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ParasitosesProfª. Vanessa MenesesParasitosesProfª. Vanessa Meneses
Malária
Plasmodium sp.
Anopheles: mosquito‐prego (fêmea)
Paludismo ou malária: doença infecciosa dos glóbulos vermelhos
Brasil: áreas endêmicas
Introdução
Agente etiológico
• Plasmodium falciparum – febre terçã maligna
• Plasmodium vivax – febre terçã benigna
• Plasmodium malariae – febre quartã benigna
• Plasmodium ovale
Vetor• Gênero Anopheles
• Mosquito‐prego ou carapanã
‐ A. darlingi é a principal no Brasil
• São geralmente antropofílicas, endofílicas, endofágicos(picam no interior dos domicílios) e de hábitos noturnos (crepúsculo e amanhecer)
Transmissão
• Picada do mosquito
• Transfusão sanguínea
• Acidentes de laboratório
• Compartilhamento de seringas contaminadas
• Via congênita
Formas do parasita
• Esporozoítos
• Trofozoítos
• Merozoítos
• Gametócitos
• Macro e microgameta
Ciclo biológico
• No homem:
‐ Fase pré‐eritrocítica: fígado
‐ Fase eritrocítica: hemácias
• No mosquito:
‐ Estômago e glândulas salivares
• A malária existente no Brasil é causada por três espécies: P. falciparum, P. vivax e P. malariae
• No Brasil, ocorrem dezenas de milhares de casos de malária por ano, e 99% se localizam na Amazônia
• P. vivax é a espécie prevalente no Brasil (aproximadamente 80% dos casos)
Epidemiologia
Região de notificação Casos confirmados
Total 313
2 região nordeste 50
3 Região Sudeste 176
4 região sul 39
5 Região Centro‐Oeste 48
EpidemiologiaPeríodo 2015
Fonte: Ministério da Saúde
Casos induzidos
Recaídas
Recrudescências
Epidemiologia
Gravidade: relação hospedeiro e parasito
Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax
Virulência: produzem mais merozoítos e podem infectar hemácias de qualquer idade
‐ Alta parasitemia sanguínea‐ Maior a gravidade das complicações
Patogênese
Provocam alterações na membrana dos eritrócitos:
‐ Mudanças nas propriedades de transporte (Ca e Na)
‐ Exposição de antígenos de superfície
‐ Inserção de proteínas do parasito (adesinas/ “knobs”)
Patogênese
Patogênese
• Citoaderência nos capilares endoteliais de vários órgãos: pulmões, rins e cérebro
Patogênese
• Rosetas: hemácias infectadas aderem às hemácias não infectadas, formando agregados
celulares que também interferem na microcirculação
Patogênese
A ruptura das hemácias promove a ativação dos macrofágos:
‐ Citocinas ( TNF e Il‐1)‐ Expressão de moléculas de adesão
endoteliais‐ ELAM‐1, ICAM‐1, VCAM‐1 e CD36‐ Interleucinas que causam a febre
Patogênese
Diminuição do fluxo sanguíneo:
‐ Hipóxia‐ Associada à anemia, gera: acidose
metabólica‐ Metabolismo anaeróbico da glicose
‐ Aumento de lactato
Patogênese
Anemia grave:‐ TGF inibe a proliferação de
eritroblastos‐ Deficiências nutricionais
IRA:‐ Hipovolemia/hemoglobinúria‐ Liberação de catecolaminas
‐ Deposição de imunocomplexos‐ Isquemia renal
Patogênese
Acidose metabólica:‐ Inibição da oxidação de glicose nas
mitocôndrias‐ Aumento da demanda nutricional
‐ Diminuição da depuração de lactato pelo fígado
Disfunção hepática:‐ Icterícia
‐ Hepatomegalia
Patogênese
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
P. falciparum – 12 diasP. vivax – 14 diasP. ovale – 14 dias
P. malariae – 30 dias
Sintomatologia
Esquizogonias sanguíneas Acesso malárico (paroxismo)
1) Calafrios e tremores, temperatura em elevação
2) Febre alta, sensação de calor e cefaleia intensa
3) Queda da temperatura, sudorese
Sintomatologia
P. falciparum ‐ com intervalos de 36‐48 horas (terçã maligna)
P. vivax ‐ acessos em dias alternados, 48 em 48 horas (terçã benigna)
P. malariae ‐ os acessos se repetem a cada 72 horas (febre quartã)
Sintomatologia
Na malária causada pelo P. falciparum:
HipoglicemiaConvulsões
NáuseasVômitos repetidosFebre muito alta
IcteríciaDistúrbios passageiros da consciência
Sintomatologia
PRINCIPAIS ÓRGÃOS ACOMETIDOS
Rins
Pulmões
Fígado
Cérebro
Sintomatologia
• Anemia grave
•Malária cerebral
• Insuficiência renal
• Disfunção hepática
• Coma
Sintomatologia
• Anemia grave:
‐ Destruição das hemácias
‐ Perda de hemoglobina e diminuição de oxigênio
‐ Hematócrito abaixo de 15%
‐ Infecções associadas
‐ Associada à liberação de citocinas
Ex.: IFN‐y inibe a diferenciação dos eritroblastos
Sintomatologia
• Malária cerebral:
‐ Principal causa de óbito
‐ Obstrução do fluxo sanguíneo e hipóxia
‐ Intensa ativação da resposta imune
‐ Convulsões, coma, cefaleia, desorientação
Sintomatologia
• Insuficiência renal:
‐ Oligúria (inferior a 400 ml/24 horas)
‐ Elevação de ureia e creatinina
‐ Redução do fluxo sanguíneo e isquemia renal
Sintomatologia
É de se suspeitar que um indivíduo apresenta malária quando tem ataques periódicos de calafrios e febre
sem causa aparente
Se no ano anterior esteve em zona onde o paludismo é frequente e se o baço estiver aumentado de volume
A malária é diagnosticada, procurando os parasitas numa amostra de sangue
O resultado que vem do laboratório deve identificar a espécie de plasmodium
Diagnóstico
1) Gota espessa: padrão‐ouro
2) Distensão sanguínea: identificação da morfologia do protozoário, e consequente diferenciação da
espécie infectante ‐ que é importante para a adequação do tratamento
Diagnóstico
Diagnóstico
Tratamento
A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os
seguintes aspectos:
a) Espécie de plasmódio infectanteb) Idade do paciente
c) História de exposição anteriord) Condições associadase) Gravidade da doença
Cloraquina
Primaquima
Mefloquima
Pirimetamina
Quinina
Tratamento
Utilizar inseticidasColocar redes nas portas e janelas
Usar mosquiteiros sobre as suas camasAplicar repelentes na pele contra os mosquitos
Usar roupa suficientes, principalmente depois do solTomar medicação durante uma viagem a uma zona
endêmica
Profilaxia
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