música, peso, tom, medida, cor e sabor nas minhas histórias.Tanta generosidade ao compartilhar saberes, em conduzir o grupo e em nos proporcionar comunhões com a escrita vão deixar saudades; e a oportunidade deste encontro tornou-se um marco, um divisor de águas na minha his-tória com as palavras. Obrigada, Adélia!

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Imagine uma cozinha com mesa e bancos compridos de madeira, já bem gastos pelo tempo. Toalha borda-

da à mão que pertenceu à bisavó da anfitriã, canecas e bule esmaltados. O aroma de café recém coado invade o ambiente e escapa por entre as cortinas de renda alcan-çando o alpendre e chamando todos para a mesa.O perfume do pão que acabou de sair do forno de lenha, atiça o paladar e compete com os bolinhos de chuva rescendendo a canela e açúcar. Lá fora, a friagem

Querida AdéliaDenise Perini

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vai se assentando enquanto a tarde se funde com a noite. Dentro da casa, transbordam calor e aconchego. A dona da cozinha recebe a todos com um abraço apertado e um sorriso que parte do coração, sinalizando o tom e a comunhão do encontro.Todos vão tomando seus lugares à mesa e logo são rendidos pela generosidade da anfitriã que compartilha seus saberes, suas receitas e alquimias. As conversas, risa-das e emoções que transitam pela cozinha acarinham a alma e afugentam incertezas. Na hora da despedida, to-cados de alguma maneira, todos vão embora sentindo--se privilegiados por terem feito parte desse encontro e levam consigo um pouco mais de docilidade, tolerância e a certeza de que se tornaram pessoas melhores. Pois é, querida Adélia, sentirei falta dessa cozinha e da anfitriã maravilhosa que recebe seus convidados como se já fossem de casa e promove uma reunião de grande-zas e a junção de conhecimentos, amizades e laços que se tornarão eternos.

Obrigada, por tudo! Espero que nossos encontros nessa cozinha encantada possam se repetir muitas vezes.

Beijos, Denise PeriniSanto André, 1º semestre de 2015.

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A fazedora de caminhos na condutora de letras que mora dentro de Adélia

O raso é para fracosTransportar montanhas? Apenas de letras em

livrosColetar momentos em suas sacolas cheias de tempo bem utilizado, é o que dá dimensão do que lhe é im-portante

Elaine Bombicini

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Verificar nos espaços entre cada letra se há mais estórias, é um hobbie apuradoBuscar pistas nas imagens e fotos para novas trilhas, no pensar e no viver para entender, inclusiveAnunciar renúncias e desbravar prateleirasRelevar para analisar e analisar para tolerância dos ges-tos e dos afetosReserva para proteger, portanto, o cuidado é explosãoFlutua na emoção, uma conquista antigaEncerra algumas frases com um olhar específico, a ca-racterística mais curiosa na observação dos diasSensibilidades e doces gentilezas são no fino trato, o carinho afortunado, disfarçadoNão há preferidos, há sempre o justoConduz nas letras porque na chama do aprender, alu-miou sua própria noiteDoa descaradamente toda gama de aprendizado e proli-fera feito abelha a boa nova nos diasTem a força de um choque térmico quando contrariada nos valores que praticaCuida, ama e distancia Marca na alma com caligrafia bonita, ligeira e dominan-te a face responsável Mapeia destemidamente novas possibilidades, chegando ao raro, por méritoHonra o feminino que calibra o mundo nos momentos de paz que sua permissão oferece.

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Chora quando atingida por sonhos de outros que lhe querem tão bemNão se afasta do caminho, porque nele encontra a rota ancestral, que traz para o novo, o que já foi antigo, ma-nifestando no mundo a grandeza do simples, porque é dona de si!

Era 1999. Quase virada do milênio. Recém-formada em Letras, tinha me decidido: vou escrever!

