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Para Aristóteles o ócio era “uma condição ou estado – estado de estar livre da necessidade de trabalhar”. O termo definia bem a sociedade grega da época, principalmente os atenienses, que se caracterizavam por dedicar seu tempo às idéias e ao espírito. Tudo isso tinha uma explicação bem plausível pois o mesmo só era possível graças a uma sociedade baseada num sistema escravista. Este conceito passou por mudanças após nova definição dada pelos Romanos que buscavam no ócio não um fim mas sim um meio de descanso entre suas diversas atividades de comércio , exército e governo.
1. O termo ócio em grego é Skale palavra que originou o termo escola em
português, ou seja, o nome dado aos lugares destinados a educação significa ócio para os gregos!
O pensamento a respeito do ócio muito influencio a sociedade na qual vivemos!
2. A crítica ao ócio acabou por alterar a
forma como os homens dividem e aproveitam o tempo criando uma “lei natural” que se perpetua até os dias de hoje, a de trabalhar primeiro e filosofar apenas depois o que é bem definido pelo termo
“tempo é dinheiro”.
3. O fato de pensar sobre o ócio ser exposto como desperdício de tempo é
fruto de um interpretação burguesa da época da revolução industrial.
“ A educação ignora as necessidades reais do sujeito dado que os componentes culturais na formação do conhecimento se ocupam em treinar os indivíduos com meros propósitos de qualificação profissional , esquecendo desta maneira, os pensamentos e desejos pessoais dos indivíduos”.
O ócio assumiu no decorrer da história uma perspectiva secundária em relação ao trabalho pois, estando todos inseridos numa sociedade que demanda por bens e serviços e estes para serem produzidos necessitam de tempo, o ócio passou a figurar como uma negação ao trabalho.
Ócio é lazer pois ambos invocam contextos de liberdade.
Ócio não é tempo uma vez que tempo não define a ação humana mas a palavra livre sim, esta sugere relação com o exercício humano de identidade.
Ócio não é “não fazer nada”, ele é parte essencial da vida e vida é atividade não para o sistema e sim para o sujeito.
O ócio é o tempo em que se pode ficar efetivamente por conta de si mesmo, ele é gerador de cultura e identidade
Ao contrário do que pensa a maioria da pessoas o ócio não nega o trabalho como o trabalho nega o ócio. O trabalho é parte de um processo de criação, ele cria riqueza, é o chamado ócio criativo.
O termo negócio nasce para contrapor e negar o ócio, ele serve para indicar as ocupações com coisas que negam o valor da vida
O termo ócio criativo foi muito abordado pelo Sociólogo italiano Domenico de Masi que em seu livro “O ócio criativo” explicou de forma
completa e orgânica o seu pensamento sobre trabalho, o tempo livre e
a evolução da nossa sociedade.
PRINCÍPIO BÁSICOS DO ÓCIO CRIATIVO
Trabalho – CRIA riqueza
Estudo – CRIA saber
Lazer – CRIA alegria e bem estar
“Ócio na verdade é toda e qualquer atividade exercida com alegria e criatividade”.
Em seu livro De Masi elabora de forma acessível os temas da sociedade pós-industrial, do desenvolvimento sem emprego, da globalização, do declínio das ideologias
tradicionais, dos sujeitos sociais emergentes, da criatividade e do tempo livre.
Em sua obra ele expõe sua insatisfação com o modelo social elaborado pelo Ocidente centrado na idolatria do
trabalho, do mercado e da competitividade.
ESTUDOLAZER
TRABALHO
12 3
45 6
7
Como achar o ponto de equilíbrio de nós mesmos quando
estamos inseridos num sistema aonde
acumulação se sobrepõe a divisão, quando temos
tantos outros temas antagônicos e
conflitantes querendo dividir o mesmo espaço
na vida das pessoas.
A sociedade pode fazer uma distribuição equânime da riqueza , do trabalho, do saber e do poder basta para isso resolver os conflitos pessoais, culturais e sociais que nos
cercam.
ÓCIO x negÓCIO
PRODUÇÃO EFICIENTE x DISTRIBUIÇÃO EQUÂNIME
ADVENTO DA TECNOLOGIA x NECESSIDADE DE AUTO CONHECIMENTO
TEMPO DE TRABALHO x TEMPO LIVRE
PRODUÇÃO MATERIAL x PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
EFICÁCIA DO TRABALHO x EFICÁCIA DO ÓCIO
Esse pequeno trecho da letra de "Televisão", composta por Arnaldo
Antunes retrata a visão sobre a "cultura de massas", que aqui
chamaremos "indústria cultural.
Não é fator de alienação na medida em que algumas
pessoas ainda conseguem diferenciar aquilo que é bom daquilo que não é...
Muitos pessoas dominam mais cedo a linguagem graças a veículos como TV.
A Indústria Cultural acaba por unificar não apenas as nacionalidades mas também as próprias massas
A indústria cultural tem seu berço no capitalismo que desde sua criação tem imposto a sociedade a obrigação
de acreditar apenas na acumulação como objetivo apenas de criar dependência e servilismo ao homem.
Ela é grande divulgadora do pensamento liberal, principal característica do sistema capitalista
A Indústria Cultural trabalha para que o mundo seja ordenado precisamente do modo que ela sugere, impedindo a formação de indivíduos autônomos,
independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente.
A Indústria Cultural cria um padrão de consumo que não condiz com a realidade.
A insatisfação é uma constante levando a sociedade sempre a querer mais se esquecendo que produção
material não produz conhecimento e auto conhecimento.
A televisão é um dos meio de
comunicação que contribui para a massificação da
cultura. Personagens nas telenovelas,
comerciais e merchandising
induzem os telespectadores a
consumirem o mesmo que se vê na
TV.
A ciência e a técnica não são apenas forças produtivas , elas funcionam como
ideologia para legitimar e manter o sistema, elas trabalham para o capital.
O aparecimento do capitalismo provocou profundas transformações em todos os setores da vida social, seu dinamismo não deixou intacto nem mesmo o modo de o homem
transmitir experiências.
Substituição da narração pela transmissão de
informações.IMPRENSA - 1785
FOTOGRAFIA - 1826 CINEMA – 1877
SOM - 1895 RÁDIO – 1896
TELEVISÃO – 1906
Todos os meios de comunicação citados anteriormente são partes constitutivas do capital e este para se
manter vivo e ativo passa um processo constante de
renovação. Isso não seria diferente com os meios de comunicação o capital agora tem a necessidade de
se aproximar ainda mais das pessoas criando o computador e a internet para a partir daí criar novas
ferramentas que promovem e estimulam a
interatividade, são criadas então as redes sociais.
“É em nosso ócio, nossos sonhos, que a verdade submerge, às vezes vem a tona”.
Virginia Woolf
UNIP – NIVERSIDADE PAULISTA ADMINISTRAÇÃO – SEMESTRE I
PROFESSORA: LARA GOMESTEMA: O ÓCIO DO POVO
COMPONENTES:
Ana CláudiaDjalma Oliveira AzevedoJivago Costa dos Santos
Marcela Viana FariaRoberta Sousa Costa
Uildemar Gusmão Santos