Meu sonho era ir para a escola de cinema do Garcia Márquez, em Cuba!!! Mas fiquei só no sonho... Quer dizer, acabei fazendo um curso de roteiro aqui em San-to André mesmo. Foi bom, mas não suficiente. Procurei mais. Então fui para São Bernardo: fiz curso de poesia, seminário sobre a saga do herói e, logo em seguida, dramaturgia. Nesse curso, eu a conheci. Adélia. Simples-mente. Com ela descobri que posso sim senhor escrever. O que eu quiser. Como eu quiser. Independentemente

Simplesmente AdéliaIzabel Bueno

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de qualquer ideologia, escola literária ou de qualquer modismo que nos sobrevenha. Ela nos tira o medo. Ela nos desentranha. E nos estimula, nos coloca na parede, nos põe uma venda nos olhos, nos faz pular corda, ficar mudos, enxergar o mundo com outros olhos, nos faz recortar, colar, brincar, sorrir, chorar, voltar a ser crian-ça... Ela nos espreme até a última gota. E nos sentimos mais leves. Mais seguros. Mais fortes. Mais lúcidos. Mais felizes. Mais nós mesmos. Escrevedores.Sim, escrevedores. Como ela. E com ela. A Adélia não tem “e ses...”. Ela é, simplesmente, Adélia.

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Cheiro de alegria

Do que se lembra quem não lembra de nada? Ninguém “não lembra de nada”! Então, do que

lembro eu que penso não me lembrar de nada?É um esforço grande e um tanto incômodo procu-rar por recordações longínquas que eu chamo, chamo mas não vêm. Logo esta procura se mostra tal qual um corredor compriiiiido, meio escuro e cheirando a mofo, com paredes descascadas, chão de assoalho de madeira e cheio de portas de ambos os lados. Imediatamente sinto como se uma descarga de eletricidade passasse pelo meu corpo e simplesmente SEI que é ali que elas estão; que

Lu M Costa

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estas portas guardam minhas lembranças. Respiro fundo e avanço. Um passo após o outro e fica nítido pelos estalos no piso e pelas teias de aranha que há muito esse lugar não é visitado. Foi abandonado até ser esquecido completamente no tempo. Porém agora não há volta e meu exercício é abrir essas portas para tentar resgatar as imagens que elas guardam ou será ser resgatada por elas? Não as abro completamente, de sopetão. Mas devagarinho, sentindo os pelos do braço se arrepiar a cada rangido. Nheeec, um grito aqui; nheeec, uma discussão ali; nheeec, um choro mais adiante; nhe-eec, um hálito quente com cheiro de álcool acolá. Tudo isso na mesma penumbra do primeiro olhar e intercala-do com aquela tão familiar sensação de medo e tensão, como quem assiste a um filme de terror e fica esperan-do a qualquer momento o susto que sabe que vai levar. Mas finalmente o escuro se dissipa e mesmo chiando, a porta que abro risca o corredor com uma linha clara que vai ficando maior, maior até eu poder ver que é o sol entrando pela janela e iluminando minha mãe na pia da cozinha numa gostosa tarde de calor. Seu insepará-vel rádio a pilha estava sintonizado no Eli Corrêa que mal podia ser ouvido porque a batedeira estava ligada na potência máxima batendo um bolo de laranja, o seu preferido afinal, dizia ela “é o que fica mais fofinho!”. Num pulo estou do seu lado na pia, na ponta dos pés, esticando o pescoço e perguntando os porquês de cada

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ingrediente e repetindo o tempo todo: - Mãe, posso raspar a tigela?”. Não demora muito e sinto o cheiro do bolo no ar. Não só nos cômodos daquela casa mas neste corredor, aqui, agora, me envolvendo e entorpecendo sem deixar que eu saiba o tempo que passou e nem ao menos se passou. Mas isso agora não importa porque aquela menina que mal alcançava a pia está aqui e en-controu no cheiro do bolo de laranja o aconchego que tanto buscava. Pode então, apenas ficar assim, quietinha aproveitando essa alegria fácil da companhia da mãe naquela cozinha ensolarada.

Uma antiga cerca de madeira vazada separava as duas casas, os dois quintais e as duas meninas.

Uma do lado da outra, à vista da outra e justamente por isso era possível notar a extensão e profundidade da distância entre elas.A menina do lado de cá, não conseguia se livrar daquele dia nublado e sob nuvens acinzentadas espiava afoita a vida se desenrolar do outro lado da cerca de madeira. Conforme observava, tentava caminhar naquela direção, mas sempre acabava paralisada na frente do abismo de estranhezas que se abria diante dela. Afinal, que mundo era aquele da menina do lado de lá? Um mundo de pés no chão e avermelhados como a terra daquele lugar; de cabelos despenteados e às vezes até com piolhos; de

AtalhoLu M Costa

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portas e janelas abertas o tempo todo e onde se ouvia música o dia inteiro e o toca-fitas só era desligado na hora de dormir!?Aí estava o atalho, pôde perceber a menina do lado de lá, assim que passou a ouvir a outra cantarolar junto com o rádio toca-fitas toda a sua trilha sonora! E foi através dela, como as beatas no dia de Corpus Christi fazem aquele tapete com serragem colorida para a pro-cissão dos fiéis rumo à redenção, que Soninha, a menina do lado de lá, construiu uma ponte com todas as suas fitas-cassete por onde Lu, a do lado de cá, caminhou so-bre Roberto Carlos, RPM, Léo Jaime, trilhas de novelas e gravações de rádio FM. No fim dela, Lu percebeu que o dia não estava mais nublado e que não tinha mais um lado ou o outro. Os mundos, assim como as vidas se misturaram e nelas, só letras de música, melodias, risadas e passos de dança... Até hoje!

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Eu poderia escrever um relato sobre um aconte-cimento ou uma pessoa especial pra descrever o

momento em que ela me despertou para o mundo da escrita. Poderia também fazer um levantamento de ideias para depois usá-las na montagem de um texto dizendo o quanto ela me inspira! Ou ainda, quem sabe, uma colagem de imagens que fossem um retrato do que ela representa pra mim.Mas agora, aqui, com estas palavras, quero escrever uma carta!

AdéliaTátila Colin

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Santo André, maio de 2015.

Adélia: é já com saudade que te deixo esta carta. Mas não a interprete como sinônimo de triste-

za nem tampouco de despedida. Hoje te escrevo para agradecer. Agradecer por você ter acreditado na minha escrita e me incentivado a continuá-la. Agradecer pela generosidade de dividir sua sabedoria conosco. Agra-deço seus risos e seus olhares que nos dizem tudo e também por nos conduzir em nossas escritas e reescri-tas. Agradeço a voz suave com que lê nossos textos e os deixa interessantíssimos como trailers de filme. Agrade-ço também por ter conseguido reunir pessoas tão espe-ciais. E isso só tem uma explicação: você é especial. Você tem luz que irradia e nos ilumina para novos caminhos e descobertas! Te admiro como pessoa, professora e condutora.Espero que nos reencontremos em breve!Gente boa faz uma falta!!!!!Beijos, abraços e saudades

Tátila Colin

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Santo André, outono de 2015.

Querida Adélia!

São 21:02 de domingo, dia das Mães e tenho exatos vinte minutos para te escrever e nem sei por onde

começar. Vou no óbvio, o início.Você está bem? Espero de coração que sim! Por aqui, nós também!

Querida Adélia!Vanessa Castro

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Acredita que depois do Ateliê ando com a mania de falar na primeira pessoa do plural? Acho que foi de-pois do exercício do ‘martelo’. Agora vou eu e todas as mulheres (e homens também!) que permeiam a minha vida e dão a ela um sentido especial. E você, minha amiga, minha querida, minha ‘mestrapassarinho’, minha contadora de histórias (neste instante não me importa o número de adjetivos!) faz parte também.É engraçado, mas te carrego na alma desde o Boca do Céu de 2010, já te falei isso. Mas, aquela história (ou seria experiência?) está em mim até hoje.Lembro que enchi o peito de coragem e fui falar com você (eu e a Ângela, uma amiga!), nem lembro o que falamos! Porém, lembro da vontade de fazer parte disso tudo aqui que, naquela época, nem sabia ao certo o que era (para ser sincera até hoje não sei!). E como diria Clarice Lispector/Rodrigo S.M. na “A Hora da Estre-la”: (EXPLOSÃO). Caminhamos no agora, juntas.E para finalizar resolvi não desvendar que mistérios tem Adélia, sei que construímos um presente, fizemos vários ‘e se...’, construímos geografias, lapidamos o melhor tom, semeamos sensações, criamos circunstâncias, ousa-mos, choramos, rimos e fomos felizes. E o futuro? Ah! O futuro!!! Ele vem aí com todas as exclamações, surpresas e esperanças! Todo agradecimento vai ser pouco para o que você despertou em mim!

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Um beijo grande no seu coração!Evoé e até sempre!Vanessa CastroP.S.: Não ultrapassei o limite de tempo estipulado! Urrruuuuuuuuu!!!

Alunos do Ateliê de Memórias Fainc - 2015

André di PeroliClaudia JordãoDenise Perini

Elaine BombiciniIzabel BuenoLu M CostaTátila Colin

Vanessa Castro